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MÁSTER ONLINE EN GESTIÓN DE EQUIPAMIENTOS PATRIMONIALES DE USO TURÍSTICO Formación CETT eLearning Módulo 1 El ABC del Turismo Cultural y Natural

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MÁSTER ONLINE EN GESTIÓN DE EQUIPAMIENTOSPATRIMONIALES DE USO TURÍSTICOFormación CETT eLearning

Módulo 1

El ABC del TurismoCultural y Natural

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MÓDULO 1

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TEMA 5. LA MATERIA PRIMA DEL TURISMO CULTURAL Y NATURAL: EL PATRIMONIO..........................................................................¡Error!Marcador no definido.

1. INTRODUCCIÓN ................................................¡Error!Marcador no definido.

2. ¿QUÉ ENTENDEMOS POR PATRIMONIO? ...............¡Error!Marcador no definido.

2.1. El patrimonio cultural ...................................¡Error!Marcador no definido.

2.1.1. El patrimonio cultural material o tangible ..¡Error!Marcador no definido.

2 . 1 . 2 . P a t r i m o n i o c u l t u r a l i n m a t e r i a l o i n t a n g i b l e¡ E r r o r ! M a r c a d o r n odefinido.

2.2. El patrimonio natural....................................¡Error!Marcador no definido.

3 . LA SELECC IÓN DEL PATR IMONIO CULTURAL Y NATURAL¡Error!Marcador nodefinido.

3 . 1 . E l v a l o r d e l p a t r i m o n i o y s u s c r i t e r i o s d e s e l e c c i ó n¡Error !Marcador nodefinido.

3.1.1. Valor de singularidad..............................¡Error!Marcador no definido.

3.1.2. Valor histórico .......................................¡Error!Marcador no definido.

3.1.3. Valor estético o formal............................¡Error!Marcador no definido.

3.1.4. Valor añadido........................................¡Error!Marcador no definido.

3.1.5. Valor simbólico......................................¡Error!Marcador no definido.

3.1.6. Valor de uso .........................................¡Error!Marcador no definido.

3.1.7. Valor didáctico ......................................¡Error!Marcador no definido.

3.2. El atractivo del patrimonio cultural y natural para el turista¡Error!Marcadorno definido.

4. LA GESTIÓN DEL PATRIMONIO............................¡Error!Marcador no definido.

4.1. Nivel internacional .......................................¡Error!Marcador no definido.

4.2. Nivel estatal ...............................................¡Error!Marcador no definido.

4.3. Nivel autonómico o regional ..........................¡Error!Marcador no definido.

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4.4. Nivel local ..................................................¡Error!Marcador no definido.

TEMA 2. DEL PATRIMONIO CULTURAL Y NATURAL AL PRODUCTO Y OFERTATURÍSTICOS.........................................................¡Error!Marcador no definido.

1. DEL RECURSO CULTURAL A LA CREACIÓN DE UNA OFERTA CULTURAL¡Error!Marcador no definido.

1.1. Tipologías de consumidores de patrimonio ......¡Error!Marcador no definido.

1.2. Los espacios y herramientas de presentación del patrimonio¡Error!Marcador no definido.

1.2.1. Museos.................................................¡Error!Marcador no definido.

1.2.2. Patrimonio all’aperto y patrimonio in situ ..¡Error!Marcador no definido.

1.2.3. Centros de interpretación........................¡Error!Marcador no definido.

2. DE LOS PRODUCTOS DE PATRIMONIO CULTURAL Y NATURAL A LOS PRODUCTOSY LA OFERTA TURÍSTICO-PATRIMONIAL ...................¡Error!Marcador no definido.

2.1. La oferta patrimonial como atractivo turístico ..¡Error!Marcador no definido.

2.2. Fases para desarrollar el patrimonio en la actividad turística¡Error!Marcador no definido.

2.2.1. Puesta en valor .....................................¡Error!Marcador no definido.

2.2.2. Planificación..........................................¡Error!Marcador no definido.

2.2.3. Uso y conservación ................................¡Error!Marcador no definido.

2.3. El papel del turismo patrimonial en la conservación del patrimonio¡Error!Marcador no definido.

3. CLASIFICACIÓN DE LOS PRODUCTOS TURÍSTICO-PATRIMONIALES¡Error!Marcador no definido.

3.1. Productos patrimoniales específicos................¡Error!Marcador no definido.

3.2. Rutas.........................................................¡Error!Marcador no definido.

3.3. Acontecimientos especiales ...........................¡Error!Marcador no definido.

TEMA 3. EL TURISMO CULTURAL Y NATURAL.............¡Error!Marcador no definido.

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1. EL TURISMO COMO FENÓMENO ECONÓMICO, SOCIAL Y CULTURAL¡Error!Marcador no definido.

1.1. Algunas tipologías turísticas ..........................¡Error!Marcador no definido.

2. EL TURISMO CULTURAL......................................¡Error!Marcador no definido.

2.1. Tipologías de turismo cultural........................¡Error!Marcador no definido.

2.1.1. Turismo urbano .....................................¡Error!Marcador no definido.

2.1.2. Turismo monumental .............................¡Error!Marcador no definido.

2.1.3. Turismo arqueológico .............................¡Error!Marcador no definido.

2.1.4. Tanaturismo .........................................¡Error!Marcador no definido.

2.1.5. Turismo bélico.......................................¡Error!Marcador no definido.

2.1.6. Turismo etnográfico ...............................¡Error!Marcador no definido.

2.1.7. Turismo gastronómico ............................¡Error!Marcador no definido.

2.1.8. Turismo enológico..................................¡Error!Marcador no definido.

2.1.9. Turismo industrial ..................................¡Error!Marcador no definido.

2.1.10. Turismo literario ..................................¡Error!Marcador no definido.

2.1.11. Turismo musical ..................................¡Error!Marcador no definido.

2.1.12. Turismo cinematográfico .......................¡Error!Marcador no definido.

3. EL TURISMO NATURAL .......................................¡Error!Marcador no definido.

3.1. Tipologías de turismo natural ........................¡Error!Marcador no definido.

3.1.1. Turismo rural ........................................¡Error!Marcador no definido.

3.1.2. Ecoturismo ...........................................¡Error!Marcador no definido.

3.1.3. Agroturismo..........................................¡Error!Marcador no definido.

3.1.4. Turismo cinegético e ictioturismo .............¡Error!Marcador no definido.

3.1.5. Observación de flora y fauna ...................¡Error!Marcador no definido.

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3.1.6. Turismo deportivo..................................¡Error!Marcador no definido.

