FUEGO DE DIOS - Universidad de...

37
/ /■/ FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE LA BARCA. PERSONAS QUE HABLAN EN ELLA. D. Alvaro ds A:nña- ^ D'*. An^elayhermma de l).Alvaro, t/n Algua¿'í{,ygf*ite. D. Pedro de Silva,viejo- Doña BsútriZy bija de IX Ped*-o, flcrn n d o ,G r u C Í o s o . D. Juan de Toiedo. Luisa y criada de Doña Angela, ^arto Gafan- D. Diego de ÜUndQza. hes , í-riada de D A a Beutñz^ f^into Galan. JORNADA PRIMERA. Sahn Don Alvaro » Ah. ^RegucU r.do á una criada, m T que quien era la visita que esperas, me respoiídió, que es Doui Beatnz dt Silva. An^. Ks verdal, á vet aie Tiene Cjta tarde. Aív.Yo quería, como tu hírmano, y tu amante, pcdirtt: , Angela divina, una licencia. Ar.g. Si es para lo cjue mi inaticia ya ha discunido ctras veces, no quero, Alvaro, que digas que como amante , puss basca que como herniiho la pidas. Alv. Pues por qué de amaote el nombre desdeñas? Ang. Porque sería ponerme en oWigacion de tener zdos. Aiv. No miras, que anior de hermano, y amante no im p lica o tro am or-/Í'íí.N o implica; pero habíame como hermano no mas, parque es si coa un nombre me^K^’des, creer que :i otro me obligas. Aiv. Yo n ) me quiero poner contigo en sofisterias, porq ie ya que tu ingenio se saldrá con quanto diga, según la opinion te hi dado dc- gi’antc, y espa/ciJa, y Düña Angela. en ocasioues que á mí me ha pesado harto de oírlas pero ahora no es del caso, escuchóme por tu vida. Yo , Angela hermosa , una tarde de las que en Julio fulmina, herido del caii del ciclo, el sol* sus ardientes iras, á iManzinares s^lí, solo á ser en sus orillas numero añadido á tanto concurso como las pisa. Iba en u;i rocín de campo, en que dixurrir podía á todas partes, sin que se reservase á ini vista puesto ninguno de qua^tos en derramadas fim ilias^ ó los recata el honor, 6 los guarda la malicia. Aqui cantan, alii hablan, aquí parL^n, alli gritan, aqui riúen, alli juegan, meriendan aqui, allí brindan: País tan hermoso, y ta¿i vario, que para ser la fi nida CitdCiun de toda el orb;, la mas bella , hcrm >ja, y rica, solo al rio í’alta el rio; mas ya es uojecion antigua ;

Transcript of FUEGO DE DIOS - Universidad de...

Page 1: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

//■ /

F U E G O DE DIOSEN EL QUERER BIEN.

DE DON PEDRO CALDERON“ DE LA BARCA.

P E R S O N A S Q U E H A B L A N E N ELLA.

D . A lv a r o ds A :n ñ a - ̂ D '* . A n ^ e la y h e rm m a de l ) .A l v a r o , t/n A lg u a ¿ 'í{ ,y g f* ite .D . P e d ro d e S i lv a ,v ie jo - D o ñ a B s ú tr iZ y b i ja de I X Ped*-o, f l c r n ■ ■ n d o , G r u C Í o s o .D . Juan d e T o ie d o . L u is a y c r ia d a de D o ñ a A n g e la , ^ a r t o G a fa n -D . D ie g o de Ü U nd Q za . h e s , í-r ia d a d e D A a B e u tñ z ^ f ^ i n t o G a la n .

J O R N A D A P R I M E R A .

S a h n D o n A lv a r o » A h . ^ R e g u c U r . d o á u n a c r i a d a ,

m T q u e q u i e n e r a l a v i s i t a q u e e s p e r a s , m e r e s p o i í d i ó , q u e e s D o u i B e a t n z d t S i l v a .

A n ^ . K s v e r d a l , á v e t a i e T ie n e C j ta t a r d e . A í v . Y o q u e r í a , c o m o t u h í r m a n o , y t u a m a n t e , p c d i r t t : , A n g e l a d i v i n a , u n a l i c e n c i a . A r .g . S i e s p a r a lo c ju e m i i n a t i c i a y a h a d i s c u n i d o c t r a s v e c e s , n o q u e r o , A l v a r o , q u e d i g a s q u e c o m o a m a n t e , p u s s b a s c a q u e c o m o h e r n i i h o l a p i d a s .

A lv . P u e s p o r q u é d e a m a o t e e l n o m b r e d e s d e ñ a s ? A n g . P o r q u e s e r í a p o n e r m e e n o W i g a c i o n d e t e n e r z d o s . A iv . N o m i r a s , q u e a n i o r d e h e r m a n o , y a m a n t e n o i m p l i c a o t r o a m o r - / Í ' í í . N o i m p l i c a ; p e r o h a b í a m e c o m o h e r m a n o n o m a s , p a r q u e e s s i c o a u n n o m b r e m e ^ K ^ ’ d e s , c r e e r q u e c ü :i o t r o m e o b l i g a s .

A iv . Y o n ) m e q u i e r o p o n e r c o n t i g o e n s o f i s t e r i a s , p o r q i e y a q u e t u i n g e n i o s e s a l d r á c o n q u a n t o d i g a , s e g ú n l a o p i n i o n t e h i d a d o d c - g i ’a n t c , y e s p a / c i J a ,

y D ü ñ a A n g e la . e n o c a s i o u e s q u e á m í m e h a p e s a d o h a r t o d e o í r l a s p e r o a h o r a n o e s d e l c a s o , e s c u c h ó m e p o r t u v i d a .Y o , A n g e l a h e r m o s a , u n a t a r d e d e l a s q u e e n J u l i o f u l m i n a , h e r i d o d e l c a i i d e l c i c l o , e l so l* s u s a r d i e n t e s i r a s , á i M a n z i n a r e s s ^ l í , s o lo á s e r e n s u s o r i l l a s n u m e r o a ñ a d i d o á t a n t o c o n c u r s o c o m o l a s p i s a .I b a e n u ; i r o c í n d e c a m p o , e n q u e d i x u r r i r p o d í a á t o d a s p a r t e s , s i n q u e s e r e s e r v a s e á i n i v i s t a p u e s t o n i n g u n o d e q u a ^ t o s e n d e r r a m a d a s f i m i l i a s ^ ó lo s r e c a t a e l h o n o r ,6 l o s g u a r d a l a m a l i c i a .A q u i c a n t a n , a l i i h a b l a n , a q u í p a r L ^ n , a l l i g r i t a n , a q u i r i ú e n , a l l i j u e g a n , m e r i e n d a n a q u i , a l l í b r i n d a n : P a í s t a n h e r m o s o , y ta ¿ i v a r i o , q u e p a r a s e r l a fi n i d a C i td C iu n d e t o d a e l o r b ; , l a m a s b e l l a , h c r m > j a , y r i c a , s o l o a l r i o í ’a l t a e l r i o ; m a s y a e s u o j e c i o n a n t i g u a ;

Page 2: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

r t , ,Fuego de D ios en

Oe sus laberintos verdes las ca tra la s , y salidas peiietríba , quaiiclo_ en una p¿irte o c u lta , y escondida á una tropa de mozuelos, o í . que una m uger d e c ia :C ierta dam a, gentil hcmbres, que aqui se b añ a , os suplica, que to rz iis hácia o tro lado id senda , por covtesia:A que venimos nosotros, resp(;ndió de la quadnlla u n o , sino á recoger esD que se desperdicia ?Replicó la m u g e r , y eilos. sin que el ru ígo les impida,

{)asar quisieron ; yo entonces es d ix e : M ucho me adm ira

el ver que haya hombres que niegnen, donde hay m ugeres que pidan.(^uien le m ete á usted en eso l dixo con grande mohína él mi-mo. IVIi obligación, respond í, y á toda prisa di de los pies al caballo, y pasando por encima de todos e llo s , la espada en U m an o , di una herida á u n o ; esto no es alabarm e, pues no es m ucha va'en?ia fcí.ccr que huyesen , no habiendo quien m al h ab le , que b i 'n riña. M uerto so y , diiío el herido j yo , por si acaso acudía al ruido de las espadas, ^6 á sus voces, la justicia, irm e qu se , quando escucho, que o tra m uger me decía :No os ansenteis, cabal'ero, porque no set á acción d gna del v a lo r , que habéis mo-trad®, de>a- so^as, y afligidas en la! lance ías m ugeres: pe?ame que iradve. tidaH)i atención , dixe , aguardase á qi<e vuestra voz le diga U) que h<a «ic h^ccT; y a e x an d o . la rien la á una rama asida, al cü the m e acerqiié , adonde ufta» sab:.nas, prcndid.^ . >.

el querer bien., á las zarzas que habla cerca,

tienda He campaña hacían á uíia d e id ad , que ni bien d esn u d a , ni bien vestida, la prisa la ei»f)arazaba para no adornarse á prisa.Bi¿n quisiera yo pintarte de sa herm osura divina algún rasgo ; pero en vano mi .engua iu solicita, a s i , A ..gtíia, porque el ayrc con ninguii color se pinta, com o p(jrque aunque hubo tiem po de verla , no de advertirla ; pues apenas me sintií^, quando ( ay de mi I ) fugitiva desde la estancia al e>t ibo c o rrió , echando la cortitia, bien como exhalación breve, que al ir dexando la linea de sus cente llas, apenas es lu z , quando no es cen iza : si bien por presto que quiso ser m irad a , y no ser vista, no me dexó de dcxar dos señas jX'r quien seguirla ; puíís en el ayre el cabello, vieras tremolando rizas ; pues en la tierra la planta, huellas dando raul distintas, aquel lo abriisaba todo, todo esta la ñorecia : siendo en las cifras del t'uego, y de la yerba en las cifras, caracteres para m i, lo que ab rasa , y lo que pisa. E n tró se , p u es , y á este tiempo- el co ch ero , que no habia pare«, ido en la pendencia [, costum bre en ellus antigua ), recogiendo los despojos, apenas 1̂ silla,quando , ^ j m o ya era hu ir, lo hizo cou notable p r is a :A qu tro pasos, mezclados con las tropas infinitas de otros co ch es , no hubo qin'en uos conozca « ni nos s,ig¿. L legam os, . pues , á M adrid, donde ya convalecida

de

\

Page 3: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

de todo el su 'to la dam», con mi! rorteses c:ir cias, ni socorro se mostró afable , y agradecida, dando nombre ds fineza a? í.caso , ó á )a d cha.ManHórne que no siguiese el c - 'ch e , y .■;n..qtie rendida ti a lm a , dió la paláhra, no pudo el am or curaplirla.D i el caballo á Celio » á pie seguí sus luces ü.'vin.-w, hasta que supe quien e ra ; tomando dffde f.iro dia por t a r e a de mis anfia?, pnr labor tie mis fatigas solo adorarla : y al fin, ha podida !a porfía

» de n.is postrados a f e c t o s , de mis finezas rendidas, que no las d e s f a v o r e z c a , ya que no que las »dm itat neutral conm igo, ni bien afable , ni bien esquiva, se conserva, sin que sea m i am or l a i t i iT ia , i i envidia.E 'i este tiem po ( ay de mi ! ) qii;so la ve¡;tara mia, que ganíises s.’ amistad allá ep. no se que visita, Cftnscrvandí la despues el ser las dos tan vecinas ; y si^puesto que los cielos tanto , herm ana , faci itan los medios por donde pueda nii fe ado rarla , y servirla, te ruego que en mi h hables, y de mi parte la digas en Oiden .1 su respet«.;, quanto es m i esperanza digna de su:; favores, pues siendo tú instrum ento de mis dicha.«, podrá s e r , sino me engaña e} deseo , que algún día ven^a á ve* te como herm ana quien hoy viene como amiga.

Ang. C ierto , AJvaro , que te estoy eu extrem o agradecida, pues quando mas m e encareces lo que te pesa, que digan

bien de mi in g en io , eres tn qu en mas le ca -Hcas.

A V* Ccniü ? Ang. Com o dicen que este es oficio ■ de entendidas, y deb-" de s?r verdad, pues dentro acá de mí misma m e siento ya aprovechada en C 'e r ta co sa . A iv . Que es? dila.

Af-:g En que ya me estoy mnriendo.A (v. :'or qu;*? A-'g. Porque algo te pida,

solo porque no te >alga de balde la tercería.Bsafxiz ha de rne-rendar,y cue no ?abre, ima¿,ina,hablarla de parte tu;,a,si merienda á c.,sta m ía:por es ). A'v. N o digas m as:q 'ié quieres que te envie? Ang, M ira,ai chocolate liamamosagasajo en l.is visitas,pero n - es mas que agasajo;y an s í, que enviases querríaá mi señora cufiadaalgo mas con que l i d rva.

Nct.ib’e está.'? Ang.Q uá te admiras? esto e' ofioío Ii* trae con-igr. A lv .A D io s. Ang Oye»,mira.

A :v . Qué dices ?Ai'g- o que es comer,

d v:>rt: , pero no aliña.A lv . Q u i quieres decir en eso*?A rg . Que si ¿ l:;s confiterías

vas de la calle m ayor, en ellas hay p u n ta s , cintas, abanicos, guan tes, medias, bollos , tocados, pastillas, bandas , vidrios , b a rro s , y otras diferentes buxcrias, que son cos?^j t^ue yo puedo decir , que acaso tenia en mis escrífonos. A lv . Creo, A ngela , que h.i mucho« días que sabes el arte. A ng. Un buen natural presto íc aplica, y esto el oficio lo trae consigo. A lv . Al puato (¡irigini, que vuelvo con todo qu;uito nie ordenas , parque querría tomarmrí iicen^iapara e s tra rm i ili la vi>ita. V'a.^e -

A 2

Page 4: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

F u 'go de U tos en *g. Yo te la doy desde lu e g o ; hay cosa de m a jo r rí.-a, que ver á un enamorada como sus afectos pinta ? pobres deilo s, y dichosa yo j que no supe en mi vida lo qu ' es q ie re r bien á nadie, sir.o lib re , u fan a , altiva hacer don.iyre de todos, sin qvie haya tan atrevidi pasión , que piense que á mi me ava.-alle , ni me rinda ; yo zeloi \ yo am or ? yo ausencia ?

Sale Luisa.Luis> Serora ? A ng Q ué quiei es, Luisa?L u 's. De Doña B eatriz el coche

ya está á nuestras puertas mismas, y ella en la escalera. A ng . Pues salgamos á recibirla.

Sale Doña Beatriz con mat.to, y O tañcz Escudeto.

E ra hora que llegase, hermosa B ea triz , el dia ¿e tanta felicidad para esta casa? B w f. Y o , am iga, á tanta ventura soy deHdora de las a lb ritias; com o estás , Angela herm osa ? como te v a , por tu vida ?

A ng. A m 'g 9 y pera ?ervirte, lian a , y desvanecida con tal fav o r; como vienes ?

Beat. Alegre , y agradecida con tu gusto , pues por hoy la» tristes pasiones mías me dan 'n treguas con ' crte.

A ng . L uisa, el m anto á Beatriz quita, y quitarrsm e á ;r,i el su to «e pensar que esta de prisa, pr.ra asen ta rse ; e¿te es tu lugar. Ee<it. Añórela mía, af^ui C 'toy b ien , .sientate.

At:g. N o es tá s , Beatriz , por mi vida. Beat. Por obedecerte , tomo

el lugar. Ar.g. M ucho me adm lrá de que me digü que está t r is te , quien está (an U n ía : ip i r a , : u isa , cabello este. Luis. Dics se lo beodiga.

A ng A m en: no he visto uiugor «f.

el querer hkn . mas mal tocaiia en mi vida.

Luis. C'.tidado , damas , que asi o f alaba la mas amiga.

Beat. bi pens'ira q-ie no era lison ja, y que ser podia eso verdad , me dexJras coa mis tristezas mal quieta.

A ^g Si un instante antes vinieras cqui , quien dixcra habia si era lisonja , 6 no. Beat. Q a 'en ?

A ng . iVli hermano. Beat. Su rortesia, su g a la , sa dis-recíon, y til ser quien e s , so n , am iga, jueces m uy apa ¡ionados ; y no m e espanto que diga bien , conociéndome , quien sin conocerme me Hb’a de un riesgo. Ang. Ya me ha co’ itado todo el s'.iceso. Beat. En tu vida te hubiera í; gradado cosa, como ver su biz^rr a : qué ayroso 'i qué en s í ! qué atento ! q u ég a la :j! A ':g M ucho me obligas, y en verte tan de su parte un gran cuidado me quitas.

