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MAPEAMENTO DE PROCESSO: Um Estudo de Caso do Mapeamento do Processo do Beneficiamento do Algodão na Agropecuária MAP
Octaviano Heraclio Duarte1
Zainun Viana Taha2
Sandra Bohm3
RESUMO
Mapeamento de processos descreve como são realizadas as atividades e como elas se relacionam, deixando de forma clara para todos os envolvidos como se realiza o processo. O algodão é uma fibra que possui uma participação significativa no PIB do agronegócio brasileiro. O presente artigo tem por objetivo apresentar o mapeamento do processo do beneficiamento de algodão por meio do método indutivo, e teve como base uma pesquisa qualitativa na forma de um estudo de caso. Os conceitos de mapeamento de processos foram utilizados de forma prática na Agropecuária MAP, através da descrição detalhada do processo e fluxogramas gráficos. Uma revisão bibliográfica foi realizada, apresentando os principais tópicos a respeito do tema estudado, com foco no Mapeamento dos Processos, Fluxogramas e Beneficiamento do Algodão. Foram apresentados como são realizadas as atividades, desde a entrada do algodão em caroço, seu processamento e a saída do algodão em pluma, gerando oportunidade para estudos futuros para a análise e identificação de melhorias no processo.
Palavras Chave: Mapeamento de Processo. Beneficiamento de Algodão. Fluxograma.
1 INTRODUÇÃO
O beneficiamento do algodão é uma operação prévia à industrialização têxtil e
consiste na separação da fibra das sementes por processos mecânicos, buscando-
se manter as características intrínsecas da fibra e conferir, ao algodão, boa
qualidade comercial; contudo, a falta de cuidado no manejo da lavoura, no processo
de colheita e no manejo do algodão até a algodoeira, pode proporcionar um produto
com impurezas diversas e indesejáveis pela indústria têxtil, de forma que a remoção
desses contaminantes dificulta e onera significativamente o beneficiamento
1 Acadêmico do sétimo semestre do curso de Administração, sob orientação da Professora Me. Sandra Bohm. Brasil. e-mail: [email protected].
2 Acadêmico do sétimo semestre do curso de Administração, sob orientação da Professora Me. Sandra Bohm. Brasil. e-mail: [email protected].
3 Mestre em Engenharia de Produção pela UFSM. Professora do Curso de Administração. [email protected].
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refletindo-se, muitas vezes, em deságio no preço final do fardo (ODILON; et al,
2010).
O algodão possui uma representatividade expressiva no PIB do agronegócio
brasileiro “Chegou se ao Produto Interno Bruto (PIB) do setor algodoeiro para o ano
agrícola de 2010/2011 em um valor estimado de US$ 19,19 bilhões de dólares. Esse
valor é superior ao PIB de muitos países” (LIMA; et al, 2012).
O desenvolvimento tecnológico dos processos de produção também refletiu
nos sistemas de beneficiamento do algodão. Isso possibilitou o desenvolvimento
comercial da cultura do algodão.
Os desafios da gestão da produção implicam em vários fatores que são
responsáveis pela otimização de uma produção consciente, tais como a logística
interna dos fardos, controle dos fardões, carregamento do caroço e na busca
constante de manter um baixo índice de desperdício. O processo de beneficiamento
de algodão é complexo, pois existem vários fatores que interferem diretamente no
resultado do fio e para que se tenha um bom beneficio é necessário um
acompanhamento diário visando verificar as possíveis melhorias no processo.
Outra questão que se encaixa nesse contexto é a remuneração do
beneficiador do algodão, ou seja, do proprietário da algodoeira que recebe seu
pagamento por meio do caroço beneficiado e algumas vezes partes da pluma
beneficiada como explica Neves e Pinto (2012, p.7):
Os produtores que não possuem algodoeiras não mais vendem o algodão em caroço aos beneficiadores. Eles recorrem aos serviços prestados pelos produtores que possuem as usinas, sendo que na maioria dos casos o pagamento é feito pelo sistema de “scambo”, com a algodoeira ficando com o caroço beneficiado, principalmente, ou até mesmo com uma pequena parte da pluma.
Baseando se no impacto que o algodão possui no PIB agropecuário brasileiro,
na complexibilidade dos processos de beneficiamento, pelo risco de prejuízos,
considerando as margens baixas de lucro somando a oscilação do preço do algodão
em caroço, acreditamos ser de grande importância mapear os processos para evitar
desperdícios, assim acumulando prejuízos.
