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Revista do Sistema OCB/SESCOOP-GO Ano 3 - nº 14 - julho/agosto-2016 “ A OCB-GO TEM SIDO UM FAROL PARA O COOPERATIVISMO BRASILEIRO” “AS COOPERATIVAS SE TORNARAM REFERêNCIA” ROBERTO RODRIGUES PENSAR E COOPERAR

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Revista do Sistema OCB/SESCOOP-GO Ano 3 - nº 14 - julho/agosto-2016

“ A OCB-GO tem sidO um fArOl pArA O COOperAtivismO BrAsileirO”

“As COOperAtivAs se tOrnArAm referênCiA”

ROBERTORODRIGUES

PENSAR ECOOPERAR

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GOIÁS COOPERATIVO | 3

Os 60 anos é uma idade carregada de simbolismo. na vida pessoal, significa que já vivemos o bastante para conhecermos nos-sas qualidades e termos clareza de nossas fragilidades. É tempo su-ficiente para saber o que é bom e que deve ser levado para o resto da vida, e identificar os pesos que devem ser descartados, porque não acrescentam nada à nossa bagagem e só dificultam nossa ca-minhada.

profissionalmente, é hora de pensar onde estamos e no futu-ro pós-aposentadoria. tempo de desacelerar e ver a vida com olhos menos apressados e ansiosos.

mas e para uma entidade, o que significa completar 60 anos? também para ela é idade de matu-ridade, mas muito longe de ser uma desaceleração. É tempo de renovar, de inovar, de crescer ainda mais para chegar onde se almeja e ainda não se alcançou.

neste mês de outubro, o sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no estado de Goiás (OCB-GO) comemora seis décadas de existência. Os 60 anos de uma entidade são um marco em sua trajetória, sinônimo de maturidade institucional e momento de renovação, que aponta para um futuro de inovação e novos desafios.

A OCB-GO celebra seis décadas de pioneirismo, que fizeram do cooperativismo um dos prin-cipais alicerces da economia e força social de nosso estado, gerado e consolidado a partir do trabalho robusto e abnegado de pessoas que acreditaram na força da união, da cooperação e da solidariedade.

pioneirismo que se manifesta também agora ao incentivar e fazer conhecer os diferentes ramos do cooperativismo e que o faremos com a campanha “Cooperar é...” veiculada na primeira contracapa desta publicação e que vai apresentar o que é o cooperativismo e sua essência.

estamos, enquanto entidade, cada dia mais convictos do nosso papel na sociedade, da importân-cia de se difundir o cooperativismo que, quando ninguém mais acredita em um projeto, assume e realiza o que é necessário.

neste momento de celebração, a OCB-GO se coloca lado a lado das cooperativas goianas para re-forçar nosso compromisso com a cultura cooperativista, celebrar, numa extensa agenda, as conquistas alcançadas até agora e pavimentar o nosso caminho rumo a um futuro de êxito.

parabéns a todas as cooperativas. parabéns a OCB-GO e a todos os colaboradores e dirigentes que fazem parte desta história!

A idade da maturidade

JOAQUIM GUILHERME BARBOSA DE SOUZA Presidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO

MensageM do Conselho de adMinistração

“Os 60 anos de uma entidade são um marco em sua trajetória, sinônimo de maturidade

institucional e momento de renovação”

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sUMÁrio 29

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Vitrine - Especial Os 60 anos da OCB-GO em livros

60 AnOs de HistÓriAEntidade celebra 60 anos de dedicação ao cooperativismo. Novos projetos e ações marcam as comemorações

OCB-GO

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3430Receita GoianaSeminário sobre o Dia C

liderAnçA que nAsCe dA uniãO

O jeitO de ser e fAzer dO COOperAtivismO

O impOnente museu dAs BAndeirAs

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38

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Em entrevista, Roberto Rodrigues, líder cooperativista, destaca o pioneirismo e a força da OCB-GO

A união de pessoas com os mesmos objetivos contribui para construção de um futuro melhor

Na primeira capital do Estado, prédio que abrigou Casa de Câmara e Cadeia hoje guarda memória do nascimento de Goiás

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente:

Joaquim Guilherme Barbosa de Souza (Complem)

Vice-Presidente: Luís Alberto Pereira (Sicoob Engecred-GO)

secretário: Dourivan Cruvinel de Souza (Comigo)

MeMbros efetiVos: Astrogildo Gonçalves Peixoto (Coapil)

Vanderval José Ribeiro (Sicoob do Vale) Jocimar Fachini (Coperpamplona)

Clidenor Gomes Filho (Sicoob Unicentro Brasileira) Zeir Ascari (Sicredi Sudoeste GO)

João Batista Pereira Machado (Uniodonto Sul Goiano)

conseLHo fiscAL efetiVos:

Peron Antônio Barbosa (Cooperjov) Emival Vicente Santana (Coomap)

Carlos Henrique Arruda Duarte (Coacal)

suPLentes: Rubens Dias dos Santos (Coopmego)

Nanci Terezinha Alfonso Cavalcante (Cohacasb-GO) Marco Antônio Oliveira Campos (Comiva)

suPerintendente: Valéria Mendes da Silva

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente:

Joaquim Guilherme Barbosa de Souza (Complem)

MeMbros efetiVos: Antonio Chavaglia (Comigo)

João Damasceno Porto (Unimed Goiânia) Haroldo Max de Sousa (Coapro)

Itamar Fernandes de Melo (Complem)

MeMbros suPLentes: João Gonçalves Vilela (Cagel)

José Lourenço de Castro Filho (Coapil) Renato Nobile (SESCOOP Nacional)

Antonio Moraes Resende (Centroleite)

conseLHo fiscAL efetiVos:

Lister Borges Cruvinel (Sicoob Centro-Sul) José Rodrigues Peixoto (Sicoob Credi-SGPA)

Walter Cherubin Bueno (Unimed Cerrado)

suPLentes: João Batista da Paixão Junior (Cooperbelgo)

Antonio Carlos Borges (Agrovale) Nilton Carlos da Silva (Coopersil)

suPerintendente: Valéria Mendes da Silva

sisteMA ocb/sescooP-GoAv. H com Rua 14 nº 550 - Jardim Goiás, Goiânia-GO

CEP: 74.810-070 Fone: (62) 3240-2600 Fax: (62) 3240-2602www.goiascooperativo.coop.br

[email protected] / [email protected]

Redação e edição: Carla de Oliveira (JP 1076 G0) e Luisa Dias (JP 01181 G0) // Colaboração: Eliane Almeida Dias //

Diagramação: Fábio Salazar (Mtb 722/GO) // Fotografias: Arquivo Sistema OCB/SESCOOP-GO e divulgação. Impressão: Gráfica Set // Tiragem: 3 mil

exemplares // Distribuição: Publicação dirigida às cooperativas e entidades ligadas, direta ou indiretamente, ao cooperativismo no Estado de Goiás.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não correspondem, necessariamente, à opinião do Sistema OCB/SESCOOP-GO.

Permitida a reprodução total ou parcial dos textos, desde que citada a fonte. Esta revista está disponível em versão eletrônica, no site do Sistema OCB/SESCOOP-GO: www.goiascooperativo.coop.br.

SINDICATO E ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS NO ESTADO DE GOIÁS

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO NO ESTADO DE GOIÁS

ENTREVISTA

PENSAR E COOPERAR

PROjETO GOIANIDADE

Roberto Rodrigues

Museu das Bandeiras

Ronaldo Scucato

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sisteMA eM AÇÃoOCB/SESCOOP-GO

O Sistema OCB/SESCOOP-GO é a mais nova entidade a integrar o Conselho de Desenvolvimento

Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), após decisão favorável do Conselho de

Administração da OCB-GO, tomada durante reunião realizada no dia 31 de agosto. O Codese reúne entidades apartidárias e sem fins lucrativos que

pretendem se transformar numa voz ativa e influente da sociedade civil organizada, buscando sempre

melhorias para a qualidade de vida da população de Goiânia. O Conselho é inspirado em similar existente há mais de 20 anos na cidade de Maringá, o Codem.

O cooperativismo goiano será representado, no Fórum Permanente pelo

Empreendedorismo em Goiás, pelo Sistema OCB/SESCOOP-GO. O Fórum foi criado no

dia 1º de agosto, em solenidade que contou com a participação do governador Marconi

Perillo e de representantes de entidades ligadas ao empreendedorismo. O presidente

do Sistema OCB/SESCOOP-GO, Joaquim Guilherme Barbosa de Souza, representou o cooperativismo na solenidade de assinatura

do decreto de criação do Fórum, realizada no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.

