FUSO ANUAL DE VÍDEO ARTE INTERNACIONAL DE LISBOA 2012€¦ · fuso – anual de vÍdeo arte...
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FUSO – ANUAL DE VÍDEO ARTE INTERNACIONAL DE LISBOA 2012
A Lisboa dos jardins, terraços e esplanadas, por vezes distante do público em geral, abraça as noites de Verão com uma plateia de espreguiçadeiras preparada especialmente para a apresentação de experiências artísticas marcantes da vídeo arte. Cinco dias de viagem pela vídeo arte sugerindo, anualmente, um percurso temático abrangente, fora do contexto habitual de galerias e museus apresentado ao ar livre, com entrada gratuita. A edição de 2012 continua a manter as parcerias nacionais e internacionais estabelecidas permitindo, uma vez mais, a apresentação de obras raramente vistas em Portugal, conferindo a esta iniciativa uma visibilidade internacional. A programação estará a cargo de Jean‐François Chougnet, José Drummond, Dalia Levin, João Laia, Isabel Nogueira, Françoise Parfait e Solange Farkas, em estreita colaboração com os responsáveis das instituições parceiras, nomeadamente o BES Arte e Finança onde estarão patentes trabalhos de artistas portugueses com curadoria de Nuno Crespo. O Open Call aos artistas portugueses, com selecção de Jacinto Lageira, é uma vertente fundamental deste festival. Se, por um lado, é o garante de uma envolvência no projecto dos artistas/realizadores portugueses, por outro, através dos prémios, que muito mais que o valor pecuniário em causa, são uma extraordinária ferramenta de divulgação e de implementação da circulação da vídeo arte nacional, quer por via da aquisição da obra pela Fundação EDP. ‘O festival deste ano apresentará, através dos seus programadores, artistas oriundos de diversas culturas e diferentes práticas. Um dos objectivos do FUSO é descobrir não só novas obras mas também debater as problemáticas que os artistas convidados apresentam em suas obras. Este ano um ponto em comum é o social ou a vida em sociedade, o que implica questões de comunicação, de reconhecimento, de visão, de gestos e palavras, a vida na cidade, o urbanismo, tudo o que nos faz interagir e reagir. Esta temática aparece quer seja no Brasil ou em Taiwan, no Egipto ou na Rússia, nos Estados Unidos ou em França, uma atenção evidente para o que partilhamos ou não nas sociedades contemporâneas, quer se trate de lutas, de ironia, de revoltas ou de lúdico. FUSO quer também destacar através da sua programação o trabalho plástico, seja a forma e o formal (sem ser formalista) que, por não ser tão evidente na arte actual, deve ser sublinhado.’ Jacinto Lageira, 2012
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a) Calendário e Locais:
BES – Arte & Finança
21 Agosto (inauguração) a 7 de Setembro 2012
EXPOSIÇÃO
Curadoria de Nuno Crespo
Com obras de: Gordon Matta Clark I Pedro Costa I Vasco Araújo
Jardim do Museu da Electricidade
22 de Agosto 2012
OPEN CALL
22h00 | Jacinto Lageira | Secção Competitiva Portugal
23h30 | Jacinto Lageira | Secção Competitiva Portugal
Jardim do MNAC – Museu do Chiado
23 Agosto 2012
22h00 | Programa Françoise Parfait
23h30 | Programa José Drummond (VAFA ‐ Festival de Vídeo Arte de Macau)
Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga
24 Agosto 2012
22h00 | Programa Jean‐François Chougnet
23h30 | Programa Dalia Levin
Claustro do Museu Nacional de História Natural
25 Agosto 2012
22h00 | Programa Solange Farkas (Vídeo Brasil)
23h30 | Programa João Laia
Clube Ferroviário (sujeito a confirmação)
26 Agosto 2012 ‐ DOMINGUEIRA
19h00 | Programa Isabel Nogueira
20H00 | Atribuição dos prémios E FESTA DE ENCERRAMENTO
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b) Programadores e Programação:
(programação sujeita a alteração)
Nuno Crespo | Parde, chão e tecto _________________________________________________________________
_ Gordon Matta‐Clark { Bronx Floors }
Fotografia p/b, 1972 Col. Fundação de Serralves ‐ Museu de Arte Contemporânea, Porto
_ Pedro Costa { Minino macho, Minino fémea }
2005, dupla projecção, DVCam, cor, 4:3, 4’36’’ Col. Fundação de Serralves ‐ Museu de Arte Contemporânea, Porto
_ Vasco Araújo { About Being Different }
2007, Vídeo, Duração: 18' 24''
About Being Different (Sobre Ser Diferente) é o resultado de 2 meses de residência do artista Vasco Araújo no
BALTIC Contemporary Art Center e é uma colaboração com vigários locais da comunidade NewcastleGateshead. O
trabalho explora ideias de comunidade e de marginalidade e é inspirado na ópera Peter Grimes, de Benjamin
Britten, que fala sobre um pescador perseguido por sua aldeia. Vasco Araújo entrevistou cinco vigários sobre suas
experiências ao assistirem à ópera. Seus comentários proporcionam uma reflexão original sobre a noção de
comunidade e do indivíduo. A arquitetura de tijolos vermelhos do terraço residencial Gateshead também
desempenha um papel importante para ilustrar a noção de igualdade. Ela é usada no vídeo como um símbolo
visual da comunidade e nos leva a questionar o que significa ser diferente em face de tal uniformidade.