A empresa escolhida para o estudo de caso foi Agropecuária MAP,
possuidora de 20 usinas de beneficiamento de algodão no estado do Mato Grosso e
detentora da maior capacidade de beneficiamento instalada no estado. A unidade
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escolhida para o estudo, localiza se em Lucas do Rio Verde – MT, sendo a primeira
usina fundada pela empresa no Mato Grosso e complementando Reetz; et al. (2013,
p. 61) ”Estado do Mato Grosso é líder na produção e na exportação do algodão, com
mais de 50% dos números totais do Brasil”,
Tendo como problemática: Como é o processo de beneficiamento do algodão
na Agropecuária MAP? Retratamos nesse trabalho o mapeamento do processo de
beneficiamento do algodão, e identificando seus processos operacionais.
Justifica se esse estudo pela importância de se conhecer a fundo o processo
no qual se trabalha, pois com o mapeamento dos processos e os fluxogramas é
possível identificar oportunidades de melhorias e gargalos operacionais.
Para o administrador é fundamental obter as informações por completo das
atividades da empresa, o mapeamento dos processos agregado aos fluxogramas
retrata essa visão de uma maneira simples e direta.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Mapeamento dos Processos
Para Gomes (2009, p.27) mapeamento de processo é:
O mapeamento de processo é uma técnica usada para detalhar o processo de negócios focando os elementos importantes que influenciam em seu comportamento atual. A orientação do fluxo dos processos é importante porque transforma um simples layout de máquinas dentro de uma fábrica em uma série de processos, tentando reduzir distâncias entre operações, melhoras o aproveitamento do espaço e diminui o tempo de produção.
Mapeamento de processos pode ser definido, conforme mencionado por
Cheung; Bal (1998) como sendo uma técnica de orientação para desenvolvimento,
projeto ou avaliação dos processos existentes em um determinado setor,
departamento ou, até mesmo, uma organização inteira.
Mapeamento de processo foi definido por Mello; Salgado (2005, p.25):
O gerenciamento de processos só se faz presente quando se visualiza o mesmo. Para que tal visualização seja possível, é necessário que o mapeamento seja realizado, representando as diversas tarefas necessárias e a sequência que as mesmas devem ser executadas de forma a realiza e entregar, com qualidade, um
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produto ou serviço.
Maximiano (2000) cita enfoque sistêmico como sendo um sistema de ideias,
que pode ser entendido como filosofia ou forma de produzir, interpretar e utilizar
conhecimentos, podendo ser aplicado em todas as áreas da organização, além de
ser um método de resolver problemas e organizar conjuntos complexos de
componentes.
Do modo como é conhecido hoje, Hunt (1996) afirma que o mapeamento de
processo foi desenvolvido e implementado pela General Eletric como parte
integrante das estratégias de melhoria significativa do desempenho, onde era
utilizado para descrever, em fluxogramas e textos de apoio, cada passo vital dos
seus processos de negócio.
Para Slack; Chambers; Johnston (2009, p. 101) “Mapeamento de processos
envolve simplesmente a descrição de processos em termos e como as atividades
relacionam-se umas com as outras dentro do processo.” Assim Entendemos que
mapeamento de processos se caracteriza por detalhar as atividades de um processo
e seus relacionamentos.
Podemos considerar que a definição de um processo é a sua descrião, seu
detalhamento, “Processo pode ser definido como a ordenação especifica das
atividades de trabalho no tempo e no espaço, com começo, um fim, inputs e outputs
claramente identificados.” (DAVENPORT, 1994, p.7).
“Quando estamos em uma linha de produção, temos a sensação de todas as
unidades produzidas são exatamente iguais. Contudo, olhando com um pouco mais
de cuidado, descobrimos que elas não são tão iguais assim.” (COSTA; EPPRECHT;
CARPINETTI, 2013, p. 22), com isso fica claro a importância de mapear os
processos de produção para que o produto seja o mais padronizado possível
garantindo sua qualidade, nesse mesmo sentido Martins; Laugeni (2005, 64) frizzam
esse conceito de padronização, “Com o advento da Revolução Industrial, surge a
necessidade de padronização dos produtos e processos.
