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8/3/2019 O lulismo no poder RESUMO
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RESUMO
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DCH, CAMPUS IV, JACOBINA - BA
JACOBINA, 2011
RESUMO
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APRESENTAO
Este resumo no se enquadra nos rigores acadmicos para a elaborao
tcnica de tal produo cientfica, mas faz-se necessrio para se atingir seu
objetivo, o de ir alm do solicitado como atividade da disciplina de Cincia
Poltica desse 1 semestre de Direito. Ultrapassar as expectativas visto o quo
ficou vago aps perdermos na escassez de tempo a possibilidade de
realizao de maior trabalho com a leitura do livro em questo, pois, as idias
trazidas pelo autor seriam sintetizadas em conhecimentos para ns discentes e
culminaria em tema de debate que envolveria a comunidade politizada
jacobinense. Como no possvel, pelo motivo comentado, torna-se interessante
organizar os resumos produzidos e apresentar neste trabalho.
Ao tempo, este material vem servir como avaliao ltima, solicitada para a
citada disciplina de Cincia Poltica, qual deveria apenas fazer referncia aos
captulos 4 e 5 da obra, contudo, como explicitado acima, pareceu interessante
fazer a organizao dos demais resumos, referentes aos captulos anteriores, e
apresent-los num trabalho mais completo e mais rico em informaes.
Jussivan Ribeiro da Gama
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PEREIRA, Merval. O Lulismo no poder. Rio de Janeiro: Record, 2010.
APRESENTAO DO LIVRO.
Bolsa famlia, o mensalo, aparelhamento do estado, as tentativas de controle
dos meios de comunicao so alguns dos temas abordados diariamente por
Merval Pereira na coluna que ele faz no jornal O globo. O Lulismo no poder a
coletnea de algumas dessas matrias reunidas por temas que tratam dos oito
anos do governo Lula, em seus dois mandatos, de 2002 a 2010. O livro
pretende apresentar em temas os pontos mais marcantes do governo petista.
Por se tratar de um livro jornalstico o autor selecionou algumas colunas mais
marcantes demonstrando suas previses com base nos fatos de cada matria
e permitindo o leitor analisadas como acertos ou no do autor quanto s suas
suposies.
Ora visto que o livro acompanha os fatos ao longo dos anos, se pode comparar
a previso feita numa matria publicada num dos dias e outra matria
publicada na sequncia dos fatos ao longo dos anos do governo petista. Assim,
houve previses que no aconteceram, como na reeleio do Lula em 2006,
antes de ele decidir sua candidatura s novas eleies, perodo em que se
encontrava com a popularidade baixa, no perodo, o autor previu que Lula no
concorreria s eleies, mas como vimos, nem s foi candidato, como se
reelegeu. Entre previses acertadas ou no, vo sendo apresentados os novos
fatos num balano jornalstico dos oito anos que caracterizam o governo
petista.
RESUMO I
DO PETISMO AO LULISMO.
Lula, incoerncia no passado ao manter a poltica de FHC, passando acoerente no decorrer do mandado. Apresentando uma poltica externa terceiro
mundista, antiamericano, mas bem visto por eles. Seu tom esquerdista na
poltica externa provoca queda de popularidade. Causa sensao de ateno
aos despossudos. Mostra-se capaz de controlar lderes esquerdistas
autoritrios, um lder que pensa nas prximas geraes. Ao invs de arriscar
um terceiro mandato prefere posar de defensor da democracia. Aparente
obsesso em controlar as instituies sociais e manifestaes culturais. Podeser visto como um timo ator. Procurou defender o meio ambiente para evitar
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Marina no poder. Se colocou como defensor do mundo em Copenhagen. O
caso do Mensalo abala a honestidade do partido. Lula salvou sua imagem
sem esforos extras. Em cada eleio v sua aceitao popular aumentar e
criar um Lula maior que o PT. O aparelhamento do Estado.
Em 2002 surgem tentaes perigosas. O medo de ser Lula mais um lder
populista cria crises institucionais graves. Tm-se carncia de reforma poltica
partidria, talvez sendo melhor o parlamentarismo, mas com Lula torna-se
difcil tal insinuao. Divide o primeiro momento de Lula em trs: primeiro de
imposio, segundo de aprovao pelo desempenho e o terceiro de
legitimao pelo objetivo poltico.
Em 2003 o PT convive com a herana maldita de suas contradies por
causa do oposicionismo radical que o fez votar contra o FUNDEF, importante
para o ensino fundamental no pas; contra a CPMF; a Lei de responsabilidade
fiscal; contra a reforma da presidncia; privatizao das telecomunicaes e
outros, mas hoje favor.
A RESERVA DE MERCADO. A tentativa de controle da produo cultural
desencadeou uma crise que Lula tentou pessoalmente resolver despolitizando
o setor cultural ao indicar Gilberto Gil como ministro da cultura. A busca de
fortalecimento da poltica externa com a escolha de Marco Aurlio Garcia
frente das negociaes, mas falta-lhe a competncia do Itamaraty para evitar
confrontos com pases como os EUA. A situao delicada com Cuba deixa o
governo brasileiro em cima do muro ao invs de se posicionar em relao ao
ataque aos direitos humanos.
Em relao ao MST, Lula comemora com membros desse ao tempo em que
ocorrem saques e violncia no campo promovidos pelo movimento dos sem-serra. Fica a cabo de frei Betto dar as respostas, mas se mostra preocupado
apenas com os benefcios ao MST e define oposio aos ruralistas. Afirma que
nessa segunda reforma agrria (a primeira diz ter sido na poca das
capitanias), a vez do MST, dos necessitados.
O MST liderado por Joo Pedro Stdile, incita seus membros a uma guerra
contra os proprietrios de terras. Fato que assustou o governo e levantou
questes sobre sabotagem por oposicionistas infiltrados e que inviabilizavamas reformas. De certo que o governo tem que adotar aes emergenciais para
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superar a crise. Superar a crise. A divergncia entre a viso petista e os
movimentos sociais criou dois caminhos. O PT incentivou e fortaleceu esses
movimentos e agora no poder no consegue recursos para garantir as
reivindicaes e recebe crticas no podendo exercer controle sobre os
movimentos.
SURTO ESTATIZANTE.
Surge primeiramente apontando para os fundos da Petrobras e do Banco do
Brasil para financiamento de obras de infraestrutura, com isso o temor do riso
aos investimentos da poupana dos servidores, ficando mais complicado
quando na reforma os fundos seriam de contribuio e no de benefcios
definidos. Vigorou, ento, o critrio de risco social, ficando a responsabilidade
para toda a sociedade.
CABEA PETISTA.
Lula se declara como sindicalista e no como esquerdista, assim, para
entender seu governo tem-se que entender a estrutura organizacional do PT.
Mudaram os rumos da candidatura por verem que era impossvel governar
apenas com grupos que formavam o PT e outros de esquerda. Os brasileiros
rejeitariam Lula se no apresentasse mais amplitude na candidatura em
comparao com as anteriores.
O NOVO PELEGO.
O governo pretende financiar a atividade sindical com crdito descontado em
folha, visando fortalecimento poltico e financeiro antes da reforma nas leis
trabalhistas e sindicais, mas o presidente da Cmara parece querer adiar para
2005 os temas com questes trabalhistas. No Brasil a questo sindical divideopinies, principalmente em relao s contribuies que sustentam o sistema
financeiro dos trabalhadores e empresrios.
PBLICO CONTRA PRIVADO.
