ANÁLISE UTILIZANDO ELEMENTOS FINITOS, DA VARIAÇÃO DE …¡lise... · 2019. 8. 13. · A Figura 1...

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC ALYNE BELARMINO BRANDÃO ANDRESSA TENÓRIO CAVALCANTE ANÁLISE UTILIZANDO ELEMENTOS FINITOS, DA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA PARA DIFERENTES GEOMETRIAS DE BLOCOS DE COROAMENTO MACEIÓ AL 2019/1

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  • CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

    ALYNE BELARMINO BRANDÃO ANDRESSA TENÓRIO CAVALCANTE

    ANÁLISE UTILIZANDO ELEMENTOS FINITOS, DA

    VARIAÇÃO DE TEMPERATURA PARA DIFERENTES

    GEOMETRIAS DE BLOCOS DE COROAMENTO

    MACEIÓ – AL 2019/1

  • ALYNE BELARMINO BRANDÃO ANDRESSA TENÓRIO CAVALCANTE

    ANÁLISE UTILIZANDO ELEMENTOS FINITOS, DA

    VARIAÇÃO DE TEMPERATURA PARA DIFERENTES

    GEOMETRIAS DE BLOCOS DE COROAMENTO

    Trabalho de conclusão de Curso apresentado como

    requisito final, para conclusão do curso de

    Engenharia Civil no Centro Universitário CESMAC,

    sob a orientação do Mestre Ricardo Sampaio Romão

    Filho e coorientação da Mestre Danúbia Teixeira

    Silva.

    MACEIÓ – AL

    2019/1

  • REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC

    SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO

    Bibliotecário: Evandro Santos Cavalcante CRB/4 1700

    C376a Cavalcante, Andressa Tenório

    Análise utilizando elementos finitos da variação de

    temperatura para diferentes geometrias de blocos de

    coroamento / Andressa Tenório Cavalcante .— Maceió:2019.

    42 f.: il.

    TCC(Graduação em Engenharia Civil)- Centro

    Universitário CESMAC, Maceió, AL 2019

    Orientador: Ricardo Sampaio Romão Filho

    1. Variação da temperatura. 2. Concreto massa. 3. Calor de hidratação. 4. Ansys.

    I. Romão Filho, Ricardo Sampaio. II. Título.

    CDU:624.012.4

  • AGRADECIMENTOS

    Queremos em primeiro lugar agradecer a Deus, pois Ele foi nosso melhor

    companheiro, nos ajudou em toda nossa trajetória, a Ele rendemos toda a glória,

    amor e gratidão, pois sem a Sua ajuda não estaríamos aqui. Aos professores,

    Emerson Acácio que foi o nosso primeiro orientador, mas por motivos maiores não

    pôde permanecer; obrigada por toda dedicação em nos orientar e nos ajudar nessa

    fase que foi tão árdua. Ao Ricardo Sampaio por nos acolher, transmitindo o seu

    conhecimento e nos ajudando a concluir nosso trabalho, Anne Dayse que desde o

    início nos direcionou em todo o desenvolvimento, auxiliando com as melhores

    ferramentas e Danubia Teixeira por toda a ajuda; muitíssimo obrigada a todos que

    colaboraram para a conclusão de mais uma etapa, nos proporcionando um fim

    satisfatório.

    Alyne Brandão – É chegado ao fim um ciclo de muitos sorrisos, choros e

    saudades, onde quero dedicar todo o meu agradecimento aos meus pais, Ana

    Patrícia e Edivaldo Brandão que não mediram esforços para que eu pudesse chegar

    até aqui, sempre me ajudando e me proporcionando o melhor. Ao meu irmão Júnior,

    que sempre me incentivou nessa jornada, me encorajando e animando nos dias

    difíceis. A todos que estiveram comigo durante este percurso, muito obrigada.

    “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?”

    Salmos 116.12

    Andressa Tenório – Ao fim dessa jornada de muita dedicação e esforço,

    dedico todo meu agradecimento aos meus pais, Denise Cavalcante e Elias Felino,

    por sempre terem me incentivado nas horas de desanimo e cansaço e por todo

    apoio incondicional . Aos meus irmãos Alícia Tenório e Natalício Holanda que

    sempre me fizeram entender que o futuro é feito a partir de constantes dedicação no

    presente. A todos que contribuíram para minha formação, muito obrigada.

  • ANÁLISE UTILIZANDO ELEMENTOS FINITOS, DA VARIAÇÃO DE

    TEMPERATURA PARA DIFERENTES GEOMETRIAS DE BLOCOS DE

    COROAMENTO

    ANALYSIS USING FINITE ELEMENTS, OF TEMPERATURE VARIATION

    FOR DIFFERENT CORONMENT BLOCK GEOMETERS Alyne Belarmino Brandão

    Graduanda do Curso de Engenharia Civil

    [email protected]

    Andressa Tenório Cavalcante

    Graduanda do Curso de Engenharia Civil

    [email protected]

    Ricardo Sampaio Romão Filho

    Mestre em Estruturas

    [email protected]

    Danúbia Teixeira Silva

    Mestre em Geotecnia

    [email protected]

    RESUMO

    Este trabalho consiste na análise da variação de temperatura em diferentes dimensões de blocos de

    coroamento, que na maioria das vezes demanda uma grande massa de concreto, chamado de

    concreto massa, podendo sofrer fissurações de origem térmica, resultantes do calor gerado pela

    hidratação do cimento sobre determinadas condições de restrição de deformações, que faz com que

    o bloco atinja elevações adiabáticas de temperaturas. As propriedades do concreto como difusividade

    térmica, massa específica, condutividade térmica, calor específico, influenciam no surgimento de

    manifestações patológicas. O software utilizado para fazer a simulação é o ANSYS®, que utiliza o

    método dos elementos finitos para calcular a temperatura no interior do bloco ao longo do tempo.

    Após realizar a simulação de cinco blocos de diferentes dimensões, porém com as mesmas

    propriedades, ficou comprovado que quanto maior a dimensão do bloco, maior temperatura atingida

    no período de cura. Existem métodos para diminuir a temperatura de lançamento do concreto, como

    substituir cinquenta por cento da água por gelo em formato de cubos e lascas e dividir a concretagem

    em camadas com espaço de tempo entre uma e outra.

    PALAVRAS-CHAVE: Variação de Temperatura. Concreto Massa. Calor de

    Hidratação. Ansys.

    SUMMARY

    This work consists in the analysis of temperature variation in different dimensions of pile caps, which

    in most often demands a large mass of concrete, known as mass concrete, and can suffer thermal

    cracking, resulting from the heat generated by the cement hydration on certain restriction conditions of

    deformations, which makes the block to reach adiabatic elevations of temperatures. The properties of

    the concrete as thermal diffusivity, specific mass, thermal conductivity, specific heat, influence in the

    appearance of pathological manifestations. ANSYS was the software used to run the simulation, which

    uses the finite element method to calculate the temperature inside the block over time. After

    performing the simulation of five blocks of different dimensions, but with the same properties, it was

    verified that the larger the block size the higher the temperature reached in the curing period. There

    are methods to lower the temperature of the concrete launch, such as replacing fifty percent of the

    water by ice in the form of cubes and chips and divide the concreting into layers with space of time

    between one and another.

