g EDITOR Torpezas monárquicas

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XIV ANO D O M IN G O , O D B AGOSTO DS 1914 N : 683 SEM ANAR ÍO R EPUBLICANO R AD ICAL Assinatura Ano. i$; semestre. S5 o. Pagamento aaeantauo. Para fóra: Ano. 1S20: semestre,,$óo; avulso. $02. Para o Brazii: Ano. 2S00 (moeaa forte). MRÍTOR-PBOPBIETÍIUI)— José Augusto Saloio iiE $ (Composição e impressão) |Í RUA CÂNDIDO DOS REIS — 126, Ú A LD K G A LK G A g Publicações H Anúncios— i.» publicação. S04 a linha, nas seguintes. So 2.. t) Anúncios na 4.» pagina, contrato especial.. Os autógrafos não o 0 í i se restituem auer sejam ou náo publicados. g EDITOR Jacinto Tavares Ramalho Torpezas monárquicas N ’esta hora em que to- dos os portuguezes, verda- deiros patriotas, se devem unir olhando aos superio- res interesses da nossa querida Patria, ao dever de manter íntegro o seu prestígio, e o seu territorio,, abandonando dissençÔes e ataques que noutra oca- sião se justificariam mas que, presentemente, de- monstram apenas um bai- xo sentimento e uma tor- pe especulação, n’este mo- mento, ha quem, falho de senso, falho de moral e fa- lho de autoridade, conti- nue uma repugnante cam- panha de descrédito con- tra as instituições e con- tra o atual governo, fazen- do uma baixa politica de intrigas, insinuações e tor- pezas, sem respeito, ne- nhum peio Pai/.! Emquanto os partidos que formam ao lado da Republica, com programas diferentes com diferentes processos de govêrno e administração, abatem as suas bandeiras, suspen- dem os seus combates, dão tréguas ás suas lutas, numa digna prova de le- vantado patriotismo, de nobilíssima dedicação re- publicana, urn grupelho de parvenus, que se dizem monárquicos, depois de na monárquía e nos seus prin- cipaes representantes te- rem cevado os seijs ódios e os seus despeitos, vem fazendo um repugnante ataque á Republica, insi- nuando, sorna mente, que a salvação da Patria, n’este momento, para não ser en- volvida no atual conflito, está no regresso á . . . mo- narquia! E propagandeiam isto com argumentos que con- vençam, com comparações que não sofram dúvidas nem objéções, com factos, com números? Nada disso. Para essa propaganda, abjéta como os seus men- tores, emprega-se apenas o palavrorio insultuoso, ambigno, maledicente e grosseirão. Nada mais. Nessa imprensa soi-di- sant monarquica, onde ha ex-anarquitas, ex-socialis- tas... monárquicos que deixaram de o ser, repu- blicanos que provaram a baixeza do seu caráter atraiçoando-nos e vçnden- do-se ou alugando-se, n’es- sa imprensa monárquica, diziamos, segue-se a"estei- ra das defeções .... pró- prias e das que lhes lega- ram os. seus antecessores, núma. herança suja que aproveitam por falta de coisa melhor, servindo-se das palavras Patria , Por- tugue^es Patriotismo apenas para poderem ex- pelir, o seu ódio contra a .Republica, pois que nunca se albergaram em peitos de monárquicos de tal jaez os sentimentos que corresponde.- a estas, pala - vras. Nunca. E ôje muito, me- nos. Pois é essa gente- que defende a monarquia.— a 'monarquia extinta em 5 de Outubro, pôdre, atascada,. miseranda,;— são esses de- fensores e esses prosélitos, que opinam que perante o atual conflito europeu só uma coisa póde salvar a Nação Portugueza, a... monarquia! Essa vergonhosa mo- narquia que nos desbara- tou Bombaim, Ceuta e Ar- zila, que nos arranjou car- rapatas como as de Mac- Murdo, Keonga, Sanatori- os da Madeira, que nos su- jeitou a afrontas como a de 11 de Janeiro de 1.890. Essa monarquia é- que. . . nos salvava! Eram os ineptos, imorais e desleixados, estadistas, que nos encheram a Histo- ria de opróbrio, que- arras - taram 0 nome de Portugal a todas as afrontas, que nos vinham salvar agora! Eram eles qu.e salvavam isto! Que audacia e qu.e i.m- pud.or! Era esse reisinho covar- de e beato, dengoso,, tute- lado pela mãe jesuita e pe- lo confessor d'esta., que ti- nha autoridade para se im- pôr perante as potências e afastar Portugal do torve- linho em que têem cahido todas as outras nações! Que idiotas! Tentando justificar a sua propagan- da a favor duma restau- ração monárquica dizia um dia destes uma d essas gazetas, cujo nome não «va- le citar, pois que todas se equivalem e irmanam, que esse rei, agora no. ezilio,. não se esquecia que era portuguez, descendente e herdeiro do trono de Aviz e qu,e patrioticamente a-* companha, lá de longe, 03 destinos do. seu povo. Mas não diz a gazeta, aos.seus escassos leitores e seus pouco monárquicos correligionários, corno é. que esse heroe de cinco de outubro,, (heroe na fuga), digno descendente de D. João IV, segue e defende os destinos do seu. povo, nem como prova a sua competencia para retomar 3lgum dia o. trono de seus., antepassados de Aviz. . Nós julgámos,, porém, ^sabel-o e queremos tam- bem concorrer para o pres- tigio do pequeno. D. Manuel de Bragança, cuja atávica... bravura não causa espanto aos por- tuguezes, sendo um gra- duado militar em vários córpos. dos ezércitos in- glez e alemão, tern instado para que. lhe. seja confiado o comando de qualquer dos regimentos a que per- tence e quer.vincular oseu nome ao grande movimen- to que traz em luta as na- ções da Europa, na convi- cção de qua os.seus conhe- cimentos na arte da guer- ra e a sua qualidade de ex- rei d’um pov.o. guerreiro e destem!d0 1 he grangearão o direito, de vir r.e>.omar o seu perdido trono,. E’, talvez-, por este- facto que os seus defensores de ôje, insultadcres de ontem, dizem agora, que só a mo- narquia nos póde salvar. E’ possivel, mas deixem pri- meiro que o, rei cobarde dê. provas da sua audácia,, da sua bravurae dasua. tá- tica. de guerra, e deixem tambem qu.e os defensores da sua monarquia dêem provas que- possuem aquilo que nunca tiveram: onra, vergonha e patriotis- mo. m m cA Atendendo á crise aguda que a Europa presentemen- te atravessa e cujas conse- quencias se não podem, por emquanto. prever, nós, compreendendo n’este mo- mento qual o nosso dever de portuguezes, pomos de parte a politica partidaria e coiocâmo-nos incondicio- nalmente ao lado do go- vêrno. na sua politica nacio- nal. Dois- artigos já compos - to resolvemos pôr de par- ta, qut nústa ocasião bem necessários, eram para in- teiro esclarecimento das nossas afirmações de sem- pre, mas acima. d’èssa pai- xão temos a paixão da Pa- tria que para. nós é. tudo. E quem na atual conjuntu- ra, não pensar, assim, não pensa bem e merece o cor- rétivo que- é costume dar- se. a traidores. . q,ue «a, situação, nada tem d’alar- mante e- qne nós temos recursos proprios. Di}-o quem já gover- nou 0 Paiz corno ele nun.ca foi governado» Dil-o quem. sabe- e vê-o quem tenha um pouco de bom senso. Recomendando a. todos.os bons portuguezes a serenidade que o seu natural bom senso lhes re- comenda tambem, prestâmos-lhe- um bom serviço AOS REPUBLICANOS PORTUGUEZES O,Dirétorio do Partido Repu- blicano Portuguez votou, por unanimidade, 0 , seguinte apèlo ao, Po.vo Republicano: «©. Pfretojç.io o Parti- do. ISepuIíItcano gso.rtas- gsses, apreciando a situa- ção. atç?»i qne nada tem «le aíaavasi.asHc p a ra o asos- *0 pai», fffSBe p é d e v iv e r das ssaas próprias jfòr- ças, pede a todos,o.s.cor- pos organisados, do par- tido que recomendem n‘esíe monemto aos e»,r- religionarios a gpãcigpa serenidade e confiança beks condições necessá- rias para «pae as diSicanJ- dades seja na rapidamen- te vencidas... O Dirétorio, presidido pelo Dr. Afonso Costa, é o mais alto ço.rpo dirigente do Partido Re- publicano. D ’ele fazem parte mi- nistros. e outros cidadãos de res- p.on.sabilíd^des que bem conhe- cem Q_e.si3 .do do Paiz e afirmam í^arfiòo Republicano Í W - íuçiuej São avisados todos os- cidadãos filiados no P a rti- ndo Republicano Portugue% a comparecer no prócimo domingo,. 16 do corren- te , ás vinte e uma horas, na séde dp Centro Republica- no Democrático, (Palacio,- L a ranjo) afim de elegermzx novas comissões politicas e corpos germtes .do. jp f a i- . do Centro.-. . 0 secretario .da -Comis- - são Municipal José Au- gusto Saloio. Êomeníarios & Moíieias Çõngrcsgo. da Republica A sessão do. Congresso da Re- publica realisada.:ante-ontem foi i6xcl.usiyament,e,,dedieada.a..conce- der ao governo, faculdades extra- ordinarias de modo a podêr. este acudir, a quaisquer imergencias da,hora grave que.se está. atra- vessando. Inteiramente unida,es- tá a grande familia republicana que dará a todo o mundo um belo espétáculo de solidariedade ante , os ■ interesses ..superipr.es, da n a ç ã o ;.. po r.tug u eza. D ’este modo ficará 0 .govêrno habilitado a acudir, com ,as pro- videncias, qae:,tiver, por conveni- entes . á manutenção da. ordem ‘pública a , ado.t.arx as .resoluções que os grandes interesses nacio- nais, conjugados, com, a politica.. internacional, porventura recla- marem e a favorecer, a solução. proveitosa das questõgs-de ordem económica que se venham a pro- duzir. A, se 11 tenspo Como a ocasião, qne,dève ser toda.de,p£cificaçâp, não nos dei- xa, ir até onde,,o,.direito e a>jus- tiça n.os . dá j us, reservâ,mo- nos, para, eín tem.po. proprio ,dar res- posta, ás torpes..iiysinnaçye.s que- ua «folha d e ... i>-nos foram di - rigidas . e que. pary.eiHu ra,; possana- vir a ser, conforme a missão, q.us,, lhe foi criada. . iSstação, teS.egB?áSICíÉ Está finalmente iluminada; luz elétricaa, a. estação telegjdfe. Gca, d’e.sta vila. Estava prometido .....

