SUMÁRIO 07

Post on 16-Oct-2021

5 views 0 download

Transcript of SUMÁRIO 07

01

03

06

02

0504

07SUMÁRIO FOTOGRAFIA ODONTOLÓGICA

DOMINANDO A ARTE DE DESENHAR COM A LUZ

TIAGO VERAS

SÉRGIO DA CUNHA RIBEIRO | LUIZ OTÁVIO CAMARGOEDMARA TATIELY PEDROSO BERGAMO

RODRIGO BICALHO QUEIROGA | EDUARDO GONÇALVES MOTA

EMÍLIO CARLOS ZANATTA

JUVENAL DE SOUZA NETO | ABEGAIL DA COSTA BUENO

ALESSANDRO APARECIDO DE ALMEIDA GAMERO

ANATOMIA E ESCULTURA GENGIVAISPARA PRÓTESE TOTAL

MATERIAIS RESTAURADORESPARA PILARES PERSONALIZADOS NA IMPLANTODONTIA

OTIMIZANDO O USODO CAD/CAM

PLACA OCLUSAL COM MÍNIMO AJUSTETÉCNICA CONVENCIONAL E POR CAD/CAM

PLANEJAMENTODE REABILITAÇÃO ORAL

SEGREDOS E TRUQUES NO PLANEJAMENTO PREVISÍVEL ESTÉTICO DENTALDESVENDANDO PINTURAS INTRÍNSECAS

GIOVANI GAMBOGI PARREIRA PAULO BERNARDO COSTA GAMBOGI PARREIRA

20

62

80

102

128

176

206

08

10

13

09

1211

14 SUMÁRIO

NOVA GERAÇÃOEM CERÂMICA VÍTREA

FERNANDO JOSÉ RIGOLIN FERREIRA | WILLIAM MATTHEW NEGREIROSRAFAEL PACHECO | SÉRGIO PONTALTI JÚNIOR

DANIEL BRITO

CARLOS MARCELO ARCHANGELO | JOSÉ CARLOS ROMANINIKAREN CRISTINA ARCHANGELO PERDIGÃO | JOSÉ CARLOS ROMANINI JÚNIOR

CLAUDIO SATO | ADRIANO SAPATA | VIVIANE FRANCO BRUNA CHRISPIM DOS REIS | DAVID MORITA DA SILVA

RESTAURAÇÕES EXECUTADAS COM O MÍNIMO DESGASTE DENTÁRIO POSSÍVEL

A EVOLUÇÃO DOS TRATAMENTOS DENTÁRIOS,ADESÃO E SISTEMAS CERÂMICOS

FACETAS E COROAS CERÂMICASA IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO

CLÍNICO-LABORATORIAL

AS NOVAS COMPETÊNCIASDO TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA

A LEITURADA COR INEXISTENTE

RODRIGO MONSANO | WILLIAM KABBACH

PLANEJAMENTO ESTÉTICO INTEGRADOCIRURGIÃO-DENTISTA E TÉCNICO EM PRÓTESE DENTÁRIA

FÁBIO HIROSHI FUJIY

PRODUÇÃO DE MODELOS FIÉISUMA ETAPA PRECIOSA

DARLOS SOARES

246

276

304

324

342

386

408

02 ANATO

MIA

EES

CULTURA G

ENGIVAIS

PARA P

RÓTES

E TO

TAL

AUTORALESSANDRO APARECIDO DE ALMEIDA GAMERO - CD

O S

OR

RIS

OREC

ONST

RUINDO

64

Não existe um sorriso considerado universal ou ideal. Nosso objetivo deve ser o de

produzir um sorriso balanceado na diversidade de visibilidade que a boca apresenta.

Existem conceitos fundamentais para a elaboração de trabalhos restauradores proté-

ticos que necessitem de gengivas artificiais. O primeiro é a forma dental, o segundo

é o biótipo gengival e o terceiro, a posição dental.

Para obtermos resultados de excelência, buscamos parâmetros estéticos que defi-

nam a macroestética como um orientador relacionando dentes, gengiva e caracte-

rísticas faciais, aplicados na reabilitação do sorriso, o que torna necessária uma relação

equilibrada entre os parâmetros biológico, mecânico, funcional e estético.

Gengiva livre (a). Gengiva inserida (b). Mucosa alveolar (c).

01 A,B

a

b

c

A

C I Ê N C I A , A R T E E T E C N O L O G I A

65

A arquitetura gengival tem um papel importante para a estrutura estética geral,

em especial nos pacientes com sorriso gengival alto ou médio. A harmonia entre

cor, textura, forma da gengiva artificial é muito importante na aparência do sorriso.

