ENXERTO

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ESPÉCIE TIPO DE ENXERTO ÉPOCA Citrus Borbulhia Primavera Macieira, Videira, Pereira, Ameixeira, Caquizeiro e  Nogueira pec an Garfagem Inverno Pessegueiro Borbulhia Primavera/Verão Abacateiro Garfagem /Borbulhia Outono/Primavera Mangueira Garfagem/Borbulhia Inverno Marmeleiro Garfgem/Borbulhia Primavera/Final Inverno Jaboticabeira Gargfagem Outono (Adaptado de MURAYAMA, 1980). 7- FATORES QUE INFLUENCIAM O PEGAMENTO DO ENXERTO É comum obter excelente porcentagem de sobrevivência de mudas por enxertia, porém também é comum obter resultados desalentadores. O sucesso ou insucesso estão relacionados estreitamen te com diversos fatores que podem influenciar a cicatrização da união do enxerto,(CANIZARES, et al,2003). Incompatibilidade da enxertia: Duas plantas são incompatíveis quando, por motivos intrínsecos a elas, não são capazes de formar uma união perfeita, impossibilitando o desenvolvimento normal da nova planta, (CABEL, 2003). Para uma união eficiente o cavalo e cavaleiro, além de ser pr eparados e encaixados adequad amente. Os enxertos não são feitos apenas entre plantas da mesma espécie, como nas f rutas que tem "caroço", ameixas, pêssegos, damasco, nectanna , cereja, que podem ser enxertadas umas nas outras, mas não é possível enxertá-las numa macieira ou num carvalho , (CÉSAR, 1982). Conforme FACHINELLO et al. (2005), a incompatibilidade pode ser dividida em dois grupos: a) Incompatibilidade Localizada. É aquela que surge em decorrência do contato entre enxerto e porta-enxerto, geralmente apresentando uma união frágil e com interrupções nos tecidos vasculares e no câmbio. Fazendo que haja diminuição na passagem de seiva do porta-enxerto para o enxerto, e vice-versa. Essa incompatibilidade pode ser superada pelo uso de um enxerto intermediário, que seja compatível com ambas as partes. Exemplos: Pera ‘Bartlett’ enxertada sobre marmeleiro; Laranja ‘Pera’ enxertada sobre P. trifoliata, limão rugoro e limão Volkameriano; Vitis vinifera enxertada sobre Vitis rotundifolia.

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Figura 3- Modo de ação da incompatibilidade localizada. Fonte: Biasi, 2009.

 b) Incompatibilidade Translocada.

Essa incompatibilidade causa degeneração do floema (casca), caracterizada pela

formação de uma linha escura ou de uma zona necrotica na região do córtex. Issodificulta o transporte de carboidratos, que se acumulam acima da região degenerada,com conseqüente redução do teor abaixo dessa região. Esse tipo de incompatibilidadenão pode ser superado com o uso de um enxerto intermediário. Exemplos: Ex: - Pêssegoenxertado sobre ameixeira ‘Mariana’ - (Se enxertar ‘Mariana’ sobre pessegueiro é

compatível).

Figura 4- Modo de ação da incompatibilidade translocada. Fonte: Biasi, 2009. Os principais sintomas de incompatibilidade são:

local de enxertia;

Falta de união entre as partes enxertadas, que pode induzir ao rompimento no

excessivo abaixo, acima ou no ponto de união;

Diferenças no crescimento ou no vigor das partes enxertadas e do porta- enxerto,resultando em diferenças entre os diâmetros dos mesmos, com desenvolvimento

Diferença entre enxerto e porta- enxerto com relação ao início e final do períodovegetativo;

Amarelecimento das folhas, seguido de desfolhamento precoce;

Crescimento vegetativo reduzido;

Morte prematura da copa enxertada;

A capacidade de uma planta enxertada em outra em conseguir com êxito uma união edesenvolver-se como uma planta única pode ser considerada como compatibilidade. Por outro lado, a falta total ou parcial de sobrevivência de mudas enxertadas pode ser atribuída à incompatibilidade, (CAÑIZARES, et al, 2003).