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XIV ANO D O M IN G O , O D B A G O S T O D S 1 9 1 4 N : 683

S E M A N A R Í O R E P U B L I C A N O R A D I C A L

A s s i n a t u r aAno. i$; semestre. S5o. Pagamento aaeantauo.Para fóra: A no . 1S20: sem estre,,$óo; avulso. $02.Para o B razii: A n o . 2S00 (m oeaa forte).

M R Í T O R - P B O P B I E T Í IU I ) — José Augusto Saloio

ii E$ ( C o m p o s i ç ã o e i m p r e s s ã o )|Í R U A C Â N D I D O D O S R E I S — 1 2 6 ,Ú A L D K G A L K G A

g PublicaçõesH A n ú n cio s— i . » publicação. S04 a linha, nas seguintes. S o 2.. t) A núncios na 4.» pagina, contrato especial.. Os autógrafos n ã o

o 0 í i se restituem auer sejam ou náo publicados.

g E D I T O R — Jacinto Tavares Ramalho

Torpezas monárquicas

N ’e s t a h o r a e m q u e t o ­d o s o s p o r t u g u e z e s , v e r d a ­d e i r o s p a t r i o t a s , s e d e v e m u n i r o l h a n d o a o s s u p e r i o ­r e s i n t e r e s s e s d a n o s s a q u e r i d a P a t r i a , a o d e v e r d e m a n t e r í n t e g r o o s e u p r e s t í g i o , e o s e u t e r r i t o r i o , , a b a n d o n a n d o d i s s e n ç Ô e s e a t a q u e s q u e n o u t r a o c a ­s i ã o s e j u s t i f i c a r i a m m a s q u e , p r e s e n t e m e n t e , d e ­m o n s t r a m a p e n a s u m b a i ­x o s e n t i m e n t o e u m a t o r ­p e e s p e c u l a ç ã o , n ’e s t e m o ­m e n t o , h a q u e m , f a l h o d e s e n s o , f a l h o d e m o r a l e f a ­l h o d e a u t o r i d a d e , c o n t i ­n u e u m a r e p u g n a n t e c a m ­p a n h a d e d e s c r é d i t o c o n ­t r a a s i n s t i t u i ç õ e s e c o n ­t r a o a t u a l g o v e r n o , f a z e n ­d o u m a b a i x a p o l i t i c a d e i n t r i g a s , i n s i n u a ç õ e s e t o r ­p e z a s , s e m r e s p e i t o , n e ­n h u m p e i o P a i / . !

E m q u a n t o o s p a r t i d o s q u e f o r m a m a o l a d o d a R e p u b l i c a , c o m p r o g r a m a s d i f e r e n t e s c o m d i f e r e n t e s p r o c e s s o s d e g o v ê r n o e a d m i n i s t r a ç ã o , a b a t e m a s s u a s b a n d e i r a s , s u s p e n ­d e m o s s e u s c o m b a t e s , d ã o t r é g u a s á s s u a s l u t a s , n u m a d i g n a p r o v a d e l e ­v a n t a d o p a t r i o t i s m o , d e n o b i l í s s i m a d e d i c a ç ã o r e ­p u b l i c a n a , u r n g r u p e l h o d e parvenus, q u e s e d i z e m m o n á r q u i c o s , d e p o i s d e n a m o n á r q u í a e n o s s e u s p r i n ­c i p a e s r e p r e s e n t a n t e s t e ­r e m c e v a d o o s s e i j s ó d i o s e o s s e u s d e s p e i t o s , v e m f a z e n d o u m r e p u g n a n t e a t a q u e á R e p u b l i c a , i n s i ­n u a n d o , s o r n a m e n t e , q u e a s a l v a ç ã o d a P a t r i a , n ’e s t e m o m e n t o , p a r a n ã o s e r e n ­v o l v i d a n o a t u a l c o n f l i t o , e s t á n o r e g r e s s o á . . . m o ­n a r q u i a !

E p r o p a g a n d e i a m i s t o c o m a r g u m e n t o s q u e c o n ­v e n ç a m , c o m c o m p a r a ç õ e s q u e n ã o s o f r a m d ú v i d a s n e m o b j é ç õ e s , c o m f a c t o s , c o m n ú m e r o s ? N a d a d i s s o .

P a r a e s s a p r o p a g a n d a , a b j é t a c o m o o s s e u s m e n ­t o r e s , e m p r e g a - s e a p e n a s

o p a l a v r o r i o i n s u l t u o s o , a m b i g n o , m a l e d i c e n t e e g r o s s e i r ã o . N a d a m a i s .

N e s s a i m p r e n s a soi-di- sant m o n a r q u i c a , o n d e h a e x - a n a r q u i t a s , e x - s o c i a l i s - t a s . . . m o n á r q u i c o s q u e d e i x a r a m d e o s e r , r e p u ­b l i c a n o s q u e p r o v a r a m a b a i x e z a d o s e u c a r á t e r a t r a i ç o a n d o - n o s e v ç n d e n - d o - s e o u a l u g a n d o - s e , n ’e s - s a i m p r e n s a m o n á r q u i c a , d i z i a m o s , s e g u e - s e a " e s t e i - r a d a s d e f e ç õ e s . . . . p r ó ­p r i a s e d a s q u e l h e s l e g a ­r a m o s . s e u s a n t e c e s s o r e s , n ú m a . h e r a n ç a s u j a q u e a p r o v e i t a m p o r f a l t a d e c o i s a m e l h o r , s e r v i n d o - s e d a s p a l a v r a s Patria , Por-tugue^es Patriotismoa p e n a s p a r a p o d e r e m e x ­p e l i r , o s e u ó d i o c o n t r a a

. R e p u b l i c a , p o i s q u e n u n c a s e a l b e r g a r a m e m p e i t o s d e m o n á r q u i c o s d e t a l j a e z o s s e n t i m e n t o s q u e c o r r e s p o n d e . - a e s t a s , p a l a ­v r a s .

N u n c a . E ô j e m u i t o , m e ­n o s .

P o i s é e s s a g e n t e - q u e d e f e n d e a m o n a r q u i a . — a ' m o n a r q u i a e x t i n t a e m 5 d e O u t u b r o , p ô d r e , a t a s c a d a , . m i s e r a n d a , ; — s ã o e s s e s d e ­f e n s o r e s e e s s e s p r o s é l i t o s , q u e o p i n a m q u e p e r a n t e o a t u a l c o n f l i t o e u r o p e u s ó u m a c o i s a p ó d e s a l v a r a N a ç ã o P o r t u g u e z a , a . . . m o n a r q u i a !

E s s a v e r g o n h o s a m o ­n a r q u i a q u e n o s d e s b a r a ­t o u B o m b a i m , C e u t a e A r ­z i l a , q u e n o s a r r a n j o u c a r ­r a p a t a s c o m o a s d e M a c - M u r d o , K e o n g a , S a n a t o r i ­o s d a M a d e i r a , q u e n o s s u ­j e i t o u a a f r o n t a s c o m o a d e11 d e J a n e i r o d e 1.890. E s s a m o n a r q u i a é- q u e . . . n o s s a l v a v a !