Sistema OCB/SESCOOP-GO integra o Codese

Fórum Permanente pelo Empreendedorismo

O Sistema OCB/SESCOOP-GO e a Superintendência Federal de Agricultura em Goiás (SFA-GO) realizaram,

dia 19 de setembro, na Casa do Cooperativismo Goiano, o seminário Qualidade de Insumos Pecuários.

Representantes de 22 cooperativas participaram do evento para aprender e tirar dúvidas sobre as normas

e boas práticas de fabricação e comercialização de insumos pecuários (ração e produtos veterinários). O

curso foi realizado durante todo o dia e destinado a dirigentes, associados, zootecnistas, veterinários

e engenheiros agrônomos, ligados às cooperativas goianas do ramo agropecuário.

Seminário: Qualidade dos Insumos Pecuários

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sisteMA eM AÇÃoOCB/SESCOOP-GO

Representantes e dirigentes de cooperativas de crédito goianas se reuniram, no dia 26 de agosto, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), para analisar a contraproposta de reivindicações apresentadas pelo Sindicato dos Empregados e Trabalhadores em Cooperativas de Crédito no Estado de Goiás (Sindicoop). A contraproposta é relativa ao termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2017, para continuidade das negociações. A reunião ocorreu na Casa do Cooperativismo Goiano.

O Sistema OCB/SESCOOP-GO prestigiou, no dia 30 de agosto, a assinatura de convênio entre a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e o Fundo para o Desenvolvimento Agropecuário de Goiás (Fundepec), que prevê apoio financeiro para a Agrodefesa desempenhar ações de prevenção, precaução e combate às doenças dos animais de notificação compulsória. O presidente do Sistema, Joaquim Guilherme Barbosa de Souza, representou o cooperativismo. Participaram ainda representantes de outras entidades ligadas ao setor agropecuário.

Assembleia analisa proposta de trabalhadores

Agrodefesa e Fundepec firmam convênio de cooperação

Mais de 200 jovens, entre 18 e 29 anos, participaram, nos dias 2 e 3 de setembro, do evento Ciranda Territorial da Juventude, que teve como tema Sucessão e Emancipação da Juventude Rural: Caminhos e Possibilidades. O evento focou prioriatariamente jovens envolvidos em processos organizativos e na produção agropecuária dos 14 municípios do Território da Estrada de Ferro. O Sistema OCB/SESCOOP-GO participou do evento para falar de cooperativismo em um circuito de palestras montado para os jovens participantes.

Ciranda Territorial da Juventude

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SETEMBRO

OUTUBRO

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CAPACITAçãO TRABAlhISTA E PREvIdEnCIáRIACurso de Capacitação Trabalhista e Previdência Social com Foco no eSocial, das 8h às 17h30, na sede do Sistema OCB/SESCOOP-GO, voltado para gerentes, coordenadores, gestores de Recursos Humanos, contadores e demais profissionais de áreas afins.

SUPERAçãO E O AGROnEGóCIOO professor José Luiz Tejon ministrou a palestra Superação e o Agronegócio, às 19 horas, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Piracanjuba.

60 AnOSA OCB-GO comemora seis décadas de fundação e dedicação ao cooperativismo.

AlIMEnTAçãO AnIMAlSeminário abordou as regulamentações que regem a fabricação de produtos para alimentação animal, a comercialização de medicamentos de uso veterinário e o uso correto.

17 AnOSCriado no dia 28 de outubro de 1999, a entidade comemora 17 anos de sua fundação.

dIA dAS CRIAnçASCampanha, realizada em todo o Estado, arrecada brinquedos para serem doados no Dia das Crianças e Natal. Ações de arrecadação das cooperativas podem ser inscritas no Dia C. Sistema OCB/SESCOOP-GO disponibiliza modelos de materiais para divulgação.

COOPERATIvA, ESTE ESPAçO É SEU! Divulgue projetos, cursos, eventos e outras ações de sua cooperativa. Envie as informações para o nosso e-mail: [email protected]

AGendA cooP2016

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cursos e eVentosCAPACITAÇÃO COOPERATIVISTA

Colaboradores da Central Sicoob Uni e da cooperativa Sicoob UniCentro Brasileira participaram, durante o mês de julho, de curso de Excel oferecido pela cooperativa em parceria com o SESCOOP/GO. O treinamento foi ministrado por Tel Santana.

A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (Coopanest-GO), em parceria com o SESCOOP/GO, realizou, de 8 a 10 de agosto, curso de organização de eventos corporativos, com a participação de 20 colaboradores. O curso foi ministrado na sede da cooperativa pela instrutora Gisella Mandaro.

As atividades do Programa de Formação de Dirigentes e Gerentes de Cooperativas (Formacoop) foram encerradas no dia 13 de setembro, depois de seis meses de duração. O programa, que contou com a participação de 48 pessoas, objetiva aprimorar o processo de gestão das cooperativas e a capacitação do público cooperativista em áreas como Recursos Humanos, Gestão de Cooperativas, Finanças e Educação Cooperativista.

O Sistema OCB/SESCOOP-GO, em parceria com a Sicoob Goiás Central, promoveu, no dia 5 de setembro, a palestra Mercado de Crédito e Inadimplência, ministrada pelo jornalista Luís Artur Nogueira, editor de Economia da revista IstoÉ Dinheiro e comentarista econômico da Rádio Bandeirantes.

Foi realizado, no dia 11 de agosto, o Fórum de Contadores para Sociedades Cooperativistas – Pis e Cofins, oferecido pelo Sistema OCB/SESCOOP-GO. O evento é voltado para contabilistas, contadores, analistas e assistentes contábeis das cooperativas goianas, com o objetivo de atualizar os profissionais sobre as alterações na legislação tributária, normativos fiscais e contabilidade.

treinamento em excel organização de eventos

formacoop encerra atividades

Mercado de crédito e inadimplência fórum de contadores

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Poucas pessoas conhecem tão bem o cooperativismo brasileiro

e mundial como Roberto Rodrigues. Engenheiro agrônomo por

formação, atualmente ele é embaixador especial da Organização

das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para

o cooperativismo mundial e presidente do LIDE Agronegócio.

Rodrigues possui uma visão de quem esteve dentro do modelo

cooperativista, como presidente da OCB e também presidente da

Organização Internacional de Cooperativas Agrícolas e da Aliança

Cooperativa Internacional (ACI), de 1997 a 2001. Seu currículo

não se limita ao cenário cooperativista mundial, mas também ao

acadêmico e agrícola. É coordenador do Centro de Agronegócios

da Fundação Getúlio Vargas e pesquisador visitante do Instituto de

Estudos Avançados da USP. Roberto Rodrigues ainda foi ministro

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o governo Lula,

de 2003 a 2006. Falar sobre cooperativismo é um prazer para ele.

Na entrevista a seguir, Roberto Rodrigues elogia as conquistas que

o cooperativismo brasileiro já alcançou, mas aponta que há muito

a ser ganho, inclusive, acredita que o cooperativismo possui um

potencial para ser uma liderança econômica e política.

ideiAsRoberto Rodrigues

liderançaO cOOperativismO na

Lídia Borges

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Roberto Rodrigues,

engenheiro, embaixador especial da

Organização das Nações Unidas

para Alimentação e Agricultura

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O senhor tem acompanhado de perto a trajetória da OCB-GO, que faz 60 anos. Qual a relevância para uma entidade deste porte completar esse marco e qual a importância da instituição para o movimento cooperativista?A OCB-GO tem sido permanentemente um farol para o cooperativismo brasileiro, à frente das grandes inovações, sempre acompanhando o que o cooperativismo mais moderno no mundo e no Brasil faz. Sempre preocupada com o tema central que é a formação de recursos humanos, tendo em vista inclusive a autogestão. Tenho a enorme alegria de verificar o pioneirismo que a OCB-GO tem realizado. E é preciso deixar claro que isso não aconteceu por acaso, não é um acidente de percurso, não é uma coisa fora da curva. A OCB-GO sempre teve lideranças do mais alto gabarito, comparáveis às melhores do Brasil e do mundo moderno, que enxergaram o futuro com uma clareza meridiana, o que nem sempre foi observado em nosso País. Tenho medo de fazer injustiças, mas nomes como Paulo Roberto Cunha, Antonio Chavaglia e Valéria Mendes compõem um cenário de liderança e clarividência que fazem a diferença da OCB-GO. São pessoas como essas e seus seguidores que continuaram seu trabalho - não quero cometer injustiças e ficar com esses três nomes - que deram a dimensão notável que tem hoje a OCB-GO.

