Regina Salete Amarante Manzochi ODONTOLOGIA...

48
Regina Salete Amarante Manzochi ODONTOLOGIA HUMANIZADA: A ARTE DE CUIDAR EM SAUDE BUCAL Monografia apresentada aD curso de Especializal):<3oem Protese Dentaria da Faculdade de Odontologia da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito para obteny<3o do Titulo de Especialista. Orientadora: Profa. Ora. Beatriz Helena Sottile Franca. Curitiba 2005

Transcript of Regina Salete Amarante Manzochi ODONTOLOGIA...

Regina Salete Amarante Manzochi

ODONTOLOGIA HUMANIZADA:

A ARTE DE CUIDAR EM SAUDE BUCAL

Monografia apresentada aD curso deEspecializal):<3oem Protese Dentaria da Faculdadede Odontologia da Universidade Tuiuti do Parana,como requisito para obteny<3o do Titulo deEspecialista.

Orientadora: Profa. Ora. Beatriz Helena Sottile

Franca.

Curitiba

2005

TERMO DE APROVACAo

Regina Salete Amarante Manzochi

ODONTOLOGIA HUMANIZADA:

A ARTE DE CUIDAR EM SAUDE BUCAL

Essa monografia fai julgada e aprovada para obtenyao do titulo de Especialista em

Protese Dental no Programa de Especializayao da Universidade Tuiuti do Parana.

Curitiba, 09 de maio de 2005.

{LUl \~~~~JProf. Dr. Marcos Andre Kalab i ~ Vaz

Pr6tese Dentaria 1Universidade Tuiuti do Parafla

Orientadora: Profa. Dra. Beatriz Helena Sottile Fran,aUniversidade Tuiuti do Parana

Prof. Dr. Eduardo CarrilhoUniversidade Tuiuti do Parana

Profa. Therezinha PastreUniversidade Tuiuti do Parana

DEDICATORIA

A todas as pessoas que sentiram der, meda, tristeza e tensao em consequencia de

urn tratamento odontologico. Que a busca par urn tratamento mais humane dissipe

esses sofrimentos e possa mudar a historia da odontologia, ecoando mais beneficios

e saude a humanidade.

AGRADECIMENTOS

Ao Pai eterno que em todos as momentos se faz presente pela fe e confian<;:a que

depositamos n'Ele, obrigada pela vida, essa fante de infinitos caminhos e

possibilidades ..

Ao meu marido Carlos Eduardo com quem aprendi que somente para 0 verdadeiro

amor naG ha limites.

A Raisa, nossa linda filha que nasceu durante 0 curso, agradec;o par nos mostrar

que unidos somas muito mais fortes do que acreditavamos ser.

Aos me us pais Nilva e IVD, modelos de fidelidade, amor, honradez e for~a. Agrade'to

pelo profunda incentivo e exemplo de como ser humano.

Aos meus 50gr05, Maria e Dante, par estarem presentes nos principais momentos,

agradeyo pelo incentivo e apoio.

A ProIa. Beatriz Helena Sottile Fran,a, pelo exemplo de Ie e ternura, caracteristicas

de urn verdadeiro mestre.

A Profa. Therezinha Pastre, pelo interesse, carinho e amizade.

A ProIa. Dra. Glaucy de Moura pela revisao gramatical deste trabalho, obrigada pela

prontidao e conhecimentos ofertados.

Ao Prof. Dr. Deoclecio Antonio Scherer agrade~o pelo incentivo e revisao do

conteudo deste trabalho.

Ao Prof. Dr. Orlando Motahiro Tanaka, profunda incentivador da forma~ao

profissianal alicer~ada na Arte e Ciencia.

Aos mestres, com respeito e carinho, agrade~o pelos valiosos conhecimentos

desprendidos.

Nao deveriamos brincar de Deus antes de

aprendermos a ser homens, po is quando

aprendermos a ser homens nao desejaremos

brinear de Deus. (Paul Ramsey)

SUMARIO

1-INTRODU9AO 92- REVISAO DE LlTERATURA 112.1 CONCEITOS DE SAUDE E QUALIDADE DE VIDA. . . 112.2 ESTRESSE E DOR.. . 212.3 TERAPIAS COMPLEMENTARES 272.3.1 RESPIRA<;:iio E RELAXAMENTO . 272.3.2 FLORAIS DE BACH .. . 302.3.3 BIOFEEDBACK.. . 342.3.4 HIPNOSE . 393- DISCUSSAO 424- CONCLUSAO 445- GLOSSARIO 45REFERENCIAS 46

RESUMO

o trauma milenar de dar e sofrimento relatados na hist6ria da Odontologia, crioumites que S8 estendem ate os dias de hoje. Muitos pacientes chegam ao consult6rioangustiados, ansiosos e com medo do tratamento que, para eles, teraD de enfrentar.Humanizar a Odontologia sugere cuidar do paciente como urn todo, seu bern-estarfisico, psiquico e emocional. Aceita-Io com tad a sua hist6ria de vida e experienciasanteriores, parece ser a come90 para tarnar 0 tratamento uma experiemcia agradavelque possa contribuir, no decorrer das consultas, para melhorar a salide e qualidadede vida do paciente. As emo(f6es exercem influencia direta nas reaQoes fisiol6gicas,o que sugere ser importante para 0 cirurgiao-dentista ampliar seus conhecimentos,ate entao com enfoque excessivamente dentario. Complementa-Io com terapias quereduzam ou tratem 0 sofrimento fisico e emocional do paciente, poderia resultar emum tratamento completo harmonioso e de sucesso. Entre as terapiascomplementares a serem aplicadas esta.o: hipnose, flora is de Bach, biofeedback,tecnicas de respirag80 e relaxamento apresentadas neste trabalho. Convemsalientar, que as terapias complementares em nada substituem a responsabilidadedo profissional de realizar seu trabalho com etica, conhecimento e respeito aopaciente, mas uma forma de humanizar a Odontologia.

Palavras-chave: odontologia humanizada; saude bucal; qualidade de vida; terapias

complementares

ABSTRACT

The ancient trauma of pain and suffering reported in the history of Dentistrythroughout the millennia has created myths that survive the test of time. Manypatients arrive at clinics anxious and fearful of the coming treatment; hence, tohumanize Dentistry means taking care of a patient as a whole, i.e. his physical,psychic and emotional well-being. Accepting a patient with his past history andprevious experiences seems to be a starting point in turning treatment into a pleasantexperience that can help improve a patient's health and quality of life throughout hisappointments. It seems that emotions exert a direct influence on physiologicalreactions deemed important for a surgeon-dentist to increase and complement hisknowledge with therapies that can reduce or treat his patient's physical andemotional suffering; thus resulting in a wholesome, harmonious, successfultreatment. Among these therapies are hypnosis, Bach flowers remedies,biofeedback, breathing techniques and relaxation. These additional techniques by nomeans substitute for the professional's responsibility of accomplishing his work withethics, knowledge and respect for the patient, but are a way of humanizing Dentistrynonetheless.

Key words: humanized Dentistry; oral health; quality of life; additional therapies

1-INTRODU~AO

Humanizar supoe-se constituir uma visao de mundo que enfoque 0 respeito

e 0 aperfeiyoamento do individuo e da coletividade, que defenda a exceh§ncia na

educayc3o, saude e bem-estar social· . Humanizar a odontologia sugere cuidar do

paciente como urn todo, seu bem-estar fisico, psiquico e social, tarnar 0 tratamento

uma experiencia agradilVel que contribua, no decorrer das consultas, para melhorar

a salide bucal e qualidade de vida do paciente. Sup6e-se que a tratamento

odontol6gico humanizado desenvolva uma simbiose com tratamentos

complementares, e passe a ser uma experiencia agradavel e desejada pelos

pacientes que retornam com rnais freqUencia as consultas. Com atitudes

complementares aD tratamento convencional, 0 profissional teria consultas

personalizadas de acordo com as necessidades de cada paciente,

conseqUentemente mais tempo e interesse desse paciente para orienta-Io, educa-Io,

e praticar uma odontologia mais preventiva, baseada nao em doen9a, mas em

saude,

o atendimento odontol6gico humanizado quando associ ado a tecnicas

complementares, em nada substitui a responsabilidade do profissional de realizar

uma odontologia com arte e cielncia. Complementar sugere adicionar ao tratamento

convencional tecnicas que: preparem 0 paciente para receber 0 tratamento

odontologico, como no caso de medo ou panico do cirurgiao-dentista, minimizem a

dor, como por exemplo, em casas cr6nicos em que os remedios parecem nao ser

suficientes: pacientes estressados, traumatizados e descrentes por experiencias de

tratamentos, relatadas por eles, sem sucesso .. Promover 0 bem-estar do paciente,

••Conceilo de Humanizar relirado de Scherer, D.A. Agape 0 Amor Verdade. Curitiba, 2004.

10

pade significar para 0 profissional, executar seu trabalho com maior tranqOilidade,

menor estresse, aumentar sua qualidade de tratamento durante todo 0 dia de

trabalho, bern como seu grau de satisfaC;8Io profissional. Paciente e profissional

tranqOilos e confiantes, supoe-se que resultaria em tratamentos com maior indice de

sucesso, uma vez que 0 paciente estaria mais receptiv~ e 0 profissional em

condic;6es favoraveis para aplicar seus conhecimentos. Convem reafirmar que 0

profissional assim como esta qualificado para exercer a odontologia, tambem precisa

estar apta a praticar as terapias complementares, por meio de uma forma9<30

comprometida em exercer seu trabalho com elica, born sensa, conhecimento e

respeito ao paciente.

Este estudo tern 0 escopo de realizar uma reflexao que desvele elementos

para efetivamente acompanharmos as necessidades de nossos pacientes e

cumprirmos 0 juramento feito no solene momenta de nossas formaturas: "Prometo a

Deus que me concedeu talento a ser cultivado (... ) cumprir com honradez, lealdade e

desvelo os deveres inerentes a profissao de cirurgiao-dentista, adotando os

progressos da ciencia e da tecnologia, respeitanda os imperativos da lei e os

preceitos da moral ( ... ) prevenir doenyas, aplacar a dar, restaurar a estetica, e

contribuir para a bem-estar de meus semelhantes, concorrendo, assim para 0

engrandecimento da Odontologia." *

Nada mais do que isso e 0 nosso objetivo, mas tambem nada menos.