3.1.7. Turismo de aventura ..............................¡Error!Marcador no definido.

4 . L A G E S T I Ó N D E L T U R I S M O C U L T U R A L Y N A T U R A L¡ E r r o r ! M a r c a d o r n odefinido.

TEMA 4. EL TURISTA CULTURAL Y NATURAL .............¡Error!Marcador no definido.

1. DEFINICIÓN DEL TURISTA CULTURAL Y NATURAL..¡Error!Marcador no definido.

2. EL PERFIL DEL TURISTA CULTURAL Y NATURAL .....¡Error!Marcador no definido.

2.1. Educación...................................................¡Error!Marcador no definido.

2.2. Economía ...................................................¡Error!Marcador no definido.

2.3. Edad..........................................................¡Error!Marcador no definido.

2.4. Inquietud intelectual ....................................¡Error!Marcador no definido.

2.5. Actividades.................................................¡Error!Marcador no definido.

3 . C A T E G O R Í A S D E L T U R I S T A C U L T U R A L Y N A T U R A L¡ E r r o r ! M a r c a d o r n odefinido.

4 . E L P A P E L A C T I V O D E L T U R I S T A C U L T U R A L Y N A T U R A L¡Error!Marcador nodefinido.

4.1. La preparación del viaje...................................¡Error!Marcador no definido.

4.1.1. Información ..........................................¡Error!Marcador no definido.

4.1.2. Decisión ...............................................¡Error!Marcador no definido.

4.1.3. Comparación.........................................¡Error!Marcador no definido.

4.1.4. Contratación .........................................¡Error!Marcador no definido.

4.1.5. Investigación ........................................¡Error!Marcador no definido.

4.1.6. Planificación final ...................................¡Error!Marcador no definido.

4 . 2 . N e c e s i d a d e s y r e c u r s o s d e l t u r i s t a c u l t u r a l y n a t u r a l¡Error !Marcador nodefinido.

4.2.1. Agencia de viajes...................................¡Error!Marcador no definido.

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4.2.2. Guías turísticas......................................¡Error!Marcador no definido.

4.2.3. Libros de viajes .....................................¡Error!Marcador no definido.

4.2.4. Nuevas tecnologías de la información y la comunicación¡Error!Marcador no definido.

4.2.5. Entorno social .......................................¡Error!Marcador no definido.

4.2.6. Medios de comunicación .........................¡Error!Marcador no definido.

TEMA 5. LOS ANTECEDENTES DEL TURISMO CULTURAL Y NATURAL...................... 1

1. INTRODUCCIÓN ......................................................................................... 1

2. LOS VIAJES TURÍSTICOS DE LA EDAD ANTIGUA ............................................. 1

2.1. Las primeras civilizaciones y el turismo.................................................... 1

2.2. Grecia: los inicios del turismo de salud, los Juegos Olímpicos y los viajes dedescubrimiento........................................................................................... 2

2.3. Roma: viajes por ocio, negocio y salud .................................................... 4

2.4. Las rutas marítimas del Mediterráneo y “Las siete maravillas del mundo” ..... 5

3. LOS VIAJES EN LA EDAD MEDIA: MERCADERES, PEREGRINOS Y CRUZADOS ...... 6

3.1. El boom del turismo religioso: Santiago de Compostela y el culto a lasreliquias .................................................................................................... 7

3.2. Estrechando lazos: los viajes de comerciantes y embajadores..................... 9

4 . LA EDAD MODERNA: EL GRAND TOUR Y EL NACIMIENTO DEL TURISMOCULTURAL....................................................................................................10

4.1. Entre arriesgados viajes a “nuevos mundos” y las apacibles villas de recreo10

4.2. Entre la razón y el romanticismo: los viajes científicos y los viajes educativosdel Grand Tour ..........................................................................................11

5. LA EDAD CONTEMPORANEA: LA DEMOCRATIZACIÓN DEL TURISMO .................12

5.1. La era de las revoluciones.....................................................................12

5.2. Del vapor al motor de explosión y los viajes por aire.................................14

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TEMA 5. LOS ANTECEDENTES DEL TURISMO CULTURAL YNATURAL

1. INTRODUCCIÓN

A lo largo de los siglos, el hecho de viajar, motivado por la necesidad, el placer, lacuriosidad o la religiosidad, ha llevado a muchas personas a ir de un sitio a otrodescubriendo gentes, paisajes y costumbres nuevas.

Pretender determinar cuáles son los orígenes del turismo no es sencillo. Paraalgunos autores el punto de inflexión está en la idea de concebir el viaje por placery no como negocio, obligación o imposición o castigo. Sin embargo, mucho debe elorigen del turismo, incluso el cultural, a los viajes de comerciantes y mercaderes. Sise considera, pues, el turismo como los viajes realizados por placer, se podría decirque lleva practicándose desde antiguo, si bien no se puede comparar con elconcepto actual, por el número de turistas que lo practican, por su perfil social yeconómico, por las condiciones en que se realizaban dichos viajes, etc.