O governo demonstra outra tendncia estatizante ao propor a reforma
previdenciria na tentativa de convencer a populao a investir em fundos
pblicos e no no privado, este mais atrativo e seguro. A sada seria, ento,
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criar leis de proteo aos investidores e transparncia na gesto dos fundos,
cabendo aos funcionrios pblicos decidirem qual escolher.
SMBOLOS.
Diferente do PT, Lula se tornou um smbolo, com qual a populao brasileira se
identifica. Coloca-se como um pai e sua popularidade garantida pela
indubitvel honestidade e boas intenes. Isso ao mesmo tempo um
mecanismo psquico e de poder. Ocorrendo o espetculo do crescimento e
diminuio do desemprego o governo Lula se garantir.
ANTIRREPUBLICANO.
A promiscuidade dos interesses do PT em assuntos do governo federal
demonstra um comportamento antirrepublicano. Fatos polmicos envolvendo a
tica so expostos. Exemplo: proposta de reforma de prdio pblico em
conversa ligada a negociaes pblico-privadas, ligao entre o PT e o Banco
do Brasil que, segundo o PFL, o PT est usando o governo para financiar suas
prprias atividades. O PT tinha uma bandeira socialista e uma da tica.
Abandonar a socialista garantiu o poder ao partido, mas perder a da tica
abalou incalculavelmente a poltica do partido.
A comisso de tica Pblica, no caso PT e BB, pode ser o incio das limitaes
do uso da mquina pblica em benefcios ao partido.
O DIRIGISMO CULTURAL.
A Lei do audiovisual uma dessas formas de dirigismo. Foi desenvolvida
visando a criao de uma cultura nacional contra a dominao cultural
americana. uma tentativa de valorizar a produo cultural nacional atravs do
intitulado projeto de subdesenvolvimento e cultura, autoria do secretrio-geraldo Itamaraty, Samual P. Guimares. Pelo incentivo acreditam vencer a
hegemonia das manifestaes culturais estrangeiras dentro do Brasil, e mostrar
para o mundo nossa imagem positiva em programas de TV de qualidade.
Aparentemente o decreto pretende definir o gosto cultural do brasileiro.
O FANTASMA DA CLASSE MDIA.
As dvidas quanto aos medos vieram tona na populao em relao aoautoritarismo do PT. Embora com aceitao da classe mdia, a parte mais
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escolarizada julga a incapacidade do partido em administrar, tem-se uma
ideologia de dominao e controle, e o risco da ganncia atrapalhar a
administrao. Outra por verem lderes sindicalistas assumirem os cargos
pblicos e gerirem com modos sindicalistas e no como administradores
pblicos.
QUESTO REPUBLICANA. Mais uma vez o governo Lula faz o que antes
criticava, assim, ocorrem mais exageros no uso de bens pblicos. Dessa vez
foi o avio oficial e a lancha do palcio da Alvorada, usados para transporte e
passeio turstico de 16 amigos do filho do presidente.
LULA POR LULA.
Lula um presidente que no se incomoda em atender a interesses prprios,
foi mau exemplo para os jovens brasileiros em referncia que fez sua pouca
escolaridade, incentivador da criminalidade em seus discursos. Entre
vangloriar-se e tentar a reeleio se Poe de lado, mas lava a alma ao aceitar
sob a justificativa de que era para salvar o partido que afundaria por falta de
representante.
2006. ZELIG.
Lula o homem camaleo, que diz o que os outros querem ouvir, mas faz o
que lhe convm. Num momento oportuno trata bem a imprensa. Diz que o
que hoje graas a ela, mas em outro discurso seu, no passado, dizia que era
perseguido pela imprensa. De certo que no, se houve problemas foram
gerados pelos prprios atos do partido.
2007. REFNS DO MITO.Lula se coloca como mito. Mesmo rodeado por inmeros parceiros envolvidos
em escndalos nacionais consegue manter os altos nveis de popularidade,
contudo, nenhuma de suas qualidades resistiriam se estivssemos em uma
crise econmica.
NO LIMITE DA IRRESPONSABILIDADE.
O gesto obsceno do assessor Especial da Presidncia da Repblica, MarcoAurlio Garcia, foi mais que uma comemorao infeliz, foi desrespeito ao povo
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brasileiro e s famlias das vtimas, alm de denunciar a total falta de
conhecimento e omisso do Estado quanto aos problemas que geraram o
apago areo.
A MQUINA PETISTA.
Segundo pesquisa, 20% de petistas compem os cargos pblicos e a quantia
aumenta medida que desce na hierarquia da administrao. Segundo anlise
dos dados, as convocaes so mais pela filiao partidria do que pela
experincia. Os estudos presumem, ainda, que essa postura tem a ver com
compromissos firmados por Lula com seus partidrios desde seu primeiro
governo, uma espcie de clientelismo classista.
PRINCIPISMO.
A realidade fora o presidente Lula a se aproximar do modelo de governo dos
tucanos. Antes de estar no poder culpava o governo pela Dengue e foi contra a
CPMF, agora se viu administrando meio a uma epidemia de Dengue e aprovou
a CPMF. Antes criticava as privatizaes e questionou se os tucanos tambm
privatizariam a Amaznia. Contraditoriamente o governo Lula aprovou o
arrendamento de 220 mil hectares da floresta. Lula justifica a postura atual
afirmando que era principista apenas na campanha, agora como governante
no pode agir como um poste e sim como um ser humano.
2008. VINTE ANOS DEPOIS...
a forte ligao hoje do PT com o PMDB de Sarney comparvel com a
dependncia vivida por Sarney em relao ao PMDB de Ulysses Guimares
quando assumia a presidncia em lugar de Tancredo. Lula j entendeu que sua
sucesso na prxima eleio vai depender ainda de apoio de base do PMDB, epercebe as dificuldades que vai encontrar. Mesmo diante do risco da derrota o
PT no abrir mo de lanar candidato prprio, na mira est o nome de Dilma
Rousseff. O certo que todos os partidos se acham em condies de disputa
sem Lula no pleito.
LULA E A TICA PBLICA.
Mais uma vez a falta de tica em Lula aparece. Dessa vez no escndalo docarto corporativo, com o qual a ex-secretria da Integrao Racial, Matilde
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Ribeiro, em frias, gastou o equivalente a R$ 171,5 mil dos cofres pblicos. O
presidente simplesmente banaliza a questo tica ao afirmar que a ex-
secretria no cometeu crime e sim falhas administrativas. Em momento
algum Lula se importa em confrontar os valores da sociedade brasileira que o
apia.
O ILUSIONISTA.
A capacidade de Lula equilibrar-se nas palavras e no nos fatos, o faz
amenizar os problemas como um ilusionista. Trata de um tumultozinho o
desmatamento da Amaznia, um probleminha a crise do gs com a Bolvia.
Acredita que o pas agora j pode se endividar para investimentos na
infraestrutura ao considerar a dvida externa extinta. O fato que zerar a dvida
no fcil e o governo no tem condies de se endividar. Precisa voltar-se
para resolver a dvida interna. Outra iluso anunciar a autosuficincia de
petrleo em abril de 2006. O petrleo no totalmente refinado. Ser
autosuficiente no garante que o pas j se abastea ou lucre com seu
petrleo, o saldo da balana ainda segue negativo.
Embora se reconhea os avanos, no se deve a Lula, mas sim a sua
inteligente deciso em no interromper o processo econmico que j vinha de
antes e qual ele sempre ameaou durante toda sua trajetria oposicionista.