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Jacinto Lageira | OPEN CALL ‐ SECÇÃO COMPETITIVA PORTUGAL 2012 ____________________________________
Pintura de história e arte de história: novas figuras
Conflitos, guerras, atentados, revoluções, torturas, catástrofes, todas estas violências extremas recentes, legítimas
ou não, tornaram‐se temas artísticos fictícios, semi‐fictícios ou semi‐documentários que redefiniram a antiga figura
do «pintor de história».
Pensando, por exemplo, em artistas como Jeff Wall, Harun Farocki ou Eric Fischl (Tumbling Woman, que causou
grande escândalo e censura), ou repórteres de guerra que se proclamam artistas, como Luc Delahaye, temos que
repensar o que é ser hoje artista de história. Uma programação de vídeos e de curtas (ou longas) metragens, e até
pequenos filmes realizados com telemóveis, poderiam ser apresentados e contribuir assim para uma reflexão
sobre as noções de representação, de ficção, de documento ou de documentário que está no centro da criação
contemporânea.
Françoise Parfait _______________________________________________________________________________
Durante a noite e a escuridão, um programa entre o sonho e o imaginário, onde os pássaros tocam guitarra, os
animais espreitam as actividades urbanas, os homens dançam e as crianças brincam e cantam. Enquanto isso,
escuta‐se uma Marcha Turca executada sem som.
_ Ariane Michel (França)
{ Les yeux ronds } 2006, som, 6'
O olhar de uma coruja sobre a Place de la Concorde à noite.
{ The Screening } (performance de uma projeção numa floresta à noite), 2007, som, 24'
Uma floresta à noite: o que vemos e o que nos vêem. A história de uma projeção de cinema, de um filme
performático.
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{ Les oiseaux de Céleste } 7'45, som , 2008
Vídeo realizado em colaboração com Céleste Boursier‐Mougenot à partir da instalação From Here to ear.
Dezenas de pássaros, Mandarins, ocupam o espaço da galleria e fazem soar as cordas de guitarras elétricas.
_ Jan Kopp (Alemanha/França)
{ Quelques mouvements cycliques, Für Yvane } 2004, som, 4'
À partir de um ensaio de dança, filmado pelo pai da artista em 1974, cria‐se um padrão de movimento
repetitivo e circular.
{ Im Treibhaus } 2006, som, 1’
Uma pequena cena de rua na Jordânia.
{ Les balançoires } 2011, som, 4'07
Filme de animação realizado a várias mãos com crianças a se balançarem. O cenário desaparece ficando apenas
os corpos em suspensão.
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_ Ziad Antar (Libano)
{ Tamburro } 2004, som, 3'06
Um corpo em percussão, uma caixa caixa de ressonância.
{ La Marche Turque } 2006, 2'16
Imagens de um pianista a tocar a partitura de Mozart sem som. Mesmo silencioso, sente‐se o rítmo militar da
marcha.
{ Wa } 2004, som, 2’
Duas crianças, um momento de graça.
José Drummond | Utopia ________________________________________________________________________
O que significa utopia? Como é explorada, promulgada e contestada através do vídeo? A utopia que une estes
trabalhos não é imediatamente detectável mas um impulso audaz de percepção permite encontrar um campo
onde se reavalia a concepção linear de tempo e a identidade do ser num mundo constantemente interrompido.
Desenhados para serem mostrados em espaço de galeria a sua articulação para sessão exige o estabelecimento da
diversidade numa subversão da própria noção de identidade do media.