2.2 Beneficiamento do Algodão
O Algodão é um cultura produzida a muito anos atrás no mundo como cita
Barbosa (2005, p. 587):
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O algodão é conhecido no mundo desse os mais remotos tempos. Em escavações arqueológicas, pesquisadores encontraram vestígios de tecidos de algodão de uma era anterior a Cristo. Peru, Egito, Sudão e toda Ásia menor já utilizava o algodão como produto de primeira necessidade. Na Europa, os árabes foram os primeiros a fabricarem tecidos e papeis com essa fibra.
No Brasil o algodão começou a ser cultivado pelos indígenas como explica
Beltrão (2003, p. 10) “Em nosso país, na época do descobrimento, os indígenas já
cultivavam o algodão e o convertiam em fios, para utilização na confecção de redes
e cobertores. A cultura começou no Norte e Nordeste”.
No estado do Mato Grosso teve a instalação de sua primeira usina de
beneficiamento na década de 1966 como cita Freire (2007, p. 22) “Em Mato Grosso,
a expansão inicial do algodão gerou a instalação da primeira usina de
beneficiamento na cidade de Rondonópolis, em 1966, conhecida como Algodoeira
Centro Oeste”.
A grande expansão do algodão no Mato Grosso ocorreu entre 1998 e 2004
como cita Ribas (2014, p. 12):
A partir de então, diversas outras foram implantadas, principalmente entre 1998 e 2004. Atualmente, o estado conta com, aproximadamente, 120 usinas de diversos modelos, entre antigas e modernas, que processam o ouro branco do Cerrado. Para a safra de 2010/11, segundo dados da AMPA, estas usinas atenderam uma área em torno de 670 mil hectares.
O beneficiamento é um dos processos mais importantes da cadeia de
produção e é muito dependente da colheita, assim explica Ribas (2014, p. 13):
O beneficiamento é um dos processos mais importantes da cadeia produtiva do algodão. Sua qualidade é totalmente dependente de uma colheita bem feita. Pensar em aumentar os seus rendimentos colhendo fora das normas recomendadas (principalmente de umidade do algodão, velocidade e ajustes) é um erro, pois tanto o custo do descaroçamento será elevado como a qualidade da fibra será reduzida.
Podemos considerar que o beneficiamento do algodão é parte de um
processo produtivo, como expõe Martins; Laugeni (2005, 2) “A função produção,
entendida como conjunto de atividades que levam a transformação de um bem
tangível em um outro com maior utilidade, acompanha o homem desde sua origem”.
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O beneficiamento do algodão é a primeira etapa para industrialização têxtil e
fundamental para agregar valor, para Chanselme (2012, p.192) “O Beneficiamento
do algodão consiste em separar a fibra do caroço. É a primeira etapa da
transformação do algodão, essencial para sua valorização”.
2.3 Fluxograma
Segundo Lins (1993), o fluxograma destina-se à descrição de processos. Um
processo é uma determinada combinação de equipamentos, pessoas, métodos,
ferramentas e matéria-prima, que geram um produto ou serviço com determinadas
características.
Fluxogramas são formas de representar, por meio de símbolos gráficos, a
sequência dos passos de um trabalho para facilitar sua análise. Sendo assim,
Peinado; Graeml (2007, p.69) explicam “Um fluxograma é um recurso visual utilizado
pelos gerentes de produção para analisar sistemas produtivos, buscando identificar
oportunidades de melhorar a eficiência dos processos”.
Para Oliveira (2009), fluxograma é uma técnica de representação gráfica que
se utiliza de símbolos previamente convencionados, permitindo a descrição clara e
precisa do fluxo ou sequência de um processo, bem como sua analise e redesenho.
O fluxograma apresenta uma série de vantagens, que podem ser resumidas em:
• Apresentação real do funcionamento de todos os componentes de um método produtivo. Esse aspecto proporciona e facilita a análise da eficiência do sistema;
• Possibilidade da apresentação de uma filosofia de administração, atuando, principalmente, como fator psicológico;
• Propiciar o levantamento e a análise de qualquer método produtivo desde o mais simples ao mais complexo, desde o mais específico ao de maior abrangência. (GRIMAS, 2008, p.3):
“O importante ao se fazer um fluxograma é ter em mente que ele é o meio. O
verdadeiro objetivo é montar o sistema que fique claro o papel de cada um”
(CAMPOS, 2004, p. 110), portanto o fluxograma deve ser feito de maneira simples e
de fácil entendimento.