NO RUMO CERTO.
O Brasil est no rumo certo. Foi recentemente recebedor do selo de qualidade
por sua capacidade de pagamento de dvidas. Agora merece fazer parte da
lista de pases emergentes, Bric. Mudanas estruturais ainda precisam ser
feitas na sade, educao e infraestrutura. Por esse acontecimento ter ocorrido
no governo atual, tornou-se um marco, mas vem de um processo anterior aogoverno petista que s o continuou, contudo natural que os crditos vo para
a conta do presidente Lula.
MEMRIA SELETIVA.
A afinidade de Lula pelos governos militares demonstra sua memria seletiva
em relao ao patriotismo nos slogans dessas pocas e que pretende trazer
para o seu, como notado em alguns de seus discursos. Lula no politicamente ingnuo, se julga o melhor presidente ao afirmar que nunca, em
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500 anos de Brasil, outro presidente j fez tanto quanto ele. Deixou
transparecer em alguns discursos a possibilidade de tentar um terceiro
mandato. O governo Lula no s tem a memria seletiva, mas tambm a
herana maldita seletiva. Desconsidera as contribuies que outros governos
deram para o avano do pas. Ele afirma que quando a economia d certo
por virtude intrnseca do governo popular. Quando no, por causas
extrnsecas.
ENFIM, O DOSSI.
Nos rumos finais da CPI do carto corporativo, avisou-se que no haveria mais
condies de seguir com as investigaes, graas ao bom depoimento de
Dilma Rousseff. Mas, ela no conseguiu explicar o caso do dossi, deixando
em dvida se foi fogo amigo, chantagem poltica ou os dois. Deixaram cabo
da Polcia Federal, ao final do inqurito, definir as responsabilidades de cada
um.
LULA SE ACHA.
Lula est se achando. Confiante em seu prestgio popular se v no direito de se
meter em assuntos sem o devido conhecimento. Transforma atos oficiais em
comcios polticos, critica queixas legalmente feitas a seus parceiros polticos e
passa publicamente a mo na cabea de diversos polticos acusados por
corrupo e gastos indevidos. Mete-se a dar palpite em tudo, incoerente e
no se impe limites. Parte dessa confiana por confiar em seu carisma.
FILME B.
A CPI dos cartes pode ser comparada a um filme B de espionagem, com
trocas secretas de informaes em locais vigiados e clima de disputa deinteresses na divulgao do dossi. Os dois principais personagens metidos na
farsa so, Jos Aparecido, petista histrico e o assessor tucano, Antnio
Andrade Fernandes, que trocaram e-mails com mensagens cifradas, que o
relator da CPI, o petista, Luiz Srgio tentou descobrir, mas em seu papel
ridculo de Sherlock no conseguiu entender a abreviao de saudaes
como Sds, achou que estava desvendando um cdigo secreto. Frustrou-se ao
perceber sua situao pattica. Ao final restou mostrar a cadeia de comando
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por onde o dossi foi elaborado e transmitido, mas, ficou a cargo da PF
identificar e responsabilizar os culpados.
2010. A NOVA CLASSE.
A forte participao do PT e de sindicalistas da CUT, em especial, na mquina
pblica federal, analisada no livro A elite dirigente do governo Lua, autora,
Maria Ceclia DAraujo, demonstra que vai alm da participao em cargos
pblicos, chega aos fundos de penso do pas. Desde 1990 o PT e
sindicalistas tem tratado mais profissionalmente esse tema. A participao foi
mais expressiva dos sindicatos do que de filiados partidrios, e cresce ainda
mais com a posse de Lula e aumenta no segundo mandato. O trabalho de
Maria Ceclia mostra que o PT e os sindicalistas visam mudanas de postura.
A ABRAPP aproximou-se de lderes expressivos do PT por meio dos sindicatos
e dos bancrios de So Paulo. A teoria que seria necessrio o controle dos
fundos de penso para criar uma nova solidariedade e o capitalismo
popular, mas o que se v uma briga de foice entre grupos de sindicalistas
para o controle de grandes negcios onde esto os fundos. Exemplo disso foi a
fuso das telefnicas Brasil Telecom e Telemar na nova OI.
RESUMO II
2003, 24/8, FUNDO SOCIAL.
Lula procura dar nova roupagem poltica do governo anterior para parecer
original, busca unificar os programas dando a impresso de que o que fora feito
anteriormente estava errado. Forou acordos com os Estados e indstrias e se
ousou com o FMI conseguindo incluso de medidas sociais s somente
econmicas de costume. Mas traria ainda mais benefcios se inclusse tambm
metas de saneamento bsico ou reforma agrria.
30\09, O EFEITO DUDA.
Em vspera de eleio o governo federal prepara a votao para unificao
dos programas sociais no nico Bolsa Famlia, mas sofre crticas e
desconfianas que remontam ao esquema Duda Mendona. Os polticos
estaduais querem manter seus crditos nos programas para o eleitorado ver.
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Segundo Ruth Cardoso, a unificao dos programas era meta do governo
anterior, que j sentira as dificuldades na unificao dos cadastros, mas fica
feliz em ver o governo Lula voltar atrs e aprovar os cadastros que dizia
estarem errados. A proposta possvel para a reunio deve ser a de os
municpios usarem o cadastro nico para aes complementares tipo
microcrdito, capacitao e gerao de renda.
2004, 09/3, FOME ZERO A PERIGO.
Choques de vises atingem o programa Fome Zero. Mesmo enfraquecido
ainda marca do governo Lula, que ousa internacionalmente propondo
campanha mundial contra a fome. O choque est no controle do programa na
disputa de autonomia entre os comits Gestores e as prefeituras. O receio est
em evitar que o programa fosse usado com fins eleitoreiros pelos polticos
municipais. Medo de ver o programa cair na corrupo. A conquista de novas
prefeituras seria garantia de alavanca para a reeleio de Lula, mas os
escndalos polticos com o ex-acessor Waldomiro Diniz reduzem a ambio a
quinhentas prefeituras, menos que o pretendido inicialmente.
11/3, NOVAS DIRETRIZES.
Aumenta a sensao de falta de programao no governo Lula, exceto no
plano econmico e nas relaes exteriores, no h nada programado. Sem
projeto global o que se v so mudanas constantes de funo de ministros e
dos programas para no parecerem de governo anterior. No entanto, surge
mudana para diretriz padro que visa os grandes centros metropolitanos.
Exemplo do Ministrio da Educao, que visa acelerar o ciclo educativo, da
alfabetizao ao profissionalizante, em 3 ou 4 anos. Na rea social o Bolsa
Famlia, centro das atividades do novo Ministrio do Desenvolvimento Social eCombate Fome. Com essas diretrizes muito provvel a dificuldade de Lula
encontrar um acessor especial para ele no Palcio do Planalto.
14/5, ENXUGANDO GELO.
Lula critica os ministrios na posse do presidente do CONSEA, considerando
que as faltas s reunies dificultam os andamentos dos programas sociais
unificados. fato que no ministrio h quem acredita que o BOLSA FAMLIA um programa parte, e quem o considera parte do FOME ZERO. Fora isso,
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concepes que destacam o pacto federativo em oposio valorizao dos
Estados, enfatizado na fiscalizao da sociedade civil. Esta defendendo a
autonomia das prefeituras e contra a regulao por Comits Civis. As disputas
so amenizadas pelo presidente para evitar conflitos no perodo das eleies.
