Maquinas Agrícolas 2015-2025

VENDA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS NO BRASIL

CENÁRIOS POSSÍVEIS PARA 2015-2025

1. PERSPECTIVAS PARA O AUMENTO DA DEMANDA MUNDIAL DE ALIMENTOSNO PERÍODO 2016-2016. HÁ COMO PRODUZIR SEM MÁQUINAS?

2. O PAPEL DO BRASIL NA OFERTA DE ALIMENTOS;

3. PROJEÇÃO PARA VENDA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS NO BRASIL PARA OPERÍODO 2015-2025;

4. CONCLUSÕES.

PERSPECTIVAS PARA O AUMENTO DA DEMANDA MUNDIAL DEALIMENTOS NO PERÍODO 2016-2016. HÁ COMO PRODUZIR SEMMÁQUINAS?

Fontes: USDA (2006-2016) Sistema Farsul (2020-2026)

• Todas as projeções foram realizadas utilizando modelos de séries

temporais do tipo Arima;

• O período analisado para fazer as projeções foi entre 1961 e 2015;

• As projeções baseiam-se na tendência e no comportamento previsível,

porém mudanças estruturais podem acontecer;

• As previsões devem ser revistas – e serão - todos os anos para validar o

trabalho: o mundo muda e não se usa o método da bola de cristal;

• Não foi realizada nenhuma interferência crítica nos dados;

• Os modelos, equações e linhas não podem, de forma alguma, ser aplicada

diretamente a uma empresa ou produto. Não funciona!

486 513

2006 2016 2020 2026

Consumo e Projeção do Consumo Mundial do Arroz Beneficiado (em Milhões de Toneladas)

Nova demanda:

64 Milhões de ton

Aumento da Demanda da Ásia entre 2016-2026 Arroz Beneficiado (em Milhões de Toneladas)

53,8484%

Aumento da Demanda da África entre 2016-2026 Arroz Beneficiado (em Milhões de Toneladas)

54,585%

5,919%

Aumento da Demanda da América entre 2016-2026 Arroz Beneficiado (em Milhões de Tons)

54,585%

5,539%

3,275%

Aumento da Demanda da Europa entre 2016-2026 Arroz Beneficiado (em Milhões de Tons)

0,851%

Consumo e Projeção do Consumo Mundial de Milho em Grão (em Milhões de Toneladas)

Nova demanda:

199 Milhões de tons

988 1.091

2006 2016 2020 2026

Aumento da Demanda da Ásia entre 2016-2026 Milho em Grão (em Milhões de Toneladas)

103,4852%

Aumento da Demanda da África entre 2016-2026 Milho em Grão (em Milhões de Toneladas)

54,585%

13,367%

Aumento da Demanda da América entre 2016-2026 Milho em Grão (em Milhões de Tons)

54,585%

5,539%

77,2939%

Aumento da Demanda da Europa entre 2016-2026 Milho em Grão (em Milhões de Tons)

4,632%

Consumo e Projeção do Consumo Mundial de Soja em Grão (em Milhões de Toneladas)

Nova demanda:

75 Milhões de tons

304 342

2006 2016 2020 2026

Aumento da Demanda da Ásia entre 2016-2026 Soja em Grão (em Milhões de Toneladas)

47,3063%

Aumento da Demanda da África entre 2016-2026 Soja em Grão (em Milhões de Toneladas)

54,585%

2,373%

Aumento da Demanda da América entre 2016-2026 Soja em Grão (em Milhões de Tons)

54,585%

5,539%

23,2131%

Aumento da Demanda da Europa entre 2016-2026 Soja em Grão (em Milhões de Tons)

2,033%

Consumo e Projeção do Consumo Mundial de Trigo em Grão (em Milhões de Toneladas)

Nova demanda:

63 Milhões de tons

713 741 776

2006 2016 2020 2026

Aumento da Demanda da Ásia entre 2016-2026 Trigo em Grão (em Milhões de Toneladas)