Para as organizações estaduais, existe um desafio de se aproximar das cooperativas que não são registradas?Essa é uma questão muito interessante e que me incomoda bastante. Não só em Goiás, mas em outros estados também. E por trás dessa situação há a questão ideológica. Se existe um termo ideológico por trás disso, é preciso vencê-lo. Em primeiro lugar, mostrando que a doutrina cooperativista é uma só e, portanto, o movimento tem que ser um só. Eu defendo muito isso, inclusive na reforma da lei cooperativista. Eu defendo rigorosamente a unicidade de representação no sistema OCB.

Roberto Rodrigues

“A primeira questão é mostrar exaustivamente que a doutrina é uma só, os princípios e valores são os mesmos em todo o planeta e não faz sentido ter uma representação dividida. A segunda questão é atrair essas instituições que estão fora do movimento.”

Por quê? Como os princípios são universais, os valores são universais, não é adequado ter uma divisão no movimento, isso enfraquece o movimento, dando oportunidade aos seus inimigos de colocarem cunhas divisionistas desnecessárias e muitas vezes odiosas por questões ideológicas.

Como as entidades devem atuar para mudar este cenário e unificar a representação do movimento?Então, a primeira questão é mostrar, exaustivamente, este fato: que a doutrina é uma só, que os princípios e valores são os mesmos em todo o planeta e que não faz sentido ter uma representação dividida. A segunda questão é atrair as instituições que estão fora do movimento, oferecendo serviços melhores do que os que elas dispõem hoje ou novos, que elas sequer conhecem ainda. Isso implica em um compromisso do Sistema OCB em conhecer os problemas e dificuldades que as cooperativas que estão de fora possuem, para oferecer a elas todo o tipo de apoio necessário para resolvê-los. E o terceiro ponto que me parece essencial é atrair funcionários e dirigentes dessas cooperativas para

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características que são da espécie humana. É preciso conviver com esses problemas e tentar administrá-los da melhor maneira possível.

Como superar esses entraves?Você não consegue atravessar os vales sombrios sem iluminá-los. Então, iluminar essas diferenças é mostrar o que é comum, o que é coletivo, o que serve para todos. E vencer essas questões mostrando o outro lado. O que vale é o coletivo, é o comum. O movimento como um todo. Não é uma coisa trivial. Não é trivial você administrar inveja, ciúme, ambições, que são eventualmente destruídas por animosidade entre as pessoas, isso é muito difícil. As relações humanas são difíceis. Mas passa por enfrentá-las com grandeza, com desprendimento e com honra, esse é o caminho para a unicidade.

O senhor considera nossa legislação avançada, mas ainda enfrentamos diversos impasses no setor. Como deve ser a parceria com o governo? O apoio é imprescindível?Eu considero a legislação brasileira boa. Todavia, ela precisa ser modificada em função da Constituição de 88, que 88 acabou com a

treinamentos de recursos humanos que fazem a diferença. É uma coisa óbvia: o que faz uma instituição é gente, quem toma conta, planeja, implementa medidas. Ora, formar gente, portanto, é uma missão essencial do cooperativismo. Cooperativa é uma questão de gente. Atrair executivos, dirigentes, funcionários e até mesmo associados dessas cooperativas para mostrar as vantagens de se associar à OCB me parece também essencial. Então, a resposta é dividida em três temas: proselitismo, prestar os serviços necessários e treinar as pessoas para que estejam cada vez mais ligadas ao movimento.

Apesar desses desafios que o senhor citou, quando observamos que estamos caminhando para completar 130 anos de cooperativismo no Brasil, ainda não conseguimos consolidar o modelo como em outros países, a exemplo da Espanha e do Canadá. Quais os entraves que temos no cooperativismo brasileiro que nos impede de chegar a um patamar como o desses países? Existem muitos países que invejam o modelo brasileiro. A legislação que temos prega a unicidade. Muitos países, até mais desenvolvidos que o nosso, veem o Sistema OCB como um modelo a ser implementado. Não acho que estamos muito fora de um modelo ideal de organização. O que atrapalha esse modelo e talvez prejudique de forma permanente é exatamente a questão ideológica. A visão de que o cooperativismo tem um papel diferente daquilo que ele tem. O que é o cooperativismo? É uma doutrina que visa incluir o social por meio do econômico. Essa é uma definição clássica e universal, que todo mundo aceita. E a cooperativa é o instrumento dessa doutrina, assim como o cristianismo é uma doutrina e a igreja é seu instrumento, mal comparando. Qual é o problema? O problema é que quem toca as cooperativas são as pessoas, e as pessoas têm ideologias diferentes, têm idiossincrasias que são inevitáveis, têm até ciúmes, inveja, essas

“Existem muitospaíses que invejam o modelo brasileiro. A legislação que temos prega a unicidade. Muitos países até mais desenvolvidos que o nosso veem o Sistema OCB como um modelo a ser implementado.”

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necessidade das cooperativas serem controladas pelo Estado, seja na sua constituição ou no seu trabalho anual. Exige-se, então, uma mudança na legislação e isso deve ser feito rapidamente. Por outro lado, a Constituição estabeleceu temas relevantes e um diz respeito ao tratamento tributário do ato cooperativo. A Constituição tem quase 30 anos e nós ainda não conseguimos fazer uma lei resolvendo a questão do ato cooperativo, isso, acho de uma infelicidade muito grande, e o esforço que a OCB fez nesse sentido foi enorme.

Com a sua experiência, como acha que as lideranças devem trabalhar para vencer estes entraves da legislação?No meu tempo, quando eu era presidente da OCB, conseguimos criar o Denacoop, que era uma determinação da Constituição. O Estado atende a necessidade do cooperativismo? Eu tenho uma convicção que é a seguinte, o Estado jamais poderá atender a todas as demandas dos mais diversos segmentos da sociedade ou da economia brasileira, porque não tem recursos para isso, fica sempre devendo. Por isso, acredito que as lideranças de qualquer segmento nunca podem estar alinhadas permanentemente com o Estado, sempre exigindo mais, porque ele não pode dar. Por outro lado, um país democrático, e o Brasil hoje é democrático, deve merecer o apoio do cooperativismo na direção daquilo que ele prega, quando há uma coincidência de valores. O Estado democrático prega trabalho justo, decente, remuneração justa, defesa do meio ambiente, segurança alimentar, educação, saúde, habitação. São todos temas que o cooperativismo também defende, de modo que, quando as ações do governo estiverem concretamente nessa direção, deve ter o apoio do cooperativismo. Embora, esse apoio, não signifique uma ligação sem brechas.

Pensando na proteção e na ação institucional do Estado, como deve se dar esta parceria?Fatalmente, o Estado ou governo não conseguirão oferecer ao cooperativismo tudo aquilo que seu ideário, sua legislação, sua ótica desejam. E é

por isso que o cooperativismo é um instrumento de parceria para o governo democrático. Naquilo em que houver identidade de princípio e valores, podemos somar com o governo ou Estado. Naquilo em que não houver, devemos estar claramente contrários ao governo ou Estado. Há um princípio do cooperativismo sagrado, que é independência. Isso nós temos que manter permanentemente, muitas vezes, numa relação fraterna com o Estado, mas nunca numa dependência marital, conjugal. Independência permanente, fraterna, sim. Agora, união para tudo e para todos, não.

Passando do governo para a sociedade, o senhor considera que o cooperativismo esbarra em algum problema do modelo cultural que a sociedade tem sobre o privado, a empresa, a propriedade? Isso pode atrapalhar de certa forma o crescimento do cooperativismo ou é uma questão superada?Não é uma questão superada e, na minha visão, nunca será. Porque a disputa no modelo liberal ou capitalista, o modelo que o Brasil tem hoje e, espero que continue assim, sempre vai gerar rivalidade, disputa e concorrência. Então, compete ao movimento cooperativista, cada vez mais, comunicar seus valores, seus princípios, porque deles origina sua ação, seu trabalho. Mostrar para a sociedade a sua diferença. Eu assisti recentemente em Harvard, em Boston, a uma palestra do Michael Porter, um dos gurus da economia contemporânea. Ele faz uma referência ao fato de que a competitividade entre empresas tem sido tratada de uma forma errada. Ele diz que uma empresa se considera melhor do que outra, quando oferece aos seus clientes um serviço de melhor qualidade e mais barato. Só que a outra pode contratar um cientista, um pesquisador ou um gestor melhor e conseguir fazer um produto mais barato, um serviço de melhor qualidade para seu cliente. De modo que esse modelo é antropofágico. Ninguém ganha, esse ano é um, outro ano é outro, é uma disputa incessante e maluca. Uma empresa que é melhor é aquela que

Roberto Rodrigues

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é única. Ela tem excelência em produtos que outra não pode oferecer. Quando assisti a essa palestra, voltei de Harvard, a viagem inteira, sem dormir um segundo, pensando em como as cooperativas podem ser únicas. E me veio uma clareza em relação a esse assunto. Nós temos o princípio da preocupação com a comunidade. Aqui não vai uma crítica, só uma observação: a empresa capitalista busca lucro, resultados, crescimento, não se preocupa com a comunidade.

