LA VALORACIÓN DE AMADO ALONSO DE LA VARIEDAD RIOPLATENSE DEL ESPAÑOL

ELVIRA N . D E A R N O U X

R O B E R T O B E I N

Universidad de Buenos Aires

R E S U M E N

A m a d o Alonso, atento observador de las variedades lingüisticas, se preo­cupó tempranamente por el problema de la norma deb ido a su interés por el campo educativo. Si b ien en El problema de la lengua en América (1935) su valoración del español rioplatense es negativa, pocos años después hace una consideración elogiosa, al menos en lo que respecta a la acción lingüística fu tu ­ra de la Argentina, en artículos en el diar io La Nación (1940), reunidos junto con otros trabajos en La Argentina y la nivelación del idioma (1943). En nues­tro artículo intentamos explicar su cambio de posic ión n o solo por mot ivos per­sonales, sino sobre todo por una acentuación del aspecto sociocultural de su pensamiento l ingüístico, que encuentra nuevos estímulos en la potenciación de Buenos Aires c o m o centro editorial , la acción mult ip l icadora de las nuevas tec­nologías de la palabra y la aparición de preocupaciones terminológicas en ins­tituciones públicas.

P A L A B R A S CLAVE

Ideas sobre el lenguaje. Norma. Variedad. Terminología. Tecnologías de la palabra.

A B S T R A C T

A m a d o Alonso, careful observer o f l inguistic varieties, was early concerned w i t h the p r o b l e m of the n o r m , due to his interest in the educational f ie ld. A l though in El problema de la lengua en América (1935) his assessment o f the Spanish language f r o m the Río de la Plata region is negative, a f e w years later, it changed to a favorable one, at least in relation to Argentina's future l inguis­tic action . This posit ive appraisal can be seen in some articles publ ished at La

CAUCE, Rivista de Filología y su Didáctica, n° 18-19. 1995-96 / págs. 183-194

1 8 3

ELVIRA N. DE ARNOUX Y ROBERTO BEIN

Nación newspaper (1940), gathered w i t h other essays in La Argentina y la nive­lación del idioma (1943). I n our article w e try to f ind out an explanat ion o f the shift in his approach not only in personal reasons but, above all , in a stress o n the sociocultural aspect o f his l inguistic thought , that f o u n d n e w st imul i in Buenos Aires becoming a new publ ish ing centre, in the mu l t ip ly ing action o f n e w w o r d technologies and in the coming of terminological concerns in publ ic institutions.

K E Y W O R D S

Ideas o n languaje. Norm. Variety. Terminology. Word technologies.

RÉSUMÉ

A m a d o Alonso, observateur attentif des variétés l inguistiques, s'est tôt pré­occupé d u problème de la norme à cause de son intérêt à l 'éducation. Bien que dans El problema de la lengua en América son évaluation de l'espagnol d u Rio de la Plata soit négative, peu d'ans plus tard il en fait une estimation favo­rable, au moins en ce q u i concerne 1' act ion langagière future de l 'Argentine, dans des articles publiés au journal La Nación (1940), recueill is avec d'autres travaux à La Argentina y la nivelación del idioma (1943). Dans notre article nous essayons d'expl iquer ce changement n o n seulement par des motivat ions personelles mais aussi surtout par une intensif ication de l'aspect socioculturel de ses idées sociolinguistiques, renforcé par l 'expansion de Buenos Aires comme centre d'éditions, l 'action mult ipl icatr ice des nouvelles technologies de la parole et le surgissement des préoccupations terminologiques dans des insti­tutions publ iques.

MOTS-CLÉ

Idees sur le langage. Norme. Variété. Terminologie . Technologies de la parole.

E n 1 9 2 7 , a ñ o e n q u e A m a d o A l o n s o a s u m e la d i r e c c i ó n d e l I n s t i t u t o

d e F i l o l o g í a d e la U n i v e r s i d a d d e B u e n o s A i r e s , J o r g e L u i s B o r g e s p r o ­

n u n c i a s u c o n f e r e n c i a «El i d i o m a d e l o s a r g e n t i n o s » , d o n d e p r o p o n e

r e c u p e r a r e n la e s c r i t u r a e l t o n o d e l a v o z , e s c r i b i r « c o m o l o h i c i e r o n

n u e s t r o s m a y o r e s » , q u e « e s c r i b i e r o n e l d i a l e c t o u s u a l d e s u s d ías» .

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LA VALORACIÓN DE AMADO ALONSO DE LA VARIEDAD RIOPLATENSE DEL ESPAÑOL

«Escr iba c a d a u n o s u i n t i m i d a d » e s e l i m p e r a t i v o f i na l , p o r q u e «ese n o

e s c r i t o i d i o m a a r g e n t i n o e s e l d e n u e s t r a p a s i ó n , e l d e n u e s t r a c a s a , e l

d e la c o n f i a n z a , e l d e la c o n v e r s a d a a m i s t a d » .

E n 1 9 3 5 A m a d o A l o n s o d e d i c a s u « P r o b l e m a a r g e n t i n o d e l a l e n g u a » 1

a J o r g e Lu i s B o r g e s , « c o m p a ñ e r o e n e s t a s p r e o c u p a c i o n e s » . P e r o al l í d e s ­

l i n d a «el h a b l a d e u n a m i n o r í a c u l t a p o r t e ñ a » , e s e « c a s t e l l a n o g e n e r a l c o n

t i m b r e p r o p i o » , e n e l q u e s e b a s a «la l e g í t i m a l e n g u a l i t e r a r i a a r g e n t i n a » ,

d e l « h a b l a r d e la m a s a d e c u l t u r a m e d i a » , e s d e c i r , «la m a y o r í a d e l o s p r o ­

f e s i o n a l e s , d e l o s e m p l e a d o s , d e l o s c o m e r c i a n t e s y d e s u s f a m i l i a s y

h a s t a e n l o s p r o f e s o r e s » , c u y a « l e n g u a o r a l n o t i e n e s u f i c i e n t e c a l i d a d » .