51,3782%

Aumento da Demanda da África entre 2016-2026 Trigo em Grão (em Milhões de Toneladas)

54,585%

8,7514%

Aumento da Demanda da América entre 2016-2026 Trigo em Grão (em Milhões de Tons)

54,585%

5,539%

3,215%

Aumento da Demanda da Europa entre 2016-2026 Trigo em Grão (em Milhões de Tons)

-0,47-1%

PROJEÇÃO DE CONSUMO POR CONTINENTE EM E 2016 E 2026(em Milhões de Toneladas)

Fonte: Sistema Farsul

2016 2026 179

2016 2026

1.2711.587

2016 2026

2016 2026 24,8%2,8%

DE ONDE VIRÃO OS ALIMENTOS?

O papel do Brasil

PROJEÇÃO DO AUMENTO DA PRODUÇÃO DE GRÃOS, CARNE E LEITE FLUÍDO EM 2026 (em Milhões de Toneladas)

441 Mi toneladas de grãos

7,4 Mi toneladas de Carne Bovina

38,4 Mi toneladas de Leite

76,4 86,9

Arroz emCasca

Milho Soja Trigo Carne Bovina Leite Fluído

PROJEÇÃO DAS SAFRAS BRASILEIRA E GAÚCHA EM 2026 (em Milhões de Toneladas)

BR RS BR RS BR RS

2015 2020 2026

PROJEÇÃO DAS SAFRAS BRASILEIRA E GAÚCHA EM 2015 E 2026 (em Milhões de Toneladas)

6,5 8,4 5,5 15,6

Arroz emCasca

Milho Soja Trigo

8,1 10,6 5,6 21,8

Arroz emCasca

Milho Soja Trigo

2015 2026

PROJEÇÃO DO CRESCIMENTO (%) DA PRODUÇÃO, CONSUMO E EXCEDENTE DO BRASIL EM 2015 E 2026

ARROZ EM CASCA MILHO SOJA TRIGO CARNE BOVINA SAFRA GRÃOS

Produção Consumo Excedente/Escassez

PROJEÇÃO DO CRESCIMENTO (%) ECONOMICO DO BRASIL E GRUPOS SELECIONADOS ATÉ 2020

Fonte: FMI

2,52,4

4,13,5

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Brasil Economias Avançadas Economias Emergentes

América Latina e Caribe Oriente M, N África, Afeg e Paq. Mundo

14%18%

12% 13%

Arroz emCasca

Milho Soja Trigo CarneBovina

Leite Fluído Safra Grãos

16%23%

25%18% 21%

Arroz emCasca

Milho Soja Trigo CarneBovina

Leite Fluído Safra Grãos

COMPARATIVO DO CRESCIMENTO (%) DAS PRODUÇÕES MUNDIAL E BRASILEIRA (2015-2026) (em Milhões de Toneladas)

PARTICIPAÇÃO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA NO AUMENTO DA PRODUÇÃO GLOBAL EM 2015 -2026

PROJEÇÃO PARA VENDA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS NO BRASIL 2015-2025

Pressupostos

• As projeções são para o período de 2015-2025.

• Projeta-se vendas para o total de máquinas agrícolas e não por tipo demáquinas.

• Os cenários foram construídos a partir de técnicas como regressãoeconométrica (MQO) e Séries Temporais do tipo Box & Jenkins.

• As projeções não devem ser utilizadas para decisões de uma empresaespecífica ou de um produto. Para tanto, deve ser feito um estudoespecífico.

• Os dados coletados são entre 1962 e 2015.

• As projeções devem ser revistas anualmente, já que o mundo teima emmudar e nossas projeções são objetivas.

23.222 25.672

38.337

54.47255.312

68.52565.323

70.139

82.992

68.609

28.694

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

• Crescimento médio: 9% a.a.• No acumulado até julho, o ano de 2015 é 27% menor que 2014. Sendo que

2014 já havia apresentado um acumulado 19% menor que 2013.