Por se tratar de urn tema pouco explorado, buscou-se levantar bibliografia

sobre: Odontologia humanizada e terapias complementares, a fim de ampliar as

conhecimentos sobre 0 tema .

.•.Juramento do cirurgiao-dentista.

"

2- REVISAo DE LlTERATURA

2.1 CONCEITOS DE SAUDE E QUALIDADE DE VIDA

o presidente da Uniao Francesa para a Saude Bucodental (Centro

colaborador da Organiza,ao Mundial de Saude) PATRICK HESCOT (2003, p.14),,,0,'l) exibe uma nova visao da Odontologia que esta sendo lapidada, na qual 0

profissional tern par objetivo colocar 0 aspecto pessoal do paciente no centro de seu

approach, no que e chamado de Odontologia Humanizada. A realidade alual para

Hescat, esta calcada na boa tecnica do profissional enos entraves causados par

problemas econ6micos enfrentados em todos os parses. Hoje, a Odontologia busca

solU/;6es dos problemas, mas no futuro sera preciso preveni-Ios e analisar as riseas,

que ele divide em tres tipos: risco da saude, risco do meio ambiente e risco

comportamental au pessoal. Hoje a odontologia tern so\w;6es 56 para 0 risco da

saude, 0 futuro sera somar soluc;:oes tambem para os riscos do meio ambiente e

comportamentai. Ressalta que a Odontologia e uma ciencia de saude que influi na

vida cultural das pessoas, principalmente no que se refere a estetica e cosmetica.

Complementa dizendo: "assim como os medicos trabalham para alongar a vida,

precisamos alongar a saude oral do individuo e, para isso sera preciso trabalhar com

as medicos, buscar urn enfoque de ligac;:ao da boca com a corpo, do aspecto global

do ser humane dentro de urn approach socioI6gico." 0 dentista parece ser

responsavel nao s6 pela vida dental mas tambem pela vida social do individuo. (id.

ib.).

12

~

De acordo com TOMMASO (2003, p.19), para a OMS (Organiza,ao Mundial~y

0_ e Saude), quatro requisitos definem qualidade de vida: capacidade de trabalho,

ndependencia, relacionamento familiar e social adequados e vida prazerosa.

TOMMASO (id. lb.), definiu qualidade de vida como um "bem-estar fisico,

t psiquico e social que permitam lutar por n05505 objetivos na bU5ca da felicidade".

J Ressaltou que as emo90es podem ser 0 tempera e a base dos componentes da

qualidade de vida, au 0 oposto, dependendo do equilibria emocional, maturidade e

autoconhecimento em utilizarmos as nassas emoc;oes ao nossa favor e naD contra.

Enfatizou a importancia do equilibrio emocional para se obter realizac;ao pessoa1.

Para BEZERRA (2003, p.10): "precisamos de profissionais com uma visao

I holistica da odontologia e nao apenas mercadologica."

A saude, segundo a Organizac;ao Mundia1 de Saude e urn estado de

.,. ') 1 completo bem-estar fisico, mental e social e nao meramente a ausencia de doencyas

\3u enfermidades (apud TOMMASO, 2003).

VENANCIO e/ a/. (1991, p.99) citaram a conceilo de Edward Bach sabre

saude como: "nossa herancya, nosso direito. E a completa e total uniao entre alma,

mente e corpo e nao e um ideal longinquo a ser alcancyado, mas um objetivo tao

~il e natural, que muitos de nos negligenciam.n

CAPRA (1982, p.127) escreveu que "a saude tem muitas dimens6es, todas

decorrentes da complexa interal(aO entre as aspectos fisicos, psicol6gicos e socia is

da natureza humana." Ela reflete, segundo ele, tad a a sistema social e cultural.

portanto, nao pode ser representada par um unico parametro como a duracyao media

da vida, par exemplo. Para se obter um quadro mais fidedigno, temos de "transferir

nossa aten,ao da quantidade para a qualidade", explica. CAPRA (id. p.309)

comentou que na medicina chinesa, 0 diagnostico nao classifica 0 paciente como

13

portador de uma doenya especifica, mas que registra 0 estado total da mente e do

corpo do individuo e sua relaC;:03ocom a meio ambiente natural e social. Afirma ainda,

(id. p.315) que "a saude e urn fen6meno multidimensional, que envolve aspectos

ffsicos, psicol6gicos e socials, todos interdependentes"

Os conceitos de promoC;:03o de saude e comportamento estao sendo revistos.

BIANCALANA E DUARTE (2003, p.12), do Departamento de Preven~ao e

Promo~ao de Saude da Associa~ao Paulista de Cirurgi6es-Dentistas (A PC D)

noticiaram que para uma comunidade e/au individuo deter 0 status de bem-estar

fisico, mental e social completo, e necessaria que S8 capacite na identificagao e

realizac;:ao de suas aspiragoes, satisfaga suas necessidades basicas, mude 0

ambiente em que vive e colabore com ele. Complementam (id. /b) com uma nova

visao de que: "a saude distancia-se de ser objetivo de vida, e aproxima-se do

conceito de que e urn recurso para 0 dia-a-dia", ou seja, estaremos produzindo

saude, cuidando de nos mesmos e do ambiente em que vivemos. Transpondo esse

conceito para a saude bucal citam Pekka J. Kallio, em artigo no peri6dico

Periodontology 2000, que numerou cinco estagios para compreender a mudan9a

comportamental nos individuos:

1" a pre-contempla9ao: individuos que nao pensam em mudar 0comportamento, nem tem conhecimento de algum problemade saude. Sao os individuos que buscam tratamentos emsitua<;bes de emergencia. 2° a contempla<,;:ao: individuos quetem informa9ao do problema mas nao estao preparados paramudar seu comportamento. 3° a fase da prepara<;ao ja mostrao individuo prestes a dar seus primeiros passos para mudar decomportamento. 0 4° estagio e 0 da a9aO, momenta no qual 0individuo muda definitivamente seu comportamento. 0 5°estagio, e talvez mais importante, e 0 da manuten<,;:ao, em queo individuo se integra ao novo comportamento e busca refor90para evitar a retomada do comportamento anterior. A mudanyagradativa do comportamento individual, monitorada e motivadapelo profissional, e uma excelente forma de promover saudeem sua plenitude. (apud BIANCALANA E DUARTE, 2003)

14

Para GON<;ALVES (2003) a humaniza,ao da Odontologia e 0 "ponto chave

para proporcionar aDs pacientes e profissionais urn tratamento menos traumatico."

Explica que nao devemos ver a boca do paciente apenas como local de trabalho do

Cirurgiao-Dentista, mas compreencter 0 paciente com grandeza para entendermos

melhor a Odontologia. Finaliza dizendo que a profissao deve ser urn espelho de nos

mesmas, refletindo aquila que realmente somas.

Para TULKU (2001" pAO) "nosso modo de trabalhar representa a nossa

consciencia - e a maneira pela qual manifestamos nossa ser interior", Ensina (id.

p.43) que quando nos sentirmos tensos no trabalho, devemos parar par dez a quinze

minutos, respirar lenta e calmamente, relaxar 0 corp a antes de retornar aD

atendimento. Enlatiza (id. pA4) que 0 "relaxamento traz vitalidade e alegria a cada

uma de nossas 390e5, estimulando nossa inteligfmcia e energizando todo a nosso

carpo"

BONILHA FILHO (2003) em sua col una Especialidades do Jomal da

Associagao Paulista de Cirurgioes-Dentistas, escreveu que: "e muito importante

investir em si mesmo, nao s6 fazendo cursos e atualizagoes, mas tambem na saude

fisica e mental, fundamentais para uma boa qualidade de vida e para a realizagao

profissional" Comentou que a questao a se pensar e "como fazer melhor?" e nao

exatamente "como fazer mais?", pais pequenas mudangas podem fazer muita

dileren,a numa prolissao leita de tantos detalhes. BONILHA FILHO (id.ib) explicou

que deixar de lad a procedimentos para economizar tempo a fim de atender mais,

pode ser uma solugao e um problema ao mesmo tempo, pais uma agao mal

realizada costuma atrapalhar agoes posteriores, comprometendo a qualidade do

tratamento.

15

DUARTE (2002, pAO) comentou que quando orientamos um paciente a

higienizar a cavidade bucal estamos proporcionando a ele urn autocuidado que

redunda em produv8o e consume de saude bucal. No entanto, esse cuidado nao

deve estar restrito a cavidade bucal, mas tambem deve ser orientado aD autocuidado

com todD 0 corpo. DUARTE (id.ib) enfatizou que associar a necessidade de uma

higiene corp6rea diaria a higiene bucal e uma forma de mostrar aD individuo que 0

autocuidado geral transforma-se em saude. 0 paciente, aD entender, passaria a

acreditar que existe uma serie de atituctes simples que sao beneficas, e que

reduzem a possibilidade dele tornar-S8 doente. Para tal objetivo faz-s8 necessaria 0

profissional deter 0 conhecimento cientifico, externa-Io para provocar no paciente e

na coletividade mudanc;as de comportamento (id. ib.).

FORNIOL FILHO (2004, p.20) comentou que a visao holistica (do grego

Holikos = inteira, completo) percebe 0 individuo integralmente, sem a preocupac;ao

de estuda-Io em partes. Dentra da visao holistica existem terapias que buscam tratar

deste universe indivisivel. 0 objetivo principal da terapia holistica e resgatar a

saude, considerando multifatorial a causa das doenc;as.

JONAS E LEVIN (2001, p.02) escreveram que 0 aumento de interesse pelas

terapias holisticas, tambem chamadas de complementares e alternativas, reflete nao

s6 as alterac;oes no comportamento, mas tambem alterac;oes nas necessidades e

valores da sociedade.

o neurologista DAMAslO (2004, p.168-169) afirmou que todas as emo,6es

originam sentimentos, mas nem todos os sentimentos pravem de emoc;oes. "A

emoc;ao e uma combinac;ao de um processo avaliat6rio mental, com respostas a

esse processo, em sua maioria direcionadas ao corpo propriamente dito e ao

cerebra, resultando alterac;oes mentais adicionais". Para a percepc;ao dessas

16

mudanl;as, que constituem a resposta emocional, reservou 0 termo sentimento.

