Temas & Problemas de Comunicaci n N 8 · 2017. 7. 31. · TEMAS Y PROBLEMAS DE COMUNICACION 3 En...

TEMAS Y PROBLEMAS DE COMUNICACION 1

Indice:

3 Presentación

5 A formação universitária de jornalistas naAmérica LatinaJosé Marques de Melo

19 En el Mercosur ¿la comunicación dónde está?Liliana Llobet

35 ¿Multicultural electrónica? Una aproximaciónsocio-cultural sobre la Televisión por Cable.Roxana Cabello

47 Juventud y sectores sociales: apuntes parala comprensión del problema.Ramón Monteiro

61 Entradas periodísticas. Diferentes opciones paracomenzar a escribir una crónica.María Aurelia Caritá

71 Con nuestra timidez, temblando suavementeen el balcón. Sobre los estilos de investigacióncomunicacional y la experiencia local.Edgardo L. Carniglia

91 La comunicación entre dudas, paradojas yalgunas razones siempre provisorias.Gustavo Cimadevilla

Intercambio de RevistasSra. Directora / Depto. Ciencias de la Comunicación / Fac. Ciencias Humanas.UNRC / Agencia Postal Nro. 3 / 5800 - RIO CUARTO -TE/FAX: (358) 4676285 / E-mail: [email protected]

ImpresiónTalleres Gráficos UNRCDiciembre de 1998

En INTERNET http://www.unrc/dcc.htm.edu.ar

T E M A S Y P R OB L E M A SD E C O M U N I C A C I O N

es una publicación delDepartamento de Ciencias de laComunicación, Facultad de CienciasHumanas, Universidad Nacional deRío Cuarto. Río Cuarto. Argentina.

AÑO 6. Vol. 8. 1998

UNIVERSIDAD NACIONALDE RIO CUARTO

Rector:Alberto Cantero Gutiérrez

Decano Fac. Cs. Humanas:Abelardo Barra Ruatta

Directora Depto. Ciencias de laComunicación:Analía Angeli

Editor Responsable:Gustavo Cimadevilla

Consejo Editorial:Analía AngeliMabel GrilloEduardo CastroFrancisco Martínez SánchezJacques GuyotJoão C. Canuto

Secretaría:Ariadna Cantú

Diseño y fotomontaje de tapa:Carlos Pascual

ISSN 1514-2159

2 TEMAS Y PROBLEMAS DE COMUNICACION


En este número

Las clásicas Escuelas de Periodismo pasaron, en la década del 70, aconvertirse en Facultades o Escuelas de Ciencias de la Información. En losochenta, en tanto, un nuevo maquillaje cubrió esos rostros académicos.Desde allí y hasta hoy, en esas unidades converge un amplio espectro dedisciplinas y perfiles de formación, en el marco de las denominadas carrerasde Ciencias de la Comunicación.

Ese recorrido, seguramente con diversas contingencias, ha sido el demuchas de las escuelas de este continente y también ha sido el de nuestracasa de estudios. Así, en 1998 festejamos 25 años de vida institucional.Veinticinco años de formar licenciados, de acompañar sueños audiovisuales,proyectos de investigación y esfuerzos continuos por acercar la universidada su ambiente social inmediato.

Este número, aún cuando nuestra revista no se caracteriza por tratarun tema eje por edición, permite observar y discutir varios lugares de esepaisaje académico. El profesor Marques de Melo, por ejemplo, nos cuentacomo ha sido la historia de la “formación universitaria” de nuestrosperiodistas latinoamericanos. Carniglia, por su parte, repasa los estilos deinvestigación que han caracterizado los esfuerzos de conocimiento de losintelectuales de este espacio regional y -en nuestro caso específico-, delDepartamento que hoy nos da cabida. “La comunicación entre dudas,paradojas y algunas razones siempre provisorias”, discute luego, cómo elobjeto de estudio que nos reúne en una disciplina tiene, a pesar de ladispersión, un recorte característico.

Acompañando ese marco, el trabajo de Liliana Llobet repasa, desdeun enfoque más político, cómo la comunicación se hace presente en lasagendas del Mercosur. Posteriormente, Roxana Cabello y Ramón Monteiroincursionan a través de análisis más cercanos a la sociología y antropología,dos rasgos de ópoca: el consumo de medios audiovisuales, por una parte, ylos modos en que la juventud se configura como categoría social, por otra.Finalmente, Caritá expone una experiencia docente vinculada a enseñarparte del “abc” de todo profesional de medios: qué opción tomar paracomenzar a escribir una crónica periodística.

Con este número, también Temas y Problemas de Comunicación sesuma a la RED IBEROAMERICANA DE REVISTAS DECOMUNICACIÓN Y CULTURA e informa sobre uno de los eventos queprestigiará nuestra universidad en 1999: El III Encuentro de docentes eInvestigadores de la Comunicación del MERCOSUR.

Gustavo Cimadevilla


A FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA DEJORNALISTAS NA AMÉRICA LATINA

José Marques de Melo


A FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA DEJORNALISTAS NA AMÉRICA LATINA*

José Marques de Melo**

1. Panorama latino-americano

Os programas universitários de formação de comunicadores sociaisdesenvolveram-se na América Latina paralelamente ao processo deindustrialização (Marques de Melo, 1992) . As transformações começarama ocorrer no período entre guerras, quando a escassez de produtos importadosobriga os Estados nacionais a fomentar a produção de bens para o mercadointerno, criando fábricas e gerando novos empregos. O incremento doconsumo pressupõe o abastecimento de informações pelas empresasgeradoras de produtos jornalísticos, diversionais ou persuasivos. Não haviaestoque suficiente de recursos humanos capazes de processar esse tipo debem simbólico. Para atender à nova demanda de profissionais decomunicação surgem as escolas respectivas dentro das universidades latino-americanas.

As primeiras experiências educacionais despontam na Argentina e noBrasil. Já na década de 30 criam-se ali programas de capacitação dejornalistas. A Argentina inspira-se no modelo profissionalizante norte-americano. O Brasil recorre ao padrão academicizante europeu. Mas tantono Brasil quanto na Argentina ocorrem procesos de nacionalização daspioneiras escolas de jornalismo. Elas vão sendo sufocadas, pouco a pouco,pelas engrenagens arcáicas das respectivas universidades.

Seus egressos encontram dificuldades para obter empregos. Osempresários do ramo os consideravam incapazes de realizar as tarefasbásicas da profissão. Eles recebiam treinamento frágil, pela ausência delaboratórios nas universidades. Mas em compensação estocavamconhecimentos humanísticos que os habilitavam a desempenhar a contentoas rotinas informativas, depois de reciclados nas empresas.

Tais experiências são reproduzidas em Cuba, Mexico, Equador,Venezuela e Colômbia, na década seguinte. São cursos projetados comvocação profissionalizante, mas que se afastam desses objetivos,contaminados pelo ambiente livresco e discursivo das nossa universidades.Raramente desenvolvem atividades experimentais, convertendo-se emnúcleos de formação de comunicadores distanciados da realidade.

As únicas exceções nesse panorama ocorrem no Brasil e na Venezuela,nos anos 50. Em São Paulo, a Escola de Jornalismo Cásper Líbero foicriada por iniciativa de uma poderosa empresa jornalística, que facultava oacesso dos primeiros estudantes à sua infra-estrutura produtiva (Marquesde Melo, 1994) . Em Caracas, o funcionamento da Escola de Jornalismo daUniversidade Central foi respaldada pela organização sindical dos jornalistas- antiga AVP, hoje Colegio de Periodistas - e por isso sua estrutura inicial

*Conferencia pronunciada enel Departamento de Ciencias dela Comunicación de laFacultad de Ciencias Humanas- Universidad Nacional de RíoCuarto - 21/4/98

** Titular de la CátedraUNESCO de Comunicaciónpara el Desarrollo Regional.Universidad Metodista de SanPablo - Brasil


demonstra vitalidade profissionalizante e perspicácia investigativa (Aguirre,1996) . As duas experiências foram atrofiadas, no correr do tempo,assumindo fisionomia reducionista, estritamente acadêmica.

Quando, no final da década de 50, a UNESCO (1961) promove umdiagnóstico sobre o estado da comunicação no continente, os resultadosatestavam o fracasso das nossas universidades, indicando o seu descompassoem relação às estratégias desenvolvimentistas, que requeriam veículos eprofissionais capacitados para promover progresso e bem-estar social. Porisso, criou-se o CIESPAL - Centro Internacional de Estudios Superiores dePeriodismo para América Latina -, com a função de reciclar os professoresdas escolas de jornalismo e treinar novos docentes (CIESPAL, 1963).

E sem dúvida o CIESPAL cumpriu um papel modernizador emultiplicador, disseminando novos conceitos e instrumentos de ação. Dentreeles, destaca-se a pesquisa científica como instrumento indispensável aoplanejamento de novas estratégias comunicacionais (Marques de Melo,1997a).

Este é o momento caracterizado pela difusão das tesesdesenvolvimentistas, disseminadas pela CEPAL -Comissão Econômica paraa América Latina- órgão da ONU que estimula a industrialização autárquicacomo via para a substituição de importações. Todavia, correntes depensamento contrárias a essa tendência encontravam eco nos países latino-americanas (Mattelart, 1973) . A vitória da Revolução Cubana fortalece atese de que o desenvolvimento pode ser alcançado pela estatização dosmeios de produção (Silva, 1970).

Tais idéias provocam conflitos, acarretando ações de natureza preventiva,que conduziram à intervenção dos militares nas estruturas nacionais depoder. Os golpes de Estado sucedem-se nos Andes, América Central e ConeSul, interrompendo as nossas frágeis experiências democráticas. Comoconsequência, vão se fortalecendo os movimentos de resistência aoautoritarismo, que encontram eco profundo nas universidades (Prieto, 1984).