De acordo com Hartmann et al. (1997), o conhecimento da relação entre porta-enxerto ecopa é vital para a produção de uma muda sem problemas de compatibilidade, pois a

incorreta escolha do porta-enxerto pode conduzir o insucesso da enxertia, apresentando

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crescimento e qualidade reduzidos, tornando-se a causa substancial do baixorendimento.

As peroxidases estão envolvidas em muitas reações metabólicas e processos fisiológicosdos tecidos vegetais, influenciando o crescimento das plantas desde a fase de

germinação até sua senescência e nas respostas às condições de estresses (PASSARDIet al., 2005). Essa enzima participa da síntese de lignina que é de fundamentalimportância no desenvolvimento das plantas frutíferas e na compatibilidade da enxertia(FLURKEY & JEN, 1978; MUSACCHI, 1994). Além disso, as peroxidases atuam na

 biossíntese do etileno, na lignificação, além da destruição das auxinas, devido ao fatodessas se apresentarem em muitas formas moleculares, participando de diferentesreações bioquímicas (DENCHEVA & KLISURKA, 1982; PASSARDI et al., 2005). Oscompostos fenólicos regulam a síntese de Peroxidase, mais precisamente o ácido p-cumárico, precursor da lignina, a qual por sua vez é a substância orgânica maisabundante em plantas, que apresentam funções primárias e secundárias (TAIZ &ZEIGER, 2004).

FIGURA 5- Rota metabólica da síntese de ligna. Fonte: ERREA, 1998.

FIGURA 6- Sintoma de incompatibilidade - Laranja doce com vírus da tristezaenxertada sobre laranja azeda. Fonte: CLEMSON UNIVERSITY – USDA, 2008.

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FIGURA 7- Exemplos de plantas com sintomas de incompatibilidade. Fonte: BIASI,2009.

8- CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Temperatura: A temperatura durante e após a enxertia tem um grande efeito sobre a produção do tecido do calo. A formação do calo é essencial para a cicatrização da uniãodo enxerto. Durante essa formação, nas hortaliças, é recomendado manter os enxertosem torno dos 26°C a 28°C, dependendo da espécie, pois quanto mais próximo dessatemperatura ficarem as mudas em processo de enxertia, maior será a taxa de formaçãode calo. Temperaturas inferiores a 15°C ou superiores a 32°C são prejudiciais. Emtemperaturas baixas, o desenvolvimento do calo é lento e escasso. Já em altastemperaturas, ocorre atraso na formação do calo, chegando à morte quando atemperatura ficar perto de 40°C. Após a enxertia, o ideal é manter as mudas numatemperatura entre 20° e 25°C para solanánoas principalmente nos primeiros três dias.Porém, mudas recém enxertadas toleram temperaturas compreendidas entre 15°e3ü°C,(CAÑlZARES, et al, 2003).

Umidade: A umidade do ar durante e principalmente após a enxertia deve ser cuidadosamente observada. Os enxertos devem ser mantidos em umidade relativaelevada.

Oxigênio: Durante a divisão e alongamento das células, há uma intensa atividaderespiratória. O material utilizado para proteger o enxerto (fitas plásticas ou outras)deverá permitir as trocas gasosas.

Luminosidade: Se intensa pode causar dessecação rápida do enxerto. Recomenda-:

se fazer enxertia em dias de baixa luminosidade, (CABEL, 2003).

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Vento: Pode provocar a ruptura do enxerto no ponto da união, além de acelerar o processo de desidratação.

9- INFLUÊNCIA DO PORTA- ENXERTO

Mudas usadas como porta-enxertos cultivadas a partir de sementes poderão produzir árvores com tamanhos diferentes, pois são mudas com constituição genética diferente,apresentando diferentes fenótipos no sistema radicular, influenciados pelo ambiente;

 podem influenciar também no sabor dos frutos e no tempo de amadurecimento. Plantasobtidas por enxertia de mudas produzidas a partir de estacas enraizadas são mais

 precoces, pois tanto o cavaleiro como o porta-enxerto são partes de plantas adultas e já passaram pela fase juvenil. Mudas de caramboleira obtidas através da enxertiaapresentam maior taxa de crescimento e, conseqüentemente, maior vigor. Entretanto, asmudas obtidas por estaquia apresentam produção precoce de frutos, (BASTOS, et ai,2005).