Fonte: ANFAVEA (2015: até julho)

MATRIZ DAS RELAÇÕES LOG-LOG

• Área Plantada Verão: 2,51% SE (0,28%)

• Índice de Preço: 1,67% SE (0,16%)

• Taxa de Câmbio: -0,96% SE (0,36%)

• VBP: 1,61% SE (0,20%)

Identificamos três parâmetros influentes na vendas de máquinas agrícolas de 2005 a 2015:

• Valor Bruto da Produção

• Juros

• Câmbio

Valor Bruto da Produção

• Foi utilizada a soma do Valor Bruto da Produção da soja, milho, arroz, cana-de-açúcar e algodão herbáceo.

• Quanto maior o VBP, maior a venda de máquinas agrícolas no Brasil.

y = 2E-06x + 19118R² = 0,7535

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

4.000.000.000 16.000.000.000 28.000.000.000 40.000.000.000

y = -8388,1x + 94793R² = 0,8608

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00

• A taxa de juros utilizada como parâmetro é um proxy das taxas de juros dosprogramas Moderfrota, Pronamp, PSI Rural e Pronaf ponderada pelos números decontratos.

• Quanto maior o juros, menor as vendas de máquinas agrícolas no Brasil.

8,30 7,91

2,62 3,33

3,69 2,99 2,74

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: BNDES Elaboração: Sistema FARSUL

Proxy: Juros Ponderado pelo nº de contratos

• A taxa de juros utilizada como parâmetro é um proxy das taxas de juros dosprogramas Moderfrota, Pronamp, PSI Rural e Pronaf ponderada pelos números decontratos.

Câmbio

• Quanto maior a taxa de câmbio, menor a venda de máquinas agrícolas no Brasil.

y = -28836x + 113754R² = 0,1272

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

1,00 1,50 2,00 2,50 3,00

A importância dos parâmetros citados se confirma no modelo econométrico abaixo:

𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 = 9.91𝐸 − 07𝑉𝐵𝑃2 − 16.933,67𝐶𝑎𝑚𝑏𝑖𝑜 − 4.093,49𝐽𝑢𝑟𝑜 + 86.910,33

A partir destes modelos foram criados seis possíveis cenários para as vendas de máquinas

agrícolas no Brasil nos próximos 10 anos.

VBPMODELO ARIMA PARA TODOS

TAXAS DE JUROS DOS PROGRAMAS

Máximo: 7,15%Médio: 4,71%

Mínimo: 3,09%CÂMBIO

R$2,00 e R$ 3,00

CENÁRIOS CÂMBIO TAXA DE JUROS

R$ 3,00 7,15%

R$ 3,00 4,71%

R$ 3,00 3,09%

R$ 2,00 7,15%

R$ 2,00 4,71%

R$ 2,00 3,09%

CENÁRIO 1

CENÁRIO 2

CENÁRIO 3

CENÁRIO 4

CENÁRIO 5

CENÁRIO 6

MELHOR

R$ 3,00 7,15%CENÁRIO 1

70.264

44.699

90.503

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

• Recuperação lenta: volta aos níveis pré-crise somente em 2022• Crescimento em relação a 2014: 28,8%

R$ 3,00 4,71%CENÁRIO 2

70.264

44.699

100.465

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

• Recuperação lenta: volta aos níveis pré-crise somente em 2021• Crescimento em relação a 2014: 43%

R$ 3,00 3,09%CENÁRIO 3

70.264

44.699

107.107

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.00020

• Recuperação rápida: volta aos níveis pré-crise já em 2017.• Crescimento em relação a 2014: 52%

R$ 2,00 7,15%CENÁRIO 4

70.264

44.699

107.436

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.00020

• Recuperação rápida: volta aos níveis pré-crise já em 2017.• Crescimento em relação a 2014: 53%

R$ 2,00 4,71%CENÁRIO 5

70.264

44.699

117.399

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000200

• Recuperação muito rápida: volta aos níveis pré-crise já em 2016.• Crescimento em relação a 2014: 67%

R$ 2,00 3,09%CENÁRIO 6

70.264

44.699

124.040

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.00020

• Recuperação muito rápida: volta aos níveis pré-crise já em 2016.• Crescimento em relação a 2014: 76%

Afim de estimar as vendas de máquinas parao período 2015-2025, projetamos também ostrês parâmetros (VBP, juros e câmbio) até 2025.