A continuación se muestra una breve evolución histórica de estos viajes y elsurgimiento de algunas subtipologías turísticas, sin perder de vista el objetivo final:presentar los inicios del turismo cultural y natural, así como su consagración y laevolución hasta ser, a día de hoy, dos de las tipologías más practicadas y quegeneran más beneficios tanto al turista como al territorio y la población del destino.

2. LOS VIAJES TURÍSTICOS DE LA EDAD ANTIGUA

2.1. Las primeras civilizaciones y el turismo

Que desde sus comienzos la historia de la humanidad ha estado relacionada conviajes, desplazamientos y migraciones es por todos conocido, si bien poco sabemosde dichos viajes. Con la aparición de la escritura todo cambia, y gracias a ellapodemos decir que disponemos de noticias sobre reyes, emperadores y faraones dela antigüedad que realizaron viajes no solo por motivos políticos, sino también pormotivos de festividades, actos rituales o por cuestiones de salud. Así, sabemos queHammurabi, que fue rey de Babilonia hacia el año 1700 a. C., tenía por costumbreviajar por las ciudades de su reino y que asistió a numerosos actos festivos ycelebraciones rituales, hasta el punto de que se le considera como el precursor delas peregrinaciones. Por su parte, el pueblo persa viajaba para celebrar el AñoNuevo a Persépolis, la capital del reino, para ofrecer regalos a su emperador.

En el caso de los faraones egipcios, viajaron a lo largo del Nilo, tanto por motivospolíticos por exigencias del gobierno del Alto y el Bajo Egipto como por motivosreligiosos o de placer. Sabemos que la reina faraón Hatshepsut realizó en el sigloXV a. C. un crucero por el Nilo, que fue el origen de los que más tarde realizaronmuchos de los comerciantes procedentes del Próximo Oriente para admirar laspirámides de Gizah (que son, sin duda, el primer recurso cultural que obtuvo un

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uso turístico añadido a su función original). Según el profesor Joan Bassegoda iNonell (1966), los citados comerciantes del extremo oriental del Mediterráneo(fenicios, cretenses y cartagineses, a los que nosotros añadiríamos los procedentesde las islas Cícladas y de la Grecia continental) fueron importantes turistas, a pesarde que el motivo principal de sus viajes fuera el comercio o la guerra.

2.2. Grecia: los inicios del turismo de salud, los Juegos Olímpicos y losviajes de descubrimiento

Pero sin duda alguna, los grandes impulsores del turismo en el mundo antiguofueron los griegos, ya que desarrollaron lo que consideramos el primer turismo desalud, aunque en gran parte relacionado con las peregrinaciones a los grandessantuarios como Delos, Delfos, Epidauro y Olimpia. De ellos, Delfos destacaba porser motivo de peregrinación para consultar su famoso oráculo, y Epidauro, porencontrarse el templo de Esculapio, dios de la medicina, donde los griegos acudíanpara intentar sanar los males que les aquejaban. Capítulo aparte merece elsantuario de Olimpia, donde se celebraron los Juegos Olímpicos, desde el año 776a. C., que en realidad eran juegos rituales en honor a los dioses del Olimpo griego.Estos Juegos incluían también plegarias y sacrificios a los que asistían griegos yextranjeros. Los romanos mantuvieron vivos los Juegos hasta que, en el año 393 d.C. el emperador Teodosio I, ya cristiano, decidió suprimirlos por considerarlos unafiesta pagana. Este intenso movimiento de personas por toda Grecia motivó lacreación de lo que podríamos considerar la primera red de posadas o moteles envías de comunicación. En realidad, ofrecían únicamente cama, y no disponían decocinas, comedores o baños.

Fotografía 1.Nilo.

Fuente:A. Arco.

El Nilo jugó unpapel decisivoen la fundaciónde lacivilizaciónegipcia. Eltransporte demercancías porel río favoreciórápidamente elcomercio y elcontacto conotras culturas.

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En la antigua Grecia, además de los Juegos celebrados enOlimpia, existían otros tres acontecimientos de importanciamanifiesta, agrupados todos ellos bajo el nombre de JuegosPanhelénicos . Estas celebraciones congregaban a grandesmultitudes, que se desplazaban desde todo el territorio helénico paraasistir específicamente a las competiciones. Los Juegos Olímpicos,que se celebraban en honor a Zeus, tenían un caráctereminentemente deportivo; los Juegos Nemeos eran competiciones dejinetes celebradas en Argos en honor a Hera; los Juegos Ístmicos,muy similares a los de Olimpia, se celebraban en Corinto en honor aPoseidón y las Oceánicas, y los Juegos Píticos, de carácter poético, secelebraban en Delfos, en honor a Apolo.

Grecia es importante también por la gran cantidad de científicos y geógrafos, de loscuales nos han llegado numerosas noticias, tanto por fuentes directas comoindirectas. De entre estas últimas son especialmente interesantes las recogidas porel historiador griego Herodoto. En sus nueve libros, que recogen veintiocho temas oLogoi, nos ofrece un sinfín de noticias que, si bien no pueden ser consideradasejemplos de prácticas turísticas como hoy en día las entendemos, sí que aportanmuchos datos sobre lugares y personajes que realizaron algún tipo de viaje.Científicos griegos viajeros de los que tenemos noticias, ya sea por el propioHerodoto o por otras fuentes coetáneas, fueron Kolsios de Samos, Eudoxo de Cyziao Piteas de Marsella, por poner algunos ejemplos.