E r a m o s i n e p t o s , i m o r a i s e d e s l e i x a d o s , e s t a d i s t a s , q u e n o s e n c h e r a m a H i s t o ­r i a d e o p r ó b r i o , q u e - a r r a s ­t a r a m 0 n o m e d e P o r t u g a l a t o d a s a s a f r o n t a s , q u e n o s v i n h a m s a l v a r a g o r a !

E r a m e l e s q u . e s a l v a v a m isto!

Q u e a u d a c i a e q u . e i .m- p u d . o r !

E r a e s s e r e i s i n h o c o v a r ­d e e b e a t o , d e n g o s o , , t u t e ­l a d o p e l a m ã e j e s u i t a e p e ­

l o c o n f e s s o r d ' e s t a . , q u e t i ­n h a a u t o r i d a d e p a r a s e i m ­p ô r p e r a n t e a s p o t ê n c i a s e a f a s t a r P o r t u g a l d o t o r v e ­l i n h o e m q u e t ê e m c a h i d o t o d a s a s o u t r a s n a ç õ e s !

Q u e i d i o t a s ! T e n t a n d o j u s t i f i c a r a s u a p r o p a g a n ­d a a f a v o r d u m a r e s t a u ­r a ç ã o m o n á r q u i c a d i z i a u m d i a d e s t e s u m a d e s s a s g a z e t a s , c u j o n o m e n ã o « v a ­l e c i t a r , p o i s q u e t o d a s s e e q u i v a l e m e i r m a n a m , q u e e s s e r e i , a g o r a n o . e z i l i o , . n ã o s e e s q u e c i a q u e e r a p o r t u g u e z , d e s c e n d e n t e e h e r d e i r o d o t r o n o d e A v i z e q u , e patrioticamente a-* c o m p a n h a , lá de longe, 03 d e s t i n o s d o . s e u p o v o .

M a s n ã o d i z a g a z e t a , a o s . s e u s e s c a s s o s l e i t o r e s e s e u s p o u c o m o n á r q u i c o s c o r r e l i g i o n á r i o s , c o r n o é. q u e e s s e h e r o e d e c i n c o d e o u t u b r o , , ( h e r o e n a f u g a ) , d i g n o d e s c e n d e n t e d e D . J o ã o I V , s e g u e e d e f e n d e o s d e s t i n o s d o s e u . p o v o , n e m c o m o p r o v a a s u a c o m p e t e n c i a p a r a r e t o m a r 3l g u m d i a o . t r o n o d e seus . , a n t e p a s s a d o s d e A v i z .. N ó s j u l g á m o s , , p o r é m , ^ s a b e l - o e q u e r e m o s t a m ­b e m c o n c o r r e r p a r a o p r e s ­t i g i o d o pequeno.

D . M a n u e l d e B r a g a n ç a , c u j a a t á v i c a . . . b r a v u r a n ã o c a u s a e s p a n t o a o s p o r ­t u g u e z e s , s e n d o u m g r a ­d u a d o m i l i t a r e m v á r i o s c ó r p o s . d o s e z é r c i t o s i n ­g l e z e a l e m ã o , t e r n i n s t a d o p a r a q u e . l h e . s e j a c o n f i a d o o c o m a n d o d e q u a l q u e r d o s r e g i m e n t o s a q u e p e r ­t e n c e e q u e r . v i n c u l a r o s e u n o m e a o g r a n d e m o v i m e n ­t o q u e t r a z e m l u t a a s n a ­ç õ e s d a E u r o p a , n a c o n v i ­c ç ã o d e q u a o s . s e u s c o n h e ­c i m e n t o s n a a r t e d a g u e r ­r a e a s u a q u a l i d a d e d e e x - re i d ’ u m p o v . o . g u e r r e i r o e d e s t e m !d 0 1 h e g r a n g e a r ã o o d i r e i t o , d e v i r r . e > . o m a r o s e u p e r d i d o t r o n o , .

E ’, t a l v e z - , p o r e s t e - f a c t o q u e o s s e u s d e f e n s o r e s d e ô j e , i n s u l t a d c r e s d e o n t e m , d i z e m a g o r a , q u e s ó a m o ­n a r q u i a n o s p ó d e s a l v a r . E ’ p o s s i v e l , m a s d e i x e m p r i ­m e i r o q u e o , r e i c o b a r d e dê . p r o v a s d a s u a a u d á c i a , , d a s u a b r a v u r a e d a s u a . t á -

tica. d e g u e r r a , e d e i x e m t a m b e m q u . e o s d e f e n s o r e s d a s u a m o n a r q u i a d ê e m p r o v a s q u e - j á p o s s u e m a q u i l o q u e n u n c a t i v e r a m : o n r a , v e r g o n h a e p a t r i o t i s ­m o .

m m c AA t e n d e n d o á c r i s e a g u d a

q u e a E u r o p a p r e s e n t e m e n ­t e a t r a v e s s a e c u j a s c o n s e ­q u e n c i a s s e n ã o p o d e m , p o r e m q u a n t o . p r e v e r , n ó s , c o m p r e e n d e n d o n ’e s t e m o ­m e n t o q u a l o n o s s o d e v e r d e p o r t u g u e z e s , p o m o s d e p a r t e a p o l i t i c a p a r t i d a r i a e c o i o c â m o - n o s i n c o n d i c i o ­n a l m e n t e a o l a d o d o g o ­v ê r n o . n a s u a p o l i t i c a n a c i o ­n a l .

D o i s - a r t i g o s j á c o m p o s ­t o r e s o l v e m o s p ô r d e p a r ­t a , q u t n ú s t a o c a s i ã o b e m n e c e s s á r i o s , e r a m p a r a i n ­t e i r o e s c l a r e c i m e n t o d a s n o s s a s a f i r m a ç õ e s d e s e m ­p r e , m a s a c i m a . d ’è s s a p a i ­x ã o t e m o s a p a i x ã o d a P a ­t r i a q u e p a r a . n ó s é. t u d o . E q u e m n a a t u a l c o n j u n t u ­r a , n ã o p e n s a r , a s s i m , n ã o p e n s a b e m e m e r e c e o c o r - r é t i v o q u e - é c o s t u m e d a r - se. a t r a i d o r e s .

.q,ue «a, situação, n ada tem d ’alar- m ante e- qne nós temos recursos proprios. D i}-o quem j á g o v e r ­nou 0 P a iz corno ele nun.ca fo i governado» D il-o quem. sabe- e vê-o quem tenha um pouco de bom senso.

Recom endando a. todos.os bons portuguezes a serenidade que o seu n a tu ra l bom senso lhes re ­comenda tam bem , prestâmos-lhe- um bom serviço

AOS R E PU B L IC A N O S PO R T U G U E Z E S

O ,D iré to r io do P a rt id o R e p u ­blicano Po rtuguez votou, por unanim idade, 0, seguinte apèlo ao, Po.vo R epub licano :

«©. P f r e t o j ç . i o o P a r t i ­d o . I S e p u I í I t c a n o gs o .r ta s - g s s e s , a p r e c i a n d o a s i t u a ­ç ã o . a t ç ? » i q n e n a d a t e m « le a íaavas i .a sH c p a r a o a s o s - * 0 p a i » , fffSBe p é d e v i v e r d a s s s a a s p r ó p r i a s j f ò r - ç a s , p e d e a t o d o s , o . s . c o r ­p o s o r g a n i s a d o s , d o p a r ­t i d o q u e r e c o m e n d e m n ‘e s í e m o n e m t o a o s e » , r - r e l i g i o n a r i o s a g p ã c i g p a s e r e n i d a d e e c o n f i a n ç a beks c o n d i ç õ e s n e c e s s á ­r i a s p a r a « p ae a s d iS icanJ- d a d e s s e j a na r a p i d a m e n ­t e v e n c i d a s . . .

O D iré to rio , presid ido pelo D r . A fonso Costa, é o m ais alto ço.rpo d irigen te do Pa rtid o R e ­publicano. D ’ele fazem parte m i­nistros. e outros cidadãos de res- p.on.sabilíd^des que bem conhe­cem Q_e.si3.do do P a iz e afirm am

í^arfiòo Republicano Í W - í u ç i u e j

São avisados todos os- cidadãos filiados no P a rti­ndo Republicano Portugue% a comparecer no prócimo domingo,. 16 do corren­te, ás vinte e uma horas, na séde dp Centro Republica­no Democrático, (Palacio,- L a r anjo) afim de elegermzx novas comissões politicas e • corpos germtes .do. jp f a i - . do Centro.-. .

0 secretario .da -Comis- - são M unicipal— J o s é A u ­g u s t o S a l o i o .

Êomeníarios & MoíieiasÇõngrcsgo. da Republica

A sessão do. Congresso da R e ­pub lica rea lisad a .:ante-ontem foi i6xcl.usiyament,e,,dedieada.a..conce- der ao governo, facu ldades ex tra ­o rd inarias de modo a podêr. este acud ir , a quaisquer im ergencias d a ,h o ra g rave que .se está. a tra ­vessando. In te ira m en te un ida,es­tá a grande fam ilia repub licana que dará a todo o m undo um belo espétáculo de solidariedade ante , os ■ interesses ..superipr.es, da n a ção ;.. po r.t ug u eza.