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A análise do fluxograma se dá através de símbolos padronizados na maioria
das vezes, que servem para visualizar o fluxo de trabalho nas organizações (ROSA,
2006).
De uma maneira geral as pessoas possuem mais facilidade de identificar e de
se comunicar com representações gráficas, e é desta forma que deve ser montado o
fluxograma, como explica Mayer (1972, p.538):
A descrição do fluxograma de materiais afirma também que o esquema é uma representação gráfica. Isso significa que as informações nele contidas são registradas na forma de um diagrama, no qual o analista faz uso tanto das descrições verbais como simbólicas, para representar as varias atividades envolvidas no processo de estudo.
O resultado final dos fluxos de informação é normalmente, um mapa que
permite ao analista o perfeito entendimento a respeito dos caminhos seguidos pelos
dados e informações, suas origens e destinos e a qualidade de seu conteúdo,
incluindo o que for necessária adequação destes dados ou informações ao ambiente
de destino (RAMOS, 2006).
3 METODOLOGIA
A metodologia deve ajudar a explicar não apenas os produtos da investigação
científica, mas principalmente seu próprio processo, pois suas exigências não são
de submissão estrita a procedimentos rígidos, mas antes da fecundidade na
produção dos resultados (BRUYNE, 1991 p. 29).
O estudo foi baseado no método indutivo, porque se trata de um estudo
especifico do processo industrial em uma algodoeira, assim o leitor entenderá
melhor o processo de beneficiamento do algodão e as vantagens do beneficiamento
de qualidade.
Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam (LAKATOS;MARCONI, 1991, p.47).
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O estudo teve como base a pesquisa qualitativa, na forma de um estudo de
caso na Agropecuária MAP, foram realizadas visitas com objetivo de acompanhar o
processo produtivo.
A classificação da pesquisa com base nos objetivos é descritiva. Os estudos
de natureza descritiva propõem-se investigar o que é, ou seja, a descobrir
características de um fenômeno com tal. “Os estudos de natureza descritiva
propõem-se investigar o que é, ou seja, a descobrir características de um fenômeno
com tal. Nesse sentido, são considerados como objeto de estudo uma situação
específica, um grupo ou um individuo” (RICHARDSON, 2010, p.71).
Foram realizadas observações no decorrer do mês de abril de 2015
diretamente na operação com a finalidade de registrar os acontecimentos em tempo
real e de retratar o contexto dos processos através de fluxogramas.
A coleta de dados foi realizada diretamente na Agropecuária MAP observando
e registrando todos os processos envolvidos no beneficiamento do algodão.
Os dados foram organizados por processo para verificar se há algum erro ou
distorção da pesquisa poderia influenciar no resultado final. Foram criados
fluxogramas com os dados obtidos para se chegar ao resultado esperado.
Os dados foram analisados por meio de fluxogramas e descrições dos
processos, com isso tivemos uma melhor compreensão para avaliar como é
realizado o trabalho de beneficiamento do algodão na Agropecuária MAP.
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
4.1 A Empresa
O estudo de caso foi realizado na Agropecuária MAP Ltda. que está
localizada no estado do Mato Grosso, atuando no ramo de beneficiamento de
algodão. Especializada na montagem de conjunto de maquinários, de prestação de
serviço e parcerias para o benefício de algodão em caroço.
A empresa preocupa-se com a eficiência e qualidade do beneficiamento do
algodão. Realiza modificações e implantação de melhorias nos maquinários com o
intuito de extingue problemas no beneficiamento como a poeira e a fuligem. Além de
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buscar o melhor desempenho das máquinas, garantindo alta produtividade é
melhores tipo de classificação de algodão em pluma.
Ao longo dos últimos anos a Agropecuária MAP investiu seus recursos em
melhoramento visando sempre satisfazer as necessidades dos seus parceiros.
Fazendo parcerias de sucesso e que garante um quadro de funcionários altamente
qualificado com vasta experiência no setor.
Nos períodos de pico de trabalho que acontece julho a setembro a
Agropecuária MAP em Lucas do Rio Verde – MT chega a trabalhar com até 60
colaboradores, sendo 30 em cada turno.
Na safra de 2013/2014 beneficiou 33 mil “fardinhos”, o que representa
6.400.000 kg de pluma beneficiada e 2.500 hectares de cultivo de algodão, com
rendimento de 41%, ou seja, 69% representam caroço e impurezas. A Agropecuária
MAP é composta pelo layout de produção apresentado pela figura 1.
