Post on 06-Aug-2015
Um iluminista na América Meridional: Félix de Azara e a questão do “outro”
(1781-1801)Dário Milech Neto
“Aunque el hombre sea un ser incomprensible, y sobre todo el hombre salvaje, (...) ésta es la parte principal y más interessante en la
descripción de un país.” (AZARA, 1850, p. 172).
Tipologia das relações com o outro:
A relação com o outro não se dá em uma única dimensão e, sim, em três
eixos:
Axiológico: Julgamento de valor, o outro é bom ou mau,gosto dele ou não gosto dele.
Praxiológico: Aproximação ou distanciamento em relação ao outro.
Epistêmico: Conheço ou ignoro a identidade do outro.
“Debo advertir que llamaré nación toda reunion de indios, que se consideran ellos mismos que
forman una misma e sola nacion, que tienen el mismo injenio é
intelijencia, las mismas formas, las mismas costumbres, y la misma lengua.” (AZARA, 1850. p. 173).
“Estos hechos me hacen sospechar, no solamente que las mezclas de las razas las mejora, sino que la espécie americana à la larga escala dominara á la europea.” (AZARA, 1850, p. 268).
“Tal es esta aversion (entre criollos e espanhóis europeus), que la he observado reinar entre padres e
hijos, y entre el marido e la mujer, cuando unos eran europeos e los otros americanos.” (AZARA, 1850,
p. 273).
Referências bibliográficas:
• BOURGUET, Marie-Noële. O explorador. In: VOVELLE, Michel (org.) O Homem do Iluminismo. Editora Presença, Lisboa, 1997. Capítulo VII, pp. 209-249.
• CAMARGO, Fernando da Silva. A pendenga interminável: as demarcações do tratado de Santo Ildefonso. Pelotas, 2001.
• CAMARGO, Fernando da Silva. O reformismo Bourbônico no Prata: 1776/1801. Curitiba, 2004.
• CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Editora Vozes. Petrópolis, 1998.• HERRERA, Luiz Alberto de. La Revolución Francesa y Sud América. Montevidéo, 1910. • MONES, A; KLAPPENBACH, M. A. Un ilustrado aragonês en el Virreinato del Rio de la Plata:
Félix de Azara (1742-1821). Estudios sobre su vida, su obra y su pensamento. Anales del Museo Nacional de Historia Natural de Montevideo. 1997.
• NETO, Vítor (coord.). A Revolução Francesa e a Península Ibérica. Revista de Historia das Ideias. N° 10. Instituto de História e Teorias das Ideais. Faculdade de Letras. Coimbra, 1988.
• PORTO, Maria E. M. Reformismo Ibérico e experiências americanas: a constituição de um saber local no século XVIII. Vivência. N° 38. 2011. pp. 115-128.
• SHAW, Carlos Martínez. El siglo de las Luces: las bases intelectuales del reformismo. História de España. Madri, 1996. N° 19.
• TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. 4° edição. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.