D ’este modo fica rá 0 .govêrno habilitado a acud ir, com ,as pro­videncias, qae:,tiver, por conven i­entes . á m anutenção da. ordem ‘pública a , ado.t.arx as .resoluções que os grandes interesses nacio ­nais, conjugados, com, a p o lit ic a .. in te rnac iona l, p o rven tu ra re c la ­m arem e a favorecer, a so lu ção . proveitosa das questõgs-de ordem económ ica que se venham a pro­duzir.

A, se 11 tenspoC o m o a o ca siã o , q n e ,d è v e ser

t o d a .d e ,p £ cific a çâ p , não no s d e i­x a , ir até onde,,o,.direito e a > ju s ­t iç a n.os . dá j u s, reservâ,m o- n o s , p a r a , eín tem.po. p ro p rio ,d ar re s ­posta, ás torpes..iiysinnaçye.s que- u a « fo lh a d e . . . i>-nos foram d i­r ig id a s . e q u e . pary.eiH u ra,; p o ssa n a - v ir a s e r, con fo rm e a m issão , q.us,, lh e foi c r ia d a . .

iSstação, teS.egB?áSICíÉE s t á fin a lm e n te ilu m in a d a ;

lu z e lé tric a a , a. estaçã o telegjdfe. Gca, d ’e.sta v ila .

E s ta v a p ro m e tid o .. ...

Page 2: g EDITOR Torpezas monárquicas

O célebre an ti-m iiitarista fran ­cez G u s tavo l l e r v è acaba de d i­r ig ir ao m in istro da g u e rra do seu paiz, a segu in te patrió tica c a rta .

« S r . m in istro . — A o s v in te anos, como fosse o unico am paro de m inha fam ilia , pedi a reform a, alegando a m iopia de que sofria. A p e sa r d ’esse m al e dos meus quaren ta e trez anos, acho me a inda em condições ae poder de­sem penhar e se rv iço de cam pa­nha.

Com o, na g u e rra que vae re ­ben ta r, me parece que a F ra n ç a fez m ais do que podia para evi-

' ta r a catástro fe, rogo-lhe mande incorporar-m e, por g raça especial, no prim eiro reg im ento de in fan ­ta r ia que siga para a fron te ira .

A R ep u b lica , tendo-me expu l­sado da U n iv e rs id a d e , riscado do quadro dos advogados, conde­nado a m ais de onze anos de p risão , tudo a p retex to de fa lta de patriotism o, quando o meu un ico c rim e ,.0 do meu partido e o da C . G . T . fô ra apenas o de p re v e r e querer im ped ir a ca tás ­tro fe que hoje se produz, déve- m e bem esta b rilhante reparação e creio que o sr. m in istro assim o ju lg a rá tam bem .— V iv a a F ra n ç a ! N ão preciso acrescen tar m ais n a ­d a .— G u stavo H e rv é .»

M a n i f e s t a ç ã o s o c i a l i s t aP ro m o v id a por um grupo de

socia listas organisou-se em L i s ­b ôa, no d ia 1 . ° do co rren te , um a m anifestação de protesto contra a guerra .

O s prom otores da m anifestação reuniram -se na p ra ça L u iz de Cam ões, onde a p o lic ia com pare ­ceu recom endando com instanc ias que no percurso do it in e rá rio não cantassem a « In te rn ac io na l» nem levan tassem gritos; d ’ali, orga- nisado o corte jo , segu iram p e r­correndo vá r ia s ruas, m as a bre­v e trecho com eçaram os m an i­festantes cantando a « In te rn ac io ­n a l» ouvindo-se tam bem rep e ti­dos gritos de «abaixo a guerra» e outros «abaixo a p a tria» os quaes provocaram tum ultos.

A polic ia novam ente recom en ­dou silencio, sendo desobedeci­da.

C hegada a m an ifestação ao T e r re iro do P a ço e, como con ti­nuassem os d istúrb ios, um a for­ç a de ca va la r ia da guarda repu ­b lican a depois de evo lucionar algum tempo dispersou a m an i­festação, deixando o terre iro do P a ç o com pletam ente «lim po».

A com issão portadora da m en­sagem conseguiu, porém , en trar no m inistério dos extrangeiros e en treg ar o docum ento ao sr. F r e ir e de A n d ra d e , que ali a ag ua rd ava , retirando-se pouco depois.

A s guardas do m in istro hav iam sido reforçadas. Fe lizm en te na ­da m ais ocorreu do que o que fica m encionado.

A r h o r i s a ç õ e sConsta-nos que a d igna v e r ia ­

ção m unicipa l tenciona, em oca­sião p róp ria , à rb o risa r algum as ru as d ’esta v ila .

S i e r m e s s eC oncorrid iss im a a kerm esse

p rom ovida pela d iréção da B a n ­da D em o crá tica , rea lisada do­m ingo passado na p raça da R e ­pub lica .

A b rilh an tou aquela festa a d is tin ta banda prom otora que conseguiu obter da enorm e m as­sa popular que a escu tava aten ­c iosam ente, fa rtos e en tusiásti­cos aplausos.

A kerm esse con tinuará domingo com sorteio de lindas e va liosas p rendas.

P atriotism o G O F E 1 D E P É R O L A S

PATRIAS o rr i o céo a~ul. 0 mar rugindo canta Como um gigante, ao longe, indómito leão A serra alveja linda, o seu alvor encanta Enche de part e amor e lu% meu coração.

Terra do meu pai'-.' 0 meu berço sem par, Onde viceja a f lo r e as aguas tem canções,Um velho Portugal, abençoado lar,O invicta nação, bendita entre as nações.

Tu que désles horoes, poetas, navegantes, . Guerreiros imortais, altivos, triunfantes,1 erra do meu amor, ó doce patria minha . . .

Oje na comoção das lutas fratricidas,Ouve esta minha vo% em âncias doloridas,Que fala um coração: Levanta-te e caminha.

F rutuoso F irmino.

© d i o m o a t á r « p a i c oCom o a liv re e p rog ress iva

In g la te r ra estre ita , cada vez m ais, as relações de am izade com a R ep u b lica Po rtu g u eza . eis que serta espécie de m onárqu i­cos peçonhentos, desnaturados, a rreganham a «taxa» fazendo m al d issim ulados votos pe la v i ­tó ria da A lem an h a , do que sahi- r ia , c laro , a d erro ta da In g la te r ­ra e da F ra n ç a dois paizes essen­cia lm ente dem ocráticos se bem que a In g la te rra a inda se con­se rva m onárquica .

E ’ até onde póde chegar o ódio!

i t a i a d a C a l ç a d aC om eçaram j á os trabalhos de

calcetam ento d ’esta rua que fi­ca rá com passeios e se rá arbori- sada.

UfiSl bOISÍ S SE S toanaD ’« 0 Po vo » de 5 do corrente:« 0 B an co de P o rtu g a l descon

tou ontem 1:800 le tras no va lo r de 2 m il contos, sendo um terço d ’estas le tras sobre a p ro v in c ia e os dois terços restan tes sobre a praça.

N inguém ousará d izer que se­m elhante facto não represen ta um sintom a da nossa boa situa­ção finance ira , nem tão pouco que nâo corresponda á no rm a li­dade das ezigencias do nosso ci m ercio e indústria .

E ’ um facto para reg ista r com satisfação, pelo menos para to ­dos os bons portuguezes e p a trio ­tas, em bora aos agourentos chas- queadores, que nos afrontam por ali a todos os m om entos, o m es­mo facto cause a m aio r qu is ilia e despeito.

M u ito bom seria tam bem , pa ­ra m ais com pleto restabe lec im en ­to da norm alidade nos negocios financeiros da nossa p raça, que o mesmo B an co facilitasse a com ­p ra de cam bia is, pois nâo só pres­ta r ia um bom serviço ao com er­cio como tam bem ao E s tad o , que para os seus encargos, p rec isa ad q u irir os necessários recursos em ouro»,

T r i n d a d e C o e l h oF a z ôje seis anos que se su i­

cidou o dr. T r in d a d e C oelho , au ­tor do «M anua l Politico. e C iv il do C idadão Po rtu g u ez» . O pa­tr ia rca censurou o padre que en­comendou e acom panhou o seu cad áver ao cem iterio . '

D r . C a l d e i r aR e tiro u na passada quinta fe i­

ra para A lq u eve (A rg a n il) o nos­so am igo, sr. d r. Jo s é C a ld e ira d ’01 ive ira , digno contador d ’esta

com arca, onde tenciona demorar- se até setem bro prócim o. A g ra ­decendo a gen tileza dos cu m p ri­m entos de despedida com que nos onrou na nossa redação, fa ­zemos votos por que o ilustre am igo tenha um a viagem fe lic ís ­sim a.

l í d l i í o r i a !Pe rten ce ao nosso presado

colega lisbonense «O Po vo » o e- d itoria l d ’ôje, para cu ja tra n sc r i­ção pedimos vén ia .