OAMAslO questionou a afirmativa de Descartes "penso, logo existo", a frase

sugere que pensar e ter consciemcia do pensar definem 0 ser humano. 0 ata de

pensar era concebido como uma atividade separada do carpo, a que estabelecia urn

abismo entre mente e corpo. Para a neurologista que estudou a cerebra de

pacientes afetados par danos cerebra is, os sentimentos e emo96es consistem em

urn elo essencial entre corpo e a conscie!ncia, au seja, somente uma pessoa incapaz

de sentir e que poderia ter 0 conhecimento puramente racional de alguma caisa,

mas seria incapaz de tamar decis6es com base na racionalidade. Provou que ate

mesmo para termos atitudes racionais precisamos da emoy80: (I'd. p.12) "a razao

pode nao ser tao pura quanta a maiaria de n6s pensa que e au desejaria que fosse,

e que as emayoes e os sentimentos podem nao ser de tad a uns intrusos no bastiao

da razao". Retocou a afirmativa de Descartes e escreveu: "Exista e sinto, logo

penso"

RATEY (2001, p.42) relatou que 0 meio ambiente que nos cerca, 0 que

ingerimos e inalamas, a montante e a tipa de luz e som, altera a interligay80 f[sica

das sinapses no cerebra, permitindo que cada um de nos desenvolva um cerebra

exclusivo ajustado as nossas necessidades particulares. Relatou que (id. p.254) a

palavra emoy8a deriva do latim movere - mover, par em movimento, e este ocorre

de dentro para fora, um modo de comunicar as nossos estados e necessidades

internos mais importantes. Afirmou que (id. p.255) todo 0 comportamento exterior

que resulta da emoC;8o e composto de movimento como: batimentos cardiacos rna is

rapidos, urn sorriso, uma mudanya de postura ... A emOC;ao do medo causa atividade

neuronica, quimica e hormonal, as vias motoras voluntarias iniciam movimentos

externos para lutar e lugir. RATEY (id. p.255-256) concluiu que ha muito mais

17

li9a908S do centro limbico emocional para os centros corticais racionais e logicos do

que 0 contriuio, a que pade provar par que as emol):oes sao muito rna is dominantes

na determinaC;3o do comportamento e per que as vezes reagimos au falamos antes

de pensar.

SCHREIBER (2004, p.23) afirmau que sem ema,oes naa ha vida e que a

termo "inteligencia emocional" e definido como 0 equilibria entre emoC;3o e raz30.

Pesquisadares das Universidades de Yale e New Hampshire afirmaram (id. p.24)

que a inteligemc;a emocional, rnais que qualquer Dutra e a que explica 0 sucesso na

vida; e ela tern pOUCD a ver com 0 qUQciente de inteligemcia (QI). Definiram quatro

habilidades essenciais para medir 0 "quociente emocional": 1. A capacidade de

identificar nassa estada emacianal e ados autras. 2. A habilidade de cap tar a cursa

natural das emol):oes. 3. A habilidade de pensar sobre nossas proprias emoc;oes e a

dos Qutros. 4. A habilidade de controlar nossas emoc;6es e ados outros.

SCHREIBER (id. p.30 ) comentau tambem que temas dais cerebras: um cagnitiva e

outro limbico, este ultimo alem de controlar as emoc;6es, controla a fisiologia do

carpo. Quando os dois cerebros nao se dao bern, forma urn curto-circuito emocional

como par exemplo: as desordens par stress p6s-traumatico e ataques de ansiedade

ou sindrome do panico. Para que exista equillbrio entre os cerebros cognitiv~ e

emocional reafirmou a tecnica da coerencia cardiaca descrita pela primeira vez em

1992 pelo medico Dan Winter (id. p.64-66). A pratica da coerencia cardiaca traz

muito da sabedoria milenar, de tecnicas tradicionais usadas em ioga: atenc;ao,

meditac;ao e relaxamento. Primeiro deve-se manter a atenc;ao focada na respirac;ao,

em segundo foca-se a atenc;ao ao carac;ao, como se estivesse respirando por ele, e

em terceiro toma-se consciencia da sensa9ao de calor e expansao no peito, timida

para os iniciantes, e evoca-se uma emoc;:ao que 0 corac;ao seja sensivel, como a

18

gratidao. Assim 0 caos (estado de estresse, perigo ou depressao) e desfeito e a

coeremcia cardiaca estabelecida. Quanta mais treinamento tiver no usa da tecnica,

mais fadl sera induzir a coerencia cardiaca, que significa 0 pulsa e a frequencia

cardiaca semelhante a urn estado de bem-estar, compaixao au gratidao.

Segundo OKESON (2000), os cirurgioes-dentistas parecem sentir-se

responsaveis pela saude da boca, e nao pelo bem-estar psicol6gico do paciente, par

issa naG buscam conhecimento de terapias complementares.

SILVEIRA (2005) Presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisas

Odontol6gicas afirmou que: "a Odontologia tern evoluido muito em seus aspectos

humanisticos e de visao holistica. ( ... ) e na preven9ao e no tratamento do individuo

que estao centradas cerca de 61 % das pesquisas odontol6gicas brasileiras"

Para NADER E LAPREA (2004, p.250), 0 profissional da area da saude,

precisa lanyar mao de novas terapias, mas e preciso que tenha conhecimento de

suas aplicac;oes, as vantagens e desvantagens do seu emprego. Concluiram que

para modificar este quadro faz-se necessario uma mudanc;a na conduta de trabalho

dos cirurgioes-dentistas atraves da qual a motivac;c3o para retorno deve ser bem

fundamentada e estimulada.

GARCIA, et al (2004, p.38) afirmaram que os retornos peri6dicos sao de

suma importancia tanto para a prevenyc30 quanto para a manutenyc30 do tratamento

realizado e 0 intervalo de retorno deve ser individualizado para cada paciente,

embora a obteny8o de niveis adequados de retorno seja uma meta dificil de ser

alcanyada.

BIBANCOS E LOUREIRO (2004, p.17-19) realizaram uma pesquisa em Sao

Paulo que mostrou os cirurgioes-dentistas ocupando 0 segundo lugar no que se

refere a confiabilidade das profiss6es por parte dos pacientes.

19

OKESON (2000) alirmou que estados psicologicos como conlianl'a,

seguranc;a, tranquilidade e serenidade devem ser encorajados pelo profissional.

Quando 0 paciente tern dar, safre tambern tensao emocional e, alem de tratar

clinicamente a dar, 0 profissional poderia ter atitudes que aliviassem essa tensao.

GOLEMAN (1995, p.197) citou um estudo de pacientes, que na sala de

espera de consult6rios tinham uma media de tres au mais perguntas a fazer aD

medico. Mas quando salam do consultorio, apenas uma media de uma pergunta e

meia havia side respondida pelo profissional. "Essa constatac;ao revela uma das

muitas formas como as necessidades emocionais dos pacientes ficam sem

atendimenlo pela medicina moderna", constatou GOLEMAN (id.ib.). As duvidas

alimentam incerteza, meda, catastrofizaC;8o e levarn as pacientes a naD seguirem

prescricyoes que naD entenderam plenamente.

Para CAPRA (1982) a real'ao psicologica do pacienle ao prolissional e parte

importante de qualquer terapia. Induzir a paz de espirito e conlianl'a no processo de

cura pode ser um tator muito importante, mas usual mente e feita sem habilidade

tecnica.

LIMA (2004, p.117) publicou na Revista Veja um estudo realizado porTomas

Furmark que utilizou a tomografia por emissao de p6sitrons (PET), e analisou 0

encefalo de pacientes com fobia. Parte dos pacientes haviam se tratado com terapia

cognitivo~comportamental, e a outra com remedios. 0 resultado mostrau que a

terapia altera a funcionamento cerebral tanto quanto a quimica, ou seja, as

experiencias de vida alteram 0 cerebra tanto quanto os remedios.

CHOPRA (2004, p. 29) escreveu que 0 loco alual dos estudos est;' muito

mais voltado para a dilerenl'a entre as doenl'as do que entre as pessoas, e que

lodos n6s nascemos com uma "individualidade bioqufmica", 0 que significa que

20

ninguem e a media. Afirmou que a saude perieita e um fen6meno biol6gico bem

especifica (id. p.30).

FARIA (1959) chamau de agente "psicagemica" a influemcia imaterial que

levou a Hipocrates afirmar, que mais valia saber a especie de doente que tinha a

doenya do que a pr6pria doenya; conceito no qual se apoiou Miguel Couto para dizer

que "nao ha doent;as; ha doentes". Concluiu que 0 somatico esta subordinado ao

psiquico.

NADER E LAPREA (2004, p.250) afirmaram que e precisa saber

profundamente a Odontologia para aplicar 0 complemento adequado, uma vez que

um conhecimento nao dispensa ooutro.

21

2.2 ESTRESSE E DOR

DIEGUEZ (2004, p.27) publicou na revista Exarne ern junho, urna pesquisa

com 25.000 executivos brasileiros expondo de forma alarmante, as efeitos

devastadores do estresse sabre a vida pessoal e 0 mundo dos negocios. Ele esta

cad a vez mais jovem; ha apenas uma decada, os executivos come<;:avam a ter as

primeiros sinais de estresse aDs 50 anos, hoje come<;:a aDs 30.

ANDREWS (2001) escreveu que rnudan<;as cada vez rnais rapidas pod ern

causar 0 que a Organizac;ao Mundial da Saude chamou de "epidemia do estresse".

Afirmou que cerca de 70% das consultas medicas no Brasil sao causadas pelo

estresse, que tern afetado tambem as filhos. 0 harmonia do estresse inibe 0 fluxo

normal do harmonia do crescimento em crianyas que convivem em familias tensas.

Complementa que em Chines 0 termo "crise" e composto de duas palavras "perigo"

e "aportunidade", pOis dentra da crise existe uma grande oportunidade de

transformagao.

