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IV JORNADAS DE CULTURA, TERRITORIO Y PRACTICAS RELIGIOSAS
II Coloquio latinoamericano “Territorios, fiestas y paisajes peregrinos”
Geografías de lo sagrado en la contemporaneidad
4 y 5 de mayo de 2017
Universidad Nacional de Luján – Universidad Nacional de Quilmes
Organiza:
GIEPEC (Grupo Interdisciplinario de Estudios sobre Paisaje, Cultura y Espacio).
En el marco del PROEG (Programa de Estudios Geográficos) y del IIGEO (Instituto de
Investigaciones Geográficas) – Departamento de Ciencias Sociales de la UNLu.
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Procesiones, viajes religiosos y
peregrinaciones
Con el cielo como techo. El lugar del Estado en la coordinación de peregrinaciones
y fiestas religiosas en la Provincia de Buenos Aires
María Pilar García Bossio
IdHICS/CONICET-Universidad Nacional de La Plata, Argentina.
Las fiestas y las peregrinaciones religiosas constituyen momentos extra-ordinarios en la
vida de los fieles de distintos credos, pues suponen una dislocación de lo cotidiano. Allí
se trastocan tiempos y espacios, de forma tal que permite generar una pertenencia a un
nosotros que muchas veces no es únicamente religioso, sino también político y cultural.
Estos eventos trastocan la dimensión espacial de lo religioso, sobre todo cuando suceden
en (y sobre) espacios que exceden el lugar de culto, para volcarse a lo público. Allí se
encuentran con la delimitación jurídico-administrativa del Estado, convirtiéndose este -
en sus diferentes niveles de gobierno- en el que regula en última instancia la posibilidad
de una religión de poder realizar una fiesta o una peregrinación en determinados
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espacios públicos, incluso por sobre la regulación que pueda producirse desde la
sociedad. Es el Estado el que ejerce el poder para perseguir una determinada
manifestación religiosa pública -ya sea mediante la coacción o trabas administrativas
para realizar el evento- o, por el contrario, promoverla y acompañarla.
En este trabajo nos interesa profundizar en los casos en que el Estado promueve las
fiestas y peregrinaciones religiosas, para analizar qué discursos construye y qué
estrategias despliega. Si bien en la historia de la Argentina el lugar privilegiado de la
Iglesia Católica en las relaciones con el poder político puede llevarnos a pensar que la
promoción estatal supone únicamente una legitimación dispar de las religiones,
consideramos que es interesante ahondar en otra arista esgrimida por el propio Estado:
la del carácter de ciudadanos de los fieles, que lo vuelve responsable por su seguridad, y
por tanto garante de una serie de elementos de logística y coordinación específicos sobre
el espacio público. Estos muchas veces requieren la participación de distintas
dependencias estatales y distintos niveles de gobierno.
En la provincia de Buenos Aires, la Dirección Provincial de Cultos, como algunas
direcciones municipales, ocupan un lugar cada vez más visible en esta coordinación,
tanto para peregrinaciones católicas -en particular las peregrinaciones a Luján- como
para festividades de distintos credos -principalmente evangélicos-. Nos proponemos
entonces describir algunos de los eventos en los que estas dependencias tienen
injerencia, de forma tal de poder pensar la relación entre Estado y religiones en la
construcción del territorio.
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A peregrinação enquanto una forma simbólica espacial móvel
Otávio José Lemos Costa
LEGEC- Universidade Estadual do Ceará, Brasil.
A relação entre a teoria das representações e a geografia torna-se mais relevante a partir
dos estudos da geografia humanista, que teve como base filosófica a fenomenologia.
Neste contexto conhecer e participar de uma romaria nos permite ratificar uma
concepção importante no âmbito da geografia que considera o espaço como resultado
concreto de um processo histórico, mas também como uma construção simbólica que
associa sentidos e ideias. Esta perspectiva de análise é substantivada pela inclusão de
uma sensibilidade imaginativa e através da contribuição da geografia humanista,
centraliza seu olhar para as experiências dos indivíduos e grupos em relação ao espaço
com o escopo de compreender seus comportamentos e valores. Dessa forma,
objetivamos no presente trabalho, compreender uma peregrinação que acontece
anualmente ao santuário de São Francisco das Chagas, localizado na cidade de Canindé,
estado do Ceará-Brasil. Compreender uma peregrinação enquanto uma prática espacial
é também verificar que a leitura das coisas, dos sujeitos e suas representações indicam
possibilidades de promover uma interdisciplinaridade na qual aponta a especificidade de
objetos e temas. Consideramos ser um exercício profícuo, a tentativa de combinarmos
enfoques que envolvam narrativas etnográficas que tornam os sujeitos conhecidos em
suas práticas singulares bem como as representações sobre as práticas e o ritual da
peregrinação. Observar ainda que os participantes engendram um rito de passagem
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dotado de um caráter de liminaridade no qual representa uma ambiguidade entre o
sagrado e o profano. Se o ato de fazer a peregrinação retira o peregrino de seu ambiente
social e seu lócus geográfico, segregando espacialmente, está também caracterizaria
como um fenômeno liminar, pois conforme Turner (1978: 34) este fenômeno retira os
peregrinos e “passam a viver experiências compartilhadas que envolvam um centro
mundano de uma periferia sagrada”. Além de apresentar esse caráter de liminaridade, a
peregrinação à Canindé apresenta características de ritual e communitas. Ritual porque
a romaria se constitui em um momento especial em contato como o sagrado. Aqui o
ritual se estabelece, a partir do momento que o peregrino decide fazer sua caminhada.
Daí em diante o romeiro peregrino santifica e marca um espaço e tempo com
significados especiais ou pode ser entendido como um momento e uma arena em que
o significado é cristalizado.
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O retorno do peregrino. Discussões geográficas
José Arilson Xavier de Souza
Universidad Estadual do Rio de Janeiro, Brasil.
O peregrino segue para em breve retornar. A sua busca comporta, por essência, o
retorno. Se peregrinar é preciso, retornar é uma convicção. Peregrinar é parte da vida, e
a vida continua depois da peregrinação. Os estudos privilegiam o movimento de ida do
peregrino e a atração que os centros de peregrinação exercem na vida do homem
religioso. O movimento de retorno do peregrino é mencionado com frequência, mas
suscita novos olhares.
Não trato do retorno do peregrino ao centro de peregrinação, como em um movimento
e frequência que reconfere o valor mítico deste espaço por uma periodicidade cíclica,
como aborda Eliade (1992) no seu estudo sobre sociedades tradicionais em Mito do
Eterno Retorno. Refiro-me ao retorno à vida comum e ao contexto social influenciado
pela peregrinação. Discorro sobre o retorno me reportando sobre como o peregrino o
idealiza e o vivencia. Proponho uma noção que vai além do retorno enquanto movimento
do corpo. Defendo que o retornar se apresenta numa perspectiva que vai desde a decisão
de peregrinar até os efeitos sociais que o peregrino imagina criativamente alcançar com
a peregrinação.
Os efeitos sociais do retorno do peregrino, assim como a simbologia dos espaços de
peregrinação, não seriam eficazes se a imaginação de crente não fosse tão criativa.
Considerando o espaço, o homem religioso possui um espírito que cria novas imagens
de vida, enxergando a possibilidade de tempos melhores. O peregrino credita a sua
viagem um caráter sobrenatural e reconhece que os espaços de peregrinação admitem
o alívio de determinadas aflições, significando em alguns casos até a remissão de
pecados. Na análise, é preciso destacar a capacidade que os peregrinos têm de imaginar
configurações geográficas de cunho sagrado, justificando, assim, as suas partidas, buscas
e retornos, num processo profundamente comunicativo.