33latsi& d a c o n í r i M a i ç ã o S n d n s t r i a l .E s ta rá patente ao público, pe­

lo espaço de 10 dias, a come ça r em lõ do corrente, das 10 ás 16 horas, no edificio da re ­partição de finanças, a m atriz da contribu ição industria l, a fim dos interessados reclam arem o que tive rem por conven iente sobre:

1 .° E r r o na designação da ta ­bela, parte , classe e lançam ento das taxas fixas.

2.o In ju s ta designação da tab e ­la, parte classe e lançam ento de taxas fixas.

3 .° In d e v id a inclusão ou ex ­clusão de pessoas.

E m p r e g a d o s í l e a d m i n i s ­t r a ç õ e s d e c o n c e l h o .Tendo sido pub licada em 3 de

ju lh o do ano findo uma p o rta ria m andando que tanto as vagas então ezistentes nos quadros dos em pregados de adm inistrações de concelho como as que viessem a dar-se até á pub licação do C ó ­digo A d m in is tra tivo fossem pro ­v idas in terinam ente, e havendo sido autorisadas algum as nom ea­ções d e fin itivas , em con trá rio do disposto « 'aq u e la p o rtaria , foi de­term inado que fiquem sem efeito as autorisaçÕes concedidas n ’a- gnelas condições e que de futuro só sejam perm itidos os p ro v i­m entos in terinos dos lugares v a ­gos nos quadros das secre tarias das adm inistrações de concelho.

P e n i t e n c i a r i a sO «D ia r io do G ovêrno» de

q uarta fe ira passada pub lica um decreto determ inando que as pe­n itencia rias de L isb ô a e C o im b ra passem a denominar-se respéti- vam ente C ade ia Nacia.nal de L i s ­bôa e C ad e ia N ác io aa l de C o im ­bra.

í ; © P o v o , ,Acedendo ao dezejo m an ifesta ­

do pelas comissões paroquiaes do P a r t id o R e p u b lica n o P o rtu g u e z e ainda ás so licitações de m uitos outros dedicados co rre lig ionários, «O P o v o s , cu ja fundação só obe­deceu ao sincero dezejo de bem

se rv ir o P a rtid o em que sem pre m ilitám os e de con tribu ir tanto quanto possivel para o engrande ­cim ento e prestig io da R e p u b li­ca, in ic ia rá brevem ente a sua pub licação noturna.

Fazendo-o, supérfluo será d i­zer que a sua linha de conduta em nada se m odificará pela P a ­tr ia e pela Repub lica , será de fu ­turo , como tem sido até ôje, a sua d iv isa .

«O Po vo » m anterá tambem uma desenvo lv ida inform ação do Pa iz e do ex trangeiro , sem des­cu ra r nenhum assunto de atua- lidade, procurando sem pre corres ponder a todas as ezigencias d ’um jo rn a l moderno.

D am os em seguida a moção votada por aclam ação nas com is­sões paroquiaes m anifestando o dezejo da publicação de «O P o ­vo» , á noite:

«A s comissões m unic ipa l e p a ­roquiaes, cônscias da necessida­de que o Pa rtid o tem de um or gão noturno na im prensa, m an i­festam o seu dezejo de que o excelente jo rn a l «O Po vo » se publique, á noite, como convém á defeza da R ep u b lica » .

« I escssí s ã o o s d e s o r d e i ­r o s ?A p e sa r de nos ser suspensa a

perm uta que nos fôra oferecida com a rem essa do prim eiro nu ­mero — aquilo é que é coeren c ia ! ! ! . . . ■— do órgão a lm eid ista local nós, por um dever profissio­nal, nâo deixám os de m andar buscar um papelucho d ’esses pa ­ra nâo perderm os o costum e de. . . le r «coisas boas». Sem fazerm os caso das parangonas.cu jo fim é o de lesar o le ito r deparám os com um artigo assinado por um sr. Jo s é B a rb o z a e subordinado á ep ígrafe «Q uem sâo os desordei­ros»? que se não fosse o m uito pouco espaço de qne dispomos pub licavam ol o fazendo-lhe ape­nas o seguinte: onde se lêsse «dem ocrático» punhamos-lhe «evo íucion ista» e onde se lesse A fonso Costa punhamos-lhe A n ­tonio Jo s é d A lm e id a .

E ficava bem.Is to sem m elindre para o sr.

B a rb o za , que nâo conhecem os, e que poderá ter m uita razão de assim escrever mas que ce rta ­m ente nâo conhece quem são em A ld eg a leg a os desordeiros.

P a v i l h ã o - r e t r e t eV ã o brevem ente com eçar os

traba lhos ' d ’este ind ispensável m elhoram ento, cujo local e sco lh i­do é o largo que fica nas traz e i­ras do arm azém do sr. Jo s é A n ­tonio dos R e is , jun to á rua M á r ­t ir de M o n tju ich ,

t ; Mmjffido 3 5 o r a l . ,A ca b a de sa ir o n .° 8 d ’este

nosso co lega de pub iicação m en ­sal, órgão da L ig a A nti-A lcoó li- ca Po rtugueza , da L ig a P o r tu ­gueza da M o ra lidada Pú b lic a e da L ig a A n ti-T ab ag is ta P o r tu ­gueza.

n e g a ç ã o d o a s a r . ,E ’ este o titu lo de um utiiissi-

mo liv ro em 2-a edição do sr. V ito r in o Coelho, ed itado pelo G rem io do Método. D o liva is , so­ciedade de propaganda con tra o jôgo , e á venda pela in s ign ifican ­te quantia de 40 centavos na L iv r a r ia V e n tu ra A b ran tes , rua do A le c r im , 80 e 82 — L isb ô a .

IM e € C O § e a p t c s í o e s c o l a rE m harm onia com a lei re u ­

n iram dom ingo passado a Ju n ta de P a ró q u ia d ’esta freguezia e os professores ofic iais de ambos os sexos a f i® de se organ isar o recenseam ento escolar, p roce­dendo-se j á na quarta fe ira a^s respétivos trabalhos.

P e la s 8 horas da m anhã de ante-ontem , no sitio da L a n ç a d a , ficou com um pé esm agado de­baixo da roda d ’uma ca rre ta pertencente a Custodio F irm in o da S i lv a , o m enor de quatro anos filho de D om ingos M ig u e l da S i l ­va que depois de receber os p ri­m eiros cu ra tivo s n ’esta v i la se­guiu para o hospita l de S . Jo sé .

C o 5s d ® I e s s e á a s 1E n v iá m o s a expressão sincera

das nossas condolências uo nos­so am igo e prestante co rre lig io ­nário do S e ix a l, sr. Jo sé N unes , pela perda de sua estrem osa m ãe, sr a D . M a r ia G ertru d es N unes, fa lecida no d ia 6 do cor­rente.

C o l o n i s a ç ã o a g r i c o l aE m B a rce lo n a constituiu-se

um a nova sooiedade cham ada « L a A g r ic o la franco-espanhola da A nd a lu z ia» com urn cap ita l de 10 m ilhões de pesetas.

Propõe-se co lon isar uma ex ­tensão de 2 0 0 0 0 hectares de terrenos ir r ig á v e is no term o de B a e z a em H u e sc a r (G ra n a d a ) dando-os em parceria .

A fim de a lcancor as m aiores facilidades, os p rop rie tários dos terrenos com preendidos entre os rios G u ad a l e C asrril, co n s titu í­ram se em com unidade de regan- tes, e está redigido j á o projéto de rega e em construção um c a ­nal que se cham ará C an a l do R e i.

Com o o pro jéto é de co lón ia ag ríco la , logo que dêerh comêço ás obras em preender se-ha a construção de casas, que se fa c i­lita rão aos colónos, com os ape­trechos de la vou ra e dem ais utensilios de traba lho .

O B an co La tiite . de P a r is , su ­bscreveu o cap ita l e dispoz ao r- ganisaçâo financeira .

l i s t e ® © g r a f o l i a i s t r a - d o , , .R eap areceu este nosso co lega

lisbonense de estenografia e d a ti­log rafia de que é d iré to r, pro­p rie tá rio e ed itor, o sr. M . J . d a Costa, professor de estenografia , datilogra fia e correspondencia com ercia l.

E S s p c c e i l a ç ã oP a re c e que n ’esta v ila tam bem houve quem quizesse especu lar com o tronpo de notas do B a n co e se' preparasse para a- carestia dos géneros.

J á foi tempo!

I S s p i r i t t i o s a d a C o n c e i ­ç ã o B a t i s t a .A ca b a de tom ar posse da es­

tação te leg rá fica de S . T iag o de Cacem a in te ligente te legra fista , sr.* D . E sp ir itu o sa da Conceição B a t is ta , irm ã da habil professo­ra oficial d ’esta v ila . s r .a D- M a ­ria Jo sé da Conceição B a tis ta .