A International Stress Management Association (ISMA) e a mais antiga

organizagao internacianal para 0 contrale do stress. Iniciou em 1973, nos Estados

Unidos, e a partir de 1979 adquiriu carater internacional. Ela visa tornar 0 mundo

menos estressante, incentivando a formagao de profissionais e estudantes. 0 Brasil

ja faz parte dessa organizag8o.

Para AZAMBUJA (2004) 0 tratamento do paciente parece ser facilitado pelo

equilibrio emocional. Os primeiros estudos no campo da influencia das emogoes

sabre 0 arganismo foram facalizados no estresse, talvez par causa das pesquisas de

Hans Selye, que introduziu 0 termo na medicina e fez detidas observagoes sobre 0

22

que ocorria no corpo submetido a tenseo. A partir de seus trabalhos, na decada de

30, muitos Qutros pesquisadores S8 basearam na ansiedade para suas

investigalYoese passaram a comprovar como ela interferia no rendimento dos 6rg805

e sistemas, descobrindo as caminhos seguidos dentro do carpa, Quase todos as

trabalhos iniciais no campo da psiconeuroimunologia, centraram-se nas emo\=oes de

meda, ansiedade e preocupac;ao para realizar suas descobertas.

OKESON (2000) escreveu que niveis aumentados de estresse emocional

podem estar fortemente correlacionados com as niveis aumentados de dor. Outras

condic;6es que parecem intensificar a experiE'mcia de dar sao ansiedade, meda,

depressao e desesperanc;a.

Tarzia foi entrevistada por LIMA (2003, p.23) e na ocasiao afirmou que uma

das causas da halitose e 0 estresS8, que uprovoca uma diminui(fc30 do fluxo salivar e

maior concentral,tao de mucina na saliva" Esta mucina, adere sobre 0 dorso da

lingua, al8m de celulas epiteliais descamadas e microrganismos anaer6bios

proteoliticos.

GALLINA (2003, p.17) relatou que um dos efeitos do estresse e a diminui,ao

da resistencia as infecl,toes, podendo aparecer como consequencia "feridas na

boca"

CAPRA (1982) relatou que 0 papel dos eventos estressantes nas esleras

psicol6gica e social 8 claramente recanhecido como fante de doenl,ta.

AZAMBUJA (2005) comentou que e lato freqliente, observado e retatado

pelos pr6prios pacientes, "0 aparecimento de um surto herpetico durante ou ap6s um

epis6dio de tensao emocional ou por estresse fisico, cansa<;:o ou esfor<;:o demasiado.

Eo comprovada a rela~ao entre esses eventos e a reativa~ao do herpes." Explica que

o estresse fisico ou mental altera 0 mecanismo da inflama<;:ao e da imunidade, por

23

meio do estimulo a secreyao de corticotropina pela hip6fise ocorrendo uma mudam;a

nos niveis de adrenal ina, noradrenalina e glicocortic6ides. AZAMBUJA

complementa, que esses efeitos do estresse mudam a distribuiyao das celulas de

defesa, as linfocitas, e atuam sabre a equilibria de dais tipas dessas celulas: a Th1 e

a Th2. A prime ira realiza principalmente a ataque direto as celulas estranhas ao

organismo; a segunda age preferentemente a distancia, par meio de anticorpos.

Ocorre um incremento da imunidade p~r anticorpos em detrimento da imunidade

direta contra as virus e a alterayao da func;:ao de barreira da pele rompem a

equilibria cutaneo, que mantem as virus sob controle 0 que resulta em nova crise

herpetica.

o jarnal da Canselha Federal de Odantalagia em marya/abril (2004, p.04)

publicau dadas de que a "meda, em especial a de ir aa dentista, e urn fator que

contribui para gerar estresse, e aparece em segundo lugar, atras apenas do medo

de falar em publico".

QUIROGA (2001, p.59) relatau que desfrutar a vida alem da meda e uma

virtude que a humanidade parece nao administrar bem. "0 medo e a reac;:ao de tudo

a que e vivo mediante a perigo". Preserva nossa humanidade de perigos reais e a

liberta deles, mas tambem a calaca em cantata cam perigas imaginarias, e a esses a

medo escraviza, foryando-os a preservar limites conquistados.

RODRIGUES el a/ (2005, p.75) revelaram que a maior fante de estresse

esta relacionada as quest6es profissionais, entre elas estao desde a falta de

emprego ate a sobrecarga de trabalho.

OKESON (2000) relatau que quanda urn pacienle tern dar, significa a final de

urn processa que fai alterada entre sua origem (as naciceptores) e seu destino (a

24

c6rtex), par fatores fisicos e psicol6gicos. A experiencia da dar e eventualmente 0

sofrimento podem ser a considera9ao mais importante ao S8 cuidar de pacientes.

CAPRA (1982) escreveu que a saude dos seres humanos parece ser

predominantemente determinada nao somente per intervenl,(c3o medica, mas pelo

comportamento, pela alimenta<;:c3o, pela natureza do seu meio ambiente e pela

genetica. 0 estresse foi reconhecido como fante significativa de uma vasta 9ama de

enfermidades e 0 vinculo entre estados emocionais e doen<;:a, embora conhecido

atraves dos tempos, ainda recebe pouca aten9ao. Explica que para entendermos a

dar e sermos capazes de alivia-Ia plenamente, devemos considera-Ia em seu

contexte mais ample, que inclui as atitudes e expectativas mentais do paciente, seu

sistema de crenc;;as e valores, 0 apoio emocional da familia e dos amigos e habitos

de vida.

Para BIASI (2001) teenieas de fisioterapia para promover a relaxamento da

musculatura facial podem ser utilizadas em pacientes portadores de limitac;;ao da

abertura bucal tais como: trismo, sfndrome miofascial, sindrome de fibromialgia,

cefaleia tensional, desordem temporomandibular, nevralgia trigeminal, hiperatividade

parafuncional (bruxismo), casos comuns em odontologia.

SIQUEIRA E TEIXEIRA (2001, p.04) relataram que "a dar e eorriqueiramente

ensinada como um sintoma, assim busca-se a doenc;;a que a provoca", mas ela pode

ser a propria doenc;;a. Comentam (id. ib.) que 0 predominio da Odontologia ainda

continua 0 combate a dor. 0 trauma milenar da dor de dente criou mitos que se

estendem ate os nossos dias, pois a isquemia e 0 congelamento usados

antigamente como analgesia, nao eram possfveis de serem aplicados para extra<;ao

de dentes. "A dor e 0 sofrimento sempre fcram 0 terror dos pacientes frente ao

tratamento dentario" e a "angustia, ansiedade e medo gerados por tratamentos

25

odonto16gicos sao tipicos constituintes afetivos-comporiamentais que acompanham

a dar aguda au a expectativa de dar repentina" Afirmam que a "preocupac;ao com a

tranqUilizary30 do paciente, aliada com 0 contrale da dar durante as atendimentos,

reduz a resposta neurovegetativa caracteristica dos estados de estresse, grande

responsavel par algumas das complica<;:oes sistemicas muito comuns nos

consult6rios dentarios, como e 0 casa da lipotimia." Para Siqueira e Teixeira (id.

p.D5) ha urn novo papel do cirurgiao-dentista, que e 0 contra Ie e prevenc;ao da dar

cronica. Afirmam (id. p.Og) que existem componentes afetivos e comportamentais, a

ambiente familiar, de trabalho e social, inumeras variaveis que fazem 0 paciente

!Jnico,de "tal forma que podemos ter a mesma doen~a, ou dar, em individuos

diferentes, com resposta diferentes a tratamentos identicos" 0 profissional deve

estar preparado para compreende-Ios em suas queixas e angustias. Comentou,

ainda, que a resposta a dar nem sempre e decorrente da extensao da lesao, mas do

susto que a mesma causou ao doente. "Tratamos de doentes e nao apenas de um

dente au uma articula<;:ao", concluiu.

OKESON (2000, p.280) relatou que algumas disfungoes

temparomandibulares, estao etiologicamente relacionadas a certos estados

emocionais. "Niveis aumentados de ten sao emocional pod em afetar a fungao

muscular, aumentando a atividade no repouso (contragao protetora), bruxismo

crescente, ou ambos, ativando 0 sistema nervoso simpatico, que pode ser ele

proprio uma fonte de dor muscular." Afirma que (id. p.281) "infelizmente, 0 dentista

nao e treinado nesta area medica e entao pode se sentir facilmente inapto ou

indeciso" e que em muitos casos, os pacientes estao passando par "niveis altos de

tensao emocional nas suas rotinas diarias e quando isso e suspeitado podem ser

empregados tipos simples de terapia de tensao emocional, tais como a

26

concientizaC;8o do paciente", ou seja, educa-Io quanto a relayao entre ten sao

emocional, hiperatividade muscular e 0 problema. OKESON comenteu que (id.

p.282-283) terapias de relaxamento e controle pessoal como hipnose e biofeedback

tambem foram citadas. No proprio consultorio pod em ser praticadas tecnicas de

relaxamento que parecem aliviar a tensao emocional e contribuir para um melher

estado e atitude positiva do paciente em relayao aD tratamento. 0 paciente quando e

treinado para relaxar os musculos sintomaticos, voluntariamente estimula 0 fluxo de

sangue para estes tecidos, e substancias resultantes do processo metab6lico que

estimulam nociceptores (receptores da dar) sao eliminadas, 0 que resulta em

diminui9ao da dOL Explicou OKESON que "a terapia de relaxamento e considerada

tanto urn tratamento definitivo para a reduc;ao de tensao emocional, como uma

terapia de suporte para redw;ao de sintomas musculares."

27

2.3 TERAPIAS COMPLEMENTARES

2.3.1 Respirayao e Relaxamento

ANDREWS (2001) lembrou que 0 estresse nao e gerado pelo mundo

externa, mas uma condiyc3o do pr6prio interior da pessoa. E uma energia que se

carrega positivamente ou negativamente, baseado em suas pr6prias respostas em

relac;:c3oa vida. "Pade enfraquece-Io au adoece-Io, au pade fortalece-Io e motiva-Io

para atingir seus mais elevados idea is", Quando S8 aprende a harmonizar pressao e

pausa, atividade e relaxamento, a energia do estresse pade trabalhar a seu favor. A

autora sugere praticas de relaxamento, meditayao e exercicios de respira<;c3o.