C o n s i d e r a q u e a q u e l a l q u e d e s i g n a c o m o « e s c r i t o r - m a s a » ( c a t e g o r í a for ­

m a d a n o s o l o p o r «el p o e t a m e d i o c r e , e l o s c u r o c u e n t i s t a , e l p e r i o d i s t a

a n ó n i m o , s i n o t a m b i é n e l m é d i c o q u e p u b l i c a s u m o n o g r a f í a , e l a b o g a ­

d o s u s p a n f l e t o s y e l p o l í t i c o s u s m a n i f i e s t o s » ) e s t á d e s a m p a r a d o , y a q u e

e n c u e n t r a q u e «su l e n g u a o r a l e s u n i n s t r u m e n t o e s t r o p e a d o , i n a d e c u a d o

p a r a la e x p r e s i ó n m á s r e s p o n s a b l e y m á s e x i g e n t e d e la a c t i t u d l i te rar ia» ,

y , p o r o t r a p a r t e , n o h a r e c i b i d o « u n a e d u c a c i ó n s u f i c i e n t e e n s u p r o p i a

l e n g u a escr i ta» . La v a l o r a c i ó n d e la l i t e r a t u r a f r e n t e a o t r o s g é n e r o s d i s ­

c u r s i v o s e s p a r a l e l a a la d e l e s c r i t o r c o m o i n d i v i d u a l i d a d c r e a d o r a r e c o ­

n o c i d a r e s p e c t o d e o t r o s p r o f e s i o n a l e s d e la p a l a b r a . A s í c o m o la l e n g u a

l i t e r a r i a d e b e s e r la n o r m a e s c r i t a , e l h a b l a d e la m i n o r í a c u l t a d e b e s e r

la d e la l e n g u a o r a l . U n a y o t r a , a p e s a r d e s u s m o d u l a c i o n e s p r o p i a s , s e

a c e r c a n a la « l e n g u a g e n e r a l » , b a s e d e la u n i f i c a c i ó n d e l i d i o m a .

B o r g e s b u s c a n a t u r a l i z a r la n o r m a a p a r t i r d e l u s o p r o p i o , a l q u e

d e s i g n a «el i d i o m a d e l o s a r g e n t i n o s » ; A l o n s o m u e s t r a q u e e s t e n o e s

h o m o g é n e o , s i n o q u e , a d e m á s d e l a s d i f e r e n c i a s e n t r e B u e n o s A i r e s y e l

i n t e r i o r , c o n t e m p l a u n u s o l e g í t i m o , p r o p i o d e l o s g r a n d e s e s c r i t o r e s y

d e la m i n o r í a c u l t a , y o t r o , d e f e c t u o s o , e l d e l « p o r t e ñ o m a s a » . A s í c o m o

e l g r u p o p r i v i l e g i a d o h a a d q u i r i d o l a n o r m a p o r u s o , l o s o t r o s d e b e r á n

a p r e n d e r l a « p o r ar te», e s d e c i r , a t r a v é s d e l a e d u c a c i ó n , c u y o m o d e l o

d e b e r á se r , c o m o s e ñ a l a m o s , la l e n g u a g e n e r a l .

E n a m b a s f o r m u l a c i o n e s r e s u e n a n l o s e c o s s e c u l a r e s d e l a s v o c e s d e

N e b r i j a y V a l d é s . E s t e ú l t i m o , c a r a c t e r i z a d o p o r P a c h e c o c o m o « h o m b r e

c r i a d o e n e l R e i n o d e T o l e d o y e n la c o r t e d e S p a ñ a » c o n s i d e r a b a «cosa

f u e r a d e p r o p ó s i t o » q u e s e l e q u i s i e r a « d e m a n d a r c u e n t a d e l o q u e e s t á

f u e r a d e t o d a c u e n t a » , e s d e c i r , la l e n g u a c a s t e l l a n a n o a p r e n d i d a p o r a r t e

s i n o « p o r e l u s o c o m ú n d e l h a b l a r » . P o r e s o e s c r i b i ó s u s c a r t a s c o m o

1. Primer capítulo de El problema de la lengua en América, Madrid, Espasa-Calpe,

1 8 5

1935.

ELVIRA N. D E A R N O U X Y R O B E R T O BEIN

h a b l a b a , o p t ó p o r la c o n v e r s a c i ó n c o m o f o r m a d e e x p o n e r s u s i d e a s y

u t i l i z ó e n a p o y o d e l a s m i s m a s l o s r e f r a n e s . N e b r i j a , q u e s e g ú n V a l d é s «no

a l c a n z a b a la v e r d a d e r a s i g n i f i c a c i ó n d e l c a s t e l l a n o p o r q u e é l e r a d e

A n d a l u c í a , d o n d e la l e n g u a n o e s t á m u y p u r a » , d e c i d i ó « r e d u c i r e n ar t i f i ­

c i o e s t e n u e s t r o l e n g u a j e c a s t e l l a n o » p a r a q u e a s í t o d o s a q u e l l o s « q u e t i e ­

n e n n e c e s s i d a d d e n u e s t r a l e n g u a , si n o v i e n e n d e s d e n i ñ o s a la d e p r e n ­

d e r p o r u s o , p o d r á n la m á s a h i n a s a b e r p o r e s t a m i o b r a » («mi Arte») .

P o r u n l a d o , l o s u s u a r i o s d e u n h a b l a p r e s t i g i o s a d e s d e ñ a n t o d a

f o r m a d e n o r m a t i v a e x p l í c i t a e i d e n t i f i c a n s u v a r i e d a d c o n la l e n g u a

n a c i o n a l o c o n la l e n g u a g e n e r a l . P o r e l o t r o , l o s q u e s o n c o n s c i e n t e s d e

la d i f e r e n c i a c i ó n s o c i a l b u s c a n d i f u n d i r u n m o d e l o q u e f u n c i o n e c o m o

p a t r ó n d e l a s p r á c t i c a s l i n g ü í s t i c a s , c o m o p u n t o d e r e f e r e n c i a q u e p e r ­

m i t a e v a l u a r l a s y d e c i d i r e n c a s o d e d u d a s . A m a d o A l o n s o , s i b i e n i d e ­