10- SUPERFÍCIE DE CONTATO

A pouca área de contato pode dificultar o movimento da água e dos nutrientes, embora aregião da enxertia tenha apresentado boa cicatrização no início do crescimento. O êxitoda enxertia está em fazer coincidir o câmbio do enxerto com o câmbio do porta- enxerto

 para que as células do parênquima possam entrelaçar-se e que a superfície de contato semantenha limpa e livre de patógenos, (CAÑIZARES, et al,

Técnica da enxertia e habilidade do enxertador 

Uma técnica mal utilizada muitas vezes pode causar problemas na cicatrização doenxerto. O uso inadequado da técnica resulta em pequenas áreas de contato entre oscâmbios de enxerto e do porta- enxerto, cortes desuniformes, amarração errada oudemorada, danos mecânicos na retirada da gema, desidratação dos ramos fornecedores eferramentas pouco afiada ou contaminadas, etc. (CABEL, 2003).

Brotações no porta-enxerto

 Novos ramos podem surgir a partir do cavalo, produzindo ramos indesejáveis por ser genotipicamente diferentes do clone da copa;enfraquecem a copa por desviaremnutrientes da produção principal e podem até dominar esuperar a copa; devem ser 

vistoriados periodicamente e eliminados (ASSUMPÇÃO et al,2005).

1- DESVANTAGENS DA ENXERTIA

A enxertia, segundo alguns autores, é o melhor método de propagação, porém, podemocorrer alguns problemas, como:

Incompatibilidade entre o porta- enxerto e enxerto; esta limitação determina a variedadee as espécies que podem ser enxertadas num determinado porta- enxerto;

A união do enxerto pode ser extremamente frágil e sujeita a danos devido ao frio

rigoroso ou a fortes ventos;

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Procede-se de modo semelhante ao anterior. Difere apenas na posição normal do ramo para a retirada da borbulha e do modo de introduzir e amarrar. A colocação da borbulha, bem como a amarração é feita de baixo para cima.

Esse tipo apresenta a vantagem sobre o anterior, por evitar a penetração da água e

também por ser mais fácil de manejar.

FIGURA 9- Esquema da borbulha em T invertido. Fonte: JACOMINO, 2008.

c) Janela aberta

São realizadas no porta- enxerto duas incisões transversais e duas longitudinais, demodo a liberar a região a ser ocupada pela borbulha. A borbulha é retirada do garfo

 praticando-se duas incisões transversais e duas longitudinais no ramo, de modo a obter 

um escudo idêntica à parte retirada do cavalo. A borbulha é a seguir embutida noretângulo vazio e deve ficar inteiramente em contato com os tecidos do cavalo. A seguir o enxerto é amarrado.

d) Janela fechada

O porta- enxerto recebe duas incisões transversais e uma vertical no centro. A borbulhaé obtida e maneira semelhante ao tipo anterior. Para assentá-la, levanta-se a casca comcanivete, introduz-se o escudo e a seguir recobre-se com a casca do cavalo. O enxerto écompletado fixando-se com amarrilho.

FIGURA 10- Esquema da borbulha em Janela. Fonte: JACOMINO, 2008

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e) Em anel

Para esse tipo de enxertia faz-se uma incisão circular quando o enxerto é no topo, ouduas incisões circulares e uma vertical quando é no meio da haste, de modo a retirar umanel.

 No garfo procede-se do mesmo modo, e a superfície deve ser idêntica à do cavalo, paraque haja contato entre as camadas cambiais. A seguir amarra-se.

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FIGURA 1- Esquema da borbulha em anel. Fonte: JACOMINO, 2008.