Assim surge o Comit Fome Zero com poder de veto e s prefeituras, maior
importncia nas decises. Isso traz o medo de que polticas emergenciais
tenham mais valor que as estruturantes, mas Frei Betto diz que confia no taco
do presidente e que h mais riscos numa poltica de recesso.
14/9, FOME DE VOTO.
Nas polticas estruturantes e comits so detectadas mudana de filosofia. As
estruturantes ficam esquecidas e os comits mudam de nome, servindo de
base para fortalecimento do PT indo de encontro com polticos tradicionais,
isso leva os comits a serem combatidos por difusores do pacto federativo.
As tenses internas aumentam por desentendimentos nas alianas do partido
com polticos tradicionais, mas na aliana com partidos conservadores e o
Bolsa Famlia como ponta de lana que o PT pretende ganhar mais fora nos
municpios mais carentes.
22/9, A FORA DA IDEIA.
A idia de combate fome levada por Lula ONU comea a dar frutos. A
desenvoltura do presidente no cenrio internacional quase o levou ao Prmio
Nobel da Paz. O brilho foi ofuscado quando o jornalista Ali Kamel mostra nas
condicionalidades a falha do programa. A ncia pelo maior programa de
assistncia social do mundo abalou os resultados alcanados, trazendo os
ndices da fome no Brasil aos de antes do programa. A sustentabilidade para o
programa deveria vir de Poltica Econmica e Reforma Estruturante prometidadesde o incio do governo.
21/10, ARMADILHAS DA REALIDADE.
O governo petista se v em meio s suas prprias armadilhas deixadas ao
longo dos ltimos 20 anos. Dentre as incoerncias esto a relao
PT/Ministrio Pblico e PT e a opinio contra o foro privilegiado para
autoridades de governo, em relao postura de antes e a atual, mas est nocampo social a maior delas. O PT acostumado a apontar a corrupo em
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governos anteriores tem que encarar a realidade de ver a mesma corrupo
agora em seu governo. A mesma ONG que o PT usava para apontar a
corrupo em outros governos, hoje aponta que nada mudou at esse segundo
ano do governo Lula. H sete anos o Brasil apresenta alto ndice internacional
de corrupo. Isso pode ser visto no Bolsa Famlia, que alguns dizem ser obra
de Duda Mendona.
22/12, FOME POLTICA.
O Fome Zero uma falcia da oposio. Os nmeros apontados pelo PT e
apresentados pelo IBGE ao longo dos 20 anos, hoje so questionados. Antes
do PT no governo o IBGE era inquestionvel, a oposio assumindo o poder
pe em dvida a credibilidade do Instituto. A Pesquisa de Oramentos
Familiares (POF) nega que h 53 milhes de famintos no Brasil e 12 milhes
so gastos na pesquisa s para no prejudicar a imagem do principal projeto
social do governo. O resultado diz que a populao brasileira no est exposta
aos riscos de desnutrio. Por ignorncia ou m-f poltica, Lula desacredita o
IBGE. Ou o presidente fala sem informao ou por ver a verdade ser escondida
para garantir sucesso internacional. Permanecer no erro torna o Fome Zero um
slogan poltico, e o Bolsa Famlia sem certo controle em cadastro a ser
controlado em currais eleitorais.
23/12, FOME GORDA.
Frei Betto, ex-acessor especial de Lula, descontente com a burocracia deixa o
cargo. Afirma que houve mal-entendidos por ambas as partes sobre o nmero
de famintos no pas e declara que a fome est na falta de alimentao
equilibrada nutricionalmente, o oposto da falta de comida. O Fome Zero deveria
ser tambm para educao alimentar. Ele lamenta pelo governo no terconseguido explicar a idia ampla do que a fome no Brasil. O problema est
na falta de unio de aes entre os vrios Ministrios, na burocracia, no
excesso de Cmaras e conselhos que travam a mquina burocrtica estatal.
Unir os ministrios menos burocrtico que resolver as disputas internas sobre
os rumos dos programas sociais unificados. Saindo, Betto, o Fome Zero passa
a seguir a linha do ministro Patrus Ananias, a de ser um Slogan e a prioridade
vem a ser do Bolsa Famlia. Betto diz que antes do discurso de contradioLula/IBGE, o havia informado sobre a amplitude do que a fome e o sentido do
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Fome Zero, mas Lula s se preocupou com a pesquisa do IBGE. Para Beto s
deveria existir um nico instituto para as estatsticas oficiais. Diz ainda que na
estatstica da fome entra a mortalidade infantil e que as escolas devem ensina
hbitos alimentares incluindo o cultivo de hortas nas escolas, feitas pelas
crianas lidando com a terra. Numericamente desinflado, socialmente
ampliado, com acompanhamento educacional e mdio o Fome Zero pode dar
certo, mas como propaganda serve ao governo?
2005.11/12, BOLSA DE VOTOS.
Lula decidido pela reeleio tem no bolsa famlia seu trunfo eleitoral. Marcelo
Neri, economista chefe do IBGE/FGV a filha afirma que polticas de rendas tm
efeito em perodo de eleio, mas a experincia de 2002 mostra que no
refletem nos resultados eleitorais, mas a reduo da pobreza em 2004 dever
gerar novo ciclo de polticas de rendas, que, com claros objetivos eleitorais
gera Crculos Polticos de Negcios (CPNs) e Pedro que reduz desemprego
perto das eleies, assim, influenciando nos resultados da eleio, porm,
depois das eleies vm altas da inflao, exemplos os no plano cruzado I e II,
uma poltica oportunista, segundo Neri. Assim tambm o foi em 1989 gerando
uma queda generalizada da renda no perodo ps-eleitoral. Em 1994, o plano
real no era eleitoreiro, oportunistas, e apresentou melhor desempenho de
renda aps eleies. Em 1998 segundo Neri, as crises externas no deram
oportunidades de gerao de ambiente eleitoral, como resultado a reduo de
renda teve propores ainda mais superiores que os trs ltimos episdios.
2006. 28/9, ASSISTENCIALISMO.
Lula se reelege graas aos programas sociais. Tasso Jereissat (PSDB) chama
lula de "Coronel do sculo XXI" que d assistencialismo por voto. Os principaisprogramas: bolsa famlia, crdito consignado e agricultura familiar so pura e
simplesmente assistencialistas. O prprio frei Betto tambm considera isso e
disse que faz recair rapidamente na misericrdia. Xico Graziano (INCRA) inclui
o Pronaf nisso, diz que h transformao de emprstimo em esmola. Carlos
Ganziroli apresenta trabalho que mostra as contradies do Pronaf e afirma
que esse precisa de reestruturao institucional e operacional. Tambm o
crdito consignado sofre distores pela fiscalizao pelo uso poltico domecanismo de crdito popular. Emprstimos so oferecidos qualquer
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maneira, como resultado a inadimplncia aumenta 24,2% em relao ao fim de
2004. O Roberto Messenberg do Ipea da dimenso do problema em relao
economia afirmando que a poltica de crescimento atual do governo
insustentvel e artificial.
30/9. A BOLSA E A VIDA.
Jos Marcio Camargo da PUC-RJ, precursor da idia do Bolsa Escola e da
unificao dos programas originrios do Bolsa Famlia afirma que se a ida
escola for cobrada o programa no assistencialista, que a soluo buscadas
para gerao futura, no para a atual. A sada est na melhoria na educao.
As estatsticas mostram que apenas 64,7% dos alunos inscritos tm
acompanhamento de matrcula. Outros setores sociais tm acompanhamento
ainda mais precrio. Jos Marcio afirma ainda que o importante a
produtividade da crianas quando for adulta.