Fotografía 1.Título. Fuente

Letra:Verdana #8

NegritaColor: blanco

*Estilo párrafo:Pie de foto

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Pero de todos los científicos de la antigua Grecia tendríamos que destacar aPausanias, al que se considera tradicionalmente como el autor de los primerosescritos de un libro de viajes. En el siglo II d. C. escribió su magna obra Descripciónde Grecia, compuesta por diez libros (Alcock et al., 2011). Si bien se trata de unaobra de poco valor literario, constituye por sí sola un valiosísimo documento, puestoque nos describe sus viajes con detallada información de todo el territorio y lasrutas griegas. Y lo que es más importante, aporta la descripción de monumentos,de historias y leyendas que coinciden exactamente con los datos que nos haproporcionado la arqueología contemporánea. Además, también describió a laperfección Atenas y los Juegos Olímpicos.

2.3. Roma: viajes por ocio, negocio y salud

El Imperio romano conjugó perfectamente su estructura militar, cosa que lepermitió la creación de una amplia, compleja y funcional red de vías decomunicación y de hoteles o casas de posta a lo largo de todas ellas, con el carácterhedonista del pueblo romano; y es que se podría decir que los romanos fueron elprimer pueblo en realizar turismo de ocio, sobre todo las clases patricias. Viajabanpara contemplar las pirámides y templos egipcios; para conocer Grecia; asistían alas Olimpiadas, a las que desposeyeron en gran parte de su componente ritual;visitaban las colonias, los mercados orientales, el norte de África y la costalevantina de la península Ibérica, etc. Por tanto, realizaban viajes con un altocomponente cultural y, también, natural.

Fotografía 2.Edición del siglo XIX deDescripción de Grecia dePausanias.

Fuente:Wikipedia.

Viajero, geógrafo ehistoriador griego, Pausanias(s. II d. C.) recogió en diezvolúmenes los monumentos yleyendas más importantes delmomento, en la que seconsidera la primera guíaturística de la historia.

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Los motivos que llevaban a los romanos a viajar eran fundamentalmente tres: elcomercio, el ocio y la salud. El primero de ellos fue la consecuencia lógica de susconquistas, la necesidad de proveer a la capital de productos de primera necesidadque eran insuficientes en la península itálica. El segundo, dado el carácterhedonista romano, significaba la estancia en las villas de explotación agropecuariade las colonias en época estival coincidiendo en muchas ocasiones con la cosecha, olas visitas a los grandes eventos lúdicos, como las Olimpiadas y similares. Dentrode este segundo apartado tendría que considerarse la visita a grandes templos, alos que, desprovistos en muchas ocasiones de su sentido cultural, los romanosacudían por un interés más moderno relacionado con el placer de contemplaciónestético. Por último, los desplazamientos motivados por la salud adquirieron granprestigio y popularidad. Nos quedan numerosas muestras, como son los centrostermales distribuidos a lo largo y ancho de todo el imperio. Muchas poblacionestienen el origen en su uso termal romano, aunque ya anteriormente hubieranpodido ser utilizadas con fines curativos. Así, encontramos los balnearios y centrostermales de Casamicciola Terme, Montecatini Terme, Chianciano Terme,Salsomaggiore o Abano Terme, en Italia; Budapest, en Hungría; Bath, enInglaterra, y, en España, Caldes de Montbui, Caldes d’Estrac, Alange, Mérida oLugo, entre muchas otras. Estos centros termales contaban entre sus clientes tantocon patricios de la capital como nobles de la propia colonia y de los territoriosadyacentes.

2.4. Las rutas marítimas del Mediterráneo y las siete maravillas delmundo

Fotografía 3.Las termas romanasde Bath (Inglaterra).

Fuente:N. Llonch.

El complejo termal deorigen romano fueedificado sobre unantiguo santuariocelta. Las estructurasque podemos visitaractualmente datandel siglo XIX.

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Por lo general, todos los pueblos del Mediterráneo en época antigua mantuvieronrelaciones comerciales que facilitaron el conocimiento, el intercambio cultural y laadmiración mutua. Las rutas comerciales, que tuvieron su primer desarrollo entrelos pueblos del Mediterráneo oriental, rápidamente se extendieron por todas laorillas del Mare Nostrum. Los comerciantes fenicios, griegos y sirios navegaron denorte a sur y de oriente a occidente, estableciendo una compleja red marítima, mássegura y rápida que las rutas terrestres, a la vez que permitía el transporte de másmercancías. Los comerciantes no solo aportaron mercancías exóticas, sino tambiéntradiciones, costumbres, etc. Y no únicamente se conformaron con los beneficioseconómicos, sino que, además, en la mayoría de los casos experimentaron laemoción de contemplar las manifestaciones monumentales y culturales, así comonaturales, de cada pueblo y territorio con el que comerciaban. Probablementefueron sus viajes los que crearon el reconocimiento de lo que conocemos como lassiete maravillas del mundo: las pirámides de Gizah, el Faro de Alejandría, losJardines Colgantes de Babilonia, el Coloso de Rodas, el Templo de Artemisa deÉfeso, el Mausoleo de Halicarnaso y la Estatua de Zeus de Olimpia. Estas aparecenpor primera vez citadas por el poeta Antípatro de Sidón, en el año 125 a. C., yrecogidas posteriormente por diversos historiadores, como el anteriormente citadoHerodoto, o Filón de Bizancio (aunque con alguna pequeña variación, puesto queAntípatro no incluyó el Faro de Alejandría y sí la Puerta de Ishtar). Estos lugaresgozaron de gran popularidad en la Antigüedad y especialmente entre los patriciosromanos, que viajaron para contemplar alguna de ellas.

