Obras Publicadas Cancioneiro Guasca ( 1910) Contos Gauchescos (1912) Lendas do Sul (1913) Casos do...

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Obras Publicadas

Cancioneiro Guasca ( 1910)

Contos Gauchescos (1912)

Lendas do Sul (1913)

Casos do Romualdo (1914)

Contos Gauchescos

Seleção de contos lançados em 1912, aniversário de 100 anos de Pelotas, a maior parte deles já lançados em jornais naquele

ano.

Trezentas onças

Imbuído da missão de comprar rezes para o patrão, o personagem acaba parando para descansar e esquece o dinheiro na beira da sanga.

Cachorro tenta chamar a atenção para o fato.

Ao voltar em busca das onças de ouro, encontra um grupo de cavaleiros.

Não encontra a guaiaca e pensa em se matar.

Faz o caminho de volta e alivia-se ao ver que lhe pregaram uma peça.

TE LIGAAAA MEUUUU!

Fato acontecido com o próprio Blau Nunes;

Descrição da paisagem;

Amor e confiança nos animais;

Proteção divina;

Heroísmo do gaúcho;

'-Louvado seja Jesus Cristo, patrício! Boa noite! Entonces, que tal le foi de susto?

Negro Bonifácio

Blau Nunes conta a história do Negro Bonifácio, que apareceu para umas carreiras;

A china Tudinha possuía muitos pretendentes, entre eles estava Nadico, de quem ela gostava;

O negro aposta carreira com Nadico e perde.

Inicia uma briga feia, e Bonifácio mata Nadico e Fermina;

Tudinha vinga-se do negro preso por boleadeiras e atingido por um tiro na cabeça;

Mais tarde, Blau descobre que o negro fora o primeiro homem de Tudinha;

ATENÇÃÃÃÃOOOOOOOOO! Negro Bonifácio configura-se como um dos

contos mais violentos da literatura gaúcha (Lopes Neto, 2008).

O conto possui muitas marcas de oralidade e diálogo com o

interlocutor, por ex: “Escuite”, “Vancê compreende?”

Tragédia que tem como pano de fundo a disputa pelo amor de uma mulher;

No manantialMaria Altina é moça de bom caráter, que pretende casar-se com um jovem militar chamado André;

Chicão, também se apaixona por ela. Ao saber do noivado, invade a casa, mata a avó da moça, e investe contra ela, que foge a cavalo;

Os dois acabam caindo no manantial dos fundos da casa;

Mariano é avisado, mas não consegue salvar a filha, avista apenas a rosa vermelha boiando no lodo. Luta com Chicão;

No meio do barro brota uma roseira e o local fica mal assombrado;

Um dos contos mais dramáticos da obra: Tragédia envolvendo o amor de uma mulher;

Blau Nunes foi testemunha dos acontecimentos;

O comportamento de Chicão aponta para a competitividade masculina e a predisposição para a batalha em busca de seus interesses;

Presença do elemento sobrenatural;

Deve um queijo!...

O velho Lessa era um homem bondoso, mas não menos corajoso;

Andava, quando seu caminho cruza um castelhano desonesto que pretendia aplicar-lhe um golpe

Então lhe cobra um queijo;

Lessa manda vir o maior, o castelhano se delicia, mas ao agradecer é obrigado a comer todo o queijo abaixo de facão;

Ausência de travessão, indicador de que Blau Nunes não estava presente quando o fato aconteceu, apenas é mais caso que ele ouviu contar.

Descrição das características do gaúcho: bonachão, sério, mas ao ser desafiado ou desrespeitado lava sua honra pela força;

Comparação entre o gaúcho e o castelhano, sendo que este, apresenta um temperamento leviano, fanfarrão e debochado.

O boi velho

Blau Nunes relembra o caso da família Silva na estância do Lagoões;

Possuíam dois bois mansos: Cabiúna e Dourado;

Dourado apareceu morto e seu amigo o cercava para que levantasse;

Tempos depois, Cabiúna fica magro e velho e a família resolve soltá-lo.

Reaparece e tiram-lhe o couro para aproveitar

Blau utiliza a interjeição: cuê-pucha, que significa espanto, indignação diante da maldade humana;

A interação entre animais e humanos é perfeita, até que aqueles não “sirvam” mais;

A inocência das crianças contrasta com a falta de sentimento dos adultos que matam o boi, que lhes serviu tanto, por causa de um simples couro;

Correr eguada

Blau Nunes descreve o esporte de correr eguada, animais que viviam soltos e chucros pelos campos do Rio Grande do Sul;

Blau lembra com saudade dos tempos em que estas atividades aconteciam;

Através do diálogo com seu interlocutor, Blau revela que o “patrãozinho” é bem mais jovem que ele e não conhece quase nada da vida;

Contrabandista

Jango Jorge foi contrabandista nas bandasdo Ibirocai (Uruguaiana), era muito valente, insolente e mão aberta;

Blau o reencontra às vésperas do casamento da filha e acaba ficando para a festa;

Jango Jorge demora para chegar com o vestido;

A filha já está inconsolável quando é anunciada a chegada do contrabandista;

Fora atacado pela polícia, mas antes de morrer amarrara um embrulho no peito embaixo do pala;

Ao examinarem-no encontraram o vestido branco da filha manchado com plastras de sangue;

Batendo orelha!...

A trajetória de um menino e um cavalo desde o nascimento;

Em dado momento, no exército, seus destinos acabam se cruzando, e ao separarem-se seguem caminhos parecidos;

O conto apresenta uma intercalação que justifica o título: Batendo orelha ou, como o termo é utilizado nas corridas de cavalo: disputando lado a lado;

Jogo do ossoA vendola do Arranhão, homem espertalhão, era um pouco retirada da vila, era onde se davam jogos, carreiras e danças;

O jogo: “O jogo é só de culo ou suerte. Culo é quando a taba cai com o lado arredondado pra baixo: quem atira assim perde logo a parada. Suerte é quando o lado chato fica embaixo: ganha logo e sempre” (Lopes Neto, 2012, p. 184);

Osoro e Chico Ruivo começam a jogar taba no lado de fora da venda. Chico começa a perder e acaba apostando Lalica;

Perdendo a mulher no jogo, entregou a china que, durante três rodadas de dança, provocou-lhe ciúmes;

Não aguentando vê-la aos beijos com o outro, puxou do facão e matou os dois no meio do salão;

Fugiu sem pagar a conta;

Lalica, mesmo humilhada por servir como moeda de troca, mostra o poder de sedução e a força que possuía ao provocar ciúmes

em Chico Ruivo;

O conto é bem ilustrativo ao mostrar como se davam as festas, jogos e costumes

campeiros;

Arranhão está mais preocupado com a conta do que com o acontecido;

Bibliografia:

Lopes Neto, João Simões. Contos gauchescos e Lendas do Sul. Porto Alegre: L&PM, 2012.

Lopes Neto, João Simões. Contos gauchescos e Lendas do Sul. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2008.