E como é o parâmetro com as cooperativas?A cooperativa já é diferente porque tem esse princípio. Eu penso que as cooperativas podem ser únicas, oferecendo à comunidade todo tipo de atenção que o governo, ou seja lá quem for, não pode oferecer, porque não pode mesmo. A

“O Estado democrático prega trabalhojusto, decente, remuneração justa, defesa do meio ambiente, segurança alimentar, educação, saúde, habitação e segurança. São todos temas que o cooperativismo também defende.”

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cooperativa é única e pode ser única oferecendo isso. E estamos fazendo já. Muitos municípios brasileiros não têm agência bancária, mas têm cooperativa de crédito. E é mais do que isso, precisa fazer a escola maternal, o centro de saúde, precisa prestar serviço para a comunidade que, eventualmente, os poderes estabelecidos não podem prestar. Isso é uma forma de “propaganda” espetacular. Não precisa fazer propaganda para a cooperativa, precisa fazer para o cooperativismo. A doutrina gerou uma diferença única em relação ao mercado. Esse é um tema que temos de tratar cada vez mais.

Como as cooperativas podem mostrar sua atuação diferenciada?O valor cooperativo, o valor do cooperativismo agregado ao produto aumenta o seu valor comercial. Isso é um tema que estou defendendo há anos aqui no Brasil. As cooperativas não vendem a imagem do cooperativismo, vendem o produto sem cooperativismo. Ninguém sabe que a Unimed é uma cooperativa, muita gente não sabe que o Sicredi, o Sicoob são bancos cooperativos. Não tem ideia do valor adicional do produto vendido, que é o valor de ser cooperativo. Isso é uma coisa que temos que fazer com mais competência, vender a ideia de ser cooperativa como um valor agregado ao produto que ela produz. De forma que ela seja uma empresa única, acho que esse cenário tem que ser desenvolvido.

Então, as cooperativas estão diante da questão da aceleração da competitividade. Com toda essa evolução de mercado, as cooperativas ainda têm um pouco de amadorismo ou estão conseguindo acompanhar essas evoluções?É uma pergunta difícil. Cada cooperativa é o reflexo da realidade em que está inserida. Porque depende da educação, do compromisso social, de vários fatores. Se ela está em uma região que as pessoas sabem que é preciso se organizar, ela tem um comportamento. Se elas acham que o governo tem de fazer tudo, elas têm outro comportamento.

Então, a cooperativa é um reflexo daquela realidade em que está inserida. Em um país como o Brasil, você não pode comparar o camarada da Serra Gaúcha com o de Rondonópolis, o camarada do Espírito Santo com o do agreste nordestino ou Amazônia. São visões tão díspares que o Brasil tem: clima, etnicamente, culturalmente. De modo que você tem cooperativas comparadas às melhores do mundo em termos de gestão, atuação de visão e de seu papel real. E temos cooperativas comparadas às piores do mundo, em termos de outra visão, outro comportamento em relação aos fatos da realidade. Então, depende do grau de desenvolvimento da região em que esteja inserida. Essas cooperativas que precisam crescer têm que compreender o que é a doutrina. Em segundo lugar, têm que ter espírito solidário. Se não tiver espírito cooperativo em uma comunidade, não funciona. Eu sempre digo que para as cooperativas terem sucesso dependem de três fatores principais: primeiro, é preciso haver uma necessidade, as pessoas têm que achar que sem a cooperativa não tem jeito, tem que ser uma coisa necessária. Segundo, tem que ser viável economicamente,

16 | GOIÁS COOPERATIVO

Roberto Rodrigues

“O valor do cooperativismo agregado ao produto aumenta o seu valor comercial. Isso é um tema que estou defendendo há anos aqui no Brasil. As cooperativas não vendem a imagem do cooperativismo, vendem o produto sem cooperativismo.”

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girar capital e cada um tem que fazer um pouco de dinheiro. Se não, não vive. Cooperativa é uma empresa. É diferente de uma empresa capitalista. Tem a sobra, mas é lucro também. Terceiro, ela tem que ter liderança em todos os aspectos: doutrinário, executivo, funcional. Se não, nada funciona. Isso depende de espírito associativo. Cooperativismo não é uma coisa trivial. Se não for necessária, se não tiver viabilidade econômica e liderança para conduzir o processo, então esquece. Por isso, cooperativa pode ser um sucesso ou um fracasso dependendo dessas três condições. Essas condições dependem da cultura, do conhecimento, da evolução da região onde foi criada ou constituída.

Temos dois exemplos de feiras de tecnologia e negócios aqui em Goiás, a Tecnoshow e a Tecnoleite, que são referência. O senhor acredita que esse tipo de iniciativa pode ser um bom modelo?Acho essencial. Eu tenho absoluta convicção da importância desse cenário. É importante porque a economia globalizada deixou o mundo muito mais competitivo. A competitividade depende de produtividade, eficiência, qualidade, produto final, de regras. Tudo isso é tecnologia. Então, uma feira de tecnologia, que mostra ao produtor, ao cooperado, qual é o melhor equipamento, a melhor técnica utilizada, as melhores práticas, tudo isso é elemento de competitividade. Uma outra característica, a economia globalizada faz com que a margem por unidade de produto seja cada vez menor, de forma que o produtor vai acabar ganhando na escala. Ora, o pequeno produtor por definição não tem escala. Está morto? Não, ele sobreviverá e ganhará escala na cooperativa. Por isso, o cooperativismo na agricultura familiar, na pequena propriedade tem papel mais importante do que para os grandes produtores. Porque a cooperativa é a única alternativa de gerar escala em um movimento comercial e de competitividade que depende disso para sobrevivência. Então, uma feira dinâmica como é a feira de Rio Verde

ou a feira de leite que existe aí, são feiras que mostram padrões tecnológicos que fazem a diferença. Inclusive mostrando também o papel da cooperativa.

Quais as perspectivas de futuro para o cooperativismo no Brasil?Eu acho que a OCB nacional vem fazendo um papel extraordinário para desenvolver o setor. O Márcio de Freitas e sua diretoria realmente estão dando uma dimensão de modernidade ao cooperativismo e uma visão de integração desse movimento ao movimento global. Estou muito feliz com o trabalho da OCB e unidades nos Estados. E acho que ocuparão um espaço cada vez maior na economia nacional. Aqui em São Paulo, por exemplo, o Sicredi abriu um posto de atendimento na Avenida Paulista. Isso é um marco. Um dado extraordinário de inserção do cooperativismo na sociedade contemporânea. Eu vejo, então, a atuação da OCB muito positiva na inclusão social, e, portanto, da incorporação do cooperativismo à economia e aos movimentos sociais de uma maneira em geral.

GOIÁS COOPERATIVO | 17

“ Economia globalizada faz com que a margem por unidade de produto seja cada vez menor, de forma que o produtor vai acabar ganhando na escala. Ora, o pequeno produtor por definição não tem escala. Está morto? Não, ele sobreviverá e ganhará escala na cooperativa.”

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VitrineESPECIAL / SISTEMA OCB/SESCOOP-GO

O sistema OCB/sesCOOp-GO desenvolve programa que visa disseminar a cultura de processos em todas as atividades e serviços realizados, o que contribui para melhorar a produtividade, aprimorar a governança, além de aumentar a aderência a leis, normas, boas práticas e mitigação de riscos, entre outros benefícios. para gerir, modelar, automatizar e monitorar processos a partir de uma única ferramenta, o sistema adotou o programa Gestão de processos supravizio, que agiliza a operação e facilita o planejamento estratégico.

para permitir maior integração e modernização nos processos de gestão, a OCB/sesCOOp-GO iniciou, em 2012, a implantação de um novo sistema de planejamento (erp), para atender às suas necessidades de expansão, bem como a integração dos serviços e atividades. O erp senior é parte de um programa de gestão que oferece soluções que simplificam a tomada de decisões, ao ofertar informações objetivas e claras.

Gestão de processos modernizada

eficiência e integração

O Sistema OCB/SESCOOP-GO investe, continuamente em tecnologias e controle de processos, visando oferecer, cada vez mais,

serviços de excelência para as cooperativas goianas

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visando atender às demandas do cooperativismo goiano, em seus diferentes ramos de atividade, o sistema OCB/sesCOOp-GO, com a chancela da fundação Getúlio vargas, oferece os cursos de mBA em Gestão empresarial: Cooperativas e mBA em Gestão empresarial: Cooperativas de Crédito. iniciados em 2015, os dois cursos oferecem três turmas (duas para cooperativas de crédito), totalizando 137 alunos. As aulas, ministradas em módulos mensais, seguem até julho de 2017.

