Obi de agua

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Obi Obi, obi d’água ou simplesmente obi. Todos estes nomes referem-se à mesma obrigação, voltada exclusivamente a confortar uma pessoa em um caso de doença, desemprego, distúrbios nervosos, ou até mesmo para um iniciado dentro dos preceitos do asé orisá, quando por um motivo ou outro, o mesmo não pode passar por um bori. Esta obrigação tem seu nome em referência a uma fruta africana, o obi, sem a qual nada podemos realizar para os orisás, no tangente a sacrifícios, uma vez que é com ela que conversamos com nossos antepassados para sabermos se aquele santo está satisfeito com a obrigação, etc. Esta obrigação é a mais simples realizada dentro do asé, mas já presenciamos muitos casos que foram resolvidos com esta. Claro que esta obrigação não cria uma obrigatoriedade do cliente com o santo, ela apenas serve como um modo de resolver de imediato uma questão. Existem aqueles que após o obi, sentem-se tão felizes que optam por penetrar de forma mais profunda dentro de nossa religião. Nesta obrigação são utilizados: ebô (canjica de Òşàlà),o obi (que é uma fruta de origem africana), frutas variadas, vela e uma quartinha com água, além de , em alguns casos,comida do santo da pessoa e um pombo branco. Antigamente quando uma pessoa desejava entrar para os preceitos de uma casa, ou seja, ser filho ou filha de santo naquele templo, ou mesmo quando seu orisa exibia a necessidade de feitura, os zeladores tinham por hábito realizar esta como uma primeira obrigação, para daí então estudar a pessoa, ver se ela realmente tinha amor e dedicação para com os orisás, e até mesmo para se certificarem de que era realmente sua casa e sua mão que aquele santo desejava, e não apenas uma empolgação material ou espiritual. Agiam assim, pois que, nesta época não existia o fato de uma pessoa fazer santo com um e tomar obrigações com outro, provocando um rodízio ridículo nas roças de santo como as que se vê hoje em dia. Para uma pessoa se iniciar, existia todo um processo de identificação dele com a casa e vice-versa. Era uma época em que a fidelidade de um iniciado era realmente levada a sério, assim como a do sacerdote com relação a seus iniciados. E o obi, era justamente a obrigação que funcionava como uma espécie de flerte, vulgarmente comparando, evitando constrangimentos futuros.

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Obi

Obi, obi dgua ou simplesmente obi. Todos estes nomes referem-se mesma obrigao, voltada exclusivamente a confortar uma pessoa em um caso de doena, desemprego, distrbios nervosos, ou at mesmo para um iniciado dentro dos preceitos do as oris, quando por um motivo ou outro, o mesmo no pode passar por um bori. Esta obrigao tem seu nome em referncia a uma fruta africana, o obi, sem a qual nada podemos realizar para os oriss, no tangente a sacrifcios, uma vez que com ela que conversamos com nossos antepassados para sabermos se aquele santo est satisfeito com a obrigao, etc.

Esta obrigao a mais simples realizada dentro do as, mas j presenciamos muitos casos que foram resolvidos com esta.

Claro que esta obrigao no cria uma obrigatoriedade do cliente com o santo, ela apenas serve como um modo de resolver de imediato uma questo. Existem aqueles que aps o obi, sentem-se to felizes que optam por penetrar de forma mais profunda dentro de nossa religio.

Nesta obrigao so utilizados: eb (canjica de l),o obi (que uma fruta de origem africana), frutas variadas, vela e uma quartinha com gua, alm de , em alguns casos,comida do santo da pessoa e um pombo branco.

Antigamente quando uma pessoa desejava entrar para os preceitos de uma casa, ou seja, ser filho ou filha de santo naquele templo, ou mesmo quando seu orisa exibia a necessidade de feitura, os zeladores tinham por hbito realizar esta como uma primeira obrigao, para da ento estudar a pessoa, ver se ela realmente tinha amor e dedicao para com os oriss, e at mesmo para se certificarem de que era realmente sua casa e sua mo que aquele santo desejava, e no apenas uma empolgao material ou espiritual. Agiam assim, pois que, nesta poca no existia o fato de uma pessoa fazer santo com um e tomar obrigaes com outro, provocando um rodzio ridculo nas roas de santo como as que se v hoje em dia.

Para uma pessoa se iniciar, existia todo um processo de identificao dele com a casa e vice-versa. Era uma poca em que a fidelidade de um iniciado era realmente levada a srio, assim como a do sacerdote com relao a seus iniciados. E o obi, era justamente a obrigao que funcionava como uma espcie de flerte, vulgarmente comparando, evitando constrangimentos futuros.

Hoje em dia, parece que esta fidelidade simplesmente evaporou-se com a fumaa dos defumadores, pois que uma pessoa se inicia em