a l i z a b a la s i t u a c i ó n e s p a ñ o l a ("El e q u i l i b r i o e n t r e t e n d e n c i a s v u l g a r e s y

t e n d e n c i a s c u l t a s s e m a n t e n í a e n E s p a ñ a g r a c i a s a u n s e n t i d o u r b a n o y

cortés d e la l e n g u a q u e h a i d o s i n c e s a r i m p o n i é n d o s e a l s e n t i d o r ú s t i ­

c o " ) , y la c o n t r a p o n í a , p o r s u e s t r e c h a r e l a c i ó n e n t r e l e n g u a o r a l y l e n ­

g u a e s c r i t a , a la a r g e n t i n a , a p a r t i r d e s u c o n o c i m i e n t o d e l a s v a r i e d a d e s

a m e r i c a n a s y d e s u c o n v e n c i m i e n t o d e q u e «el r a s g o m á s p e c u l i a r d e l

c a s t e l l a n o p o r t e ñ o e s e l a f l o j a m i e n t o d e t o d a n o r m a » , o p t a p o r u n a p o s i ­

c i ó n g l o t o p o l í t i c a d i r i g i s t a , q u e i m p o n g a a la s o c i e d a d e n s u c o n j u n t o l a

l e n g u a e s c r i t a g e n e r a l y la l e n g u a o r a l c u l t a . P e r o la a p r e c i a c i ó n s o b r e e l

s e n t i d o y l o s a l c a n c e s d e d i c h a p o l í t i c a d i f e r i r á , e n s u s a r t í c u l o s d e 1 9 4 0 ,

p u b l i c a d o s e n e l s u p l e m e n t o l i t e r a r i o d e l d i a r i o La Nación2, d e la p o s i ­

c i ó n a d o p t a d a e n s u t r a b a j o d e 1 9 3 5 .

L A S P O S I C I O N E S SOBRE EL CASTELLANO RIOPLATENSE

E n El problema de la lengua en América, A m a d o A l o n s o s e ñ a l a b a :

No hay siquiera necesidad de preguntarse si la gente habla aquí mejor castellano que los l imeños o los mejicanos o los madri leños; Buenos Aires ha estropeado y desnacionalizado la lengua culta de su p r o p i o país,

2. -La Argentina en la dirección inmediata del idioma», «De cómo se cumplirá el influjo argentino en la lengua general» y «Las academias y la unificación del idioma» fue­ron publicados el 4, el 11 y el 18 de agosto de 1940, respectivamente, y constituyeron luego los tres primeros capítulos de La Argentina y la nivelación del idioma, Buenos Aires, Institución Cultural Española, 1943.

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LA VALORACIÓN DE AMADO ALONSO DE LA VARIEDAD RIOPLATENSE DEL ESPAÑOL

1 8 7

la lengua digna que se transparenta en la prosa de Sarmiento, de Avellaneda, de Juan María Gutiérrez, de Miguel Cañé.

C i n c o a ñ o s d e s p u é s , e n l o s a r t í c u l o s p u b l i c a d o s e n La Nación (cf.

n o t a 2 ) , s u v a l o r a c i ó n h a b í a c a m b i a d o c a s i p o r c o m p l e t o , y l o s i n i c i a b a

d i c i e n d o q u e

No se necesita ser temerario para predecir lo: la Argentina va a intervenir desde ahora en los destinos generales de la lengua de veinte naciones, en una p r o p o r c i ó n nueva y desde u n p u n t o de comando que hasta h o y n o ha tenido.

E n La Argentina y la nivelación del idioma a ñ a d í a :

En los l ibros argentinos ponemos nuestra mayor confianza para cooperar dignamente en la incesante formación de la lengua general.

U n a n á l i s i s s u p e r f i c i a l p o d r í a s e ñ a l a r q u e s i m p l e m e n t e h a b í a c a m ­

b i a d o la s i t u a c i ó n p e r s o n a l d e A m a d o A l o n s o : e n 1 9 3 5 h a b í a s i d o c o n ­

v o c a d o p o r e l M i n i s t e r i o d e E d u c a c i ó n n a c i o n a l p a r a i n t e g r a r l a c o m i ­

s i ó n p a r a la r e f o r m a d e l o s p r o g r a m a s d e c a s t e l l a n o y l i t e r a t u r a d e l a

e s c u e l a s e c u n d a r i a ; e n 1 9 3 9 , d e s d e s u p u e s t o d e d i r e c t o r d e l I n s t i t u t o d e

F i l o l o g í a H i s p á n i c a d e la U n i v e r s i d a d d e B u e n o s A i r e s - p u e s t o q u e o c u ­

p a b a d e s d e 1 9 2 7 - , h a b í a c o m e n z a d o a p u b l i c a r la Revista de Filología

Hispánica e n c o o p e r a c i ó n c o n e l H i s p a n i c I n s t i t u t e d e la U n i v e r s i d a d d e

C o l u m b i a ; e s e m i s m o a ñ o , f i n a l i z a d a la G u e r r a Civ i l e s p a ñ o l a , h a b í a

a d o p t a d o la c i u d a d a n í a a r g e n t i n a . La A r g e n t i n a c o n s t i t u í a , p u e s , u n l u g a r

d o n d e A l o n s o g o z a b a d e u n g r a n p r e s t i g i o p e r s o n a l y a c a d é m i c o y

d o n d e p o d í a p u b l i c a r y d i f u n d i r s u s i d e a s a t r a v é s d e la p r o d u c c i ó n p r o ­

p i a o d e s u s d i s c í p u l o s o d e t r a d u c c i o n e s e n c o l e c c i o n e s d i r i g i d a s p o r

é l . La Revista de Filología Hispánica m o s t r a b a s u a c c i ó n f o r m a d o r a d e

i n v e s t i g a d o r e s y la a d h e s i ó n d e e s t o s a s u s e n f o q u e s y s u p e r s o n a ; b a j o

s u d i r e c c i ó n , e l I n s t i t u t o s e h a b í a c o n s o l i d a d o c o m o c e n t r o i m p o r t a n t e

e n e l m u n d o d e la f i l o l o g í a y la l i n g ü í s t i c a . E n e s o s a ñ o s t a m b i é n e s c r i ­

b i ó , c o n P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a , s u Gramática castellana p a r a l a e s c u e ­

la s e c u n d a r i a , q u e g o z ó d e g r a n é x i t o . E n E s p a ñ a , e n c a m b i o , la G u e r r a