    KEYWORDS: Temperature variation. Mass Concrete. Heat of Hydration. Ansys.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7

    1.1 Considerações Iniciais ....................................................................................... 7

    1.2 Objetivos ............................................................................................................. 9

    1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................... 9

    1.2.2 Objetivos específicos......................................................................................... 9

    2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 10

    2.1 Propriedades do Concreto .............................................................................. 10

    2.1.1 Durabilidade do Concreto ................................................................................. 10

    2.1.2 Deformabilidade do Concreto ........................................................................... 10

    2.1.3 Módulo de Elasticidade .................................................................................... 10

    2.2 Propriedades Térmicas do Concreto .............................................................. 11

    2.2.1 Coeficiente de Dilatação Térmica ..................................................................... 11

    2.2.2 Calor Específico ............................................................................................... 14

    2.2.3 Condutividade Térmica ..................................................................................... 15

    2.2.4 Difusividade Térmica ........................................................................................ 15

    2.2.5 Massa Específica ............................................................................................. 17

    2.3 Tensões Térmicas ............................................................................................ 17

    2.3.1 Grau de Restrição ............................................................................................ 17

    2.3.2 Elevação Adiabática de Temperatura .............................................................. 19

    2.4 Concreto Massa ................................................................................................ 20

    2.4.1 Fissuras de Origem Térmica ............................................................................ 21

    2.4.2 Altura das Camadas ......................................................................................... 22

    2.4.3 Intervalo de Lançamento .................................................................................. 22

    2.4.4 Consumo de Cimento ....................................................................................... 23

    2.4.5 Uso do Gelo no Concreto ................................................................................. 23

    2.5 Método dos Elementos Finitos ....................................................................... 24

    2.5.1 Análise do Comportamento Térmico do Concreto ........................................... 25

    3 Metodologia ......................................................................................................... 26

    3.1 Pesquisa Bibliográfica ..................................................................................... 26

    3.2 Método Utilizado ............................................................................................... 26

    3.3 Definição da Amostra....................................................................................... 26

    3.4 Propriedades Térmica do Concreto ................................................................ 26

    3.5 Modelagem da Amostra ................................................................................... 28

    4 RESULTADOS OBTIDOS ................................................................................... 29

    4.1 Bloco 1x1x1m ................................................................................................... 29

    4.2 Bloco 2x2x2m ................................................................................................... 31

    4.3 Bloco 3x3x3m ................................................................................................... 33

    4.4 Bloco 6x6x6m ................................................................................................... 35

    4.5 Bloco 9x9x9m ................................................................................................... 37

    5 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 39

    REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41

  • 7

    1 INTRODUÇÃO

    1.1 Considerações Iniciais

    Nas últimas décadas, a Engenharia Civil vem passando por uma

    verdadeira revolução com o surgimento de novas tecnologias e materiais. Neste

    sentido, os empreendimentos se tornam cada vez mais ousados, envolvendo

    edifícios de vários pavimentos e de grandes dimensões. No entanto, o aumento

    do porte dos empreendimentos resulta em vários desafios que devem ser

    superados pelos engenheiros para a viabilização dos projetos como por

    exemplo, a ação do vento sobre as edificações, que passa a ser bastante

    significativa com o aumento do número de pavimentos.

    No ponto de vista de fundações, o porte da edificação é de extrema

    importância, pois os elementos de fundações receberem os carregamentos

    oriundos da edificação e os transmitem para o solo, de forma a garantir a

    estabilidade.

    A Figura 1 ilustra um modelo de fundação profunda, em que o primeiro

    elemento a receber o carregamento do pilar é o bloco de coroamento que deve

    transmitir os mesmos para as estacas, que, por sua vez, transmitem para o solo.

    Os blocos de coroamento são elementos robustos, que podem apresentar

    grandes dimensões, e dependendo do porte da edificação, demandam um

    elevado volume de concreto. Segundo Albuquerque (2009), elementos que

    demanda uma grande massa de concreto podem sofre fissurações de origem

    térmica, resultantes da variação volumétrica do concreto em função do calor

    gerado pela hidratação do cimento sobre determinadas condições de restrição

    de deformações. O autor ainda relata que a solução para o problema vem da

    adoção de novos materiais e/ou de processos construtivos que impliquem na

    redução do calor de hidratação.

  • 8

    Figura 1- Exemplo de fundações profundas.

    Fonte: Wang, 2013

    Gambale (2017) destaca a importância de estudar esse fenômeno não só

    em estruturas de grande porte, como barragens, mas também em estruturas

    urbanas, como blocos de coroamento e em elementos estruturais de pontes. A

    autora enfatiza que existem diversos métodos para avaliação da variação da

    temperatura no interior de estruturas, como o Método das Diferenças Finitas

    (MDF), o Método dos Elementos de Contorno (MEC) e o Método dos Elementos

    Finitos (MEF).

    Por fim, este trabalho consiste na análise numérica de blocos de

    fundação, por meio do Método dos Elementos Finitos, permitindo analisar a

    variação de temperatura no interior desses elementos. Neste sentido, será

    realizado um estudo paramétrico com o intuito de avaliar a relação entre as

    propriedades dimensionais dos blocos e o calor gerado, permitindo identificar

    sobre quais situações o tratamento térmico deve ser adotado.

    http://construcaociviltips.blogspot.com/

  • 9

    1.2 Objetivos

    1.2.1 Objetivo geral

    Analisar a influência das características geométricas de blocos de fundações

    no calor de hidratação do cimento.

    1.2.2 Objetivos específicos

    • Aprofundar o conhecimento sobre concreto massa e os efeitos térmicos

    provocados pela hidratação;

    • Realizar um estudo paramétrico em bloco de fundação;

    • Identificar tolerâncias dimensionais nas quais os efeitos térmicos poder ser

    desconsiderados em alguns casos durante a elaboração de projetos e

    execução.

  • 10

    2 REFERENCIAL TEÓRICO

    Neste capítulo serão abordados os tópicos relativos a estudos das propriedades

    e características do concreto, estudos térmicos do concreto massa, que para ser

    bem-sucedido requer o conhecimento de suas propriedades analisando os

    comportamentos térmicos nas várias fases, e o processo para cálculo das

    temperaturas.

    2.1 Propriedades do Concreto

    É necessário conhecer as propriedades físicas e mecânicas do concreto antes

    de analisar e entender dos efeitos térmicos do mesmo. Para o conhecimento dos

    estados de tensões do material, deve ser feito primeiramente um estudo dos

    processos de tração, compressão, deformação do concreto e do módulo de

    elasticidade, visto que a hidratação do cimento e outros efeitos térmicos podem

    influenciar no surgimento de patologias.