Cada contribuição quebra o passar do tempo e os trabalhos resultam em observações sobre a natureza do tempo e
sobre a evocação de uma identidade imprecisa.
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São vídeos que recorrem a histórias, documentos, sons e lugares para apontar que a noção de tempo é em si uma
utopia e que os caminhos da memória e da imaginação são escorregadios.
A pluralidade de narrativas de cada trabalho permite encontrar relações e leituras intrigantes entre si
descontinuando a mecânica de processos de identidade baseados em noções de tempo.
_ Stefan Riebel (Alemanha)
{ 60 } 2008, 1’13’’
A medida conceptual ultrapassa a escrupulosa proposição gráfica, revelando, através da investigação da
linguagem, um humor e sentido auto reflexivo peculiares. A tendência idiossincrática do texto é revelada pelas
suas habilidades para desempacotar a obsessão contemporânea com o complexo e novo. Em “60” a linguagem
é apresentada como veículo de ambíguo ornamento. Vencedor do VAFA 2010 (Video Art For All – Macau)
{ 25 } 2008 1’00’’
A morte da imaginação é algo que cresce em todos nós conforme vamos envelhecendo. A imaginação, esse
espaço de libertação, está vinculada a momentos de inspiração pessoal. “25” apela a esse espaço de
iluminação. O resultado final enfrenta o espectador e a frustração do sentido mundano que se dá ao vídeo.
Rejeita‐se a ideia formal da necessidade de uma sugestão visual utilizando uma sugestão escrita para o fazer.
Imagine.
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_ Rui Calçada Bastos (Portugal/Alemanha) { All That Glitters } 2010, 2’12’’
A matéria que constitui o sonho será composta por tudo o que brilha. As referências cruzam‐se numa peça vídeo
que presta homenagem à ‘coisa’ fílmica em si. “Em tudo o que Brilha” o que brilha é capaz de iludir e a ilusão é
uma necessidade. As linhas de simpatia e os grãos de mágoa existem em igual medida, lado a lado, e brilham
através de um gesto automatizado e na sua resultante interferência visual e emocional. Vencedor do VAFA 2011.
_ Tomoyuki Yago (Japão/Suécia) { One Two Three – Five } 2009 7’50’’
De que modo interagem as nossas noções do mundo que nos rodeia com o espaço que ocupamos? “Um Dois Três
– Cinco” investiga a noção que cada um de nós tem sobre um determinado período temporal. Revelam‐se
complexas harmonias neste documento sobre a disfuncionalidade do ser humano numa sociedade de normas.
Situação que o posiciona num limbo desconhecido e sem a solução certa.
_ Alessandro Rolandi (Itália/China) { One Harmonious Afternoon } 2010 11’50’’
Num terreno baldio funciona um campo de golfe como proposta para uma absurda meditação sobre o espaço
físico e emocional. O paradoxo é formado pelo realinhar do comportamento humano através do arranjo espacial
de uma desordem caótica. Reflexos das frustrações causadas pelas mudanças urbanas e vivenciais de uma comuna
artística de Pequim, demolida para dar lugar a um empreendimento de luxo.
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_ Ane Lan (Noruega) { Woman Of The World } 2008 7’57’’
Num estilo simples “Mulheres do Mundo” levanta de imediato questões de identidade nada simples. A
contestação, em modo transformista, questiona a posição do género sexual, numa sociedade dominada por
convenções, onde identidades são capturadas e generalizadas. A complexa proposição é reforçada pelo
desencanto e pela evidente tenacidade das mulheres apresentadas, quaisquer que tenham sido as dificuldades do
seu passado.
_ Liao Chi Hu (Taiwan) { Lydia, Elena, Hina } 2011 8’18’’
As imagens são desprovidas de movimentos humanos numa série de fragmentos apresentados em modo de
melancolia pictórica. A imagem congelada carrega uma sedução própria quando analisados os detalhes dos
quadros. Elementos onde os vestígios de vida acentuam o sumptuoso sentimento de abandono dos personagens,
como se estivessem presos numa verdade sufocante, ausente de qualquer comoção.
_Peng Yun (China/Macau) { Texture 1/ Texture 2 } 2010 3’47’’ / 3’09’’
Um trabalho que segue outro completando‐o. Duas composições com envolvimentos de plano e acção
particulares, carregando consigo mensagens bem mais poderosas do que o seu aparente imediatismo. O impacto
da cor brilhante dos lábios capta‐nos e lança‐nos na curiosa tentação das texturas criadas. A encenação acrescenta
uma camada teatral que distancia o trabalho da realidade.