Civi l n o s o l o h a b í a r e d u c i d o la i n d u s t r i a e d i t o r i a l a s u m í n i m a e x p r e s i ó n ,

a la v e z q u e la G u e r r a M u n d i a l d i f i c u l t a b a la c i r c u l a c i ó n d e l i b r o s e n t r e

p a í s e s y c o n t i n e n t e s , s i n o q u e p r o b a b l e m e n t e m u c h o s d e l o s i n t e l e c t u a ­

l e s q u e h a b í a n q u e d a d o e n l a s u n i v e r s i d a d e s e r a n h o s t i l e s c u a n d o

m e n o s a l a s i d e a s l i n g ü í s t i c a s d e A l o n s o 3 . N a d a m á s n a t u r a l , e n t o n c e s ,

3. Basta recordar que en 1943 Alonso prologó elogiosamente una traducción ano­tada suya y de Raimundo Lida de la Filosofía del Lenguaje de Karl Vossler, mientras que

ELVIRA N. DE A R N O U X Y R O B E R T O BEIN

q u e c a m b i a r d e p u n t o d e v i s t a s o b r e la A r g e n t i n a y d e c l a r a r s u p o t e n ­

c i a l i d a d c o m o c e n t r o l i n g ü í s t i c o y c u l t u r a l d e l m u n d o h i s p á n i c o , c o n l o

c u a l A l o n s o , a d e m á s , d a b a r e a l c e a s u p r o p i a p o s i c i ó n , a u n q u e p a r a e l l o

t u v i e r a q u e m o d i f i c a r s u a p r e c i a c i ó n d e la s i t u a c i ó n .

P e r o e s t e a n á l i s i s n o t i e n e e n c u e n t a q u e e n e l c a m b i o d e p o s i c i ó n

d e A m a d o A l o n s o r e s p e c t o d e l c a s t e l l a n o p o r t e ñ o s e p u e d e e x p l i c a r ,

a d e m á s , p o r u n a a c e n t u a c i ó n d e l a s p e c t o s o c i o c u l t u r a l d e s u p e n s a ­

m i e n t o l i n g ü í s t i c o , q u e e n c o n t r ó n u e v o s e s t í m u l o s e n la p o t e n c i a c i ó n d e

B u e n o s A i r e s c o m o c e n t r o d e l a i n d u s t r i a e d i t o r i a l , la a c c i ó n m u l t i p l i c a -

d o r a d e l a s n u e v a s t e c n o l o g í a s d e la p a l a b r a ( l a r a d i o f o n í a y e l c i n e ) y

la a p a r i c i ó n d e p r e o c u p a c i o n e s t e r m i n o l ó g i c a s e n i n s t i t u c i o n e s p ú b l i c a s .

E n e s t o e s c e n t r a l t e n e r e n c u e n t a la t e n s i ó n e n t r e s u f i l o so f í a d e l l e n ­

g u a j e , p o r u n l a d o , y s u s e n s i b i l i d a d a n t e l o s c a m b i o s e n l a c u l t u r a m a t e ­

r ia l y s u v o l u n t a d d e e n c o n t r a r u n a c a u s a l i d a d s o c i a l d e l o s f e n ó m e n o s

l i n g ü í s t i c o s , p o r e l o t r o .

N O R M A E IDEAL D E L E N G U A

El p e n s a m i e n t o l i n g ü í s t i c o d e A m a d o A l o n s o e n e l t e r r e n o d e l a

n o r m a y e l i d e a l d e l e n g u a s e p u e d e r a s t r e a r , e n t r e o t r o s , e n e l p r ó l o g o

a s u e d i c i ó n d e la Filosofía del Lenguaje d e K a r l V o s s l e r . V o s s l e r d e s t a ­

c a b a s u a d h e s i ó n a la Estética^ d e C r o c e . C o m o s e s a b e , C r o c e d i s t i n g u e

d o s f o r m a s d e c o n o c i m i e n t o : e l i n t u i t i v o y e l l ó g i c o , e l c o n o c i m i e n t o d e

l o i n d i v i d u a l y e l d e l o u n i v e r s a l , y - a d i f e r e n c i a d e l o s p o s i t i v i s t a s - p o n e

s u a f á n e n d a r l e a l c o n o c i m i e n t o i n t u i t i v o , c o n e l q u e s e a p r e c i a n , e n t r e

o t r a s , l a s o b r a s d e a r t e , la m i s m a j e r a r q u í a q u e a l i n t e l e c t i v o ; c o n e l l o

a s u m e u n a p o s i c i ó n d e r a d i c a l a u t o n o m í a y l i b e r t a d i n d i v i d u a l e n la

e x p r e s i ó n a r t í s t i c a . P r e t e n d e r a p r e h e n d e r l a s o b r a s d e a r t e y la e x p r e s i ó n

e n g e n e r a l p o r m e d i o d e l a s l e y e s d e l a s c i e n c i a s c o n c e p t u a l e s e s e n t o n ­

c e s , d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e C r o c e , c a e r , p o r u n a p a r t e , e n e l e r r o r d e

todo lo que Antonio Tovar, en Lingüística y filología clásica - su situación actual (Revista de Occidente, 1944) tenía para decir sobre Vossler era que «la enunciación de una pre­tendida tendencia neoidealista por Karl Vossler -Idealismus und Positivismus in der Sprache- tropezó inmediatamente con una repulsa general entre indoeuropeístas y filó­logos clásicos».

4. Nuestras citas de la Estetica come scienza dell'espressione e Linguistica generale (1902) pertenecen a la versión castellana de Angel Vegue y Goldoni, Buenos Aires: Nueva Vision, 1969, revisada por León Dujovne.