Com efeito, a peregrinação é uma experiência espacial de ida e volta, e assim deve ser
examinada. Preocupado, por ora, de modo mais acentuado com este segundo
movimento, sabendo que um não se faz sem o outro, compreendo que podemos
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identificar elementos e ações que podem ser problematizadas enquanto discussão
geográfica acerca da representatividade do retorno do peregrino. Estruturo uma
proposta na qual visualizo que o retorno para o peregrino se apresenta: a) em casa; b)
no caminho e no centro de peregrinação; e c) em casa de novo.
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La Peregrinación de Arbaeen: Identidad, Memoria
y Performance en el Islam Shiaa
Karina Arroyo Cruz Gomes de Meneses
PPGEO-NEPEC, Universidade dele Estado de Rio de Janeiro, Brasil.
La geografía cultural se ocupa de la distribución espacial de geosímbolos, lugares y rutas
sagradas capaces semiografiar las territorialidades. Lo sagrado puede materializarse de
forma simbólica en los actos rituales y en el comportamiento de un grupo, en relación
con los dislocamientos a través de los lugares sagrados, determinándose la construcción
de la identidad que evoca significados y conocimientos relacionados con el
desplazamiento. En este trabajo se aborda el Arbaeen, como peregrinación simbólica y
esencial para la identidad Shiaa. Este movimiento recuerda el luto derivado de un hecho
histórico representado en la Batalla de Karbala, la tragedia responsable por la división
jurisprudencial islámica y política entre sunni y shiaa. La planificación, la ruta y las
performances son parte del proceso ritual anual en el mundo, con simbolismos y
significados capaces de configurar identidades, demarcar poderes y erigir
territorialidades. A partir de un enfoque fundamentado en la Geografía Cultural y la
filosofía fenomenológica, el artículo tiene como objetivo describir y proporcionar algunas
reflexiones sobre la peregrinación islámica shiaa desde el ámbito geográfico.
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Louvor e devoção a Maria e peregrinações no Brasil
Claudemira Azevedo Ito
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP-Faculdade de Ciências
e Tecnologia- Campus de Presidente Prudente, Departamento de Geografia.
No Brasil a colonização ocorreu sob o modelo organizacional lusitano em todas as
dimensões, de tal forma que houve a transferência deste padrão à lógica de
administração pública ao Brasil. Dentro deste contexto, a intenção da Coroa Portuguesa
em expandir seus territórios e a fé católica está presente desde os primeiros atos após a
chegada no Brasil. No período da inquisição, não bastava ser católico, havia a exigência
de demonstração pública de sua fé e devoção. Assim, por medo de delações e
perseguições foram criados e estimulados comportamentos sociais de confissão pública
da fé católica. Rituais que envolviam festejos comunitários, procissões, romarias e
peregrinações foram valorizados como rito social. Assim como, foram valorizadas as
ações de combate aos infiéis e de submissão dos indígenas, considerados hereges, à fé
católica.
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Nesse contexto, surgem os lugares de devoção, com organização de festejos, romarias e
peregrinações. Com destaque a devoção Mariana, com as mais distintas denominações,
sendo a Imaculada Conceição declarada padroeira luso brasileira em 1646. É o
catolicismo devocional com características centradas no culto dos santos, tanto com
expressões intimistas com oratórios domésticos, tanto com ritos públicos.
O culto à Maria cresceu, estendendo os domínios a fé católica no Brasil, a grande devoção
se deve, além do fato de Maria ser considerada modelo de virtude e submissão, por
representar a figura materna. Pois, não importa o segmento social, o arquétipo da mãe
é universal e está presente em toda a sociedade, por isso é forte a presença da devoção
Mariana em todo o Brasil e América Latina.
O maior exemplo de devoção Mariana no Brasil é Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem
foi encontrada em 1717 no Rio Paraíba do Sul, proclamada Rainha do Brasil em 1904 e
Padroeira do Brasil em 1930. Hoje, a Basílica de Aparecida é o maior templo Mariano do
Mundo, e segundo maior templo católico do mundo - perde somente para a Basílica de
São Pedro no Vaticano - situada na Cidade de Aparecida (SP), recebe mais de 12 milhões
de visitantes ao ano. Sendo que pesquisas indicam que esta visitação movimenta cerca
de R$ 1,4 bilhão ao ano.
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La peregrinación de la Virgen de Copacabana en Luján.
Aproximaciones a la relación entre música, danza, identidad y espacialidad
Carlos Luciano Dawidiuk
CONICET-GIEPEC, Universidad Nacional de Luján, Argentina.
Carolina Vogel
Universidad Nacional de Luján, Argentina.
En este trabajo nos proponemos indagar las relaciones entre música, danza y
espacialidad en el contexto de la peregrinación de la Virgen de Copacabana, que se
realiza anualmente, desde hace 60 años, en la ciudad de Luján. En dicha festividad
dedicada a la patrona de Bolivia, podemos observar múltiples símbolos de reivindicación
y reafirmación identitaria de la colectividad boliviana, no solo tangibles como su bandera,
vestimentas y comidas típicas, sino también, su música y danzas rituales, que manifiestan
mediante diversas prácticas corporales. Estas expresiones nos permiten explorar las
transformaciones culturales de los patrimonios inmateriales como tradiciones vivas, las
particularidades de las configuraciones culturales dentro de la comunidad boliviana en
Argentina y las tensiones que se producen en torno a la bolivianidad en contextos de
desterritorialización y reterritorialización.
En este sentido, cobran relevancia dichas prácticas corporales que interpelan los límites
entre los espacios sagrados y profanos y que reactualizan en el ritual, elementos
tradicionales y aspectos de la memoria histórica que permiten resignificar los vínculos
entre la identidad y el territorio.
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Escenarios festivos: ritual, religiosidad y
espacio
Viva São Jorge e Ogum: a semiografia do território
da festa por distintas práticas culturais/religiosas
Aureanice de Mello Corrêa
IGEOG- Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Denise David Caxias
FAPERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
O dia 23 de abril é marcado pela devoção e festa ao santo católico São Jorge, vivenciado,
percebido e significado como guerreiro pelos seus devotos. A pesquisa ocorre na cidade
de Niterói, RJ. A magnitude da Festa e sua importância no cenário do estado do Rio de
Janeiro e na cidade em tela é observado no fato de que nesta data é feriado estadual e
municipal para a celebração do ato de festejar (Corrêa, 2013).
Este momento reúne aproximadamente 15 mil devotos e curiosos (segundo o Jornal O
Dia, 18/04/2015) em sua celebração. Conta com um comércio de artigos religiosos,
localizado no centro da cidade - espaço esse territorializado pela Festa - que atende com
suas mercadorias os devotos católicos, assim como, de religiosos de matriz afro-brasileira
(Umbanda e Candomblé) exemplo sob nossa perspectiva, de uma circularidade cultural
que se confirma a partir das influências culturais entre as diferentes práticas sociais, num
processo de mão dupla e que viabiliza a troca de experiências e a incorporação de
diferentes culturas (Corrêa, 2008).
Esse território é semiografado a partir do jogo de poder capitaneado pela prática
religiosa católica, entretanto, na observação da frequência dos devotos nota-se a
presença marcante dos praticantes de religiões de matriz africana engendrando dessa
forma, troca de influências culturais, tanto na verticalidade, quanto na horizontalidade
das práticas culturais/religiosas em tela (CORRÊA, A. M. 2004). Sendo assim, a
circularidade das diferentes culturas efetuadas no mesmo território culmina numa
territorialização particular, que se aprofunda pela sua produção simbólica (as
territorialidades efetuadas sob a materialidade e imaterialidade da cultura), transpondo
a noção de um território fechado.
A Festa se espraia no trajeto do ato solene católico –a procissão– pelas ruas do centro
da cidade, desenhando nesse espaço urbano o território da celebração, isto porque
exerce na sua trajetória itinerante um poder de controle aos acessos das ruas de seu
percurso e interfere diretamente no cotidiano transformando-o em um cotidiano
extraordinário, geossimbólicamente marcado todo dia 23 de abril, quando a cidade se
organiza para a passagem da procissão do santo guerreiro, para o encontro dos devotos
com Ogum e São Jorge.