19/10, MERCADO ELEITORAL.
Lula embarca no Bolsa Famlia e declara sua nordestinidade visando sua
sucesso em 2010, vendo-a como garantida. assegurada pela certeza de ter
um presidente e um partido que se baseia na regio norte-nordeste do pas.
Acio neves, governador de Minas pressiona o PSDB a descentralizar as
decises e Wagner, na Bahia, defende a "Oxigenao" do PT. A viso
paulistana volta-se para o norte e nordeste. Wagner pode ser o candidato de
lula em 2010 e enfraquecer Ciro Gomes, restando-lhe romper com lula se
quiser sair candidato presidncia. As lideranas paulistas ficam afastadas em
seus escndalos, sempre dominaram PT, agora decaem. lula cresce no
nordeste e norte justamente onde o maior investimento no bolsa famlia,63%
dos atendidos esto l. Isso gera crescimento econmico de 15% para onordeste e 20% norte, noutras outras regies de 7% ao ano. Segundo
especialistas as classes pobres tm o "crescimento chins".
25/10, O BOLSO E A TICA.
Mapa da eleio de Cesar Romero Jacob e, PUC-RJ, demonstra que no h
diviso regional nem guerra entre ricos e pobres, que lula estaria protegendo a
pobreza das pessoas e das regies. Romero pretende mostrar que os eleitoresde lula no norte e nordeste voltaram pelos benefcios recebidos: Luz para
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todos, Pronaf, Pro-Uni alm do Bolsa Famlia e que isso d lula o ttulo de "Pai
dos pobres". Mas chama a ateno para o fato inverso da regio sul e Centro-
Oeste, que mesmo votando pelo bolso deu ganho Alckmin. Afirma, enfim, que
qualquer regio do pas, se no fosse pelo bolso no votaria em lula e com
tantas denncias contra o governo lula j teria queda no percentual de votos.
Mesmo conserta queda, Alckmin tem votos consolidados, mas sua tica lula
responde contestando as privatizaes, o que mexe com a classe mdia ao
lembrar os aumentos nas taxas de telefonia poca FHC das privatizaes. O
debate tico leva consideraes de melhoria de servio pblico, mas ficam
mais caros com as privatizaes. Outro que "tica muito flexvel no pas",
segundo Romero, o caixa dois generalizado ao apontar os profissionais
liberais com seus preos diferenciados, com ou sem recibo e a pirataria.
Portanto, a eleio pode ser decidida a, no debate entre a tica e o bolso.
2007,5/1/, ONDE FICA A SADA?
Passou a ficar claro que o Bolsa Famlia precisa se reestruturar. A soluo para
os novos rumos devem vir do diagnstico universal, trazendo melhorias na
educao, sade e acesso ao mercado de trabalho. Para Ricardo Paes e
Barros, economista, melhor que aumentar o valor do benefcio social ampliar
o nmero de beneficiados, um pouco para cada um a melhor que muito para
poucos tambm afirma que devido amplitude do programa normal os
cadastros serem beneficirios no merecedores, difcil controlar, o importante
que 70% dos pobres so atendidos, que o programa melhor que o do
Mxico e prximo ao do Chile em qualidade. Entre gastar mais com educao
ou com o bolsa, e de Paes e Barros cauteloso. Afirma que tm reas de
escolas precrias onde melhor investir nela, em outras regies vai ser melhor
ajudar as famlias. A "Mquina de fazer votos", frei Betto ao Corriere DellaSera, ser o Bolsa Famlia e se acompanhadas as condicionalidades ligadas
educao e sade, especialmente.
4/2, BOLSA ELEITOREIRA.
Altos estudos confirmam pela primeira vez que a votao de lula em 2006 foi
claramente influenciada pelo Bolsa Famlia, direcionados para os municpios
com menor votao para ele em 2002. Por fim, os estudos comprovam quequanto mais recursos per capta uma regio recebe do Bolsa Famlia mais votos
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lula recebeu.
25/5, "O MEDO VENCEU".
Depois dos acontecimentos marcantes do primeiro mandato de lula, frei Betto,
ex-assessor e amigo de lula exps as crticas ao governo em seu recente livro,
Calendrio do poder. Nele, Betto expe sua decepo com a falta de tica do
partido. Segundo ele, mesmo que todos os objetivos do progresso material
pretendidos pelo governo fossem alcanados no seria suficiente para sua
satisfao utpica de socialismo, que deveria vir de uma democracia
participativa. O governo agiu diferente do que ele esperava, mas v avanos na
poltica externa com orgulho, as crticas vo contra as alianas do PT com
partidos corruptos. O livro relata os desacertos do governo, as intrigas e
disputas de poder, com destaque para o Fome Zero engolido no bolsa famlia,
que ao unificarem-se os programas sociais teve fins polticos.
27/5, ASSISTENCIALISMO.
Novamente Betto, em seu livro relata sua frustrao pelos rumos do Fome
Zero. Na sua carta lula em setembro de 2003 com seu pedido formal de
demisso, Betto questiona lula sobre como ser assegurada a insero social
quando terminar a transferncia de renda, tendo em vista que a unificao dos
programas sociais possui duas concepes: a da mera transferncia de renda,
s assistencialista, e a que vise a incluso social. Noutra carta, em abril, Betto
j alertava para o desastre que ser no dia que os benefcios foram cortados,
as pessoas ficaro revoltadas. Mostra a necessidade da complementao com
reformas estruturantes, assim, promover a "Revoluo pacfica no pas". O livro
tambm relata a postura questionvel do partido da esquerda no poder agora e
antes, e a semelhana com a direita quando esta estava no comando. Contade passagens como a influncia que Betto teve na nomeao de um negro
para o Supremo, solicitada por lula.
18/8, VOTOS X BENEFCIOS.
O aumento na frequncia das escolas ponto de destaque em pesquisa sobre
o bolsa famlia. Os estudos de Soares, Barros e Neri baseados no Pnad/2004
demonstram que alunos beneficirios tm mais frequncia e menor ndice deabandono dos estudos que outros alunos que no recebem o benefcio. Mas as
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concluses so limitadas pelo precrio acompanhamento das
condicionalidades do programa, apenas 41,8% das famlias beneficirias so
acompanhadas. A cada perodo pretende-se ampliar e melhorar o
acompanhamento, assim, 63% em 2006, 66% em 2007 pretendendo atingir
68,9%. Em pesquisa de 2005 a desnutrio caiu 17,9% em 1996 para 6,6% no
seminrio. O Bolsa diminui o risco em 30%. Mesmo com as mudanas no
acompanhamento da frequncia escolar, que evita ao mximo a excluso de
uma famlia, o programa ainda assistencialista.
19/9, AO E PERCEPO.