    2.1.1 Durabilidade do Concreto

    Para Neville (1997), o concreto é considerado durável quando consegue

    suportar todas as funções de deterioração durante todo o período de vida util.

    Fatores externos e fatores internos do concreto, como erosão, reações álcali-sílica,

    temperaturas altas e diferenças de coeficientes de dilatação térmica da pasta de

    cimento e o agregado fazem com que se tenha uma durabilidade comprometida.

    2.1.2 Deformação do Concreto

    A deformação linear específica que o concreto pode suportar até atingir as

    fissuras, é representado pela capacidade de deformação. A variação de temperatura

    faz com que o concreto se deforme podendo induzi-lo à fissuração (FURNAS, 1997).

    2.1.4 Módulo de Elasticidade

    Segundo Furnas (1997), o conhecimento do módulo de elasticidade é

    importante para analisar as deformações elásticas das estruturas de concreto.

  • 11

    Quando é aplicado uma carga de compressão num determinado ponto, é produzido

    uma deformação proporcional à tensão aplicada dentro do limite elástico, sendo

    assim, para um regime elástico, a relação entre o aumento de deformação e o

    aumento de tensão é chamada de módulo de elasticidade.

    2.2 Propriedades Térmicas do Concreto

    Para entender o comportamento do concreto massa, precisa-se ter

    conhecimento de suas propriedades térmicas, como a massa específica,

    condutividade, calor específico, difusividade térmica e convecção. Segundo Neville

    (1997), estas propriedades são muito importantes para o desenvolvimento das

    deformações térmicas, variações de temperatura e fissuração nas primeiras idades

    do concreto.

    2.2.1Coeficiente de Dilatação Térmica

    O coeficiente de dilatação térmica ocorre devido à variação de temperatura

    em um comprimento unitário variando linearmente. A sua grandeza é diretamente

    proporcional às variações de volumes consequentes de gradientes térmicos, ou seja,

    mudança de temperaturas. Com a variação de temperatura e a possibilidade de

    deformação, definem-se limites de gradientes térmicos cujo aumento excessivo pode

    ocasionar como resultante a fissuração do concreto, portanto esta propriedade é um

    dos critérios que definem as tensões de tração na etapa de resfriamento do concreto

    massa tendo influência o teor de água e de finos, agregados e índice de vazios

    (FURNAS, 1997).

    De acordo com Furnas (1997), é possível determinar o coeficiente de

    dilatação térmica por intermédio da NBR 12815 (2012), que consiste na realização

    de ensaios em corpos de provas moldados ou extraídos utilizando o extensômetro

    elétrico tipo Carlson, submetidos a ambientes com variações de temperaturas sendo

    controladas com os períodos de deformações. O coeficiente de dilatação térmica é

    definido usualmente como deformação específica por ºC e é definido pela seguinte

    Equação 2.1:

  • 12

    ∝ = εq- εf

    Tq-Tf

    Equação 2.1

    Onde:

    ∝ = Coeficiente de dilatação térmica linear (1 x 10−6 /˚C);

    εq = Deformação linear específica na leitura de origem estabilizada (1 x 10−6);

    εf = Deformação linear específica na leitura na sala de ensaio (1 x 10−6);

    Tq = Temperatura interna do corpo-de-prova na origem (˚C);

    Tf = Temperatura interna do corpo-de-prova na sala de ensaio (˚C).

    O coeficiente de dilatação pode também ser determinado conforme a NBR

    6118 (2014), que o define para efeitos de análises estruturais como sendo 10-6 /ºC.

    De acordo com Mehta e Monteiro (1994), a contribuição do agregado é de grande

    importância para estimativa desta propriedade térmica do concreto (70% a 80% da

    mistura de concreto). De acordo com a Equação 2.2.

    𝛼 = 𝑝 × 𝐸𝑞 × 𝑉𝑝 + 𝐸𝑎 × 𝑉𝑎

    𝐸𝑞 × 𝑉𝑝 + 𝐸𝑎 × 𝑉𝑎

    Equação 2.2

    Onde: α = Coeficiente de dilatação térmica linear (1x 10-6/˚C);

    p = Coeficiente de dilatação linear da pasta (1x 10-6/˚C);

    a = Coeficiente de dilatação linear do agregado (1x 10-6/˚C);

    Εp = Módulo de elasticidade da pasta (GPa);

    Εa = Módulo de elasticidade do agregado (GPa);

    Vp = Volume da pasta com ar incorporado (m³);

    Va = Volume do agregado graúdo e miúdo (m³).

    O agregado é a maior parcela no volume de concreto, influenciando na

    composição do coeficiente de expansão térmica, portanto se deve optar pela

    escolha de um agregado com menor coeficiente de dilatação para obtenção de

    concretos mais estáveis. Os valores desses coeficientes variam de cerca de 5 ×10-6

  • 13

    °C-1

    para calcários e gabros a 11×10-6

    °C-1

    para arenitos, seixos naturais e

    quartzitos. A diferença de valores é demonstrada na Figura 2.1, que ilustra a

    influência do agregado após a constituição do concreto.

    Figura 2.1 - Influência do tipo de agregado sobre o coeficiente de dilatação térmica do concreto.

    Fonte: Mehta e Monteiro, 1994.

    A idade do concreto não ocasiona variação no coeficiente térmico, intervindo

    apenas na pasta de cimento a qual se modifica ao longo do tempo. Entretanto, a

    diminuição do fator água/cimento decorre no aumento do coeficiente de dilatação

    térmica da pasta, tal como o seu desenvolvimento ao decorrer dos tempos verificado

    na Figura 2.2 (FURNAS, 1997).

    Coeficiente de Expansão Térmica do Agregado (10-6 ºC-1)

    Co

    efic

    ien

    te d

    e Ex

    pan

    são

    Tér

    mic

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    o C

    on

    cret

    o (

    10

    -6 ºC

    -1)

  • 14

    Figura 2.2 - Relação água/cimento X coeficiente de dilatação térmica da pasta Fonte: Furnas, 1997.

    2.2.2 Calor Específico

    Calor específico é uma grandeza física que demonstra a capacidade de um

    material armazenar calor, correspondendo a quantidade de calor requerida para

    elevar de 1ºC a temperatura de uma unidade massa de material. Valores

    característicos do calor específico para concretos normais estão entre 0,84 e 1,26

    kJ/(kg⋅K) (FARIA, 2004), demonstrado no Quadro 2.1.

    Quadro 2.1 – Valores de calor específico para os tipos de concreto

    Calor Específico (c) Valor Mín. (J.kg-1K

    -1) Valor Máx. (J.kg

    -1K

    -1)

    Concreto convencional 836,80 1056,00

    Concreto Massa 750,00 1166,00 Fonte: Antonio, 2016.