1 8 8

LA VALORACIÓN DE AMADO ALONSO DE LA VARIEDAD RIOPLATENSE DEL ESPAÑOL

c o n f u n d i r e l a n á l i s i s s o c i o l ó g i c o , f í s i co , e t c . , c o n e l p r o p i a m e n t e e s t é t i ­

c o , y , p o r e l o t r o , e n e l d e p r e t e n d e r f o r z a r g e n e r a l i z a c i o n e s s o b r e e l

c a r á c t e r i n d i v i d u a l d e la e x p r e s i ó n .

La a p l i c a c i ó n d e e s t a s i d e a s a la l i n g ü í s t i c a l l e v a a C r o c e a p l a n t e a r

q u e la e s t é t i c a y la l i n g ü í s t i c a s o n u n a m i s m a c i e n c i a , p u e s a m b a s t i e n e n

p o r o b j e t o la e x p r e s i ó n . Y p a r a d i s t i n g u i r e n t r e e l h e c h o e s t é t i c o y e l

i n t e l e c t u a l e n la l e n g u a , c o m o e l d e la r e l a c i ó n e n t r e G r a m á t i c a y L ó g i c a ,

C r o c e p l a n t e a q u e «así c o m o la f o r m a l ó g i c a e s i n d i s o l u b l e d e la g r a m a ­

t i ca l ( e s t é t i c a ) , e s t a e s d i s o l u b l e d e a q u e l l a » . P o r e s o s e ñ a l a q u e

es falso que el nombre o el verbo se expresen con palabras determina­das, distinguibles realmente unas de otras. La expresión es u n todo ind i ­visible; el nombre y el verbo no existen en ella, sino que son abstrac­ciones forjadas por nosotros al destruir la única realidad lingüística, que es la proposición. La cual ha de entenderse, n o al m o d o acostumbrado de las gramáticas, sino como organismo expresivo de sentido completo , que comprende a la par una exclamación m u y simple y u n vasto poema.

D e t o d o e l l o i n f i e r e q u e n o t i e n e s e n t i d o e s t a b l e c e r l a s r e g l a s d e l

b u e n h a b l a r m e d i a n t e u n a g r a m á t i c a n o r m a t i v a , c u y a i m p o s i b i l i d a d «es

r e c o n o c i d a p o r l o s m i s m o s q u e la e n s e ñ a n , c u a n d o a d v i e r t e n q u e p a r a

e s c r i b i r b i e n n o h a y r e g l a s , q u e n o h a y r e g l a s s i n e x c e p c i ó n , y q u e e l

e s t u d i o s o d e la g r a m á t i c a d e b e g u i a r s e p r i n c i p a l m e n t e p o r l e c t u r a s y

e j e m p l o s q u e f o r m e n e l g u s t o l i t e ra r io» . El l u g a r q u e l e c o n c e d e a l a g r a ­

m á t i c a e s e l d e « m e r a d i s c i p l i n a e m p í r i c a , e s d e c i r , c o m o c o n j u n t o d e

e s q u e m a s ú t i l e s p a r a e l a p r e n d i z a j e d e l a s l e n g u a s , s i n p r e t e n s i ó n a l g u ­

n a d e v e r d a d f i losóf ica» .

E s v e r d a d q u e p a r t e d e e s t a s i d e a s s e r e e n c u e n t r a n e n A m a d o

A l o n s o :

(...) la lengua n o es u n organismo animal n i vegetal; no es n i n g ú n pro ­ducto natural, n i t iene en sí leyes autónomas n i condiciones de existen­cia ajenas a la intervención de los hablantes. El lenguaje n o pertenece a la Historia Natural sino a la Historia Humana. Una lengua ha sido lo que sus hablantes h ic ieron de ella, es lo que están haciendo, será lo que hagan de ella. Las llamadas leyes fonéticas, y cualquiera otra clase de leyes lingüísticas, n o son más que intentos de ordenación parcialmente logrados en su medio de intercomunicación p o r los hombres que c o m ­p o n e n una comunidad id ioma tica. (El problema...)

O t r a s , s i n e m b a r g o , e s t á n a b u e n a d i s t a n c i a d e s u s q u e j a s d e q u e

Conviv iendo con una minoría de argentinos que tiene cal idad idiomática y t imbre p r o p i o en su castellano, hay una mayoría demasiado grande que n o se preocupa lo bastante ni de la corrección n i de la prop iedad en el

1 8 9

ELVIRA N. DE ARNOUX Y ROBERTO BEIN

hablar, o sea, n i de la norma c o m o valor externo, supraindiv idual , social, n i de la norma como sentido interno, ( ibíd. ) ,

e n q u e aparece la norma d e s d e una c o n c e p c i ó n claramente social-aris-

tocrática inspirada por Ortega y Gasset 5 :

El ind iv iduo no tiene más remedio que ver la norma fuera de sí mismo, c o m o u n valor social que presiona sobre él y sobre sus conciudadanos. (...) Esto es lo que hace al ind iv iduo admit ir la existencia supraindiv idual de la norma y buscarla en aquellos grupos sociales más prestigiosos, ( ibíd.)

C o m o señalábamos, un texto para explicar la pos ic ión compleja de

A m a d o Alonso respecto de la norma -su negac ión crociana junto c o n la

afirmación orteguiana de su neces idad- es su pró logo a la obra de

Vossler. Surge de s u y o que a nuestros fines n o importa tanto la pos ic ión

real de Vossler, s ino la interpretación que de ella hace Alonso c o n rela­

c ión a la Estética de Croce:

