Atletismo Juvenil
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Instituto Politécnico de Santarém
Escola Superior de Desporto de Rio Maior
Unidade Curricular: Estágio Treino Desportivo – Atletismo
III Seminário Atletismo Juvenil
Orientador Profissional
Dr. Paulo Reis
Orientador AcadémicoDr. António Graça
EstagiárioInês Pires
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Inês Pires Nº 100522009
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Índice
Índice ...................................................................................................................................... 2
Introdução .............................................................................................................................. 4
Organização da Carreira Desportiva .................................................................................... 4
LONG TERM ATHLETE DEVELOPMENT (LTAD) ................................................. 5
O que acontece aos nossos melhores Juniores? .............................................................. 6
Organização da Carreira Desportiva no Atletismo ......................................................... 7
Etapa dos Fundamentos: ............................................................................................... 8
Etapa da Aprendizagem ................................................................................................ 9
Etapa do Desenvolvimento......................................................................................... 10
Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 11
O Período Competitivo de um atleta juvenil talentoso ..................................................... 12
Como é a época de um atleta Sénior? ............................................................................ 13
“Declarações” de José Uva ............................................................................................. 14
Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 14
O treino dos multisaltos nos escalões de formação e a abordagem inicial ao triplo-salto
.............................................................................................................................................. 15
Diferenciação dos multisaltos ........................................................................................ 15
Graduação do impacto .................................................................................................... 16
Graduação da Tensão Músculo – Tendinosa ................................................................. 16
Abordagem ao Triplo Salto ............................................................................................ 16
Enquadramento competitivo........................................................................................... 17
Deca – salto para Benjamins B .................................................................................. 17
Quádruplo salto para Infantis ..................................................................................... 17
Quádruplo salto para Iniciados .................................................................................. 17
Erros frequentes dos multisaltos horizontais ................................................................. 17
Erros frequentes dos multisaltos verticais ..................................................................... 18
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Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 18
Abordagem à prova de 400 m a partir dos 300 m ............................................................. 18
Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 19
Barreiras ............................................................................................................................... 19
Distâncias Nacionais Femininos .................................................................................... 19
Distâncias Nacionais Masculinos ................................................................................... 20
Análise à participação competitiva nos escalões de Iniciados e Juvenis ......................... 21
Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 21
Sessões Práticas ................................................................................................................... 22
O treino de barreiras nos escalões de formação ............................................................ 22
O treino dos multisaltos com jovens .............................................................................. 22
Reflexão/Opinião ............................................................................................................ 23
Conclusões finais................................................................................................................. 23
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Introdução
No âmbito da Unidade Curricular Estágio Treino Desportivo – Atletismo e
também no âmbito da Unidade Curricular Modalidade Desportiva III – Atletismo,decidi estar presente no III Seminário de Atletismo Juvenil, ocorrido no Centro de Alto
Rendimento do Jamor.
Neste relatório vou dar mais ênfase à “Organização da Carreira Desportiva”, por
João Abrantes, “O período competitivo de um atleta juvenil talentoso” por José Uva e
os “Multi – saltos” de Alcino Pereira, uma vez que foram os temas que me despertaram
mais atenção.
Organização da Carreira Desportiva
Preletor: João Abrantes
Inicialmente, o Professor João Abrantes começou por fazer a análise da situação
atual do treino com jovens. Neste parâmetro, ele acha que: Os atletas dos escalões jovens competem demais e treinam menos do que era
suposto treinarem;
O modelo competitivo dos séniores é, na maioria das vezes, utilizado nos
escalões mais jovens, tal como os Programas de Treino;
O treino dos escalões jovens foca-se no resultado quando se deveria focar no
processo de treino;
A idade cronológica domina todo o processo de treino em vez da idade biológica;
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O “sub – desenvolvimento” nas idades entre os 6 e os 16 anos nunca é
totalmente superado, o que faz com que os atletas nunca consigam atingir o seu
potencial genético;
Os melhores treinadores treinam os atletas de Elite.