Partindo do momento festivo, como evento central para compreender a produção social
do espaço, a Festa significa processos identitários e reafirmar a dimensão cultural da/na
cidade. A Festa existe, a cultura encarna, viva São Jorge, viva Ogum!
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Festividades bolivianas en Luján: cuestiones socio-espaciales en torno al
crecimiento de la Virgen de Urkupiña a partir de mediados del siglo XX
Tomás Facundo Giop
GIEPEC, Universidad Nacional de Luján, Argentina.
El presente trabajo tiene como objetivo analizar las causas del crecimiento de las
prácticas religiosas vinculadas con la devoción a la Virgen de Urkupiña en las últimas
décadas, evidenciado su presencia no sólo en la ciudad de Luján, sino en la mayoría que
presenten una comunidad boliviana establecida.
Hacia fines de la década del ’90, la Virgen de Urkupiña comienza a tener mayor visibilidad
y presencia en la realidad de los inmigrantes bolivianos en Argentina, y a partir de allí
evidenciará un crecimiento como devoción de dicho colectivo, a tal punto de instalarse
como una festividad anual ineludible – de la misma manera que sucede con la Virgen de
Copacabana – la peregrinación en su nombre. Así, podemos observar peregrinaciones
por la Virgen de Urkupiña no sólo en el conurbano bonaerense o en barrios de la misma
Ciudad Autónoma de Buenos Aires, sino también en ciudades de otras provincias, como
Córdoba, Chubut, Rio Negro, Bariloche, entre otras.
El arribo de dicha devoción coincide con una de las principales etapas de la inmigración
boliviana en Argentina, marcada -desde hace aproximadamente dos décadas- por la
instalación de familias completas, ya consolidadas en términos económicos y a tal punto
que varias logran construir una capacidad de ahorro importante y, con esto, cierta
acumulación de capital. A la vez, se fortalecen y consolidan las asociaciones de migrantes
bolivianos hacia adentro de las comunidades. Por último, aunque no menos importante,
la mujer inmigrante boliviana se establece como actriz activa en la familia y su comunidad
(Sassone y Cortés, 2014), ocupando un rol clave en la puesta en marcha de la devoción.
Con el objetivo de analizar el contexto de crecimiento de esta práctica religiosa
comunitaria, el presente trabajo se divide en cuatro partes. Una primera referida a la
presentación y contextualización temporal y espacial del fenómeno; una segunda, que
repasa los diversos estudios existentes vinculados con esta temática; una tercera que se
propone explorar el proceso migratorio de los bolivianos hacia Argentina, clave en esta
temática; para finalmente, reseñar y analizar el crecimiento la práctica devocional
peregrina.
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La fiesta del Patrocinio de María en Santiago Xicotenco, San Andrés Cholula:
Expresión y reproducción de la cosmovisión de un barrio
Mayra Angélica Correa de La Garza
Colegio de Antropología Social
Benemérita Universidad Autónoma de Puebla, México.
San Andrés Cholula es una de las ciudades más antiguas de Latinoamérica; su historia ha
estado permeada de conflictos sociales por el territorio. Destacada por su intensa
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actividad religiosa, las fiestas en general son un mecanismo de identificación que
favorece a la adscripción barrial, factor que motiva el interés de colaboración así como la
inclusión de los miembros de las familias en las diversas actividades religiosas.
San Andrés destaca por su intensa actividad religiosa: es común observar las calles
adornadas, capillas con portadas sumamente elaboradas, iglesias con una gran
abundancia de arreglos florales; escuchar bandas de música y el estruendo de los
cohetes. La participación en las festividades así como la forma en que se realizan son un
elemento que dota de prestigio y de sentido de pertenencia a los habitantes del
municipio.
Frente a este a este panorama se observa que las prácticas religiosas en San Andrés
Cholula, más allá de ser un aspecto de la vida social son un eje estructurante de la vida
cotidiana que contribuye a la reproducción de la cosmovisión y a la construcción de la
identidad. En esta perspectiva interesa presentar un acercamiento etnográfico a la fiesta
del “Patrocinio de María” en el barrio de Santiago Xicotenco como un mecanismo de
expresión y reproducción de la cosmovisión que favorece al fortalecimiento de los lazos
y a la identidad barrial con la finalidad de dar muestra del sentido y la complejidad de
las prácticas religiosas en San Andrés, Cholula.
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La fiesta de los pobres y labradores en San Pedro Cholula.
Acercamiento etnográfico a un territorio devocional
Rosalba Ramírez Rodríguez
Benemérita Universidad Autónoma de Puebla, México.
El trabajo pretende esbozar etnográficamente el papel e importancia de la Virgen de los
Remedios, quien tiene un santuario dedicado en su honor, cimentado en una antigua
pirámide de origen mesoamericano. Las prácticas religiosas en torno a la virgen son
variadas y complejas, pero la ponencia se centrará en una de las visitas de la imagen a la
cabecera municipal llamada San Pedro Cholula. El acontecimiento ocurre en el mes de
mayo, a ello se conoce como “la fiesta de los pobres y labradores”, es decir, la Virgen
“baja” del santuario y recorre las principales calles de la comunidad, siendo acompañada
por los integrantes de los 10 barrios que conforman a San Pedro, pero también participan
algunos “pueblos”, es decir, juntas auxiliares. Todos portan a sus respectivas imágenes
de santos y vírgenes, estandartes e insignias, terminando el recorrido en la parroquia.
Dando inicio a un conjunto de prácticas que incluyen las misas, los repiques de campana,
los convites, las visitas de los feligreses, los bailes, la quema de castillos, entre otras
acciones, se pretende reflexionar por medio del concepto de fiesta al conjunto de
prácticas que aluden a la dinámica organizativa de los pueblos y barrios quienes unen
esfuerzos para rendir culto y solicitar la protección de la virgen; sin embargo la fiesta
convoca la participación de barrios y pueblos que provienen de puntos geográficos
distintos, por lo que es oportuno proponer la configuración de un territorio devocional,
que se constituye y refuerza en el marco de un orden calendárico, en el que suceden una
serie de acciones como cantos, rezos, visitas, convivencias, ofrendas, procesiones, que -
en conjunto- resaltan la pertenencia y adscripción a un amplio territorio conformado por
barrios y pueblos unidos por la devoción a una imagen.
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Festividades católicas en Luján: representaciones
en torno a la celebración de la Pascua Colonial
Marcos Bruno Giop
CIN-GIEPEC, Universidad Nacional de Luján, Argentina.
El trabajo se propone analizar la festividad de la Pascua Colonial (conocida de
vulgarmente como “la quema del Judás”) en la ciudad de Luján (Buenos Aires).
En la primera parte se desarrolla un recorrido histórico que parte desde los orígenes
mismos de la festividad, su llegada al continente americano desde Europa, y las
particularidades que fue tomando en cada sede en la que se llevaba a cabo. Esta
interpretación histórica se hizo de manera exhaustiva desde el nacimiento de esta
celebración en la Luján colonial, profundizando en los distintos motivos que llevaron a lo
largo de los años a darle sentido y vida a esta práctica socio-religiosa.
En la segunda parte, y centrando la mirada desde una perspectiva de la geografía cultural
se busca sumergirse en la cotidianeidad del amplio espectro de los sujetos que participan
en/de la festividad. A partir de ellos, y el trabajo sobre sus discursos y narrativas, se
plantea descubrir e interpretar el complejo mundo de relaciones de poder asimétricas
que forman la red de complejas relaciones que articulan y dan sentido a la festividad y
que tienen anclaje territorial.