Comenta que quando a respirayc30 fica irregular, a mente parece tambem fiear

instavel, e quando a respirac;:c3oesta calma a mente parece tambem fiear calma.

AZAMBUJA (2005) descreveu que a respirac;:ao e 0 primeiro ato do ser

humane ao nascer, 0 qual se repete incessantemente e automaticamente ate 0 final

da vida. 0 ate de respirar se comp6e de inspira,ao (entrada do ar) e de expira,ao

(saida). Desenvolve-se gradualmente ate os 18 a 20 anos de idade, passando a

decrescer dar para a frente. A partir dos 50 anos, comec;:am a instalar-se os sinais de

senilidade respiratoria, que tendem a surgir dez anos antes nas mulheres. Para

manter os tecidos em bom estado, apesar da idade, e imprescindivel aprender a

manter urn cicio respirat6rio regular. Exercicios respirat6rios, que abaixem 0

diafragma (musculo envolvido na respira,ao) apenas 1cm, aumentam em 250 a 300

centimetros cubicos a capacidade pulmonar. AZAMBUJA relatou que a respirac;:ao

deveria ocorrer com a musculatura descontraida e ser determinada pel a quantidade

de oxigenio e gas carbonico no sangue, com uma frequencia de 12 a 18 respirac;:6es

por minuto. Para Isso sao necessarios movimentos de todo 0 torax, abrangendo as

2S

partes inferior, a media e a superior. No inicio da inspira981o, 0 abdome S8 expande

para abaixar 0 diafragma e permitir a entrada do maximo volume de ar na base dos

pulm6es. No meio da inspira9ao, a parte media do t6rax S8 alarga para encher a

parte media dos pulm5es. No final da inspirag,ao, a parte superior do t6rax 58 eleva

levemente, para que 0 ar chegue ate 0 apice dos pulm6es. Para AZAMBUJA, essa e

a respirayao completa, que deveria ser a seqOencia normal na vida das pessoas.

Nota-se, porem, que ha movimentos respirat6rios diversos, influenciados pele estado

de espirito da pessoa a cada instante. Quando 0 individuo esta tranqi.lil0, a

respiraC;<3o se faz lenta e ritmadamente movimentando livremente 0 abdomen.

Quando esta tenso, afirmou AZAMBUJA, a respirayEio se torna superficial, curta,

ofegante, feita principalmente pelo t6rax. Ha diferenya fundamental na capacidade

de oxigenayEio de cada uma delas. A respirayEio abdominal, profunda, oxigen a

suficientemente 0 sangue; a respirayEio toracica oxigena insuficientemente. Cad a

tipo de respirayEio esta ligado a um estado psicoemocional da pessoa. A respirayEio

profunda ocorre no estado de calma e tranqOilidade, quando a musculatura esta

descontraida. A respirayEio toracica se da em estado de tensElo, quando a

musculatura esta contra ida, inclusive 0 diafragma, responsavel pelos movimentos da

musculatura abdominal. AZAMBUJA comentou que ocorre, ai, urn circuito

bidirecional, como tudo no arganismo: 0 estado emocional condiciona a respirayElo,

assim como esta rnodifica aquele. Como a maiaria das pessoas aprendeu a viver em

estado de ansiedade e tensElo, observa-se que a respirayEio e defeituosa em quase

todos os individuos, que praticam inconscientemente a respirayao toracica. Esta vai

alimentar mais ansiedade e tensao e, com isso, seu sangue e deficientemente

oxigenado e seus tecidos se ressentem dessa lalta de oxigenio. A respira,ao

consciente tem outro efeito importante para 0 arganismo. Quando se respira

20

profundamente, aumenta-se a produ~ao de endorfinas, que sao harmonics

mediadores da estimulay8lo da imunidade, do estado de bern-estar e da diminuic;:ao

da dar. Assim, a pratica da respirac;:ao abdominal corta 0 cicio da ansiedade e reduz

o estreSS8. Alem disSD, 0 controle voluntario da respirac;ao liga 0 individuo no que

esta S8 passando em seu corpo no momento presente, au seja, no aqui e agora.

IS50 Ihe amplia a consciemcia, da-Ihe plena atenc;:ao e modula 0 sistema imunitario

pela produ9ao de urn estado bioquimieo que faeilita 0 fluxo natural da vitalidade do

organismo, afirmou AZAMBUJA.

OKESON (2000, p.282) relatou que uma teeniea que tern side bern

pesquisada e 0 relaxamento progressivD, modificac;6es do metoda de Jacobson,

desenvolvido em 1968, em que 0 paciente enrijece as rnusculos e entao as relaxa

ate que 0 estado de relaxamento possa ser sentido e mantido. "Resultados podem

ser obtidos estando 0 paeiente relaxado, preferentemente deitado, em urn ambiente

confortavel, com as olhos fechados. Os procedimentos de relaxamento sao

explicados lentamente em voz tranqOila e calma. Uma fita cassete dos

procedimentos pode ser desenvolvida para ajudar na tEknica. 0 paciente escuta a

fita na sessao de treinamento no consult6rio, depois de entender a que sera

realizado, leva a fita para casa com instru~6es para escutar pelo menos uma vez ao

dia, e retomar a tecnica de relaxar os musculos. Melhores resultados tern sido

alcanyados durante meses de treinamento e nao s6 uma semana." Existe tambem,

outra forma de relaxamento progressiv~ que usa uma aproximayao reversa, ao inves

de pedir para a paciente contrair 0 musculo e depois relaxar, os musculos sao

estirados passivamente e entao relaxados. (id. p.283).

30

2.3.2 Florais de Bach

PARONI E PARON I (2003, p.17) em seu livro Aprenda a Ser Feliz com as

Florais de Bach, escreveram que Edward Bach nasceu em 24 de setembro de 1886,

em Moseley, uma vila perto de Birmingham, em Gales. Desde crianrya dernonstrava

muita sensibilidade e preocuparyao com 0 sofrimento humano. Tinha rnuito respeito

pela natureza e acreditava que ela teria meios de curar as pessoas, aguardando

apenas para serem descobertos. Formou-se medico em Londres, em 1912.

Insatisfeito com os resultados paliativos que encontrava nas cirurgias, resolveu

procurar urn novo metodo de cura. Em julho de 1917, Dr. Bach teve uma hemorragia

digestiva severa, sendo operado de emergemcia e soube que viveria apenas rna is

tres meses. Decidiu dedicar todo 0 seu tempo para estudar urn novo metodo de

cura, e viveu por mais 19 anos. Comentam (id. p.19) que ao participar de urn jantar

comemorativo, observou que a humanidade e dividida em tipos diferentes de

comportamento, e que pessoas de mesmo tipo nao teriam obrigatoriamente a

mesma doenrya, mas reagiriam da mesma forma a qualquer tipo de doenrya que

tivessem. Descobria, assim, a base de sua teoria que seria comprovada

futuramente. Em marryo de 1930, 0 Edward Bach retornou para Gales acornpanhado

da radiologista Nora Weeks, que permaneceu ao seu lade ate 0 fim de sua vida.

Neste mesmo ano escreveu 0 livro Cura-te a ti mesmo, no qual descreve sobre seu

novo sistema de cura, explica como as doengas surgem e como vence-Ias.

WEEKS (1998) escreveu que Edward Bach descobriu as essencias florais

de 1928 a 1935 no Pais de Gales e na Inglaterra. Tinha como principia: "tratar 0

doente e nao a doenga". Para ele a doenrya do corpo nao se deve fundamentalmente

a causas fisicas, mas a certos disturbios de humor ou estados mentais, que

31

interferem na felicidade do individua, e esses humores S8 continuados, levam a urn

disturbio das func;:oes organicas e tecidos do carpa, 0 que f8sulta em doenrya.

Acreditava que a mente tern controle das condiry6es mentais e fisicas, e qualquer

disturbio como preocupary8o e medc, nao resultaria apenas em perda de paz e

tranquilidade, mas tambem seria transmitido para as nervos, levando a

desorganizacyao do funcionamento adequado dos 6r9a05. WEEKS escreveu que

para Bach, a palavra-chave e a felicictacte, ele acreditava que a felicidade eleva e

abre 0 caminho para a boa saude do mesma modo que a infelicidade "pavimenta a

estrada para a doenrya." Dr. Bach foi urn medico que desenvolveu uma medicina

natural para tratar a saude das emoc;oes, sentia-se insatisfeito com a medicina

ortodoxa focalizada em curar sintomas, acreditava que a tratamento eficaz deveria

atingir as causas das doenc;as.

MONARI (1997) em seu livro Participanda da Vida com as Flarais de Bach,

estabeleceu comparac;ao destes com a mitologia, desmistificando e ampliando as

possibilidades de uso nas mais variadas especialidades medicas. Em seu livre 0

Despertar da Alma com as Flarais de Bach (2001, p.121), explieau, atraves da

mitologia, que um dos primeiros arquetipos de cura foi do centauro Chiren, filho de

Saturno. Uma figura meio humana meio animal, que apesar de ser imortal tinha uma

ferida incuravel que Ihe causava grande sofrimento. Ensinou os outros a se curarem

buseando eura para 0 seu pr6pria sofrimento (id., p.122). Ele troeou sua imortalidade

com Prometeu e tornou-se guardiao das "Portas do Universe de Cura", que s6

podem ser abertas quando realizamos 0 ~autoconhecimento". Outro grande

arquetipo foi de Premeteu que roubou a Censciencia, e trouxe-a aos homens. Mas

teve que pagar um pre90, fieando acorrentado par Zeus. Uma aguia vinha todos as

dias comer um pouco do seu figado, ponto doloroso para 0 nosso corpo e ego,

J2

simboliza 0 final do sofrimento, sua transfarmac;ao em entendimento e sabedoria.

Esculapio era deus da medicina para os gregos, filho de Apol0 e da mulher Coronis.