3. LOS VIAJES EN LA EDAD MEDIA: MERCADERES, PEREGRINOS YCRUZADOS

Los primeros siglos de la Edad Media no se caracterizaron especialmente por larealización de viajes de ocio, salud o comercio con connotaciones turísticas. Lospueblos germánicos se caracterizaron fundamentalmente por viajar por motivosbélicos y no desarrollaron ni mantuvieron una red comercial que propiciara elconocimiento de territorios lejanos. En el otro extremo de Europa, el Imperiobizantino, como heredero natural del romano, mantuvo las rutas comerciales y elinterés por el conocimiento de culturas extranjeras, llegando a lugares entonces tanremotos como la India, donde se maravillaban con la contemplación de templos,palacios y paisajes.

Fotografía 4.La gran pirámide y lafamosa esfinge deGizah.

Fuente:A. Arco.

La gran pirámide deGizah es la única delas siete maravillasque perdura.

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Aunque pueda parecer extraño, la difusión del cristianismo y la consolidación delpoder monástico y papal, así como la necesidad de los reinos cristianos occidentalesde consolidar su poder y ampliar sus territorios, permitieron el desarrollo dediversas rutas que facilitaron el intercambio cultural, aunque no necesariamentesiempre de manera amistosa.

3.1. El boom del turismo religioso: Santiago de Compostela y el culto alas reliquias

A finales del siglo VIII, los reinos cristianos de la península Ibérica difundieron laleyenda del hallazgo, en Iria Flavia (actual Padrón), de los restos mortales delapóstol Santiago el Mayor, lo que supuso su reconocimiento canónico desde elpapado. Esto significó el comienzo de una nueva tipología de viaje y, a la postre, deturismo: las peregrinaciones. Aparte de las connotaciones lógicamente religiosas,no se deben obviar las consideraciones estrictamente políticas, ya que tras laperegrinación a Compostela (como tras las Cruzadas) estaba latente el peligromusulmán y las aspiraciones expansionistas de las incipientes dinastíasmonárquicas europeas. Sea como fuere, en el siglo X la peregrinacióncompostelana experimentó un gran auge, que se vio confirmado con la apariciónpoco tiempo después de la redacción del Codex Calixtinus, ya entrado el siglo XII(Stones y Krochalis, 1998). Desde la Descripción de Grecia de Herodoto no habíavisto la luz ningún escrito de viaje de la categoría del Codex Calixtinus, auténticaguía del peregrino y que puede ser considerado, sin lugar a dudas, como la primeraguía de viaje de la historia occidental.

En los primeros siglos de la ruta jacobea acudieron a Santiago, lugar donde sehabían trasladado los restos del apóstol poco después de su descubrimiento, reyesy nobles, hecho que popularizó enormemente la ruta, que se convirtió en vía deintercambios espirituales, culturales, artísticos y comerciales en ambos sentidos dela misma.

Tras el éxito de la peregrinación compostelana, la iglesia cristiana fomentó, desdeel siglo XII, el culto a los santos y a sus reliquias, lo que generó una auténticafiebre para poder localizar restos mortales sacros que propiciaran peregrinaciones,romerías y visitas a diversos lugares santos. A lo largo de toda la Edad Media seconsolidaron las peregrinaciones a Mont-Saint-Michel, Roma, Tierra Santa, Tours,Conques, etc. Posteriormente se añadieron muchas otras, como las de Lourdes,Fátima, Asís o Zaragoza, entre otras, a las que también podríamos incorporar mástardíamente las romerías, con un carácter mucho más festivo y que proliferaron entoda la geografía cristiana; algunas de las más conocidas son las del Rocío o laJavierada.

Pero a partir del siglo XIV, a causa de la convulsa situación social y política deEuropa, asolada por las guerras, sequías, pestes y epidemias, y del Cisma deOccidente, el Camino sufrió un considerable declive que duró siglos, aunquesiempre quedó latente entre los cristianos el recuerdo y la costumbre de laperegrinación. No sería hasta muchos siglos después, con motivo del Año Santo

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Compostelano de 1993, cuando la Xunta de Galicia, de acuerdo con el CabildoCatedralicio de Compostela, creó la marca turística Xacobeo, que supuso elrelanzamiento definitivo del Camino como fenómeno turístico de masas. Se pasó delos 9.764 peregrinos que visitaron la tumba del santo en 1992 a los casi 100.000que lo hicieron en 1993. Estas cifras se han ido manteniendo, con una ligeratendencia ascendente constante hasta la actualidad.

No debemos olvidar tampoco que las peregrinaciones no fueron, ni son, unfenómeno exclusivo de la cristiandad. Así, en el mundo musulmán la peregrinacióna la Meca, o en el mundo hindú las peregrinaciones a las fuentes del Ganges y aotras ciudades sagradas, supusieron también la creación de caminos y rutas decomunicación e intercambio.

Las Cruzadas, por su parte, también significaron auténticos viajes que, si bien sufinalidad nada tenía que ver con la práctica turística, sí que supusieron eldescubrimiento por parte de los que las llevaron a cabo de nuevos territorios yculturas que, en muchas ocasiones, provocaron su sorpresa y admiración. Losmotivos que generaron las Cruzadas fueron diversos, desde los puramenteeconómicos y sociales hasta los estrictamente religiosos, pasando por los políticos yculturales. La idea partió del papa Gregorio VII y fue puesta en práctica por UrbanoII con el apoyo implícito de los monarcas franceses y el Sacro Imperio de Occidente(Runciman, 2008). No obstante, no debemos olvidar que las Cruzadas no fueron unfenómeno que afectó sólo a Tierra Santa: fueron numerosas las que el mundocristiano emprendió en la Edad Media. Así, encontramos las de Segismundo deHungría, las bálticas, la cátara, la aragonesa y la de la Reconquista hispana, entreotras.

Fotografía 5.La Catedral deSantiago deCompostela.

Fuente:X. Mulà.

Desde el hallazgo en elsiglo X de lassupuestas reliquias delapóstol Santiago, laciudad se convirtió enun lugar tradicional deperegrinaje que haconseguido perdurarhasta nuestros días.

