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8/17/2019 SAGA 8 ano
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SAGA
No entanto Hans suspirava e nas longas noites de Inverno procurava ouvir,
quando o vento soprava do sul, entre o sussurrar dos abetos, o distante,
adivinhado, rumor da rebentação. Carregado de imaginaçes queria ser, como
os seus tios e av!s, marinheiro. Não para navegar apenas entre as ilhas e as
costas do Norte, seguindo nas ondas "rias os cardumes de pei#e. $ueria
navegar para o Sul. Imaginava as grandes solides do oceano, o surgir solene
dos promont!rios, as praias onde baloiçam coqueiros e onde chega at% ao mar
a respiração dos desertos. Imaginava as ilhas de coral a&ul que são como os
olhos a&uis do mar. Imaginava o tumulto, o calor, o cheiro a canela e laran'a das
terras meridionais. $ueria ser um daqueles homens que a bordo do seu barco
viviam rente ao maravilhamento e ao pavor, um daqueles homens de andar
baloiçado, com a cara queimada por mil s!is, a roupa desbotada eri'a de sal, o
corpo direito como um mastro, os ombros largos de remar e o peito dilatado
pela respiração dos temporais. (m daqueles homens cu'a aus)ncia era sonhada
e cu'o regresso, mal o navio ao longe se avistava, "a&ia acorrer ao cais as
mulheres e as crianças de *ig e a hist!ria que eles contavam era repetida e
contada de boca em boca, de geração em geração, como se cada um a tivesse
vivido. +... -m Agosto, chegou a *ig, vindo da Noruega, um cargueiro ingl)s que
se chamava Angus e seguia para o Sul. capitão era um homem de barba ruiva
e aspecto terr/vel que navegara at% aos mares da China. 0oi no 1Angus1 que
Hans "ugiu de *ig, alistado como grumete.+...A sua adolesc)ncia cresceu entre
os cais, os arma&%ns e os barcos, em conversas com marinheiros embarcadiços
e comerciantes. 2e um barco ele sabia tudo desde o porão at% ao cimo do mais
alto mastro. -, ora a bordo ora em terra, ora debruçado nos bancos da escola
sobre mapas e c3lculos, ora mergulhado em narraçes de viagens, estudando,
sonhando e praticando, ele preparava4se para cumprir o seu pro'ecto5 regressar
a *ig como capitão de um navio, ser perdoado pelo 6ai e acolhido na casa. 2ois
dias depois de ter recolhido Hans, Ho7le levou4o ao centro da cidade e comprou4lhe as roupas de que precisava e tamb%m papel e caneta. Hans escreveu para
casa5 pediu com ardor perdão da sua "uga, di&ia as suas ra&es, as suas
aventuras, o seu paradeiro. 6rometia que um dia voltaria a *ig e seria o capitão
de um grande veleiro. A resposta s! veio meses depois. -ra uma carta da mãe.
8eu5 12eus te perdoe, Hans, porque nos in'uriaste e abandonaste. 9anda4me o
teu pai que te diga que não voltes a *ig pois não te receber3.12epois dessa
carta, Hans sonhou com *ig muitas ve&es. +...
Sophia de 9ello :re7ner Andresen, 1Saga1, in Histórias da Terra e do Mar ,
0igueirinha
1. 2epois da leitura atenta dos e#certos apresentados, assinala com um X
o quadrado que corresponde ; resposta correcta, de acordo com o sentido do
te#to.
1.1. Hans dese'ava ser marinheiro
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c. 1Imaginava as ilhas de coral a&ul que são como os olhos a&uis do mar. 1 +ll. 4
D
d. 1+... com a cara queimada por mil s!is, a roupa desbotada e ri'a de sal, +...1
+ll. ?@4
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Hs pais do marinheiro recusaram o seu pedido de perdão complemento
circuns. de companhia