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Jean‐François Chougnet _________________________________________________________________________
Um filme em estréia mundial no Fuso, realizado pela artista franco‐argelina Katia Kameli no âmbito do programa
de residências « Ateliers de l’Euroméditerranée » de Marseille Provence 2013, Capital Europeea da Cultura.
Katia Kameli vive em Paris. Seu trabalho é inseparável da sua própria experiência, da sua identidade plural. De
documentários a instalações de vídeo, fotografia e som, ela tenta transpor as fronteiras entre cinema e artes
visuais. Sua pesquisa explora um “entre‐deux”, através do qual a pertença é rejeitada em favor da multiplicidade.
O trabalho de Katia Kameli é reconhecido internacionalmente como, entre outros, na Manifesta 8 (Murcia), no
Centro Georges Pompidou, na Cinemateca Francesa e no Location One (Nova Iorque).
Dalia Lavin | Fronteiras em Movimento: Um diálogo intercultural ________________________________________
A programação apresentada pela curadora Dalia Levin para o FUSO é um extrato da exposição patente no Museu
de Arte Contemporânea de Herzliya, Israel, onde obras de artistas de Taiwan e Israel, em diálogo, analisam as
fronteiras “em movimento” na vida quotidiana, enfocando questões sociais, políticas e económicas que seus
países e todo o Médio Oriente enfrentam atualmente; discutindo temas complexos como identidade individual,
fronteiras territoriais, sociedade, economia e a imigração nesta era de avanços tecnológico e globalização.
_ Tsui Kuang‐Yu { Invisible City: Taipari York } 2008, 5:03' (Tour Eiffel)
Desde os anos 90 que Tsui Kuang‐Yu realiza vídeos documentais de si próprio a representar em espaços
particulares, que consistem nas suas subjectivas reflexões e perspectivas sobre uma determinada cidade. Estes
pequenos filmes questionam os estereótipos que resultam e se imiscuem entre as pessoas, os espaços e as
comunidades onde vivem, expondo uma cidade invisível. Tsui’s Invisible City: Taipari York, destaca o significante da
cultura estrangeira existentes em Taiwan como a estátua da Liberdade, o Arco do Triunfo, A Torre Eiffel e a Ponte
de Brooklyn. O humor do artista encoraja os espectadores de todas as idades a questionar porque foram
construídos recentemente todos estes monumentos em Taiwan. “Tento expor verdades invisíveis que existem no
dia a dia” diz o artista. Quando a perspectiva da camara gradualmente se expande, de uma cena inicial, focada e
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enquadrada qual cartão postal ilustrado, para um tumultuoso plano aberto de uma rua em Taiwan, a ironia visual
provoca uma gargalhada. O título do trabalho também reflecte esta confusa realidade, levantando questões sobre
as influências culturais entre o ocidente e o oriente.
_Tu Pei‐Shih { The Adventures in Mount Yu V (From Michel Foucault to Our Glorious Future) } 2011, 6:30'
As animações de Tu Pei‐Shih abordam questões politicas, sociais e económicas. Em “The Adventures in Mount Yu V
(From Michel Foucault to Our Glorious Future)”, Tu Pei‐Shih transforma as agradáveis e ingénuas ilustrações dos
tradicionais livros escolares de Taiwan numa parcial e ficcionada história cultural do País. Assim o filme revela a
própria natureza, da história dominante que foi fabricada e fragmentada. Neste trabalho o Monte Yu (o monte
mais alto de Taiwan) é utilizado como cenário e identidade do povo de Taiwan. O filme começa com o filósofo
francês Michel Foucault perdido nos seus pensamentos, num campo relvado, saltando rapidamente para imagens
habitantes retirados da história colonial de Taiwan, incluindo nativos, holandeses, espanhóis, o líder militar
Koxinga da dinastia Qing, japoneses, Chiang Kai‐Shek e Kuomintang, entre outros. O vídeo termina relatando o
Incidente 228, uma situação de grande escala de supressão politica, muito conhecida do povo de Taiwan, mas que
não estava, anteriormente, incluído nos manuais escolares publicados pelo National Institute for Compilation and
Translations.