  • 15

    2.2.3 Condutividade Térmica

    A condutividade térmica é capacidade de emitir calor, segundo Mehta e

    Monteiro (1994), é a proporção de fluxo de calor emitido através de uma área de

    valor unitário e o gradiente de temperatura.

    O valor da condutividade térmica é obtido pela indução de calor em uma

    abertura central de um corpo de prova cilíndrico com sua superfície externa exposta

    a uma baixa temperatura, proporcionando um fluxo de calor através do concreto. Os

    valores para concretos comuns saturados variam entre 1,4W/(m.K) ou 0,0033

    cal/(cm.s.ºC) e 0,0086 cal/(cm.s.ºC) (FURNAS, 1997). Obtendo-se o calor especifico

    e a difusividade térmica através de ensaios, determina-se analiticamente a

    condutividade térmica pela seguinte Equação 2.3:

    𝐾 = ℎ² × 𝑐 × 𝜌 Equação 2.3

    Onde:

    k = condutividade térmica (W/(m.k) ou J/(m.s.K));

    h² = difusividade térmica (m²/s ou m²/dia);

    c = calor específico (J/kg.K);

    2.2.4 Difusividade Térmica

    De acordo com Furnas (1997), difusividade térmica é a propriedade que

    expressa à capacidade de difusão de calor em todas as direções, indicando a

    facilidade com que o concreto pode sofrer variações de temperatura. A difusividade

    térmica é expressa analiticamente por Mehta e Monteiro (1994) pela Equação 2.4,

    cujas variantes dependem do calor específico, densidade e condutividade,

    encontrados por meio de ensaios. Quanto maior for a difusividade térmica do

    concreto maior a capacidade de o calor mover-se pelo mesmo. Para um concreto de

    peso normal com calor e massa especifica de pouca variação a condutividade é

    quem controla a difusividade.

  • 16

    ℎ² = 𝑘

    𝑐× 𝜌 Equação 2.4

    Onde:

    h² = difusividade térmica (m²/s, m²/h ou m²/dia);

    k = condutividade térmica (W/(m.k) ou J/(m.s.K));

    c = calor específico (J/kg.K);

    ρ= massa específica (Kg/m³).

    Furnas (1997) destaca os fatores dominantes à difusividade térmica em

    resumo nas seguintes variações:

    • Varia com o tipo litológico do agregado;

    • Aumenta com a dimensão máxima característica do agregado graúdo;

    • Varia com a procedência dos agregados de mesmo tipo litológico;

    • Aumenta com a redução da relação água/cimento;

    • Aumenta com o aumento de volume do agregado;

    • Diminui com o emprego de material isolante.

    O Quadro 2.2 abaixo demonstra os valores de difusividade térmica que

    podem ser utilizados no concreto.

    Quadro 2.2 – Valores de difusividade térmica para os tipos de concreto

    Difusividade Térmica Valor Mín. (m²h-1) Valor Máx. (m²h-1)

    Concreto convencional 0,0025 0,006

    Concreto Massa 0,003 0,006 Fonte: Antonio, 2016.

    2.2.5 Massa Específica

  • 17

    É a relação entre o volume em que um corpo ocupa e a massa do mesmo, ou

    seja, o grau de concentração da massa em determinado volume é medido pela

    densidade. Segundo Braga (2004), os valores de literatura que podem ser adotados

    para estudos em caso de não existirem valores de ensaios é demonstrado na

    Quadro 2.3 abaixo:

    Quadro 2.3 – Valores de difusividade térmica para os tipos de concreto

    Massa Específica (ρ) Valor Mín. (kg m-3) Valor Máx. (kg m-3)

    Concreto convencional 2000 2400

    Rocha basáltica 2710 2710 Fonte: Antonio, 2016.

    2.3 Tensões Térmicas

    As variações de temperatura pouco influenciam em peças estruturais esbeltas

    de concreto, ao contrário das estruturas de grande porte que são afetadas com

    maior intensidade por essas mudanças devido a ação do calor de hidratação.

    As tensões térmicas de tração são geradas devido a um aumento de

    temperatura que as reações de hidratação do cimento induzem nos primeiros dias,

    resultando na fissuração e possivelmente na perda de característica da estrutura.

    2.3.1 Grau de Restrição

    O grau de restrição decresce à medida que se torna flexível, podendo assim

    adotar restrição total (k=1) para fundações rígidas.

    Considera-se a restrição k=0 quando a estrutura se movimentar livremente. A

    Figura 2.3 demonstra a relação entre o grau de restrição e a altura proporcional

    acima da base correspondente (BITTENCOURT; GRAÇA; SANTOS, 2011).

  • 18

    Figura 2.3 – Grau de restrição à tração na seção central Fonte: Bittencourt; Graça; Santos, 2011.

    Pode ocorrer fissurações quando as restrições ultrapassarem a capacidade

    do elemento, devido ao surgimento de esforços no interior da peça estrutural.

    Contudo para determinar as tensões de origem térmica operantes e as deformações,

    tem que ser feito a avaliação do grau de restrição existente na estrutura.

    2.3.2 Elevação Adiabática de Temperatura

    A elevação adiabática de temperatura está diretamente ligada à quantidade

    de calor gerada pelo concreto, sendo de suma importância no cálculo das

    temperaturas de uma estrutura. Quando o concreto atinge uma certa idade e a

    geração de calor tenha se estabilizado ou está próximo dessa situação, deve-se

    realizar o estudo da curva de elevação adiabática (FURNAS, 1997).

    Segundo Furnas (1997), quando não é possível obter resultados dos ensaios

    de laboratório, é essencial que se faça uma estimativa da elevação adiabática do

    concreto.

  • 19

    No primeiro método, são calculadas as elevações adiabáticas de acordo com

    a Equação 2.5.

    𝑒𝑖 = 𝑒𝑖𝑢 . 𝑐𝑒𝑞 Equação 2.5

    Onde:

    𝑒𝑖 = elevação adiabática de temperatura na idade i;

    𝑒𝑖𝑢 = elevação unitária de temperatura na idade i, obtida para dosagem ensaiada;

    𝑐𝑒𝑞 = consumo equivalente de cimento.

    No segundo método, as elevações adiabáticas são calculadas através da

    relação de Rastrup, demonstrado na Equação 2.6.

    𝑒𝑖1 =𝑐𝑒𝑞1

    𝑐𝑒𝑞2.

    𝑐2

    𝑐1.

    𝛾2

    𝛾1. 𝑒𝑖2 Equação 2.6

    Onde:

    ei1 = elevação adiabática de temperatura na idade i;

    𝑐𝑒𝑞 = consumo equivalente de cimento.

    𝑐 = calor específico

    𝛾 = massa especifica

    O índice 1 trata-se do concreto cuja elevação adiabática está sendo estimada

    e o índice 2 do concreto que já foi realizado o ensaio.