Os programas 8s e isO 9001ganharam reforço dos mascotes Oitosão e isoleta, respectivamente. Criados pelo ilustrador mariosan, os simpáticos personagens atuam como facilitadores no repasse das mensagens dos programas, já implantados no sistema OCB/sesCOOp-GO. Os novos reforços estarão em materiais de divulgação e de sensibilização dos programas e ainda deverão ambientar, durante campanhas específicas, os espaços de trabalho da sede do sistema.

Com o objetivo de promover a adoção de boas práticas de gestão e governança pelas cooperativas goianas, o sistema OCB/sesCOOp-GO desenvolve o programa de desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (pdGC), que é um dos desdobramentos da diretriz nacional de monitoramento do sesCOOp. O pdGC permite à cooperativa fazer uma autoavaliação de seu modelo de gestão, sendo fundamental para manter a sua competitividade e a eficiência. toda cooperativa registrada no sistema OCB/sesCOOp-GO pode participar do programa.

programas ganham mascotes

Gestão e governança

mBAs qualificam gestores de cooperativas

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infocooPCOOPERATIVISMO ILUSTRADO

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GOIÁS COOPERATIVO | 23GOIÁS COOPERATIVO | 23

juventude COm mAturidAde: tempO de COnquistAs

A história do cooperativismo goiano se confunde com a história do sindicato e Organização das

Cooperativas Brasileiras no estado de Goiás (OCB-GO), fundada no dia 2 de outubro, em

1956. na época, na pequena sala de um edifício na rua 7, em Goiânia, a então união das Cooperativas do estado de Goiás (uCeG) surgiu como resultado

do planejamento e da união de empreendedores, produtores rurais, juristas, professores, bancários e

políticos. O estado já tinha cerca de 50 cooperativas e começava ali uma trajetória de organização e

representatividade.

ocb-Go60 ANOS

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em seis décadas, a entidade mudou de nome, sede e tamanho, mas mantém ainda a característica da pri-meira reunião, onde o político josé de Assis moraes, que já tinha sido prefeito de rio verde e deputado estadual, foi escolhido como presidente: a união. O momento era de organização para a conquista de espaço. mas para garantir a representatividade, os

diversos setores e pessoas envolvidas tiveram que se mobilizar. O sistema OCB/sesCOOp-GO é formado pelo sindicato e Or-

ganização das Cooperativas Brasileiras no estado de Goiás e o serviço nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no estado de Goiás, ambos presididos pelo cooperativista joaquim Guilherme Barbosa de souza.

O cooperativismo goiano conta hoje com 243 cooperativas registra-das, 157.929 cooperados e 10.063 trabalhadores. A história do coope-rativismo em Goiás, começou de forma tímida, na região de rio verde e itaberaí, quase todas do ramo agropecuário. As dificuldades de eletrifica-ção no setor rural também serviu de mola propursora parao surgimento das primeiras cooperativas de infraestrutura no estado. para joaquim Guilherme, que é filho de cooperativista e trabalha no setor há mais de 30 anos, a história da entidade cristaliza a força, a presença do cooperati-vismo no estado de Goiás. “O setor tem muito de confiança, de acreditar em sua região, mesmo em um período em que o estado não era visto por outras empresas, pelo país, nós tivemos pessoas que acreditaram nas suas potencialidades e começaram a construir suas cooperativas aqui mesmo”, lembrou.

Os desbravadores, como lembrou o atual presidente do sistema OCB/sesCOOp-GO, estiveram em diversas áreas, da eletrificação rural à produção de óleo de soja, sempre seguidos com atenção por empresas que depois se tornavam investidoras. “em alguns momen-tos, o estado tinha potencial, mas os outros não. nós iniciávamos o trabalho e outros tipos de empresa se interessavam. O início, em vários ramos de atividades, foi marcado pelo cooperativismo”.

As mãos unidas, símbolo escolhido por joaquim Guilherme para representar o setor, são visíveis nas cooperativas e na entidade. “A OCB-GO teve e tem o papel da defesa política, organizada e institu-cional. presta um grande serviço na vida do cooperativismo e das co-operativas.”

mas ainda há muito para ser feito: pesquisa, inovação e comuni-cação. será este o tripé dos próximos anos de trabalho institucional da OCB-GO. Com a gestão e a casa organizadas, joaquim acredita que a estrutura deva ser totalmente disponibilizada para as cooperativas existentes.

As cooperativas goianas atualmente contribuem em 11 áreas dife-rentes da economia. dos pequenos aos grandes, os valores do setor são a marca registrada destas pessoas que, unidas, buscam a melhoria em conjunto para suas comunidades.

Aos 60 anos, a entidade já

tem no passado experiências que a capacitam para novos voos e se

inspira no legado dos pioneiros para garantir

seu espaço na sociedade

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“Trabalho político que não termina nunca. Muda governo, mudam diretrizes. Cada governo que muda, temos que mudar o relacionamentodo Sistema.”

“Nosso grande desafio é fazer com que toda a nossa cadeia de cooperativas e seus cooperados tenham a noção clara e nítida do sistema político e institucional que nós representamos.”

“O setor tem muito de confiar, de acreditar em sua região, mesmo em um período em que o Estado não era visto por outras empresas, pelo país, nós tivemos pessoas que acreditaram nas potencialidades do estado e começaram a construir suas cooperativas aqui mesmo.”

“Como testemunha do desenvolvimento do cooperativismo, posso afirmar que os 60 anos da OCB-GO ratificam a seriedade e a sinergia do trabalho da unidade estadual com as cooperativas.”

Antônio ChAvAgliAEx-presidente do Sistema oCB/SESCooP-go

hARolDo MAX DE SoUSAEx-presidente do Sistema oCB/SESCooP-go

JoAQUiM gUilhERME BARBoSA DE SoUZAPresidente do Sistema oCB/SESCooP-go

MáRCio loPESPresidente do Sistema oCB/SESCooP

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SELO MARCA OS 60 ANOS

Para celebrar a data foi lançado um selo comemorativo, que

simboliza a evolução da entidade, que se

modernizou sem perder o foco e o respeito à sua

trajetória. O layout do selo resgata os quatro nomes

que a entidade já teve (UCEG, OCEG, OCG e

OCB-GO), representados em quatro elementos.

nos 60 anos, o pioneirismo será lembrado pela entidade em diversos momentos. O atual presidente lembra com carinho dos exemplos do cooperativista Otávio lage, que chegou a governador de Goiás.

desde o nascimento, ainda como união das Cooperativas do estado de Goiás (uCeG), o sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no estado de Goiás (OCB-GO) sempre teve relação estreita com a política e os políticos. dois grandes legisladores goianos, paulo roberto Cunha e roberto egídio Balestra, foram cooperativistas e dirigentes da entidade, com papel importante na década de 1980, quando levaram à Assembleia Constituinte importantes pautas do cooperativismo goiano e nacional.

A OCB-GO ajudou a elaborar o anteprojeto da lei 5.764/71. durante as discussões na Câmara federal, o saudoso paulo roberto conseguiu aprovar (total ou parcialmente) 104 emendas diversas. entre elas, está a que dá maior autonomia ao processo de criação e funcionamento de cooperativas e a outra que garante liberdade de associação profissional ou sindical, resguardando as entidades, a organização e independência administrativa. “naquela época, éramos só nós dois à frente deste trabalho, mas entediamos que era importante”, afirma o deputado roberto Balestra.

presidente da Comigo, o cooperativista Antônio Chavaglia, que foi presidente da entidade por 18 anos, destaca o papel político da entidade. “trabalho político que não termina nunca. muda governo, mudam diretrizes. Cada governo que muda, temos que mudar o relacionamento do sistema”, explicou ele.