_ Su Yu‐Hsien { Sounds of Nothing – Plastic Man } 2011, 06:45'
O vídeo “Plastic Man” faz parte de um trilogia intitulada “Sound of Nothing”. Nesta série, Su Yu‐Hsien. Que cresceu
numa zona remota do país, representa prácticas sonoras amadoras, promovendo aqueles que não tem voz activa,
através da sua editora de música independente “indi‐indi”. Reflectindo o aumento da cena musical independente
de Taiwan desde o final dos anos 1990, bem como a actual popularidade do amadorismo em domínios
globalizados. Os músicos e intérpretes da “indi‐indi”, não são músicos profissionais, nem tiveram educação
musical, tendo expectativas diferentes dos músicos convencionais. São trabalhadores que reciclam plástico. Não
têm ideias predefinidas de que música ou som deverão produzir e assim, encarnam a liberdade do público em
geral. De acordo com Su Yu‐Hsien, “impotência” é a linguagem artística de quem, por norma, não é tido em
consideração (“zé ninguém”) e que raramente são ouvidos no discurso cultural: “Após duas ou três horas a ouvir a
nossa banda a actuar, é clara a falta de modelos para a avaliação, porem a sua harmonia dispersa, sem melodia e
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ritmo, era no entanto fresca e pura. E acima de tudo, a inexplicável sensação de felicidade que este som produz
surge da alegria positiva de ser impotente. Este tipo de alegria é passageira, porque não podemos imaginar a
manutenção de uma banda que teme melhorar. Também me ocorreu que este tipo de som é o equivalente no
universo à não existência (a razão para a não existência é que a sua universalidade é construída no facto de todos
sermos “Zés ninguém” sem sermos representados), criando assim uma oportunidade de fazer a diferença por nos
apresentarmos a nós mesmo”.
_ Yao Jui‐Chung { The Phantom of History } 2007, 02:28'
Trata‐se de um vídeo documentário representando o artista a marchar em torno do parque de esculturas de Cihu
em Taoyuan. O ambiente em seu redor – uma vasta coleção de estátuas de Chiang Kai‐Shek ‐ e a ridícula marcha
são tão irónicos como o seu isolamento físico e a incongruência da história.
Quando Chiang Kai‐Shek faleceu em 1975, foram erigidas cerca de 50.000 estátuas em sua memória e colocadas
em escolas primárias, liceus, universidades, instituições governamentais, infra‐estruturas públicas e instalações
militares. Após a lei marcial ter sido abolida em 1987, muitas foram desfiguradas e destruidas. O município Daxi
em Cihu recolheu mais de cem estátuas que armazenou em Daxi Park, local do mausoléu de Chiang Kai‐Shek. O
comportamento de Yao à semelhança de Chiang personifica uma estátua viva; comportamento do artista ressalta
o absurdo desse contexto.
_Wu Chi‐Tsung { Landscape in the Mist 001 } 2012, 9:15'
Os trabalhos de vídeo de Wu Chi‐Tsung centram‐se nas questões da imagem e do espectador. Suas obras recentes
usam pinturas tradicionais do oriente para explorar como a cultura tradicional se relaciona com a
contemporaneidade, abordando também a influência estrangeira. Landscape in the Mist 001 combina o estilo de
Souvenir of Mortefontaine do pintor do sec. XIX, Jean‐Baptiste‐Camille Corot com imagens que incorporam o
encanto da pintura de paisagem chinesa. O trabalho enfatiza o papel da memória no processo de criação ‐ quer
das suas próprias raízes e experiências pessoais, bem como das da cultura tradicional ou dominante. O artista
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explora o exotismo de pinturas do Oriente, apelando a outros olhares, cultivando, assim, uma experiência estética
multi‐cultural.
Solange Farkas | Trânsitos Improváveis ____________________________________________________________
Ao partilhar uma situação geopolítica comum, os artistas selecionados para a mostra Trânsitos Improváveis
evidenciam um vigor criativo singular. Mote para práticas e investigações capazes de gerar leituras e formas de
circulação da arte renovados, suas contaminações transcendem o circuito oficial, alimentando outros campos para
a expansão da crítica e história das artes visuais. Aqui, obras que buscam mapear e compreender o subjetivo,
recriando sentidos para afetos e memórias pessoais, dialogam com trabalhos que convocam dilemas pertencentes
à esfera pública ou questionam a história social.
_ Lara Arellano (Argentina, 1976) { Mientras paseo em cisne } 2010 8’25”
Do banco de trás de um carro, uma garotinha pensa no que vê. Às suas reflexões sobrepõe‐se a conversa dos pais
no banco da frente. A obra explora o diálogo entre paisagem exterior e estados interiores, e a ideia de viagem
como trajeto afetivo.