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3.2. Estrechando lazos: los viajes de comerciantes y embajadores

Otros motivos que generaron grandes viajes en la Edad Media fueron, sin lugar adudas, el comercio y las embajadas. Muchos fueron los comerciantes, mercaderes yembajadores que viajaron a lo largo y ancho de Europa y del Mediterráneo,consolidando y ampliando considerablemente las rutas establecidas en laantigüedad y fortaleciendo relaciones y contactos entre poderes y territoriosalejados. Algunos de ellos nos legaron sus escritos, que se convirtieron, desde supublicación, en documentos de excepcional valor. Encontramos, por ejemplo, almonje franciscano Giovanni da Pian del Carpine (o Juan de Piano Carpini, comotambién se le conoció), quien en el siglo XIII fue embajador para los papasGregorio IX e Inocencio IV; a Ibn Battuta, científico y viajero bereber del siglo XIVque recorrió todo el mundo islámico en viajes que llegaron a durar hasta treintaaños (Mackintosh-Smith, 2003); a Pedro Tafur, erudito, viajero y literato cordobésque viajó, entre otros lugares, a Roma y a Tierra Santa durante el siglo XV (López,2002); o a Ruy González de Clavijo, quien, en ese mismo siglo, ejerció comoembajador del rey Enrique III de Castilla y viajó hasta lugares remotos de Asia(Estrada, 1999).

Pero si bien es cierto que estos viajeros que citamos nos aportan gran cantidad denoticias, son otros dos, indiscutiblemente, los más populares. Nos referimos aBenjamín de Tudela y a Marco Polo. El primero de ellos, judío tudelano de profesiónincierta, aunque pudiera tratarse de un comerciante de joyas que recorriódiferentes comunidades hebreas, emprendió un largo viaje del que no sabemosexactamente el motivo y que le llevó desde su Tudela natal hasta Zaragoza,Barcelona y Gerona. Desde allí se dirigió al sur de Francia, Italia, Constantinopla,Anatolia, la península Arábiga y Egipto, entre otros lugares. Su Libro de viajesconstituye un documento extraordinario, puesto que no solo anotó sus sensacionesy sentimientos, sino también la descripción de los lugares que visitó. Además, se leatribuye el descubrimiento de los restos de la ciudad de Nínive. Desgraciadamente,su libro de viajes no vio la luz hasta el siglo XVI, cuando su hallazgo ya había sidodifundido por otros.1

El segundo, Marco Polo, aún mucho más conocido, fue un joven mercader hijo deNiccoló Polo y sobrino de Maffeo Polo. En el primer viaje que realizaron Niccoló yMaffeo llegaron, siguiendo la Ruta de la Seda, a Pekín, donde conocieron a KublaiKhan, que les entregó una carta dirigida al Papa en la que solicitaba que le enviaraintelectuales para que enseñaran en su imperio. A la vuelta de ese primer viaje, en1271, partieron de nuevo rumbo a China con la respuesta del Papa, esta vezacompañados por el joven Marco. Cuando llegaron a la corte del gran Khan, Marco

1 Sobre los viajes y viajeros de la España medieval conviene consultar: Huerta, P. L. y Hernando, J. L.(1997). Viajes y viajeros en la España medieval: Actas del V Curso de Cultura Medieval. Aguilar deCampo, Palencia: Fundación Santa María la Real.

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se granjeó rápidamente su confianza y se convirtió en su consejero y emisario,cargo que desempeñó durante diecisiete años. A su vuelta a Venecia, en 1295,publicó su Il milione, o como se le conoció en España, Los viajes de Marco Polo,libro en el que narró sus andanzas por China (Polo, 2011). Existen dudas sobre laveracidad de su narración, hay quien piensa que nunca llegó tan lejos y que selimitó a narrar aquello que escuchó de otros viajeros; incluso su familia, al final desus días, le conminó a confesar que había mentido en su libro, cosa que negórotundamente, afirmando que había explicado solo una pequeña parte de cuantohabía visto.

4. LA EDAD MODERNA: EL GRAND TOUR Y EL NACIMIENTO DELTURISMO CULTURAL

4.1. Entre arriesgados viajes a “nuevos mundos” y las apacibles villas derecreo

Con la llegada de la era del Humanismo, el hombre occidental, no tanto la mujer,comenzó a viajar más allá de los confines del mundo hasta entonces conocido. Sibien algunos autores no consideran turísticos los viajes de los grandesdescubridores de finales del siglo XV y de los siglos posteriores, estos, al igual quelos peregrinos o los grandes viajeros medievales, e incluso más que ellos, fueronpioneros en el descubrimiento de nuevos territorios, nuevas rutas y nuevasculturas. En este sentido deben ser considerados precursores de nuevos espaciosen los que posteriormente se desarrollaría el turismo. Así, el navegante genovésCristóbal Colón, a las órdenes de Isabel de Castilla, partió hacia las IndiasOrientales (Japón) y descubrió América. A él le siguieron aventureros de mayor omenor fortuna, entre los que encontramos a Pizarro, Valdivia, Cabeza de Vaca,Alfonso de Ojeda, Amerigo Vespucci, Vasco Núñez de Balboa, Francisco Hernándezde Córdoba, Fernando de Magallanes y Juan Sebastián Elcano. Por su parte, losportugueses se centraron en las rutas marítimas africanas que les permitieran elacceso al océano Índico. Entre ellos se encontraron, desde mediado del siglo XV,hombres como el príncipe Enrique el Navegante, Gonsalvo Velho, Gil Eanes, ÁlvaroFernandes o Bartolomeu Días.