I S o r a r i o d o s c o m b o i o sE ’ o seguinte, o horário, dos

comboios entre esta v ila e L isb ô a :Pa rtid a s de Aldegalega.- 8 ho­

ras e 14.4. P a rtid a s de L isb ô a : 10.20 e 17,50.

f - e ! d a S e p a r a ç ã oO sr. m inistro da justiça e n v i­

ou nma c ircu la r aos governadores c iv is sobre o cum prim ento da lei da Sep aração , recom endando-lhes que em preguem todas as suas d i­ligencias para que os subord ina­dos procurem fazer cu m p rir aque­la lei com o m ácim o esp irito de to leranc ia , m as na certeza de que, quando se der qualquer conflito por m otivo de a lgum a das d ispo­sições da m esm a léi d everá orde­nar se sem dem ora um rigoroso inquérito em que sejam ouvidos os principaes interessados e outras

Desastre

Page 3: g EDITOR Torpezas monárquicas

O DOMINGO

pessoas, seja qual fôr a sua ca te ­goria social e os partidos 011 ag re ­miações politicas locais a que per­tençam, enviando se 0 respétivo actó com a inform ação do gover- uador c iv il ao m inistro d a ju s t iç a , para final resolução.

m u n i c i p a lJJurante a sem an a tem estado

reunida em sessão p le n a ria d ’ es jp concelho, d eve n d o a sessão term inar na p ró c im a q u a rta fe i­

ra.j i z a s a a e s

Fizerem ezame em L is h ô a e fi­caram aprovados Jo a q u im M an u ­el Relogio G reg o rio F iu z a e A n ­tonio Coutinho Sa lg a d o , 1 .° ano dos liceus; Jo aq u im dos San tos Q li veira Ju n io r , 2 . ° ano.

‘ ‘ C h a r i v a r i . ,Sah irá no Po rto no prócim o

dia 15 um novo sem anario hum o­rístico ilustrado subordinado a e s ­te titulo, cu ja redação será na rua Passos M anue l, 217-

Ao fiscal cia iissspe*aCabe-nos perg untar ôje ao fis ­

cal da lim peza púb lica qual a razão porque os em pregados n ’es ge serviço não despejam na car roça 0 lixo de todos os caixotes que estão ás portas das ruas?

Perguntám os porque sabemos quem quasi todas as tardes m an­da despejar na rua 0 caixote pa­ra 0 le va r para dentro de casa.

A u r é l i o . « V o ão d a C r u zQ uarta fe ira passada fomos

surpreendidos com a dolorosa noticia do fa lecim ento, no hosp i­tal de S a n ta M a rta . L isb ô a , on­de se a ch ava ha dias em tra ta ­mento, do nosso am igo e ded ica ­do corre lig ionário A u ré lio João. da C ruz, onrado e zelozo em pre­gado da Com panh ia F a b r il S in ­ger, que n ’esta v ila gosava das mais gerais sim patias. D otado de um ca rá te r afa.vel, e ca tivan te a sua m orte causou verdade ira mágua. sendo gera l e p rofunda­mente sentida. O extinto deixa viuva e filhos que lam entam a pêrda d,e um ezem plár esposo e } ae- de d icadis s im 0.

4 í O i í e s t t o e r a í a . ,Onrou-pos com a sua v is ita

este novo co lega, sem anario do Partido R epub licano Po rtuguez , dos concelhos de A lem q u er, Ca- daval, 'So b ra l du M o n t’A g raço e Torres V e d ra s que se publica em A ld e iag a leg a da M e rc ian a e tle que é d iré to r 0 sr. C esar Frazão.

Apetecem os-lhe a m ais longa, e próspera ezistencia.

i n q u i s i ç ã o e m P o r - i t i g a l , , .E s tá j á em d istribu ição 0 10."

tomo d :este h istórico rom ance devido a penna brilhante d.e C e ­sar da S i lv a e d.e que é editora, a B iblioteca, do Po vo , rua de S-. BenÇo, 27.9— Lisb ô a .

0 MATSRIAUSMQQ m a t e r i a l i s m o d o s c o s - ,

t u m e s o u é t i c o é i n t e i r a ­m e n t e d i v e r s o d o m a t e r i a ­l i s m o c i e n t i f i c o , c o m o q u a l n ã o t e m a b s o l u t a m e n ­te c o i s a a l g u m a d.e c o ­m u m . A q u e l e , o m a t e r i a ­l i s m o é t i c o , o « v e r d a d e i r o m a t e r i a l i s m o » , t e m p o r *l rn ú n i c o n a p r á t i c a d a y w

ú n i c o m e i o p a r a o h o m e m c h e g a r a u m a v e r d a d e i r a s a t i s f a ç ã o e n ã o e n c o n t r a n ­d o c o m t u d o e s t a s a t i s f a ç ã o e m f ó r m a a l g u m a d e v o l u - t u o s i d a d e s e n s u a l , e l e c o r ­r e d e u m a p a r a o u t r a , c o n ­s u m i n d o - s e n ’e s t a p e s q u i s a . Q u e o v e r d a d e i r o v a l o r d a v i d a n ã o c o n s i s t e n o p r a ­z e r m a t e r i a l , m a s n o f a c t o m o r a l ; q u e a v e r d a d e i r a f e l i c i d a d e n ã o r e s i d e n o s b e n s e x t e r i o r e s , m a s u n i ­c a m e n t e n u m a c o n d u t a v i r t u o s a , é u m a v e r d a d e d e s c o n h e c i d a p a r a o m a ­t e r i a l i s m o é t i c o , E , p o i s , b e m e m v ã o q u e s e p r o c u ­r a r á a c h a r e s t e m a t e r i a l i s ­m o e n t r e o s n a t u r a l i s t a s , o s f i l o s o f o s , c u j o p r a z e r s u ­p r e m o é a c o n t e m p l a ç ã o i n t e l e c t u a l d a n a t u r e z a , c u j o f i m s u p r e m o é o c o ­n h e c i m e n t o d a s l e i s n a t u ­r a i s . Q u e r e m - n o r e c o n h e ­c e r ? B u s q u e m - n o no.s p a l a - c i o s d o s p r i n c i p e s d a i g r e^ - j a e e n t r e e s s e s , h i p ó c r i t a s , q u e , a b r i g a n d o - s e d e t r a z d a m á s c a r a d e u m a a u s t é - r a p i e d a d e , v i s a m s ó a e z e r c e r u m a t i r a n i a h i e r a r - q u i c a a e x p l o r a r o s s e u s c o n t e m p o r â n e o s . D e m a s i a ­d a m e n t e e m b o t a d o s p a r a c o m p r e e n d e r e m , a i n f i n i t a n o b r e z a , d o q u e s e c h a m a a « v i l m a t é r i a » . , e t a m b e m o e s p l e n d o r d o m u n d o d e f e n ó m e n o s q u e g e r a , i n s e n ­s í v e i s a o e n c a n t o i n e s g o t á ­v e l d a n a t u r e z a , i g n o r a n ­t e s d e s u a s l e i s , f u l m i n a m c o n t r a t o d a a c i ê n c i a n a ­t u r a l , c o n t r a o s p r o g r e s s o s i n t e l e c t u a i s q u e e l a p r o d u z , t a x a n d o t u d o d e m a t e r i a ­l i s m o . N ã o 4 s ó o- p a p a d o i n f a l i v e l c o m a s u a c a d e i a s e m f i m , 4 e - c r i m . e s h o r r i v e i s , m a s t a m b e m a h i s t o r i a , m o r a l t ã o v e r g o n h o s a d o s o r t o d o x o s e m t o d a s a s f ó r ­m a s d a r e l i g i ã o q u e p ó d e p r o v a r o , q u e n ó s a v a n ç á ­m o s .

IJ. Haeckel.

Provas cie Bonòaòe

da o p r a z e r s e n s u a l r e q u i n -t a d o . E m b r i a g a d o p o r u m e r , ' o q e p l o r a v e l , q u e l h e m o s t r a n o g ô z o m a t e r i a l o

O i m p e r a d o r N i c o l a u , da . R u s s i a , . f a z e n d o , o s e u . p a . s s e i o h a b i t u a l e m u m t r e n ó a q u e a c h a v a a t r e l a ­d o u m , s ó , c a v a l o , p a s s o u j u n t o d e u m o f i c i a l q u e , e m v e z d e p a r a r p a r a f a z e r a c o n t i n ê n c i a a o s o b e r a n o , m a l o c u m p r i m e n t o u s e m i n t e r r o m p e r o s e u c a m i n h o . N i c o l a u d e t e v e - o e r e p r e - e n d e u - o a s p e r a m e n t e , ao, q u e o. o f i c i a l e n t ã o . r e p l i c o u e x p l i c a n d o q u e a c h a n d o - s e d e p a r t o s u a m u l h e r e l e i a a p r e s s a d a m e n t e , e m b u s c a , d e u m m é d i c o .