Pesquisa divulgada pelo jornal O Estado de So Paulo irrita os Tucanos ao
demonstrar que o eleitorado est convicto que a estabilidade econmica
mrito do governo lula, as outras so o Bolsa Famlia e a ajuda aos pobres. A
pesquisa ruim para o PSDB por mostrar sua incapacidade de convencer o
eleitor de suas realizaes nos anos FHC, por outro lado, mostra a habilidade
de o PT de assumir como suas as realizaes de outros, ainda, demonstra
eleitores manipulveis e sem senso crtico. Mas a percepo no to absurda
como parece, a estabilidade econmica patrimnio brasileiro, bom foi que o
governo lula percebeu esse valor antes e desmentiu o que pregou
anteriormente, que gerou temor no mercado financeiro, descontrolando a
inflao em 2002. Nesse mesmo ano Jos Serra procurou se afastar de FHC,
Srgio do predominante clima de mudanas no eleitorado, para garantir
"Continuidade sem continusmo" e sucesso nas eleies. poca a rede de
proteo social (programas sociais de FHC- Vale-gs e outros) poderia garantir
votos. Dessa forma Serra venceu em Alagoas, onde houve maior concentrao
dos programas sociais, sendo pior no Rio onde Garotinho impediu a atuao do
governo federal. Serra no se valeu dos programas para garantir votos, masdemonstrou dificuldade comunicativa com os eleitores. Tambm foi assim com
Alckmin em 2006 quando lula no perdeu oportunidade. Lula, ao unificar os
programas sociais deu valor agregado ao social do seu governo. A
competncia do PT em assimilar iniciativas dos outros criou sua viso do
mensalo, um super caixa dois para garantir o projeto de poder do PT,
segundo denncia aceita pelo STF. Embora pesquisa mostre que alunos com
Bolsa Famlia frequentam mais e abandonam menos a escola, no significabons resultados no aproveitamento escolar, em outras pesquisas do Ministrio
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do Desenvolvimento Social, preferencial mensalmente, esses alunos tm pior
rendimento que os no inclusos no programa, mas as concluses so
limitadas, pois, s 42% tm frequncia acompanhada.
29/9, EMANCIPAO.
O Pnad mostra que a melhora de renda dos 10% mais pobres devido aos
programas como Bolsa Famlia e no ao trabalho. Isso demonstra a
necessidade do surgimento de polticas estruturantes para garantir o que falta
consolidao da poltica social brasileira. Para Neri os 11,1 milhes de famlias
atendidas pelo Bolsa Famlia o ideal, agora preciso dar sada: emancipao
da pobreza, melhorando o cadastro ou trocando beneficirios do programa por
outros mais pobres e excludos do programa. A idia apoiada por Fbio
Giambiagi do IPEA. Para ele deve haver opes para o beneficirio independer
da chancela do Estado e semanticamente a troca da expresso
"Emancipao". Preocupado com a democracia, proponha a busca de
estabelecimento de regras independentes s editadas pelo governo para evitar
o uso eleitoreiro dos programas sociais.
30/9, BOLSA 2.0.
Para Marcelo Neri (FGV), polticas sociais em longo prazo so para permitiraos indivduos que "realizarem seu potencial produtivo". Nessa lgica, o Bolsa
Famlia "Plataforma de acesso aos pobres que o Brasil nunca teve", s uma
plataforma sem pista de decolagem. Fala principalmente de uma Bolsa Famlia
2.0, com o incentivo acumulao de capital humano, polticas estruturais com
destaque para a sade e educao, exemplo no PAC de educao. A
prioridade, segundo ele, a focalizao eficaz e combate s menos eficazes
como "Reajuste de salrio mnimo e universalizao incondicional da rendamnima". Em segundo lugar, as condicionalidades a melhorar, o importante no
a frequncia nem matrcula escolar, mas sim a qualidade da educao.
Tambm aposta na necessidade de fornecimento e de crdito aos pobres,
potencializando as garantias.
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RESUMO III
2002, 1/12, TOCANDO O VIOLINO.
Pega-se o violino com a esquerda, mas tocado com a direita. Pode-se ver no
Brasil uma troca de papis onde o governo eleito se mostra ansioso pela hora
de assumir o poder, mas cuidadoso. O que se v nesse dias ser muita
contradio, a fama de liberais de uns e de radicais de outros. O governo Lula
dar certo se resistir s reivindicaes, solicitando realismo.
2003, 16/7, DOIS PLANOS.
Palocci se mostra muito mais resistente do no inicio, dando a nuana
economia, no se deixa ameaar pelas corporaes no tocante s finanas
estatais.
Devera haver organizao mnima do governo ao redor de um projeto
econmico de coerncia, o casual fracasso ser do modelo, ao tempo que foi
provocado pelas interferncias polticas. Devido poltica econmica no correto
caminho, a imagem de Lula alta e intocvel, com algo em torno de 77% de
aprovao.
Socilogos como Anthony Giddens, sero levados no plano internacional, s
lagrimas, contudo, governo brasileiro tem propostas oficiais relegadas ao plano
utpicos sem seriedade.
Como Lula sabe que no se desgasta a famosa vontade poltica para remover
monanhas, precisa compreender que no o bastante ter idia generosa para
mudar relaes internacionais.
5/8, RISCO PALOCCI.
No h indcios da sada do ministro Palocci do Ministrio da Fazenda, comotemia o mercado financeiro. Aparentemente os boatos tinham inteno
especulativa financeira apenas, para disparar o dlar e o risco-brasil subir mais
de 9% no dia, ultrapassando os 900 pontos, inditos desde meados de abril.
um fato que no mudar com discursos abrasados contra o mercado
financeiro ou as injustias da vida. Requer definio de um modelo de atuao
do governo emoldurar todo o seu conjunto nessa expectativa para alcanar os
objetivos.
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O eleitorado quer reformas, inclusive previdenciria, e est convencido da
proposta original do governo seriam para por fim a certos privilgios.
16/10, A LONGO PRAZO.
Com a firmeza que se refere poltica econmica, realmente ser de longo
prazo. O pas permanecendo nesse rumo at futuros dez anos, provocar
reduo e vulnerabilidade at nos saldos da balana comercial e cortando com
segurana os juros visando possibilitar crescimento sustentado e reduo da
divida publica, o Brasil avanar nesse momento.
12/12, AS DORES DO CRESCIMENTO.
Procura-se sada para o empecilho crescimento/inflao ou equilbrio
fiscal/estagnao. O governo se convence da falta de caminho, assim, no v
perigo de voltar atrs no assunto. Discute-se, ento, como fazer poltica
industrial estimulante do desenvolvimento sem que o estado definisse o papel
de cada setor na economia nacional.
2004, 5/2, QUEM DEFINE.
Sem querer, mas lula enfrentou os radicais pra realizar um programa sem
ruptura.
J, Antonio Palocci, obrigado vir a publico, defender seus auxiliares diretos, e
vira avalista da poltica econmica do governo. Acalma os mercados e no
perde a tranqilidade nem em momentos de tremor.
Dentro do governo lula h vrios governos, a ele cabe dimensionar cada um.
Ou define claramente ou viveremos permanentemente sem saber o que ser a
manha da poltica econmica.
5/5, GESTO REVELADOR.
O gesto de petistas publicado no O globo (5/2000), em crtica ao baixo valor
do salrio mnimo dado pelo governo FHC, serve-lhe e tambm ao ministro
Berzoini, entre os total irresponsveis, definio de Lula, que lutaram por maior
aumento do mnimo.
Serve para mostrar aos petistas, guiados por faro poltico, mesmo sabendo da
necessidade dessa e de outras reforma.
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O lado bom que o PT passar a fazer poltica mais responsvel at estando
na oposio, e o eleitorado j estar atento.
28/8, SONHOS PETISTAS.
Antonio Palocci virou sonho de consumo da campanha petista. Os nmeros da
economia j devem estar se refletindo, no eleitor, pois cresceram nos ltimos
dias pedidos e as presses para que Palocci grave depoimentos ou participe
de campanhas nos estados. Ele est participando apenas da de Ribeiro Preto
e da de Goinia, onde tem um irmo secretario municipal.