Nessa conjuntura, o CIESPAL comete o equívoco de transformar aspioneiras escolas de jornalismo em faculdades de ciências da informação,sem avaliar a conjuntura internacional e sem observar a natureza dos modelosvigentes nas sociedades capitalistas avançadas. Propõe um modelo curricularpolivalente (Kelly, 1966) que conflitava com as tendências industriais deespecialização profissional. Essa proposta pedagógica prentendia aindaunificar as experiências pedagógicas, praticamente eliminando as diferençasculturais ou econômicas entre os países da região.

O resultado foi danoso, criando guetos “comunicológicos” (Corral, 1982;Solis, 1988) dentro das universidades que, permeáveis aos sentimentos anti-autoritários, se converteram em espaços de cultivo do alternativismo (FuentesNavarro, 1987). Em contrapartida, refugaram quaisquer opçõesmodernizantes (Fuentes Navarro, 1988), de natureza industrial. Essatendência persistiu até o final dos anos 80, transformando as escolas decomunicação em fábricas de desempregados (Lins da Silva, 1991) .

Se não foi uniforme em todo o continente, tal onda incrustou-se de formaprofunda em muitas universidades (Sanchez, 1987), distanciando as escolasde comunicação do mercado de trabalho e das demandas da sociedade.Naturalmente, existiram exceções, mesmo assim estigmatizadas pelas


lideranças acadêmicas da área, inibindo-as no seu desenvolvimento.Quando a América Latina coloca um ponto final nos regimes autoritários

e se reconverte à democracia, esperava-se uma contribuição decisiva dasuniversidades, especialmente das escolas de comunicação para sedimentarpolíticas democráticas de comunicação. Era a oportunidade para que osmodelos “alternativos” fossem colocados em prática, tendo em vista aconjuntura internacional favorável (Fadul, 1991).

No entanto, verificou-se um fracasso da comunidade acadêmica da área.Ela havia apostado nas soluções estatizantes (refugadas pela opinião pública)ou tinha criado micro-modelos de comunicação participativa que não secoadunavam com as exigências modernas de sistemas informativosindustriais e altamente informatizados (Marques de Melo, 1991).

É compreensível que muitos desses comunicólogos se tenham covertidoem profetas do caos e estejam refugiados hoje nos cursos de pós-graduação,buscando influenciar (sem muito êxito) as novas gerações, querendoconquistar adesão para teses ultrapassadas (Fadul, 1992). É por isso tambémque as as tentativas de criação de mestrados profissionalizantes encontramresistência nas universidades de vários países. As lideranças que sefrustraram historicamente tentam usar o poder acadêmico que possuempara impedir mudanças, especialmente aquelas que representam formas deinteração com o mercado e as profissões (Marques de Melo, 1997b).

2. Singuralidades brasileiras

No Brasil, o ensino e a pesquisa em comunicação possuem muitasidentidades com o panorama latino-americano. No entanto, ocorreramtambém divergências que tornaram singulares as nossas experiências.

A raiz da questão está no refluxo brasileiro à onda homogeneizadoraencetada pelo CIESPAL nos anos 70 (Meditsch, 1992). O governo militaraderiu inicialmente ao currículo destinado a preparar comunicadorespolivalentes, mas não resistiu à pressão vinda das corporações profissionais.Prontamente restabeleceu o sistema de formação de comunicadoresespecializados: jornalistas, publicitários, relações públicas, radialistas,videoastas, cineastas e editores (publishers).

Não obstante mantenha um “tronco comum” (formação humanística oufenomenológica), o currículo estabelecido em 1984 (Kunsch, 1992)reconhece a autonomia das profissões, exigindo estudos específicos, ao longoda carreira, para o seu aprendizado (Meditsch et al., 1987).

No entanto, o aspecto diferenciador da educação brasileira decomunicadores sociais está no requisito de laboratórios e equipamentostécnicos para o treinamento dos futuros profissionais (Silva, 1987). Umcurso de jornalismo, por exemplo, deve contar com infra-estrutura didáticaque inclui: hemeroteca, estúdios de fotografia, diagramação, radiodifusão,televisão, telemática etc.

Além disso, as universidades que mantem tais cursos são obrigadas aeditar jornais e outras publicações experimentais (Lopes, 1989), destinadasà simulação de situações compatíveis com as características do mercado detrabalho.

Finalmente, exige-se de cada estudante, no último semestre do curso, a


elaboração de um projeto experimental (Targino et al., 1994), que representaum passaporte para o seu ingresso na profissão.

Essa exigência procura compensar uma excrescência da legislaçãobrasileira, que é a proibição de estágio nas empresas jornalísticas. Trata-secontudo de uma prescrição legal que permanece “letra morta’, poisgeralmente os estudantes burlam a vigilância dos sindicatos ou do governoe ingressam precocemente nas empresas de menor porte.

Aliás, a interação com o mercado de trabalho constitui o calcanhar deaquiles das escolas de comunicação no Brasil. Não obstante consideradadesejável e inadiável, a aproximação vem caminhando lentamente. Nascidades menores ela é mais fácil e rápida. Mas nos grandes centrosmetropolitanos, as dificuldades persistem. Apesar disso, já começam oocorrer parcerias satisfatórias, principalmente no caso daquelas escolasque assumem nitidamente um perfil profissionalizante. As empresas facilitamo acesso de alunos e professores às inovações que introduzem em suasrotinas de trabalho e ao mesmo tempo valem-se da competência dospesquisadores universitários para avaliar criticamente os produtos lançadosno mercado.

O fator considerado decisivo para o incremento dessas relações está no“desarme ideológico”. A partir da sua experiência concomitante comodocente da principal escola de comunicação do país e editor do principaljornal diário brasileiro, Carlos Eduardo Lins da Silva traça um quadrorealista da questão.

“’E preciso (...) lançar pontes para que haja um melhor contato entreempresas e escolas. Para que isso ocorra, é preciso fazer algumas coisas.Primeiro, o desarme ideológico é fundamental. Enquanto a universidadeestiver armada ideologicamente contra as empresas, isso não vai acontecer.(...) A segunda pre-condição essencial é uma atitude mais moderna dosempresários em relação ao assunto, porque a maioria absoluta dosempresários acha que gastar qualquer dinheiro com o ensino é jogar dinheirofora. Ou seja, o capitalismo que se pratica ainda na maior parte das empresasde comunicação no país é absolutamente selvagem - o lucro pelolucro...”(Lins da Silva, ob. cit., p. 34)

Hoje, existe no país mais de duas centenas de programas universitáriosno campo da comunicação. São institutos, faculdades, escolas edepartamentos que priorizam a formação de comunicadores ao nível degraduação. A demanda estudantil para esses cursos é a maior em todo osistema universitário brasileiro. Na Universidade de São Paulo, por exemplo,cada vaga para o curso de Publicidade é disputado por, pelo menos, 70candidatos. No caso de Jornalismo, a relação é de 50 candidatos-vaga.

O aluno ingressa no curso de comunicação social, mas geralmente faz aescolha da habilitação profissional, logo no vestibular. São poucas asinstituições que adiam essa escolha para o segundo ou terceiro anos. Issoindica a importância atribuida à profissionalização, no ensino de graduação,ainda que muitos formandos não estejam plenamente habilitados ao exercíciodas atividades ocupacionais para as quais estudaram. Na tentativa de criarum filtro de qualidade, o Ministério da Educação acaba de criar um examede final de curso, com a intenção de avaliar se a aprendizagem foi satisfatória.Ainda que o resultado desse exame não impeça legalmente os formandos


do ingresso ao mercado de trabalho, sem dúvida o desempenho negativodos pretendentes a empregos será fator decisivo para a decisão de umaempresa, na hora da contratação.

A inovação introduzida pelo governo brasileiro, seguindo aliásexperiências vigentes em outros países, indica a saturação do mercado detrabalho nacional em relação ao número de diplomados pelas universidades.No caso de Jornalismo, a situação é preocupante, estimando os sindicatosda categoria que as novas gerações de formandos na verdade destinam-se aengrossar as legiões de desempregados.

3. Perfil dos novos jornalistas

Desde o final dos anos 60, a profissão de Jornalista tornou-se privativados portadores de diploma de nível universitário, obtido em cursosespecíficos, credenciados e reconhecidos pelo governo federal. Os jornalistasque já estavam no exercício da profissão, há mais de cinco anos, tiveram osseus direitos garantidos. Até o final da década de 70, ocorreram contrataçõesexcepcionais de jornalistas sem formação universitária ou advindos de outrasáreas do conhecimento, justamente naquelas regiões onde não havia cursosde jornalismo.

A reserva de mercado constituiu fator de crescimento da redeuniversitária. Nas regiões onde inexistiam cursos de jornalismo, eles foramsendo criados paulatinamente, por pressões de natureza corporativa. Hoje,com raras exceções de territórios localizados na Amazônia, todas as unidadesda federação possuem cursos de jornalismo. A maior concentração está nosul e sudeste, onde também existe maior incremento demográfico, ademaisda presença de empresas jornalísticas de grande porte.

Todavia, a qualidade dos jornalistas diplomados é desejável. Háinstituições que primam pela excelência do ensino, formando profissionaiscapacitados para ingressar imediatamente no mercado de trabalho. Noentanto, a maioria lança à sociedade recursos humanos absolutamentedespreparados para o exercício profissional.

