Século XII ao século XIV.. as Cruzadas luta contra os mouros Santiago Matamouros.
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Século XII ao século XIV.
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luta contra os mouros
Santiago Matamouros
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o feudalismo
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poder espiritual do clero
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A canção da Ribeirinha (Esta cantiga de Paio Soares de Taveirós é
considerada o mais antigo texto escrito em galego-português: 1189 ou 1198, portanto fins do século XII. Segundo consta, esta cantiga teria sido inspirada por D. Maria Pais Ribeiro, a Ribeirinha, mulher muito cobiçada e que se tornou amante de D. Sancho, o segundo rei de Portugal. )
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E, minha senhora, desde aquele dia, ai / tudo me foi muito mal / e vós, filha de don Pai / Moniz, e bem vos parece / de ter eu por vós guarvaia (guarvaia: roupas luxuosas) / pois eu, minha senhora, como mimo (ou prova de amor) de vós nunca recebi / algo, mesmo que sem valor.
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No mundo ninguém se assemelha a mim / enquanto a minha vida continuar como vai / porque morro por ti e ai / minha senhora de pele alva e faces rosadas, / quereis que eu vos descreva (retrate) / quanto eu vos vi sem manto (saia : roupa íntima) / Maldito dia! me levantei / que não vos vi feia (ou seja, viu a mais bela).
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Trovadores - poetas que compunham a letra e a música de canções. Em geral uma pessoa culta
Menestréis - músicos-poetas sedentários; viviam na casa de um fidalgo, enquanto o jogral andava de terra em terra
Jograis - cantores e tangedores ambulantes, geralmente de origem plebéia
Segréis - trovadores profissionais, fidalgos desqualificados que iam de corte em corte, acompanhados por um jogral
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Dentro do Trovadorismo galego-português, as cantigas costumam ser divididas em:
a) Líricas: Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo b) Satíricas: Cantigas de Escárnio e Cantigas de Maldizer
A cantiga mais antiga é a da Ribeirinha
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Cantiga de amor
ela é a suserana
ele é o vassalo
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amor do trovador pela mulher amada. mulher idealizada. contemplação platônica. uso de “mia senhor”. sofrimento por amor. vassalagem amorosa. amor cortês. refrão.
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Senhora, partem tam tristesmeus olhos por vós, meu bem,que nunca tam tristes vistesoutros nenhuns por ninguém.
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Tam tristes, tam saudosos,tam doentes da partida,tam cansados, tam chorosos,da morte mais desejososcem mil vezes que da vida.
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Partem tam tristes os tristes,tam fora d'esperar bem,que nunca tam tristes vistesoutros nenhuns por ninguém.
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O trovador coloca-se no lugar da mulher que sofre
pelo amado que partiu.
mulher concreta-real (mulher do povo).
conversa com a natureza.
popular - mulher camponesa.
uso do termo “amigo” = namorado, amante, marido.
paralelismo e refrão.
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Tipos
-Alvas (quando se passam ao amanhecer):
Levantou-s'a velida (a bela) / Levantou-s'à alva; / e vai lavar camisas / e no alto (no rio) / vai-las lavar à alva (de madrugada). - D. Dinis.
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-Bailias (quando seu cenário é uma festa onde se dança):
E no sagrado (local sagrado, possivelmente à frente de uma igreja), em Vigo / bailava corpo velido (uma linda moça) amor ei! - Martim Codax.
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Romarias (sobre visitas a santuários, enquanto as "madres queymam candeas"):
Pois nossas madres van a San Simon / de Val de Prados candeas queimar (pagar promessas) / nós, as menininhas, punhemos d'andar (vamos passear). - Pero de Viviães.
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- Barcarolas ou Marinhas (falam do temor de que o "amigo" vá às expedições marítimas; do perigo de que ele não volte mais.
Vi eu, mia madr' , andar / as barcas e no mar, / e moiro de amor! - Nuno Fernandes Torneol
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- Pastorelas (quando seu cenário é o campo, próximo a rebanhos):
Oi (ouvi) oj'eu ua pastor andar, / du (onde) cavalgava per ua ribeira, / e o pastor estava i senlheira, (sozinha) / a ascondi-me pola escuitar... - Airas Nunes de Santiago.
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Enquanto Deus me der vida,viverei triste e coitada,porque se foi meu amigo,e disso fui a culpada,
pois que me zanguei com elequando daqui se partia:por Deus, se agira voltasse,muito alegre eu ficaria.(fim)
Cantiga de Amigo
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Levantai, amigo, que dormis as manhãs frias;
Todas as aves do mundo com amor diziam:
alegre ando eu!
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Levantai, amigo, que dormias as frias manhãs;
Todas as aves do mundo com amor cantavam;
Alegre ando eu! (fim)
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sátiras diretas;linguagem mais vulgar;os temas centrais destas cantigas são as disputas políticas, as questões e ironias que os trovadores se lançam mutuamente.
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Martim jogral, que defeita,sempre convosco se deitavossa mulher!
Vedes-me andar suspirando;e vós deitado, gozandovossa mulher!
Do meu mal não vos doeis;morro eu e vós fodeisvossa mulher!
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As sátiras eram feitas de forma indireta;
Usam-se palavras de duplo sentido.
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CANTIGA DE ESCÁRNIO
Ai, dona feia, foste-vos queixar que nunca vos louvo em meu cantar; mas agora quero fazer um cantar em que vos louvares de qualquer modo; e vede como quero vos louvar dona feia, velha e maluca!
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Dona feia, que Deus me perdoe, pois tendes tão grande desejo de que eu vos louve, por este motivo quero vos louvar já de qualquer modo; e vede qual será a louvação: dona feia, velha e maluca!
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Dona feia, eu nunca vos louvei em meu trovar, embora tenha trovado muito; mas agora já farei um bom cantar; em que vos louvarei de qualquer modo; e vos direi como vos louvarei: dona feia, velha e maluca!
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