O i m p e r a d o r d e i x o , u - o i r s i m u l a n d o n ã o , l i g a r i m ­p o r t a n c i a á s d e s c u l p a s u o o f i c i a l m a s , c h e g a d o q u e f o i a o p a l a c i o m a n d o u o s e u p r o p r i o m e d i c a t r a t a r

d a e n f e r m a , o f e r e c e n d o - s e e l e p a r a p a d r i n h o d a c r e a n ­ç a e d e t e r m i n o u q u e d ’a h i p a r a o f u t u r o f i c a s s e m d i s ­p e n s a d o s d e t o d o o s e r v i ­ç o o s o f i c i a e s c u j a s m u l h e ­r e s e s t i v e s s e m p a r a d a r á l u z .

E s t e p e q u e n o t r a ç o d a b o n d a d e d o i m p e r a d o r é c o n t a d o p o r D e l a c r o i x , o q u a l t a m b e m n a r r a e s t o u - t r o :

D e W i l l e c o u r t , p a l a f r e - n e i r o d o d u q u e d e V e n d ô - m e , c o m o n ã o e r a a b a s t a ­d o n e m a n d a v a p a g o e m d i a p r o c u r o u e a c e i t o u u m l u g a r e m c a s a d e M - D e s - m a r e t s , i n t e n d e n t e g e r a l d a s f i n a n ç a s . Q u a n d o D e V i l l u c o u . r t f o i d e s p e d i r - s e d o p r i n c i p e e s t e p e r g u n t o u a s s u a s r a z õ e s , , e o u v i n d o - a r e s p o n d e u - l h e c o m b o n o ­m i a : .

— R o u b a - m e c o m o f a ­z e m o s o u t r o s , e d e i x a - t e e s t a r a o m e u s e r v i ç o !

A B u n t e m p s , p r i m e i r o c r i a d o d e q u a r t o d e L u i z X I V s u c e d e u t a m b e m o s e ­g u i n t e * c o n t a d o p e l o m e s ­m o a u t o r d o « D i c i o n á r i o h i s t ó r i c o d e e d u c a ç ã o » :

U m . d i a e m q u e e l e s o l i ­c i t a v a c e r t o f a v o r p a r a u m d o s s e u s a m i g o s , o m o n a r ­c a i n t e r r o m p e u - o b r u s c a ­m e n t e ; :

— - Q u a n d o , a c a b a r á s d e m e p e d i r m e r c ê s ? . .

A s s u s t a d o , c o m , o- m a u h u m o r - d . o r e i i.a o , c r i a d o p e d i r - l h e p e r d ã o q u a n d o o. m o n a r c a , j á p e z a . r o s o , , c o n ­t i n u o u d i z e n d o : .

— . . . p a r a o s o u t r o s e n u n q a p a r a ti? O - q u e m e p e d e s , c o n c e d o - o , m a s é p a r a t e u f i l h o , e n ã o p a r a u m e s t r a n h o .

tui? Leitão,

AGRICLÍLTDEi

c i e d a p r e c e d e n t e e m q u e p r e f e r e o s t e r r e n o s m e d i a ­n a m e n t e h u m í f e r o s , n ã o h a v e n d o n e c e s s i d a d e d a c u l t u r a p r é v i a d e t r e m o - ç o s .

Para o carvalho (Quer­em) — E s t a á r v o r e r e q u e r t e r r e n o s d e m e d i a n a f e r t i l i ­d a d e ; a s e x p e r i e n c i a s d e R i t c h e r e T a f t e r , n a A l e ­m a n h a , p u z e r a m e m e v i ­d e n c i a a s v a n t a g e n s d e a s ­s o c i a r a e s s e s t e r r e n o s a s e s c ó r i a s e a k a i n i t e .

A s d o z e s s ã o : 1 : 0 0 0 k i l o s d e k a i n i t e , n 3.oo. d e e s c ó ­r i a s , i 5o d e s u l f a t o d e a m o ­n í a c o o u d e n i t r a t o de. s o ­d a .

P o d e m e m p r e g a r - s e k i l o s d e s u l f a t o , d e a m o n í a ­c o c o m 7 5 d e n i t r a t o d e s o d a .

. Para a faia (Fagu.s Syl- valicaj — G o s t a d a s t e r r a s h u m i f e r a s , r i c a s e p r o v i d a s d e c a l .

A p r á t i c a s a n c i o n o u a s q u a n t i d a d e s s e g u i n t e s : 6 0 0 k i l o s d e k a i n i t e , 1 : 0 0 0 d-e e s c ó r i a s , . 5o d e s u l f a t o d e a m o n í a c o , e 5o d e n i t r a t o d e s o d a . .

D e u m a s e x p e r i e n c i a s r e a l i s a d a s n a A l e m a n h a p o u d e v e r - s e q u e e m s e i s a n o s 8 0 k i l o s , d e k a i n i t e - e o u t r o s t a n t o s d c e s c ó r i a s t i n h a m d e t e r m i n a d o m a i s d e m e t a d e d o a u m e n t o n o c r e s c i m e n t o d a s á r v o r e s , c o m p a r a t i v a m e n t e á s q u e n ã o r e c e b e r a m a d u b o a l ­g u m .

munem

COUTINHO. RiBN O T Á R IO

c a s a d e h a b i t a ç ã o , d u a s a d e g a s , p o ç o e q u i n t a l s i t o 11a r u a d o V a u . E t a m b e m s e v e n d e u m f ô r o d e d o i s m i l r é i s , i m p o s t o s n u m a c o u r e l a .

T r a t a - s e c o m J o s é M a r ­q u e s C o n t r a m e s t r e , — R u a d a O l i v e i r a , n ’e s t a v i l a .

AGRADECIMENTOF ir mimo Francisco P a ­

lhinhas, seu filho, nora e netos; Custodia de Jesus Qliveir a, seu. mando e fi­lhos; agradecem., penhora­dos,. a todas. as. pessoas que se interessaram pelas: melhoras- da sua querida e- extremosa, irmã e. t ia .e - que se dignaram> acompa­nha-la d súa última mora- da.

Pedem desculpa dç. qital-- 'quer falia, nos ag.md&e,i-~ mentos pessoaes.

A, todos a. sua eterna gratidão.

Aldegalega 8 d.e agesdx), de 1914.

Perdeu-seUma? bolsa com dnas le­

tras no vaior de- 4o$bo cada uma;• des&e as mari­nhas do Vau aíézAldegale^§ a

A ^ e s b o t s p s r a o s i e r p c a o s .S to y e s & s s . e s .

O s . s i l v i c u l t o r e s a l e m ã e s a d v o g a m a c o n v e n i ê n c i a d e a d u b a r o s t e r r e n o s d e s ­t i n a d o s . a, e x p l o r a ç õ e s f l o - r e s t a e s .

A s f ó r m u l a s , q u e s e r e ­c o m e n d a m , são: - .

Para o,pinheiro silvestre— P a r a a s t e r r a s a r e n o s a s : ; 25: o o o k i l o s d e e s t r u m e , 1 : 0 0 0 d e e s c ó r i a s , . 6 0 0 , . d e k a i n i t e e 3o o d e g e s s o . D e ­p o i s d.e se. e n t e r r a r e m e s - - t e s a d u b o s , a c r e s c e n t a m - s e 1 0 0 k i l o s d e s u l f a t o de. a m o n í a c o p o r h e c t a r e . P r a ­t i c a - s e e m s e g u i d a , . , d u r a n ­t e a l g u n s a n o s , , a. c u l t u r a , d e t r e m o ç o s , p o d e n d o e n ­t ã o s e r p l a n t a d o s : , o p i n h e j - o r d i n a r i o , q u e g e r a l m e n t e é o q u e s e e s c o l h e , , o u , o. a b e t o .

Para o abeto [Pícea. ex- celsa]-— h. a n t e r i o r f ó r m u l a m i n e r a l . D i f e r e e s t a e s p é ­

a l c o c u h x .k ;..

í $ % % # w

B EZER R O SG r a t i f i c a - s e b e m q u e m

e n t r e g a r n a s F a i a s d e B a i ­x o , L a g ô a d o C a l v o , a. A n t o n i o C a r r o m e u , u m b e ­z e r r o , c a s t r a d o e u m a b e ­z e r r a a m b o s d e r a ç a tou - - r i n a q u e d e s a p a r e c e r a m n a q u a r t a f e i r a a t a r . d e .

V e d e m - s e t r e z f a z e n d a s q u e p e r t e n c e r a m a o f a l e c i ­d o J o ã o d a S i l v a I i h é o d e ­n o m i n a d a s : a d .o H i p ó l i t o , a d o . P e n a e o u t r a c o n h e ­c i d a p e l a f a z e n d a d o M a ­n u e l J o ã o .

V e n d e - s e i g u a l m e n t e o . c a ^ a l , q u . e se. c o m p õ e d e

Receberá alviçaras a pessôa que a enlregau 71 es­ta. redação.

671,

#Vende José Soares, p o r

preço.módico. — R- A lm i­rante Cândido dos R eis ,29 e 3,i — ■Aldegalega...