Considerando, a média dos profissionais jovens, podemos traçar oseguinte perfil ocupacional: eles possuem conhecimentos básicos da atividadejornalística, mas não desenvolveram habilidades para manejar as novastecnologias e tampouco armazenaram conhecimentos humanísticos que oscapacitem a compreender de forma integral os fatos que geram notícias.Contam com potencial para ingressar no mercado de trabalho, faltando-lhes porém competência profissional. Em face disso, as principais empresasjornalísticas montaram programas de reciclagem, destinados a superar asdeficiências dos candidatos a repórter ou redatores. São atividades de curtaduração, consistindo basicamente na absorção dos princípios que embasamas rotinas produtivas da empresa.(Fernandes, 1997)

Mas nem todos os formandos conseguem um lugar ao sol nessesprogramas de reciclagem empresarial. As chances ficam reduzidas aos maiscompetitivos, capazes de demonstrar talento. Além disso, tais cursinhosnão logram sanar as deficiências básicas da formação dos novos jornalistas.Eles funcionam como mecanismos de atualização profissional, permitindoque os ingressantes à profissão reduzam a defasagem entre o ritmo pouco


veloz da universidade e a rapidez peculiar aos processos de produção emescala industrial. Permanece insolúvel a deficiência fundamental da novageração de jornalistas brasileiros: o embasamento humanístico e científicoque habilita o profissional a entender a sociedade e a registrar na mídia osseus movimentos quotidianos. Enfim, o lastro cognitivo que sustenta odesempenho analítico e crítico do redator, repórter ou editor.

4. Projetos inovadores

Algumas universidades buscam superar tal impasse, fugindo à camisade força comunicológica que se tornou hegemônica em todo o país. Eladecorre da matriz que alimenta a formação dos novos docentes - a pós-graduação acadêmica. Trata-se de programas geralmente dirigidos econtrolados por doutores procedentes de outras áreas do conhecimento(principalmente sociologia e linguística), que tomam a comunicação como“pretexto” para as suas pesquisas universitárias, desconhecendo o “contexto”em que os mídia atuam e influenciam a sociedade.

Logo, a geração emergente de professores de comunicação , portadoresde títulos de Mestre e Doutor, possui, com raras exceções, um viéscomunicológico que atrofia a compreensão dos fenômenos de naturezaprofissional. Alguns demonstram capacidade para superar esse desvio deformação, mas a maioria fica prisioneira dos esquemas mentais herdadosdos seus mestres.

São poucas as universidades que tentaram concretamente furar obloqueio. Apesar das críticas constantes que sofrem das empresas, asuniversidades se escudam equivocadamente no estatuto da “autonomia”,deixando de reconhecer a defasagem entre ensino/pesquisa e demandas dasociedade. O pano de fundo da questão está na crise conjuntural dauniversidade brasileira, refém do corporativismo interno e surda aos anseioscomunitários.

Mas há experiências que contabilizam resultados positivos e que podemfuncionar, a médio prazo, como modelos capazes de ser reproduzidos emoutras instituições.

Dentre eles destaca-se o projeto da UNICAMP que vale a pena descrevere comentar.

A Universidade Estadual de Campinas decidiu, em 1993, iniciaratividades no campo do Jornalismo. A iniciativa partiu do então Reitor,Carlos Vogt, que resgatava idéia lançada pelo seu antecessor, Prof. PauloRenato Souza, hoje ocupando o cargo de Ministro da Educação.

A proposta era investir na formação pós-graduada de jornalistas,considerando que os profissionais diplomados ao nível de graduação nãoatendem às exigências da sociedade contemporânea. Eles formam umcontingente de jovens inexperientes para enfrentar a cobertura dos fatosnoticiosos, correspondendo, quanto muito, às demandas da reportagem geralnas pequenas empresas. Sua bagagem intelectual é deficiente, justamentepor não terem tido oportunidade de aprofundar os estudos em áreasespecíficas do conhecimento (Vogt, 1994).

A intenção da UNICAMP é desenvolver programas de formação pós-graduada, em dois níveis: a) preparando especialistas provenientes de áreas


estratégicas do saber para compreender o universo midiático, dominandoos processos de produção jornalística; b) complementando a formação dosjornalistas recém graduados, proporcionando-lhes especialização em camposuniversitários demandados pelo mercado informativo.

Quando decidiram atuar desta maneira, as lideranças da UNICAMPtinham consciência de estar remando contra a maré corporativista (Lage).Mas, ao mesmo tempo, estavam motivadas pelo descontentamento dacidadania. Captavam sinais de desapreço à qualidade dos produtosjornalísticos em circulação no mercado. Para sua melhoria, vislumbravamcom nitidez a carência de profissionais competentes.

Para desenvolver esse programa, foi criado o Laboratório de EstudosAvançados em Jornalismo, como órgão integrante do Núcleo deDesenvolvimento da Criatividade. Trata-se de uma estratégia que vem dandoresultados positivos na UNICAMP: antes de iniciar atividades regulares deensino e pesquisa numa área nova do conhecimento, a instituição patrocinaestudos prévios em laboratórios, com a finalidade de acumularconhecimentos avançados. Só depois de avaliar a complexidade da novaárea e de experimentar alguns projetos, decide-se pela criação de estruturaspermanentes destinadas a englobar ensino, pesquisa e extensão (Vogt, 1994).

Apresentando publicamente à sociedade em abril de 1994, o Laboratóriode Jornalismo fez, através do seminário fundador “A Imprensa em questão”,amplo diagnóstico dos desafios enfrentados pela mídia jornalística nopanorama contemporâneo das transformações sócio-culturais, político-econômicas e científico-tecnológicas (Dines et al., 1997).

Esse evento confirmou o cenário antes esboçado pela equipe fundadorado Laboratório, cujos contornos podem ser assim descritos 1:

a) As rápidas mudanças tencológicas no campo dascomunicaçõesprecisam ser avaliadas, assimiladas e adaptadas ao panoramabrasileiro.

b) Em todo o mundo, o jornalismo vive um momento de perplexidadediante da proliferação contínua de produtos híbridos que a ameaçam aidentidade e das funções da imprensa.

c) Diante dos desafios da competitividade (inclusive internacional), asempresas jornalísticas brasileiras devem preparar-se para enfrentá-la semperder os seus atributos.

d) A globalização da informação, a multiplicação das fontes emissorase a massificação das audiências geram padrões de comportamento que podemcomprometer os fundamentos éticos e as responsabilidades sociais da nossaimprensa.

e) Informação é cultura e a imprensa não pode ignorar sua vocaçãooriginal como deflagrador do processo de desenvolvimento do país emotivador das mudanças de atitude.

f) A veloz concentração da mídia no mundo inteiro criou fórmulasmassificadoras que debilitam o espectro de opções, podendo comprometero próprio sistema democrático em sociedades desprovidas de sólidasinstituições culturais. A menos que sejam criados mecanismos capazes deprojetar alternativas eficientes.

Para corresponder a tais demandas, o Laboratório delineou suas metasa curto prazo:

1- Laboratorio de Estudosavançado em Jornalismo, Rua1 (1995): 145-148, Campinas,UNICAMP-NUDECRI


a) Fornecer o ambiente, estímulos, recursos humanos e instrumentalpara o acompanhamento das mudanças na mídia imprensa e eletrônica.

b) Servir à sociedade brasileira, aos países lusófonos e latino-americanoscomo forum de debates jornalísticos.

c) Estabelecer o indispensável intercâmbio universidade-empresa.d) Oferecer oportunidades de desenvolvimento técnico e cultural para

jornalistas em exercício ou candidatos à profissão.e) Identificar problemas, pesquisar soluções e criar alternativas no

campo do jornalismo para empresas, organismos governamentais,instituições da sociedade civil ou entidades profissionais.

Durante os três primeiros anos, o Laboratório de Jornalismo daUNICAMP realizou atividades de natureza exploratória: seminários,simpósios, colóquios,consultorias, objetivando testar formas de açãoconcreta (Marques de Melo, 1996). Para o próximo, estão delineados osseguintes projetos prioritários:

a) Monitoramento da mídia - Trata-se de um acompanhamento regulare sistemático do comportamento da mídia brasileira, avaliando o desempenhoprofissional dos seus jornalistas e mantendo um diálogo permanente com asociedade. Para tanto, mantém um espaço regular no ciberespaço,denominado “Observatório da imprensa”, contando com o respaldo doComitê Gestor da Internet no Brasil.

b) Especialização de jornalistas - Depois de explorar áreas-fronteiraque demarcam as relações do jornalismo com a universidade, decidiu-seprivilegiar dois campos: ciências e esportes. Trata-se justamente dos objetosjornalísticos que suscitam respectivamente maior interesse dos formadoresde opinião e dos cidadãos comuns. Cursos de pós-graduação em JornalismoCientífico e em Jornalismo Esportivo estão sendo montados para formarjornalista habilitados ao exercício profissional qualificado.

Por meio dessas estratégias, o Laboratório de Jornalismo de Campinasvem ocupando espaço significativo no cenário acadêmico/profissionalbrasileiro. Demonstra assim como reagir ao imobilismo, ao conformismo eem certo sentido ao derrotismo que em certo sentido esclerosam o edifíciouniversitário latino-americano.

Para tanto, organizou-se como núcleo ágil, enxuto e ousado, evitando aelefantíase burocrática e recorrendo principalmente a parcerias comempresas, órgãos públicos e movimentos sociais.

Os resultados até agora obtidos são modestos, mas alentadores. Contudo,só o tempo confirmará a eficácia da sua metodologia de trabalho.

5. Perspectivas

Há cinquenta anos, a América Latina vem desenvolvendo esforços paracapacitar jornalistas na universidade. A melhoria dos produtos informativosem circulação na região sem dúvida foi respaldada por tais esforços dasinstituições acadêmicas. Entretanto, as universidades não tem sido ágeispara acertar o passo com a sociedade. A velocidade das engrenagensmidiáticas contrasta com a lentidão da vida acadêmica, produzindo tensõese conflitos.

Além disso, a criação de escolas e faculdades de comunicação, a partirdos anos 60, ampliou o universo temático, correspondendo a outras


atividades culturais emergentes nos setores da persuasão, lazer e educaçãoà distância. Mas a tentativa de converter a Comunicação Social em campohomogêneo, através de currículos unificados, acabou por distanciar-se dastendências vigentes no mercado, que trilhava pelo caminho da especializaçãoprofissional.