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Paralelamente a los grandes descubridores hispanos, en el resto de Europa losviajes con tintes turísticos adquirieron un cariz mucho más burgués y sofisticado.Los ricos mercaderes venecianos, milaneses o pisanos y las grandes familias comolos Este, Sforza, Medici o Gonzaga, por citar solo algunos, construyeron grandesfincas para solaz y recreo de sus familias y allegados. Este nuevo modelo, inspiradoen las grandes villas imperiales romanas como la Villa Adriana, se convirtió en unaforma perdurable de turismo que ha llegado hasta nuestros días. Especialmentefamosas fueron las villas de recreo diseñadas por el arquitecto Andrea Palladio(Bonet, 2002).

4.2. Entre la razón y el romanticismo: los viajes científicos y los viajeseducativos del Grand Tour

Tiempo después se inició en Inglaterra un nuevo y auténtico modo de turismo entrelos jóvenes pertenecientes a la nobleza, la burguesía y los ricos comerciantes.Tomando como pretexto, en la mayor parte de las ocasiones veraz, la necesidad deampliar y completar sus estudios, se estableció la costumbre de realizar un largoviaje por Europa, lo que se conoció prontamente como el Grand Tour. Estos jóvenesdiletantes viajaban por el viejo continente durante un periodo que solía oscilarentre los seis meses y los tres años. A lo largo de este tiempo visitaban algunas delas ciudades históricas europeas. En 1687, John Gailhard publicó una guía de viajebajo el título The Compleat Gentelman, en la que proponía el recorrido ideal. Este

Fotografía 6.Itinerario Palladiano(Italia).

Fuente:N. Lloch.

Turismo de Vincenzapermite descubrir elexquisito estilomonumental de lasgrandes construccionesdel arquitecto AndreaPalladio (siglo XVI) através de una serie derutas turísticas de granbelleza.

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pasaba imprescindiblemente por París, Génova, Milán, Florencia, Roma y Venecia,para volver al Reino Unido por Suiza, Alemania, Bohemia y los Países Bajos (Bonet,2002). El gusto y disfrute de la naturaleza no queda fuera del viaje, y a menudo elGrand Tour implicaba realizar excursiones a los Alpes o al Vesubio, por citar algúnejemplo.

El siguiente paso en el turismo se produjo con la llegada del siglo XVIII y elracionalismo. Una vez realizados la mayor parte de los descubrimientos de nuevosterritorios hasta el momento desconocidos para los europeos, le llegó el turno a losviajes de descubrimientos científicos que se apoyaban tanto en las nuevas teoríasracionalistas y científicas como en los grandes avances técnicos que permitían unamejor y rápida navegación. La relación de expediciones científicas, centradasfundamentalmente en el Atlántico sur y en los océanos Pacífico e Índico, fueroninnumerables, y a menudo escondían, tras su apariencia científica, el deseo maldisimulado del control de los territorios indígenas. Las expediciones de GeorgeAnson (1740), John Byron (1764), Samuel Wallis y Philip Carteret (1766), LouisAntoine Bougainville (1766), James Cook (1768), Jean François de la Pérouse(1788) o Alejandro Malaspina (1789), fueron las precursoras de muchas otras quese realizaron en ese mismo siglo y en el siguiente.

Pero si algún viajero científico, aparte de Cook, gozó de gran popularidad en sutiempo y marcó el devenir de la ciencia fue, sin duda, Charles Robert Darwin, quienen su viaje a bordo de The Beagle, realizado de 1831 a 1836, gestó la teoría de laevolución que después expuso en su libro Teoría del origen de las especies,fundamento de la ciencia moderna.

El antecedente del turismo moderno tradicionalmente se sitúa en lacostumbre instaurada, mayoritariamente a finales del siglo XVIII, entre lasclases aristocráticas más acomodadas de enviar a sus hijos a realizar unviaje, un Grand Tour, por Europa para completar su formación. Estacostumbre, que se inicia ya en el siglo XVI y durará hasta bien entrado elsiglo XIX, parece tener sus orígenes en el siglo XV, en época renacentista,cuando intelectuales y artistas realizaban viajes a Italia para familiarizarsecon la cultura clásica.

5. LA EDAD CONTEMPORÁNEA: LA DEMOCRATIZACIÓN DEL TURISMO

5.1. La era de las revoluciones

El mundo contemporáneo a menudo se ha relacionado con el triunfo de laburguesía, cuyo poder había permanecido latente durante siglos. Y lo cierto es quelas revoluciones burguesas de finales del siglo XVIII y de la primera mitad del XIXsupusieron una revolución en el mundo del patrimonio cultural, ya que comportaron

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la paulatina apertura al público, cada vez más amplio, de lo que habían sido lascolecciones reales de arte, propiedad de las más vetustas monarquías europeas,entre las que se encontraban la inglesa, la francesa, la española, la prusiana o larusa, entre otras.

El auge de la burguesía estuvo asociado indiscutiblemente a la Revoluciónindustrial, que, a su vez, no hubiera sido posible sin el invento de la máquina devapor. Esta, de incalculable valor en el sector productivo, fue aplicada a los barcosy, finalmente, al ferrocarril. De hecho, cuando en 1830 se estableció la primeralínea entre Liverpool y Manchester, se dio el primer paso para una nuevarevolución: la de los transportes, que, entre muchos otros aspectos de la vida,supuso también un avance para el turismo. Esta revolución ya había comenzadocon los barcos de vapor, que transportaban a los ricos industriales americanos aEuropa, con lo que se generó la llegada masiva de nuevos turistas ávidos de lujo,arte y cultura, por lo que el turismo experimentó un nuevo empuje.

La revolución de los transportes, iniciada con el vapor y pocodespués con la invención del motor de explosión, fue sin duda eldetonante de la popularización del turismo. Desde entonces, lademocratización de los medios de transporte ha permitido un aumentoconstante en movilidad turística.