Aprendeu com Chiron a curar 0 corpo e seu pai Apolo deu-Ihe os ensinamentos. Ele

uniu as duas forc;as solar e da terra para transmitir seus ensinamentos aos homens.

Nos templos de Esculapio havia um local para guardar as serpentes, simbolo da

nossa energia de vida, que tinham essas duas forc;as unidas, essen cia is para a cura,

ou seja, a transformac;ao do sofrimento em sabedoria. As serpentes se enrolam no

bastao da cura segurado por Esculapio, 0 qual concede ao medico 0 poder sobre a

vida, 0 poder de curar. Na entrada do templo tinham as inscric;6es: "Puro deve ser

aquele que entra no Templo perfumado. E pureza significa ter pensamentos sadios"

(id. p.123). Os Florais de Bach seguem 0 mesmo principio, transformam as

disposic;6es mentais negativas em positivas, proporcionando pureza para os nos 50S

pensamentos. Em Epidauro, grande centro de cura dos gregos, primeiro se curava a

mente. S6 havia cura quando havia Metan6ia, ou a transformac;ao dos sentirnentos.

Acreditavam que a causa das doenc;as era principalmente mental e a terapeutica era

provocar uma mudanc;a psiquica e fisica, visando 0 homem como urn todo. Curar

significava conhecer-se a si mesmo, 0 despertar para sua real identidade. "A

humanidade esta resgatando seus principios humanisticos da era original, buscando

o resgate da nossa Idade de Ouro", afirmou MONARI (id. p.124).

HOWARD (1998) em publicac;ao do Bach Centre descreveu as 38

essencias descobertas par Edward Bach, e mais uma emergencial: 0 Rescue

Remedy, que segundo ele, cobriam todos os estados mentais negativos que

acompanham as enfermidades.

No site do Instituto Bach, MONARI (2005) comentou que Bach dividiu os

Florais em 7 grupos, representando os conflitos fundamentais que impedem de

sermos verdadeiramente nos mesmos: medo, incerteza, falta de interesse nas

circunstancias presentes, solidao, hipersensibilidade a influencias e ideias,

desespero ou desanimo e excesso de preocupat;:c3o pelo bem-estar dos demais.

Bach definiu tambem os estagios de cura das doent;:as que sao: sentimentos de Paz,

Esperan9a, Alegria, Fe, Certeza, Sabedoria e Amor. Os Florais de Bach nao sao

utilizados para tratar doent;:as fisicas, mas sim para 0 estado emocional tais como

preocupa90es, apreensao, irritabilidade ... , parque estes estados mentais, para Dr

Bach, nao apenas atrapalham a recuperay,ao da saude mas tambem retardam a

convalescencia e podem causar doeny,as e desarmonias.

GUEDES E MONARI (2003) escreveram que 0 Rescue Remedy, tem como

uma de suas indicay,6es toma-Io antes de eventos estressantes como 0 de ir ao

dentista com a finalidade de diminuir 0 medo e 0 nervosismo.

GERBER (1988, p.413) comentou que "a medicina vibracional e uma

abordagem que se baseia no conceito einsteiniano de que a materia e energia" e os

seres humanos sao farmados par uma serie de campos de energia em equilibrio

dinamico. Entre as modalidades terapeuticas energeticas encontram-se os Florais de

Bach (id. p.198).

34

2.3.3 Biofeedback

OKESON (2000, p.283) comentou que um modo de alcan9ar 0 relaxamento

e 0 biofeedback, tecnica que ajuda 0 paciente a regular as fun~6es corporais que

normalmente sao controladas inconscientemente. Tern sido uti I a tecnica para ajudar

pacientes a alterar funs:oes como pressao sangOinea, fluxo de sangue, atividade de

cnda cerebral e relaxamento muscular. Entre os musculos da face, 0 masseter egeralmente selecionado.

CHAVES (2005) relatou que 0 biofeedback, e uma tecnica em que se

aprende 0 contra Ie voluntario de fun90es fisiol6gicas das quais as pessoas

normalmente naD tern consciemcia, com a finalidade de recuperar, manter ou

melhorar sua saude e/au seus desempenhos. Isto e feite atraves do usa de

determinados aparelhos que medem com precisao e instantaneamente como S8

encontra a funC;:<3o fisiologica em estudo, informando ao sujeito, de modo visual ou

sonoro, quais os valores medidos. Com esta informac.;:ao e orientado pelo

biofeedbackterapeuta, 0 sujeito tem possibilidade de alterar tais valores, para mais

au para menos, segundo a sua vontade e conforme 0 que for mais desejavel. Com

um treinamento repetido, supervision ado pelo biofeedbackterapeuta, 0 sujeito

consegue condicionar aquele processo fisiol6gico a funcionar de modo estavel e

desejado. A frequemcia e de 1 a 3 sessoes semanais de 30 a 50 minutos cad a uma

com media entre 20-40 sessoes, pode ser praticada por profissionais de diferentes

areas como medico, psic6logo, cirurgiao-dentista, enfermeira, etc. e da area

educacional. Para CHAVES, "a exigencia fundamental e uma adequada formac.;:ao

em anatomia e psicofisiologia humanan• Na atualidade tem side aplicado com

sucesso nas seguintes condil.(oes e disturbios: no reduc;ao do estresse, no controle

35

de secreg6es, como do sueD gastrieD em ulceras do est6mago, na reduc;:ao do fluxo

sangOineo em tumores, no aumento do fluxo sangOineo na doenc;:a de Raynaud (em

que hi! prejuizo a circulagao nas extremidades), na estirnulac;ao do sistema

imunitario em casas de (alta de reatividade, QU na diminuic;:ao da mesma fum;ao em

casos de alergia, em ansiedade, dares de cabega de causa emocional, pressao alta,

insonia, tiques musculares, doenc;as psiquiatricas, relaxamento para 0 parto,

tratamento do tabagismo, do alcoolismo, do vieio de comer, da gagueira e da

hiperatividade infanti!. CHAVES comentou que as modalidades classicas do

biofeedback sao a eletrodermica (GSR. EDR OU EDA), a termica (TEMP), a

eletromiografica (EMG) e a eletroencefalografica (EEG) ou neurofeedback. 0

eletrodermofeedback(GRS, EDR ou EDA) se faz atraves da passagem de uma

microcorrente eletrica (insensivel) pela superficie da pele, rnedindo-se a resistencia

a esta passagem. Explicou que "quando as glimdulas sudoriparas estao ativas, a

resiste!ncia a passagem da corrente diminui, caso contnflrio, a resistemcia aumenta e

esta resistencia eletrica traduz a atividade/inatividade das glimdulas sudoriparas que

sao urn reflexo da atividade do sistema nervoso simpatico". Neste metodo a pessoa

busca modificar reayoes fisicas que norrnalmente nao estao sob 0 dominio da

vontade utilizando tecnicas diversas de redUy80 do estresse e aparelhos indicadores

do resultado. A consciencia e colocada em recesso e, com 0 biofeedback fica

demonstrado que a mente inconsciente e "capaz de modificar funcyoes corpora is tao

sutis como as ondas cerebrais, a freqOencia cardiaca, a velocidade do fluxo de

sangue em determinada area e a temperatura da pele, entre outros" afirmou

CHAVES. Pratica-se uma tecnica antiestresse, seja respiracyao diafragmatica,

relaxamento muscular progressiv~, auto-hipnose, ou medita,ao, recursos para

relaxar 0 corpo e a mente, obtem-se, entao, a indicaC;:<3odo resultado pelo aparelho

36

utilizada. 0 usa das aparelhas tem par finalidade treinar a pessaa a abter a efeita

visualizado para poder atingir a mesma modifica9ao sem necessitar de aparelho. uO

metoda do biofeedback tern 0 merito de, par melo cientifico de comprovacyc3o e

repeticyao da experiencia, eliminar as duvidas sabre S8 a mente pode comandar 0

que ocorre no corpo" conclui CHAVES. Com os resultados que se observam,

conclui-se que a mente inconsciente tern muito rna is a9<30 sabre 0 organismo do que

S8 poderia imaginar". 0 biofeedback e a evidencia do poder que reside no

inconsciente e que e ativado ao S8 entrar em estado de relaxamento. 0

termofeedback (TEMP) consiste em 5e alterar a temperatura nos dedos das maos au

dos pes, variac;ao esta em intima correlayao com as condic;oes de vasodilatac;ao que

e acompanhada de aumento na temperatura e vaseconstrityao que implica queda na

temperatura. CHAVES comentou que aqui ficames sabendo das condic;;oes

emocionais e fisicas do sujeito, expressas pela ativac;:ao/desativatyao do sistema

nervoso autonomo (simpatico/parassimpatico). Assim, 0 contra Ie vasomotor pode ser

treinada e candicianada (em ambos as sentidas), a que ir" permitir, par exempla, a

alivio da enxaqueca. 0 feedback eletramiogratico (EMG) consiste em "medir a

atividade eletrica dos musculos a qual expressa a grau de contratyao/relaxamento

dos mesmos. Desta maneira e passive I treinar 0 individuo a fertalecer a musculatura

quando for indicado au entao a praduzir urn relaxarnente fisico quando for a case."

37

Moderna aparelho autOnomo computadorizadopara treinamento de biofeedback de eletromiografia

CHAVES explicou que 0 neurofeedback au feedback eletroencefalografico consiste

em "medir as ondas eletricas do cerebra, tal como acontece no eletroencefalograma

classico. Pade-S8 entao, "treinar 0 individuo a produzir au diminuir a prodUyc30

(amplitude e/au frequemcia) de qualquer uma das faixas de ondas cerebrais, em

qualquer urn dos hemisferios cerebrais au em ambos, conforme 0 estado fisica e

subjetivo que S8 almeja alcanyar". Alem das quatro modalidades citadas ha 0

feedback cardiaco (ECG) onde S8 mede e S8 controla a freqi..it§ncia cardiaca e a

pressao arterial, e 0 feedback respiratorio, onde se controla 0 tipo de respira9ao

(toraxica/diafragmatica) e a freqOencia respiratoria. Para praticar

Biofeedbackterapia implica a freqOencia em cursos de especializa9ao e forma9ao

tecnica e cientifica para a aquisivao dos conhecimentos e 0 desenvolvimento da

destreza necessarios.