O Jornalismo sofreu o impacto desse processo reducionista, de certomodo atrofiando-se, deixando de corresponder às demandas sociais e deacertar o passo com a modernidade. Em muitas universidades latino-americanas, desapareceu a preocupação com a formação profissional,privilegiado que foi o universo puramente investigativo, em muitos casosrecusando o empirismo.

De certo modo o Brasil procurou refluir à tendência predominante namaioria dos países hispano-americanos. Continuou a priorizar a formaçãoprofissional dos comunicadores, em nível de graduação, reservando o espaçoda pós-graduação para atividades comunicacionais mais abrangentes.

Entretanto, a eliminação dos programas de formação específica - entreeles o de Jornalismo -, reduzidos a meras habilitações do curso decomunicacão social, acabou por comprometer a identidade dos camposprofissionais. Nas duas útlimas décadas, temos desenvolvido atividadesuniversitárias de bom nível, convivendo, porém, com críticas constantesque procedem tanto das empresas, quanto das corporações profissionais.

Algumas universidades ousaram furar esse bloqueio, experimentandosoluções alternativas. Elas estão sendo orientadas por duas diretrizes:

a) Re-demarcar o espaço e a identidade do Jornalismo, dentro douniverso comunicacional, como atividade de ensino ao nível de graduação;

b) Construir uma nova identidade universitária para o Jornalismo,enquanto ação pós-graduada, partindo do pressuposto de que o exercícioprofissional contemporâneo exige uma base cultural sólida em áreasespecíficas do conhecimento.

São experiências em processo, suscitando o interesse de toda acomunidade acadêmica e das corporações profissionais, que podem servircomo ponto de referência para inovações a serem testadas em outros países.

6. Referencias

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3/6/94, p. 3


EN EL MERCOSUR ¿LACOMUNICACIÓN DÓNDE ESTÁ?

Liliana Llobet


EN EL MERCOSUR ¿LACOMUNICACIÓN DÓNDE ESTÁ?

Liliana Llobet

Desde el siglo pasado, existió el pensamiento de unidad continental delos pueblos hispanoamericanos. La idea de formar una confederación deEstados fue el germen del pensamiento geopolítico cuyas bases planteabanun reordenamiento territorial desde México hasta Tierra del Fuego.

En la década del ‘60, la idea de integración se sustentaba en la economíacomo proceso de desgravación arancelaria para ampliar el comerciointrazonal. Se pensaba que un mercado común similar al europeo era lasolución óptima para el subdesarrollo.

Después de la guerra de las Malvinas (1982), los pueblos y gobiernoslatinoamericanos retomaron la idea de integración rechazando la políticacolonialista de Inglaterra y Estados Unidos.

La presión del país del norte y de los holdings transnacionales deterioraronel intercambio. Las políticas proteccionistas que fueron adversas y la grandeuda externa contribuyeron a crear contradicciones entre el verdaderodesarrollo y los intereses locales.

No ha existido coherencia y coordinación (más allá de los logrosobtenidos) en cuanto a una definición concreta y general sobre integraciónque permitiera llevar adelante las acciones en el marco de proyectos serios.Si bien nuestro país ha viabilizado y favorecido la creación y el desarrollodel MERCOSUR, en esos momentos la cúpula gobernante estuvo y estáhoy más interesada por ingresar al NAFTA (por la presencia de los EstadosUnidos) que por seguir impulsando la iniciativa en el Cono Sur. Similarpostura asumió Chile y sostiene hasta hoy México pues han puesto susexpectativas más importantes en la Unión Europea. No es casual que lospasos dados en el Mercado Común del Sur todavía sean dificultosos aún enel ámbito económico.

Argentina, Brasil, Paraguay y Uruguay han iniciado un proceso deintegración -al que se han sumado Chile y Bolivia- para constituir unMercado Común Sudamericano, a partir de los principios suscritos en losTratados de Asunción. Estos tratados surgen de los protocolos de integraciónArgentino-Brasileños firmados por los presidentes Sarney y Alfonsín enRío de Janeiro en 1985 y otros acuerdos bi o trilaterales sobre aranceles.

La propuesta del MERCOSUR comenzó por implementarse con unasemiapertura arancelaria -como primera etapa hacia un mercado común-priorizándose algunos rubros de la producción como los casos de lasindustrias alimentaria y automotriz.

El intento de concretar políticas comunes en otras áreas permitió losprimeros pasos en aspectos educativos, jurídicos y culturales. En este últimocaso, los intercambios se han mantenido en el ámbito de los espectáculosautóctonos incentivando este tipo de actividades.

El aspecto tecnológico ha sido analizado en su vinculación con nuevas


formas de producción y su incidencia en los índices de desempleo y sucorrelato: la conversión de mano de obra para adaptarla a las nuevasperspectivas.

La Información y las Telecomunicaciones han sido enfocadas en elaspecto económico (reducción progresiva de aranceles hasta el año 2006).No hay planteos integrales tendientes a encontrar respuestas a este tipo deinterrogantes:

1) Dimensiones del monopolio informativo frente a laglobalización.2) Control que pueden ejercer los países desarrollados (casiexclusivamente Estados Unidos) sobre el flujo internacional dedatos.3) Características del acceso a las autopistas informáticas, cómose profundizan las tradicionales asimetrías.4) Tipos de discriminación que emergen a partir de las nuevasformas de regionalización.

Las iniciativas sobre Telecomunicaciones han ingresado en el Mercosur,como temas, a través de dos grandes bloques a partir de junio de 1992(Palau. 1994:99), luego del encuentro en Las Leñas. En aquel momento elsubgrupo de Trabajo 3 (SGT3), que analizó las normas técnicas, se habíapropuesto como plazo hasta noviembre del mismo año para el inicio de lasinterconexiones en zonas limítrofes. Hasta ahora, sin embargo, no ha habidoningún avance al respecto.

Otro de los asuntos que se incluyó fue la armonización de la legislaciónsobre red telefónica pública computarizada aplicada a la seguridad física yplanificación de secuencias. Se fijó, para noviembre de 1993, la finalizaciónde la armonización sobre administración del espectro radioeléctrico,señalización, radiocomunicaciones, sistemas radioeléctricos con prestacióny uso exclusivo. En ninguno de los países signatarios se han registradomodificaciones legales en ese sentido, excepto en el ámbito específico de latelefonía celular y rural, en el caso de Argentina y la sanción de la Ley9612/98 que regula el Servicio de Radiodifusión Comunitaria en Brasil.

Un consultor de la Comunidad Europea, especialista entelecomunicaciones, trabajó durante 1993 sobre el análisis de lainfraestructura de telecomunicaciones dentro de los estados integrantes delMERCOSUR, los costos de las telecomunicaciones en secretarías ycancillería y las mejores soluciones técnicas para proporcionar contactosentre las cancillerías. Este objetivo se logró entre Argentina y Brasil, no asícon los otros dos socios pues en el caso de Paraguay no cuenta con lainfraestructura necesaria para conectarse a INTERNET.

Entre las actividades que se realizaron a partir de esta consultoría fue lavisita de las representaciones ante la ALADI con el consultor en informáticapara evaluar la situación. Hasta aquí los encuentros emprendidos enTelecomunicaciones dentro de la compleja estructura del MERCOSUR.

Las acciones realizadas en el área de comunicación pueden visualizarseen el siguiente cuadro:


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Los datos a partir de los cuales se construyó el cuadro permiten observarque los intentos por compatibilizar estrategias o acciones conjuntas enmateria de comunicación han sido relativamente aislados registrándose elmayor número de encuentros en 1992. En todos los casos, las propuestasson a nivel de intenciones excepto la decisión de los secretarios de Cultura,en el primer año en que se comienza a tratar el tema, para favorecer la

Cuadro 1(*):Encuentros realizados en el MERCOSUR vinculados con lacomunicación. (En particular entre Argentina y Brasil)

* Fuente: Palau, Tomás .“Comunicaciones y Mercosur”.En “Comunicación, cultura ycambio social”. Ed. Loyola.1994.


utilización de los medios masivos para profundizar los niveles de integración.Otra acción concreta aprobada fue la visita de especialistas europeos decomunicación a los países miembros del MERCOSUR.

Normativas vigentes relacionadas con los medios

Para viabilizar este tipo de propuestas es imprescindible conocer lasnormas constitucionales que aseguran los derechos a la comunicación y lalibertad de expresión en el MERCOSUR. La validez de las cláusulasconstitucionales es el marco en el que se define la política y la legislaciónsobre los medios. El conocimiento de las mismas ayuda, en modo sustantivo,a efectuar la comparación necesaria para la búsqueda de coincidencias.

ConstitucionalesEn Argentina, la Constitución Nacional, en su artículo 14, garantiza la

libertad de publicar las ideas por la prensa sin censura previa para todoslos habitantes de la Nación. En el artículo 32 se prohibe al CongresoNacional dictar leyes que restrinjan la libertad de imprenta o impongansobre ella la jurisdicción federal.

Según la Constitución de Brasil, no pueden imponerse restricciones a lamanifestación del pensamiento, a la creación, la expresión o la información,ni sobre cualquier forma o proceso o vehículo de las mismas (artículo 220).En sus incisos, este artículo dispone:

“1.- Que ninguna ley contendrá disposiciones que puedan constituirobstáculos a la plena libertad de información periodística encualquier medio de comunicación social.2.- Está vedada toda censura de naturaleza política, artística eideológica.3.- Los medios de comunicación social no pueden ser directa oindirectamente objeto de monopolio u oligopolio.4.- La publicación de medios de comunicación impresos no dependede licencias previas de las autoridades.”

También se establecen criterios sobre explotación de la radiodifusión:

1.- La propiedad de las empresas periodísticas queda limitada alos brasileños.2.- Compete al Poder Ejecutivo otorgar concesiones, permisos oautorizaciones para los servicios de radiodifusión, procurando elprincipio de complementariedad entre los sistemas privado, públicoy estatal.3.- Se crea como órgano auditor del sistema el Consejo Nacionalde Comunicación Social, previa sanción legislativa sobre suinstitucionalización.