Beút. Uomo? Ang. Tengo <as agencias de sw am -ir, y yieuso , am-ga, que tengo menos que hacer, que p-^n>é. B e it .Y , ~ no me digas, no me hagas s ilir colores, y b-ste que te r t p ’ta qae Don Alvaro. Ang. Q ué dudas?

Bsat. Ha podido. A»g. tso te afíij.is; aním ate , di. Búat. B orrar ciertas memorias antiguas ¿e un a a io r , con quien mí padre tra íd casarme en Sevilla.

A¡^2 y dime.Saleu al puño Don Diego^ y Luisa .

Luis. Teneos. D eo d ,que jmporia el hab larb . A ng. Luisa, qué es eso ? Luis E> ua caballero, que en trar hasta aqui porfia, d c ien Jo , qu? im porta m u.ho h a b la r , sin ckw se lo impidan, á la señora ^ a t r ia -

B ia t. A í Dieg. A vos.Í : í t . M ucho m e adm ira,

que las Ucencias q^e aun no ceueii €A v¡ú casa misma,

que-*

Page 5: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

D e D m queráis (*ner rn ngena, señor Don D-ego. Ai^g. E s , am 'gn, de qnier. hablaba ? Pe/íí.No. A ig .V ñ^s Cíibaliero. qué osadía e? esfa ? D'^g E cu c h ad , sabréis.

A g. Dicg^ Que hay di.*:cu]pa. B¿í7í. D-' ^ 1í,

que á trueco de que la haya, me h'.lg.iré m ucho de oírla.

Dieg. Yv) para un regcclo mió nn coí'he huVe menester aquesta fan ’e , y al ver que el vuestro -vclvia vacio, le g u é á decJi'le al cochero, que si ir conmigo quería, yo se lo a^radec<,’r!a ; y aunque lo dudó prim ero, despue> ^e hum anó ; en fin , antes de llevarme á la oca^iou dor.de iba , e» el pesebrón vi esta joya de díauiaate.'?, que sin duda se os cayó dei pecho , y considerando que hab**ais de sentir o , quando m eros la cchasedes, no quise a 'a garos la j ena que en la perdida tendréis ; y pKes no im porta q u ; esteis en casa p ro p ia , ó agena, para h,?^er yo aquesta acción, el perdón cíe hallazgo os p id o ; t .n iu d , p u es , y ve.i si h:i sido suficiente la ocabion que me ha obligado á traelJa a esta casa ; siendo así, que si.!o me trae aq. i servir a B eatriz con ella.

A ng D-'go q u e , á bien se advierte la < Cíjsí'. n de viiestiO intento, disculpo el í t ie v 'm ’ento.

Beat. Y o no. Ang, Como ?Bcat. D e 'ta s u e ru :

C onJenzudo caballero, que á rest'tu ír venís esj joya que decís, dexarine engañar no quiero, del modo que habéis fingiíto pa'.i d a rm e la , pues ya m jacs aqui im p i ta rá , que stpa 'A ngela que ha »ido

en¿año vuestro , no, que vos erteridais que al vella, per di im ular con elía, tra to de adm itirla yo.

Dieg. V e d , que c;í va^o os enojáis, porque yo la hallé , señ rri.

Bi*. í. Es v erd ad , pero es ahora, D .n D ieg o , quar.do o sJah a l-íi? .

Ar^g. Luego tu no la has perdido^ Be,7t. Yo no. Aig» A y am ig a , yo sí,

y hasía es e ínstan ti ( a / de mi ! ) en e1l> no había caído.

Beat. Que' dices ? Ang. Las pres^inciones castigo de un m ajadero, ap, que pura dar su dinero anda buscando invenciones ; cabállero , B eatriz bella esa joya no perdió, quien la ha perdido soy yo, que antea que viniese ella á verme , me había enviad» el co ch e , en que yo salí á un negocio ; y siendo asi, que vos es la habéis hallado, habiéndola yo perdido, ver al dueño qué os adm ira ?

Becí. Que* bien compuesta mentira Î D*eg. Vive D ios, que me han cogido;

porque negarla , seria ap.confirmar que engaño fue , y darla á quien yo no amo tn m ü en fcr? boberia : qué haré ? A ig. Q ué pensáis, señor? si mi v o z , que es mia os avi a : m ostrad. * Tcm asea.

Dteg. Esta es. Ang. Tom a , Luisa, y a tfla o tra vez m ejor, que no en todas ocasío; es hay quien tan buen alm a tenga, que á volver las joyas venga,

halla en los pesebrones, Dieg. M ucho me huelgo de haberos

servíd-o , quien tal creyó ?Ar,g. M ucho nías me huelgo y o ;

y pues q se l 'cg u i á detíeros de la joya ía ft¡iezu, llegue u deberos tam bién la de i r o s , que no es bien teneros-con .‘a tristeza de p c a a r q re ea lance igual

Page 6: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

■'x'* ItiUe mi herm ano aq ii. A v. Ya in.r;.ce q n íe i merece/.UfV. Dicho , y hecho. Ang. Como a‘i?JíUis. Como hablando en el portal

con un hom bre ; ay de m i! ) está.Dlcg. Q ué im porta ? yo le d ir i

a.nar quien agnidece.

que á trae r la joya entré , y ella me disculpará.

Ang. Aun eso fuera peor, que él no sabe que la tengo, p-nque yo siempre prevengo, como es mozo , y jugador, guardarlas dé!.

Bent. Pues qué harémos ?Ang- No sé , qua si le halla aqui,

por t i , B eatriz , ó por m i, siem pre obligado le vernos á tener zelos. Dtcg. Ved vos qué trazais ? qué disponéis ?

Be.it. Q .ie en > n j h^blei? os pido.A ív . P.jr qu.:? Hcat. Vor la inm unidad

qii-* goza el en trar aquí.A lv No ̂s fiáis de A Rísf. Sí.A lv- O tro no escucha, fitnf. Es verdad;

pf.ro esto mi vi.lunt^d pide. A v. A pod¿r , yo I0 hiciera.

D ieg. Mi sufrimiento á qué e'5pera ?Bsat. S ioirá Don Diego ? Ang. Pues no?

su joya le diera )o , y a!g . ítiiS porqué' no oyera;O quteu pudie>*’. de aqni echar ahora á mi hortuano!

A lv . Vuestro cid.) soberano.Arrg. Dexa cío , y escucha. A lv. Di.Ang.T-.a-xose va aquello? A lv . i¿,í.

A ng. Q ue á este aposento os entréis, A ^g- Pues da Uccii :i;i. A lv . De qué ? y halle solas á las dos, que este es solo un escusado transito para pasar á mi quarto j y a s i , estar en él podéis sin cuidado : qué habim os de hacer, supwesto que no hay remedio mejor l

Be(7t. Tem blando estoy de tem or!Luis. Pues ya sube , escondeos prebto.Dteg. No habré hecho linda fiuezu,

sí despue« de haber perdido la jo> a , estando escondido, me. rompiesen la cabeza !

Escóndese, y sale Don Alvaro.A iv . Enoj^rástc conmigo,

porque con estilo n ievo,A ngela , aqui á entrar m e atrevo,Citando iíeatriz co n tig o ; pero no puede «l cas-.igo de tu enojo ser m ayor, que de la ausencia el rigor, * si no e n tra ra ; y a'?! in tento m orir de m i atreviiT^’.nto an te s , que de tu temc'r.

D ifg- Q ué es e.ito que escucho, cielos! qué no le baste á uno dar sus jo ras ', para no c'sf.ar escondido , y tener v.clos ?

Bcat. \'ues!r.)s corteses desvelos siempre en mi pecho han tenido un afecto agradecido.

A n g De quedar sc»la5, porque quiero que mi quarto vea.B eatriz. A lv . Solo d.ir desea nobles i <!i';i(,s mi fe de o b ed ien te , y de rendido.

A ng. Véii, am ig a , y aimqne habrás de perdonar , tomarás no sé que ha prevenido m i amistad. Beat. T raición ha sido tratarm e con cnmuiimifento.

A l entrarse ellas , él las acompaña.A n g .^o lo agasaja te iotento;

tu veras que lo es; donde vas ? A lv . Que voy, no ves, tras mi mism-) pensamiento?

A ng. Pues tu has ¿ e ir te antes de aqui, porque no quiero corre’te Con que veas de que suerte á Beatriz trato . A v . Sea asi, qae eso me es»á bien á mi, no siendo de la manera,A ngela , que yo quisiera; q u ed a d , señora , con Dios.

Hace que se v a , y en entrándose eJIas, vuelve como acechando.

A n^. Cierra,L(UÍsa. L tis . Entrad las dos.A lv . íjuisa , no ci‘:*rres, capera.í,« is.Q aé e.> lo q le quieres? Humano

girasol desa belleza, seguir piensa m i firmeza su resplandor soberano.

‘Luis.

Page 7: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

D e D on Pedro Calderon de la Barca.¿uì.v. .Salió nuest intanto eii vano. Pfd^ Y o so)amenle lo sov,Alo- D i de este patilio quiero

acei'h 'rlas. D eg. Y i , q u í esper »?L ti s E-t.) eí hecho. .í u. Q alvnlbm ó?A l i r á en tr jr d u d e es-á el esc'nJidOf

lliimun <r ’ / fusrtay sa e D^t. PedroV e '“ y y él no entra.

Pcd. Señor O o’.i Alvaro , yo sab terdc que estaí-n. A ív. Hoy m uero, pues la ovasii-in he peixiido de ver su luz H)bcrana.

Ped. Con A \gjla , vaesira herm ana, Beat íz mi h ita , no he querido pasar , sin haber su-bido á ser-i.'la de.escudero , po rq u : de suerte la quiero, que , como padre , y galan, adonde quie-a que están

, sus lu ces , por verlas m uero.A:v- Doña Beatriz , mi señora,

esta casa honrando , ufana con ta l f iv o r , de m i herm ana el quarto ilucnina , y dora ; yo tam bién llegaba ahora, y entrar en él t:o he querido por el resp tto debiao á su justa e^timdcion.

Ped. No es nueva en vos la atención.A iv. Pero ya que hab>jis venido,

de vos podrí apadrinadlo en tra r: como está a q u í, avisa, el señor Don Pedro . Lwlsa: ve;vd , giiia-áos mi cuidado.

Ped. S empre de vos vivo honrado.A:v. Y ds cam ino, oyes , di

q 'ie pongan luces aqui.Luis. Ya prevenidas están.

S-ican luces-L>:cg. Los dos hácia ei qwarlo v an :

de extraño «.mpeño salí.A l entrar h s dos , salen D .a a Angela,

y Beatriz.S e j t . Prcvrncion tan lisonjera

no € ' tra tarm e con amor.Pcd es eso, B eatriz? Beat. Señor,

q u e ja rm e , q u r Angela quiera reg.ilarme de m anera, qu:: tarde desen)peña'‘me p id rJ . A'?g. Si eso es afrentarm e, y a , iSta^nz 4'e lí.i, lo estoy»

seíM'ra , pues llego á hallarm e cou B eatriz en ccasion de queja. A lv . Su cortesía habrá de una niñería hecho mas e timacion, que natrczca la atenci'<n de Angela. Ped. Pues que te ves tan o b lig ad a , que des será iu to algún indicio d t pagar el be..eficío.

Be>.t. No es fácil , señor- Ped. Sí es:

Éues con esto á la señora Joña At'gela p.í^arás,

Ar.p .̂ Con q u i? Pcd.Con no cansar mas, porque ya de irnos es hora.

Tómala de la mano.Ang. Responder mi voz ígm>ra

á tánta cortesanía.Beat. Q ué b 'eve que ha sido el día!

á Dííjs. A n^. Buen susto me dexaS.Bef't. De quien , A rgela , te quejas ?

ha sido la culpa m ia ?^/7 ;-T om a esa luz ( a y de mi í )

que presto a; ochece h o y !Ped Donde vais ? A ív Sirviéndoos voy.Ped. No habéis de pasar de aqui.A lv . Poco con vos merecí.Ped- No , de n;n«una manera.

Fues h.'iita el c(.che, siquiera, como lo podré e.-cusar ?

Bect. ValgiiKie X'-’ios , qué pesar llevo conmigo !

Vanse haciendo cortesias^y quedan L u i­sa , y AnyeJa, y scile al paño

Don Diego.A ng. Q ue fiera

coiiíus.'on! Luis. Q ué tem es, dí?A rg . Hallarme ( quó sentim iento ! )

c< n un hombre en mi aposento.Litis. Tal me sucediera ¿ miD cg. Fueroxise ■'.a tocios? A n^. Sí.D i(g Luego salir puedo ? A'¡g. No,

q u e , á To que á entender me di5, volverá & subir ahoia.

Dieg. Pues q::é hemos de hacer, señora?A ng. Eso es lo que no sé yo ;

aunque he de hacer de m anera, que mi herm ano ( suerte escasa ! ) vuelva al instante de casa

Page 8: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

y n - es pusii l e , qne falte carta á Uon ju an de Toledo mi am :g o , con ci rto aviso, en m ateria de los pleitos que tiene eu aquesta Corte.

Lu^s. S eñora, nada hemos hfcho. Ang. Sí hcmo> hecho , y mucho. L u í . i^ná iAng. Saber que haya de irse luego,

filara .V n ir» i;i -I

F u eg o de D io s en el qu erer bien..<arr, aunque no quiera.

L u ti Hasta entonces yo quisiera.Ang. Qué? Luis. Q ue en o tra parte esté,

ne al paso. Ang. Allá dentro vé, y asegura mis rezelos.

Luis. Venid. DíVg. Siu jo y a , conzelos, y escondido ? ^ u is . Apostaré, que si acaso la salida aquesta noche encontráis.

D/Vg Qué? decid. £.«fs.Que no os hallais o tra joya en vuestra vida.

Pianse , V sale ü jn A lvaro.A lv . Angela hermosa , no 'c

con qua! agradecínuento puedan á finezas tuyas corresponder mi- deseos; no creerás quanto te estimo el agasajo que h js hecho á Bearriz, A ^ g Yo? qué agasajo, si te cuesta tu dinero ?

^ I v , HaMastela en mi ? Ang. Pues no?A lv . Y qué sientes. delU ? dng. Siento,

que esLá m uy agradecida á tu j am aiitei afectos ; y una cosa, que me dixo, dilatartela n » quiero, aunque venderla pensaba de ^ g u n a alhajilla al precio.

A lv . Qué te dixo ? por tu vida,Angela , dimelo presto, no tengas pei.d.ente el alma de tu voz A 'g. Q ue fueses luego á su c a lle , que saldría H hablarte á la reja. A lv . Es cierto?

A ng . Q u ard o suelo yo m e itir?L uts. Ahora. Ang. No im porta menos Dent. fu :n . Huid , cobardes,

que él en la c a le se esté ap. A lv- es aquello ? tjd a la noche al sereno, que níi que no salga estotro ?

A lv . E l aviso te agradezco.A ng . No m u ch o , s ^ u n parece.A lv . Como ? A g. C^mo no te veo

ir tras elia. A ív . Pues no ves que es tem prano para eso? no ha de l;e¿ar en su casa, y ana recocerla prim ero, que salg.l á una reja á hablar?Y asi y o , para hace r tiem po, pQue.-me á escrib ir q u e ría , q u e hoy es d ii de co ireo .

mpofu íra Je q le si á escribir en tra en sa quarto , habrá tie q !e €;¡e fabal ero salga.

Alv.Ln sa'L 'íf.Señor./í/v.Traem e presto recad.) s t i¡ de e»cr bir.

L i i s \ c{ i í:A!v S i /4/j^Puesc-queefecto?en r.; q a ir to n j t s t j r is m ejor': A .v .E s t i aqoi mas fresco c jm o es pa>o; eatr..ite tn , *Angela hermosa , al á der.fro.

Ang. Que.U te co ; D o : . L i i s Hay cosa c jm o que tu hermano m e.m j te mande »V adonde esti u a homb e escondido ? A ig. Cielos qué n i2 firve no tener am o r, si los sustos tengo? Vame.

Aiv. Q u.' futiga es tau honrada,

Í>^ro fatiga en efecto, a de escribir? bien decLi

un cjrtesano discreto, que si hubi :ru tie n d a , donde algún m ercader de ingenios vendiese cartai esc itas, fuera el mas seguro empleo del muí.do. Amij*o , y señor. Escribe y y sutnan espadas dentro. .

cuchilladas en la calle se escachan.

Dent. Ay que me han m uerto!A iv . Como se puede excusar

no salir tal VvZ , oyendo que e»ta es uaa de las m uchas nc'.edacles que hat:e el cuerdo?

De n t.J u in . Hu^e Hernaado.D '« r. He'u.- Ya te go.yí/u. (>jií;n se entra aqui?Salen Hernando , y Don J u a n , con ios

espadas desnudas.Juan . Caballero,

<;ue

Page 9: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

3lie la c a sa , y la persona an m u es tra s : pero qué veo !