C A S A .

Vende-se, boa, para ..cha­cineiros.

Para vêr -diri­gir-se a Severo aa& -Ne~ms Gouveia — Rua Candi dos Reis.

Q U E R E IS S E it -

G U A R D A . L I V R O S ? .Com,px<ie.o m elhor método pora

o aprender

( n i j a Do p v a t i c u n l c D c s c r i f o r i í ?

J O A Q U I M J O S E DS S E j Q U E I R A . ,Acaba de-^shii: o -2s M?íLHg;I%0 >

í .v.dI. br.. § 5o (Soo)Ene- , $70 I700V

A.’ 've,adB Kfts•.■Hvrarias e no, editor-:

L IV R A R IA %

Y E T N T U R A A B R A N T E S .80, Rua do Aiecri,rn. Sa

E . I S S 2 0 A

Page 4: g EDITOR Torpezas monárquicas

O DOMINGO

LUZ ELETRICA

GREGORIO GIL_E s t a c a s a é a q u e f a z i n s t a l a ç õ e s m a i s b a r a t a s e

m a i s p e r f e i t a s , e m p r e g a n d o m a t e r i a l d a m e l h o r q u a l i ­d a d e e l a m p a d a s d e f i l a m e n t o m e t á l i c o d a u l t i m a c r i a ­ç ã o i n d u s t r i a l , m a i s e c o n ó m i c a s n o c o n s u m o d a l u z e r e s i s t e n t e s a t o d a s a s t r e p i d a ç õ e s .

P e d e - s e a f i n e z a d e n ã o f a z e r i n s t a l a ç õ e s s e m q u e p r i m e i r o v e j a m o s o r ç a m e n t o s e o ó t i m o m a t e r i a l d e e s t a c a s a .

N a m e s m a e n c o n t r a - s e á v e n d a : a s s u c a r . a r r o z , m a n t e i g a e a l g u n s o u t r o s a r t i g o s d e m e r c i a r i a , t u d o d e f i n i s s i m a q u a l i d a d e e p o r p r e ç o s m ó d i c o s .

18, R U A D A P R A Ç A , 18— ALDEGALEGA 683

<«!(£>, «as». -«tis «ab» «b» «eíb»

1. E. DE Y1T0B1A PEREIRA J U L G A R D E U S

H r a b a í h o í>c a f f a f r a n s c e n c l e n c i a f i l o s ó f i c aA v r r d a d c . a r a z ã o * c íí c í e m ip j í í e s s í i a g m a s í l o « s p r e -

COM«CÍÍOS |}j5>Sic«s c os ílogB8i;ss aSjssiirílos «Ias re lig iões íjsae ícchs dmuniassíSo «

n i n s i d o c e n t r a v a d o o p r o g r e s s o

A lu£ iluminando uma era nova, libertando o espirito da mulher e da criança da tutela nefasta dos jesui­tas e das congregações religiosas.

TITULOS DOS CP1T U L0SD i v a g a n d o — O n d e p r i n c i p i a e o n d e a c a b a D e u s — A p r e o c u p a ç ã o d a h u m a n i d a d e — A B i b l i a , a H i s t o r i a d a F i l o s o f i a — A t e r r a s e g u n d o o s s a b i o s — O s c r i m e s e o D e u s B i b l i c o — O d i l u v i o d o s h e b r e u s — A B i b l i a é o l i v r o m a i s i m m o r a l q u e h a — J u l g a m e n t o d o D e u s d a G u e r r a — E u r e c h í - J e r i c h ó — O e g í t o h i s t o r i c o a t é a o e x o d o d o p o v o d e M o y s é s — F i l o s o f a n d o — F i l o s o f a n d o e c o n t i n u a n d o — D e u z e s e r e l i g i õ e s — A u t o s d e f é , t o r ­m e n t o s , m o r t i c í n i o s e a s s a s s i n o s e m n o m e d e D e u s

c r i s t ã o — A s e p a r a ç ã o d a i g r e j a d o E s t a d oO livro é dedicado ao eminente homem d'Estado o ilustre cidadão

D R . A FO N SO C O S I A , e é uma homenagem ao, grande propagandista re­publicano D R. M A G A L H A E S L IM A . Grão-Mestre da Maçonaria P o rtugue­za, á Maçonaria m undial e aos livres pensadores*

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(antiga rua do conue)ALDEGALEGA

691

I ImtMf e lI éPli

È fmMm

L iv r o de grande utilidade caseira

S U M A R IO : L ic o r depurativo ou purgante, ciistéres e seu préstim o, vomitório e seu em prêgo, chás e co- simentos, e iix ir estomacal e seu em­prêgo, leite e lam bedores peitoraes. óleos e caldos, dieta rasou vel. imagi nação curativa, banho de fogo sudo- rifico, banhos frígidos, lavagens, fri­cções © compressas estim ulantes, si napismo e ontros tópicos distrativos. reflexões ácerca dos verm es e cura das sezões, rem edio para os olhos, ouvidos, afauces e dentes, contra a epilepsia, dôres de cabeça, icterícia, diarreia, astma, saluços. incóm odos na bexiga, gangrena, envenenam ento, frieiras, sarna, escaldaduras, foga- gens. unheiro, panaricio, antraz, fe­bre interm itente, febre rem itente. outras febres, febre amarela, cóiera- morbus e tifo consequente, febre lenta da, tisica, moléstias na cabeça, nos olhos, nos ouvidos, fossas nasaes. bôca, dentes, moléstias no pescoço internas e externas, angina, esqui nencia, escrófulas, intum escencia 'das parótidas,^ moléstias no peito, cora ção, pulmão, figado, estômago, ven­tre. remedio contra a solitária, cóli­ca, iópico de ação d iurética, molés­tias nas vias superiores e suas depen­das, via posterior, via anterior, intu mescencia testicular, hernia. moles tias venéreas, gonorréia, blenorréia. blenorragia, cubões, moléstias nas extremidades das pernas e braços, frátúras, torceduras, reumatismo, eô ta. ciática, varizes, calos, pés sujos, cravos, morfeia, bexigas, tinha, e ri­sipela, feridas, tum ore; , úlceras, fe ridas recenies, feridas estacionarias, cancros, aneurism a, tétano, kisto. cachexia e rachitis, nevralgias, insó­nia, sonolência, loucura e 'd e lírio , apoplexia, hidrofobía e biofobía.

L IS B O A

HENRIQUE BREGANTE TORRESEDITOR,

E . de S . B en to , 279

A V I T I M A D E U M F R A D E r o m a n c e h i s t o r i c o — A S A N T A I N Q U I S I Ç Ã O e m o c i o n a n t e r o r $ p n c e — O A M O R D O S A M O R E S n o v é l a d e c o s t u m e — O S S E G R E D O S D A H O N R A , r o m a n c e d e g r a n d e sens - a - ç ã o — O L I V R O D A M U L H E R a r e v i s t a m a i s u t i l ás

d o n a s d e c a s a , 2 0 c e n t a v o s c a d a t o m o .

EM P R E P A R A Ç Ã O :A I N Q U I S I Ç Ã O E M P O R T U G A L g r a n d e r o m a n c e h i s t o r i c o , 10 c e n t a v o s c a d a t o m o — A m u l h e r e m ?ua c a s a , O M A N U A L D A C O S I N H E I R A , 2 0 c e n t a v o s

c a d a t o m o

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Manuel fíoinrnqos Ihia n c c o

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Q u e m p r e t e n d e r r e a l i ­s a r a l g u m n e g o c i o p ó d e d i r i g i r - s e a o s e u e s c r i t o r i o d e f r o n t e d a E s t a ç ã o d o - C a m i n h o s d e F e r r o — A i ­d e g a l e g a .

L i q u i d a m - s e c o n t a s t o ­d o s o s d o m i n g o s d a s 01

A ’ v e n d a n a Biblioteca do Povo. H e n r i q u e B r e g a n t e T o r r e s , R u a d e S . B e n t o , 2 7 9

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U n i c o r e p r e s e n t a n t e d a c a s a d a s c é l e b r e s m á q u i n a s d e c o s e r M E M Ó R IA e d a s a f a m a d a s b i c i c l e t a s C/é- ment, Grit\ner e Memória e m o t o c i c l e t a s F . N. 4 ci­l i n d r o s .

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N ’e s t e n o v o e s t a b e l e c i m e n t o e n c o n t r a o e x m0 p ú b l i c o , p e l o s p r e ç o s m a i s c ó m o d o s , o s e g u i n t e : M ó ­v e i s d i v e r s o s , m á q u i n a s d e c o s t u r a , r e l o g i o s e g r a m o ­f o n e s a p r e s t a ç õ e s e a p r o n t o p a g a m e n t o c o m g r a n ­d e s d e s c o n t o s . G r a n d e v a r i e d a d e e m d i s c o s d e o ,11,25 c o m d u a s f a c e s , m u i t o b e m g r a v a d o s , d e s d e 32 c e n t a ­v o ? .

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