Uma eventual candidatura sua presidncia provvel em caso de
permanncia de sucesso da poltica econmica, como ocorreu com FHC. Por
isso, os passos tm que ser medidos com cuidado, para que, ajudando os
candidatos do seu partido, para que Palocci no perca o apoio da sociedade,
tem que continuar a poltica econmica.
18/9, APERTANDO O CINTO.
Desenrola-se nos bastidores do gorveno um a nova queda de brao entre
Antonio Palocci e Jos Dirceu, da qual a rescente declarao contra o aumento
da taxa de juros ppor parte de Dirceu foi apenas a faceta mais evidente.
Quando o ministro Jos Dirceu se declarou publicamente contra o aumento da
taxa de juros neste momento, ele estava assumindo a defesa dos interesses
polticos do pt, que esta em capanha eleitoral e certamente sofrera criticas com
a deciso do Copom. Mas Dirceu estava tambm querendo se colocar ao lado
da sociedade,que reage mal a aumentos na taxa de juros.
2005, 26/8, SUPERANDO OS MESTRES.
Advogado, Rogrio Buratti, depe no MP/SP e o mercado financeiro quaseentra em colapso na semana passada. Disse ele que Palocci recebeu o
mensalo de R$ 50 mil por contrato de lixos da empresa Leo & Leo, que, por
meio de Delbio Soares, repassava ao diretrio nacional do PT.
O Mercado ontem fechou tranqilo, mas com afirmao das denuncias CPI
dos bingos, a situao deve ser de intranqilidade, aparentemente isso levar
ao completo esclarecimento do esquema de corrupo envolvendo as
prefeituras do interior paulista, e as do PT, nos servios do lixo ou dostransportes coletivos, que seja.
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Se o PT est certo na acusao a outros partidos pela mesma prtica, s
mostrar que eles superaram os mestres, aperfeioando os esquemas de
corrupes no pais.
2/9, REAO TICA.
O chefe de gabinete de Palocci pede pra sair e atendido, fica a marca das
contradies das aes politicamente desastrosas desse governo. No
importam as razes de Jucelino Dourado, e sim a descortesia da situao. Sair
da Fazenda aps depor na CPI, aps defender as aes do seu chefe e negar
as acusaes contra ele, tira o crdito das afirmaes e o foco volta para
Palocci.
16/11, TUDO PODE ACONTECER.
Haver hoje sabatina para o ministro no Senado e se ele pedir sua sada do
ministrio no ser surpresa. Mas, ser para defender a poltica econmica
contra os ataques de setores do governo, no pelas acusaes pelas quais
est respondendo.
Ao antecipar sua ida ao Senado, Palocci tambm pretendeu antecipar o fim das
especulaes que, poderia causar-lhe desgaste para o depoimento na
Comisso de Assuntos Econmicos, previsto para dia 22, que, seria menos
significante que o de selar o fim de seu perodo frente da economia do pas.
Palocci foi atropelado por Dilma Rousseff, ataca o projeto da equipe econmica
de equilbrio fiscal em dez anos, com supervit primrio estabelecido
antecipadamente e corte na maquina estatal. Para Palocci pior foi a certeza de
que o ataque foi premeditado, justo quando ele estava enfraquecido
politicamente. Ele ainda no percebeu que Lula fez de tudo para deix-lo no
cargo depois do questionamento da ministra Dilma rousseff. No haversurpresa nem se ele rebater hoje as idias econmicas de Dilma ou como ela
as exps.
2006, 17/3, COMPARAES PERIGOSAS.
O PT de 1992 tambm foi o culpado por levar CPI o depoimento do
motorista Eriberto Frana, atravs do senador Eduardo Suplicy, ontem tentou
impedir, atravs de um mandado de segurana do senador Tio Viana, que ocaseiro Francenildo dos Santos Costa depusesse na CPI dos bingos. O
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depoimento de ontem no oferecia, em princpio, nenhum perigo direto de
impeachment do presidente lula, mas certamente criaria embaraos imediatos
para o ministro Antonio Palocci, a quem o caseiro desmentiria em entrevista a
O Estado de So Paulo.
O senador Tio Viana queria que a CPI fosse proibida de investigar at mesmo
o uso de caixa dois das campanhas eleitorais do PT, que j est sobejamente
apurado e comprovado no apenas na CPI dos bingos, mas tambm na dos
correios.
O apoio da oposio governabilidade j passado, e ontem ela pediu a
demisso de Palocci da fazenda. As comparaes da situao atual com o
caso de Collor mostram que a campanha eleitoral ser sangrenta como se
esperava.
24/3, ESTAMOS NO BRASIL.
E porque estamos no Brasil, a Caixa Econmica Federal pediu nada menos
que 15 dias de prazo para identificar quem entrou na conta do caseiro para
pegar um extrato de sua poupana, um procedimento eu os entendidos
garantem no durar nem 15 minutos.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras desconfia que os depsitos
na conta do caseiro Francenildo so atpicos, enquanto o lobista Marcos
Valrio distribuiu pelo menos 55 milhes de reais entre polticos e autoridades
diversas, que sacaram milhares de reais na boca do caixa dos bancos Rural e
BMG, o Coaf nunca desconfiou de nada, sem falar dos 10 milhes que o Duda
Mendona recebeu de parasos fiscais.
2009, 28/8, REVERSO DE EXPECTATIVA.
Vitria inesperada de 5 a 4 no STF libera Palocci da acusao de ter quebradoo sigilo bancrio do caseiro Francenildo Costa. O deputado poltica como
menos credibilidade, mas ter que recuperar a imagem. Com diplomacia,
Palocci continua exercendo suas funes parlamentares, reafirmando ao
palestrar em eventos, a crena de da necessidade de se fazer um plano de
reduo do gasto publico.
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2003, 5/1, OUSADIAS PARA AMERICANO VER.
Lula sinaliza que a Venezuela ter mais ateno do Brasil, mudanas estariam
em curso. Se para entender esse governo, mudana a chave, ela j est bem
explicitada. A ltima vez que se usou poltica externa independente dos EUA foi
com o embaixador Azeredo da Silva, no governo Geisel.
O discurso de Lula tem marco claro de uma nova etapa para a poltica externa.
J se podem ver essas mudanas nas novas medidas governamentais,
suspenso de licitao da FAB sobre compra de avies, em possibilidades
novas de atuao brasileira. Essa postura de Lula visa uma cadeira no
conselho da ONU.
2004, 26/5, TOMA L, D C.
Exigir coerncia de Lula diante da contraditria China pedir muito. Lula
inaugura a poltica externa a cada viagem a um pas como se fosse o primeiro
presidente brasileiro a ir l, mas se mostra hipcrita com Taiwan onde tem
escritrio comercial e reconhecemos uma s China. Isso histrico. Mesmo
louvvel a poltica de negcios que Lula vem conduzindo, mas as contradies
do passado petistas sempre falam mais alto.
2005, 23/4, TERRA EM TRANSE.
No se imaginaria o permanente transe da terra como no governo Lula, capaz
de mudar a prpria geografia econmica do mundo, dos EUA, por uma
chamada Comunidade Sul-Americana de Naes para fortalecer o
enfraquecido Mercosul. Isso se resume em muita conversa e pouco negcio.
2006, 13/12, POPULISMO.