'Alv. Valgame el cie'n ! qué m iro ! D J u a n í A l v a r o ^ Her«.Bueno; no nos fa.taba ahora mas, sino es quedarnos suspensos : cab a lle ro , por am paro hem os venido acá dentro, que no por admiraciones.

A lv . D adm e los brazos.J^aati. No creo, que seáis vo?, que d ic h a , y m ia, son dos contrarios opuestos.

A lv . Vos en M a d r id , y en mi casa ta a aeaío ? pues qué es esto de verme con vos hablando, quando os estoy escribiendo ?

Ju a n . No sé , Don Alvaro , como pueda mi voc responderos, porque añadida esta duda á los extraños sucesos de mi vida , estoy absorto.

A lv . R eportaos, deteneos, haré cerrar esas puertas, y haüandoos una vez dentro de mi ca sa , creed de mi, q u a á todo tra.ice soy vuestro.

E n tra dtntro.Ju a n . Q uien creyera, Hernando, quien,

que pudiera hallar en medio de mis desdichas mis dichas ?

Mern. Q u’e:i es este caballero?Ju a n . Es D.on Alvaro de A cuña.ilern . Si A cuña, al nom bre me atengo.

Ju a n . E l m ayor am igo inio.Mern. Dichoso ha sido el encuentro.

Vuelve á salir Don Alvaro,A lv . Ya están las puertas cerradas;

y aunque en la calle hay estruendo de voces , y g e n te , nadie os signe ; sacad m e, os ruego, de d u d as , y confusiones tan grandes. Ju a n . Aunque confieso la objecioa de hacer añora re la c ió n , estadme atent*.Bien o i a c o rd a is , que estando loi dos en Flandes sirviendo, donde fuimos tan amigos, que vivió coa nudo estrecho, sino en dos cuerpos un alma, con dos almas cada cu«rpo.

Tuvim os., yo de Sevilla, y vos de M a d rid . dos pliegos, q 'ie va qne no desataron el nudo , le d iv id ie ro n ;

' pues teniendo uuevas vos de ser vuestro p ad ;: m uerto , y que herm ana , honor , y hacienda Ilacnaban á su rem ed io :Y yo , de que el mío tenia concertado un casam iento, porque túnicas de M arte trocase á g ilas de Venus.F a e forzoso que los dos, con dos tan justos pretextos, dieseraos vuelta á la patria , conservando en nue^troí p ec io f la am is tad , bien qu<! á pesar de la d istancia , y d d tiem po. Llegué á Sevilla ( ay de m i ! ) don le el divino sugeto vi de la herm osura , á quien m e destinaban los cielos para d u e 'io , y para esclavo; que no m erece ser dueño de una deidad , quien no sabe ser esclavo para serlo.U fano , y desvanecido la ado raba , maldiciendo conveniencias, que los padres ajustan en sus conciertos, pues el’as me dilataban bien tan g ra n d e , y tan inmenso, en tanto que no venia de Jas Indias un em pleo caudaloso , que mi padre el año antes habia hecho.Q aal estaria , pensad,un alma ( av D io íl) que habia puestosu felicidacf en manosde contrarios elementos,pues de a m o r , y hacienda qui enesperarÁ buen e u c toco» el hacienda en el agua ,ron el am or en el viento ?D igalo yo ( ay in felice! ) pues vino nueva á este tiempo de que se perdió la flota, lastim a com ún del R eyno, y nueva ( ay de m i o tra vez ! ) de qud á su padre habia hecho

B Su

Page 10: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

Fuego de D ios en Sa M agestad en la C orte m erced de no s;; que puesto.M irad vos cotno pasaran adelante los conciertos, viéndonos casi en un día, vo bajeando, y él subiendo.M al haya quien d ic e , am en, que es venturoso un sug ito que vive con esperanza : v irtud que no en tra en el cielo, p u e d e , en lo mora! hablando, ser d icha? no puede serlo ; dichoio es quien no la tiene, n i ha tenido , pues con eso goza en qualquier bien de mas todo lo que está de menos.Con la p e rd id a , mi paáre empeñado , pobre , y preso ; con su cargo el de la dam a, ufano , rico , y contento, mal pudieran ajustarse los d o s , que dos iastriim entos d isuenan , sí u n í está baxo,

Í T alto o tro ; añadid á esto a ausencia: O cielos, y quale»

dí^ben de ser mi» t.riuen íos, pues llega tarde ía ausencia solo á hacer num e o en ellos!Yo que con la cercanía de la esperanza habi.i hecho empeños de am r , que entonces eran d eu d as, y no empeños, quedé ; pero no es posible d ec irlo , ni encarecerlo, entiendam e q aiea me entiende los idiom as del siicncio.Bien quisiera yo venir tras ella al instan te mesmo que Be ausentó ; mas no pude, por acudir á los peit.)5, que el credifo de mi padre padecía , de que os tengo dada n o tic ia , y á que vos acudís : en efecto, dexandole ea mas qu ie tud , tra« m i fo rtu iu m e vengo, á ver si encuentro en la agena el bien q ie en mí p a tr ia pierdo ; q 'te aun i-ie es verdad q u e do traíga c a m i favor mas aliento».

el querer hien. que la necia confianza de pensar, que en algún tiemp® m erecí favores suyos, bien que favores honestos, d'ebaxo de las licencias de esposo ; con todo eso, si fue verdad que me quiso, me q u e r rá , porque el p rim ero a m o r, ta rd e , ó nuiiCa puede borrarse de un noble pecho.Al f in , D on Alvaro , yo re n d id o , am an te , y sujeto,A quien amé como á esposa, á ver como á dama ven^o. L U gué e--ta noche á M i i r íd , y aunque del camino m uerto, no pude acabar conmigo descansar, sin que prim ero diese una vuelta á su calle, que ha de se r , á lo que pienso, según las noticias tr.iígo, en este b a r r io : viniendo por él es2 c riad .), y yo, llegó un.i t ro p a , diciendo, que les diesemos las capas, ̂cogiendo á los dos en medio.Yo mal desembarazado,la espada saqué , y haciendoese criado lo mismo,que es tal vez valiente el miedo,,contra toda la qu.idriUatratam os de deferdernos.M uert-) s o y , dixo , y cayó uno en U ca lle , y } 0 yi,:ndo todo el barri.i suHre mi, retirarm e quise , á tiempo que sacabais lu z , y com a noticia ninguna tengo de las calles de h iadrid , turbado , confuso , y ciego, á Rmpararma deJa vine, que es todo el bien q.ie le deba á mi fo rtu n i : esta es m i venida , este el suceso que me tiene en vuestra casa, tan consolado con veros, que me persuado á ^ue no tra igo p en as, senti alientos, q u e ja s , disfavores, ansias, perd idas, y descousuelos,

sino

Page 11: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

sino g lo ria s , dichas , gustos, felicidades, con ten tos; pues todo esto halla qaien halla am igo tan verdadero.

A lv . Adm irado rae ha dexado la re lación; mas no quiero que discurram os ahora en sus acasos diversos, siao solo en uaa parte , y es , que pues previno el cielo, no sin m is te rio , que fuese m i casa sagrado vuestro, que él os val^^a ; y pues no os siguen, ninguno debió de veros en trar en e lla , con que me parece buen acuerdo que no volváis á la calle, pues estando un hom bre m uerto es fuerza acudir justicia, y pueden reconoceros, y no es bueno para n a d a ; y asi-, á mal pasar dispuesto, quedaros es lo mejor aquí esta noche. Ju a n , No quiero, D on Alvaro , em barazaros, sino que reconociendo la Cdl*e me dexeis ir.

H¡rn. No dexeis, cjue es lo mas cierto.A .v . Esperad , dire en el quarto

de mi h erm an a , que al momento vengan á hacer una cama.

A lv . M u e re , traidor.Q ué es aquello?

Hern. Espadas./a.'?«. E n casa ? fítfrn.Sí; parecem e que podemos ir á buscar o tro am igo, en habiendo aq 'ii otro m uerto, que n y t re co ja ./« a « . Q ué ag u a rd ast conm igo entra.

Sale Angela alborotada.Ang. C abillero ,

si el ^ e r m uger os obliga, dad á mi vida rem edio, y esa desdicha escusad, de que yo culpa no tengo.

Ju a n , uex.idm e e n tra r , que palabr« os doy de hacer lo que debo.

D ent. A lv. M uere , tra idor.D ent. Dieg. Escuchadm e.

Salen riñendo.Ju a n . A vuestro lado estoy puesto.D ieg Sabréis. A lv. Es sorao el honor.D V g.Jesu? mil veces, el cielo

m e valga.Cae en el tablado como muerto.

Hern. A D io s , y van dos esta noche. A lv . Ya que el duelo cumplí con satisfacerme en lo mas fuerte prim ero, ahora en tu p ech o , aleve hermana. A g. Ay de m i!

Ponese delante Don Ju a n .W <ír«.H.igaudos./«íín.Daros no intento J u s n . Tenfos.

ese cuidado- E l cuidado, Pues v o s , Don Juan , Contra m i,que nabeis de d a r , ya le tengo, y e n favor de quien me ha m uertopues la orasion e?ta noche el alma , que es el honor,

e nablar a una dam a pierdo, os ponéis ? <4#¿r. Xerrible empeño í<lue os V lis , o n o . pues dexaros Yo, D en A.varo. Q ué pena!

os ruegOjno es posib le; y asi <Jue aqui os q-iedeis.

^físe D >n Alvaro.Hern. M e c<>níij.mo :

yo no he visto caballero tan puesto en razón jamas.

J u 2n. amigo verdadero.H :rn. Mas que sea m entiroso,

y du rm am o s, y cenemos.J u a n . Fuim os los dos camaradas. Herrt. Pues ahora lo seremos

Ju a n . Mi vida. A}.q . Q aé ansia !Ju .tn . Os ofrezco,

no digo por vuestro honor, pero por un gusto vuestro.

A lv . Pucj si he m uerto ya ese hom bre, y o tro recurso no tengo, que d ar la m uerte á una ing rata , dexadm e.yíw n. Aqueso no puedo hacerlo yo. Ang. Q ué desdicha !

A lv . Apartad.1 ̂ Q ué h o r r o r ! Juan. Tttneos.los t r e s .^ g. dent. A y de m i infeliz! A'.v, No sois mi am igo ? luán. Si sov.

a.utdo de espadas dentro. A iv . N o es vuestro m i honor?B 2 Ju a n .

Page 12: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

an, Ks cierto .A lv . Conocéis m i ofensa ? Juan. Sí.A lv . Mi desdicha ? J u a n . Ya la veo.A lv . IVIi obligación ? J u a n . No la dudo.A lv- Y qual es ? J u w u Satisfaceros.A lv . C om o puedo ?

J u a n . C on su m uerte.A lv . Pues á que os ponéis en m edio?

Juan> A que de mi no se diga a h o ra , n i en ningún tiem po, que vi m atai' á una dam a, y no lo es to rb é , pudíendo.

"Ponese delante , y defiéndela.Hern. Y y o , c-^n ser un bergante,

vive Dios , digo lo mesmo.A lv . Pues tam poco ha de decirse

¿e m i , que se puso en medio de mi h o ip r , y m i venganza, c o s a , q u e , á m orir resuelto, no atropellase. Riñen.

Ju 'jn . Señora,huid , m ientras yo os defiendo,

Ar:g. E o no ; que es h ;ir ? mi casa no he de dexar , que mas quiero m orir , n© estando culpada, que vivir con parecer!©.

A lv . Como puede ser posible no estar culpada , si ercuentro den tro en tu quarto escondido un hom bre ? Ang. C» mo viniendo boy Doña BcaJriz de íilva.

Ju iír.Q uéescucho!i4 g Com o tu mesmo sabes, á verme. Hern. Esto es malo.

Ang. T ras ella este cab.il'ero.J u a n . Ay de mi \ que por d i r vida

á aquesta m u ^ e r , nie ha m uerto.Ar.g. E n casa se e n tró , veniste

t u , y tomamos por acuerdo esconderle ; y i o ha podido s a l i r , la ve.dad es esto, que como m e des pa 'abra de averiguarlo , y saberlo antes que me des la m uerte , m e estaré e.: un apo-ento, de quien tu tomes la llave, y me mate? si no es cierto ; y pues me puedo librar noy de tu colera huyendo, y escojo el quedar cerrada, que culpa ^

Dentro la Justicia ,Eser. A bran aqui presto

á la Justicia. Hern. Esto solo no«' faltaba. Ang. Santos cielos í

A lv. Penas á penas se añaden.Juan . Riesgos se siguen á riesgos.Hern- Por qualquiera de los dos

el soplo viene derecho, pues en la c a lle , y en casa tiene cada qual iu muerto.

J u m . N o hay por donde salir? A h^ No.Escr. Echad la puerta en el suelo,

pues no responden. A«g A y triste !Ju a n . Aqui no hay ya mas rem edio,

que apelar á las espadas.A lv . T u , in g ra ta , en qualquier suceso

s’guenos , que he de saber tus engañ )s ; caballeros, á quien bascáis ?

Salen A lguaciles , y Escribano.Juon. Q ué quercis ?Alg Donde está un hom bre,que h u y en ia

se entró a q u i , habiendo dexido otro hom bre en la calle m ué to ?

A^g. V^eisle aq u i, que aqui se entró am p aro , y favor pidicníio , pero apenas pronunciar podía el ultim o aU ento: pues venia tan herido de la pendencia , que luego perdió el sentido.

Hern. A y Jesús, qué m entira tan del tiem p o ! pues do* delinquentes »»ivos viene á librar Cuu un mu-.rto.

A lv . Esforcemos este engaño.Ju a n . Por cuidar de su remedio

no acudim os, ocupados, á abrir la p..:erfa tan presto.

A ’g. Bien se dexa conocer, que es él quien e i . tró , supuesto que herido de la pendencia vendría. E ter. Fues no ec.tá m uerto, sino sin sentido , pues se mueve. Alg. V'aya corriendo uno á llam ar confesor, y c iru jano; y supuesto, caballero , que c^fa casa_ le dió por sagrado el cielo, no será bien que de aqui

pre-

Page 13: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

preso ahora le llevem os; y a s í , haced que le re tirená algún cercano aposento, donde le curen. A ív . No fuer» christiano , ni cabailero, quien no am parára en su casa un desdichado : Aqui dentro le meted.

Cogente tn tre dos , y m ettn lt,'A'g. Vamos nosotros

los capeadores siguiendo ; y ad v e rtid , que aquese hom bre queda en vuestra casa preso, y que dél habéis de dar cuenta. Vanse.

A^v. Q ué os parece desto ?Juan. Q ue fue notable la industria. A lv. E n tra te , A nge la , allá dentro,

que aunque me dan que tem er los engaños de tu ingenio, no quiero , hasta averiguarlos, determ inarm e i creerlos.

At:g. Ciei-,s, q u i hom bre es este,á quien fama , h o n o r, y vida debo ? Vase.

Ju jn. Dichoso v o s , á quien llegan los deser ganos tan presto.

A lv. N o m ncko , pues desengaños que d a ti, al parecer vuestro, en una parte la vida, en o tra parte me han m uerto.

JujTi. Pues como i A lv . Com© es la dama que dixo Angela , el sugeto Que yo adoro, ynan- O tro pesar, ap. desdichas i Harn. M alo va esto.

A lv. M ientras do> orden en casa, esperadrn; vos ahí dentro. VaS€.

yuan . Buena esperanza he traido . en Beatriz , pues lo prim ero

que en M adrid en cu en tro , ha sido con dos m 'ierte.4, y dos zelos; pero qué me adm iro ( ay tr is te !) si esto es querer bien? U fuego de D ’os en el q .ierer bien !

n€rn. Am en, que aun es del proverbio.

JO R N A D A SEG U N D A .

Salen Hernando, y Don yuan . H»rn. Según las cosas , señor,

que nos suceden, licencia

m e darás para creer,que anocheciendo en G inebra,am anezco en la Tebayda.Q uien vi6 casa como esta ? á noche toda alborotos, m u e rto s , h e r id o s , pendencias, y hoy toda tranquilidades : ni una voz en toda ella se oye , criado , ni criada se v e ; y lo que mas rae eleva, es . que la herm ana , señor,

ÌS

deste tu aTiigo no venga, que puede echar á m entir con im libro de despensa.Pero au é es esto? qué tienes? de q-i_á suspiras ? q u i piensas ? há señor? y jan. H ern an d o , aquí dentro estabas! Harn Li ida flema pues no he de estar aqui dentro,* si estar no puedo a 'lá f cera ?