LAUSSAC E LAUSSAC (1992) relataram que pessoas comuns utilizam

apenas 2% do seu potencial mental, os genios utilizam cerca de 4% e os

para norma is entre 4% e 6%. Apresenta uma definivao para a funcionamento do

3S

biofeedback: "quando 0 cerebra recebe um estimulo externo durante urn certo

periodo de tempo e numa certa freqOencia, ele tende a repetir automaticamente

essa frequemcia, mesmo se 0 estlmulo externo cessa"

39

2.3.4 Hipnose

ERICKSON, et al. (2003) relata ram que 0 hipnotismo e tao antigo quanto 0

tempo. Sociedades primitivas usavam a hipnose at raves do som dos tambores e

danyas ritualisticas das tribos, os sacerdotes gregos e egipcios usaram a hipnose 2

mil anos atras no tratamento de varias doenyas e a imposic;ao das maos para a

obten,ao de curas no tempo de Cristo, segundo relatos da Biblia.

BAUER (2002, p.25) relatou que a hist6ria cientilica da hip nose iniciou com

Franz Anton Mesmer em 1765, com a publica9ao de seus trabalhos sabre

magnetismo animal. Discipulo de Mesmer, 0 marques de Puysegur (1751-1825)

descobre 0 sonambulismo artificial, ao fazer hipnose, tocava harpa como forma de

produzir "magnetismo" Pe. Cust6dio de Faria (1755-1819) conhecido como abade

Faria que gra<;:asao romance 0 Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, teve

contato com as ideias de Mesmer. James Braid (1795-1860) medico ingles, tentou

trocar 0 nome de hipnose do gregG hipnos que significa sona, para monodeismo que

significa concentrayao sabre uma ideia, mas 0 termo hipnose embora tecnicamente

incorreto persistiu. Jaimes Esdaile foi um medico ingles que se utilizou das tecnicas

de Mesmer para fazer grandes cirurgias sem anestesia na india. A escola de Nancy

(de Liebeault, de Bernheim e de Coue) na Fran,a, considerou 0 estado de transe

como normal e nao patol6gico. A escola de Salpetriere onde Freud foi estudar

hipnose, considerava 0 estado de transe como um estado patol6gico. Jean Martin

Charcot (1825-1893) neurologista lamoso considerou 0 transe como um estado

patol6gico e 0 dividiu em tres niveis: catalepsia, letargia e sonambulismo. Ambroise-

Auguste Liebault (1823-1904) assemelhou 0 transe ao sono, s6 que 0 primeiro

resultava de sugestaes diretas. Hippolyte Bernheim (1840-1919) "desenvolveu a

40

ideia do transe como urn estado de reforyada sugestibilidade causada por

sugesloes" 0 medico russo Ivan Pavlov (1849-1936) definiu 0 Iranse como urn

"sona incomplete causado por sugestoes hipn6ticas" que provDcariam excitac;ao em

algumas partes do cerebra e inibi9ao em outras; criou a induyao reflexol6gica. Pierre

Janel (1849-1947) inlroduziu 0 lermo subconscienle para diferencia-Io do

consciente. Freud, neste periodo, estudava a correlayao da hipnose com a

patologia, e a vontade crescente de descobrir caminhos do inconsciente fizeram-no

abandonar a hipnose e partir para a livre associay2lo. Em Congresso psicanalitico

em 1918, frizou a importancia de aliar "0 auro da psicanalise com 0 bronze da

hipnose". Ap6s a Segunda Grande Guerra, a hipnose foi ulilizada para tratar traumas

do p6s-guerra. Ernest Simmel (1918) psicanalista alemao desenvolveu a

hipoanalise. Clark Leonard Hull (1884-1952) professor de psicologia em Yale,

"interessou-se pelos aspectos ex peri menta is da hipnose, descritos em seu livro

Hipnosis and Suggestibility". afirmou que os fen6menos hipnoticos sao uma resposta

adquirida como as habitos. Kris (1959) estudou a regressao a servic;o do ego. Andre

Muller Weitzenhoffer(1921) caracterizou 0 transe como uma experiencia naturalista.

Gill e Brenman (1959) realizaram a regressao a urn estado primitiv~ de transferencia

com 0 hipnotizador. Fromm, Oberlander e Grunewald (1970) ocuparam-se com 0

ego compulsivo e regressao adaptativa. Ernest Hillgard "modificou os conceitos de

dissociac;ao de Janet, em que 0 transe e um desligamento temporario". Milton H.

Erickson (1901-1980) escreveu: "deve-se reconhecer que uma descriC;30, nao

importa quae precisa ou completa seja. nao ira substituir a experiencia real de viver

a hipnose". Acreditava que nenhuma induC;ao classica deveria ser utilizada, mas sim

uma indu,ao especial e (mica para cada paciente, e que ele proprio se lornasse 0

seu indutor dentro de uma tecnica bastante naturalista. BAUER (id.ib.) resume as

'II

etapas pelas quais passou a hipnose nas seguintes afirmativas: "podemos resumir,

de acordo com 0 passar dos tempos, que se considerava a hip nose uma tecnica, e

que a hipnotizador curava. Mais tarde, que era necessario a interac;ao de ambos,

hipnotizador e hipnotizado. Depois, foi visto que a cura vem de dentro daquele que

se deseja curar. A induc;ao e uma arte, uma habilidade que pode ser desenvolvida

por todos, pois, naturalmente pode ser aprimorada de dentro para fora.

FARIA (1959) escreveu sobre as indica,oes da hipnose, entre elas: asma,

enxaqueca, herpes, ht:lbitos de roer unhas, chupeta e bruxismo, medo e ansiedade

entre outros. Descreveu a procedimento de Kraines para acalmar a tensao nervosa e

emocional, a fim de se realizar "pequenos procedimentos odontol6gicos"

MARTINS (2004) escreveu que na hipnose, observa-se que existem

pessoas hipnotiz;3veis e outras que nao se permitem entrar em transe, per mais que

o hipnotizador se esforce. Isto se da porque as pessoas nao gostam de se sentir

controladas. Geralmente, elas preferem sentir que nao estao sendo forc;adas a nada

ou que tern varias op<;6es a escolher.

ERICKSON, et. a/ (2003, p.44) afirmaram que relaxando 0 paciente, 0

cirurgiao-dentista aumenta a limiar de dar ate tomar-se mais dificil para ele

reconhecer como dor estimulos comuns que eram considerados dolorosas. Em

pacientes que tern rejei<;aa a anestesia local, e passivel abter aceitac;ao do

procedirnento com uma tecnica cuidadosa. Quando 0 paciente atinge uma hipnose

profunda, pode desenvolver sua autoanestesia, nao necessitando de nenhuma

anestesia qui mica.

42

3- DISCUSS.AO

JONAS E LEVIN afirmaram que 0 aumento no interesse par tecnicas

complementares e alternativas, reflete as mudan<;as que vern ocorrendo na

sociedade, e que adicionar tecnicas complementares ao tratamento convencional

parece contribuir para a bem-estar do paciente que retorna com mais freqUencia as

consultas.

OKESON escreveu que infelizmente ele nao e treinado nesta area e nao

busca conhecimentos, par achar que sua atua<;ao profissionallimita-se a boca.

AZAMBUJA, OKESON, ERICKSON, FARIA, CHAVES e ANDREWS

concordam que as tecnicas de respirag<3o e relaxamento aliviam a tensao emocional,

relaxam a musculatura corporal e contribuem para urn melhor estado e atitude

posit iva do paciente em rela<;Elo ao tratamento. Parece ser importante pratica-Ias

antes de iniciar qualquer pracedimento odontol6gico.

CHAVES e OKESON afirmaram que a biofeedbackterapia e indolor e

segura, 0 paciente tem contrale de sua evoluC;;ao, pode ocorrer uma modificac;;ao dos

habitos e comportamentos, concorrendo para uma reorganizac;;ao na vida do

paciente, auxilia no relaxamento do musculo masseter e da musculatura geral

quando esse for 0 objetivo. Pode ser praticado pelo cirurgiao-dentista desde que

tenha reavivado seus conhecimentos de fisiologia e anatomia, e treinamento no

manuseio dos aparelhos de biofeedback.

BAUER afirmou que a hipnose pode conduzir a um relaxamento leve, medio

e profundo no paciente, ser associada com a respirac;;ao diafragmatica, e ERICKSON

et al. comentaram ser importante 0 fato de poder anestesiar a regiao a ser tratada,

associada ou nao a anestesia qufmica.

43

MONARI, WEEKS e PARONI E PARONI concordam que os Florais de Bach,

atuam aliviando estados emocionais negativos tais como 0 medo e nervosismo, tao

comuns no dia-a-dia dos consult6rios, promovendo 0 bem-estar geral do paciente,

tranqOilidade do profissional e sucesso do tratamento.

TOMMASO enfatiza a importancia do controle emocional para que 0

cirurgiao-dentista realize seus atendimentos de forma tranqOila e equilibrada.

TULKU alerta para a prazer de trabalhar como forma de realiza9ao pessoal e

profissional e a importancia de manter-se relaxado livre das tensoes do trabalho

utilizando tecnicas de relaxamento.

DAMAsIO, RATEY E SCHEREIBER afirmaram a importancia de

entendermos mais sabre as estados emocionais, e alertam para a grande influencia

das emoyoes na vida e inclusive na felicidade das pessoas.

Para que procedimentos complementares sejam realizados com

conhecimento, etica e respeito ao paciente, todos os autores sao un2mimes em

afirmar que faz-se necessaria a formayao seria e comprometida do profissional na

terapia escolhida, a cuidado com sua propria saude bucal e equilibrio emocional,

para bern cumprir seu trabalho dignamente, com arte e sabedoria.

OKESON e CAPRA comentaram que entre as vantagens de se

complementar 0 atendimento convencional estao: contribuir para atenuar 0 medo,

panico, ansiedade, terror e tantos outros sentimentos que afastam os pacientes dos

consult6rios. Aceita-Ios com toda sua hist6ria de vida e respeitar seu sofrimentos

sem julga-Ios, parece ser 0 inicio para mudar a historia de sofrimento da

odontologia.