LONG TERM ATHLETE DEVELOPMENT (LTAD)
O que é?
Este modelo, criado por Istvan Balyi,
procura programar a carreira desportiva a longo
prazo, tal como identificar as lacunas que possam
existir no presente sistema desportivo e quais as
melhores soluções para as ultrapassar. Para além
disso, é um guia para que se possa planear todas as
etapas do desenvolvimento e é projetado a partir da experiência prática do treino, bem
como dos princípios teóricos da investigação científica.
Então, que princípios devemos seguir? ? ?
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Quais os princípios chave?
O que acontece aos nossos melhores Juniores?
Segundo João Abrantes, as “idades em que se atingem os melhores resultados
desportivos no atletismo correspondem entre os 25 e os 32 anos”.
Quem participou nos Campeonatos da Europa de Juniores em 1999, tinha, em
2012, 31 ou 32 anos, nomeadamente:
1.Abordagemcentrada no
atleta;
2. Tenta otimizaras idades
sensíveis para odesenvolvimento;
3. Tentadesenvolver a
literacia física em
todos os jovens;4. Leva 10 a 12
anos deformação paraaque se atingao nível de elite;
5. Reconhece " avida para lá do
treino" e tambémo papel da
recuperação;
6. É um modeloflexível que
pode atender àsnecessidades decada desporto.
Vânia Silva Jéssica Augusto
Inês Henriques Vera Santos
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Quem participou nos Campeonatos do Mundo de Juniores em 2006 tinha, em2012, 24 ou 25 anos, nomeadamente:
Organização da Carreira Desportiva no Atletismo
Etapa Idades Escalões Objetivos
Fundamentos Até aos
10 anos
Benjamins
A
Aquisiçãodas
habilidadesmotoras básicas:
correr, saltar
e lançar.
Aprendizagem
Dos 10
aos 13
anos
Benjamins
B e Infantis
Aprender a
treinar e
treinar para
aprender.
Desenvolvimento
Dos 14
aos 16
anos
Iniciados e
Juvenis
Treinar paratreinar e
desenvolveras
capacidadescondicionaise técnicas deum grupo de
disciplinas.
Nélson Évora Patrícia Mamona Arnaldo Abrantes
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Especialização
Dos 17
aos 19
anos
Juvenis e
Juniores
Treinar paracompetir eespecializar
numadisciplina.
Rendimento Mais de
19 anos
Seniores Treinar paraganhar e
otimizar orendimento
Etapa dos Fundamentos:
(Até aos 10 anos)
Principais objetivos:
É fundamental que as crianças retirem prazer da prática desportiva. Nesta
etapa os treinos devem ser dinâmicos, divertidos, variados e, sempre que
possível, com formas jogadas;
O objetivo principal é desenvolver a capacidade de movimento geral,
recorrendo ao saltar, ao correr e ao lançar;
O treno deve proporcionar agilidade, ritmo, coordenação e velocidade.
Participação competitiva:
As competições devem ser realizadas através de formas jogadas e com
provas adaptadas (Kids Athetics);
Os momentos competitivos devem ser englobados em situações de
convívio e de festas;
Devem ser utilizadas estafetas, privilegiando provas múltiplas e a
competição por equipas;
Não devem ser feitas competições com eliminações;
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Sempre que possível devem ser atribuídos prémios a todos os
participantes;
As competições devem ter regras simples, adequadas à idade dos
participantes e deve ser introduzida a Ética Desportiva.
Etapa da Aprendizagem(Benjamins B e Infantis)
Principais objetivos:
Aprendizagem dos elementos fundamentais para a grande maioria das
disciplinas do atletismo que envolvam a corrida e as impulsões;
Aprendizagem da técnica das diferentes disciplinas do atletismo, com as
devidas adaptações para a faixa etária em questão;
Devem ser feitos exercícios com o peso do próprio corpo, de modo adesenvolver a resistência aeróbia e a força;
As capacidades psicológicas e a atitude de treino devem começar a ser
desenvolvidas nesta etapa.