Oo.no? C om oese tuam ^go debió de pensar que eras tu el preso que le entregaron á n o c h e ; y asi las puertas ha ce rrad o , y se ha sal do de casa aates que am anezna, sin qae le sintamos, yuan. E l la» abrira qua\ido venga.

Uern. No sientes estar cerrado ? yuAn. H¿y tantas cosas que sienta,

oiie no reparo ya en n a d a :Ay B ea triz , quanto me cuestasde imaginaciones locas,de desconfianzas cuerdas,desde á noche a c á ! H rn. Ahora saleicon eso! pues la postreraresolución no fae que hoysin o ir .a , h ab la rla , ni verla,nos habíamos de „.Sí,Hernando,y na de s e r ; pues quien tropieza en una m u e rte , y dos zelos, que hay que esperjr? Pero dexa d mis sentim ientos, que antes que lo execu ten , lo sientan.

Hern. Y o : pero ya abren.Sale Don Alvaro.

A 'v- Don Ju an ?SfaoB. Don Alvaro? Q uien pudiera,

am igo , significaros el contento con que llegan

Page 14: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

Fuego de D ios á vuestros brazos mis dudas, trocadas en evidencias!O quanto mejora el dialos reze lcs , y tristezasde la noche ! 'Juan. M ucho estimoveros tan alegre. A v. Apenassalió el alva coronadade jazm in es, y de perlas,quando de casa salí,levando de toda ella^las llaves, p:>rque criado,ni criada dar pudieraaviso á B eatriz de quela buscan mis diligencias.L legué á su casa , prim ero que della abriesen las p u e rta s ; y aunque es verdad que á dos calles c a e , previno mi advertencia gurdarlas ambas ; y asi, dexando yo en una dellas u n c r ia d o , d¿ q iien tengo, no sin m ucha ca u sa , entera satisfacción, en )a otra m e estu v e , hasta que la abrieran. Salió al instante sa padre, porque las correspondeacias de sus negocios le obligan á m a d ru g a r; de m anera, que pude en trar sin rexelo al quarto de B eatriz bella, d o n d e , aunque exti añó el estilo, me dió de hablarla licencia.N o hube bien d ic h o : yo vengo, B e a tr iz , á s¿ber q'.iVn s p Tin h o m b re , que quedó á noche en mi c a s a , qua..do eila p rosigu ió : D oH Diego es de M endoza, á q u e n la fuerza de mis desdenes obliga á hacer locuras tan necias, que no pudiendo en m i casa tener en tra d a , en la vuestra la b u scó , y añadió luego tales disculpa«, que es tuerza, que no solo los rezelos de mi honor ( ay Don J u a n .) pierda, mas tam bién los de m i am or, para que todo os lo debí á vos; pues si no es por vos, y a por M adrid anduviera

en el querer bien.m i opinion en opmionej, y Angela á mis manos m uerta.

Ju a n . M ucho me alegro de habsr eitorbado una tragedia tan infeliz. A lv . En efecto, aunque un cuidado me queda, salí de los dos mayores.

Juan. Pues qual es el que ahora o» resta?A lv . E l de no sab er, Don Juan ,

que' m ed io , ó qué estilo tenga con aquese caballero, que h e r id o , y preso me dexan en mi ca sa ; pues habiendo curadose á noche en ella, como vos visteis, y vuelto ea s í , porque solo era falta de sangie el desmayo, es forzoso que se sepa que no fue el el que en la calle riiíó , y q u 2 en mi casa mesma le h e r í ; y en fia , de mi her.u ina se descubre la c.-u^ela.

H írn .Buen remedia^u¿j,7.Qu‘i rem edioíHer«. Encomendárselo á elia, _

que elia ha la-á o tra m entira tan aliñada , y com pueita. como la pasada. A¡v. En tanto que d iscu rra , ó que picvenga el ingenio algún repare , quiero ahora h^iblar a , y verla.

Juan. Sn vuestro quarto os empero.A lv . No , no os salgais allá fuera

por eso , qu« anees es bien_ hablarla en vuestra prci^eticia ; puei ya que fuisteis testigo del daño , es justo que e.-tienda, que lo s- is dcl desetigaáo.

Ju a n . Fuerza es que en todo obedezca»A ^v. L u isi ?

Abre la puerta del quarto*L uis. Señor ?A'.vi D i á m i herm ana

que hablarla quiero. Luis. Ya ellá viene h ic ia aq -li, como oyó abrir dcl quarto la pueita.

Sale D¡jña Angela.A lv . A n g e la , h e rm an a , qué haciae?Ang. Solo esperar la sentencia

de mi vida , ó de m i m uerte.Hern. Quó h u m ild ad ! m aldita sea

Page 15: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

el alm a que te creyere Alv. Q ué sentencia ! l le g a , llega

á mis brazos. A^.g. M ncho extraño, que hom >ire, Don A lvaro , seas de tan baxo pundonor, que hables con tanta paciencia á una herm ana , que te ha dado ocasion. A lv . D eren la lengua, no prosigas , que ya sé que fue sola inadvertencia tu y a , y de B e jtr iz ; y puesto qwe eres en tend ida, y cuerda, con tu sentimiento mismo rae discu'pa. Ayig. De m anera, qué á B eatriz hablaste ? A ív. Sí.

A g D e siie t e , que no te queda ya cícriipiilo alguno? A'.v. No.

Arg. Solo esperé esta respuesta, para hacer esta acción ; Luisa, dame un m a a to ^ u.Pues qué intentas?

Ang. irm e donde eternam ente, ni me hables , ni me veas,l i sepas d e ’ mi en tu vi ía, lu por tu hermai a me tengas.

^'v. Angela ? Juan . Señora ?Tiene

veinte mil razones. A^jg. Suelta, mrf?. O g a n , í?ohre mentirosa,

es tambi-in caranev'ñera ?Arg. Bien pude salir á i,oche,

pues tuve ab ítrta esa p u e r ta ; pero no q u is e , por no nacer culpa la inoci?KCÍa: ahora que ratisfecho Cjtis , me he de i r , porque v^a el m u -d o , qvm no ha de estar mi honrada altivez sujeta al «ccidente de que ó verme t j d am í venga, y t-.-as cll.-í su galan, para que despues la creas

. íi ella mas que á mi.# 'n. AI fin , todo fs contra mi, A !v. Considera,

Juan . Señora , aunque el sentim iento vuestro tanta razón tenga, no desluzcáis una acción tan noble , en ten d id a , y cuerda, com o la que á noche hicisteis, dando hoy segunda m ateria á la presunción ; m irad, qu« aun hay en casa quien pueda dar ocasiones ai vulgo, que siem pre im ag in a , y piensa lo p e o r , á su m alicia vuestra cordura desmienta.

A }g. M andaislo vos ? Ju a n . Yo, señora, os lo suplico. Ang. Pues sea todo quanto vos quisiereis : porque con menos fineza p u d e ra satisfacer mal de mi vida la deuda, si es que me ha d id o la vida quien darm e la m uerte in ten ta : jamas en mis sentim ientos h ab laré ; y para que vea D on A V a ro , qüe rem ito de una vez todas las quejas, esta m ateria dexando, hablaré rn otra m ateria.E?e herida caballero, según los criados m e cuentan» curarse quiere eu su casa, á cayo efecto se q^eda vstiendo , habiendo m andado tener una silla pue?M ; m ira que has de h a c e r , supuesta que hoy por preso te le entregan« y el no satje que lo e s ti ?

A iv . En aquesa duda mesma e^tabamos diácurriendj D o n ju á n , y yo. HerJi. L a postrera, apelación fu e , señora, á ti. A g. Como ?á ti.

Hern. Como es fuerza que_ no haya remedio , sí tu ingenio no lo rem edia.

, Ang. Y o , con qué tKiedo?que eitas lo c a , por tu vida. Hern. Con que

y - lo estoy , yo estaré c u e rd a : algo de provecho mientas, traem e e! manto. A iv. No l i tra ig as: J u a n . Q ué dices , loco ? A,:g. Dexadle. d .c id le por vida vuestra, Juan . Vive D io s , que siuo viera.Uon Juan si puedí^ eicusar Por eso ves. Pues advierte.

, y o tra diligencia. que en nada q«e cigas te metas.Ang^

Page 16: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

Ang. Si y o , como eae criado d ic e , gobernado hubiera el lan ce , un modo buscara con que ni a lcan ce , ni entienda la ju s tic ia , ni é l , ni nadie,5i fu e , <5 no fue la pendencia d e n tro , ó fuera de tu casa.

'A tv. S í ; pero de qué m anera eso puede conseguirse ?

Ai:g. De una m uy fá c i l , que es esta.Hern. No lo dixe yo < A ng. E l no eitá

en aquesa quadra mesma encerrado desde á noche 2 no es esto asi ?

A lv . Sí. A ng. Pues sea de tantos inconveaientes m edio d é x a r : mas la puerta abrt*. Juan. Y viene aqui.

A v. No es bien,D on J u a n , que á los dos nos vea; porque su en-ijo , y mis 2 clos hoy á empeñarnos no vuelvan.

y-jan. RetíremonjDS de aqui.Ang. Y yo qué h a r i , si es que él quiera

irse ̂ A V. Lo que habías pensado, y á décim os ibas. A.-¡g. Ésa es cosa para tratada a n te s , Aivaro , que hecha.

A lv . T u r.o dices que te atreves á hacer que ninguno entienda lo que ha pasado? Ang. Sí. A lv. Pues h ad o como te parezca, que eso será lo mejor.

A rg . Pues con aquesa hcencia re tirao s , y dexaim e á m i con él. L os dos. Norabuena.Vanse ¡os d o s , y sale Don Diego.

M icho m e h u e lg o , señor Don Diego , de que se sienta tan clentado el esfuerzo v u e s tro , que á dexar se atreva la cama. D i,g Guárdeos el cielo, señ o ra ; mas no os parezca, que es t«do sa lu d , que tiene gran parte de conveniencia, por ao poneros en mas cuidados. Ang. H arto m e cuesta vuestra venida á mi casa; pero con todo e so , en ella procurarem os serviros

en el querer hien, hasta la convalecencia.

Ditg> Yo lo c re o ; y aunque os debotantas h o n ra s , y finezas, deber quisiera una mas.

Ang. Q ué es ?Dieg. Saber como concuerdan

dos acciones tan contrarias, como v e r , que quien me dexa por m u erto , al instante mismo cuide con tanta asistencia de mi sa lu d , y m i vida.

Ang. Bien fácil es la respuesta entre el dexaros por m uerto de mi hermano la violencia, y el querer m atarm e á m i : no pudo ser que mi lengua dixese en una palabra como vos por Beatriz bella venisteis, y no por m i?

Dieg. Sí. A rg. Luego con eso queda respondido , com o pudo, quando imaginó su ofensa, daros m u e r te ; y v id a , luego que supo que no lo e ra l

ZJiffg. Yo me doy por respondido, y voi me daréis licencia para que tome esa silla.

Ang. Yo pedírosla quisiera para atreverm e á ofreceros de sangría esa joyuela.

Dieg- No es la que yo ¡i Be:itriz traxe?Ang. Sí. D ieg. Q ué os obliga á volverla^

quedaos con ella. Ang. Ese n j , que son cosas m uy di tersas, quando los lances se pasan de las burlas á las veras; en una galantería puedo incu rrir , sin que sea nunca del desembarazo el Ínteres consequencia.

Dieg. Pues dadsela á esa criada.Ang. Tampoco. L uis. Como no? vengaAng. Tom adla p u es , y id con Dios,

ved que la silla os espera.Dieg. Guárdeos el cielo mil años.Echasela en el sombrero, vase , y sale*

Hernando, D . A lv aro, y D -Juan.Hsrn. Vive C h ris to , que le dexa

ir. A ngela , pues qué has hecho-Ang. A g u a rd a , no le detengas.

Juan-

Page 17: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

2uan. Como no ? Ang. No vais tras él. A ta le un lienzo,irn. Pues eso yo me lo h iciera ; Ju a n . Yo iré á llam ar quien, pues no hay .

o tro criado mas cerca.A lv . Yo pienso que he de tener

esta es toda la m araña que esperábamos ? A lv . No echas de ver que yo he de entregarle^

Ang. Sí. A lv . Pues qué trazas?^uan. Q ué intentas ?Ang. Q ue se vaya. Hern. Ya se va. Ang. Pues con eso se rem edia,. y no se averigua nada.Alg. S í ; pero no consideras,

qué yo he de d ar cuenca dél ? Ang. Eso pagúelo la hacienda,

y no la reputación, andando ahora tras necias disculpas; y pues que no te han de cortar la cabeza,

. bien está fuera de casa, y lo que viniera venga.

^^ u a n . La rcsoiucion ha sido b iza rra , no sé sí cuerda.

Hern. N i c»erda á m i , ni bizarra me parece, yuan. Q ué no quieras callar ? Hern. Pues cuerpo de Dios, quien ha de tener paciencia para esperar un gran laace, y salir con tan ta flema con soltar un preso , eosa que qualquier dama le suelta ?

Juan. No seas desvergonzado.Hern. Qua;;do el equivoco eiitiendas,

pasara por porquería, ̂ Mo por desvergüenza.Juan. Vive D io s , q u e , bí no callas,

que te rom pa la cabeza.D«/« de ca h iza d a s , y descalabróle.

Hern. Y a , aunque calle , está , señor, hecha aquesa d ilig eac ia : ay que me ha m uerto ! A lv. D . Juan q habéis hecho \Juan . La impaciencia de haberle dicho mil vece», que c a lle , y que ao se irteta en n a d a , me ha ocasionado á hacer acción tan g ro se ra ; perdonad , señora. Hern. Es fa descalabrada ella ? yo solo soy el que tengo de perdonar. Ang. L le g a , llega, a taré te aqueste lienzo, hasta que á curarte vengan.

balsamo en una naveta de mi escritorio. L 'tts . N o es nada para tantas diligencias.

Hern Sí e s , y m uchisirao , toda la com isura está abierta, hasta el mismo pericraneo.Sale el A lg u a c il, y Escribano.

A lg , D .idnos, señora , licencia, que aquel hombre que quedó herido á noche , quisiera tom ar su declaración, si acaso está para hacerla.

Ang. Sí estará , pues que sin ser poiible que le detengan iiuestros ra e g o s , se ha vestido, y ahora salirse intenta de casa.

S e enfurece Hernando.Hern, W luger, qué dices ?A lg . M uy bueno por cierto fuera,

que h o m b re , que por una m uerte le dexó la piedad nuestra preso a q u i , de aqui faltára.

Hern. Q ué sean tan nec io s, que crean lo que dice esta señora ? no deben de conocerla.

A lg , Supuesto que estáis m ejor, ir á la carce es fuerza.

Escr. Vamos , que allá tom arem os la declaración. Hern, Adviertan vuesas m ercedes, que yo no soy. A lg . No se nos defienda.

Hern. Q uien.A lg . Bueno e s tá , vamos presto.Hern. M ata a nadie. A lg , Resistencia.Hern, Q ué es resistencia ?A lg . A n d e , acabe.Hern. C ie lo s , ro ta la cabeza,

y preso por una m uerte?L le va file , y sale D ,J u ú n , y D. Alvaro.

Ju a n . Ya hay quien le cure alli fuera.A lv . Y ya el balsamo está aqui.

Ju a n . Mas qué novedad es esta ?A lv , Q ué ha sido esto ?A ng. Haber sacado

de o tio a.caso otra cau te la:C los

Page 18: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

Fuego de D ios los q\ie per el preso vienen, á Hernando por él se llevan, con que se asegura todo, pues ya no hay riesgo que temas.

J u a n . Vamos tras é l , para hacer en su abono diligencias.

Alv> Yo i r é , vos no v a is , porque ser criado vuestro no entiendan, y no haberlo dicho á noche, despierte alguna sospecha contra vos : donde he de hallaros luego ? Ju a n . A dar iré una vuelta á mi pesada , porque estar con cuidado es fuerza, pues desde á noche no he vuelto.

A lv . Donde es ? Juan . E n la calle mesma del C a rm e n , en una esquina que tiene en frente dos rejas.

A lv , A Dios. Vase.J u a n . h. D io s : vos, señora,

qué me mandais? Ang- Si yo hubiera de suplicaros hoy algo, solo , señor Don Juan , fuera, que h pris-ion perdonéis del c r ia d o , pues es fuerza que él no peligre en acción, que fue en sus principios vuestra; y en sabiendo que la m uerte fue de un lad ró n , y en defensa de su v id a , han de librarle.

]uan- De su prisión no me pesa, tanto ya porque peligre, como porque me detenga.

Ang. Luego ta:i presto pensáis ̂volveros 1 Juan . N o estar quisiera en la corte sola una hora.