    No terceiro método, a partir do calor de hidratação (CI) dos aglomerantes

    utilizados, estima-se a elevação adiabática de temperatura, levando em

    consideração a densidade do concreto, o calor específico e o consumo deles na

    dosagem. Conforme Equação 2.7.

    𝑒𝑖 =𝐶𝐼𝑖.𝑐𝑒𝑞

    𝑐.𝛾 Equação 2.7

  • 20

    O engenheiro deve ter bastante cuidado e atenção quando for escolher um

    dos métodos citados para estimar a elevação adiabática de temperatura do

    concreto.

    2.4 Concreto Massa

    Grandes estruturas de concreto massa tais como barragens e blocos de

    fundações estão sujeitas a fissurações devido a problemas por calor de hidratação.

    É necessário, para o controle de fissuração, um estudo mais aprofundado para se

    obter conhecimentos de suas propriedades. As consequências dessa fissuração

    dependem do tipo de obra e de suas causas, fazendo com que as obras percam a

    finalidade a qual foram destinadas, elevando o custo da obra, pois o grau de

    execução de reparo de fissuras é alto (FURNAS, 1997).

    Segundo Furnas (1997), os estudos do comportamento térmico levam a

    diversos fatores que influenciam na temperatura do concreto, podendo atingir a

    estrutura, dentre eles, a altura das camadas de concretagem, o intervalo de

    lançamento do concreto, consumo e tipo de aglomerantes, temperatura de

    lançamento do concreto e as condições climáticas no local da construção no

    momento da concretagem. É praticamente impossível determinar as evoluções

    exatas de temperaturas em uma estrutura de concreto massa, devido,

    principalmente, à complexidade e oscilação dos fatores que estão envolvidos nos

    cálculos, tais como as propriedades térmicas do concreto, que variam com a

    temperatura e condições climáticas que são variáveis ao decorrer dos dias e anos,

    sendo impossível a previsão exata; podendo variar com a idade. No entanto, as

    evoluções de temperaturas podem ser estimadas com relativa precisão, dentro das

    finalidades práticas dos estudos térmicos.

    No interior de uma estrutura, os cálculos das temperaturas do concreto são

    realizados a partir de simulação de sua execução, sendo efetuado do início do

    lançamento do concreto, camada por camada, até o resfriamento das temperaturas

    em cada ponto da estrutura. O cálculo térmico mostra o comportamento da estrutura

    com a variação de temperatura, sendo ele realizado em várias hipóteses como a

    variação de lançamento do concreto (altura das camadas, intervalos de lançamentos

    e temperaturas do concreto fresco), as condições do ambiente e outros fatores como

    o processo de cura e tempo de permanência de fôrmas.

  • 21

    2.4.1 Fissuras de Origem Térmica

    As reações de hidratação do cimento começam imediatamente após o contato

    da água com o cimento, essas reações são exotérmicas, liberam calor enquanto

    estão no processo de cura. O calor liberado por essas reações eleva a temperatura

    do concreto, que nos primeiros 7 dias está bastante acentuada em geral, se

    tornando mais lenta e menos intensa. A elevação de temperatura depende de vários

    fatores como o consumo, tipo e finura do cimento, do tipo litológico do agregado, do

    volume do concreto aplicado, da velocidade das reações. Com a elevação da

    temperatura, o concreto se expande, sendo que nas primeiras idades, o concreto

    encontra-se em estado plástico, não havendo praticamente limitações a esta

    expansão (FURNAS,1997).

    Furnas (1997) ressalta que, com o resfriamento, inicia-se o fenômeno de

    retração térmica: o concreto começa a se contrair, causando uma redução das

    tensões de compressão. Com a redução das tensões de compressão, o resfriamento

    continua; tensões de tração serão geradas devido a contração do concreto. Por ser

    um material muito resistente às tensões de compressão e não a tração, o concreto

    não está livre de possíveis aparecimentos de fissuras quando a ele são impostas

    tensões de tração.

    2.4.2 Altura das Camadas

    A altura das camadas é um dos fatores que mais contribuem para o controle

    térmico do concreto, tendo influência intensa na temperatura em que o concreto vai

    atingir. Em blocos de grandes dimensões e com grandes alturas de camadas, a

    temperatura pode atingir valores aproximados ao da elevação adiabática, ou até

    mesmo superiores, se o concreto estiver refrigerado com grande diferença de

    temperatura referente ao contorno.

    Furnas (1997) estudou 4 hipóteses de lançamento do concreto mostrando a

    influência da altura das camadas, conforme descrito no Quadro 2.4 abaixo:

  • 22

    Quadro 2.4 – Hipótese de Lançamento – Influência das Camadas

    Hipótese de lançamento Condições impostas

    Hipótese (nº)

    Número de camadas

    Altura de camadas

    (cm)

    Agregado graúdo

    Temperatura do concreto fresco (°C)

    Intervalo de

    lançamento (dia)

    1 6 1

    Granito 25 3 2 4 1,5

    3 3 2

    4 1 6

    Fonte:(FURNAS,1997).

    Após a análise de cada hipótese, Furnas (1997) concluiu que quanto menor a

    altura da camada, menor a influência na temperatura.

    2.4.3 Intervalo de lançamento

    O intervalo de lançamento em dias do concreto, influência no controle de

    temperatura da estrutura. Furnas (1997) estudou 3 hipóteses de lançamento

    (Quadro-2.5), ilustrando a influência do intervalo de lançamento das camadas,

    resultando em seus estudos que, quanto maior o intervalo de tempo em dias, maior

    o controle da temperatura na peça. Esse intervalo de lançamento pode ser

    adequado no cronograma da obra, conforme Quadro 2.5.

    Quadro 2.5 – Hipótese de Lançamento – Influência do Intervalo de lançamento

    Hipótese de lançamento Condições impostas

    Hipótese (nº)

    Intervalo de Lançamento

    (dia)

    Agregado graúdo

    Temperatura do concreto fresco (°C)

    Número de

    camadas

    Altura da

    camada (m)

    3 3

    Granito 25 3 2 5 7

    6 10

    Fonte:(FURNAS,1997)

  • 23

    2.4.4 Consumo de Cimento

    Segundo Furnas (1997), o consumo de cimento é um dos fatores que exerce

    maior influência no aumento de temperatura que o concreto pode atingir, uma vez

    que o calor é gerado devido as reações de hidratação do cimento. A temperatura de

    hidratação é influenciada pela relação água/cimento, consistência, utilização de

    aditivo incorporador de ar e dimensão máxima característica do agregado graúdo.

    Quanto maior for o consumo de cimento, maior será a elevação de temperatura

    adiabática, aumentando os riscos de fissuras de origem térmica. Portanto, é de

    grande importância e necessidade que o engenheiro projetista de estrutura de

    concreto massa considere este aspecto quando for definir a idade de controle da

    estrutura e a resistência do concreto, pois nem sempre o concreto que tem maior

    resistência é o melhor.