Estudaremos as características de gengivas naturais para que possamos aumentar

a riqueza de detalhes nas esculturas gengivais em cera, resina ou cerâmica.

ANATOMIA MACROSCÓPICA DA GENGIVA

O periodonto é o conjunto dos tecidos que envolvem o dente. O periodonto de pro-

teção ou gengiva é formado pelas gengivas marginal livre, inserida e interdental.

Margem gengival

Gengivalivre

Gengival livre

Gengivainserida

B

O S

OR

RIS

OREC

ONST

RUINDO

66

GENGIVA MARGINAL OU GENGIVA LIVRE

Circunda os dentes em forma de colarinho (Fig. 02A).

RANHURA GENGIVAL

É uma linha imaginária entre o fundo do sulco gengival e a superfície gengival visível

oposta a ele (no nível correspondente à junção cemento-esmalte) (Fig. 02B).

GENGIVA INSERIDA

Tem início na ranhura gengival e termina na linha mucogengival (junção mucogen-

gival – JMG) (Fig. 02C-E).

02 A-E

Gengiva marginal livre: cor rósea, superfície opaca, consistência firme e formato frequentemente arredondado (A). Ranhura gengival. Está situada no nível da junção cemento-esmalte (JCE) e está presente em apenas 30 a 40% dos adultos (B). Gengiva inserida. Tem consistência fire, estende-se até a junção mucogengival em uma faixa de ± 3 a 4 mm. A cor pode variar: rosa-claro para a raça branca ou marrom-escuro para a raça negra. Apresenta uma textura de pontilhado em 40% dos adultos (JMG) (C).

A

B

EDC

C I Ê N C I A , A R T E E T E C N O L O G I A

67

03 A,B

GENGIVA INTERDENTAL OU PAPILA INTERDENTAL

É determinada pelas relações de contato entre os dentes e pela largura da superfície

proximal (Fig. 03).

Papila interdental: na região anterior, possui formato piramidal. Na região posterior, a papila é ampla. Os dentes triangulares o ponto de contato está próximo à incisal aumentando a papila (A). Prótese total. Papila interdental – A ponta das papilas interdentais segue um posicionamento gradativamente mais apical a partir da linha mediana (B).

B

A

O S

OR

RIS

OREC

ONST

RUINDO

68

MUCOSA ALVEOLAR

É delimitada pela junção mucogengival até o fundo do vestíbulo da boca.

RUGOSIDADES PALATINADAS

As rugosidades palatinas são formadas no 3o mês de vida intrauterina e não so-

frem alteração, exceto de comprimento, devido ao crescimento do palato, perma-

necendo na mesma posição durante toda a vida.

Função das rugosidades palatinas:

� facilitar o transporte dos alimentos através da cavidade oral;

� evitar a perda de alimento da boca;

� participar na mastigação, percepção gustativa e na tátil devido à presença de receptores;

� reter a saliva, que é importante para a digestão inicial dos alimentos devido à presença de enzimas;

� auxiliar na trituração dos alimentos;

� proteger a mucosa do palato de traumatismos provocados por alimentos;

� desempenhar um papel na fonação, visto que dispersa as ondas sonoras.

C I Ê N C I A , A R T E E T E C N O L O G I A

69

MUCOSA ALVEOLAR

GENGIVA INSERIDA

04 A-G

Mucosa alveolar. União frouxa aos tecidos, altamente vascularizada, móvel, ausência de pontilhado (A). Sistema de classificação proposto por Carrea (B-E). Prótese total em cera (F,G).

A

B

F

D

G

C E

O S

OR

RIS

OREC

ONST

RUINDO

70

FORMA DENTAL E BIÓTIPO PERIODONTAL

Na busca por uma melhor escultura gengival em trabalhos protéticos como protoco-

los sobre implante, próteses totais e outros que necessitam de uma porção gengival,

diversos autores têm estudado a relação entre a forma dental e o biótipo periodontal

a ser confeccionado.

Biótipo periodontal é o conjunto de características das estruturas de suporte e pro-

teção dos dentes, ou seja, do osso e da gengiva e a relação entre a forma da co-

roa dentária dos dentes anteriores superiores e as características morfológicas da

gengiva. Os pacientes que apresentavam dentes mais quadrados possuem faixa

de gengiva inserida larga, papilas interdentais mais curtas e curvatura gengival

cervical menos acentuada.