Aunque Vossler fue empujado al tratamiento espiritualista del lenguaje por la lectura de Croce, y aunque de Croce ha heredado Vossler la con­sideración de lo estético como lo esencial y básico del fenómeno huma­no del lenguaje, el pensamiento f i losóf ico de Vossler en conjunto , c o m o sistema lógico y c o m o conexión e interdependencia de valores, era imprevisible desde la posic ión meramente esteticista de Croce. (...) Para Croce lo estético n o es sólo el más alto en la escala de los valores del lenguaje: es el único. Esta concepción fi losófica se condena a una segu­ra esteril idad científica: al exigir una lingüística del momento or iginal e ind iv idua l del lenguaje como ciencia del espíritu, invalida todo intento de lo que sea la lingüística de las lenguas, pues el acto intu i t ivo en su abso­luta singularidad y l ibertad, además de escapar a las condiciones de comprobac ión del conocimiento científ ico, queda ajeno a las lenguas constituidas como entidades funcionales y como sujetos de historia. (...) Por atender a la persona, Vossler ha p o d i d o comprender con profunda v is ión el fenómeno del lenguaje c o m o una estructura polar y m ó v i l , con­cepción que da íntima coherencia a todos sus ensayos f i losóficos, por diverso que sea el tema considerado, y que se expresa profusamente en las parejas de conceptos recíprocos que se l laman espíritu y cultura, i n d i ­v i d u o y sociedad, creación y evoluc ión, categorías psicológicas y grama­ticales, estilo y gramática, or ig inal idad y convención, l ibertad y determi­nación, innovar y continuar, menc ión y forma, poesía y acomodación

5. Recordemos que en La rebelión de las masas, que el propio Alonso cita, Ortega afirmaba «(...) es notorio que sustento una interpretación de la historia radicalmente aris­tocrática» (p. 76 de la 39 a ed., Madrid: Revista de Occidente).

1 9 0

LA VALORACIÓN DE AMADO ALONSO DE LA VARIEDAD RIOPLATENSE DEL ESPAÑOL

social. El bri l lante temperamento artístico de Vossler y su gustosa inc lu ­sión en la filosofía de Croce y de Vico (...) le hacen levantar emocional -mente el pr imer término de cada pareja de conceptos y rebajar el segun­d o como aceptando una triste forzosidad: vida y muerte, suele resumir. Pero esta apoyatura emocional de signo contrario n o debe despistarnos (...) sobre el valor lógico igualmente necesario que t ienen ambos extre­mos en la concepción vossleriana del lenguaje y la lingüística.

M á s a ú n , A l o n s o c o n t r a p o n e a V o s s l e r c o n S a u s s u r e , s e ñ a l a n d o q u e

m i e n t r a s q u e p a r a e s t e ú l t i m o e l a s p e c t o i n d i v i d u a l d e l l e n g u a j e e s «un

e s t o r b o » , p u e s t o q u e c o m o p o s i t i v i s t a c r e e q u e p a r a s e r c i e n c i a la l i n ­

g ü í s t i c a d e b e s o m e t e r s e a l a s n e c e s i d a d e s c u a n t i t a t i v a s d e l a s d e m á s

c i e n c i a s , p a r a e l p r i m e r o , q u e q u i e r e q u e l a l i n g ü í s t i c a s e a u n a c i e n c i a

d e l e s p í r i t u y q u e , p o r e n d e , n o t i e n e q u e a j u s t a r s e a l o m e c á n i c o - c u a n ­

t i t a t i v o , la r e l a c i ó n e n t r e l o i n d i v i d u a l y l o s o c i a l e s « u n a d u a l i d a d f u n ­

c i o n a n t e » :

La estructura polar que tiene el lenguaje en la concepción fi losófica de Vossler hace de una lengua, por u n lado, una perenne act ividad creado­ra de los indiv iduos y, por otro, la expresión y contenido de una cultura histórica.

La s a t i s f a c c i ó n q u e A l o n s o e x p r e s a a n t e e s t a « h o n d a y f e c u n d a c o n ­

c e p c i ó n d e l l e n g u a j e » , a n t e la c u a l i n c l u s o , c o m o h e m o s s e ñ a l a d o , p a s a

d e a d m i t i r q u e V o s s l e r a t r i b u y e la «mue r t e» a l s e g u n d o d e c a d a p a r d e

t é r m i n o s a c o n s i d e r a r q u e , a d i f e r e n c i a d e S a u s s u r e , p a r a V o s s l e r la d u a ­

l i d a d i n d i v i d u a l i d a d c r e a d o r a - s i s t e m a c u l t u r a l c o n v e n c i o n a l d e l l e n g u a j e

e s u n t o d o a r m ó n i c o , «lo m á s h e r m o s o y s u g e s t i v o q u e s o b r e e s t a p r o ­

v i n c i a d e l e s p í r i t u s e h a e s c r i t o e n l o q u e v a d e l s ig lo», n o s l l e v a a i n f e ­

rir, a t í t u l o d e h i p ó t e s i s , l a s s i g u i e n t e s i d e a s d e A m a d o A l o n s o c o n r e l a ­

c i ó n a la n o r m a .

A l o n s o i n t e n t a u n e q u i l i b r i o e n t r e e l a s p e c t o c r e a d o r , i n d i v i d u a l d e l

u s o d e l l e n g u a j e y s u s o m e t i m i e n t o a l a s n o r m a s c r i s t a l i z a d a s h i s t ó r i c a ­

m e n t e . P o r t a n t o , s e o p o n e a l c r i t e r i o d e q u e e s c o r r e c t o ú n i c a m e n t e l o

q u e d e t e r m i n a la A c a d e m i a ( « P u e s e s e v i d e n t e q u e l a s f o r m a s s o n c o r r e c ­

t a s a n t e s d e q u e la A c a d e m i a l a s i n s c r i b a , y a q u e la A c a d e m i a e s p e r a j u s ­

t a m e n t e a q u e s e a n c o r r e c t a s p a r a i n s c r i b i r l a s » ) ; p e r o a l m i s m o t i e m p o

c o n s i d e r a c o r r e c t a s a q u e l l a s f o r m a s q u e , f r u t o d e la c r e a c i ó n i n d i v i d u a l ,

h a n a d q u i r i d o p r e s t i g i o y d i f u s i ó n e n t r e l a s c a p a s c u l t a s d e la s o c i e d a d ,

l o c u a l s i g n i f i c a e x p r e s a m e n t e u t i l i z a r c o m o c r i t e r i o d e c o r r e c c i ó n e l

«va lor e s p i r i t u a l » d e u n f e n ó m e n o y n o s u d i f u s i ó n c u a n t i t a t i v a . E n 1 9 3 5 ,

A l o n s o a ú n p i e n s a q u e la n o r m a d e b e e s t a r e n m a n o s d e a q u e l l o s q u e

1 9 1

ELVIRA N. D E A R N O U X Y R O B E R T O BEIN

m á s c o n t r i b u y e n a l e s p l e n d o r d e la l e n g u a , e n t e n d i d o s o b r e t o d o e n t é r ­

m i n o s d e s u f i j a c i ó n p o r e s c r i t o y , e n e s p e c i a l , d e l i t e r a t u r a .