Participação competitiva:
Tal como na etapa anterior, os momentos competitivos devem promover
o convívio, a competição por equipas, procurar atribuir prémios a todos
os participantes e evitar as competições a eliminar;
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Os resultados das provas devem ser um espelho do treino e das
aprendizagens técnicas;
As competições devem ser vistas como um elemento do processo de
treino, não condicionando o planeamento e a organização do mesmo. As competições devem ser realizadas ao longo de toda a época de modo
a avaliar a evolução dos jovens e servirem como elemento de avaliação.
Etapa do Desenvolvimento
(Iniciados e Juvenis)
Principais objetivos:
Devem ser construídas “janelas de treinabilidade” através de um
incremento ao nível do volume de treino;
As aprendizagens técnicas devem ser consolidadas; Desenvolvimento da condição física geral, das capacidades condicionais
e das capacidades psicológicas;
O treino e a participação competitiva começam ao longo desta etapa a ser
dirigido para um grupo de disciplinas.
Participação competitiva:
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É fundamental que o planeamento da época seja organizado em função
das necessidades do desenvolvimento do jovem atleta e não de acordo
com os objetivos competitivos;
Nesta etapa, a grande importância do treino tem implicações ao nível do planeamento, em que deve haver um Período Preparatório maior e
Período Competitivo mais curto, de modo a existir mais tempo para
treinar;
Os resultados competitivos já espelham uma mistura do desenvolvimento
das capacidades e da evolução técnica do atleta;
As competições já têm um aspeto mais formal e assumem uma
importância cada vez maior para os atletas. Os treinadores devem estar
atentos para que o treino continue a ser o núcleo de toda a preparação.
Reflexão/Opinião
Sou da opinião que o Professor João Abrantes é um ótimo preletor, uma vez que
sabe chamar a atenção do público presente.Em relação ao conteúdo que o mesmo apresentou, achei bastante interessante,
visto que nos mostrou onde estavam os nossos melhores atletas e que são pouquíssimos
os que competem a nível mundial e europeu.
Gostei muito das etapas do “Long Term Atlhete Development” (LTAD), pois,
apesar de conhecer o conceito (embora por alto), é um conceito com o qual concordo
plenamente e penso que todos os treinadores deveriam aplicá-lo aos seus atletas, uma
vez que este conceito respeita as etapas do desenvolvimento do atleta e pode atender àsnecessidades de cada desporto, por muito variado que este seja.
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Para finalizar, considero que foi uma apresentação extremamente interessante
sobre a Organização da Carreira Desportiva em Portugal, visto que ele apresentou a
realidade e também apresentou alternativas (LTAD).
O Período Competitivo de um atleta juvenil talentoso
Preletor: José Uva
Para José Uva, um atleta juvenil talentoso tem que ter as seguintes
características:
Nascido em 96/97;
Treinar 4/5 vezes por semana (treino multidisciplinar); Top 3 em disciplinas de um ou mais setores;
Deve ter lugar na equipa principal do seu clube;
Disputar a vitória do nacional do seu escalão e do escalão acima do seu;
Disputar o pódio nos Campeonatos de Portugal;
Classificar-se para uma prova internacional do seu escalão.
José Uva é da opinião que, a periodização simples, é o ideal, ou seja, apenas um
macrociclo com um período competitivo.
Isto permite tempo suficiente para:
Corrigir os erros de anos anteriores;
Evoluir as capacidades físicas e técnicas nas
diferentes disciplinas;
Utilizar exercícios gerais e específicos nas alturas devidas;
Transmitir a noção de longo prazo (tanto de época como de carreira).
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Se o atleta cumprir todo o calendário, temos uma época, segundo José Uva, “tipo
futebol:
Sem tempo para corrigir erros;
Com evolução técnica comprometida nas diferentes disciplinas, tal como a
evolução física;
Utilização excessiva de exercícios específicos (para a preparação das
competições);
Em que a noção de longo prazo só permite chegar ao próximo fim-de-semana.
Como é a época de um atleta Sénior?