    Em estruturas de concreto massa, dois fatores devem ser compatíveis com os

    esforços solicitantes e com os critérios de durabilidade, sendo eles a resistência

    mecânica que deve ser a menor possível e a idade de controle; a maior possível.

    Sendo assim, o engenheiro responsável pelo local das dosagens deve definir os

    menores consumos de cimento possíveis, concordando com as especificações do

    projeto (FURNAS,1997).

    2.4.5 Uso do Gelo no Concreto

    Segundo Chiristofolli, em obras de grande porte como barragens, hidrelétricas

    ou em blocos de fundação que possuem maior volume de concreto, é necessário o

    uso de gelo para redução de temperatura inicial de lançamento, reduzindo as

    tensões de origem térmicas internas do bloco, evitando a elevação de temperatura

    e o surgimento de trincas ou rachaduras que comprometa a integridade estrutural da

    peça. (RIBEIRO,2008).

    Uma das alternativas que podem ser utilizadas para controle de temperatura é

    a introdução de parte da água do emassamento no concreto em forma de gelo em

    cubos, lascas ou água gelada. É importante destacar que antes do lançamento do

    concreto, o gelo esteja totalmente introduzido a mistura, sendo usado 50% de gelo

    em substituição da água de emassamento do concreto, sendo necessário ser feito

  • 24

    um monitoramento da temperatura de lançamento, devendo estar por volta de 20°C,

    tornando a alternativa de pré resfriamento efetiva.(PINI,2013).

    2.5 Métodos dos Elementos Finitos

    Segundo Azevedo (2003), o objetivo do método dos elementos finitos é a

    determinação da deformação de um sólido de geometria arbitrária através de ações

    exteriores e do estado de tensão. Esse tipo de cálculo é realizado para estudos de

    barragens, edifícios, pontes e outras estruturas, alcançando satisfação no pré-

    requisito funcional, regulamentares e em termos econômicos.

    Para realização deste método, é necessário que a estrutura seja dividida na

    forma de uma ou mais malhas de elementos finitos, de acordo com as alturas de

    camadas de concretagem a serem analisadas. As malhas devem conceder a

    diferença de materiais incluídos nas trocas de calor (dosagens empregadas em cada

    estrutura e rocha de fundações), tendo também que descrever a geometria da

    estrutura analisada (FURNAS, 1997).

    Cada hipótese a ser analisada, através do coeficiente de transmissão

    superficial e da estabilidade de temperaturas, de acordo com Furnas (1997), tem

    que estabelecer as condições de transmissão de calor ao redor da fundação e da

    estrutura. Tendo em vista os vários tipos e tempos de cura e de remoção de fôrmas,

    o coeficiente deve considerar, com maior atenção, as situações de trocas de calor

    entre o concreto e o meio ambiente.

    O método dos elementos finitos a partir observação do equilíbrio térmico em

    cada nó da malha, calcula as temperaturas da estrutura, pelo sistema de equações

    diferenciais de primeira ordem, conforme Equação 2.8.

    CT(t) + KT(t) = Q(t) Equação 2.8

    Onde:

    C = matriz de capacidade de calor;

    K = matriz de condutividade térmica

    T(t) = vetor de taxa de variação das temperaturas nos nós ao longo do tempo;

  • 25

    Q(t) = vetor de taxa de calor suprida aos nós, inclusive o calor gerado nos

    elementos adjacentes a cada nó.

    2.5.1 Análise do Comportamento Térmico do Concreto

    Segundo Neville (1997), para realização de deformações atuantes na

    estrutura, é necessário estudar algumas propriedades do concreto. Para realizar os

    cálculos de temperatura, devem-se fazer todos os ensaios de laboratório; algumas

    dessas propriedades estão demonstradas abaixo:

    - Coeficiente de dilatação térmica

    - Módulo de elasticidade

    - Resistência à tração

    - Capacidade de deformação

    A partir dos resultados dos cálculos de temperaturas realizados para cada

    condição de lançamento, realiza-se a análise de tensões e deformações. Em cada

    hipótese, deve-se determinar as tensões e deformações resultantes da variação de

    temperatura exercida na estrutura; existe o fator de segurança mínima estabelecido

    nos cálculos que a estrutura tem que ser revestida (NEVILLE, 1997).

  • 26

    3 METODOLOGIA

    Neste capítulo, será abordada toda a metodologia utilizada para realizar a

    presente pesquisa, sendo determinadas as estratégias para se conseguir os

    objetivos propostos, assegurando a concordância entre as diversas etapas da

    pesquisa.

    3.1 Pesquisa Bibliográfica

    Inicialmente, para conhecimento prévio do assunto que foi desenvolvido neste

    trabalho, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a influência da temperatura

    em blocos de coroamento, levando em destaque alguns pontos específicos, como:

    propriedades térmicas do concreto, tensões térmicas, concreto massa, fissuras de

    origem térmicas.

    3.2 Método utilizado

    O programa utilizado para análise da variação de temperatura nos diferentes

    tamanhos de blocos foi o ANSYS®, que é um software no qual se pode fazer análise

    térmica por meio de elementos finitos. Esta etapa pode ser dividida em três partes,

    sendo a primeira a modelagem do bloco e a definição do elemento, a segunda a

    inserção das propriedades e temperaturas para análise nos pontos específicos do

    bloco, e por último foram demonstrados os resultados obtidos.

    3.3 Definição da amostra

    Foram modelados numericamente cinco blocos de concreto cúbicos com

    dimensões de (1x1x1m; 2x2x2m; 3x3x3m; 6x6x6m e 9x9x9m), analisando o efeito

    do gradiente de temperatura ao longo da sua espessura, porém, com as mesmas

    propriedades térmicas.

    3.4 Propriedades Térmicas do Concreto

    As propriedades térmicas do concreto foram definidas através de uma

    validação do modelo numérico com o experimental de uma pesquisa publicada no

    Anais do 50º Congresso Brasileiro do Concreto CBC 2008 (GAMBALE;

    BITTENCOURT, 2008).

  • 27

    Foi realizada a modelagem, com os dados das propriedades térmicas do

    concreto descrito no artigo, conforme Quadro 3.1, e com as mesmas dimensões

    demonstradas nas Figuras 3.1 e 3.2, sendo obtido com êxito o mesmo resultado,

    onde a temperatura máxima atingida no artigo foi a mesma encontrada no software,

    no valor de 65,05 ºC em 48 horas, conforme Quadro 3.2. Sendo assim, foram

    adotados os mesmos valores das propriedades térmicas para simulação dos blocos

    em estudo.

    Quadro 3.1 – Propriedades térmicas do concreto utilizado na simulação.