Os pacientes que apresentavam dentes mais alongados possuíam faixa de gengiva

estreita, papilas interdentais mais alongadas e curvatura gengival cervical mais

acentuada.

C I Ê N C I A , A R T E E T E C N O L O G I A

71

05 A-C

Escultura gengival em cera. Dentes papilas curtas (A). Escultura gengival em cera. Dentes papilas médias (B). Escultura gengival em cera. Dentes papilas longas (C).

A

B

C

O S

OR

RIS

OREC

ONST

RUINDO

72

O conhecimento dessas características tem um impacto importante na escultura da

prótese. Dois tipos de biótipo periodontal podem ser encontrados.

1. Plano e espesso (Fig. 06A).

2. Fino e estonado (Fig. 06B)20.

Partindo do princípio de termos dois biótipos periodontais com suas características

individuais temos:

06 A,B

Biótipo periodontal: plano e espesso (A) ou fino festonado (B).

A

B

C I Ê N C I A , A R T E E T E C N O L O G I A

73

07 A,B

Biótipo periodontal: plano e espesso. Características: faixa de gengiva inserida ampla, papilas curtas e largas, área de contato no terço médio e dentes em formato quadrangular (A). Biótipo periodontal: fino festonado. Características: faixa de gengiva inserida reduzida, papilas longas e estreitas, recesso da margem gengival e dentes em formato triangular (B).

B

A

O S

OR

RIS

OREC

ONST

RUINDO

74

CARACTERÍSTICAS DO CONTORNO GENGIVAL

De forma correspondente ao contorno das bordas incisais, o contorno cervical da

gengiva define o contorno superior da arcada dentária. Frequentemente em uma

arcada dentária natural percebemos diferenças na altura da margem gengival,

08 A-D

Desenho do contorno gengival. Relacionar a mudança do contorno gengival com o posicionamento dos dentes na prótese total.

A

B

C I Ê N C I A , A R T E E T E C N O L O G I A

75

que são provenientes de recessões gengivais ou posicionamento anormais dos

dentes. A disposição dos dentes na montagem de uma prótese determina alte-

rações no contorno gengival. Geralmente assimetrias pequenas na montagem

dos dentes artificiais são aceitáveis e, muitas vezes, trazem um aspecto de mais

naturalidade as próteses.

C

D

O S

OR

RIS

OREC

ONST

RUINDO

76

Os fatores sexo, personalidade e idade

nos auxiliam na escolha e na monta-

gem de dentes para uma diversidade

de pacientes.

O emprego da técnica de confecção de

gengivas artificiais aliando a monta-

gem, ou seja, a disposição dos dentes

com o contorno gengival é previsível

quando feitos diagnóstico e planeja-

mento clínico laboratorial corretos atra-

vés da comunicação entre o técnico em

prótese, o cirurgião-dentista e o pacien-

te. No planejamento estético, os seguin-

tes aspectos devem ser considerados:

� biótipo periodontal;

� linha do sorriso e exposição gengival;

� contorno e zênite gengivais;

� papila interdental;

� recessão gengival;

� coloração.

A escolha do formato dental para a mon-

tagem da prótese total tem influência

no posicionamento do zênite gengival.

No momento da escultura gengival o in-

cisivo central retangular o zênite geral-

mente é posicionado na distal; nos den-

tes ovais e triangulares o posicionamento

dos zênites são mais centralizados.

09 A-C

O contorno cervical gengival e sua relação com o formato geral do dente. Incisivos regulares apresentam contorno mais retilíneo (A). In-cisivos ovais apresentam contorno mais arredondados (B). Incisivos triangulares apresentam contorno mais fechado (C).

A

B

C

C I Ê N C I A , A R T E E T E C N O L O G I A

77

10 A-D

Desenho do contorno gengival. Zênite gengival – O zênite gengival é porção mais apical da margem gengival (A). Zênite gengival e o formato geral do dente. Incisivos retangulares (B), incisivos ovais (C) e incisivos triangulares (D).

B

A

C D

O S

OR

RIS

OREC

ONST

RUINDO

78

11 A-F

Desenho do contorno gengival. Recessão gengival: definida como a migração da margem gengival para apical (A-C). Escultura das bossas e fossas. Ceroplastia (D). Cera caracterizada (E,F).

A B C

D

E

F

C I Ê N C I A , A R T E E T E C N O L O G I A

79

REFERÊNCIAS

1. Atsawasuwan P; Greethong K; Nimmanon V. Treat-ment of gingival hyperpigmentation for esthetic purpo-ses by Nd:YAG laser: report of 4 cases. J Periodontol 2000; 71:315-21.