Já para atletas Séniores, José Uva é da opinião que, a
periodização deve ser dupla, ou então simples modificada.
Vejamos:
O que acontece se o atleta cumprir todo o
calendário? ?
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Principais objetivos Periodização Simples Modificada:
Os objetivos principais situam-se no Verão;
O sucesso da época depende da sua evolução técnica;
Pode evoluir até ao fim de Março técnica e fisicamente em várias
disciplinas;
Os exercícios gerais predominam em relação aos exercícios específicos;
Nas etapas mistas as competições não são o objetivo principal;
Nestas etapas os treinos continuam a preparar o atleta para o verão.
“Declarações” de José Uva
“É impossível ir a todas as provas. É necessário dominar perfeitamente o planeamento.”
“Quem treina pouco e compete muito, que objetivos tem? Época ti po futebol, sem
tempo para corrigir erros, evolução física comprometida, utilização de exercícios
específicos em excesso.”
“Se o atleta não dá os três passos entre as barreiras na semana que antecede a prova,
o treinador tem de lhe dizer que ele não está p reparado.”
“O treinador deve gerir as expetativas do atleta de forma real. Se o ênfase for posto
no progredir, as hipóteses de frustração são menores. Se for posto em ganhar a prova
nacional, as hipóteses de frustração serão maiores.”
“O resultado do atleta aos 15 anos não é sinal de competência do treinador. Aos 25
é.”
Reflexão/Opinião
Fiquei um pouco desiludida com esta apresentação, uma vez que foi, desde logo
muita extensa e penso que “fugiu um pouco à realidade”. Quero com isto dizer que nãoé fácil para um treinador ter aquilo que José Uva designa por “atleta juvenil talentoso” e
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o professor José Uva, durante toda a apresentação focou-se somente nisso e a sua atleta
Patrícia Mamona.
No entanto, gostei das várias alternativas de planeamento que ele apresentou e as
consequências para atletas que fazem praticamente todas as provas do calendário.
O treino dos multisaltos nos escalões de formação e a abordagem
inicial ao triplo-salto
Preletor: Alcino Pereira
Diferenciação dos multisaltos
Multisaltos
Duração doapoio
Nº de
apoiossimultâneos
Tipo deapoio
Direçãodominantedo impulso
Contração
muscular doimpulso
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Graduação do impacto
Graduação da Tensão Músculo – TendinosaExemplos de movimentos em função da tensão músculo - tendinosa
Tensão Baixa Corrida;
Saltos a pés juntos;
MS alternados a subir.
Tensão Média Exercícios de reforço com carga adicional (sem salto nem flexão profunda).
Tensão Elevada Agachamento completo com salto;
MS horizontais com saída de parado ou MS com grande flexão;
Drop – jump a 2 apoios.
Tensão muito
Elevada
MS simultâneos sobre barreiras sem fletir joelhos;
MS horizontais com elevada velocidade inicial;
Drop – jump a uma perna.
Abordagem ao Triplo Salto
Disciplina com elevado potencial traumático;
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Exige um considerável nível de condição específica, bem como um considerável
domínio técnico;
Para combater estas condicionantes deve-se utilizar os multisaltos como
principal meio de preparação condicional e de aprendizagem técnica. Destemodo, o triplo salto surgirá como uma consequência natural da utilização dos
multisaltos.
Principais cuidados:
Adequar o tipo de MS à idade e à condição física e técnica dos jovens;
Controlar a velocidade inicial dos MS;
Aprender a conservar a velocidade dos MS.
Enquadramento competitivo
Deca – salto para Benjamins B
10 saltos com apoios alternados sobre 10 cones, com um apoio entre cada cone e
corrida prévia limitada a 10 metros antes do primeiro cone.
Quádruplo salto para Infantis
4 saltos com apoios alternados com corrida prévia limitada a 18 metros antes da
tábua de chamada. As distâncias recomendadas para as tábuas de chamada são:o Fem – 9 metros;
o Masc – 10 metros.