_ Chico Dantas (Brasil, 1950) { Via República} 2010 6’18”
Enquanto sua câmera percorre a rua da República, principal via de acesso à cidade de João Pessoa (PB), o artista se
vale de interferências visuais e reminiscências em off para tentar preencher o vazio criado por um cenário de
abandono e degradação.
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_ Luis F. Ramirez Celis (Colômbia/EUA, 1969) { Superbloques } 2010 5’37”
Uma canção venezuelana sobre um homem que se recusa a deixar um condomínio prestes a ser destruído é a
trilha sonora para a demolição de um velho ícone da arquitetura modernista nos EUA. A obra trata da falência do
projeto moderno.
_ Marcia Vaitsman (Brasil/EUA, 1973) { Estudo sobre a escuridão } 2009 12’56”
Retificar o rio São Francisco é alterar não apenas seu traçado visível, mas o cotidiano de vidas que se ligam
estreitamente a ele. No crepúsculo de um percurso físico e de memórias, a obra cria intervenções na paisagem que
metaforizam a mudança do rio.
_ Moran Shavit (Israel/Alemanha, 1982) { Exploring } 2010 5’07”
Ao revisitar, na idade adulta, a correspondência que trocou com seu pai quando ele trabalhava em um navio
cargueiro, a artista rearticula espaços geográfico e subjetivo, e memórias objetiva e afetiva, esboçando uma
cartografia psicológica em processo.
_ Marek Ranis (Polônia, 1968), Jonathan Case (EUA, 1972) { Machines for living } 2010 4’02”
Em tom fantástico, a obra revisita as ideias utópicas do arquiteto e urbanista suíço Le Corbusier. Utilizando
materiais que vão de suas últimas entrevistas até imagens de elefantes, questiona as interpretações do legado do
arquiteto e nossas formas de morar e coexistir.
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_ Dan Boord (Eua, 1951), Luis Valdovino (Argentina/EUA, 1961) { Tree of forgetting } 2009 8’52”
Concebida como um conto curtíssimo, a narrativa transita entre cidades e memórias, como se o tempo fosse um
caminho bifurcado de possibilidades que levam sempre a uma mesma eventualidade: o passado.
_ Claudia Joskowicz (Bolívia/EUA, 1968) { Round and round and consumed by fire } 2009 9’12”
A obra, uma única lenta tomada panorâmica, inspira‐se em cena de Butch Cassidy e Sundance Kid, quando a dupla
é encurralada pela polícia boliviana. A cena quase inerte cria um efeito de ansiedade, ressalta os vazios da
narrativa e reinventa sua dinâmica.
_ Liu Wei (China, 1965) { Unforgetable memory } 2009 | Vídeo, 10’17”
Uma tentativa de resgate da memória de 1989, quando chineses foram às ruas em protesto contra o governo de
Deng Xiaoping. Em linguagem direta, que inclui relatos do próprio artista, a obra analisa o poder da memória ante
a indiferença.
João Laia | Em cartaz: medidas de auteridade _______________________________________________________
Este programa investiga a noção de austeridade como ferramenta criativa de experimentação visual e análise
social. Em cartaz: Medidas de Austeridade apresenta um inventário de materiais pobres e técnicas marginais (baixa
resolução, ruído sonoro e visual, compressão, reformatação e material de câmara web) usadas internacionalmente
por artistas contemporâneos. Estes trabalhos são exemplos de novas linguagens e texturas cinemáticas, que usam
e reflectem o imaginário visual contemporâneo e contextos sociais, tornando‐se uma resposta artística à
comercialização e institucionalização da arte digital e da internet.
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Com uma duração de 50 minutos, este programa indica e subverte o fraco coeficiente de atenção de um utilizador
da internet, fazendo referência de forma irónica aos discursos de recessão e cortes orçamentais.
_ Daniel Lopatin (Oneohtrix Point Never) { Replica }
USA | 2011 | 4’35
Video para a música Replica.
_ James Corbett { The Meaning of "Austerity" }
USA | 2010 | 5’ (extract)
video youtube.
_ Ilya Korobkov { Touch my Body }
RU | 2009 | 4’
"Touch My Body" faz parte da série de obras dedicadas à música de Mariah Carey feitas pelos alunos da escola de
arte multimédia Rodchenko. Korobkov explora a técnica copy/paste, removendo o corpo da cantora a partir do
vídeo original e colocando‐o num ambiente kitsch e abstrato. Korobkov inclui traços dessa operação simples no
trabalho, que ganha um carácter pouco cuidade e cru. Esta metodologia sublinha o lado pouco profissional do
trabalgo como forma de oposição à estética MTV.