Lembrem-se: o mundo muda, a economia muda e os parâmetros mudam também. Dessa forma, trabalhos dessa natureza precisam ter atualizações anualmente.

Valor Bruto da Produção (R$ Milhões de 2015)

191.207

192.127

290.582

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

Fonte: MAPA (projeção até 2015) e Sistema FARSUL (projeção até 2025)

TAXA SELIC (% a.a.)

Fonte: BCB (projeção até 2019) e Sistema FARSUL (projeção até 2025)

CURVA DE JUROS PARA COMPRA DE MÁQUINAS (% a.a.)

2,74 3,18

6,57 6,23

4,31 3,80

3,21 2,42

Câmbio (R$/US$)

• Recuperação média e consistente• Aumento de 9% em 2016;• Aumento de 62,5% em relação a 2014;• Aumento de 54% em 2025 em relação à media de 2012-2014

70.264

42.210

46.181

114.203

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.0002

• Desaceleração normal após picos de alta;Ambiente econômico• Queda do PIB de 2,5% em 2015 e projeção de 0,6% para 2016;• Inflação próxima a 10%;• Taxa de investimento em queda em 8 trimestres consecutivos;• Taxa de Câmbio no ambiente político e fora dos fundamentos;• Taxa de desemprego em 8,3%;• Confiança do Consumidor e do Industriário em níveis recordes de desconfiança;• Taxa de juros de 14,25%;• Crédito seletivo e escasso;• Desequilíbrio nas finanças públicas;Ambiente Político;• Presidente com 7% de apoio;• Congresso rebelde e sem comando;• Políticos de oposição em plena campanha;• 12 pedidos de impeachment protocolados e aceitos pelo Congresso;• TCU ordenando explicações (que não existem) para as pedaladas fiscais;• TSE querendo reabertura das contas de campanha da atual presidente;Quem investe em um ambiente desses?O problema NÃO É NO SETOR DE MÁQUINAS! Tudo isso vai passar...

• O segmento de máquinas agrícolas tem um futuro promissor. O mau momento é conjunturale associado à economia e não é, portanto, exclusivo do segmento. Não há cenário ruim!;

• Nota-se claramente que é o desempenho da agricultura é o principal drive do crescimento;

• Questões como taxa de juros e prazo – atualmente estipulados pelo governo - tambémexercem forte influência;

• A forte queda nas vendas desse ano se deve à drástica mudança na política de créditoassociada as baixas taxas de confiança, instabilidade política e incertezas quando ao ambienteeconômico;

• Lembre-se: o produtor é um empresário como outro qualquer e a agricultura é um setorcomo outro qualquer. Não há bobos, não há ilhas;

• A agricultura tem uma capacidade de se descolar do desempenho econômico do Brasil nosmédio e no logo prazos, à medida que a demanda é puxada pelo mundo que cresce mais forte e“contamina” o ambiente agropecuário brasileiro;

• Ainda que nossas previsões deem conta de uma desaceleração da demanda por alimentosnos próximos 10 anos em relação aos últimos 10, ainda assim, será uma demanda muito grande,onde o Brasil assume um papel preponderante. Há como produzir sem máquinas?

MUITO OBRIGADO!!!

Antônio da Luz

Economista chefe – Sistema FARSUL

Assessoria Econômica

51 3255 9775 – 51 9992 3573

assessoriaeconomica@farsul.org.br

Maquinas Agrícolas 2015-2025

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