A ng . A qué venisteis á ella ?Ju a n . A una pretensión. Ang. No suelen

conseguirse tan apriesa.J u a n . Sí h a c e n , quando la esperanza

que se tien e , 'es no tenerla.A n g . T au dificultoso . h:i sido ?

Ju a n . S í , por ser tan fácil. Ang. Esa mas parece enigm a , que pretensión. Ju a n . Quando lo sea, bien se dexa entender. Ang. Como?

J u a n . Com o en sabien<lo que era m i pretensión una dam a,^ue vine á M adrid por verla, y está enam orada de o tro .

es llana la consequencia de que se rá , por ser fácil, dificultoso quererla.

At.g. D ecis bien ; pero quizá os engañan las sospechas.

Ju a n . Srspechas en la m udanza de m u g i r , sietttpre son ciertas y asi pienso irm e mañana donde las cure la ausencia.

Aftg. Id con Dios.J u a n Guárdeos el cielo. Vase.Ang. Ay Luisa , yo quedo m uerta !Luis. D e qué , señora ? Ang. No sé

com o te diga mi lengua, quanto me na pesado oir,

gue haya de ir e tan apriesa Ion Juan. Lmis. Q ué te va á ti en e:o?

Ang. Ay L u isa , qué eres m uy necia! vame la vida , y el a liiv , que agradecida quisiera pi’garle con a lm a , y v ida; y a s i , pues dixo las señas de su ca sa , vén conmigo, que no faltarán cautelas que le obliguen á quedarse, ó á lo menos le detengan en M adrid aquestos dias, hasta dar tiem po en que p\ieda esta pasión dec lararse: tu a y u d a , ingenio , me presta, que pues la vida le debo, será de quien soy baxeza el perm itir que se vaya, s,’n que le pague la deuda.Va*2se y y salen Jn e s , y Beatriz*

Inés. De ‘que estás triste , señora ?Beat. No te- he contado ( ay de m i!)

el suceso de ayer ? Inés. S í ; pero qué sientes ahora ?

Beaí. Dos cc-sas; es la prim era, que se diga que Don Diego está por mi herido , y luego, que au rque satisfacer quiera á D on A lvaro , de que fue mi desden quien causase que en su casa me buscare, no p r e . 'U m o que podré desvani-cer sus rez.los, porque al oirm e , im agino, que Con unoá zelos vino,

y

Page 19: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

y volvió con otros zelos.Pues ya que los de su honor pudo asegurar , no dudo, que los de su am or no pudo.

Inés. D e su e r te , que tu tem or, varo estée s , que Don A

zeloso ahora de ti, y de D on Diego ? Beat. Es asi.

Inés. Pues cuidado no te dé, que por eso los desvelos cesen en su am or fiel, maldito de Dios aquel que no quiere ma» con zelos.

Beat. Como los suyos podrán desvelarse? el juicio pierdo!

Inés. D i qué piensas que me acuerdo ahora? Beat. D ¿ q u é ?

Inés. De un Don Juan que allá en Sevilla se vi6 u a tiem po favorecido, y ya ea ceniza de olvido vu3la su amor. Beat. Eso no quiero que pienses de m i ; porque no soy yo m uger, que no he de dcxar de querer lo que quise. Inés. Si es asi, como , habiendule querido, estás de otro am or hablando?

Beat. Com o á Don Juan quise , quando c r e í , que fuera mi marido, hoy que ha de serlo prevengo D on Alvaro ; y siendo asi, aquel mismo am or que allí tuv’e , es el que ahora tengo.

Inés. > í ; mas si á escoger te dieran en Don Alvaro , y Don Juan p a ia m arid o , ó galan al u n o , á qUil cscogierao tus amorosos empleos ?

Béat. Yo confiese q«e eligiera á Don Ju a n , que fue prim era elección de mis deseos ; mas ya im posible, he de hacer que sea otro am or mas feliz.

Jnes Ay del au>ente.Sa^en A ngela , y L u isa con mantos.

Ang B eatriz ?Q ué es esto que lleg-» á ver

am iga ? pues como asi, sin a v isa r, se en tra en casa

el bien ? Ang. O ye lo que pasa, sabrás que no es ( ay de m í ! ) fineza de tu amistad, sino v en ir , Beatriz bella, á valerme de t i , y delta.

Beat. Ya sabes mi voluntad.Ang. Yo he m enester que tu á Luísa

un vestido tu y o des, y tu á m i uno tu y o , Inés: luego mi tem or te avisa, que si vienen á buscarme de m i casa , has de decir que entonces me acabo de ir.

Beat. Yo lo h a r é ; pero adm irarm e de oirte es fuerza: di qué ha habido?

Ang. Ay am ig a , no lo s é ; pero yo te lo d iré, m ientras sacas tu el vestido.E n el empeño ( a y de m i !} gue sabes q u e d é , mi hermano a D on D iego h ir ió , ^ tirano quiso darm e m uerte a mi.Un caballero , que habia, de o tra fortuna arrojado, en aí^uel punto llegado, resistió la m uerte mia de su e r te , que en tal cruel lance , b iz a rro , y prudente, cu e rd o , re s tad o , y valiente, hoy estoy viva por el.He sabido que se parte de M adrid , y no quisiera que sin hablarle se fuera, haciendo yo de mi parte con él alguna fineza : y a s i , diifrazada quiero h ab larle , B eatriz , p rim ero ; y ver si la sutileza de las prevenciones mias pueden con lo que pensé, o que no se v a y a , ó que se detenga aqui unos d ia s ; que entre tanto podrá ser, que tenga ocasion m i am or para explicarse m ejor, de cuya industria he de hacer tercera una dama bella, que á M adrid buscando viene, por lo q u a l , ya me conviene descomponerle con e lla j

C 2 y

Page 20: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

* y ^ r a que Sisfrazada no me pueda conocer,L u isa , la dama ha de hacer, y yo he de hacer ia criada.

Beat. Pensé que habia sucedido, acerca de nuestro error, o tra novedad mayor.

A}jg. N o , amiga , esto solo ha sidolo que me trae á tu casa.

Beat. Pues e n tra , y escogerás,L u isa , el vestido que mas te agrade. Ang» F o rtu n a , escasa de favores para mi, am or > y yo te buscamos.

L u is. G u a rd á te , D on J u a n , que vamos A n g e la , y yo contra ti. Vanse.

Beat. Quien será este caballero, que tanto Angela desea hablar? /«gs. Q uien quiera que sea hace b ie n , si considero, que estar debe agradecida una m uger á quien da 8eÍs reales ; pues que será todo el gasto de la vida ?M as volviendo á aquel pasado discurso , al fin , ya espiró D o n ju á n ? Beat. No despiertes, no, cenizas de un h en pasado, que ardiendo todavia e s tá n : y queda , In é s , advertida, que te m ando, que en tu vida no me nombres á Don Juan.

Vanse , y sale Don Juan ,Juan . Q ué bien acompañado

un infeliz está con su cuidado ?por no verme un m om entosin c-1, no he de salir deste aposento;perdón« la gra:.cl¿aade M adrid , v prim ero es nii tristeza,y a s i , con ella á solas vivir quiero,en tan to que ausentarm e.

Salen A n g e la , y Luisa con mantos, y vestí ios diferentes.

L u is . Caballero, si una m uger. A ng. Y a u n dos.

Jua*t. G rave tristeza !JLím. Siempre halló su sagrado en la no­

b leza ;perm itid q le lo sea vuestra casa, mieiitras.por esa calle un hom bre pasa.

porque me va la vida en no ser conocida.

Juan> Sosegaos, señora,y creed que estáis segura por ahora, no siendo la prim era vez (jue me empeñe yo por quien no

quiera.A ng . Y como ^ se ve,q en vos n© es nuevo.yuan. Pues iio,porq á ninguna se lo debo;

reportaos , nadie os sigue.L 'jís . Y o estoy m uerta !A n ^ . Yo no ; mas dcsauciada sí,L u is. Esa puerta

cerrad. Juan . Ya está cerrada, y pues vuelvo á decir, que asegurada podéis e s ta r , si acaso es perm itido, que me digáis vuestro suceso os pido, para que sepa p u n tu a l, y atento en que os puedo servir.

L uis. Estadme a te n to ; pero con condicion, qae descubrirme no habéis, ni conocerm e, ni seguirm e. Yo so y ; pero no es posible deciros mi n o m b re , basta, para lo que he de contaros, sobre que soy una dama de algunas obligaciones, si con esta confianza puede d e c ir , que las tiene quien m uestra que no las guarda: si b ien , las culpas de am or son tan nobles , tan hidalgas, que aunque es yerro cometerlas, es acierto confesarlas.D e a m o r , pues la culpa es mia, siendo de mi mal la causa un caballero, que amante sufrió de mi las templadas iras de a m o r , hasta que el ruego , el llan to , y el ansia pudieron de mis favores coronar sus esperanzas.Apenas favorecido se v ió , quando (h a suerte a irad a !) trocó ( ay hom bres, quien os cree ! ) las finezas en mudanzas.

Hace que se quita un guante.A*̂ g> E l guante te quitas? que

se conocen , no reparas, por los pi<;s , y por Us raaaos

Page 21: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

los d iab lo s , y las criadas ?Luis. D ió ecasioR á mis desdichas

una herm osura g a l l a r d a , cuyo H o m b r e : p e r o dadm e licencia de no n o m b r a r l a , porque no quiero t o m a r tan r u in , tan civil venganza, com o q u i t a r l a el honor, aunque e l l a me q i i i t a el a l m a . S upelo , pedile ze los; qué m a l hice ! que es usada cosa el que ofende con obras satisfacer con palabras.M a s , en f in , como un zeloso todo es a r .u d es , y trazas, las busqué para cogerle dentro de su misma c a sa ; * el medio fue un Ínteres, sobornando una criada, que á esconderm e se atrevió de su quarto en una quadra, con cond icion , que no habia mas de verla , sin hablarla, á cuyo e fec to , saliendo de mi casa , disfrazada como v e is , en tré en la suya, donde escondida , oí que hablaba otra criada con ella, diciendo tales palabras:M uy m a l, señ o ra , á Don Juan de Toledo su am or pagas, pues debicnflole. Qué escucho?

Luis. T u beldad ficiezas tantas, hoy en nuevo am or te empeñas.

^itan. Vülded á d e c ir , que estaba divertido ; á quien n.imbró, señora , aquesa criada ?

Aiig- Ya va el pecador cayendo.Luis. Si la m em oria no engaña,

D on Juan de Toledo dixo : qué 03 adm ira ? qué os espanta ?

Jitan . Puede ser que algo me im porte.Luis. No p iird e , si se repara

en la platica que á esta s ig u ió , pues del<'a se saca, que este Don Juan de Toledo, de quien hoy las dos hablaban, caballero es forastero, pues prosiguió ía c r ia d a ; que seguro él en Sevüia.

estará de tu mudanza.^u a n . Por donde vuestra voz pienSa

que m e ase g u ra , me m ata.Luis. Pues esto á vos en qué puede

im portaros ̂ Juan . A mi en nada, proseguid. Luis. Si os doy pesar, para qué ? yttan . Para que salga de una duda. L uis. Yo io he dicho, por solo honestar la causa á t mi dolor , pues ingrato me olvida por t^uien Te agravia.

yu a n . No os afl’ja is , proseguid«Luis. En esto las dos hablaban,

quando á la puerta llamaron.L lam an dzntro..

A tig. Y ami á aquesta tam bién llaman.Luis. Ay de m i ! si á mi me buscan.Juan. N o teniai*, á aquesa quadra

os re tir a d , y creed que m uera en vuestra demanda.

Ar.g. Ko resp o n d er, no es m e jo r!Juan. N o,que oyendo que aqui se habla,

parecerá ¿obarcíia, ó cuidado ; e n tra d , qud aguarda vuettro tem or ? X^tis. V é a , señora, qué dices de la m araña ?

Ar.g. Q ue has entrado bien en ella; quiere a m o r , que con bien salgas.

Retirase ju n ta al paño.5^«;n. Q uien es?L la m a á la puerta recio Don Alvaro.A lv .Y o , D o n ju á n . A rg . A y triste!

m i hermano. L u is. O ye, m ira, y calla.Juan. Don A lvaro , qué hay de nuevo!A lv . No ha llegado Hernando á casal

Hernando? pues no está presoáA lv . S í ; mas oid lo que p a sa ;

tras él á la cárcel fu i,V hablando al Juez de la causa, le dijce , com a á aquel hom bre quisieron quitar la capa Á ruis umbrales á noche, en cuya defensa, se halla tan a .en tadü , que dexa m uerto uno de una estocada* C octéle que saliá herido, y cjue entrándole en m i casa le curé en e lla , y le tuve p reso , de donde le sacan con gran riesgo de su vida •

ti

Page 22: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

él desto in fo rm ado , m anda en ese aposento está,que me le entreguen segunda vez , debaxo de fianza.porque se cure , y esté de m anifiesto; á esta cansa, pensé que hubiera llegado; mas tomándole quedaban su dec la rac ión , y asi, por eso sin duda tarda.

Juan. M ucho , Don Alvaro , estimo tan ^ran diligencia. A lv . E n nada os S i r v o , pues yo soy mas interesado en la instancia de su lib e rtad , que vos, pues con esa se repara , no echar menos á Don D ieg o ; con cuya ausencia se salva el decoro de Beatriz, y el engaño de mi hermana.

Sale Hernando empañada la cabeza.Hern- A pensar que hablabais de esa

m u g e r , vive D io s , no entrara, aunque fuera el paraíso terrenal aquesta estancia.

Ju a n . Seas , H ernando, bien venido.Hern. No te me acerques , aparta,

que si v en g o , es solo á darte cuenta de tu ropa blanca, tu d in e ro , tus vestidos, y pasarm e luego á Francia.

Juan.VoT qufc?Híf«.Porq estar no quiero con amo que descalabra un h o ra , ni ha de tener amigo que tenga herm ana el que yo desde hoy sirviere.

A lv . Ño miras que en confianza estás mia ? H irn . Eso qué im porta ? diga usted á aquella dam a, que yo la beso las m anos, y que quando |>or m i vayan, ponga á o tro en mi lu g a r,(^ue yo sé que no h aré falta,SI ella lo tom a á su cargo.

Jua ti. H ernando , el enojo basta.A lv . E a , H ernando , por tu vida,H e r n . N o sé que tiene de damas

los amos.JTíí j«.Como?Hftf«.Se quieren m a s , q a a n i } mas mal nos tratan.

Jur.fu Yo no he menester con vos cum plim ientos; una dama

lugar me dad para hablarla.A lv . Tan presto teneis empleo ?

mas notable es mi ignorancia, habiéndome dicho á noche, que habíais venido á buscarla.

J u a n . Pues no es ella por quien vine, y antes hablándome estaba de m i , y della , bin saber ni de q u ie n , ni con quien habla.

A 'u.Pues como aqui v i n o H u y e n d o .A lv. De q áen ? Juan . No sé.A lv . E lla es extraña

novela , si no es tram oya de algunas mugeres que andan embioíiendo á forasteros.

Ju a n . Algo me habéis dicho , para que haga reparo en PÍguaas bien notables circunstancias; ahora b ie n , idos con Dios, que yo con esa palabra sola quedo prevenido.

A lv . Ved si será de im portancia, que y o en la cade os espere.

Ju a n . N o , pero en alguna casa podéis estar escondido, y seguirla quando salga, que yo deseo saber quien e s , y he de asegurarla, no siguiéndola yo, rú es fiad de mi lo que me encarga vuestro cuidado , y á Dios. Vasi»

Hern. Dígale usted á su herm ana, que estoy m uy agradecido.

J u jn . Q ué es esto que por mi pasa ? vive Dios que aqui hay tram oya, y que tengo de apurarla.

Hern. Todavia , señor , duran esa>, sombras , y faiitasmas ?

Juan . Ya se fue ; salir podéis.Hablando con ellas.

Hern. Estás loco ? con quien hablas? Salen Angela , y hu isa tapadas.

Luis. Con ese seguro salgo,H irn. Cuerpo de t a l , esto estaba

escondido ? Luis. Q uien era ese cabal.ero que os bu-Cuba.

Ju a n . Un amigo ; proseguid la h is to ria , que comenzada dexasteis. Luis. No hay para qué,

su-

Page 23: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

es justo . Hern. Y sobre estas gracias, es la m ayor em bustera, y en red ad o ra , que se halla desde el R astro , hasta la cruz de M o ra n , y con haber tan ta s :

M írale con cuidado. pero en qué estáis reparando ?

Ang. E n que las señas me engañan, ó aquesa herida. Hern.Qué^ A ngM us parece calabazada, que o tra cosa. H ern. Vive Dios, que debe de ser herm ana de o tro amigo de mi amo.