Ahora, los grandes industriales americanos y europeos se movían de una ciudad, deun país o de un continente a otro con mucha más facilidad y movilidad para el biende sus negocios. En algunas ocasiones, muy especialmente a partir de lasexposiciones internacionales, que desde mediados de siglo se celebraban en lasgrandes capitales europeas y, después, también norteamericanas. En estasexposiciones o ferias, la primera de las cuales fue la de Londres, celebrada en1851, lo que se ponía en valor eran las novedades industriales, máquinas, otrosaparatos fabriles, etc. A ellas acudían los empresarios del sector para hacernegocios y, a menudo, como el viaje podía durar semanas, les acompañaban susesposas e hijos. Para estos acompañantes, en gran parte, se crearon pabellonesespeciales donde se exponían objetos artísticos, religiosos, históricos e inclusoetnográficos. Así pues, estos viajes de negocio para otros se teñían de maticesculturales.

Por otro lado, el contexto y ambiente industrial hizo que, cada vez más, las clasesmás adineradas huyeran de las ciudades insalubres, populosas y grises por elcarbón de las fábricas hacia espacios en conexión con la naturaleza. El componentenatural tomó gran valor y se puso de moda las estancias en balnearios de montañay, poco a poco, también, cercanos al mar. La corriente higienista creía que esosaires mucho más puros fortalecían la salud y eran prescritos a los enfermos conproblemas relacionados con las vías respiratorias. No hay que olvidar que latuberculosis fue una de las grandes plagas del siglo XIX y principios del XX, y seconstruyeron sanatorios en lugares montañosos y elevados, ya que se creía que la

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altura ayudaba a aumentar el riego sanguíneo pulmonar, para tratar la tuberculosispulmonar, a la vez que surgían teorías sobre los beneficios del sol y el mar paratratar la tuberculosis ósea.

No hay que olvidar que fue a mediados del siglo XIX cuando el inglés Thomas Cookcreó lo que se considera como la primera agencia de viajes del mundo. El éxito desu agencia se demuestra con el dato que en 1865 organizó viajes a la ExposiciónInternacional de Londres con un total de 165.000 viajeros. Con él había nacido unanueva concepción del turismo: los viajes organizados y los agentes intermediariosturísticos, tal y como los entendemos en la actualidad.

En 1841 Thomas Cook es el responsable del primer viaje organizadode la historia, precedente del paquete turístico. Unos años más tarde, en1851, creó la primera agencia de viajes del mundo, que bautizó con elnombre de Thomas Cook and Son.

5.2. Del vapor al motor de explosión y los viajes por aire

Tras un largo recorrido, a finales del siglo XIX se creaba el primer coche con motorde explosión y, paulatinamente, con las mejoras realizadas y la creación de cochesbaratos al alcance de la clase media, tanto norteamericana primero, como europeadespués, se consiguió un transporte individual eficaz que sería uno de loscomponentes fundamentales para una práctica masiva del turismo a partir de lasegunda mitad del siglo XX. La base del carburante que empleaban estos coches, lagasolina y el gasóleo, el petróleo, se impuso cada vez más a la energía de vapor,cuyo carburante principal era el carbón. Así, estos nuevos carburantes y losmotores derivados de ellos se impusieron también en el transporte marítimo,aunque no en el ferrocarril, en el que se acabó imponiendo la energía eléctrica parasu funcionamiento.

Fotografía 7.Ford y la revolución deltransporte.

Fuente:Archivo CETT.

La marca Fordrevolucionó el conceptode turismo alpopularizar el uso delautomóvil con susvehículos a motor debajo coste, producidosen cadenas de montajeen Detroit a principiosdel siglo XX.

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El último paso se llevó a cabo con la invención, por los hermanos Wright, del primeravión controlable que podía realizar un vuelo prolongado y repetido, aunque nosería hasta entrada la segunda mitad del siglo XX cuando se empezó a utilizar demanera sistemática como un medio de transporte masivo de turistas. La apariciónde los vuelos denominados de bajo coste en Estados Unidos en la década de los 80y su irrupción en Europa en la década siguiente fue el último paso hacia laconcepción actual del turismo.

Pero más allá de la mejora en los transportes, que permitiría el movimiento masivode turistas, no debemos olvidar que son muchos los factores que favorecieron lademocratización del turismo, ya no como una práctica de adinerados, sino comouno más de los logros de la clase media.

Algunos de estos factores, de índole muy distinta, fueron las vacaciones pagadas;las jornadas y horarios laborales con días festivos; la jubilación; los medios decomunicación (la radio, el cine, la televisión e Internet), que permiten la difusión dedocumentales y películas ambientadas en sitios históricos y/o exóticos, y que seconvierten en herramientas publicitarias de los destinos; el creciente nivel deescolarización y alfabetización de la población, que permitió el desarrollo del interéspor el turismo cultural y de naturaleza; la creación de organismos públicos parafomentar el turismo, etc.

Así como el siglo XIX había supuesto el despertar de la burguesía, el XX fue el de laclase media, y el turismo era uno de los bienes que quedaba por fin a su alcance. Elsiglo XX significó, en este sentido, la popularización de la práctica turística yculminó con el triunfo del turismo con motivaciones culturales y naturales. Todo elloha convertido definitivamente el turismo, y en concreto el cultural y natural, en unode los ejes vertebradores de la economía y de la cultura mundial actual.

Fotografía 8.Crucero por el Sena(París).

Fuente:Archivo CETT.

A finales del siglo XXlos cruceros de unashoras por ríosnavegables como elSena popularizan losviajes en barco. Estaspequeñas excursionespermiten al viajerodescubrir el patrimonioque alberga la ciudaddesde una nueva ysingular perspectiva.

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