En Paraguay, la Constitución de 1992 garantiza -en los artículos 26 al31- una amplia gama de derechos a la libre expresión de la personalidady la creatividad (25), la libre expresión pública y difusión de las ideas porla prensa (26), al empleo y finalidad de los medios de comunicación socialgarantizando el interés público de su funcionamiento, el pluralismo


informativo y prohibiendo las prácticas de censura indirecta como lasdiscriminaciones en el alcance de los insumos.

El artículo 28 reconoce el derecho a la información veraz y ecuánime,junto con el derecho a acceder a las fuentes. En este mismo artículo apareceel derecho a la rectificación. En el 29, se reconoce el derecho al libreejercicio del periodismo, el secreto de las fuentes y los derechos autoralesemergentes de su tarea. El artículo 30 proclama el libre y equitativo accesoa las frecuencias radioeléctricas, que son declaradas dominio público delEstado.

En el caso uruguayo, el artículo 29 consagra la libertad de comunicaciónde pensamientos por palabras, escritos privados o públicos, o por cualquierotra forma de divulgación, sin censura previa, sin perjuicio de lasresponsabilidades ulteriores en que pudieran incurrir el autor, el emisoro el impresor por los abusos cometidos. En el artículo 89 se reconoce elderecho del periodista al secreto profesional.

El siguiente cuadro resume y permite visualizar comparativamente lasdisposiciones legales referidas a los medios de comunicación en los cuatropaíses:

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Este cuadro comparativo permite observar que los cuatro paísesreconocen la libertad de expresión. En los casos de Argentina, Uruguay y

Cuadro Nº 2 (*):Normas constitucionales referidas a la comunicación

vigentes en los cuatro países del MERCOSUR

* Fuente: Periódico de laFederação Nacional DosJornalistas Profissionais(FENAJ). Río de Janeiro. 1995.


Paraguay se explicita también el principio de la interdicción de la censuraprevia. Brasil es el único país que, además de reconocer la libertad deexpresión, incluye en su Constitución criterios referidos a la propiedad delos medios electrónicos pero aclara que los impresos no necesitan licenciaspara ser difundidos. Habilita al poder Ejecutivo para otorgar concesiones ycrea el Consejo Nacional de Comunicación Social. Estas reglamentacionesen los otros tres países figuran en la Leyes de Radiodifusión.

En los principios sustanciales hay total coincidencia. Esto permitereconocer el punto de partida desde el cual inician una tarea conjunta.

La concentración de medios

Según la totalidad de los informes presentados por las Organizacionesde Periodistas de los cuatro países integrantes del MERCOSUR, se observauna marcada tendencia a la concentración en la propiedad de los medios,formación de oligopolios determinados por la llamada “propiedad cruzada”,es decir, la existencia de un solo titular de empresas de radiodifusión ymedios impresos.

En el caso de Argentina, luego de la sanción de la Ley de Reforma delEstado se produjo en muy poco tiempo un proceso de concentración depropiedad cruzada de medios de radiodifusión y gráficos tanto en formalocal como nacional a través de la constitución de cadenas.

Se habían conformado grupos de integración horizontal (varios mediosde la misma naturaleza en distintos lugares del país) de un mismo propietario,situación consolidada además por la cooptación de gran cantidad de canalesde cable en favor de emisoras centrales que les venden sus señales satelitales.

En la Argentina de hoy, a nivel privado existen 95 emisoras radiales, 37canales de televisión abierta y más de un millar de circuitos cerrados detelevisión por cable o aéreos codificados. A esto debe sumarse cerca de unaveintena de televisoras y una docena de radios de administración provincial.

Fuera de este panorama considerado como plenamente “legal” hoyfuncionan en el espectro argentino casi 1300 radios locales de frecuenciamodulada con permisos precarios entregados por el Estado Nacional. Lasituación de estas emisoras se regularizaría con llamados a concurso, peroéstos se encuentran suspendidos desde 1984.

Habitualmente -dada la modificación jurídica de 1989 y el proceso deprivatización- los multimedios proceden en su mayor parte de propietariosde medios gráficos. El panorama actual de los grupos multimedios es elsiguiente:


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En Argentina la mayor concentración de medios se da en Capital Federal,

Cuadro Nº 3 (*):Grupos de multimedios en Argentina. * Fuente: Periódico de la

Federação Nacional DosJornalistas Profissionais(FENAJ). Río de Janeiro. 1995.


aunque estas características monopólicas se reeditan en varias de lasprovincias. En estos casos la diversidad de medios en manos de un mismopropietario es menor.

Cuadro Nº 4 (*):Grupos mediáticos más importantes en Brasil

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En el caso de Brasil, el resultado del análisis no ofrece mejorescondiciones para el pluralismo y la diversificación de los medios. Latelevisión se ha consolidado desde 1970 (época de régimen militar) comomedio de comunicación social con mayor nivel de desarrollo en cuanto a sualcance, llegando hoy a cerca de 100 millones de personas en un universode 36 millones de aparatos.

Según estimaciones de la FENAJ existen en Brasil más de 400concesiones para empresas de televisión, 2800 de radios de AmplitudModulada y Frecuencia Modulada y 303 periódicos que alcanzan una tiradaglobal de 3 millones 500 mil ejemplares.

En la distribución de audiencias y potenciales propios de cada grupo oconjunto de medios de un mismo titular, aparece una clara preeminencia delas tendencias monopolísticas de las grandes concentraciones.

Estos grupos definieron el esquema comunicacional de Brasil hasta queel presidente Sarney otorgó concesiones de radio y televisión a diputados ysenadores durante la celebración de la Asamblea Constituyente, provocandoasí una mayor acumulación de medios en los sectores ligados al poder.



Cuadro Nº 5 (*):Grupos multimediales en Paraguay

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En el Paraguay, la situación es diferente pues ha recuperado la democraciaen 1989. Ello significa que, como en todo renacer de la libertad de expresión,ha habido un considerable aumento del interés de la comunidad por laparticipación, a la par que fueron reabiertos medios clausurados por elanterior régimen militar.

Este interés comunitario creciente no se tradujo en un procesodemocratizador de los medios -no se opondría al tenor del texto constitucionalaprobado en 1992- sino que ha habido un crecimiento notorio sólo en losniveles de grandes empresas que conformaron grupos multimediales. Ellodetermina que estos nuevos multimedios y redes continúan rigiendo el medioy controlando las informaciones, además de las alianzas con empresas deproducciones y señales extranjeras y de deporte en condiciones monopólicas.

Posiblemente por la falta de respaldo político del Partido Colorado, dosde los diarios con mayor tirada no se han convertido en multimedios: “ABCColor” de Aldo Zucolillo y “Última hora” propiedad de Demetrio Rojas. Aeste último no se le reconocen vínculos comerciales de característicasmultimediales, aunque sí relaciones de tareas conjuntas con radio Cáritas,Canal 9 y Radio 1º de Marzo.

Cuadro Nº 6 (*):Holdings empresarios multimedios en Uruguay



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En Uruguay la situación tiene similitudes con las descripciones anteriores.Los medios de comunicación son objeto de esquemas de propiedad cruzaday de concentración horizontal y vertical, con una importancia notoria de laciudad de Montevideo en el diseño de la actividad periodística.

La monopolización en Uruguay aparece diversificada (diferentes medios)en el caso de un solo grupo. Los otros constituyen holdings de medioselectrónicos o gráficos exclusivamente.

Aspectos profesionales

En la Argentina existen serias problemáticas profesionales relacionadascon la actividad en los medios y riesgos de su ejercicio. En este aspectopueden destacarse algunas:

- Derogación del delito de desacato, por el que más de un centenar decausas contra periodistas se han iniciado por denuncias de funcionarios delEstado

- Creación de comisiones provinciales de protección y seguridad deperiodistas como en las provincias de Santiago del Estero y Santa Fe

- Aprobación de los proyectos de ley sobre secreto profesional en lasprovincias de Mendoza y Chubut

- Aprobación, con rango constitucional, del secreto profesional en lasconstituciones de Córdoba y Jujuy

- Aprobación de la ley de acceso a las fuentes oficiales en Jujuy y enChubut. En esta última existe también la ley de amparo informativo contrafuncionarios que se nieguen a facilitar información no calificada comoreservada a los periodistas

- Derogación del Decreto 555 de la provincia de San Juan que limitabaa los periodistas el acceso a las declaraciones de los funcionarios

- Tratamiento legislativo de proyectos de leyes provinciales sobre secreto

(*) Fuente: Periódico de laFederaçao Nacional DosJornalistas Profissionais(FENAJ). Río de Janeiro. 1995.


profesional en Santa Fe, Chaco, Buenos Aires y Santiago del Estero.A nivel educativo existen cerca de 35 mil estudiantes de comunicación

social y periodismo, diseminados en carreras universitarias e institutosterciarios. La obtención de títulos en esas casas de estudios implicanhabilitación para el desarrollo profesional.

En el caso de Brasil existen serias iniciativas relacionadas con la actividadde los medios de comunicación social:

- Creación del Consejo Nacional de Comunicación Social- Ley de democratización de la información propulsada por el Foro

Nacional de Democratización de la Comunicación- Defensa de la obligatoriedad de la habilitación para el ejercicio del

periodismo- La derogación del régimen de habilitación provisoria para la actividad

periodística- La fijación de las condiciones para reglamentar las pasantías y becas

de estudiantesEn Paraguay han existido avances importantes:- Con el advenimiento de la democracia en el marco de la sociedad- Esto no se ha trasladado a los propios medios de comunicación. El

periodismo de investigación no se ha extendido a la totalidad de la actividaddestacándose su ausencia en las áreas de la economía, por la afectación alas estructuras de poder con las que se encuentran ligadas.