Luis. Si todo aquesto no ba¿ta, quando , Don Jfuan, quere is ver Tuestros z e b s cara á cara ? vereis si yo m ie n to , 6 no.

Juan. Aunque esa en mi es excusada diligencia, con todo esa he de tom ar por venganza, que ella sepa que lo se, y solo por esta causa dilatare mí partida cnanto quisiereis. L uis. M añana, o esotro os avisaré.

Juan . Con quien? Luis. Con esa criada* A ‘.g. Y yo . vendré m uy contenta,

que caballet'os que amparan las mugeres , es razón que con la v id a , y el alma igualm ente los sirvamos las c riad as , y las amas.

Ju a n . Pues norabuena; id con Dios. L u is . A Dios, pues. ¿Ing.Albricias,alma,

que ya i>o se irá tan presto, pues zelos, y am or le paran. Vanse*

Hern. Q ué , las dexas ir sin verlas i Ju a n . No pienses que las dexára,

á no saber que en la calle Don Alvaro las aguarda.

Hern. Pues siendo a s i , no las sigo, y en tanto veré si falta algo de la alcoba. Ju a n . Estás loco ? Hern. Pues de eso te espantas ? sabe que hay en M adrid m ugere> , que por enaguas se suelen puestav't llevar las sabanas de la cama. Vanse^

S a ltn L u isa , y Argela.Luis* te liab rau , señora, echado

lupuesto que lo que falta no es mas de que quien llamó, era de mi mal la causa.Q ue apenas le vi e n tra r , quando llena de zelosa rabia s a lí , haciendo mil locuras, hasta que desesperada tomé la puerta , viniendo por esa c a lle , pasaba un h o m b re , que a í l i , sin duda, si me co n o ce , m e m ata.E n trém e aqui huyendo ; y puesto que ya estoy asegurada de que no me conociese, dad licencia que rae vaya.

Ju.in. Eso no , que siendo yode quien vos decís que hablaban, según el n cm b re , y las señas, esa d a m a , y su criada, no tengo de persuadirm e á que esto el acaso lo haya dispuesto a s i , sino que vos venís cc n o tra causa, y ssl he de saber quien sois.

Luis. No lo in teiite is, que palabra os d o y , que en otra ocasion lo-sep: i«5. Herfi. Y usted ho habla?

A :g. Sí h ab lo , mas no con lacayos; pero d.ga , por q u i causa ha fstadti p re so , y herido usted ? Hern. Ahí es que no es nada, diez capeadores quisieron quitarm e á noche la capa, yendo solo- Yendo solo?

Hern. Sí, mi amo es Juan de buen alm a, en una casa se entró, m ie-itrai que yo á cuchilladas á uno m a té , á tres herí, y seis volvieron la espalda: saqué aqueste p!quÉ;tiUo, y quede v iv o , á Dios gracias.

Aí:g. Sí mas como le prendieron ?Hern. Como una loca , borracha

de una herm ana de un am igo ( no mas amigo de herm ana ) dió el soplo. iíj^ .F w em u y m al hecho.

H ern Y como que fu e , no me haga D.'os mas bien en esta vida, que m atarla á bofetadas.

A ng. A quien esas gracia& tk n e .

Page 24: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

Fuego de D ìos menos en casa ? Ang. No habrán, pues mi herm ano con Don Juan, y en la prisión del criado toda la m añana ha estado divertido. Luis. E n casa entremos de B ?a triz , destrocaremos estos vestidos. Ang. Qué erro r no hará en sus fines am or, siendo en su principio extremos ?

V a n se, y sale Alvaro*A lv . Como aquesta d am a, quando

de la posada salía, vió que nadie la següia, su rezelo asegurando, ni tem iendo, ni dudando, hasta esta calle ha venido, sin verme : quien habrá -sido m uger que ( m as, ó infeliz ! ) en casa en tra de Beatriz ?Y si ahora en el vestido reparo , viven lo s , cielos, que me acuerdo ( dura estrella ! ) de habersele visto á ella : quien por ágenos, desvelos espia fue de sus zelos, sino yo ? mas qué esperáis sentim ientos, si no entráis a apurar vuestro dolor, antes que pueda.

Sale Don Pedro.P td . Señor

Don A lvaro , donde vais ?A lv . P or esta calle venia,

y im portándom e llegar á esotra ( a y de m i ! ) pasar por vuestra casa querria.

P tf J .I d , p u e s , que no es cortesia teneros; y mas si am or os lleva. Vase.

A lv . Q ué sin tem or m e h a dexado en su portal 1 mas quando no está el leal en las manos del tra idor?Y a vuelve la e sq u in a , y puedo sin n ingan tem or subir á su quarto. ,

Vase, y salen B eatriz, tiAgela, y Lutsa. Beat. Si te vió

m i padre , Angela , al salir <Ang- No p u d o , porque y a estaba

yo en tu q u a r to , quando vi que él baxaba : Luisa entra, mudaremos. Beat. Y en. fin, como sucedió ? Ang. Bien , pues por lo menos conseguí, que por ahora no se vaya.

Beat. Como ? A rg . Solo con decir m uchos males de una dam a, que en toda mi vida vi, ni sé quien es.

Sale In és alborotada^Inés. A y señora,

tu hermano. Luis. Donde hemos de ir, que no nos siga este herm ano l

Ang. Pues no es ju s to , estando asi, que me vea ; no le digas que aqui estoy.

Escóndese, y sale Don Alvaro.A lv . Aunque infeliz

m i deseo, venga siempre trayendo un pesar tras sí, porque con menos padrino no se atreviera á venir á vuestra casa , escuchadme.

Beat. Como , D on Alvaro , asi á estas horas en m i casa entráis ? A l t . Como no hay en mi arbitrio para atender, ni acción para d iscu rr ir : tan presto os habéis mudado el vestido ? Beat. Que decis ? ^

A lv . Q ue os vengo , Beatriz, siguiendo desde que os m iré salir de una casa. Beat. No paséis adelante , que venis niuy ciego , y desalum brado.

A lv . Pues qué se hicieron , decid, dos m u g eres , que yo en trar ahora en vuestra casa vi ?

Beat. Pasarían , como tiene m i c a sa , si lo advertís, o tra p u e r ta , á esotra calle.

A lv . E?a respuesta le diyo á vuestro p a d re ; y no es bien, que áspid del viento sutil, habiéndola yo engendrado, se me vuelva contra m i ; y vuestro el vestido , y vuestra la ca sa , y h a b e r , en fin, quit^doosle tan aprisa,

da

Page 25: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

da m ucho que p resu m ir; y he de sa b e r, vive Dios, a q u e , con acción tan vil, una m uger como vos se atreve tapada á ir á una casa de posadas, á buscar, con necio ardid, á un forastero. Afigela sale a l paño.

Ang. Esto está peor que e s tab a , que á mí, como yo h ic e , ha de culparm e, para disculparse á sí.

Beat. Estáis loco ? A lv , Loco estoy.Ang. Ingenio , un modo elegid,

que a mi hermano desengañe, y desempeñe á Beatriz.

Me.jt. A tan necia grosería, como im aginar de mi tan baxa acc ió n , solo puedo responsíeros. A lv . Como <

Pasan L u is a , y A n g e la , por delante m'4y apriesa,

Ang. Asi: meteos vos en lo que os toca, y no mas. Vante.

Seat, Bien advertís,Don Alvaro , si era yo la dama que vos segu ís: y con e s to , idos con Dios, que es hora ya de venir mí padre. A lv , Decís m uy bien.

Hace que se va.Beat. Pues no ha de ser por ahí,

sino por esotra puerta.A lv. E sto , c íe lo s , es sentir ?Beat. Esto am ar?

Hérn, Q uien ha de II«gar ?Ju a n . Tu. Hern, Yo

á esa casa ? no lo creas.Juan.l^or qué?H ír,Porque no hay pollino,

que no rehúse el camino, riondé tropezó. Jua 'i. No seas cansado , m ira que á mi no e itá bien llegar. Hern. Ni á mi,

Ju a n , Porque no lo he de in ten tar, m ientras Don Alvaro ahí no estuviere. Hern. Yo no quiero en trar , que es mas que eso , aunqut San Alvaro mismo esté ; mas si me dices prim ero, porque no entras tu , iré yo.

Ju a n . A *u herm ana d i la vida, y está tan agradecida a aquella accioi», que no quiero que algún pensamiento haga en m i , al verla tan bella, deseo de lo que en ella es solo agradecim ’e n to ; y $i la verdad dixera, mas en esto hablar no q u ie ro : en esa esquina te espero, lleg^a, y llama. Hern. N o quisiera decir de quan mala gana voy. D a golpes Hernando.

D ent. Luis, Q uien es ?Hern, Yo soy. L u is. Q uien digo?Hern. E l criado del am igo

del herm ano de la hermana.Sale Luisa.

Luis. Señor H ernando , uced sea muchas veces bien ven ido : como en la cárcel le ha ido ?

¿ la puerta. Esto querer? Hern, M uy bien.el querer bien. L u is. Q uien habrá que crea,

dírélo á mi a m a , que ha estadoA m en , amen.

JO R N A D A T E R C E R A .

S ^ e n D o n ju á n, y Hernando, Ju.jn . Con deseo de saber

la Cünfusion de mí pecho, la diligencia que ha hecho' Don A lvaro , vengo á ver si ya á su casa volvió :Hega , y si está en e lla , di, H ernando , que estoy aqui.

con muchísimo cuidado de su prisión. Hern. Yo lo creo, según la experiencia tengo.

L la m a Lu isa recio. S eñ o ra l Hern. No hay para qué

llam arla , porque me iré sin decirla á lo que vengo.

Sale Angela.A ng. Q uien á la puerta llamaba,

L u isa , qué te obliga ahora

Page 26: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

j l .á dar voces? tíern. Y o , señora,\ jque á Don Alvaro buscaba,

porque mi amo quería nablarle. Ang. O señor Hernando, quando estaba deseando verle I Hern. Tanta cortesía * para mi humilde criado?

A ng. Criado de urt hom bre, á quien yo debo el v iv ir , por que no ?

Hern. Eso fuera bien m irado, quando la justicia vino.

A ng. Entonces no pude yo escusarlo. Hern. Como no?

A ‘7¿. Com o mi Ingenio previno enmendar con esa acción todo el suceso pasado.

Hern. Lastim a es no haberm e ahorcado, habiendo t.^nta razón.

A ng. O tra es la que yo tem ía, quando eso hubiera de ser.

H irr . O tra ? Ang- Sí.Hern. Qual es ? Ang^ Saber

que fue vuestra valentía, quien m ató uno , tres hirió, y seis se fueron huyendo, quando vucstro amo corriendo, en u;ia casa se entró, m ientras qae vos , como un C id , cumplíais su obiigacíon.

H irn . Demonios , vive D io s, son las m ugeres de M adrid.

A ng. Pero habla-os no quisiera en cosas pasadas ya, á donde D on Juan está ?

Hsrn» E n esa esquina me espera.A ng. Pues d'^cid e , gue mi hermano

no está a q a i ; y si ha .ie esperalle, sea en casa , y no en la ca;le.

Hern. Yo se lo d ír i , aunque an vano querrá su punt i tUdad Tásar de esa cortesía.

Ang. Por qué? H ’rn. Porque es todavía caba lero de Ciudad,

Ang^ Para que no lo s e a , y no pueda escusarse de en trar, si á mi h e rn n n o ha de esperar,YC t u , L u is a , y d i , que yo le suplico , no se esté en ia ca lle : y m ientras viene, dim e t u , ejü qué estado tiene

su partida ? Hern. Nada sé,A ng. Ha visto la celebrada

dama que vino buscaado?Hern. No se nada. A ng. D im e quando

la viste t« ? Hern. N o sé nada.Af-ig. E n qué estado están sus zelos ?Hern. Ya he dicho que nada sé.A ng. Pues yo s í , y te ío diré

á t i ; todos sus desvelos nacieron de averiguar que ella otro galan tenia.

Hern. H ay tan gran bellaquería ! solo eso me hiciera hablar : otr© g a lan , vive Dios, hay quien diga ? A n g Q né te admira?

Hern. E l ser tan grande m entira, que no eran sino otros jjos.

A ng. Ya viene ; como haré , cielos, que sin que mi honor se ofenda, mis sentimientos entienda?

Sa!en Don J u a n , y Luisa.Ju a n . Ya que. mis locos rezelos

no se escusan de no enfrar, como h a ré , que sus intentos no entiendan mis sentimientos ?

Ang. Qiié vergüenza ! Juan . Q ué pesar! una criada , ceñora, r»e dixo que me Uamaís, y (i ver vengo que m indais.

Ang. Suplicaros, que si ahora habéis , señor , de esperar á D>.'n Alvaro , no sea én la calle. “Ju a n . Quien desea solo se rv ir , y agra.'lar, m uchas veces no se atreve á usar de todo el favor.

Ang. Eso es extrañar , ser.: r, el que aquesta casa os d eb e : fuera de que otro cuidado esta licencia me dió.

Juan . Cuidado ? Ang. S í , porque yo, D oh J u a n , habiendo escuchado de vos mismo , que unos *eloi tan presto os hacen volver, le he ten id o , de saber en que estado sus desvelos e s tán , y quando será la partida. 'Juan. Mal podré, porque u n o , ni otro no s¿, res¿)oaderos. Ang. C laro está,

que

Page 27: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

que habrá m udado intención aquella d am a , que Hernando me estaba ahora contando, q ae á Y e ro s fue. Mern, A y tal traición!

Juan. Siempre has de ser hablador ?fc rn . Luego crees que verdad sea I

toda mi vida rae vea sin d in e ro , y con amor, si la he hablado palabra.

Ang. Eso que viene á im portar ?Hern. No te debes de acordar,

que €6 a m o , que descalabra por menos que eso. A ng. Si yo pensara que esto pudiera disgustar , no lo dixera ; pero é l , en f in , me contó, que una principal señora .i buscaros habia ido.

Juan- Nada callsr has sabido ?Hern- O ye mi disculpa a h o ra ;

como pude yo decir, que. era principal persona una picara buscona, que soio debió de ir á cam par con su fartuna, que otras llaman pecorea ?

Juan. Posible e s , que en ti no rea acción , ni palabra alguna, que ao sea de hombre vil ?

A m a g a lc , y detienele Angela.Hern. D e te n te , no hay para que

me descalabres, pues que no tiene ya el A 'guacil que haeer en aquesta .casa ; y a s i , poco habrá im portado que eaté , ó no descalabrado.

A ng. Sabiendo , pues, lo que os pasa con la dama de que hablamos, solo he querido saber ti la hemos de agradecer un dia mas en que os sirvamos: p u es, á lo que él me contó, prom ete finezas raras.

Hern. Yo ? A n^. Si tu no lo contáras, pudiera saberlo yo ?

Juan. C laro e s , no supo callar, y ahora parecer muda.

Hern. No me acuerdo ; mas sin duda yo In debí de contar.

Juan. Q uando yo por é! no mas

^ esotras se adelanta? misma m anera,

en M adrid me he detenido.Ar.g. Y no por ella ? Juan . No he sido

tan confiado jamas.Ang. Pues b ien . D o n ju án , podéis serio,

que en m érito conocido, defecto es no haberlo sido.

5̂ ^M^7«.Como? ^».£^.0id,si quereis saberlo; qu5 á rb o l, qué piedra , ó qué planta diera al enfermo salud, si negara la virtud con queY de laqué á rb o l, pi«dra , ó planta rara no m a ta ra , si ostenfára la virtud que no tuviera ?Luego al hombre le conviene,ii es que perfecto ha de obrar, ni la que tiene callar, ni decir la que no tiene; con qne igwahnenfe culpado en el m e n tó habrá sido el que es sin él presum ido, que con ¿1 desconfiado.

Hern. Señor, no ! o entiendes ? 5^«<7«.No; v a a o 3 son mis pareceres.

Hern. Ahora echo de v e r , que «res• mas m entecato , que yo.Juan. E n vuestra m axim a fundo

mi te m o r , pues considero e n m i el erro r del prim ero, sin l a r a E o n del segundo.

Ang. Pues os engañais , que están en vos m uy de parte mia gala , ingenio , bizarría, nobleza.

Sale Den Alvaro.A lv- A ngela? Don Ju an ?Z/«íí.Buen semblante traeA ng .O quanto

tem í si nos conoció !Luis. Bien haya quien inventó

taparse , y m order el manto.Ali/.' Q uanto he estimado el hallaros

a q u i ! Juan . V inieado yo ahora á buscaros, m i señora D oña Ange’a , me ha m andado quo os espere. Alv- Sabe bien quanto os estim o , m i-herm ana , y quanto esta casa gana con voí. Juan . Supisteis ya quien era aquella dam a ; A iv. N o ;

D * y

Page 28: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

Fuego de D ios y aun Im porta que aqui este Angela al contar lo que con ella me sucedió.