Para llevar a cabo el trabajo desarrollamos una metodología de corte esencialmente
cualitativa. La entrevista, las historias de vida, el análisis de los discursos narrativos, las
salidas a campo fueron la principal materia prima utilizada para hacer frente a la
investigación. Esto sin dejar de lado un exhaustivo análisis de material bibliográfico, ya
sea de carácter científico para nutrir el marco teórico (el cual se intenta no acotar
simplemente a la geografía, sino expandir y poder utilizar el recurso de la
multidisciplinariedad, cuando se lo considere necesario) o ediciones de carácter
periodístico, donde se plasman representaciones al respecto de la fiesta.
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Fiesta religiosa y territorio. Los santos patronos de los barrios
como entidades territoriales en San Pedro Cholula, Puebla
Alejandra Gámez Espinosa
Benemérita Universidad Autónoma de Puebla, México.
En este trabajo abordamos un análisis etnográfico sobre las prácticas religiosas (fiestas
patronales) y representaciones que los cholultecas tienen en torno a los santos patronos
de los barrios, como los principales factores de la apropiación y construcción del
territorio. Los barrios son subdivisiones socio-territoriales que poseen características
culturales propias, siendo los santos patronos los principales símbolos del territorio y de
la adscripción y pertenencia. Algunas estimaciones plantean la existencia de más 1200
fiestas anuales dedicadas a los santos y vírgenes, lo que indica la importancia del su culto
en esta ciudad y sus implicaciones a nivel social, político, económico, cultural y espacial.
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Los datos presentados son resultado del trabajo campo desarrollado durante los años
de 2014-2016.
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Identidad y fiesta patronal: la participación religiosa
de los jóvenes en San Andrés Cholula, Puebla
Emmanuel Reyes Pacheco
Benemérita Universidad Autónoma de Puebla, México.
Hablar de la relación entre lo rural y lo urbano en México, es hacer referencia a los
complejos procesos de transformaciones sociales, económicas y culturales, generadas
por diversos aspectos como la urbanización, la puesta en marcha de proyectos
gubernamentales mediante la expropiación de tierras de uso agrícola con miras a la
modernización, la construcción de complejos turísticos, habitacionales o de carreteras
que han provocado una constante modificación en los paisajes, los actores y las prácticas
sociales en la vida cotidiana de las comunidades que en antaño eran netamente agrícolas.
Los actores sociales se han adaptado a estos complejos cambios en sus espacios y
actividades: hay prácticas socioculturales como las religiosas que a pesar de estos ajustes
espaciales continúan siendo un eje medular en la organización y cohesión social de los
habitantes. Tal es el caso de San Andrés Cholula, quien cuenta con una vida ritual –
religiosa importante, teniendo como atributo identitario a su santo patrono, alcanzando
su clímax en la fiesta patronal, donde convergen múltiples grupos sociales como los
gremios, el sistema de cargo y sus comisiones como el de las floreras y los castilleros.
Estos últimos son los que nos interesa abordar a partir de un análisis simbólico para dar
cuenta de la construcción y reproducción de una identidad religiosa en la fiesta de San
Andrés Apóstol entre los jóvenes castilleros.
En la cosmovisión de los jóvenes, el santo patrono es el regulador del bienestar del
pueblo, es el representante de la colectividad; es por ello que la fiesta no sólo es una
escenificación de un hecho del pasado o del presente, sino que también puede ser un
condicionante del futuro, ya que motiva la organización y participación de la comunidad
en la práctica y construye una identidad religiosa entre los que la recrean y viven.
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Da rocha ao mar, é tempo de festejar, Optchá!
Carliane Sandes Alves Gomes
PPGEO/NEPEC, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.
Santa de pele escura. Alvo de perseguição. Jogada ao mar para morrer de fome e sede.
Sara, na Europa, teve sua história consagrada. Foi coroada padroeira de um povo, que
por sua vida fez motivação. De caravana chegou ao Brasil. 24 de maio temos celebração.
Numa gruta, sua imagem aninhada na rocha, de frente ao mar faz morada. Em um Parque
cujo nome homenageia a obra do cantor Vinícius de Moraes, hoje, a Garota de Ipanema,
possui saia rodada, dente de ouro, o mistério em seu olhar e muita musica para
comemorar.
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O sagrado possui cor, som, sabor. Em comunhão, permitem ao homem transcender. A
vida é uma festa e a natureza ao redor a mais bela e generosa anfitriã. A praça se encanta
com a chegada dos filhos do vento, das estrelas e do luar. Os ciganos cantam e dançam
em sinal de devoção.
A presença do povo cigano é sentida por todos os cantos do Parque Garota de Ipanema.
O seu colorido incomum é visto ao caminhar pela orla do Arpoador na Cidade do Rio de
Janeiro. Para participar desse evento festivo é necessário ter em mãos o seu passaporte.
O valor do ingresso é: Amor ao Próximo, Sentimento de Paz, Solidariedade, fé em
Kristesko (Jesus Cristo) e em Santa Sara Kali. É assim que acontece a Corrente pela Paz.
Mas o que acontece lá? Será que um povo misterioso partilharia seus segredos? Quem
são os frequentadores dessa festa?
O presente trabalho se propõe a explorar a festa religiosa de Santa Sara Kali
apresentando a dimensão temporal do espaço sagrado e sua organização espacial
fortemente marcada pela transformação das práticas religiosas. Sob a luz da ciência
geográfica a sua elaboração fundamenta-se nas abordagens espaciais da cultura. Ao
conceber a festa religiosa como um instrumento fundamental para reafirmar o passado,
viver o presente e se perpetuar no futuro, re-ligando o homem à sua devoção, o tempo
festivo permite alcançar o in illo tempore – o
Se hoje é dia de festa, vamos festejar?
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Movilidades, espacio y religiosidad
Migración Boliviana en San Juan. Prácticas ‘cultuales’, espacio y religiosidad
Rosa Ferrer
Universidad Nacional de San Juan, Argentina.
A la provincia de San Juan han arribado diferentes contingentes migratorios, tanto de
origen europeo como latinoamericano, destacándose en el siglo XX la migración
proveniente de Bolivia. Este trabajo abarca la temática centrado, principalmente en la
Ciudad de San Juan y alrededores, con el fin de comprender y explicar el fenómeno y sus
consecuencias. La indagación de la migración boliviana, focalizada en sus aspectos socio-
culturales como así también en los espaciales, introduce en la cosmovisión de esta
comunidad y, cómo la misma se modifica por el contacto con la sociedad receptora y,
que a la postre, ayuda a comprender el perfil identitario de la sociedad sanjuanina que
se nutre de una mixtura cultural desde sus propios inicios. Se contó en este trabajo con
los miembros de la comunidad boliviana que, por primera vez fueron considerados en
investigaciones histórico-geográficas-antropológicas.
La comunidad boliviana, en el transcurso de estas últimas décadas, ha logrado una
visibilización a través de aquellas actividades económicas y prácticas “cultuales” propias
que le identifican como “migrantes bolivianos”. Actividades y prácticas que son el centro
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de análisis que permitirá comprender las consecuencias socioculturales y espaciales
desde su llegada.
La inmigración boliviana a la provincia de San Juan trajo aparejadas diversas
consecuencias tanto a nivel espacial, ambiental como socio-cultural. Las actividades
económicas principales de esta comunidad giran en torno a la construcción de ladrillos
y -por lo tanto- el deterioro espacial y ambiental dentro del Valle de Tulúm es una
consecuencia directa de sus actividades económicas. Al mismo tiempo, su inserción
aportó, en algunos sectores sociales y espaciales, prácticas y creencias, son
principalmente las relacionadas al culto mariano, en su vertiente boliviana, tal como la
advocación a la Virgen de la Candelaria de Copacabana y a los cultos ancestrales andinos,
también heredados en sus lugares de origen. En este proceso, hay que destacar de
manera primordial, el papel de la mujer que ha sido, y es, fundamental para comprender
el funcionamiento de la comunidad.
★★★
Dinámicas de resignificación cultual y nuevas territorialidades en torno a la Virgen
de Caacupé de los migrantes paraguayos en Bariloche (1993-2016)
Ana Inés Barelli
IIDyPCa/CONICET, Universidad Nacional de Río Negro, Argentina.