C A M B I O S SOCIALES Y NUEVAS T E C N O L O G Í A S

E n a q u e l m o m e n t o d e El problema..., A m a d o A l o n s o i n t e n t a e x p l i ­

c a r la d e s v a l o r i z a c i ó n g e n e r a l d e la n o r m a q u e o b s e r v a e n B u e n o s A i r e s

p o r e l a l u v i ó n i n m i g r a t o r i o q u e h a h e c h o q u e e n u n s i g l o la c i u d a d h a y a

p a s a d o d e c u a r e n t a y u n m i l h a b i t a n t e s a d o s m i l l o n e s y m e d i o :

¿ C ó m o se iba a se r e x i g e n t e c o n los r e c i é n v e n i d o s e n el u s o d e u n a l e n ­g u a q u e les e ra ex t raña? Ellos c u m p l e n c o n h a c e r s e e n t e n d e r : c o n p o c a s p a l a b r a s les b a s t a y e sa s , e m p l e a d a s al m á s o m e n o s . Para la g r a m á t i c a , i n d u l t o g e n e r a l .

D i f e r e n c i a la l e n g u a u r b a n a d e l h a b l a r p r o v i n c i a n o y c o n s i d e r a q u e

a u n l a s h a b l a s r u r a l e s s u p e r a n a l p o r t e ñ o e n c a l i d a d y e n f i jeza , d a d o

q u e e n B u e n o s A i r e s «las f a m i l i a s t r a d i c i o n a l e s s o n u n a e x i g u a m i n o r í a

p e r d i d a e n e l m a r e m á g n u m d e B u e n o s Aires» , a l o q u e s e a g r e g a q u e

«las g e n t e s d e e d u c a c i ó n i d i o m á t i c a d e f i c i e n t e e s t á n e n t o d o s l o s p u e s ­

t o s , e n la p o l í t i c a , e n l a s p r o f e s i o n e s l i b e r a l e s , e n e l a l t o c o m e r c i o y

h a s t a e n la p r e n s a y e n la c á t e d r a » . E n la m i s m a é p o c a A m é r i c o C a s t r o ,

p r e o c u p a d o t a m b i é n p o r e l « r e l a j a m i e n t o soc ia l» d e la n o r m a y la « i m p u ­

n i d a d » d e l a s f a l t a s c o m e t i d a s , a t r i b u y e e s t a a c t i t u d a r g e n t i n a a q u e d e s d e

e l r e c h a z o d e la i n v a s i ó n i n g l e s a d e 1 8 0 6 « t o d o l o q u e e s d e c i s i v o e n la

v i d a a r g e n t i n a a c o n t e c e g r a c i a s a la f u e r z a d e l o s n a d a i n s t r u i d o s , f u e r ­

z a c a ó t i c a , e l e m e n t a l y a u t é n t i c a » . 6 E s t e a v a n c e d e s e c t o r e s p o p u l a r e s e n

e l e s p a c i o u r b a n o a m e n a z a c o n s u m u l t i p l i c i d a d d e v o c e s y r e g i s t r o s y

s u i n d i f e r e n c i a r e s p e c t o d e la n o r m a .

P e r o e n s u s t r a b a j o s d e 1 9 4 0 A m a d o A l o n s o d e j a d e l a d o la c o n s i ­

d e r a c i ó n d e e s t a h e t e r o g e n e i d a d d e l h a b l a p o r t e ñ a y v a l o r i z a la d i f e r e n ­

c i a c i ó n r e s p e c t o d e la l e n g u a d e M a d r i d , d a d o q u e la c o n s e r v a c i ó n d e

« m u c h o d e l f o n d o e s p a ñ o l q u e M a d r i d h a b í a p e r d i d o » , g r a c i a s a B u e n o s

A i r e s « v o l v e r á a c i r c u l a r p o r t o d a s p a r t e s » . Ya n o p l a n t e a e l p r o b l e m a d e

l a n o r m a d e s d e la i d e a l i z a c i ó n d e l c e n t r o r e s p e c t o d e la p e r i f e r i a , s i n o

q u e m u e s t r a la i m p o r t a n c i a q u e e s t a t i e n e e n e l d e s a r r o l l o d e l a l e n g u a

g e n e r a l :

6. Américo Castro: La peculiaridad lingüística rioplatense, Buenos Aires, Losada, 1941.

1 9 2

LA VALORACIÓN DE AMADO ALONSO DE LA VARIEDAD RIOPLATENSE DEL ESPAÑOL

Algunas de las innovaciones afortunadas nacidas y mantenidas en la Argentina se extenderán por toda América y por España; hasta el olvido o desvío de los argentinos por ciertos modos del idioma se contagiará -en esos países fuertemente, en aquellos débilmente, otros serán inmu­nes- por las naciones hermanas. Y tanto como en el material mismo empleado -palabras y giros numerables- la Argentina ha de inf lu ir en el modo de emplearlo, lo cual se traducirá en poner el sello de su perso­nalidad en ese aire característico que lleva la lengua en cada uno de sus períodos.

La explicación de este proceso es que Madrid, hasta entonces el cen­

tro único de unif icación del idioma por el desarro l lo de s u indust r ia edi­

tor ial , ha s ido reemplazada por B u e n o s A i res y México:

La industria editora peninsular ha sido el instrumento material de unif i­cación de la lengua en todo el mundo hispánico. (...) La guerra civil espa­ñola ha hecho cambiar de arriba abajo las condiciones. (...) Lo seguro y definitivo ya es que la Argentina se ha hecho poderosa en la industria ligera; en la producción de esos l ibros que corren por muchas manos y que se renuevan y reemplazan incesantemente. Y esos son los l ibros que, principalmente, recogen y expanden el sentido de una lengua unificada.