- Los principios de libertad editorial no están de acuerdo con la legalidad.En la Constitución se otorga a los periodistas la facultad de escribireditoriales contrarios a la línea editorial de la empresa pero en la prácticase sigue censurando comentarios y suprimiendo programas por presionesde autoridades locales, sobre todo en emisoras del interior.

- Las condiciones de seguridad profesional se caracterizan por estarsujetas a amenazas y agresiones hacia aquellos periodistas que difundenhechos de corrupción. En este mismo ámbito y en relación con los órganospúblicos se han incrementado las acciones por difamación contra periodistas

En Uruguay no existen condicionamientos académicos para laincorporación de un trabajador como periodista profesional:

- A partir de 1984 se han creado las primeras carreras de comunicaciónsocial y periodismo en el marco de la Universidad del Trabajo, la Universidadde la República y la Universidad Católica.

- En la faz laboral existen discriminaciones internas puesto que elgobierno no fija pautas de negociación para la actividad privada. Estasdiferencias se deben a distintos grados de organización sindical.

De estos datos sobre la situación de los medios de comunicación en loscuatro países signatarios del MERCOSUR surgen aspectos genéricossimilares pero también muchas diferencias de condiciones de habilitaciónque determinan la necesidad de estudiar en profundidad las asimetríasexistentes.

Las similitudes de procesos de concentración de medios en las manos depocos empresarios tornará difícil la adopción, por parte de los Estados, demecanismos regulatorios adecuados para evitar la concentración regionalen forma de cadenas que obstaculice el flujo informativo internacional, elejercicio profesional de periodistas de un país en otro o las eventuales


asimetrías forzosas que pudieran producirse por las políticas deflexibilización y abaratamiento de costos laborales y condiciones de trabajoen alguno de ellos.

La multiplicación de medios en los cuatro países, pero esto no hamejorado la comunicación a nivel de los estados (por diferenciassubstanciales de acceso a los productos tecnológicos) y mucho menos entrelos pueblos involucrados. En el caso de Brasil, San Pablo y Río de Janeiroconcentran el 77 por ciento de las ventas de periódicos. En cinco ciudadesde ese país se vende el 85 por ciento del total de los periódicos más difundidosde la nación. En dos de esas cinco ciudades la gente consume el 75 porciento de los periódicos más importantes.

En Argentina hay diez grupos económicos que concentran el poder detodos los servicios públicos y hay sólo cinco grupos que controlan el 85 porciento de los medios, incluso las transmisiones en directo de partidos defútbol.

Esta distinción se hace necesaria porque esto está íntimamenterelacionado con el acceso a los mercados, respecto de los cuales lastelecomunicaciones constituyen una modalidad de prestación.

Se origina así la necesidad de determinar qué va a considerarseinformación general y cuál estratégica, puesto que el acceso a esta últimapuede dar a las empresas ventajas absolutas favoreciendo sustancialmentesu capacidad de competencia.

Debería entonces considerarse un derecho de patente sobre aquellainformación caracterizada como estratégica, privada o confidencial, teniendoen cuenta que el manejo cada vez más fluido de datos transfronterizos implicaconocimientos técnicos reconocidos legalmente y de servicios particularesde una empresa determinada.

No puede negarse la importancia que reviste el acceso a las redes deinformación y a los canales de distribución de los datos. La trascendenciade esta situación en el caso particular de los países en desarrollo para quepuedan ampliar sus exportaciones e integrarse a la economía mundial fuereconocido en la Ronda Uruguay.

Esta opción se plantea en cuatro niveles: intraempresarial,transempresarial, interempresarial y metaempresarial. En el primer caso seposibilita dar coherencia y sistematizar las actividades diarias compartiendoinformación y tratamiento con los usuarios finales de una misma compañía;en el segundo permite la creación de un enlace entre una empresa y susproveedores y asociados directos.

Las redes interempresariales favorecen las alianzas, compartirinformación estratégica y conocimientos técnicos a efectos de contribuir ala cooperación. La última categoría de red puede ejercer influencia en elcontexto en que opera un grupo de empresas, en particular en lo referido adeterminación y aplicación de normas comunes sobre tecnología de lainformación.

Este nuevo panorama -que redefine también lo laboral cuya tendenciaes la especialización cada vez más específica- surge como viabilizador deintentos anteriores no concretados en el plano del manejo de la informacióny los recursos tecnológicos.

Con la puesta en órbita de un satélite compartido entre los países que


conforman el MERCOSUR sería factible la concreción de algunos de lospostulados propuestos por la UNESCO en el sentido de lograr cooperacióntécnica no sólo entre los Estados sino también entre empresarios quecomercializan productos electrónicos. Al mismo tiempo permitirá formarun frente común para posicionarse mejor en el diálogo Desarrollo/Subdesarrollo, aunque Argentina se encuentra en desventaja en el rubro dela producción propia respecto de Brasil que cuenta con una infraestructuramás sólida y organizada para la producción y la competencia internacional.

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¿MULTICULTURAL ELECTRÓNICA?Una aproximación socio-cultural sobre laTelevisión por Cable

Roxana Cabello


¿MULTICULTURAL ELECTRÓNICA?Una aproximación socio-cultural sobre laTelevisión por Cable*

Roxana Cabello**

Sobre una investigación realizada durante 1997, exploraré algunosaspectos de lo que considero el fenómeno comunicacional más importanteque se produjo en la Argentina en los últimos diez años, y que influye engran medida en la transformación que operó el sistema comunicacional ensu conjunto. Me refiero al desarrollo y expansión de la TELEVISIÓN PORCABLE. Una tecnología de la comunicación bastante reciente que cumplela función de nacionalizar las señales de televisión abierta de Capital Federaly ser , además, vehículo de un conjunto cada vez más grande de canalesextranjeros, que con sus propios idiomas y programaciones, llegan hastalos más recónditos y pequeños pueblos del país.

El fenómeno de la TVCable se impuso en Argentina con más fuerza queen el resto de las naciones de Latinoamérica e incluso, Europa.Efectivamente, el crecimiento de esta industria tiene en nuestro territoriodimensiones notables: a partir de 1995 el índice de penetración ascendió al53.2%., el tercero en el mundo luego de EE.UU. y Canadá. Considerandoeste fenómeno en porcentaje relativo a la población de cada provincia, losíndices son menos elevados para Capital Federal y Gran Buenos Aires quepara el resto del país.(IBOPE, 1996)

El carácter periférico de nuestra nación acentúa la importancia y lanovedad de la actual presencia de las imágenes a distancia, en “tiemporeal”: podríamos estar instalados en una dimensión “multicultural”electrónica, que se difunde, vía TV Cable, en circuitos microsociales yregionales de una forma inimaginable hace pocas décadas. El fenómeno esfuertemente sociocultural y con implicancias en las formas de hacer política,en la relación público - privado, en los procesos decisorios, en la formaciónde nuevas sensibilidades de época.

Me pregunté entonces si es probable que la expansión de la TVCableconlleve una desterritorialización de la experiencia visual que puedamodificar no sólo los procesos de constitución de competenciascomunicativas sino también el conjunto de las pautas de sociabilidad portratarse de un fenómeno de crecimiento sostenido.

Por consiguiente, abordé mediante esta investigación el fenómeno delcable, con su impronta transnacional y multicultural, desde los territoriosperiféricos y microsociales de su recepción, focalizando el relevamiento dedatos en dos localidades distantes y con características bien diferentes en elpaís. Esta decisión no solamente se funda en la importancia que con sufunción de repetidor ha tenido inicialmente el cable en distintas áreas, sinotambién en la posibilidad de indagar los diferentes aspectos de su influenciasegún se trate de zonas con distintas características en cuanto a su estructuraproductiva, de población, de pautas culturales, etc.

* El presente trabajo fueelaborado a partir de algunosresultados de una investigaciónrealizada en el Instituto deInvestigación en CienciasSociales (USAL), sobre elimpacto socio cultural de latelevisión por cable enArgentina. Además de lasdimensiones que se comentanen este artículo, se exploraronciertos aspectos del impactosocio cultural en zonasestratégicas desde el punto devista del filtrado del cable enla sociedad (influencia enaspectos tales como lectos,conductas juveniles, estéticalocal, etc.); las modificacionesoperadas a partir de larecepción de TVC por losindividuos con organizacionestales como partidos políticos,sindicatos, clubes, etc.. Setrató de un diseño cualitativorealizado sobre la base deentrevistas en profundidad yobservación etnográfica en laslocalidades de Bahía Blanca yVilla de Uspallata.

** Investigador formado conDirector en el Instituto deInvestigación en CienciasSociales (Universidad delSalvador). Prof. Ajunta a cargode la cátedra de Sociología dela Comunicación . Escuela deSociología . USAL.. Lic. enSociología de la UBA.


Dada la dificultad de abarcar la totalidad de las dimensiones queconforman los fenómenos de influencia, establecí un recorte que se expresóen los objetivos de investigación, entre los cuales se contaban: Investigarde qué manera influye la TVCable en la constitución del imaginario depobladores de las provincias con respecto a la Capital Federal (susrepresentaciones y expectativas) ; describir las modificaciones operadas apartir de la recepción de TVC por los individuos en sus relacionesinterpersonales y en el uso del tiempo libre e indagar cómo influye larecepción de TVC en los consumos culturales de la gente.

1. La opción metodológica.

Si se parte de la conceptualización de la comunicación como un procesoy se acepta la interdependencia constante entre factores que están en juegoal producirse la influencia de los medios, un estudio a largo plazo seríamuy rico como estrategia de análisis, pero demasiado costoso.

El estudio de casos abordado en base a una metodología de tipocualitativo, ofrece un aporte importante si apuntamos a la significación delconsumo medial y de la actuación comunicativa, analizando laspercepciones; las cosas asumidas y compartidas; la actividad y lasinteracciones cotidianas con los medios; los contextos situacionales en quelos medios se disfrutan y se utilizan. Se trata entonces de visualizar ciertosfactores de integración entre vida social y fruición medial, el vínculo entrela experiencia cotidiana de los sujetos y el uso de los media y los modelosde interpretación que las personas aplican a ellos (Wolf, M., 1994)*, tratandode identificar además puntos de cruce entre la cultura local y la culturaextraterritorial.