A experiência se tornou melhor, segundo o ex-dirigente, com a criação do sesCOOp, em 1999. A formação oferecida às cooperativas, dos gestores aos funcionários, qualificou o trabalho e a entidade. “inúmeras coisas feitas pela OCB-GO contribuíram imensamente para o cooperativismo. As pessoas eram completamente despreparadas desde o dirigente até na estrutura interna, contábil, legislativa”.

política e cooperativismo

CONHEÇA ALGUNS NÚMEROS DA OCB-GO

243 157 10mil milCooperativas registradas

Cooperados em Goiás

Empregosdiretos(Fonte: Censo Goiano do Cooperativismo 2015)

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Localizada no Jardim Goiás, a sede do Sistema OCB/SESCOOP-GO conta com uma infraestrutura para atender as cooperativas e suas demandas

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filiada à OCB nacional desde que esta foi fundada, em 1970, a entidade é a sexta em arrecadação no Brasil, participa ativamente de todas as decisões da categoria e atua nas principais bandeiras do setor, com mobilização e empenho, a exemplo das edições do dia C e das comitivas de mobilização em Brasília.

para o presidente da entidade, márcio lopes, a história goiana é exemplo para muitos estados. “Como testemunha do desenvolvimento do cooperativismo, posso afirmar que os 60 anos da OCB Goiás ratificam a seriedade e a sinergia do trabalho da unidade estadual com as cooperativas. Alcançar este marco exige, sem dúvida, muito esforço, gestão eficiente, flexibilidade, dedicação pelo que se faz e, sobretudo, comprometimento de todos os envolvidos com a causa. As dificuldades foram vencidas com garra e determinação, levando a resultados que reforçam a maturidade vivenciada pelo setor”.

ele reafirmou a importância do aprendizado e da capacidade de resiliência de todos os cooperados goianos, que reflete diretamente na atuação próxima da OCB-GO. “dão sinais claros de um futuro promissor, de infinitas oportunidades, contribuindo com o cumprimento da missão assumida por todos nós, que fazemos parte do sistema OCB: ‘representar, defender e desenvolver o cooperativismo brasileiro para torná-lo mais competitivo, respeitado e admirado pelo papel que desempenha na sociedade’”.

representatividade nacional

O jubileu de diamante da OCB-GO será marcado pelo projeto 60 anos - 60 ações, que irá mobilizar todas as cooperativas goianas e apresentará as diferenças do setor para a comunidade. uma série de ações está sendo pensada para marcar o ano de comemoração dos 60 anos da entidade e demonstrar a força e pujança de um setor que contribui, consideravelmente, para o crescimento econômico e desenvolvimento social de nosso estado.

entre as ações preparadas pelo sistema OCB/sesCOOp-GO está o lançamento do livro “OCB-GO 60 Anos de História - união e transformação do Cooperativismo em Goiás”, que irá retratar a trajetória e resgatar a memória de seis décadas do cooperativismo goiano; veiculação de um caderno especial no jornal O Popular, principal veículo de comunicação impressa de Goiás; publicação de uma cartilha com informações sobre o as ações das cooperativas, números registrados em Goiás e no Brasil, entre outras informações; coletâneas de imagens, publicações virtuais.

também serão desenvolvidas ações de qualificação das equipes que atuam no sistema; atualização e incremento dos veículos virtuais; continuidade dos processos de aprimoramento da qualidade de processos e serviços; e eventos comemorativos, para celebrar a força do cooperativismo goiano, o protagonismo da OCB-GO e sua representatividade nacional.

Ações contínuas

Arrecadação e organização

A gestão séria e a sinergia da OCB-GO chamam a atenção dos pares no cenário nacional. A entidade participa

ativamente da agenda em prol do cooperativismo no Brasil, desde as lutas pela

legislação até mobilizações como o Dia C, e se faz presente junto à OCB

Nacional, representando e defendendo o setor.

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O registro dos 60 anos será guardado para as próximas gerações e como fonte de consulta para cooperativistas, cooperados e pesquisadores. A instituição lançará, em novembro, o livro “OCB-GO 60 anos de História - união e transformação do cooperativismo em Goiás”, com redação do jornalista Warlem sabino e edição da também jornalista sirlene milhomem.

A publicação, com distribuição dirigida, traz os principais fatos a partir de 1956, quando foi instalada a entidade. Além do livro, com edição em capa dura e muitas fotografias e imagens, o jubileu de diamante do sistema contará com uma marca, que gravará parte da história da instituição. estudada e planejada pela equipe do sistema OCB/sesCOOpGO, a marca registra a grafia do número 60 e ainda resguarda a marca tradicional com a representação do movimento cooperativista.

livro guarda memória de seis décadas

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O Sistema OCB/SESCOOP-GO promoverá, no dia 30 de novembro, seminário para apresentação dos resultados das ações do Dia de Cooperar 2016, que contou com a participação de cooperativas de todo o Estado. No dia 2 de julho, Dia do Cooperativismo, foi realizado, no Zoológico de Goiâniae em outros municípios,momento de celebração da Campanha, que é desenvolvida durantetodo o ano. O terceiro volume do livro Dia C, entre outras atividades, está sendo preparado pelo Sistema.

dIvUlGAçãO

Combo de folderes informa sobre serviços oferecidos

dIA C 2016 seminário dodia de Cooperar 2016 será em novembro

GiroESPECIAL / SISTEMA OCB/SESCOOP-GO

Fique por dentro de ações, campanhas e atividades realizadas pelo Sistema OCB/SESCOOP-GO

Explicações sobre os inúmeros serviços oferecidos pelo Sistema OCB/SESCOOP-GO podem ser obtidas nos folders produzidos pelo setor de Comunicação e que foram enviados para todas as cooperativas filiadas. O combo, com cinco folders, traz informações objetivas e simplificadas sobre as atividades e serviços oferecidos pelo Sistema, com abordagem de temas como representatividade política sindical da OCB-GO, o papel da formação, treinamento e promoção social desenvolvidos pelo SESCOOP-GO; serviços, detalhamento das contribuições pagas ao Sistema e sobre o Programa de Visitas.

Os folderes que foram enviados às cooperativas

trazem informaçõe sobre o Sistema OCB/SESCOOP-GO

e os serviços prestadospela entidade

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O Dia das Crianças promete ser mais alegre para meninos e meninas carentes de Goiás. O Sistema OCB/SESCOOP-GO lançou a campanha Cooperativa Amiga da Criança, que desde o dia 16 de agosto arrecada brinquedos para doação. O Sistema chamou as cooperativas goianas para mobilizar cooperados, colaboradores, familiares e comunidade para arrecadar brinquedos novos ou usados em bom estado de conservação. As doações serão entregues, pelas próprias cooperativas, para instituições que cuidam de crianças carentes. As ações também podem ser inscritas no Dia de Cooperar (Dia C). Para participar, basta que a cooperativa faça um cadastro no hotsite da campanha, onde também encontrará modelos de materiais de divulgação, disponíveis para download.

Em 2017, o Sistema OCB/SESCOOP-GO ganhará casa nova. A construção do prédio de nove andares e dois subsolos, totalizando 5,8 mil metros de área construída, que está sendo erguido ao lado da atual sede do Sistema, segue em ritmo acelerado.

COOPERATIvA AMIGA dA CRIAnçA

entidade lança campanha para arrecadar brinquedos

PRÉdIO dOCOOPERATIvISMO

Construção segue em ritmo acelerado

+ HotsiteAcesse o hotsite da campanha pelo

QR Code ou pelo endereço: goo.gl/NFCsda

A capanha “Doe Brinquedos” pode ser acessada a partir do portal Goiás Cooperativo

Obras do novo prédio do Sistema OCB/SESCOOP-GO

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32 | GOIÁS COOPERATIVO

em 60 anos, a OCB-GO foi fundada, cresceu e colaborou ativamente na construção da história do cooperativismo goiano. Ao seu lado, caminhou a contabilidade, que, enquanto ciência social, estuda e registra todos os fatos diretamente ligados ao patrimônio, aos bens, aos direitos e aos negócios da entidade.

A área cresceu e evoluiu junto com o setor contábil da entidade, que foi responsável pela organização e ampliação econômica da instituição, e junto às cooperativas, onde foi suporte, consultoria e apoio em todas as importantes ações.

A história da contabilidade tem, nestas seis últimas décadas, a contribuição efetiva e valorosa do cooperativismo. em 1971, foi instituída a lei 5.764 que regula as sociedades Cooperativas e define a política nacional de Cooperativismo, incluindo regime jurídico e questão contábil das cooperativas.

paralelo a isso, na década de 1970, a contabilidade no Brasil se destaca, assim como o nosso setor. É neste período que se institui a obrigatoriedade das companhias abertas terem suas demonstrações contábeis padronizadas quanto à sua estrutura e

auditadas por auditores independentes. já na década seguinte, é a vez da modernização.

A contabilidade manual dá um salto nos anos de 1980 com a chegada dos microcomputadores. O uso das máquinas junto com sistemas informatizados ocorreu em todas as empresas, assim como na entidade, melhorando as condições de trabalho e permitindo resultados ainda mais precisos e organizados.