El culto mariano, manifestación emblemática de las prácticas católicas de “religiosidad” y
“piedad popular”, forma parte de las creencias y prácticas religiosas colectivas de
distintos grupos sociales, entre ellos los migrantes. Este culto al igual que otros, puede
ser estudiado como el núcleo de un conjunto de relaciones socioculturales históricas,
como matriz social identitaria, así también como resignificación local o regional en la
construcción del espacio material y simbólico; marcando territorio, alteridades y
memorias. Desde este marco es que nos proponemos analizar en la construcción de
subjetividades y territorialidades en torno a la Virgen de Caacupé de los migrantes
paraguayos en San Carlos de Bariloche. Esta devoción se traslada a la ciudad en 1993 de
la mano de Juan de Dios González, un referente de la “comunidad” paraguaya y
presidente de la agrupación ARPA, y en 1994 se da inicio al proceso de refundación de
la práctica religiosa, incorporando nuevos sentidos y resignificando rituales en el espacio
de destino. Los primeros festejos que se realizaron en la ciudad eran exclusivamente
religiosos y poco concurridos: se rezaba una novena con algunas familias y el 8 de
diciembre se peregrinaba, debido a no poseer un lugar sagrado propio, a la Gruta de la
Virgen de las Nieves donde llevaban ofrendas y realizaban sus pedidos y promesas
(Barelli, 2014). Con el paso del tiempo la peregrinación se hizo más concurrida y se
complejizó la práctica cultual a la que después de la peregrinación se le incorporó una
misa al aire libre, un almuerzo comunitario con comidas típicas y música a la vera del Río
Gutiérrez y en el año 2013 la imagen de la advocación se entronizó en la Parroquia Virgen
Misionera.
En trabajos anteriores hemos advertido que la práctica devocional de esta advocación se
fue proyectando en el espacio local desde sus distintas expresiones de religiosidad
contribuyendo a la demarcación de un “campo social” en donde se actualizaron “formas
de pertenecer”, y en donde la Virgen a través de su culto se proyectó en el espacio de
13
destino, generando nuevos circuitos religiosos que se presentan fuertemente vinculados
con los “sectores populares” de la ciudad (Barelli, 2013, 2014). En función de ello, en esta
ponencia nos proponemos profundizar en el análisis de esas territorialidades que se
construyen en torno a la devoción, haciendo hincapié en los recorridos marianos; en las
dinámicas de resignificación y apropiación de las prácticas cultuales en el ámbito local y
en las configuraciones de sentidos que ponen en tensión e interpelan a las advocaciones
locales. Para ello, utilizaremos el método cualitativo a través del análisis de fuentes
escritas, Archivos eclesiales, entrevistas a sacerdotes y devotos migrantes, y visuales
como fotografías personales, imágenes marianas de bulto, esquemas mentales
realizados por devotos y fotografías obtenidas en el trabajo de campo.
★★★
La religiosidad en procesos de movilización residencial. El caso de la espiritualidad
Nueva Era en los nuevos habitantes de Ing. Maschwitz
María Eugenia Funes
CEIL-PIETTE-CONICET, Argentina.
En esta ponencia nos proponemos contribuir a la reflexión sobre las intersecciones entre
territorio y religiosidad a partir de la descripción de un barrio caracterizado por una
importante oferta espiritual: Ing. Maschwitz. Ubicada en la zona norte del Conurbano
Bonaerense, a 44 kilómetros de la Ciudad de Buenos Aires la localidad de Ing. Maschwitz
atravesó un significativo proceso de aumento de su población. Sus nuevos residentes
provienen, en su mayoría, de los sectores medios y medio-altos de la Ciudad de Buenos
Aires y de barrios periféricos aledaños a la ciudad, y se instalaron en grandes terrenos
previamente ocupados por casa-quintas, o en los numerosos barrios privados
construidos durante la última década. La transformación de este antaño barrio semi rural
resulta significativa para los estudios sobre religión en la actualidad debido a la presencia
de una amplia red de bienes y servicios asociada con modos de vida definidos por los
nuevos habitantes como “sustentables”, en los que la espiritualidad Nueva Era cobra
especial centralidad. Esta red se compone de escuelas de pedagogías heterodoxas,
centros de meditación y actividades holísticas orientadas al autoconocimiento, centros
comerciales donde se venden artículos alternativos, restaurantes vegetarianos, y una
amplia oferta de alimentos orgánicos provenientes de huertas orgánicas biodinámicas.
Nos proponemos, entonces, explorar el vínculo entre el territorio y las prácticas religiosas
y espirituales a través de dos coordenadas. En primer lugar, enumeraremos y
describiremos la oferta espiritual de Ing. Maschwitz desde una perspectiva procesual que
nos permita dar cuenta de su crecimiento durante la última década. Por el otro, aportar
a la reflexión sobre la territorialización de las prácticas espirituales a partir de la
descripción de la composición de la oferta espiritual de un barrio de la zona Norte del
Gran Buenos Aires.
★★★
14
Continuidades, rupturas y desplazamientos.
Las celebraciones de San Blas (La Rioja, Argentina)
Evangelina Mazur
Universidad Nacional de Quilmes, Argentina.
En San Blas de los Sauces (La Rioja), en febrero, se celebra el día del Santo Patrono. En
ese momento, durante unos 10 días, la vida cotidiana se ve completamente alterada.
Llegan grupos de peregrinos de localidades y parroquias vecinas; también de otras
regiones o provincias que, sin formar parte de un colectivo organizado, acostumbran
hacer ese viaje y participar del evento; es momento también de la visita anual de personas
del pueblo que viven en otros lugares. Durante este tiempo, la población se quintuplica
en número. Aparecen ferias de artesanías, ventas de comidas, bailes y fiestas en las
diferentes localidades.
Las celebraciones del Santo Patrono comprenden diferentes momentos: se comienza con
el rezo de una novena, siguen misas, salidas en procesión, comidas y reuniones. Hay en
el Departamento dos imágenes del Santo: una en la iglesia de San Blas y otra, de menor
tamaño y mayor antigüedad, en una capillita en una localidad vecina, son llamados “San
Blas” y “San Blasito”, respectivamente. Las personas se convocan y permanecen en uno u
otro lugar, hasta el último día de la novena cuando se realiza la salida de San Blasito en
procesión hasta la iglesia Matriz. Ambos Santos permanecen juntos por un día, se los
visita, se realiza la bendición de gargantas, que es el momento de mayor convocatoria y
todo culmina con la procesión de regreso de San Blasito.
En este escrito, se tratará especialmente sobre las celebraciones en torno al llamado “San
Blasito”. El origen de las mismas, relacionado a la llegada de la nueva figura de San Blas
a fines del siglo XIX, en reemplazo de la figura pequeña, la permanencia en depósito,
luego, la adquisición del nombre en diminutivo y la construcción de la capillita, ha dado
lugar a nuevas percepciones sobre el santo, sus capacidades de intervención y, más
recientemente, las formas de organizar su fiesta.
Se pretende presentar aquí, algunas reflexiones sobre las transformaciones que se operan
en el pueblo –y el Departamento– durante ese período de celebraciones y las maneras
como se vive la relación con el Santo. La permanencia en el terreno en diferentes épocas
de año, ha posibilitado el acercamiento cabal a las diferentes características de esta
población, así es posible identificar en momentos excepcionales, como este, las
continuidades y quiebres en la dinámica local. Éstas suponen momentos de ruptura con
el cotidiano, son momentos de articulación entre lo sagrado y lo secular en los que se
expresan creencias y devociones, también pertenencias a conjuntos sociales específicos
y, al mismo tiempo, se movilizan, producen y reproducen sentidos de las existencias.
★★★
Nomadismo turístico en la Patagonia: prácticas, espacios
y reflexividades en un marco intersubjetivo
Aluminé Gorgone Pampín
Universidad Nacional de La Plata, Argentina.