    Propriedades Parâmetros Térmicos Calor Específico (kcal/kgºC) 0,20

    Condutividade Térmica (kcal/m.d ºC) 46,20

    Massa Específica (kg/m³) 2398

    Coeficiente de Convecção (W/m² ºC) 10

    Calor Interno (W/m³) 342,6

    Fonte: Gambale; Bittencourt, 2008.

    Figura 3.1 – Dimensões da estrutura Figura 3.2 – Estrutura usada na simulação. usada para simulação. Fonte: Autor, 2019. Fonte: Gambale; Bittencourt, 2008.

    Quadro 3.2 – Temperatura Máxima obtida no modelo Analisado e na simulação.

    Descrição Temperatura Máxima (ºC) Tempo (horas)

    Estrutura do modelo Analisado 65,05 48

    Estrutura simulada 65,05 48

    Fonte: Autor, 2019.

  • 28

    3.5 Modelagem da amostra

    Para a modelagem dos blocos, foram inseridas as dimensões, as

    propriedades do concreto e a malha que foi subdividida dependendo de cada

    dimensão do bloco, conforme Quadro 3.2.

    Quadro 3.3 – Espaçamento da Malha para cada bloco.

    Dimensão do Bloco (m) Espaçamento da Malha (m)

    1x1x1 0,1

    2x2x2 0,2

    3x3x3 0,3

    6x6x6 0,6

    9x9x9 0,9

    Fonte: Autor, 2019.

    Para análise dos blocos, foi admitido temperatura ambiente de 30 ºC; a

    mesma utilizada como temperatura de lançamento do concreto, e o tempo analisado

    de 2, 7, 14 e 28 dias de concretagem.

    Após inserido todos os dados, pode-se obter os resultados das temperaturas

    em função do tempo e assim analisar em que tempo o bloco atinge o pico de

    temperatura e o valor do mesmo, para que se possa tomar os cuidados necessários

    para não ocorrer a fissuração.

  • 29

    4 RESULTADOS OBTIDOS

    Os resultados encontrados da variação de temperatura no intervalo de tempo

    dos blocos em análise são representados a seguir, onde podemos observar a

    evolução da temperatura desde as primeiras horas de cura até a sua estabilização

    com a temperatura ambiente, através do corte central do interior do bloco e a visão

    da temperatura na parte externa do mesmo.

    4.1 Bloco 1x1x1m

    As Figuras 4.1 a 4.3 mostram a temperatura máxima em que o concreto atingiu

    nos dias 2, 7, e 14.

    Figura 4.1 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 2 dia. Fonte: Autor, 2019.

    Figura 4.2 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 7 dia. Fonte: Autor, 2019.

  • 30

    Figura 4.3 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 14 dia. Fonte: Autor, 2019.

    A evolução da temperatura atingindo o pico máximo e retrocedendo para a

    temperatura ambiente é demonstrado no Gráfico 4.1.

    Gráfico 4.1 – Evolução da Temperatura em dias. Fonte: Autor, 2019.

    Observa-se que o bloco 1x1x1m atingiu a temperatura adiabática no segundo

    dia, com 30,696 °C, e em seguida começou a retroceder chegando no sétimo dia

    com 30,003, praticamente a temperatura ambiente. Esse processo ocorre porque um

    dos principais componentes do concreto que é o clínquer libera muito calor de

    hidratação quando está em contato com a água, ou seja, gera uma reação

    exotérmica, então durante os primeiros dias da cura do concreto é onde o bloco

    atinge suas maiores temperaturas, nesse processo o bloco se expande, depois de

    ter liberado todo o calor e começa aos poucos voltar a temperatura ambiente, se

    retraindo, conforme demonstrados nas Figuras 4.1 a 4.3 acima.

  • 31

    Segundo Kuperman, durante o período de cura, se o concreto ultrapassar

    temperaturas superiores a 65°C, pode se tornar propenso a desenvolver etringita

    tardia. Depois que o concreto endurece, a etringita fica latente podendo se

    manifestar a qualquer momento (SANTOS, 2018).

    Como a elevação de temperatura do bloco foi pouca em relação a

    temperatura ambiente, a chance de ocorrer fissura é muito pequena, não sendo

    necessário utilizar nenhum método para diminuir o calor no interior do bloco.

    4.2 Bloco 2x2x2m

    As Figuras 4.4 a 4.6 mostram a temperatura máxima em que o concreto atingiu

    nos dias 2, 7 e 28.

    Figura 4.4 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 2 dia. Fonte: Autor, 2019.

    Figura 4.5 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 7 dia. Fonte: Autor, 2019.

  • 32

    Figura 4.6 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 28 dia. Fonte: Autor, 2019.

    A evolução da temperatura atingindo o pico máximo e retrocedendo para a

    temperatura ambiente é demonstrada no Gráfico 4.2.

    Gráfico 4.2 – Evolução da Temperatura em dias. Fonte: Autor, 2019.

    A elevação da temperatura do bloco foi pouca em relação a temperatura

    ambiente, não ultrapassou o limite de 65 °C; a chance de ocorrer fissura é muito

    pequena, não sendo necessário utilizar nenhum método para diminuir o calor no

    interior do bloco.

  • 33

    4.3 Bloco 3x3x3m

    As Figuras 4.7 a 4.9 mostram a temperatura máxima em que o concreto atingiu

    nos dias 2, 7 e 28.

    Figura 4.7 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 2 dia. Fonte: Autor, 2019.

    Figura 4.8 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 7 dia. Fonte: Autor, 2019.

    Figura 4.9 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 28 dia. Fonte: Autor, 2019.

  • 34

    A evolução da temperatura atingindo o pico máximo e retrocedendo para a

    temperatura ambiente é demonstrada no Gráfico 4.3.

    Gráfico 4.3 – Evolução da Temperatura em dias. Fonte: Autor, 2019.

    Nota-se que o bloco 3x3x3m atingiu a temperatura adiabática no segundo dia,

    com 43,052 °C, e em seguida começou a retroceder chegando no 28 dia com

    praticamente a mesma temperatura do ambiente, ou seja, o bloco resfriou por

    completo.

    A elevação adiabática do bloco durante a cura foi menor que 65 °C, sendo o

    risco muito baixo de ocorrer patologias como fissuras e trincas, não sendo

    necessário intervir com algum método de diminuição de calor no interior do bloco.

    Nota-se que o bloco 1x1x1m, 2x2x2m e 3x3x3m atingiram a temperatura

    adiabática no segundo dia, e em seguida começaram a retroceder chegando no

    último dia de análise com a mesma temperatura do ambiente, ou seja os blocos

    resfriaram por completo.

  • 35

    4.4 Bloco 6x6x6m

    As Figuras 4.10 a 4.12 mostram a temperatura máxima em que o concreto

    atingiu nos dias 2, 14 e 28.

    Figura 4.10 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 2 dia. Fonte: Autor, 2019.