Quádruplo salto para Iniciados
4 saltos com apoios mistos (D + D + E + E + Queda) ou ( E + E + D + D +
Queda), com corrida prévia limitada a 25 metros antes da tábua de chamada. As
distâncias recomendadas para as tábuas de chamada são:
o Fem – 10 metros;
o Masc – 11 metros.
Erros frequentes dos multisaltos horizontais
Falta de alinhamento corporal no momento do contacto;
Travagem durante o apoio;
Apoio pela ponta do pé;
Extensão incompleta no final do apoio; Utilização ineficaz ou descoordenada dos segmentos livres;
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Desequilíbrios (laterais ou frontais);
Amplitude desproporcional à intensidade do movimento.
Erros frequentes dos multisaltos verticais
Travagem durante o apoio;
Apoios com tensão insuficiente;
Oscilação acentuada do tronco;
Extensão incompleta;
Utilização ineficaz ou descoordenada dos braços;
Desequilíbrio para a frente;
Procura antecipada do apoio no solo após um salto anterior.
Reflexão/Opinião
Foi, sem qualquer sombra de dúvida das apresentações que mais interesse me
causou, embora tenho sentido que o professor Alcino não tem grande facilidade em
chamar a atenção do público.
Gostei especialmente desta apresentação pois aprendi várias coisas que posso
pôr em prática no presente, bem como vários exercícios que posso desenvolver com os
meus Benjamins. Achei igualmente bastante positivo a adaptações ao triplo salto
existentes para cada escalão.
Abordagem à prova de 400 m a partir dos 300 m
Preletor: Carlos Silva
O panorama nacional mostra que:
No sexo feminino, existe uma maior relação entre as atletas com melhores
resultados tanto nos 300 como nos 400m; Já no sexo masculino, os melhores em 400 m não são obrigatoriamente os
melhores em 300 m;
A evolução das marcas no sexo masculino é menos coerente que a do sexo
feminino;
Nos 300 m é fundamental o desenvolvimento da velocidade máxima de
deslocação e a capacidade de a manter, uma vez que são provas com duração
entre os 35 e os 44 segundos;
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Já nos 400 m, para além do desenvolvimento da velocidade máxima de
deslocação, é necessário saber gerir o esforço sob grande concentração de lactato
e fazer a manutenção da qualidade mecânica da corrida, visto que estas provas
têm duração entre os 49 e 54 segundos. O atleta tem de estar motivado para a superação psicológica, através de um
trabalho de construção e de gestão física e técnica;
O treinador tem de estar motivado para um trabalho de formação, estimulação e
especialização na área do rendimento em esforços lácticos.
Reflexão/Opinião
Sinceramente não estive muita atenta a esta apresentação, uma vez que já estava
cansada e o professor Carlos Silva não conseguiu chamar a atenção do público, de modo
a que não aprendi nada de novo, pois, pelo que ouvi, foi um pouco “senso comum”.
Barreiras
Preletor: Alcino Pereira
Segundo o professor Alcino Pereira, existe muito pouco sucesso nas distâncias
regulamentares oficiais, tentando aproveitar a autonomia das AARR’s para a adequação
das condições regulamentares à realidade local).
Distâncias Nacionais Femininos
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Distâncias Nacionais Masculinos
Com estas condições regulamentares, pretende-se estabelecer objetivos,
designadamente:
Objetivo final
Correr rápido (no ritmo correto) nas condições regulamentares internacionais. Objetivo pedagógico
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Facilitar o enquadramento para que a maior parte das crianças tenham sucesso
(consigam realizar a tarefa)
Obetivo didático
Favorecer a aquisição e evolução dos principais pressupostos técnicos,nomeadamente uma maior fluidez do movimento, bem como um ritmo adequado
e uma maior velocidade.
Objetivo económico
Encontrar uma solução economicamente viável e que não colida com a
regulação nacional e internacional, mas sim que a complemente.
Análise à participação competitiva nos escalões de Iniciados eJuvenis
José Costa começou por dizer que “é problemático o problema da participação
livre quando se participa sem a devida preparação.”