15
El siguiente trabajo busca una reflexión preliminar desde un lado fenomenológico-
existencial, tomando como base a Jackson (1998) y a Wright (1990) para indagar sobre
una práctica de índole turística. Pensaremos así la articulación entre espacio, cuerpo, y
ontología en un fenómeno que tiene como protagonistas a europeos en el contexto de
la Patagonia argentina-chilena. Con base en la coexistencia de diversos imaginarios y
narraciones, se hipotetiza que el accionar sobre la naturaleza constituye una forma de
arrojase a la experiencia de sí mismos haciendo un uso específico del espacio-tiempo, y
operando éste también sobre el individuo produciéndose así un movimiento dialógico
que los autoconstruye y subjetiva. Es decir, el eje es el conflicto de la identidad-ser/estar
en el desplazamiento, partiendo del postulado de Wright (1990) de la relación entre el
lugar y la existencia. En este sentido tomamos como central el concepto de
intersubjetividad trabajado por Jackson (1998) por su potencial de dar inteligibilidad a
las expresiones de estas luchas de fuerzas, de la dialéctica entre lo universal- particular.
Secundariamente, el objetivo de este trabajo también precisa cuestionar ciertas premisas
clásicas de la antropología para establecer -desde el lado metodológico- las dificultades
de su aplicación y además para tomarlas como herramientas para ensayar preguntas
teóricas sobre el fenómeno bajo investigación.
★★★
La New Age en la cultura y las prácticas turísticas
de una localidad serrana de Córdoba, Argentina
Maximiliano Elías Oviedo
CIN-GIEPEC, Universidad Nacional de Luján, Argentina.
Las investigaciones que desde la geografía abordan las problemáticas turísticas se han
ido modificando considerablemente en las dos últimas décadas. Este cambio, tanto
teórico como metodológico, está relacionado con la emergencia de nuevos abordajes
culturales y sociales que supo proponer la denominada nueva “Nueva Geografía
Cultural”.
En este contexto, el turismo y sus prácticas, dejaron de ser entendidos como meros
dispositivos económicos para pasar a ser pensados en un sentido más amplio y complejo,
incluyendo las experiencias sociales y culturas de los sujetos geográficos.
Las perspectivas culturales, además permitieron sumar nuevas modalidades turísticas y
las consecuencias territoriales que estos procesos estaban generando sobre paisajes,
sujetos y grupos.
Entre las nuevas prácticas y características turísticas emerge el turismo “newager” que
integra un amplio y heterogéneo abanico de modalidades que abarcan desde el turismo
místico, de reflexión, esotérico, prácticas rituales relacionadas a los pueblos originarios,
terapias alternativas hasta las nuevas espirituales y el ufoturismo.
La ponencia propone abordar, a partir de un estudio de caso: la localidad serrana de San
Marcos Sierra (Pcia. de Córdoba), las pluralidades que se advierten en la oferta y práctica
turística de esta localidad serrana, así como también las imágenes turísticas que se
presentan sobre el territorio a partir de la modalidad del turismo “new age” puesta en
escena desde distintos actores.
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Se trata de un trabajo exploratorio y descriptivo sustentado en un abordaje cualitativo
mediante el relevamiento de material de promoción turística, ofertas de alojamientos y
prácticas socio-territoriales vía web, complementando con el análisis de artículos
periodísticos y páginas oficiales del Municipio.
★★★
Espacialidades sagradas y turismo religioso en el contexto de los Santuarios de
Renca y Villa de la Quebrada, Provincia de San Luis.
Julieta Ruffa
CEIL-PIETTE-CONICET, Argentina.
Esta ponencia tiene por objetivo analizar -bajo una perspectiva espacial- los fenómenos
religiosos más relevantes de la Provincia de San Luis: los santuarios de Renca y Villa de
la Quebrada y sus respectivos cultos, en relación al creciente fenómeno del turismo
religioso. En este sentido, se prestará especial atención al papel que juegan los procesos
de construcción, significación y delimitación del tiempo y el espacio en el desarrollo de
estos lugares e itinerarios sagrados y en sus posibilidades de convertirse en productos
turísticos. De esta forma, se podrán evaluar las implicancias culturales, sociales, políticas
y económicas del entrecruce entre territorio y religión en un contexto local determinado.
Dicha problemática será abordada a través de un análisis interdisciplinario que combina
los aportes teórico-metodológicos de la antropología, como así también los aportes
teóricos de disciplinas como la filosofía, la sociología y la geografía social.
★★★
El Señor de los Milagros: expresión del trasnacionalismo religioso
de la migración peruana en la ciudad de Buenos Aires
María Laura Lapenda
Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires, Argentina.
Las procesiones son rituales, en las cuales los migrantes experimentan la vinculación
entre sus espacios de pertenencia, los de “aquí” y los de “allá”. La devoción al Señor de
los Milagros, una de las más representativas para los peruanos, es signo de su fe cristiana
e identidad de origen. Tanto en el Perú, como en la Argentina y en los otros destinos de
la migración, la celebración central se realiza en el mes de octubre y constituye un tiempo
excepcional de oración, encuentro y visibilización de este pueblo. A partir del caminar de
los fieles, un nuevo paisaje urbano se repite a través de las fronteras, producto de los
modos de territorialización en los que se imbrican los símbolos de la religiosidad, las
tradiciones de la colectividad, las representaciones y sentires de los devotos. La procesión
entrelaza a los connacionales, donde quiera se encuentren. Las redes sociales y la prensa
testimonian el “paso”, la reunión y el significado del “milagro” de Dios entre ellos.
Desde la perspectiva de la Geografía Cultural, el artículo analiza la procesión del Señor
de los Milagros como práctica transnacional y describe los modos de territorialización
que la misma genera, a partir de su anclaje en la ciudad de Buenos Aires (Argentina). Para
ello se asistió a los templos de esta devoción, en el Perú y en Buenos Aires, se participó
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de las celebraciones y se realizó observación directa durante las procesiones. También se
llevaron a cabo veintidós entrevistas en profundidad a migrantes peruanos y se
consideraron noticias de la prensa peruana, la web 2 y bibliografía especializada.
Se concluye que la procesión del Señor de los Milagros genera un proceso de movilidad
a escala mundial, de la mano de la migración peruana. El mismo es dinamizado a través
de las redes sociales y resignifica en la ciudad de Buenos Aires, como en otras ciudades
de destino, las prácticas del origen. Origina nuevos modos de territorialización,
testimonio del tiempo sagrado y de la identidad peruana.
★★★
La dimensión espacial de lo religioso
Marcas religiosas, territorios y espacios en el culto al Gauchito Gil
Gastón Cerezo
Universidad de Buenos Aires, Argentina.
Las celebraciones y fiestas del Gauchito Gil, los días ocho de cada mes y especialmente
el 8 de enero -día del santo- son fuente de grandes procesiones hacia la hierópolis de
Mercedes, Corrientes, pero también son fechas que reúne devotos en altares y lugares
referenciales en todo el país. Tomando como caso altares y ermitas de la ciudad de
Buenos Aires y el Conurbano, este artículo intentará dilucidar prácticas espaciales
asociadas al Gauchito Gil que habilitan una reconfiguración simbólica del territorio y el
espacio. Como metonimias estos altares recrean el mercedino y son escenario simbólico
y fáctico de congregaciones de fieles: lugares particulares de un proceso vinculante entre
los concurrentes que rectifica un sentimiento de identidad y pertenencia. La presencia en
el espacio público tiene un componente performativo en cuanto que a la vez que soporte
material son vehículo de adscripción religiosa que confiere legitimidad y presencia al
culto. A la materialidad estática y fija se le suma otra dinámica y móvil que incorporada
por los practicantes confiere al culto una territorialidad particular.