2. Baker DL, Seymour GJ. The possible pathogenesis of gingival recession. A histological study of induced recession in the rat. J Clin Periodontol 1976; 3:208-19.

3. Belser U, Magne P. Restaurações adesivas de por-celana na dentição anterior: Uma abordagem biomimé-tica. São Paulo: Quintessence Ed. 2003.

4. Blitz N. Criteria for success in creating beautiful smiles. Oral Health 1997; 87:38-42. Review.

5. Carvalho PF, da Silva RC, Cury PR, Joly JC. Modified coronally advanced flap associated with a subepithelial connective tissue graft for the treatment of adjacent mul-tiple gingival recessions. J Periodontol 2006; 77:1901-6.

6. Chiche G, Pinault A. Artistic and scientific princi-ples applied to esthetic dentistry. In: Chiche G, Pianault A (eds). Esthetics of anterior fixed prosthodontics. Chi-cago: Quintessence Books, 1994; p. 13-32.

7. Chiche GJ, Pinault A. Replacement of deficient crowns. J Esthet Dent 1993; 5:193-9. Review.

8. Da Silva RC, Joly JC, de Lima AF, Tatakis DN. Root coverage using the coronally positioned flap with or without a subepithelial connective tissue graft. J Perio-dontol 2004; 75:413-9.

9. De Lima AFM, da Silva RC, Joly JC, Tatakis DN. Coronally positioned flap with subepithelial connective tissue graft for root coverage: various indications and flap designs. J Int Acad Periodontol 2006; 8:53-60.

10. Dong JK, Jin TH, Cho HW, Oh SC. The esthetics of the smile: A review of some recent studies. The Int J Prosthodont 1999; 12:09-19.

11. Fradeani M. Estethic analysis: A systematic appro-ach to prosthetic treatment. Chicago: Quintessence Books; 2004.

12. Garber DA; Salama MA. The aesthetic smile: diagno-sis and treatment. Periodontology 2000 1996; 11:18-28.

13. Germiniani WIS, Terada HH. Avaliação da preferência estética de cirurgiões-dentistas (clínicos gerais e ortodon-tistas), acadêmicos de odontologia e leigos quanto às me-didas indicadas por proporções conhecidas como padrão estético para o sorriso. Dental Press Estet 2006; 3:85-99.

14. Han TJ, Takei HH. Progress in gingival papilla re-construction. Periodontol 2000 1996; 11:65-8.

15. Kokich VO Jr, Kiyak HA, Shapiro PA. Comparing the perception of dentists and lay people to altered dental esthetics. J Esthet Dent 1999; 11:311-24.

16. Levine RA, Mcguire M. The diagnosis and treat-ment of the gummy smile. Compend Contin Educ Dent 1997; 18:757-766.

17. Lindhe J. Tratado de Periodontia Clínica e Implan-todontia Oral. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-gan; 1999 Miller PD Jr. A classification of marginal tissue recession. Int J Periodontics Restorative Dent 1985; 5:8-13.

18. Miskinyar SAC. A new method for method for correcting a gummy smile. Plast Reconstr Surg 1983; 397-400.

19. Nacul AM, Nacul AP, Greca de Born A. Bioplastique as a complement in conventional plastic surgery. Aes-thetic Plast Surg 1998; 22:444-50.

20. Olsson M, Lindhe J. Periodontal characteristics in individuals with varying forms of the upper central inci-sors. J Clin Periodontol 1991; 18:78-82.

21. Peck S, Peck L, Kataja M. The gingival smile line. Angle Orthod 1992 Summer; 62:91-100; discussion 101-2. 340

22. Pontoriero R, Carnevale G. Surgical crown lengthe-ning: a 12-month clinical wound healing study. J Perio-dontol 2001; 72:841-8.

23. Preston JD. The golden proportion revisited. J Es-thet Dent 1993; 5:247-51.

24. Sclar AG, Soft tissue and esthetic considerations in implant therapy. Chicago: Quintessence Books; 2003.

25. Tarnow DP, Magner AW, Fletcher P. The effect of the distance from the contact point to the crest of bone on the presence or absence of the interproximal dental papilla. J Periodontol 1992; 63:995-6.

26. Tjan AHL; Miller GD. The JGP: Some esthetic fac-tors in a smile. J Prosthet Dent 1984; 51:24-28.