É também neste período, em 1981, que entram em vigor as normas Brasileiras de Contabilidade, com a resolução CfC nº 529 e nº 530, além das atualizações da resolução CfC nº 750 de 1993. já no começo do milênio, em 2002, a resolução 920/2001, do Conselho federal de Contabilidade (CfC), aprovou a norma Brasileira de Contabilidade (nBC) t 10.8, voltada para entidades cooperativas, que se tornaram obrigatórias já na sua publicação. A norma estipula que a escrituração contábil é obrigatória, para qualquer tipo de cooperativa e rege sobre sobras, imposto de renda e todas as nuances financeiras e contábeis do cooperativismo.

A legislação e a contabilidade avançam para acompanhar o crescimento do setor.

PArAbÉnsCOOPERATIVAS

contábiLSAIBA MAIS

Parabéns às cooperativas goianas que celebram, nos meses de setembro e outubro, seu aniversário de fundação!

Contabilidade na base do crescimento cooperativo

SETEMBRO

02/9/2006 COPERPAN

04/9/2009 CTA

04/9/2003 SICREDI SUDOESTE GO

04/9/2012 CALDAS VANS

05/9/2013 COOTRANSGO

06/9/1998 COOPERAFI

10/9/2008 COMHAMP

10/9/1984 COCARI

10/9/1988 CEQ

10/9/2013 COTRANSNORTE

12/9/1971 COOPERAGRO

13/9/2001 COOPMEGO

16/9/2009 COOPERCAP

19/9/1994 COOTRANSP

22/9/2001 COOPER-LC

23/9/1993 UNIMED MINEIROS

23/9/2009 MULTCARE

25/10/2010 COOPROL

28/9/2001 COP SAÚDE

29/10/1994 COACER

30/9/2014 MYJOB

30/9/1991 CIP

OUTUBRO

04/10/1999 ALLCOTTON

05/10/1999 COMAI

08/10/2012 COOPERTRANSGO

14/10/1988 CEDEL

14/10/1974 COOPANEST-GO

17/10/1992 SICOOB PALMEIRAS

19/10/1974 COMPSGOL

20/10/2009 COOPERTRAGO TRANSPORTES GTBA

23/10/2007 COPACCARDIO-GO

26/10/2013 COOPERNAV

26/10/2003 COOPESTUR

30/10/2002 COOPERVALE

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GOIÁS COOPERATIVO | 33

JurÍdicoQUESTÕES FREQUENTES

evolução da legislação cooperativista no Brasil(primeira parte)

A segunda parte deste artigo será publicada na próxima edição

1 - ANTES DA CONSTITUIÇÃODA OCB-GO (OUTUBRO 1956)

1890 - decreto 796, de 02 de outubro de 1890esse decreto criou a primeira Cooperativa no Brasil. foi por meio deste decreto que foi concedida autorização ao Capitão tenente Carlos vidal de Oliveira freitas e outros para organizarem uma sociedade anônima sob a denominação de sociedade Cooperativa militar do Brasil.

1981 – constituição de 24 de fevereiro de 1891, art. 72

este artigo estabelece em seu inciso 8o. que a todos é lícito associarem-se e reunirem-se livremente e sem armas, não podendo intervir a polícia senão para manter a ordem pública.

1903 - decreto 979, de 06 de janeiro de 1903por meio do artigo 10, este decreto estabeleceu que a função dos sindicatos nos casos de organização de caixas rurais de crédito agrícola e de cooperativa de produção ou de consumo, de sociedade de seguros, assistência, etc., não implica responsabilidade direta dos mesmos nas transações, nem os bens nela empregados ficam sujeitos ao disposto no nº 8, sendo a liquidação de tais organizações regida pela lei comum das sociedades civis.

1907 - decreto 1.637, de 05 de janeiro de 1907este decreto estabeleceu nos artigos 10 a 25, o tipo societário das sociedades cooperativas, a forma de constituição, as exigências mínimas a constarem nos atos constitutivos, as condições para os atos omissivos nos atos constitutivos, as formalidades legais, formas de escrituração, procedimentos quanto a admissão, demissão e eliminação, a prestação de contas, a formação de centrais, entre outras questões inerentes ao funcionamento das cooperativas.

1932 - decreto 22.239, de 19 de dezembro de 1932

reformou algumas disposições do decreto 1.637, de 5 de janeiro de 1907, na parte referente às sociedades cooperativas, inclusive bastante significativas.

1938 - decreto 926, de 05 de dezembro de 1938dispõe sobre a constituição, funcionamento e fiscalização das sociedades cooperativas de seguros, decretando que somente os seguros agrícolas, inclusive de indústrias rurais, e os de acidentes do trabalho poderão ser objeto de operações de sociedades cooperativas.

1939 - decreto 1.836, de 05 de dezembro de 1939

permitiu a admissão de pessoas jurídicas nas Cooperativas de indústrias extrativas.

1941 - decreto 6.980, de 19 de março de 1941regulamentou a fiscalização das sociedades Cooperativas, estabelecendo como órgão fiscalizador os ministérios da Agricultura, da fazenda e do trabalho, indústria e Comércio, de acordo com a natureza de cada sociedade Cooperativa.

1942 - decreto 5.154, de 31 de dezembro de 1942

este decreto dispôs sobre a intervenção nas sociedades cooperativas.

1943 - decreto 5.893, de 19 de outubro de 1943dispôs de forma bastante ampla e clara sobre a organização, o funcionamento e a fiscalização das cooperativas.

1944 - decreto 6.274, de 14 de fevereiro de 1944este decreto alterou disposições do decreto 5.893 de 1943.

ALVido becker | Assessor Jurídico da OCB-GO

Confira os principais decretos que regulamentaram, ao longo dos anos, o funcionamento das cooperativas

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jabuticabajabuticaba

receitAsGOIANAS

Licor de Geleia de

Os litros das escuras e deliciosas jabuticabas são vendidos nas feiras, nas esquinas e na estrada. Goiás é terreno fértil da fruta preferida da personagem do escritor Monteiro Lobato, Narizinho. Brilhantes e deliciosas, elas são a fruta da estação, mas dá para sentir o gostinho adocicado e azedo bem depois que a primavera acabar. Basta investir nestas receitas deliciosas.

TEMPO DE JABUTICABA

inGredientes1 kg de jabuticaba madura1 litro de cachaça de boa qualidade1 kg de açúcar2 xícaras (chá) de água

inGredientes1 kg de jabuticabas frescas300 g de açúcar cristal

Modo de PrePAroLave bem as jabuticabas, retire os cabos e seque. Coloque-as em uma vasilha grande e soque com um pilão até todas ficarem abertas e formarem um suco. Misture com a pinga e coloque em um garrafão ou garrafa com tampa. Mantenha em local escuro e arejado por 10 dias para tomar gosto. Coe a pinga e reserve.Em uma panela, dissolva o açúcar na água e leve ao fogo médio até formar uma calda grossa. Adoce a pinga com a calda e coloque em garrafas. Sirva gelado ou em temperatura ambiente.

Modo de PrePAroLave as jabuticabas e retire os cabos. Coloque-as numa panela com água até cobri-las. Leve ao fogo baixo até começar a ferver e as jabuticabas ficarem macias.Com uma colher de pau, esprema as jabuticabas no canto da panela para estourá-las. Retire do fogo e passe numa peneira grossa para separar as cascas do caldo.Retorne o caldo para a panela e adicione o açúcar. Leve para ferver em fogo baixo. Quando começar a engrossar, ela já está no ponto. O ponto é quando o pingo fica um pouco espesso.

Rendimento: 2,5 litrosDificuldade: fácilTempo de preparo: 30 minutos mais

OBS.: Deixar descansar por 10 dias antes de servir.

Rendimento: 500 gramas de geleiaDificuldade: fácilTempo de preparo: 40 minutos

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GOIÁS COOPERATIVO | 35

A HerMenêuticA dos direitos fundAMentAis nAs reLAÇões cooPerAtiVo-coMunitáriAsAutor: Mário De Conto

Local de publicação: Porto Alegre

editora: SESCOOP/RS

Ano: 2015,

nº de páginas: 255

O livro busca diferenciar as relações estabelecidas no âmbito das sociedades cooperativas das demais relações privadas, de natureza conflituosa. Nesse sentido, busca-se apresentar a noção de relações cooperativo-comunitárias, para o esclarecimento do fenômeno na contemporaneidade, no sentido de estabelecer as bases para a eficácia dos direitos fundamentais.

cooPerAtiVisMo: ideiAs e PosiÇõesAutor: Marcos Antônio Zordan

Local de publicação: Chapecó

editora: ARCUS Indústria Gráfica

Ano: 2016

n. de páginas: 221

O autor defende, em seus artigos, o desenvolvimento sustentável do país a partir de modelos diferenciados como o cooperativismo. Apresenta, a partir de sua vivência como líder cooperativista, ideias e posições sobre temas da atualidade, ligados diretamente ao cooperativismo ou sobre os cenários, econômico, político e cultural.

estrAtÉGiAs de GestÃo APLicAdAs às cooPerAtiVAsAutora: Sandra Regina Toledo dos

Santos (Organizadora)

Local de publicação: Porto Alegre

editora: SESCOOP/RS

Ano: 2015

n. de páginas: 190

O livro tem como objetivo evidenciar as estratégias de gestão aplicadas às cooperativa, por meio de estudos práticos para a contextualização da temática, disseminando as realidades locais e possibilitando a melhor adequação dos procedimentos internos. Contempla diversos estudos elaborados no âmbito das cooperativas vinculadas ao sistema de crédito, agropecuárias e de produção.