    Figura 4.11 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 14 dia. Fonte: Autor, 2019.

    Figura 4.12 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 28 dia. Fonte: Autor, 2019.

  • 36

    A evolução da temperatura atingindo o pico máximo e retrocedendo para

    próximo da temperatura ambiente é demonstrado no Gráfico 4.4.

    Gráfico 4.4 – Evolução da Temperatura em segundos. Fonte: Autor, 2019.

    Observa-se que o bloco 6x6x6m atingiu a temperatura adiabática no segundo

    dia, com 83,103 °C, e aos poucos foi retrocedendo, chegando no último dia de cura

    com uma temperatura muito elevada de 47,235 ºC, ou seja, o interior do bloco ainda

    está muito quente.

    Como a elevação do bloco foi grande em relação a temperatura ambiente,

    ultrapassando o limite de 65 °C, a chance de ocorrer manifestações patológicas,

    como fissuras e trincas é muito grande, sendo necessário utilização de métodos

    para diminuir o calor no interior do bloco.

    Como demonstrado no referencial teórico, existem alguns métodos que

    podem ser utilizados em peças de concreto massa, como no caso o bloco de

    coroamento, para se evitar patologias. Uma das alternativas preventivas que

    podemos utilizar nesse caso é o uso do gelo no traço do concreto, sendo substituído

    50% da água por gelo em forma de cubos ou lascas, reduzindo assim a temperatura

    nas primeiras horas de cura do concreto.

  • 37

    4.5 Bloco 9x9x9m

    As Figuras 4.13 a 4.15 mostram a temperatura máxima em que o concreto

    atingiu nos dias 2, 14 e 28.

    Figura 4.13 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 2 dia. Fonte: Autor, 2019.

    Figura 4.14 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 14 dia.

    Fonte: Autor, 2019.

    Figura 4.15 – Temperaturas máximas do Bloco atingida no 28 dia. Fonte: Autor, 2019.

  • 38

    A evolução da temperatura atingindo o pico máximo e retrocedendo para

    próximo da temperatura ambiente é demonstrado no Gráfico 4.5.

    Gráfico 4.5 – Evolução da Temperatura em dias em segundos. Fonte: Autor, 2019.

    Por fim, o bloco 9x9x9m atingiu a temperatura adiabática no segundo dia,

    com 149,49 °C, e aos poucos foi retrocedendo, chegando no último dia de cura com

    uma temperatura muito elevada de 123,14 ºC, ou seja, o interior do bloco ainda está

    muito quente.

    Como a elevação do bloco foi muito em relação a temperatura ambiente,

    ultrapassando o limite de 65 °C, a chance de ocorrer manifestações patológicas,

    como fissuras e trincas é muito grande, sendo necessária a utilização de métodos

    para diminuir o calor no interior do bloco.

    As alternativas preventivas que podemos utilizar nesse caso é o uso do gelo,

    utilizando os mesmos procedimentos citados no bloco 6x6x6m. Porém como a

    elevação de temperatura desse bloco foi muito alta, devesse utilizar outros métodos

    em conjunto com o uso do gelo. Uma opção é a concretagem em camadas, levando

    em consideração a sua altura, a qual tem influência intensa na temperatura que o

    concreto pode atingir, portanto quanto menor a altura, menor será a temperatura. É

    importante levar em consideração o intervalo de lançamento de cada camada,

    controlando assim a temperatura da peça.

  • 39

    5 CONCLUSÕES

    Partindo do objetivo de analisar a variação de temperatura em diferentes

    dimensões de blocos de concreto, buscou-se primeiramente fazer um estudo

    bibliográfico sobre o tema estudado, conhecendo as propriedades do concreto e

    como se comporta as estruturas de concreto massa, que por sua vez tem um

    comportamento diferente do concreto convencional, devido a sua característica de

    grande volume e grande dimensão.

    O estudo do concreto massa é fundamental ser feito antes da execução,

    prevenindo riscos. É importante ter o conhecimento detalhado da obra a ser

    construída para que problemas futuros possam ser evitados, como exemplo, pode-

    se citar a temperatura no interior do concreto, que apresentando valores acima do

    necessário, provocam manifestações patológicas indesejáveis.

    No decorrer da pesquisa, foram escolhidos 5 modelos de blocos com

    dimensões diferentes, para analisar a temperatura dos mesmos no período de cura

    de 28 dias, tendo como escolha o software ANSYS® para se fazer a análise. O

    ANSYS® é um programa baseado no método dos elementos finitos, que possui um

    modulo de análise térmica, onde são mostrados os efeitos térmicos indicando a

    evolução do calor no decorrer do tempo. Para se fazer a análise, foi preciso

    determinar as propriedades do concreto a serem usadas, tais como: calor específico,

    condutividade térmica e massa especifica, mudando apenas a dimensão de cada

    bloco; onde essas propriedades foram definidas através de uma calibração entre o

    modelo do artigo citado na metodologia e o experimental.

    Foi feita a simulação no ANSYS® dos cinco blocos estudados, sendo

    inseridas as propriedades do concreto como massa específica, calor específico,

    condutividade térmica, coeficiente de convecção, o tempo de análise e a geração de

    calor no interior do bloco. Após o programa gerar os resultados, pode-se notar que

    os blocos 1x1x1m, 2x2x2m e 3x3x3m tiveram sua maior temperatura no segundo

    dia, porém o aumento de temperatura foi pouco em relação a temperatura do meio

    ambiente, mostrando que a liberação de calor no período de hidratação do concreto

    não foi tão elevada, não sendo necessário utilizar nenhum método para reduzir a

    temperatura.

  • 40

    Os blocos 6x6x6m e 9x9x9m apresentaram temperaturas acima da

    temperatura aceitável por Kupermam, (SANTOS, 2018), no período de cura, por ter

    dimensões maiores que os blocos citados anteriormente, tendo sido necessário mais

    cimento misturado com água durante a fabricação do concreto, gerando uma reação

    exotérmica, ou seja, grande liberação de calor. A solução recomendada foi utilizar o

    método da substituição de 50% da água por gelo em forma de cubos e lascas e a

    concretagem em camadas e com um espaço de tempo entre uma camada e outra.

    Nota-se que quanto maior a dimensão do bloco, maior será a temperatura

    interna do concreto, por utilizar maior quantidade de cimento e água durante a

    fabricação do concreto, liberando muito calor de hidratação durante a cura do

    concreto, e sendo mais difícil de o calor se dissipar do interior do bloco para o meio

    externo, devido à distância até chegar ao centro.

    Por fim, pode-se concluir que é importante fazer a análise antes da execução

    dos blocos, utilizando software ANSYS® que gera os resultados satisfatórios em

    pouco tempo, para evitar manifestações patológicas no concreto, adotando soluções

    adequadas, evitando retrabalho e aumento de custo na obra.

  • 41

    REFERÊNCIAS

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