_ Takeshi Murata { Infinite Doors }
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USA | 2010 | 2’
Infinity Doors baseia‐se no poder e estímulo incessantes de uma cultura focada em concursos televisivos.
Utilizando clips de The Price is Right (O Preço Certo), Murata edita uma série de revelações de prémios. Os
incessantes aplausos da audiência e um locutor excessivamente animado tornam o trabalho simultaneamente
cómico e peculiar. A superficialidade dos prémios e a sobrecarga de estimulos visuais tornam‐se absurdas no seu
excesso e começam a sufocar a própria emoção que se destinam a induzir.
_ Daniel Lopatin (Oneohtrix Point Never) { Nobody Here }
USA | 2009 | 3’
Nobody Here (Youtube, 2009) foi lançado como parte de um DVD de edição reduzida na editora de música Root
Strata San Francisco nesse ano. No entanto, o vídeo obteve mais atenção no Youtube, servindo como uma espécie
de entrada filosófica no catálogo OPN (Oneohtrix Point Never). Em Nobody Here, Lopatin loopa uma frase
emprestada do sucesso hiper‐sentimental dos anos 80 "Lady In Red" de Chris De Burgh e re‐imagina‐o como um
mantra. A performance vocal de De Burgh entra em queda livre, tornando‐se uma voz vinda do abismo da
memória, escutada como se fosse transmitida através do tempo, tendo as décadas despojando‐a de contexto
cultural, significado e definição. O que resta é uma concepção de nostalgia como algo flexível, vago e com poderes
transformadores.
_ Jean‐Gabriel Périot { #67 }
FR | 2012 | 3’30’
Filme merdoso sobre política.
_James Richards { The Misty Suite }
UK | 2009 | 6’50
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Richards usa a acumulação e reorganização visuais como processos elegíacos e devocionais; os arquétipos da
mixtape e do souvenir criam e demonstram a obsessão do fan, a transformação do arquivo público para um
formato pessoal. Richards propõe uma arena de subjetividade diferente daquela delimitada no interior da
circulação comércial e mediática, e, assim, redefine processos de produção e exibição.
_ Jesse McLean { Climbing }
USA | 2011 | 6’18
A escalada de uma paisagem de montanha photoshop.
_ Oliver Laric { Versions }
UK | 2009 | 6’30
O documentário sugere uma nova direção para a produção de imagens, que Laric considera atingir o seu auge, na
era internet, em bootlegs, cópias e remixes, novas formas culturais que progressivamente prevalecem sobre os
respectivos 'Originais'. Sublinhando essa pluralidade, Laric apresenta quatro ‘Versões’ equivalentes do filme. Em
cada versão, o mesmo ciclo de imagens é re‐criado por um narrador diferente ‐ Momus, Guthrie Lonergan, Dani
Admiss e o próprio Laric.
_ Jean‐Gabriel Périot { the Barbarians }
FR | 2010 | 5’
Nós somos escumalha! Nós somos bárbaros!
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_ Chooc Ly Tan { New Materials in the Reading of the World }
FR | 2011 | 5’
O vídeo anuncia o aparecimento de Oubliismo, um conceito que consiste na exploração das novas possibilidades
encontradas no caos do universo. Em New Materials in the Reading of the World, a narração e outros sons
fundem‐se com imagens, tendo como base a sua divergência. O resultado é uma composição cacofónica e poética,
feita a partir de materiais áudio e visuais reapropriados e produzidos para o efeito. O Oubliismo propõe o repensar
do sistema actual, que está vinculado a leis físicas e preocupações humanas. Este movimento distancia‐se da
realidade e aspira a novos ideais cósmicos e revolucionários.
_ Jean‐Luc Godard { Film Socialisme Trailer 4 }
CH | 2011 | 1’15
Tailer #4 de Film Socialism.
Isabel Nogueira | O olhar e a palavra _______________________________________________________________
O olhar e a palavra. Podemos dizer que tudo começa assim.
A comunicação. O dar‐se ao outro e recebê‐lo por intermédio de um suporte e de uma linguagem. Num tempo e
espaço determinados. Hoje estamos aqui. Quer dizer, neste espaço e neste momento.