Figura 1 – Layout de Produção Agropecuária MAP
Fonte: Adaptado de Busa (2015).
De acordo com a figura 1 é possível identificar o processo como um todo do
beneficiamento do algodão onde este é basicamente mecânico com poucas
interferências humanas.
4.2 Processo Produtivo
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O processo de beneficiamento começa com a chegada do algodão à
algodoeira em forma de rolo, ao entrar no local o vigia analisa se existe alguma
avaria que vai comprometer o benefício e informa ao balanceiro a quantidade de
“rolinho”, após isso o balanceiro recebe o comprovante do caminhoneiro referente ao
talhão enumera cada ‘‘rolinho’’, após a verificação ser feita o algodão é lançado no
sistema e vai para o pátio demarcado ao produto do produtor correspondente,
quando chega a hora do processamento do produto ele é carregado com a pá-
carregadeira até a pista da piranha alinhado uma a uma , nesta pista temos a
capacidade de 8 rolinhos, abaixo apresentado pelo fluxograma (figura 2).
Figura 2 - 1º Fase - Chegada do Algodão a Agropecuária MAP
Fonte: Elaborado pelos pesquisadores (2015).
Na segunda fase do processo são realizadas as seguintes etapas, o processo
é iniciado pela piranha onde existem 9 rolos com vários pinos que ao rodar faz com
que uma parte das impurezas fiquem no chão e o algodão ainda bastante sujo por
uma esteira seja transportado até um determinado lugar onde é sugado por sucção
em um processo que é conhecido como Hot Box, após esse processo o algodão
será secado a um ar quente que será produzido por um ventilador, assim mais um
pouco da sujeira verde e de maior tamanho irá cair e o algodão estará um pouco
mais limpo para o próximo processo, que será o Limpador Inclinado que nada mais é
do que 7 rolos que transportam o algodão por mais ou menos 3 metros e os galhos
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grandes serão fixados a ele tornando o algodão mais puro, após esse processo o
algodão ira para dois limpadores que com um ar quente faz com que o algodão tome
uma forma de manta já com pouca sujeira, através de uma válvula de vácuo o
algodão passara por mais dois limpadores para garantir a qualidade do algodão sem
desgastar a qualidade da fibra, a figura 3 demonstra o fluxograma.
Figura 2 - 2º Fase – Processo de Beneficiamento parte 1
Fonte: Elaborado pelos pesquisadores (2015).
Na parte 2 da 2ºfase do processo de beneficiamento o algodão será
transportado por sucção até o descaroçador que irá retirar o caroço do algodão
através do descaroçador, o caroço cai em uma rosca e através da mesma será
transportado até uma tubulação que por sucção irá para o armazém, já o algodão
depois de descaroçado irá para o Smart Jet para retirar as sujeiras pequenas que
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ainda comprometem a qualidade do fio e isso acontece através de uma grelha com
sucção que irá sugar as pequenas impurezas, depois ela vai para o limpador de
pluma caso o algodão não esteja no padrão ideal após a avaliação após todos esses
processos ele é prensado por um Smart Box e fica com fardos que terá como média
200kg sendo fixado com 6 arames, pesado, ensacado e etiquetado ficando a
disposição para ser classificado, vendido e embarcado, a figura 4 apresenta o
processo pelo fluxograma.
Figura 4 - 2º Fase – Processo de Beneficiamento parte 2
Fonte: Elaborado pelos pesquisadores (2015).
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apresentamos nesse trabalho o mapeamento do processo de beneficiamento
do algodão da Agropecuária MAP, utilizando a metodologia de fluxogramas gráficos
e descrevendo seus processos, até então trabalho nunca realizado pela empresa.
O resultado esperado deste trabalho foi atingido, respondendo a
problemática. Apresentado por meio de descrição dos processos e por fluxogramas
gráficos, esse objetivo foi conquistado com visitas a empresa, acompanhamento do
processo de beneficiamento do algodão in loco.
Esse mapeamento irá contribuir para Agropecuária MAP, pois com ele será
possível avaliar o processo, identificando lacunas de oportunidade para buscar a
melhoria em seus processos de beneficiamento do algodão.
O resultado obtido nesse trabalho gerou oportunidade para estudos futuros
mais abrangentes, como apontamentos das lacunas de oportunidades e gargalos do
processo.
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