Dos 614 participantes na Final Nacional do 30º Olímpico Jovem (em Junho de
2012), 9 participantes era a 1ª prova da época que realizavam.
Apresentou também uma citação de João Abrantes “ … um jovem que consiga
um lugar no pódio nos escalões de infantis e iniciados tem poucas probabilidades de teruma carreira de sucesso a partir do escalão de juvenis. Pelo contrário, um jovem que
neste setor consiga um lugar no pódio como juvenil terá cerca de 50 por cento de
possibilidades de prosseguir com algum sucesso a sua carreira desportiva,…” e
“quantos dos principais atletas nacionais da atualidade se destacaram como jovens?
Poder-se-á dizer, que poucos foram os que se distinguiram como infantis e iniciados,
mas muitos deram nas vistas como juvenis…”
Em suma, nós como treinadores devemos respeitar todas as fases dedesenvolvimento dos atletas, evitando assim a especialização precoce dos atletas e
tentando que eles atinjam o pico da sua forma, normalmente por volta dos 25 anos de
idade.
Reflexão/Opinião
Foi uma apresentação em que nos pudemos aperceber do quando exagerado é o
calendário competitivo, mesmo nos escalões jovens e o quão importante é para os
treinadores prezarem as fases de desenvolvimento dos atletas.
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Sessões Práticas
O treino de barreiras nos escalões de formação
Preletor: João Abrantes
Exercícios apresentados na sessão prática
Apoio dinâmico do pé;
Skipping, com bloqueio da perna;
Skipping, com bloqueio e empurrando o corpo para a frente;
Tictic com elevação do joelho, alternado;
Skipping alternado de acordo com a indicação do treinador, isto é, se o treinador
levantar a mão direita, o atleta tem de fazer skipping com a perna direita;
Skipping baixo nas barreiras com cerca de 15 cm de altura, e depois aumentar
para 25 cm, de modo a trabalhar tanto a frequência como a coordenação;
Skipping entre barreiras
O treino dos multisaltos com jovens
Preletor: Alcino Pereira
Exercícios apresentados na sessão prática
Posições de prancha, os pés vão às mãos e saltamos com os braços em extensão;
Sentado numa caixa e saltar;
Sentado numa caixa, deitar atrás, voltar à frente e saltar;
Step-up com bola medicinal por baixo;
Step-up com bola medicinal nas mãos em cima da cabeça;
Fazer 3 saltos com bola medicinal, com as pernas afastadas e em flexão,
lançando depois a bola;
Saltar de uma superfície elevada e lançar a bola. O mesmo exercício mas ao pé-
coxinho;
Saltitar levantando as pontas do pé;
Saltitar para cima da plataforma, apenas com a ponta dos pés;
Fazer girofles, rodando braços para a frente e depois para trás;
Saltar barreiras a pés juntos, com cerca de 15 cm de altura;
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Saltar barreiras (4 x 50 cm) de modo a que os calcanhares contatem com o chão;
Step’s.
Reflexão/Opinião
Foi a parte mais interessante do seminário, uma vez que são as sessões práticas
que nos ensinam mais e nos permitem visualizar as coisas de forma mais real.
No entanto, penso que o professor Alcino Pereira se demorou demasiado em
certos exercícios, enquanto que o professor João Abrantes foi mais conciso e direto na
sua intervenção, tendo preferido, pelos motivos acima mencionados, este último.
Conclusões finais
Achei este Seminário de Atletismo Juvenil deveras interessante, uma vez que me
apercebi de forma mais real, a situação que ocorre no atletismo português,
especialmente no Juvenil, neste momento.
No entanto, fiquei desiludida com alguns temas, talvez por não terem sido
expostos da melhor maneira, designadamente o tema “Barreiras” do professor Alcino
Pereira, “Abordagem à prova de 400m a partir dos 300m” do professor Carlos Silva,
bem como a “Análise à participação competitiva nos escalões de Iniciados e Juvenis”,
pelos motivos acima referidos.