13- FORÇAMENTO DO ENXERTO

Para adiantar o desenvolvimento do enxerto, uma vez constatado seu pegamento, faz-se

a torção da haste um pouco acima do local da enxertia e curva-se o ramo para o solo. Aseiva, devido à curvatura, tende a reduzir sua velocidade e acumular-se na região doenxerto, comunicando-lhe grande vigor. Por esse meio consegue-se em algumasespécies adiantar o desenvolvimento de dois a três meses. Pode-se também forçar odesenvolvimento do enxerto com incisões ou anelamento praticados na região abaixodele.

14- GARFAGEM

A garfagem é o processo que consiste em soldar um pedaço de ramo destacado (garfo)sobre outro vegetal (cavalo), de maneira a permitir seu desenvolvimento. A garfagem

difere da borbulhia, por possuir normalmente mais de uma gema, ( SIMÃO, 1998).

A época normal para garfagem, para plantas de folhas caducas, se dá no período derepouso vegetativo (inverno), e nas folhas persistentes, dependendo da espécie, na

 primavera, no verão ou no outono.

Os principais tipos de garfagem são os seguintes: meia-fenda cheia; meia- fendaesvaziada; fenda incrustada; fenda completa; dupla garfagem; inglês simples e inglêscomplicado.

Em todos os tipos citados, o porta- enxerto tem a sua parte superior decapitada. Oenxerto de garfagem é feito 20 cm, aproximadamente, acima do nível do solo ou abaixodele, na raiz, na região do coleto. A região do ramo podada com a tesoura é a seguir alisada com o canivete. Para o sucesso da enxertia, é essencial que a região cambial dogarfo seja colocada em contato íntimo com a do cavalo.

a) Meia-fenda cheia

Faz-se o cavalo numa fenda, no sentido do raio, até atingir a medula. A fenda estende-se por 2 a 3 cm, no sentido do comprimento do cavalo. O garfo é preparado na forma de bisel e introduzido na incisão. O bisel deve ter aproximadamente o mesmo comprimento

da incisão lateral.

 b) Meia-fenda esvaziada

A incisão do cavalo é semelhante ao anterior, dele diferindo por praticar duas incisõesconvergentes, de modo a retirar uma cunha de madeira, esvaziando a incisão. O garfo é

 preparado do mesmo modo que o anterior. É um tipo mais aconselhável para espécie delenho duro.

c) Fenda inscrustada

Difere da anterior por não atingir a medula. É utilizada quando os garfos são de pequenodiâmetro. O cavalo e o garfo são preparados à semelhança da meia-fenda esvaziada.

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FIGURA 12- Esquema da garfagem em fenda incrustada. Fonte: JACOMINO, 2008 d)Fenda completa

Podado o cavalo, alisado o corte, faz-se com o canivete uma fenda perpendicular, no

sentido do diâmetro, até aprofundar-se 2 a 3 cm. A fenda completa pode ser cheia ouesvaziada. O garfo, que deve ter o mesmo diâmetro do cavalo, é preparado na forma decunha e introduzido na fenda.

FIGURA 13- Esquema da garfagem em fenda completa. Fonte: JACOMINO, 2008 e)Dupla garfagem

É utilizado quando o garfo é de diâmetro inferior ao raio do cavalo. Usam-se dois

garfos, cada um introduzido em uma das extremidades. O método é igual ao da fendacompleta.

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FIGURA 14- Esquema da dupla garfagem. Fonte: JACOMINO, 2008 f) Inglês simples

Para a prática desse tipo de enxerto, é necessário que o cavalo e o cavaleiro apresentem

o mesmo diâmetro. A operação é bastante fácil e consiste tão-somente no corte em biseldo cavalo e no cavaleiro. Unem-se as partes e em seguir amarram-se.

FIGURA 15- Esquema da garfagem em ingles simples. Fonte: JACOMINO, 2008 g)Inglês Complicado

A operação é semelhante ao inglês simples, mas, neste tipo, faz-se uma incisãolongitudinal em ambas as partes a unir. A incisão será feita no terço inferior do garfo, sea do cavalo for feita no terço superior, para que haja perfeito encaixe entre as fendas.

O inglês complicado dá ao enxerto maior penetração de uma parte sobre a outra, e,

 portanto, maior fixação.