Pues sepa yo lo que ha side, si es que el efecto he de cir.

A lv . Don Juan me mandó seguir do* mugeres. Af^g- Y qué ha habido?

A lv . Q ue al ir tras eUas, entraron en casa de Beatriz bella.

A*ig. D e Beatriz ? A lv . Sí, y aun ser ella mis temores sospecharon: y mas no habiendo caldo, como hay mil de una manera, hasta entonce» , de que era suyo tam bién el vestido, con cuyo reaelo entré en su quarto. Juaf^. Proseguid.

AfJg. Y en fin era ella ? A lv . N o , o id ; como tan necio llegué, co lé rico , y ofendido, viendo el daño que causó, de su aposento salió la dama que habia seguido, y con el m anto en la boca.

y u 2 t¡. R aras cosas me contais.A lv . Dixo al pasar : no os metal»

vos en mas de lo que os toca.A¡ig. Dixo bien. A lv . Con que forzoso

el no conocerla fue, pues con B eatriz me quedé disculpando lo zeleso qire habia estad o ; pero ella qüien es la dam a d irá,V mas á Angela , si va,D on Juan , esta tarde á vella, y á pagarla la visita, á cuyo efecto he querido que haya el suceso sabido.

Juüfi. Será m erced Infinita, que quiera saber quien fue.

A ^g . Pues de mi ingenio fiad la diligencia , y pensad que desde ahora lo sé.

Juan . Haréis á un triste feliz.Habla A^^gela con Luisa.

A ^ g . Al punto i r é ; hoy has de ver,

3ue o tra vez m e he de valer e la casa de Beatriz,

pues un p ap e l: pero ven, que allá dentro lo íftbrás»

Luis. G ran m araña urdiendo vas, quiera Dios que pare en bien.

V a n it las dos.A lv . Don J u a n , yo tengo esta tarde

que h a c e r , seguro vais ya de que m i herm ana sabrá quien ha sido. DIos.os guarde. Vasi.

Ju a n . H ernando , tu has entendido algo desto que ha pasado ?

H trn . D iera ahora por ser letrado, el estar p re so , y herido.

Ju&n. Salir de en cas de B eatris, y con su vestido , quien a verme fue , m uestra bien quanto es m i am or Infeliz;>ues sabiendo que aquí estaba, laber enviado á buscarme

á quien pudiera contarm e que ella otro galan am aba, y haberm e ofrecido ( ha ciclos!} que para darm e venganza de su o lv ido , y sa wíiidanza, me llevará á ver mis zelos; decirm e e r , que en vano espera m i am or su agrado , y que no la b-isque. Hern. Escucha , que yo lo enriendo de otra m anera : saber allá la criada que con la tapaá.i en tró , s e ñ o r , que mi herida no fue mas que calabazada, y tener acá cuidado de quando te vas , y en fin, saber todo el caso , sin haberlo yo contado; m ucho da á entender , que es ella quien quiere descomponerte con e s e tra , por quererte.

yu a n . Para eso de B eatriz bella no se valiera. Hern. Es verdad ; pero quizá s« v^lió, sin saber de quien , pues no sabe de tu voluntad, mas de que aqui enamorado vienes , pero no de quien.

Juan . Eso es querer tu también haberte en sahid cu 'ado de lo que la has dicho. Herti. Dos tinas de p e z , y alq in tran rae frian*

5 a -

Page 29: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

Sale Luisa tapada con un billete cot' Mern- Y m aldita sea ia vida, riendo.

1/Míi. Señor Don Juan, leed este p ap e l, y á Dios.

J u a n .T e r th , Hernando.Hern. O y e , cruel. Asela de un brazo.L u is. Si me tenéis, á seguis,

ved que nada conseguís de lo que dice el papel.

Juan. Pues por si me está mejor lo que é! d ic e , que no el vero», será justo deteneros, hasta leerlo. Hern. S í , señor.

Lee D. Juan. M al w salió la diligencia

y el alma que ta l la dió.Ju a n . Por mi su lio n o r, y su fama

lugar halló á la disculpa.Hern. Y vino" á tener la culpa

nuestra susodicha dama.Ju a n . La justicia que llegó,

buscándome , por el ruido.Hern. Ser entonces o tro herido

el hom icida creyó.Jw.?«. Tanto la herm ana ingeniosa

lo fingió , que parecía.Hern. Q ue su herm ano la tenia

para Monja Religiosa.de aquel caballero , yo lo dispuse asi, Juan . U w ), en fin , y otro suceso forque no debáis á ageno cuidado lo rem edio en su industria halló» que podéis á m i fm eza: esta tarde quie~roqueveaisenvuestros desengaños mis - ---------------verdades ; esperad en vuestra casa d Vióme otra d am a , que y aquien irá por vo s ,y venid con un cria- c«»do solofque aunque soy corriente,nosoy a m i ^ de amigos. Dios os guarde.

Juan. E sto dice ; pues tan breve plazo to m a , he de apurar adonde puede llegar lo que á este eegaño la m ueve: d ex a la , H ernando; id con Dios.

Suélta la .Luis. Yo estaba de tal m anere,

que aun co» el diablo me fuera. Vase.J 9 1/J. Qué es aquesto que á los dos

nos sucede \ Hern. Yo que sé ?Juttn . Q uien pudiera irse acordando!

Paseanse.Hern. Velo tu recopilando,

que yo te respóndele.Juan . D e una dama los amores

en M adrid me hacen entrar.Hern. Donde es lo mismo buscar

d am as, que hallar capcadc res.J u ^n . A uno en el prim er combate

m a te , encontrándole airado.Hern. Con quien un enamorado

h a lla rá , que no le m ate ?JuMn. E n tré en lance taa urgente,

d jnde un am igo le allana.Hern. Y este tal tiene una herm ana

en gram atica sapiente.Ju a n . A e!la di la \id a yo,

eii un erro r coi.yencida.

Hern. Tan fá c il , como ser yo el descalabrado , y preso.

tan. Vióme otra d am a , quv s é , ^ e de B eatriz se fia.

Hern. Q ualquier Cardenal envía su m uía donde él no va.

Juan- E sta con industria , y arte hoy desengañarme quiere.

Hern. Y lo que a lli sucediere, dirá la segunda parte.

J u a n .V é n , p u e s , conm igo, que yo hoy tengo de salier: pero no es aquel caballero á quien Don Alvaro hirió ?

Hern. E l mismo. J a d « . P u esá un pesar el rostro quiero volver, él v en d rá , no es bien hacer que le vamos á buscar. Vanse,

Sale Dan Diego,D ieg. Apenas convalecido

saljQ de casa (a y de m i ! ) quando al prim ero que aquí en cu en tro , el amigo ha sido de Dtj.11 A lvaro , no sé si empiece en él la esperanza,, que traigo de m i venganza; pero no , puesto que aunque me hirió , no son mis desvelos atentos á aquel pesar, pues no me toca vengar la herida , fino los zelos q u 2 de Don Alvaro ten g o ; pues vi , quando oculto estaba^ que á Beatriz enam oraba:

Page 30: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

& 0 Fuego de D iosy a s í , en esta calle tengo de hacer , si por ella pasa, que v e a , que ni h a y , ni ha habido quien valisnfí no haya sido dentro de su mi>ma casa.A unque , si mejor advierto, m uy distinto es pretender reñ ir , que satisfacer; y a s i , será lo mas cierto de o tra m anera buscalle ; y pues S8 , que no se aleja, deste u m b ra l, y desta reja, esta noche he de m ;u a lle ; donde , si vengada quedo, verá , que al ser su homicida, puedo perdonar la vida, pero los zelos no puedo. Vase.

Salen Doña B ea tr iz , y Dona Angela.Beat. Desperdicio e s , no hacer muchos

prestamos de am or , á quien tan puntualm ente los paga.

Ang. Ño tienes que agradecer pun tualidad , ni fineza,B ea triz , y mas esta vez, porque traigo m uchas cosas que hablar contigo. Beat. Pues ven aL estrado. Ang. No pasemos de a ^ u i , que aqui estamos bien, que im porta estar á la m ira de esa puerta . Beat. Em pieza , pues.

Ang. A qué piensas que he venid® tan puntual? á saber quien es ( ay am iga m ia ! ) la dama tapada , que siguió mi hermano. Beat. Pues eso bien fácil es de en ten d e r: yo se lo diré. Ang. No quiero <que tan liberal esttís, que andes traidora conmigo, por andar fina con él.

Bear. D im e , qué le va á tu hermano en saberlo? A ng. Solo ser cuidado de un grande amigo.

Beat. Y es el caballíro á quien me contaste que la v iia , y el honor debes ? Af?g. E l es,

► ^ Beat. Sin conocerle le estoy agradecida , porque siendo y o , A n g e la , la causa de aquel tu d isgusto , es bien

en el querer bien.que corra por cuenta mía haberte sacado del.

Ang. Pues si agradecida e=5tás, ocasion tienes en que m ostrarlo , aquí me has de dar licencia de hab’ar con el.

Beat. E n mi casa ? pues no adviertes el inconveniente que es m i padre ? Ang. Si esta visita hubiera , Beatriz , de ser publicam ente en tu estrado, entonces tem ieras b ie n ; pero tú en tu q u a r te , am iga, ni le has de o ir , ni ver, que él ha de pensar que está en cas de su dama. Beat. Pues como eso puede ser ? Ang. Como le he escrito por ■un papel, que le traigo a ver sus zelos.

Beat. Y como saldrás despues, qae no los vea? Fingiendoalgún, accidente á quien echar la c u lp a , que yo no pretendo mas de que crea que le hab’q verdad, y asegurarle. Bfíjf. Está b ie n : mas conocerte no temes?

Ang. N o , porque no me ha de ver la cara , que yo con manto he de estar ; pue* yo tam bién forastera desta casa para con él s o y , y el ser tan tarde y a , me asegura mas. Beat. Aunque llego á tem er tu p e lig ro , y mi peligro, te tengo de obedecer, viendote tan empeñada.

Ang. Yo sé que si tu le tes , me disculpes en am ar, antes que en agradecer.

Sale Luisa.Luis. Seúorti ? Ang. Luisa , qué hay ?

Luis. Ya está en el porta! aquel caballero. P u e s , B eatriz,vete tú á tü q u a r to , y ten cuenta de av isa r, si hubiere novedad, y dile á Inés, que en esotra parte cíI mismo cuidado tenga. Beat. Sí h iré.

Ang. No dexe* encender luces,que

Page 31: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

que presto se irá. Beat. No sé qué pesar llevo en el alma ! Vase.

Ang. Baxa t u , Luisa, por él. Va por él. cubrirém e yo en tre ta n to : quien , cielos , creyera , quien, qne mi libre condicion, que mi soberbia altivez se postrara !

Salen Don Ju a n , Hernando, y Luisa .Luis. Pisa quedo.

Apenas muevo los p ie s ; no hagas ruido,Hernando.Hern.M enos ru ido h a g o , que una m uger recien venida á M adrid sin tia , ni madre. Ang. Es ( a m o r , disfraza mi voz) el seúor D o n ju á n ? /u a « . Y quien creyendo la voz que oye, adora lo que n© ve.

Ai'.g. Perdonad el que no traigan lu ces , que no puede ser, á esta quadra. Hern. Es el molino de la polvora ? Ang. No es, sino un aposen to , donde la criada que os conté, me hizo ver mi desíngafio, y prestid, Don J u a n , rereis si os dixe verdad , ó no, viendo los vuestros también.

Juan. Aunque dado por entonces, después acá no dudé, que ya s i , que desengaños son m uy fáciles de ver.

Af jg. Una fot tuna los dos corremos , yo quiero b i 'n , y no soy correspondida.

Jti:¡n. H arta desdicha ten e is; pero en mi ya no es aaior esta diligencia. Ang Q ué es ?

J u jn . T e m a , porque no se qued t aquesta d am a , por quien vine , m uy falsa conmigo, pensando que yo no sé sus traiciones, Ang. Sin am or se hacen ( no lo he de c re e r ) por tem a finezas ? Juafi. Sí.

Hern. Y d ‘ga vuesamerced, es la famula por dicha, que á noche o n su fue?

Luis. La misma. Hern. M uy enojado

estoy con vos. Luis. Y por qué?Hern. Porque fuisteis á decir

todo lo que yo os conté de mi h e r id a , y mi prisión á la herm ana Angela. Luis. Q uien es la herm ana Angela? Hern. Un alma de Dios. Luis. Pues debió de ser revelación. Hern. Es sin duda.

H an estado hablando Don J u a n « D q- ña Angela.

A ng . Bien Don Juan , se echa de ver, pues que por tem a venis que ya nuevo am or tenets con quien despicaros. J u a n Yo ?

Ang. No im porta que os declareis, que yo *é que cierta dasia , agradecida de haber recibido en un em peño de vos la v ida, se ve en térm inos de perderla por vos. yuan . No d iscurro quien pueda ser. Ang. Quereis que yolo diga? yuan . M erced me haréis.

Ang. Puej sabed. Hern. Oigamos esto.Ang. Q ue estando.

Sale Inés alborotada.Inés. Señora ? Ang. Inés,

qué hay de nuevo ?Inés. Q ue tu herm ano

en tra en casa. H n n . Q ué escuché? Si herm ana es también , qué mucho que sea embwstera tam bién ?

Juan. Si esta m uger escondida viene sus zelos á ver, como y o , H ernando , los m ios, com o asi habla ? Hern. No sé.

Ang. Ay de m¡ ! D on Juan , forzoso sera que ahora os ausenteis, que otro dia habrá ccasion.

yuan. En todo he de (jbedecer.Llevale , In é s , por esotra

puerta. Sale R eatriz ajustada.Beat. Los pasos deten ;

por no descubrir quien soy, ap. c .iaJa me fing iré,¿ q.ie Angela me e iien d erá r señora , tu padre. ^Her.i. Bien, padre , y hermano tenemos ?

yuan . Q uien será aquesta m uger, que en aquesta casa tiene

Page 32: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

j nFuego de D ios

^ ¿ ^ f i d r e , y hermano ? A ng. Crwcl fortuua ! P or esa puerta salir no puede ? Beat. No. A ng . Pues ni por esotra tannpoco.

Juan . Pues decidine , quc he de hacer?H sin . Pues que dos puertas no bastan,

am ar adende haya tres.Béat. Preciso será esconderle.Im s . En esta quadra os meted.

J u m . Quien se vió en igual empeño?Hern. Yo , sin que , ni para que.

Escon4ense los dos.L u is . No abrais,n i hagais ruido alguno.Beat. T u á trae r unas luces y ó .

J*^es va por luces.U n áspid tengo en el pecho.

A ng. Yo en la garganta un cordel.Saca las luces Inés.

Inés. Aquí están las luces ya.Salen Don P edro , y Don Alvaro.

Ped. Cuidadoso estoy de que no habrá sabido Beatriz, ni p a g a r , ni agradecer festejos , que á mi señora Doña Angela debe. A !v . Ved, que viniendo yo por ella, vuestro cuidado escuché, y pienso que e» por correrm e.

Afig> T an igual en todo fue su fineza á mi deseo,^ue p ienso , y con causa , que estamos las dos iguales en el em peño de haber pagadonos las vtsitas de una suerte. Beat. Verdad es, a f. pues me dexa con el mismo cuidado que la dexé.

Sale Inés.Inés. U n caballero , señor,

por ti pregunta. Ped. Saldré a llá , con vuestra licencia, á hablarle. Vase.

A lv . Vos la teneis : o y e s , Angela ? Aparte d ella.

A ng. Q ué dices ?A lv . (^ue alli te pongas á ver

li V ienen, m ien tras yo hablo con B e a tris , p ara saber si se le pasó el enojo de esta m añana. Af^g> Sí haré.

Sale al paño D jtt Juan .Juan . Parece que no hablan ya.Hern. Entreabre la puerta , pues.A l v .D t aquel enojo , Beatriz

hermosa , con que os dexé esta m añana ofendida, cuidadoso me teneis.

Beat. Tuve razón de ofenderme de que de m i im aginéis que pude ser la tapada que seguisteis. A lv . E l temer nunca pudo ser ofensa.

Juan. Q ué es esto que llego á ver ? B eatriz no es aquella , cielos, que estoy mirando ? Hern. Küa «s, vive D io s , ó yo no en titndo, s e ñ o r , de Beatrices bien.Hace que quiere salir Don Juan.

Juan . Con un hombre hablando está ; bien me dixo la m uger, que viniera á ver mis zelos.