★★★
Territorios intersticiales. Prácticas de evangelización juvenil en los espacios
públicos de Comodoro Rivadavia 2011- 2015
Luciana Lago
IESyPPat- Universidad Nacional de la Patagonia San Juan Bosco, Argentina.
El objetivo de esta comunicación es explorar las prácticas de evangelización llevadas
adelante por los jóvenes evangélicos en los espacios públicos de la ciudad de Comodoro
Rivadavia, buscando comprender estas experiencias juveniles, las estrategias
desplegadas y los vínculos y/o contrastes con los otros jóvenes.
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Partimos de presentar las coordenadas teóricas en torno a la noción de territorios de
creencia (Algranti, 2013; Lago, 2014) a partir de la cual postulamos la idea de territorios
intersticiales, para pensar los bordes o intersticios que se generan entre lo “secular” y lo
“religioso”, en particular desde un enfoque centrado en las experiencias juveniles.
Consideramos cómo territorios intersticiales a los espacios fronterizos, de bordes entre
lo religioso y lo secular, donde los jóvenes evangélicos a partir de las formas en que se
habita la condición juvenil y el pentecostalismo desarrollan acciones de evangelización
destinadas a los otros jóvenes.
Al respecto, postulamos que las tareas de evangelización resultan claves para
comprender e indagar las relaciones, diálogos y representaciones de los grupos
evangélicos sobre los “otros” hacia los cuales dirigen estas acciones, a la vez que da lugar
a cambios y adaptaciones en el discurso y las prácticas en relación al grupo al que se
busca llegar con sus “códigos”.
Metodológicamente trabajamos cualitativamente combinando técnicas como la
observación participante en dichos espacios públicos durante actividades específicas
como campañas de evangelización, con entrevistas y registros en talleres de formación
sobre “evangelismo callejero”.
★★★
Territorialidades e transnacionalização da cultura
afro brasileira por meio da prática religiosa do Candomblé
Aureanice de Mello Corrêa
IGEOG-UERJ, Brasil.
Roberta de Mello Corrêa
INTC-INEAC/UFF, Brasil.
O presente texto visa traçar algumas considerações sobre a organização espacial dos
territórios-terreiros de candomblé no processo de transnacionalização para a
Argentina e Portugal, por meio da pesquisa em curso sobre as manifestações e
apropriações simbólicas e religiosas e visões de mundo, que configuram
territorialidades dos territórios-terreiros com o objetivo de buscar a compreensão das
manifestações culturais e suas novas territorialidades. Versaremos sobre o Conceito de
transnacionalização estabelecendo uma breve discussão e o movimento de
territorialização, processo este que conceitualmente embasa a perspectiva de
desenvolvimento da análise e compreensão do tema em tela, assim como, a análise
dos fluxos das práticas culturais que são estabelecidas entre Brasil e estes países.
Apresentamos os resultados preliminares da pesquisa, a análise comparativa dos
territórios-terreiros que embasam a pesquisa que são o Ilê Asé Oxum Doyó (Argentina)
e Ilê Asé Omin Ogun (Portugal).
★★★
19
Virgen de Lourdes de las siete vertientes: dinámica
de un espacio religioso en crecimiento
Silvia Ferreyra
Universidad Nacional de San Juan
El presente trabajo de investigación es una aproximación a los cambios espaciales
ocurridos en el distrito La Laja, departamento Albardón, en torno a la Virgen de Lourdes
de las siete vertientes. A partir de la aparición de la Virgen a un empleado y el mensaje
dejado por ella, se inició la búsqueda del lugar con aguas milagrosas. Este hecho, originó
la construcción de la gruta que ocasiona la llegada de visitantes y fieles no sólo de San
Juan sino del resto del país al lugar otorgándole diferentes significados al espacio. La
mirada desde la Antropología como desde la Geografía Cultural permite situar el análisis
en la construcción y organización del espacio sagrado que a partir de las prácticas
religiosas ha generado un espacio de permanente tensión entre los diferentes actores
sociales. La presencia de los visitantes, creyentes y quienes muestran devoción a la virgen
reflejan las diferentes interpretaciones y resignificaciones de un espacio de tránsito y
predominantemente minero, en un espacio sacralizado.
La metodología utilizada se apoya en el enfoque cualitativo y priorizando el trabajo de
campo, permite analizar la dinamización y resignificación del espacio religioso en el cual
se toca lo divino con lo humano y las prácticas religiosas en el lugar.
★★★
Árboles y geografías sagradas de la espiritualidad Mapuche contemporánea
Wladimir Esteban Riquelme Maulén
Universidad de Chile, Chile.
El sentido de las prácticas religiosas fundadas en una relación con la naturaleza enfrenta
importantes desafíos en territorios expuestos a profundos cambios ambientales, lo cual
se manifiesta en el rol estratégico que ocupa la naturaleza en las religiosidades de la
espiritualidad mapuche contemporánea. En el caso de las comunidades mapuche de
Tirúa (VIII Región del Biobío) y Lago Ranco (XIV Región de Los Ríos) del sur de Chile, las
motivaciones religiosas se han desplazado hacia la búsqueda de hitos aún no
degradados de su ambiente que sirvan de soporte significativo a su espiritualidad. Es así
como los árboles se transforman, por una parte, en materialidades y simbolismos que
fortalecen a las religiosidades de la espiritualidad mapuche, y a su vez, los espacios en
que se encuentran ubicados se resignifican como geografías sagradas del territorio. Esta
dinámica presenta variaciones en sus prácticas religiosas según del contexto de
degradación ambiental de cada espacio arbóreo. De esta forma, la ponencia analizará
prácticas religiosas asociadas a los árboles en los territorios antes mencionados, cuya
comparación, permitirá comprender el itinerario ritual entre espacios arbóreos de las
geografías sagradas de la espiritualidad mapuche contemporánea.
El trabajo expuesto es producto del estudio etnográfico y documental realizado en
ambos territorios entre los años 2014 y 2016, cuyo análisis de contenido sugiere entender
a las prácticas religiosas en espacios arbóreos como parte de un itinerario de rituales
20
para resignificar la geografía sagrada de cada territorio. De esta forma, la relación entre
religiosidad y naturaleza requiere ser interpretada más allá del dualismo (Eliade, 1974;
Frazer, 2014), sino que como un proceso simbiótico (Descola, 2012; Ingold, 2015) entre
itinerarios rituales, prácticas religiosas y espacios arbóreos que dan soporte a la geografía
sagrada de la espiritualidad mapuche en contextos de cambio ambiental.
★★★
La organización territorial en la Patagonia: proyectos, conflictos y negociaciones.
El estado argentino y los salesianos (1880-1910).
María José Junquera
Universidad Nacional del Sur, Argentina.
El arribo de la congregación Salesiana a la región patagónica en 1879 inició un proceso
de construcción territorial orientado a la educación, evangelización y civilización de los
habitantes originarios y de las juventudes pobres y abandonadas, de acuerdo con los
lineamientos del sistema preventivo de Don Bosco.
Este proyecto educativo y evangelizador se plasmó en el territorio a través de la
fundación de casas y centros de misión que funcionaron como nodos estructurantes del
espacio patagónico. A su vez, fue acompañado de un plan de organización territorial de
la Patagonia en jurisdicciones eclesiásticas, con el claro objetivo de establecer un sistema
de acción coordinado y jerárquico para el ejercicio de la tarea educativa y misionera. El
proyecto salesiano fue a la vez contemporáneo a otros proyectos de construcción
territorial en la región, como los impulsados por el Estado Nacional y otras
congregaciones de la Iglesia Católica.
El presente trabajo se propone reflexionar en torno a la importancia que este esquema
de ocupación y organización territorial salesiano ha tenido en la estructuración del
territorio regional, en asociación o conflicto con otros proyectos de construcción
territorial que se fueron consolidando en la región. El período de análisis se ciñe a las
tres décadas comprendidas entre 1880 y 1910, coincidente con la etapa de inicio y
consolidación de la obra misionera en la Patagonia.