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FIGURA 17- Esquema da encostia lateral. Fonte: JACOMINO, 2008 b) No topo

 Na encostia simples no topo, poda-se o cavalo a determinada altura e, com o canivete,

faz-se um corte em bisel em ambos os lados. O ramo- enxerto sofre uma incisão oblíquaaté o lenho. Encaixa-se sobre o bisel do cavalo e amarra-se.

A inglesa é preparada do mesmo modo. Apenas recebe uma incisão a mais tanto nocavalo como no cavaleiro, para que haja maior fixação.

FIGURA 18- Esquema da encostia inglesa e da utilização de prendedores de auxílio.Fonte: JACOMINO, 2008 c) Inarching

Inarching ou subenxertia vem a ser um tipo de encostia para revigorar uma planta emdecadência, devido à incompatibilidade entre cavalo e cavaleiro.

O processo consiste em plantar, ao lado do tronco da árvore, uma muda que será ligadaa ela. No tronco, faz-se uma incisão e, no ápice da muda, um bisel. Ajusta-se a região efixa-se com um prego ou cravo de madeira.

FIGURA 19- Esquema da encostia Inarching ou subenxertia. Fonte: SIMÃO, 1998.

16- SOBREENXERTIA

É a operação que tem por finalidade o aproveitamento de plantas já formadas, comalteração da variedade copa. Seu emprego é indicado nos pomares de idade média e

sadios.

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Fazendo-se a sobreenxertia, ganha-se tempo, pois o porta- enxerto se encontra perfeitamente estabelecido, e as produções se tornam mais precoces.

Para proceder à sobreenxertia, poda-se a copa e deixam-se de quatro a cinco pernadas,sobre as quais se fará a enxertia da variedade. (SIMÃO,1998).

FIGURA 20- Esquema da sobreenxertia. Fonte: (RIBAS & PAES, 2003).

17- MICRO- ENXERTIA

Micro-enxertia: a micro-enxertia consiste de microenxertar um meristema, oriundo deuma planta-matriz, sobre um porta-enxerto multiplicado in vitro. Esta técnica possibilitaa detecção precoce de incompatibilidade de espécies. (MONITA et ai, 2003).

A microenxertia é executada através das seguintes ações: a obtenção do porta-enxerto

(obtido de uma semente germinada in vitro); a obtenção do microenxerto ou ápicemeristemático; execução da microenxertia; transplante da plântula enxertada.

A microenxertia é uma técnica de enxertia "in vitro", em que se utiliza um ápicecaulinar como cavaleiro, em condições assépticas, contendo dois ou três primórdiosfoliares excisado de uma planta matriz, sobre um porta-enxerto já estabelecido "invitro". Corta-se o porta-enxerto, decaptando-o e faz-se uma excisão em "T" invertido noseu topo, onde é introduzido o microenxerto (PAZ, et al, 1998).

O método foi desenvolvido para contornar o problema de dificuldade de regeneração a partir de cultura de ápices caulinares em frutíferas e essências florestais. Com a

microenxertia é possível a produção de matrizes de fruteiras, com alta qualidadefitossanitária e com características adultas, não se revertendo ao estado juvenil. Emessências florestais a microenxertia em cascata permite a produção de propágulos

 juvenis com alto potencial de regeneração.

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FIGURA 21- Microenxertia de macieira (Malus spp.). A. Esquema da fenda simples damicroenxertia e atividade celular do processo de soldadura. Tecido meristemático,

 presença de células indiferenciadas e células parenquimáticas B. Cunha formada pela

fenda da microenxertia. B1. Detalhe da produção de células vasculares jovens formadasna interface do enxerto. C. Detalhe de células da copa penetrando no porta-enxerto. C1.Direcionamento das células da copa na área de soldadura. Fonte: ABREU et al, 2003.

18- RFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, M.F.; NUNES, J.C.O.; SANTOS, M.; PEDROTTI, E.L. Estudos histológicos preliminares da microenxertia de plantas micropropagadas de macieira. RevistaBrasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.25, n.1, p.195-196, 2003.

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