LeiturAESPECIALIZADA

‘‘

‘‘As cooperativas têm um papel importante na sociedade, porque, além de existirem para gerar benefícios para seus associados, também passam a ter estreitos vínculos com a comunidade local ou regional, tendo a responsabilidade de trabalhar constantemente em prol delas Pires e sAntos (2015, p 19)*Citação retirada o livro “Estratégias de gestão aplicadas às cooperativas: volume II”

errAtAPor problemas técnicos, a capa do livro “Agro:Conjuntura e Cooperativismo”

saiu com a capa errada. A foto publicada é da publicação “Censo Goian do Cooperativismo 2016 “

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36 | GOIÁS COOPERATIVO

No Centro da antiga capital de Goiás, prédio abrigou a Casa de Câmara e Cadeia

Museu das Bandeiras: | ProJeto goianidade

A 128 quilômetros de Goiânia, a Cidade de Goiás guarda em sua estrutura mais do que sua pequena população de mais de 24 mil habitantes, mas também boa parte da história do estado, do qual foi capital por mais de

190 anos. É no alto da praça do Chafariz, no Centro da cidade, que está localizado o museu das Bandeiras, um destes recantos históricos da antiga capital goiana.

A edificação de 1766 foi erguida por escravos e abrigava a Casa de Câmara e Cadeia. foi construída durante o reinado de dom josé e a administração do governador goiano joão manoel de melo. O prédio se manteve em funcionamento como presídio até o ano de 1950. suas atividades foram se reduzindo gradativamente.

O local é considerado um dos melhores exemplos de arquitetura oficial portuguesa e, segundo o instituto

imponência e história no berço do estado

do patrimônio Histórico e Artístico nacional (iphan), é o mais importante neste estilo para todo o Centro-Oeste. O projeto da Coroa portuguesa até hoje está no Arquivo nacional ultramarino de lisboa.

A parte superior do edifício é formada por salões que atendiam as necessidades administrativas e judiciárias da então vila Boa de Goiás. já na parte inferior, funcionava a cadeia, com duas masmorras, celas individuais e a casa de armas.

As paredes externas e internas são de taipa de pilão, entremeadas com pedras para dar segurança necessária à função de cadeia local. nas masmorras, forradas de vigas de madeira, as paredes têm 80 cm de espessura. O prédio foi doado na década de 1950 ao patrimônio Histórico que o transformou em museu.

Visite!Endereço: Praça Brasil

Caiado, s/n, Setor CentralTerça a sexta-feira, 9h às 12h e

13 às 17 horas; aos sábados das 13h às 17 horas; domingos

e feriados das 9h às 13 horas.

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HistóriANo ano de 1937, quando a capital mudou para Goiânia, o imóvel deixou de abrigar a Casa de Câmara. Mas até a década de 1950, a cadeia ainda era usada de forma parcial. Com as funções suprimidas, o prédio passa por modificações e é transformado no Museu das Bandeiras. O acesso à cadeia, por exemplo, foi modificado para facilitar a entrada dos visitantes. Foram adicionadas também novas portas e construídas dependências para os serviços de apoio e sanitários para os visitantes. Os espaços, que antes abrigavam o centro do poder goiano, hoje guardam instrumentos usados no garimpo, peças de porcelana portuguesa, a Cruz do Anhanguera original, a funerária dos índios, os instrumentos de tortura (usados para torturar prisioneiros) e documentos importantes sobre a cidade de Goiás. Peças de mobiliário e utensílios dos séculos XVIII e XIX também dividem a atenção com painéis que resumem a história da exploração dos Bandeirantes.

No Museu das Bandeiras (foto ao lado), a Cruz do

Anhanguera está exporta para visitação (foto maior), assim como a arte sacra de

relicários, ferramentas pré-históricas e mobiliário do

período cololinal (fotos abaixo)

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38 | GOIÁS COOPERATIVO

O cooperativismo é uma filosofia agregadora, inovado-ra e inspiradora. fazer parte desse segmento significa atuar pensando no desenvolvimento individual e coletivo ao mes-mo tempo. por meio da união de pessoas com um mesmo objetivo é possível alcançar resultados melhores e construir, dia a dia, um futuro melhor.

essa é a nossa essência e, por isso, os empreendimentos co-operativos vêm sendo consolidados mundo afora ano após ano, com ampliação do número de pessoas a eles vinculados e forta-lecimento do relacionamento diferenciado que mantêm com as comunidades nas quais estão inseridos.

tudo isso é motivo de muito orgulho. As cooperativas se tornaram referência ao longo dos anos não apenas por realizarem negócios de maneira eficiente e com qualidade, mas também e principalmente por ressaltar, diuturnamente em todas as suas atividades, que não é possível alcançar o sucesso sem valorizar todo o seu entorno.

quando a cooperação se torna um estilo de vida, tudo faz mais sentido. As relações empresariais e pessoais fluem melhor e os resultados aparecem com mais facilidade.

temos sempre que demonstrar o diferencial do cooperativismo e seu modelo diferenciado de fazer negó-cios. somos cooperativistas orgulhosos. somos diferentes. somos movidos pelo sentimento de transformação.

Acreditamos que juntos somos mais fortes e que podemos fazer a diferença para um futuro mais justo, equilibrado e feliz para todos. nossa inspiração vem das mais de 12 milhões de pessoas no Brasil e dos quase um bilhão em todo mundo que têm a convicção de que a cooperação é, realmente, o caminho para a democracia e a paz.

O cooperativismo não é apenas um modelo de negócios que impulsiona o desenvolvimento equitativo. É também e, principalmente, uma filosofia de vida transformadora.

Cooperativas sempre foram e sempre serão empresas constituídas por pessoas e para pessoas. essa é fórmula do sucesso. Afinal, quando a gente coopera, todos ganham. A valorização dos serviços e produtos de co-operativas engrandece o país, seja no âmbito local, regional ou nacional. no sistema em que o cooperado é dono de seu próprio negócio, o resultado é um só: benefícios para todos e pessoas mais felizes.

muitas fases já foram superadas pelo segmento, que cresceu e ganhou credibilidade por todo o mundo em função de sua essência sustentável. não há como negar. O cooperativismo é o futuro. É o caminho para a democracia e a paz. por isso, agrega tantas pessoas e se multiplica cotidianamente. É a tendência natural para que possamos alcançar um mundo mais justo e tranquilo, com negócios eficientes que proporcionam a felicidade permanente das sociedades.

parabéns ao sistema OCB-GO que há 60 anos defende, representa e acompanha as cooperativas no esta-do. A trajetória dessa unidade reflete o tema deste artigo. uma entidade séria e que contribui cotidianamente para o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro. Aos precursores, dirigentes e toda equipe, nossos cumpri-mentos e votos de ainda mais conquistas e realizações nas próximas décadas.

ser e fazer diferente

RONALDO SCUCATOPresidente do Sistema Ocemg

Cooperativas sempre foram e sempre serão empresas constituídas por pessoas e para pessoas. Essa é fórmula do sucesso. Afinal, quando a gente coopera, todos ganham. A valorização dos serviços e produtos de cooperativas engrandece o país”.

PensArE COOPERAR

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Os próximos 60 anos começam agora. Será preciso muito trabalho e dedicação para manter a curva ascendente do cooperativismo. Ao longo dos 60 anos de funcionamento da OCB-GO, foram diversas crises, todas superadas. E mais: de cada tormenta, a entidade emergia mais forte, mais robusta, pois são nos momentos de dificuldades que aparecem as oportunidades. Aconteça o que acontecer nos próximos 60 anos, se o sistema OCB/SESCOOP-GO se mantiver unido e prestando serviços de qualidade, como acontece hoje, o cooperativismo não deixará de crescer e se desenvolver. Somos como os pinheiros, símbolo do cooperativismo: crescemos em terras áridas e multiplicamos com facilidade, sempre coesos.