El proceso de investigación ha estado basado en la revisión bibliográfica y en el análisis
de diversas fuentes documentales que han resultado decisivas en el abordaje de la
temática propuesta.
★★★
Cambios territoriales en el norte de la Patagonia Argentina
a partir del desarrollo de las escuelas agrotécnicas salesianas
Matías Alamo
Universidad Nacional del Sur, Argentina.
María José Junquera
Universidad Nacional del Sur, Argentina.
21
A fines del siglo XIX, el arribo de las misiones salesianas a la Patagonia inició un proceso
de construcción territorial que estuvo asociado a una acción evangelizadora y formadora
de jóvenes, fundamentada en el sistema preventivo de Don Bosco. Este proceso se llevó
a cabo en territorios de ocupación indígena incorporados a la nación argentina en 1879
e incluyó un plan interno de evangelización de las culturas nativas sureñas que consistió
básicamente en “civilizar, convertir y educar” (Nicoletti, 2004) a los habitantes originarios.
Las prácticas de ocupación espacial de la congregación consistieron en el
establecimiento de parroquias, colegios, oratorios, hospitales y orfanatos en los lugares
a los que llegaban los misioneros y se materializaron en la fundación de casas y centros
de misión que funcionaron como nodos estructurantes del espacio salesiano.
Este proceso de construcción se llevó a cabo en varias etapas y en un primer momento
se consolidó en los territorios de Norpatagonia, estructurándose a partir de los ríos
Negro y Colorado. En esta región, se destaca la fundación de escuelas agropecuarias
como el medio más eficaz de educación y civilización de los indígenas y de formación de
mano de obra para el trabajo agrícola, en el contexto de inserción de la Argentina en la
división internacional del trabajo como productora de materias primas de origen
agropecuario.
Por lo antes expuesto, el objetivo del presente trabajo es analizar la incidencia de la lógica
evangelizadora y de las prácticas socio-productivas de los misioneros salesianos en la
Patagonia norte en el período 1890-1960, que coincide con el auge de las escuelas
agrotécnicas salesianas. A su vez, se procura comprender el significado que estos
espacios adquieren a partir de los símbolos, las prácticas materiales y experiencias de lo
sagrado que le asignan al territorio una imagen compleja y dinámica.
En la investigación se realiza un análisis de documentos de diversa índole y se aplican
entrevistas no estructuradas a informantes clave con el propósito de identificar los
cambios territoriales a partir de las prácticas socio-productivas y religiosas y el significado
que le otorgan los habitantes, los salesianos, los visitantes y los actores públicos y
privados.
★★★
La territorialidad del servicio religioso de la Iglesia Católica
en la provincia de San Juan
Laura Romero
Universidad Nacional de San Juan, Argentina.
Graciela Liliana Acosta
Universidad Nacional de San Juan, Argentina.
La Iglesia Católica, como institución, fue un importante agente transformador de los
espacios geográficos que conforman los actuales territorios latinoamericanos que siguen
patrones de espacialización en la distribución de sus parroquias y curatos como se
demuestra a lo largo de su historia. En la Provincia de San Juan, los aspectos tanto físicos
como humanos, están marcados por una interacción particular de la Iglesia Católica
desde el momento de la fundación de la ciudad.
22
Este trabajo se enmarca según los lineamientos de la Geografía de las Religiones,
enfoque particular de la Geografía Humana y de la Geografía Cultural que se ocupa del
estudio de las religiones.
En este caso particular tiene como objetivo el análisis de la distribución, territorialidad,
funcionalidad y desarrollo del servicio religioso en la Provincia de San Juan de la religión
Católica a través de distintos períodos, desde la fundación de la ciudad de San Juan hasta
el año 2015, y se toma el caso de estudio de la Parroquia de Fátima.
El espacio sanjuanino y su dinamismo se analizarán con la metodológica del enfoque de
la geografía de las religiones, mediante el uso de cartas topográficas, imágenes
satelitales, encuestas y entrevistas a personas claves.
Los resultados, se plasmaron una cartografía que tomó como base el Atlas
socioeconómico digital de la Provincia de San Juan para –posteriormente- elaborar los
mapas temáticos sobre la base de los datos proporcionados por el Arzobispado de San
Juan de Cuyo y procediendo a su correspondiente análisis.
★★★
Expresiones funerarias de la migración histórica en el litoral pampeano
Celeste Castiglione
CONICET-Universidad Nacional de José C. Paz, Argentina.
La muerte es un tema que habitualmente surge en los relatos de las trayectorias
migratorias: el recuerdo por los que se dejan “allá” y por lo que sucede en las nuevas
tierras, a veces signada por la peligrosidad de los trabajos, los avatares del viaje y los
traslados, las distancias, o el mismo destino.
En consecuencia, las Asociaciones de Socorros Mutuos (ASM) –que tuvieron su apogeo
entre 1880 y 1930--, en su gran mayoría, incorporaron a sus funciones, los servicios
funerarios y la construcción de panteones o espacios delimitados para su nacionalidad,
en los cementerios municipales de la Argentina. Estas edificaciones evidencian un largo
proceso de interacción y constituyen un símbolo concreto de un tiempo y un tejido social
determinado, que requiere de acciones que construyen, reproducen y actualicen su
sentido, en donde nada es fortuito. En esa línea hemos relevado aspectos morfológicos
(ubicación dentro del cementerio, tamaño, estilo arquitectónico, autonomía, pisos
superiores e hipogeos, etc.), así como marcas simbólicas (religiosas, políticas, masónicas,
referencia a su país-región o comarca de origen, etc.), para acercarnos a lo que se quiso
comunicar en el momento de emplazamiento. Estos espacios de memoria y celebración
constituyen una arena de lucha con respecto a lo que la muerte representaba para el
migrante –y sus contemporáneos--, en relación a su origen, y la forma que adopta en un
contexto institucional finisecular positivista.
A tal fin, hemos recorrido 135 cementerios (de julio de 2013 a noviembre de 2016), por
las principales provincias en donde se instaló la migración histórica, relevando en qué
medida el migrante (italiano, español, francés, libanés, entre otros), pudo ejercer su
agencia y construir una suerte de “embajada funeraria”, Atlántico mediante, para el
extranjero que decidía permanecer y morir en el país. Y lograr que sus ideas, las formas
de ver el mundo y la muerte, fueran respetadas en una interrelación que se produce, no
sin cierto conflicto o negociación, especialmente frente a un mundo simbólico diseñado
23
por una minoría, como era la Generación del 80 (1880-1916), y que marcó políticas
concretas discriminatorias en torno a esta “masa” –según la literatura de la época--, que
desembarcó.
★★★
Este evento ha recibido financiamiento del FONCyT de la Agencia de Promoción
Científica y Tecnológica.
★★★
Coordinación:
Dra. Cristina Carballo (UNQ) - Dr. Fabián Flores (CONICET-UNLu)
Comité científico del Coloquio:
Dra. Nancy Calvo (UNQ, Argentina)
Dra. Verónica Giménez Béliveau (CEIL-PIETTE, CONICET-UNLP, Argentina)
Dra. Renee De la Torre (CIESAS Occidente, Guadalajara, México)
Dr. Catón Carini (CONICET-UNLP, Argentina)
Dra. Aurenice de Mello Correa (PPGEO/UERJ, Brasil)
Dra. Susana Sassone (IMHICIHU-CONICET, Argentina)
Dra. Paula Seiguer (UBA-CONICET, Argentina)
Comité organizador del Coloquio:
Dra. Cristina Carballo (UNQ, Argentina)
Dr. Fabián Flores (CONICET- UNLu, Argentina)
Mg. Carlos Cáceres (UNLu, Argentina)
Lic. Luciano Dawidiuk (CONICET-UNLu)
Marcos Giop (UNLu, Argentina)
Maximiliano Oviedo (UNLu, Argentina)
Prof. Patricio Chena (UNLu, Argentina)