O salrio mnimo que ficou em R$375, marca derrota do governo e serve depretexto para discutir linhas ideolgicas que regem esse governo. Discutir entre
direita e esquerda s confundiu as coisas. Lula chega a afirmar que quem
tem cabelo branco e esquerdista ta com problema. As atitudes eleitoreiras de
Lula em perodo de eleio se trazem elementos do populismo latino-
americano com o norte-americano.
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2007, 30/1, VITRIA POLTICA.
A retomada das negociaes da Rodada de Doha, PARIS, para o Brasil uma
vitria poltica importante. Foi inspirador e lideral informalmente o G-20.
Discutiu-se a possibilidade de ampliao do G-20 e os meios para resoluo
das questes do crescimento econmico, gerao de emprego e renda para
um mundo melhor.
O G-20 hoje d nfase negociao agrcola na OMC, mas a maioria dos
participantes acredita que o G-7 e G-8 j esgotaram sua capacidade de ao e
o lado hoje mais terico e menos prtico.
Por fim, o chanceler Celso Amorim afirma que o Brasil no quer a burocracia
tome de conta do G-20, mas muitos debatem mostram essa tendncia.
2010, 16/6, CAUSA PERDIDA.
A posio do Brasil contra as sanes impostas ao Ir, demonstrada na
votao no Conselho de Segurana da ONU, isola a participao brasileira
tanto no rgo quanto no mundo ocidental. negada essa poltica externa
pautada no patriotismo sem reais razes. Lula exps o Brasil
desnecessariamente contra os Estados Unidos para ficar do lado de ditadores,
os piores. O Brasil no necessita sair do bloco ocidental, muito menos para
defender causa malfica humanidade.
CONCLUSO
O Lulismo no poder uma obra extensa que traz os fatos marcantes do
governo de um homem, de base familiar simples e humilde, mas que ascendeu
ao cargo de presidente da repblica graas dinmica da sociedade e s
sucessivas investidas partidrias. E nesse, se mostrou como um grandegovernante, seja pelas suas aes, carisma ou habilidade de lidar com a
opinio pblica. Acompanhando os fatos apresentados no livro possvel
concluir sobre algumas caractersticas relevantes desse governo que veio a se
expressar com LULISMO. Segue portanto, a concluso.
O carisma de lula.
Lula provoca certa adorao por parte da populao, chegando a comparaescom o populismo de Vargas, mas longe do que foi Jetlio, Lula apenas fez
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poltica de transferncia de renda oriunda dos impostos. Isso deu uma
qualidade mais efmera ao governo Lula do que foi o populismo de Vargas.
Lula pode at ter recebido o status de mito, mas no fez grandes mudanas
estruturais no pas.
De fato Lula um governante com enorme poder carismtico, mas isso, e sua
poltica autoritria criaram um governo que afronta e se perde na tica de suas
aes. Aes essas que se mostraram contraditrias se comparadas s que se
pregavam no perodo quando em busca do governo, no passado poltico do
Partido dos Trabalhadores. Pior que, Lula nem se incomoda com isso, chega a
atacar partidos adversrios perigosamente, defende aliados com o nome sujo
nas CPIs e isso no um comportamento nada democrtico.
Comparando um estadista com um populista, a diferena est que o estadista
pensa nas prximas geraes, e o populista nas prximas eleies. Para
Merval, Lula de segundo tipo, mesmo aparentando um estadista ele acaba
sendo um presidente populista.
Bolsa famlia.
No captulo sobre o programa social, carro chefe do governo Lula, o autor
mostra como o Bolsa Famlia comea como Fome Zero e termina como
programa social eleitoreiro, de importncia imensa para o governo, o que no
constava na idia inicial do Fome Zero, qual achava Frei Betto, um dos
idealizadores, seria o momento socialista do governo Lula. Esperava Betto, que
o Bolsa fosse concedido a grupos de cidados nos municpios, e que os
polticos e prefeitos no se metessem. Quando o governo descobre que o
programa era uma rica fonte de votos, Patros Ananias organiza o Bolsa Famliacom os prefeitos, que passaram a organizar os cadastros e a distribuio,
transformando o programa num instrumento poltico eleitoral fenomenal, sem,
no entanto, mudar a estrutura social do pas.
O Bolsa Famlia foi, portanto, um dos responsvel pela ascenso do Lulismo,
outro fator foi a poltica de aumento do salrio mnimo. Mas Lula no foi o
responsvel pela idia original, segundo o autor, no fez nada de original, sdeu nova rouparem s polticas de governos anteriores, especialmente a de
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FHC. A unificao dos programas foi apenas uma mudana na distribuio de
renda, no uma reforma.
Lula tentou fazer a reforma da presidncia no incio do governo, seguindo as
tendncias, e as fez muito bem, mas ficou s no papel. Como percebeu que,
para seus prprios interesses, era mais fcil mexer com polticas de
distribuio de renda, deixou de lado as polticas estruturantes. Mas para
mudar realmente o pas, essas reformas precisam ser feitas. Essas mudanas
de rumos dos programas sociais foram motivo de decepo para Frei Betto,
que chegou a sair do cargo e ser um crtico contra essa poltica de Lula.
O aparelhamento do estado.
Um dos pontos iniciais da polmica sobre o aparelhamento do estado quando
se descobre que para uma festa em Braslia, realizada pelo PT, o Banco do
Brasil havia comprado todos os ingressos. Houve a denncia e Jos Genuno,
presidente do PT, negou, disse que no, que o PT era republicano. Assim, foi
se descobrindo que a relao do governo com o partido, e aliados, permitia que
a elite sindicalista dominasse a mquina do Estado.
As tentativas de controle dos meios de comunicao.
Percebe-se desde o incio do governo uma temerosa idia de controle social
dos meios de comunicao. Vrias propostas foram apresentadas como: a
tentativa de aprovar a o Conselho Nacional de Jornalismo e o controle de
produo do meio cultural, que foram sendo derrotadas, mas voltavam com
outras leis. De certo que, o Brasil precisa tomar cuidado, pois, como exemplo
se tem os Estados Unidos, que dominam o mundo atravs da cultura.
Por fim, possvel entender as pretenses da obra, que pode ter sido recebida
como contrria ou oposicionista politicamente ao governo Lula, mas que se
mostra neutra, pois, apresenta os fatos conforme foram acontecendo sob o
olhar atento do hbil jornalista que Merval Pereira, e se as crticas soam
negativamente ou tendenciosas por que se transpareceram as atitudes reais
de um presidente autoritrio e ao mesmo tempo querido, e por trs desse, todo
um jogo poltico de interesses e de corrupo, mostrando em contradies quea esperana to depositada pelos brasileiros na tica do PT se foi.
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H de se considerar que a honestidade do presidente inabalvel, mas o
mesmo no se pode dizer de seu partido, foi-se ento a ltima esperana de se
encontrar num partido poltico a pureza das aes.
Quando o PT abandonou uma de suas bandeiras, a socialista, para chegar ao
governo, no se esperava que sua ltima bandeira, tudo que lhe restava, a
bandeira da tica, fosse manchada e jogada no lixo por causa dos escndalos.
O balano desses oito anos do governo de Lula, mostra que realmente foi de
desenvolvimento e mais progresso, louvando-se as aes de Lula, mesmo
sendo continuao de governos anteriores renrroupada para dar cara de
original, mas as manchas que deixou no poderiam ser desconsideradas. Foi
isso que a obra de Merval fez, apresentou as irregularidades j denunciadas e
esclarecer os feitos ponderando os pormenores e explicitando as reais
intenes nem sempre notadas pelo cidado brasileiro.