El relevamiento no se centró, por tanto, en los contenidos de la TVCablesino en los públicos. Más específicamente tomando como “materia prima”del análisis el modo en que los televidentes perciben su propio consumode la TVCable. Por consiguiente, me pareció oportuno implementar undiseño cualitativo y seleccioné distintos procedimientos técnicos: observaciónetnográfica, historia de vida comunicativa y entrevista en profundidad.

Las entrevistas se realizaron en hogares abonados a alguna empresa deTVCable, a personas de ambos sexos que realizan un consumo televisivode al menos ocho horas semanales. Otras variables duras consideradas fueronnivel socioeconómico y edad. En lo que respecta al primero, incluí sectoresmedios (con jefes de hogar profesionales, pequeños empresarios, empleadoscon cargos jerárquicos) y medio- bajos ( con jefes de hogar asalariados ocuenta propistas en distintos oficios). En cuanto a las franjas etarias,consideré tres grupos que sospeché a priori que podrían conformar unacuasi tipología:

· Un grupo de niños, “hijos de la TVCable” , es decir, no mayores de12 años.

· Un grupo de adolescentes y adultos jóvenes , comprendido en elintervalo de 18-35 años, los “hijos de la TV” - parafraseando a Bechelloni-

· Un grupo de adultos entre 36 y 60 años, los “sorprendidos por laTV”.

El número de entrevistas a realizar no estaba del todo preestablecido. El

* Wolf, M. (1994) Los efectossociales de los Media. Paidós,Barcelona.


criterio para determinar los topes fue el de saturación por categorías,tomando como parámetro los tipos sugeridos según generaciones .

El trabajo de campo se realizó en dos localidades de nuestro país: laciudad de Bahía Blanca en la provincia de Buenos Aires y la villa deUspallata, en la provincia de Mendoza. Cada una de estas poblacionespresenta rasgos diferenciales con respecto a la otra, que tomados luego enforma conjunta, nos permiten contemplar un interesante abanico deposibilidades contextuales del impacto de la Televisión por Cable.

2. El producto.

Expongo a continuación algunas de las observaciones realizadas sinpresentar los rasgos que identifiqué para cada “generación televisiva” (porlimitaciones de espacio). Sólo incluyo, por tanto, consideraciones generalesque no responden a la totalidad de los objetivos planteados 1 . Debo aclarar,sin embargo, que el diagnóstico efectuado a partir de esta investigación- algunas de cuyas dimensiones , ya manifesté, no aparecen en este artículo-permite reforzar la convicción de que los media (en este caso la televisiónque llega por cable) se constituyen en uno de los diversos planos de laexperiencia social en los que se producen y reproducen representacionesque pueden llegar a ser recursos para la interacción de los individuos. Eldiscurso de la televisión, ahora desmultiplicado en diferentes pantallas,distintas imágenes, idiomas diversos, se integra a los tantos otros juegos delenguaje que actualizamos continuamente en la interacción comunicativa.

Esta convicción oficia así de marco para la presentación de misobservaciones que, con el objeto de facilitar la lectura , he ordenado entorno a algunas de las variables principales.

a. Sobre los hábitos de consumo de televisión:

En primer lugar, no pude constatar que la aparición de la televisión porcable modifique cualitativamente los hábitos de consumo de TV. Ningunode los cambios significativos que se producen a lo largo de su historia detelevidentes que reconstruyen los entrevistados se vinculan directa oexclusivamente con los cambios observados en la televisión. Es decir, cuandose trata de identificar cambios de actitudes, de valoraciones, el medio y suinfluencia quedan en un segundo plano en las representaciones de estaspersonas. Antes bien, las transformaciones en materia de gustos, de horariosprivilegiados, de situaciones preferidas para mirar televisión se vinculancon aspectos como : los cambios de intereses en las distintas etapas de lavida; la disponibilidad de tiempo libre; la aparición de los hijos; etc..Asociaciones entonces con variables extra televisivas. La aparición de laTVC no ha hecho otra cosa que ofrecer la posibilidad de distribuir loshábitos de consumo históricamente construidos y siempre variables , en unabanico de opciones mayor y más heterogéneo, e invitando a ampliar eltiempo de exposición frente al televisor.

b. Sobre el consumo de información:

Ahora bien, el hecho de que la aparición de la televisión por Cable no

1- El informe final de estainvestigación se encuentradisponible para su consulta enla sede del IDICSO, calle H.Yrigoyen Nº 2441. 1er. piso.(1089) Cap.Fed.


modifique sustantivamente per se los hábitos de consumo de televisión, nosignifica que no tenga una fuerte impronta en otras dimensiones socio-culturales más ampliamente vinculadas con la generación de sentido y conlos procesos de integración social.

Sin lugar a dudas, el dato más significativo a este respecto es el que seconstruye con los comentarios sobre el consumo de información.Independientemente de las distintas interpretaciones, existe consenso endestacar la fuerte presencia de la información como rasgo constitutivo de lacultura posmoderna. El desarrollo de las nuevas tecnologías de lainformación ha reforzado este rasgo dando lugar a lo que se ha dado enllamar el proceso de planetarización, que suele considerarse desde el puntode vista de la integración que posibilita. Por ejemplo, un primer nivel deintegración es el que se produce en relación con la información provenientede Capital Federal. Sobre todo en Bahía Blanca, las personas buscaninformarse a partir de los programas de noticias de los canales de airecapitalinos. En general, hay una valoración positiva de la producción deeste tipo de programas en relación a los cuales se destaca el profesionalismode los periodistas y la seriedad de las investigaciones. Este último aspectoes subrayado sobre todo por los “hijos de la TV”, que tienen en la televisiónsu principal fuente de información y prefieren el estilo dinámico queprogramas como “Telenoche” imprimen al tradicional género de noticias.

Los noticieros de Buenos Aires ofrecen entonces las mejores condicionesde posibilidad para producir y distribuir las noticias del ámbito nacional.En lo que respecta a los canales locales, en general, sus públicos seconstituyen en busca de información de la zona. Pero el consumocomplementa el de los noticieros capitalinos.

Las noticias internacionales también resultan de interés para estosbahienses, pero más que seleccionarlas en los canales de noticias (los canalesespecializados en información son los menos elegidos), los entrevistadosvuelven a depositar su voto en los canales capitalinos. Como vemos, másque integración planetaria, refuerzo del centralismo fronteras adentro.

c. Sociedad de la información?

Me interesa especialmente destacar la importancia que estos televidentesatribuyen al hecho de estar informados. En todos los casos, con excepciónde los chicos, los informativos aparecen como primera mención en cuantoa programas más vistos, opción que se refuerza con la elección de losprogramas periodísticos. Estar al día con la información parece vivenciarsecomo una necesidad, casi como un imperativo que se reactualizacontinuamente en el posterior comentario de las noticias y sucesos comomateria privilegiada de los intercambios entre las personas. Así, una de lasprincipales ventajas que señalan los entrevistados con respecto a la televisiónpor cable, es la posibilidad que ofrece de incorporar más y mejores opcionespara la información.

Pero es indudablemente en Uspallata donde esta ventaja adquiere unasignificación especial. Un lugar en donde se torna difícil captar señales deradio y en donde la televisión por aire se recibe a través de repetidoras quefuncionan ya con sistemas automáticos cuyos arranques fallan por falta de


energía, ya con paneles de energía solar que imposibilitan reproducir laseñal en días nublados. Es entonces cuando la televisión por cable deja deser un lujo para convertirse en verdadera necesidad: la necesidad de noquedar aislados.

En este caso, estar informado es, en las representaciones de estosentrevistados, la manera de evitar el aislamiento. El verbo que más se asociacon el consumo del cable es conectar. En una localidad en la cual hanllegado a estar privados de televisión por aire durante un año por limitacionestécnicas, el advenimiento del cable es sinónimo de conexión permanente. Elcable permite recibir sin dificultades los canales mendocinos, que mantienensu audiencia estable a la hora de las noticias regionales (la prensa que llegadiariamente es también de Mendoza, pero no todos compran el diario).Estos canales representan la única oportunidad que tiene Uspallata deaparecer en pantalla, sólo en caso de accidentes en la ruta u otro tipo decircunstancias excepcionales (la televisión parece haberse obstinado conhacernos seguir de cerca los movimientos de una supuesta “secta religiosa”en los días de la última semana santa). Pero sobre todo, permite tambiénestar al tanto de lo que sucede en Buenos Aires, en el país y en el mundo (enese orden). Todo lo que sucede en el mundo , el mundo mismo, se conoceprincipalmente a través de la pantalla, o mejor, a través de las pantallas queel cable pone a disposición. Porque en Uspallata, mirar tele es mirar televisiónpor cable.

En este sentido, la televisión por cable es verdaderamente una ventanaal mundo. Un mundo que, sin embargo, se mira desde afuera. Porque nohay lugar para Uspallata en ese mundo pantalla (más allá del rinconcitoque ofrece la TV regional). Un pueblo en el que la información circula deboca en boca y en el cual ni los entrevistados ni la gente de la radio considerannecesario un informativo local.

Paradójicamente, entonces, la mejor posibilidad de estar conectados esaquella que refuerza el lugar de exterioridad. Un proceso de planetarizaciónsustentado en la universalización de la información en tiempo real que muypoco opera en el nivel de la integración efectiva. Porque, al menos en estecaso, el saberlo todo sobre el mundo no es sino la mejor manera de resaltary reproducir la no pertenencia, la no inclusión. Movimiento que se ocultaen la fantasía de vencer el aislamiento que, por otra parte, nunca se manifiestaen términos de integración.