A sessão que se apresenta opera uma escolha e uma simultânea reflexão sobre o universo da literatura na vídeo
arte, conferindo especial enfoque à poesia. Nesta vertente, escolheram‐se autores, como Billy Collins, Sylvia Plath,
Rainer Maria Rilke, ou João Miguel Fernandes Jorge. Mas a poesia vai além da palavra. É também uma emoção, um
ambiente.
Por outro lado, e do ponto de vista da selecção dos vídeos, as propostas passam por trabalhos diversificados,
desde a animação ao universo do poema visual.
O olhar e a palavra. Podemos dizer que tudo começa assim.
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_ Ross West { The man in the black coat }
2011, 02’30’’
“The Man in the Black Coat” é uma obra de poesia visual sobre o poema “Yellow Star” de Kate Ruse. "Yellow Star"
refere‐se à estrela de David usada pelos Nazis durante o Holocausto como método de identificação de Judeus.
_ Blanca Giménez { Lavabo interactivo (Instalação interactiva) }
2010, 01’07’’
“Lavabo interactivo” é uma instalação interactiva que consiste num lavatório colocado numa parede. Quando o
espectador coloca as suas mãos por baixo da torneira, começa a ouvir o som de água a correr e também um
extracto de Macbeth de Shakespeare. Em simultâneo, algumas palavras do texto são projectadas sobre o lavatório.
_ Julian Grey { Forgetfulness }
2007, 01’50’’
_ Julian Grey { Some days }
2007, 01’09’’
Em “Some Days” o autor, Billy Collins, usa a metáfora de uma casa de bonecas e das próprias bonecas, para
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demonstrar a manipulação da vida, que habilmente, inverte para sugerir a manipulação das nossas vidas. Julian
Grey opta por usar os detalhados elementos de um diorama, transformando‐os num cenário assustador composto
por elementos reais e surreais.
A utilização dessas pequenas figuras, proporcionou a utilização de interessantes técnicas de camera em espaços
mínimos com pouca profundidade de campo, transmitindo uma forte sensação de manipulação e contenção.
_ Julian Grey { Budapest }
2007, 00’55’’
Em "Budapeste" Collins descreve o devaneio de um escritor, evocando um mundo estranho no qual a sua mão
ganha vida própria. Julian Grey, visualiza uma mão segurando uma caneta de aparo, que na mesa encontra uma
floresta fantástica onde insectos e animais desenham a vida através de um oásis de tinta.
_ Raquel Castro { A cidade: Fernando Pessoa }
01’39’’
_ Josep Porcar { Lady Lazarus ‐ Sylvia Plath }
2009, 06’29’’
Vídeopoem author: Josep Porcar (www.porcar.net) (Castelló de la Plana, 1973 ‐ Catalan poet)
Patform: www.blocsdelletres.com
_ Swoon { The Moon and the yew tree ‐ Sylvia Plath }
2011, 05’00’’
Neste poema Sylvia Plath repara nos seus arredores em Green Court, e percebe o impacto simbólico que o
ambiente tem sobre o seu humor e todo o seu estado de espírito. Na essência, o que ela vê por fora é uma
manifestação do que ocorre no seu interior. Swoon faz o mesmo com imagens e música. Num dia de nevoeiro
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filma a paisagem desfocada para expressar exactamente o mesmo humor e estado de espírito que sentia. Cria uma
paisagem sonora para entrelaçar a emotiva leitura de Nic Sebastian.
_ Rui Pires Cabral { Os países distantes ‐ José Mateos }
2012, 02’40’’
_ Rui Pires Cabral { Atlantic ‐ João Miguel Fernandes Jorge }
2012, 02’03’’
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FICHA TÉCNICA
Direção Geral:
António Câmara Manuel
Direcção Artística:
Jacinto Lageira
Direcção de produção
Rachel Korman
Direcção de Comunicação:
Maria José Peyroteo
Consultoria:
Helena Barranha | Irit Batsry | Jean‐François Chougnet
Programadores:
Dalia Levin | Françoise Parfait | Isabel Nogueira | Jean‐François Chougnet | João Laia | José Drummond | Nuno
Crespo | Solange Farkas
Direcção Secção Competitiva Portugal:
Jacinto Lageira
Juri Secção Competitiva Portugal:
Ana Rito | Helena Barranha | Jean‐François Chougnet | Joachim Bernauer | José Carlos Teixeira | Susana de
Sousa Dias
Assessoria de Imprensa:
Namalimba Coelho