Hern. D e te n te , qué vas á hacer ?Juan. Q ué ? m orir desesperado.Hern. Q ue es Don Alvaro ; no vcf,

el hom bre ? ^uan. Terrible em peño! qué hubo mi amigo de ser quien me dió m uerte ? A ng. T u padre vuelve. Hern. Si á su padre ves, m ira , seño r, que aventuras su h o n e r , y su vida. Juan. Quien con zelos advierte nada? pere cierra hasta despues.

Sale Don Pedro.P í i . P erdonadm e, que preciso,

hablar á aquel hom bre fue.A lv . Pesame de que con tant®

cum plimiento nos traté is á A ngela , y á m i; supuesto, señor Don P e d ro , que fue opiniün v u es tra , que es paga el no ca n sa r, será bien que aprenda de vos : ya es hora, h e rm a n a , conmigo ven.

Ped. N o corre una razón misma en los d o s ; si ha de ser,In é s , toma aquesta luz.

Ang. Q ué breve ha sido el placar ? am ig a , á Dios. Beat. Buen cuidado rae dexas Ang. Q ué puedo hacer ?

A lv . Has sabido algo de aquellada-

Page 33: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

dama ? Ang. Lo que sah^a sé, solo que es am i^a ..suya.

Hace que los v a acompañando hasta el ^ ñ o ,

A'.v. Señ«r D on re d ro , volved, no habéis de pa?ar Je aqui.

PeJ. E-o como pu^de ser? licencia me habeií de dar. Entranse.

Bsat. Sola he quedad >; quá haré en tal confusion ? ay triste ! pero pues baxarse ve m i p a d re , aunqu? yo esté so’̂ , á este hombre me he de atrever á decirle qae se v ay a ; pues menos se pierde en que me vea qaien no me conuce, que en e>t ¡rae; esto ha do ser.

Llegase ad inds está Don J u jt t . Caljaliero , salid presto, que ahora es ocasion : mas qué es esto , cielos ? qué miro ? no es Don Juan? Juan . Beatriz no es?

Hern. Descubrióse la marafia, dimos con todo al través.

Beat. Falso , ingrato caballero, alevoso , y descortés,

. que venganza de un am or,TOr $í mismo infeh'z e s ; habéis venido á M adrid solamente á disponer, que sea tercera yo de o tro am o r, y de otra fe? á m i casa , y á mis ojos en busca de o tfa m uger?

Hern. Esto hacen las Gallegas, ta r . la r , y reñir de^pueí.

. Ju 'j't. F iera , ingrata , desleal, aleve, faL a, cr?.cl, d im e , de quJ te ha servido, si ^o tiis traiciones sé, em ia r á mi posad i con inven :i » íes á q úen me las cuente , y no contenta con e so , traerm e desp:4f.s á tn mi.íma <a-.a, donde las vea , scjI > p.»r hacer disculpable t '. m udanza?

Beat- B leuo es h.:cerme creer ahora , que diligencia m ia. ju a n . Y com ) que lo e s :

todo se sabe , el amor de Don A lvaro , y tam Vcn el de D ja D * g ) , que todo

. m e lo dtKo la q ae fue de parte tuya á decirm e, que iq ii lo vi.iiese á ver.

Beat. U ia am 'ga se lia fiad j de m i , y ahora echo de ver, q je es coacier'ro de ios dos traerte á satisfacer, qu3 la q jie re s , y me olvidi", p.iQ'i ella. D :ntro cuch.liadas.

Dent. eg M uere , crueU D i i t . A^v. H i tra» l ir s!Hern- Q iS t i aquello ?D snt. P¿J. A mis puertas p ido haber

ta l osadii ? Q :iá ag u ird o ?Beat. Dond¿ vais ? Juan. A socorrer

á vuestro padre.Q^tie e irse , y dettem le Beatriz.

Bea:. De aqui no habéis de sa lir , no ve’s lo que avent irais^Dá -jt. A. v.Dexadnie.

D s nt- Disg. Pues n? puedo desta vez, yo me v eag iré de otra.

Be/jf. Y.'i todos vu-'lven, uo es biea q u :i , la pendencia acabada, su lg iis ,' volv.:o5 á esconder.

yu a 't O quien par>», discurrirtu^ i-ra l ig tr ! Vuelvese á esconder.

Hern, O quienle tuviera para irse !

Vuelven D 'ñ a D m A lvaro,y D m PeJro.

A lg . A m piro el ciclo m i dé. A l v .Q i ^ d 'x a rm ^ r<o qusraí?

que los siga ? Ped. P a n qu¿ ? si se han id >, sin lograr su traicio;!. A v. Y ser¿i bien, quando tan cobarde; s j.i, que al y a lir, co;no vos veis, de vuestra ca^a , me einhistíii, qae en ella encerrad ) es?é-

Ptf¿. Si . ellos m se hu íiera» ido, decíais bien-/4/y.Piis^ qué he. de hacer?

Ped. D exar soregar la caile, y que salgam s de^piies por es 'tra , preveuÍJos de g ^ m e , á r.*conDcer si est,l segura prim ero,

E que

Page 34: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

ae D *ña Angela o tra vez salga. A lv . Pues si eso os parece, la calle 1> e s tá , n o 'd e is mas espacio á mis enojos ; vamos. Ped. Porque no penseis q”.e lo diiato por otra causa , v a m js , no quedéis con cu id ad j , que traidores, quaiidv> embisten con tropel, si entonces nada executan, no hay que temerlos despues. Vanse.

A.:g, Beatriz , pues nuestras desdichas vib--ras so n , y se ven nacer m i l , donde uíia m uere, m ueran ante» de n ace r; remediemos con el tiem po, que nos da un riesgo cruel, ofro rie:go , salga ah» ra D on Juan. B.-at. Ya vo lo intenté, y no pude conseguirlo.

wíng.Luego le has visto? Bsot. M uy bien. J^ng. Y no estoy bien disculpada

de am ar , B ea triz , y querer ?•di, como te ha parecido ?

Beat. Como me ha de parecer, que seas traidora amiga, falsa , alevosa , y sin fe ?

Atig. Q ué dices ? Beat. Pues nò bastaba verte enamorada dé ', sino irle á decir de mi, que yo á Don Alvaro am é, y tras salir de mi casa disfrazada , prvra hacer e ita t ra ’cii n á mi am or, traerle á mi casa despues, solo para que vea en ella si es ver J ad? Ang. La voz deten, que no te ewtie¡:do : yo dixe ra d a de t¡ ? yo busqué para tu agravio tu casa ?

Beat. ’̂í , 6 p regun t'se 'o á el.Arjg. Sí haré , aunque aqui se aventura

ei llep;arme á conocer, puesto que va no es posible, que mas encubierta esté: sefior D oa ^uan ?

Sale Don J u m da donde está escondídd. Juan . Ks ya hora,

ingr. ta Be.;t i z , de que saiga?^?jg.No es BeatnzJ^u«n.S«ñora,

pues com o vos ? A 'g. No os turbéis. Hern. La herm ana anda por acá?

Dios me libre della , am en.Ang> Quando os dixe yo , que amaba

B eatriz á m i herrnaiw i Ju a n . Pues quando he hablado yo con vos grosero , ni descurtes en esas platicas \ Beat. Quando á vuestra p'^sada fue ; qué sirve andar por rodeos, suio acabar de uaa vez?

Juan . Luego sois vos la tapada á quien y o ignorante am é ?

A rg . Uuego cois la dama vos por quien vino á M adrid el Ì

Beat. Látigo sois tan ignorantes, que haita ahora no lo sabéis ?

Hern. T'-es las consequencias son, verdaderas todas tre<..

A ng. , B ea triz , hablé de ti, sin saber de quien hablé.

Juan. Y yo supe tus traicione^ p o r ^ e yo sabia de quien.

Beat. Q ué traiciones s o n , que sea pretendida u ;a m uger de un c sb d le ro ? Juan. Dos son los que te han querido, bien.

A ng . Zelos la pedís delante de ra l, l ’ega:;do á saber que soy la que os he buscad j Ì

Beat. Aunque se a , qu.-.ndo fue el m erito culpa ? Ang- Quand® á entrambos favorecéis ; que' sirve andar por rodeos, sino acabar de una vez ?

Hern. E n riñendo las comadres.Juan. Esto , a m o r , es m erecer ? J' Beai. Esto , fortuna , es am ar ?A ng. Esto , cíelas , es querer ?Tod. Fuego de Dios ea el querer bien. Hern. A m en , am en , am en , amen.

Sale Don Alvaro.A lv . Vamos de aqui , Angela bella,

que ya en la cí-lle no hay nada, y porque este asegurada,I)ón Pedro se queda en ella ; pero qn;5 miro ( ay de mi 1 )

Repara en D Juan,que estará emboz^áó. Hern. Don Alvaro í J u a n D icha fuera

que aqui ao roe coi^ociera :muer-

1

Page 35: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

D ¿ D on Pedro Calderón de ¡a B arca, muerto e s to y ! Antí. Estoy sin mi { Anf^. E i D o a Ju an ? y Caballero rebozado.que en empeño tan , forzoso me dais miedos de zeloso, sobre escrúpulos de honrado, los doí me teneistomado» de h o n o r , y a tn o r; y h i de saber mi valor quien so is: no me respondáis ?\tan. Sí me descubro , e¿ forzoso que satisfacción le d i , como mi a mi ^ o , y no sé que en empeño tan dudoso, satisficcion haya alguna, que m ire un*t, y o tra fama, pues de su he- n^ana, ó su dama« es fuerza culpar á una de las d o s , uno es el d añ o ; y a s i , aqui es mejor acciou dexarlo á la confusion, que entregarlo al deísengaño; y esto ha de ser desta suerte.

Apaga la luz, procu’-ando ahora tom ar Id puerta. Fiero pesar!

ojat. G rave pena ! Ang. Trance fuerte! Alv. Aunque las luces matéis,

z.íoso , y desesperado, sabré buscaros restado.

Andan tentando por el tablado , cotno d . obscuras.

Hern. Buscadle , mas no le halléis. Ang. Si ahora se fuera , dexAra

la duda eu p ie , sin cu lpar á nñv,;u:m Bcat. Quien hallar pudiera , porque le echára añora de aejui , c» n éi ?

Sale Don Pédro á la puerta.Ped. Mucha su tardanza ha sido i

qué puede h;;br;r suced-do? müs confusion c ru e l!A obsTura? acuesta sala, y tanto alboroto en e lla !

oeatrit, encuentra ton Don Pedr«, y A n - gela coH Don Aiv..ro.

■off¿jf.EsD.Juan?Pt-W.Tirana estrella, ap, q u i pena á mi pena ¡guala i

; con aquesto sabré doivio mis fortunas van.

ju jr i. Una puerca nallé. Vase.

A lv- S í; con aquesto ve»^ apquien es , y q«ien le ha traído.

C onm igo , Don J u a n , venid.A'rg- i^is pasos, Don J u a n , seguid.

Sale Inés con íuces,Inés- Al a lb o ro to , y ruido

lu/. tra ig o , cada christiano vea h k e r la ley del duelo.

Beat. Mi padre , válgame el ciek> lA tg, V A g íim t el cielo! mi hósm ano.Ped Q ué D on Juan , in g ra ta , er«

el que tu ocultar querias ?A lv . A qué Don Juan pretendías

librar de la m uerte fiera ?Túrbam e las dos,

A ng. Y o ,herm ino . A lv. Prosigue, pues.Beat. Yo, señor. P sd . D i ( infe.iz! )A ng. Q uien es te dirá B atriz.Beat. Angela d>rá quien es.A ng . Pues en su casa le tie r^

escondido , y retirado.Beat Pues que de Luisa llamado,

tras ella á m i casa viene.A lv , V o s, y y o , señor D jh Pedro,

en aquesta com petencia igualm ente padecemos equivocas las gospechas;Angela culpa á B eatriz ,Ba*triz á Á n g e la , y en esta fortuna el honor de entrarabo* e itá corriendo to rm en ta : el hom bre que yo v i , no pudo salir por la puerta que en trasteis; esotra está c e rra d a ; con que ya es /uere* discurrir en que está en casa ; buáquernosle , puea , y muena.

Ped. M u e ra ; y pues los dos ¡guales en la deuda de la ofensa hasta aqui <stamo3, palabra nos demos á t que qualquiera va 'ga al otro en su desdicha, que &ea m i a , ó que sea vuestra.

A lv . lo ofrezco. Ped. Yo , y todo.Bí¿?.Sin vida estoy.^n^'.Yo estoy m uerta.E ntr.m se por la puerta donde están « -

condidoí Don J u 2t t ,y Herncndo, y ha^ liándolos Áem ro^ riñ iti.

D in t. Ped, M ucre > traidor»D¿nt.

Page 36: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

f jT| Fuego de D ios en el querer hien*2J)P ^Í)e .v í. A lv . M u e re , ale^e. es inform irte prim ero^ JiUTn. Antes haré en m í defensa

prodigios. Salen riñendo»Pc'd Don Juan? Conocerth»A lv . Dün Juan?Ped. Kaerte injusta ! A lv . T riste pena!Fáíí. T e n e d , A lvaro , !a espada.A iv . Tened , Don Pedro , la vuestra.Ped. Q ue es á quien guardar me im porta

lá vida. A lv. Q ue es ( dura estrella!). el m ayor am igo mío.

Hern. Pues abranos esas puertas.Ped, ífeñor D .n Juan , yo tra té

de casar á B eatriz bella con vos. A lv . Q ué e scu .h o !

Ped. Y si «n t’jnces - filta ro n las conw i'encias,' ya no pwe.ie haber ninguna,

que m ayor para mi sea, que el efectuado ahora, pue?to que este lance m uestra q i e habéis venido en su busca; qué duda’s? Juan. A t;jLiien pudiera, smo á m i , venir el bic n, qyando no hay bien que ag radezca! B eatriz ha favorecido á Don Alvaro en mi ausencia ; es mi ara go , como pusdo com eter yo dos baxezas ton Agrandes , como pasar por mi escrupu lo , y su ofensa ?

Ped. Q ué decis?y ian.Seiior Don Pedro, aunque el verme aqui os parezca resulta de aquel concierto, os engá.^a la apariencia ; no supe en qué casa estaba, vive D io s , hasta que o i v iera : y en fin , no soy hom bre yo, que me he de Cásar por fuerza. ,

Ped. Como este desprecio «sufro, ^5in hacer. Vuelve á etnbe.Urle.

A lv . Água- d a , espera.Ped. T u lio. me has dado palabra

de ayudarm e? A J v .S Í; mas fuerza

si hubo ofcBáa, ó no hubo ofensa. Ped. No ba.^ta hallarle en mi casa ? Juan. N o , pues yo no vine á eíia

por Beatriz. A ív . Luego me toca á mi el agravi0 ?

Acotnste á D m Juan .Ped. O ye , espera A lv . La palabra da ayudarm e

no me d iste is , quando fuera m ia la ofensa ' Ped. Sepamos, si p a d o , ó no pudo h iberia.

Juan . No pudo haberla , que yo iiu.:ca pude cometerla coiitra mi am ig o , sino para casarme con ella.

Er.v.iynan , y dale la mano,A lv . C oa eso estoy satisfecho.Ped. Con eso no se remedia

el desayre de mi cíisa- A lv . Sí h ace , cok que yo mer<*7.ca

á B eatriz , pues el haber , tratado casar con ella á D on J u a n , para mi honor nunca pudo ser ofensa alguna. Ped. Felice soy.

A ^g . Logr4 el aaior mis cautelas. ̂B ejt. Vengó el cielo mis ag-*avÍo5. A ng. Y pues tantos sustos cuesta

el querer bieu , todos digan, escarmentando en mis p en as: Fuego de ÜÍos en el querer bien.

T o l. .».me«, a me n , a m¿ n , amen. H e.n. Señores, tenga;) paciencia,

que hay d c^sas q-ie h iccr antes; tod >̂<5 vuesarcedss se..an, qiU D on DÍe;^o, con Don Juan , y Con Do.i Al varo , hechas I9S aaivstadt?, q ie.lar in cont.’.ncos con ius ofensa«?, que .i mi me dieron pur Kb r e ; con que ac.;ba la C oineJia, de que con h u m ili :d p;do perdoaeis las falca» nuestra j.

F I N.Con Licencia. B a r c e l o n a . P o r F r a n c isc o S u r ia ï B ü r g a d a , Impresor,

caile de la Paja.‘A costas de la Communia.

Í

Page 37: FUEGO DE DIOS - Universidad de Navarradadun.unav.edu/bitstream/10171/28374/1/FA.Foll.005.756_4.pdf · 2020. 3. 3. · FUEGO DE DIOS EN EL QUERER BIEN. DE DON PEDRO CALDERON“ DE

.I*'»

;‘̂ -

».«vit»»*»--' ■•«• -'fmVÍX

■ííf- j ,M.T',' •̂

í.r------rrr- ; í '.,

¿¿S'! l'V*