La d i fus ión del l i b ro publicado en la Argentina -A lonso ya no habla só lo de l i teratura- por todo el ámbito hispánico exige que l os escr i tores y traductores ut i l icen u n español general, l o cual, al m i s m o t iempo, va transformando las prácticas l ingüíst icas locales. E s t o se acentúa con la d i fus ión de revistas, la expans ión de l os periódicos, la importancia que adquieren las agencias de noticias instaladas en la Argentina en la tra­ducción de l os cables llegados del extranjero y d i fundidos desde aquí al resto del mundo hispánico. Hay en s u expos ic ión una valoración de la escritura vinculada con diversas prácticas sociales, no so lo l i terar ias, y del habla de B u e n o s A i res por la importancia que esta ú l t ima adquiere en l os cambios económicos.

N o olvida tampoco A lonso la inf luencia argentina en la unif icación de la terminología financiera. U n o s años atrás, el Banco Central de la República Argentina había encargado a un técnico del lenguaje que esta­bleciera una terminología precisa y bien diferenciada del lenguaje f inan­ciero:

Los economistas de los otros países han visto, junto al decoro general del castellano empleado, el tino de los términos elegidos, la buena mano para la acuñación de las nuevas fórmulas, la ventaja de su uso sistemáti­co, de las precisas significaciones y de las diferencias establecidas, y de la posibilidad de expresar con lenguaje tan bien funcionante los nuevos pensamientos que vayan apareciendo. Y el resultado es que hoy toda

1 9 3

ELVIRA N. DE ARNOUX Y ROBERTO BEIN

H i s p a n o a m é r i c a h a a d o p t a d o la n o m e n c l a t u r a y las fó rmulas d e l B a n c o Cent ra l a r g e n t i n o .

E n c u a n t o a la l e n g u a o r a l , A m a d o A l o n s o r e c o n o c e la i m p o r t a n c i a

q u e a d q u i e r e n la r a d i o y e l c i n e e n la « n i v e l a c i ó n » d e l i d i o m a , e s d e c i r ,

e n la p r o g r e s i v a a d e c u a c i ó n a l o s r e c e p t o r e s d e l a s d i s t i n t a s v a r i e d a d e s

d e l e s p a ñ o l , l o c u a l l l e v a a u n a s e l e c c i ó n d e f o r m a s , g i r o s y e x p r e s i o n e s

q u e , s i n t r a i c i o n a r s u o r i g e n , r e s u l t e n c o m p r e n s i b l e s y a c e p t a b l e s .

Si b i e n e n s u é p o c a la r a d i o a r g e n t i n a n o h a b í a a d q u i r i d o t o d a v í a

u n a i m p o r t a n c i a c o n t i n e n t a l , e l c i n e y a l l e g a b a a l o s m á s d i v e r s o s p a í s e s

d e H i s p a n o a m é r i c a . El p r o b l e m a d e la n o r m a s e p l a n t e a a h o r a t a m b i é n

e n t é r m i n o s d e e f i c a c i a c o m u n i c a t i v a y é x i t o c o m e r c i a l .

* * *

E n e s t a s l í n e a s c r e e m o s h a b e r m o s t r a d o e l o r i g e n d e l o s c a m b i o s

o p e r a d o s e n l o q u e e n l a a c t u a l i d a d l l a m a r í a m o s e l p e n s a m i e n t o s o c i o -

l i n g ü í s t i c o d e A m a d o A l o n s o , c o n t e n i d o e n g e r m e n e n e l a s p e c t o s o c i a l

d e s u f i l o so f í a d e l l e n g u a j e , ( c o m o l o m u e s t r a s u i n t e r p r e t a c i ó n d e

V o s s l e r ) , p e r o e n d i v e r g e n c i a d e la o r i e n t a c i ó n e s p i r i t u a l i s t a - e l i t i s t a d e

e s t a . E n l o s t r a b a j o s d e 1 9 3 5 s u p o s i c i ó n e s a ú n t r i b u t a r i a d e la v i e j a

r e ñ e x i ó n a c e r c a d e la n o r m a q u e h a a t r a v e s a d o a O c c i d e n t e d e s d e e l

R e n a c i m i e n t o : la « l e n g u a d e c o r t e » , e l « b o n u s a g e » , e l p r e s t i g i o d e la a u t o ­

r i d a d l i t e r a r i a , la p o s i c i ó n d o m i n a n t e d e l a s m e t r ó p o l i s , a u n q u e y a a p a ­

r e c e s u r e c o n o c i m i e n t o d e u n a p l u r a l i d a d d e n o r m a s , d e u n a l e n g u a

g e n e r a l p a n h i s p á n i c a c o n t i m b r e s n a c i o n a l e s p a r t i c u l a r e s . B a j o la

i n f l u e n c i a d e l d e s a r r o l l o d e la i n d u s t r i a e d i t o r i a l y e l p e r i o d i s m o , l a

r a d i o f o n í a y e l c i n e , e n 1 9 4 0 A m a d o A l o n s o s e a b r e , p o r u n l a d o , a la

c o n s i d e r a c i ó n d e g é n e r o s d i s c u r s i v o s n o l i t e r a r i o s y , p o r e l o t r o , a u n a

v a l o r i z a c i ó n d e la n o r m a r e g i o n a l q u e t e n g a e n c u e n t a l a i n c i d e n c i a

m a t e r i a l d e l o s c a m b i o s t e c n o l ó g i c o s y la n u e v a s i t u a c i ó n h i s t ó r i c a . Si e n

e l p r i m e r e n f o q u e p r i v a s u f i loso f í a d e l l e n g u a j e , d e c o r t e i d e a l i s t a , e n e l

s e g u n d o a p a r e c e n m a r c a d a m e n t e l o s r a s g o s d e la e s c u e l a l i n g ü í s t i c a

e s p a ñ o l a , p r e o c u p a d a p o r la h i s t o r i a , e l c o n t e x t o y l a s d i v e r s a s p r á c t i c a s

s o c i a l e s e n l a s q u e la l e n g u a c i r c u l a .

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