HESCOT afirmou que praticar a Odontologia Humanizada, e praticar a

Odontologia do Futuro.

4- CONCLUSAO

A dor e 0 sofrimento relatados na hist6ria da Odontologia criaram mitos que

S8 estendem ate os dias atuais. Segundo a OMS as mudanc;as cad a vez mais

rapidas que 0 mundo t8m passado, podem causar, 0 que denominou de "epidemia

do estresse~, reflexo das alterac;oes sociais que estao ocorrendo.

o estresse, a ansiedade, 0 medo e a tensElo, aumentam as niveis de dar, que

em alguns cases sugere ser a pr6pria doenc;a.

o cirurgiao-dentista poderia estar preparado, tambem, para controlar e

prevenir a dar cronica, atuar no contrale das emoc;:oes, proporcionando bem-8star

atraves de tecnicas complementares que relaxem, e contribuam para melhorar a

saude bucal e qualidade de vida do paciente.

o trabalho do cirurgiao-dentista parece ser um reflexo do que realmente ele e,

sugere ser importante investir em si mesmo, cultivar a riqueza interior e reavivar a

alegria de trabalhar.

Varias terapias complementares podem ser praticadas a fim de resultar

nesse conceito de saude tais como: a biofeedbackterapia, a hipnose, os Florais de

Bach, relaxamento e respiraC;ao diafragmatica, que nao sao invasivas nem

apresentam efeitos colaterais.

Assim como 0 cirurgiao-dentista esta capacitado para exercer a odontologia,

ele tambem precisa estar apto a praticar as terapias complementares com etica,

respeito e conhecimento.

45

5- GLossA RIO

Approach - aproximac;ao.

Arquetipos - slmbolos universals que estao em nosso inconsciente, que podem sercaptados quando estamos abertos a nossa voz interior, au em medita<;:oes, sonhos,orac;6es, etc. Exemplos mais comuns de arquetipos sao a modele da Mae Universal,do Pai Universal, 0 Mestre interior, etc.

Metanoia - transforma<;:8o interior, dos sentimentos.

Biofeedback - tecnica que se aprende 0 contra Ie voluntario das func;6es fisiol6gicas,tais como pulsac;ao, contrac;ao muscular involuntaria; utilizando-se de aparelhos paratal procedimento. A finalidade e de manter, recuperar ou melhorar a saude doindivlduo.

REFERENCIAS

ANDREWS, S. Stress a seu favor. Porangaba - SP: Instituto Visao Futuro, 2001.

AZAMBUJA, R. A Respiraqao e aPe/e. E/e e Psiquismo, 2005. Disponivel em:www.dermatologia.neVpsiquismo/mentepele8. Acesso em: 02 de lev. 2005.

AZAMBUJA, R. Facilitaqao do Tratamento pe/o Equilibrio Emociona/. Pele ePsiquismo, 2005. Disponivel em: www.dermatologia.neUpsiquismo/facilitaJ;2Io dotratamento pelo equilibria emocional. Acesso em: 02 de fey. 2005.

BACH, E. A Terapia F/ora/- Escritos Se/ecionados. 7' ed. Sao Paulo: Ground, 1991.

Balido a Marte/o.Jomal do Conselho Federal de Odontologia, mar/abril de 2004.

BAUER, S. M. F. Hipnoterapia Ericksoniana Passo a Passo. Campinas - SP: LivroPleno, 2000.

BEZERRA, E. L. Entrevista CROS. Jomal do Conselho Federal de Odontologia CFO,seVout e nov/dez de 2003.

BIANCALANA, H.; DUARTE, D. A. Revendo Conceitos de Comportamento ePromovendo Saude. Jomal APCD Associa~ao Brasileira de Cirurgioes-Dentistas.Sao Paulo, ago. 2003.

BIASI, G. Tratamento da Dar. Jomal APCD - Associa~ao Paulista de Cirurgioes-Dentistas, Sao Paulo, lev. 2001.

BIBANCOS, F.; LOUREIRO, C. A. A /magem do Cirurgiao-Oentista. Revista ABONaciona!. Rio de Janeiro, lev/mar. 2004.

BONILHA Filho, S. M. Autoconsulta. Jomal APCD - Associa~ao Paulista deCirurgi6es-Dentistas, Sao Paulo, lev. 2003.

CAPRA, F. 0 Ponto de Mutaqao. Sao Paulo: Cultrix, 1982.

CHAVES, J. Biofeedback, 2004. Disponivel em: www.cerebromente.org.br//tecnologia/recursos. Acesso em: 02 de lev. 2005.

CHOPRA, D. Saude Perfeita. 2" ed. Sao Paulo: Best Seller, 2004.

DAMAsIO, A. R. 0 Erro de Descartes. Sao Paulo: Companhia das Letras, 2004.

TOMMASO, M. A. Emoqaes e Qua/idade de Vida. JABO Jomal da Associa~aoBrasileira de Odontologia, Sao Paulo, jan/lev 2003.

DIEGUES, C. Stress. A Vida A/em do Limite. Revista Exame, Sao Paulo, n. 12, 23jun. 2004

47

DUARTE, D. A. Educando a Individuo e Produzindo Saude. Jamal APCD -Associayao Paulista de Cirurgioes-Dentistas. Sao Paulo, out. 2002.

ERICKSON, M. H; HERSHMAN, S; SECTER, I. L. Hipnose Medica e Odonlol6gica.Campinas - SP: Livro Plena, 2003.

FARIA, O. A. Manual de Hipnose Medica e Odonlol6gica. 2" ed. Rio de Janeiro:Atheneu, 1959.

FOURNIOL FILHO, A. A Visao Holislica e a Homem. Jamal APCD - AssociayaoPaulista de Cirurgioes-Dentistas, Sao Paulo, 2004.

GALLINA, V. L. P. A Bioquimica do Eslresse. Jamal APCD - Associayao Paulista deCirurgioes-Dentistas, Sao Paulo, ago. 2003.

GARCIA, S. et al. Retorno Peri6dico:/mportancia na Manutenc;ao da Saude Bucaf.Revista das Associay2lo Brasileira de Odontologia. v. 12, n. 1, feY/mar 2004.

GERBER, R. Medicina Vibracional. 7' ed. Sao Paulo: Cultrix, 1988.

GON<;ALVES, F. A. "Navegar e Preciso, Viver nao e Preciso". Jomal APCDAssocia9ao Paulista de Cirurgioes-Dentistas, Sao Paulo. Espa90 Holistico. Fev.2003.

GUEDES, V.; MONARI, C. Rescue Remedy e Lavanda. Informativo Mona's Flower.Campinas - SP, n.1, 2003.

GOLEMAN, D. Inleligimcia Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995

HESCOT, P. 0 Fuluro Sera a Odontologia Humanizada. JABO Jamal da Associa9aOBrasileira de Odontologia, mai/jun. 2003.

HOWARD, J. 0 trabalho do Dr. Edward Bach. Inglaterra: Wingmore Publications,1998.

JONAS, W. 8., LEVIN, J. S. Tratado de Medicina Complementar e Alternativa.Barueri - SP: Manole, 2001.

LAUSSAC, R. G. R.; LAUSSAC, P. L. M. Pineal Trainer: Biofeedback. Rio deJaneiro: Guanabara, 1992.

LIMA, J. G. 0 Equilibria do Cerebro e da Alma. Revista Veja. Sao Paulo. n. 48, dez2004.

LIMA, I. C. 0 Estresse TamMm Pode Causar Mau Halito. Jornal APCD Associa9aOBrasileira de Cirurgioes-Dentistas. Abril 2003.

48

MARTINS, E. F. Historia: Milton Erickson e a Hist6ria Ericksoniana. SociedadeBrasileira de Hipnose, 2004. Disponivel em:www.sociedadebrasileiradehipnose/noticias. Acesso em 02 fev. 2005.

MONARI, C. 0 Despertar da Alma com os Florais de Bach. Sao Paulo: Roca, 2001.

MONARI, C. Participando da Vida com os Florais de Bach. Sao Paulo: Roca, 1997.

MONARI, C. Filosofia do Dr. Bach, 2005. Disponivel em www.institutobach.com.br.Acesso em: 13 mar. 2005.

NADER, H. A. LAPREA, i. M. Possibilidades Terapeuticas da Acupuntura emOdontologia. Revista ABO Nacional. Rio de Janeiro, ago/set 2004.

NORDIC, P.P. et al Retorno Peri6dico: Importiincia na Manuten,iio da SaudeBucal. Revista ABO Nacional. Rio de Janeiro, fev/mar. 2004.

OKESON, J. P. Tratamento das Desordens Temporomandibulares e Oc/usao. 4' ed.Sao Paulo: Artes Medicas, 2000.

QUIROGA, O. Astrologia Real. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.

RATEY, J. J. 0 Cerebro. Um Guia para 0 Usuario. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

RODRIGUES, G. et a/. Venl'a na Carreira sem Enlouquecer. Revista Isto E. SaoPaulo, 11 de maio de 2005.

SCHREIBER, D. S. Curar 0 Stress, a Ansiedade e a Depressao sem Medicamentonem Psicanalise. Sao Paulo. Sa Editora, 2004.

SCHERER, D. A. Agape 0 Amor Verdade. Curitiba - PR: Intenl'oes Pre-impressao,2004.

SILVEIRA, F .. X. Terapias Complementares Chegam ao Dentista. Medcenter Brasil,2005. Disponivel em: www.odontologia.com.br/noticias. Acesso em: 14 mar. 2005.

SIQUEIRA, J. 1. 1., TEIXEIRA, Manoel J. Dor Orofacia/. Diagnostico, Terapeutica eQualidade de Vida. Curitiba - PR: Maio, 2001.

TULKU, T. 0 Caminho da Habilidade. 7" ed. Sao Paulo: Cultrix, 2001.

VENANCIO, D. et al. Terapia Floral. Escritos Selecionados de Edward Bach. 7' ed.Sao Paulo: Ground, 1991.

WEEKS, N. As Descobertas Medicas de Edward Bach Medico. Publica,ao doinstituto Dr. Edward Bach. Campinas, Sao Paulo, 1998.