Es así como se produce, efectivamente, una desterritorialización de laexperiencia visual. Pero no (como suponía) en el sentido de la constituciónde una multicultural electrónica, producto de la mixtura de pautas culturalestransterritoriales. Sino más bien en la posibilidad de realizar una experienciavisual anclada en la topología de un mundo pantalla, siempre inestable,siempre lábil; que ofrece como contrapartida la oportunidad de objetivarla lenta dinámica que la montaña impone a esta tierra añeja que se dejasorprender por los destellos catódicos.

d. El imaginario sobre el porteño:

La relación con Buenos Aires está mediatizada por la pantalla. Sobretodo en Uspallata, la mayoría de los entrevistados no han estado nunca en


la Capital Federal. En Bahía, en cambio, los viajes a Buenos Aires se hanrealizado pero años atrás. La variable que me interesaba especialmenteexplorar es aquella que se vincula con la construcción del imaginario conrespecto a la vida en la gran urbe, principalmente atendiendo a la percepciónde los porteños que aparecen frente a cámaras: conductores de programas,participantes, gente de la calle.

Estaríamos entonces frente a la pregunta sobre la televisión como espejo,como reflejo del mundo. ¿Puede saberse algo con respecto a la gente deBuenos Aires a través de la televisión?.

Frente a este interrogante (formulado de maneras distintas según elcontexto de la entrevista), las posiciones fueron encontradas. Algunosrespondentes consideran que NO. La mayoría, en cambio, opina que SÍ,que se puede conocer algo de los porteños con sólo mirar la televisión. Sinembargo, llama la atención el hecho de que las respuestas en Uspallata y enBahía Blanca son plenamente coincidentes, utilizan exactamente los mismospredicados: “están todos apurados”; “están todos estresados”; “sonagresivos”; “nadie conoce al vecino”; etc.

Esta marcada coincidencia en los juicios de los entrevistados, me hacepensar en que probablemente esté operando una mediatización previa a laque impone la pantalla. Más que conocer a través de la televisión, parecieraque estas personas buscan identificar en la pantalla los indicadores de unaimagen ya construida, de una especie de preconcepto históricamenteproducido y distribuido que puede entonces reforzarse a partir de hacersevisible. Es decir : “los porteños son desinteresados”, luego, “los porteñosse ven desinteresados”.

Esta probabilidad se fortalece con los testimonios de los mismosentrevistados cuando se refieren a otro tipo de objetos. Por ejemplo, todosconsideran que la situación por la que atraviesa el país es crítica y que lagente está muy afectada por esta situación, la cual se refleja en sus rostros;en sus actitudes; en su estado de ánimo. Sin embargo, en general opinanque la televisión no refleja cabalmente este último cuadro. Digo : una cosaes lo que ponemos en la tele, otra cosa es lo que puede verse por televisióny otra cosa es lo que la televisión muestra.

e. ¿Qué esperamos de la tele?

Creo que lo que está en juego es el continuo Moebius de ficción y realidadque propone la televisión. Nadie cuestiona la credibilidad del medio en loque a información se refiere, más bien pareciera haberse desdibujado ladistancia que separaba tradicionalmente a la televisión de la prensa escritaen cuestiones de confiabilidad. En un momento en que el diario se consideraun gasto más - tanto de dinero como de tiempo, pero sobre todo de esfuerzo-y la televisión se convierte para muchas personas en el principal medio deinformación, no queda otra alternativa que creerle. La incorporación delcable hace que las personas se acostumbren cada vez más a la convivenciaentre ficción y realidad que pueden incluso construir con el uso del controlremoto.

Los entrevistados manifiestan claramente sus demandas a la televisión:piden información y entretenimiento. Cuando se trata de noticias, depositan


su confianza en el informador - aunque muchos de ellos destacan su actitudcrítica frente a lo que se muestra-. Cuando el resto de los “contenidos”televisivos se consumen en clave de entretenimiento, poco importa el gradode veracidad que tengan.

f. El cable y el lenguaje:

Otro de los aspectos que me interesaba indagar era la influencia delconsumo de Televisión por Cable en el nivel del lenguaje. Los entrevistadostienen en general la sensación de que algunas personas - no ellos mismos-adoptan modismos y formas de comunicación propias del discurso televisivo.El lenguaje de la televisión irrumpiría en el habla cotidiana integrándose adiversos juegos de lenguaje. Sin embargo, ninguno puede identificarclaramente signos que ejemplifiquen esta presunción ni tampoco hacen usode ellos de manera directamente observable. Con respecto a los idiomasextranjeros (inglés) algunos admiten reconocer cada vez más vocablos yexpresiones. Pero observan también que aprender un nuevo idioma a partirdel contacto diario con la televisión demandaría una actitud de aprendizajediferente a la que en general se sostiene cuando se está frente a la pantallachica. Sin dudas, la constatación más importante en lo que respecta a estadimensión, es la necesidad de realizar una estudio multidisciplinario a partirdel cual, el aporte de profesionales lingüistas facilite la operacionalizaciónde las variables a observar de modo que pueda capitalizarse másprovechosamente la exploración de estos aspectos.

g. El sedentarismo como pauta:

Finalmente, a juzgar por los testimonios de estos entrevistados, podríadecir que el consumo de Televisión por Cable es probablemente una de lasvariables -seguramente no la única- que está interviniendo en la consolidaciónde una tendencia de reproducción de pautas de sedentarismo en la vida denuestras sociedades de fin de siglo aunque no se trate de grandes centrosurbanos (por lo menos, ofrece motivos para quedarse en casa). Y que estatendencia conlleva posiblemente una fuerte modificación en las modalidadesde relación interpersonal. Es cierto que en Uspallata las ofertas culturalesson muy escasas. Habría que viajar a Mendoza y esto demanda tiempo ydinero extra, por tanto llama menos la atención que la gente se quede encasa viendo tele.

Pero es en Bahía Blanca, (donde el 77% de la población que tiene televisorestá abonada al cable) en donde más claramente puede verse el impacto deTVC en relación con los hábitos de sedentarismo. En primer lugar, podríaafirmar que la incorporación del recurso de la televisión por cable produceuna serie de efectos de desplazamiento en el ámbito de los consumosculturales. Es decir, existen actividades que son sujeto de disminuciónmientras que el consumo de TVC se revitaliza continuamente. Losentrevistados de todas las edades concurren cada vez menos al cine, alteatro, a espectáculos musicales y de otro tipo. En ningún caso argumentanrazones de índole económica. Principalmente, el hecho de “realizar unasalida” implica todo un trabajo: ubicar a los chicos; vestirse para la ocasión;


trasladarse hasta el centro; etc. Quedarse en casa a mirar películas porcable es mucho más cómodo.

El cable influyó también en la modificación de los consumos culturalesque se realizan aún dentro de la casa. Los mismos entrevistados dedicancada vez menos tiempo a las lecturas de ficción y han disminuidonotoriamente el alquiler de videopelículas. Una vez más, el motivo recurrentees la comodidad.

Podría pensarse entonces en la transformación que sufre la vida socialde los entrevistados. Estas personas coinciden en que les gusta mirar elcable a solas o con pocos adultos -preferentemente su pareja-. Noacostumbran compartir la pantalla chica con sus amigos y han dejadopaulatinamente de realizar salidas con otras personas o a lugares concurridos.Si la actividad privilegiada en momentos de ocio es mirar TVC, habría enestos entrevistados una tendencia a reducir sus relaciones interpersonalesdurante el tiempo libre, acotándolas al ámbito familiar o a situaciones muypuntuales para compartir con los amigos (cumpleaños y otros festejos, algunareunión ocasional). Por otra parte, la mayoría de los entrevistados -sobretodo los “hijos de la TV”- perciben que la presencia de la televisión interfiereen la dinámica de las relaciones interpersonales restando, por ejemplo,oportunidades de conversación e intercambios de tono personal.

3. Epílogo.

Según la mirada de los estudios culturales, la cultura está imbricadacon todas las prácticas sociales y es la suma de todas sus interrelaciones.Están hablando de patrones de organización, de formas que caracterizan laenergía humana susceptibles de revelarse en este nivel de las prácticassociales. Este primer trabajo tomó en consideración algunas de estasprácticas, tratando de explorar de qué manera se integran los productosmediáticos que circulan a través de la TVCable. El principal aporte resultaentonces una orientación para un abordaje de los procesos de hibridacióncultural que permita una visualización de etapas, elementos constitutivos,formas que asume la coexistencia. Tal vez enfocar los circuitos híbridospermita desglosar las relaciones entre tradición y modernidad; o visualizarel desarrollo desigual y combinado de diferentes dimensiones a nivel socialy cultural a partir del impacto de la tecnología de la comunicación.

En principio, esta primera mirada ha dejado afuera los contenidos quese distribuyen vía TVCable y nos pone a pensar sobre el alcance de lapresencia de este tipo de televisión. Si bien el diseño cualitativo nos poneun límite a las posibilidades de generalización, es cierto también que nospermite hacer visibles ciertas relaciones, ciertos procesos que puedenestablecer tendencias.

Hemos visto , por ejemplo, que la plurioferta de entretenimiento adomicilio se combina funcionalmente con otras variables contextuales (comola escasez de otras ofertas atractivas, las dificultades que genera la presenciade hijos, la distancia a los centros de entretenimiento) y arroja como resultadola permanencia de las personas puertas adentro durante su tiempo libre.Tendencia que podría caracterizarse como sedentarismo, no solamenteporque pone de manifiesto la reticencia a los desplazamientos físicos sino


porque privilegia, además, un uso del cuerpo bastante limitado a la posiciónmás cómoda para la exposición frente al aparato de televisión.

Hemos indagado también la articulación de ciertos imaginarios como elque caracteriza la relación centro- periferia o la importancia que se atribuyeal consumo de información. En fin, hemos explorado prácticas culturalesatravesadas por la televisión, mediatizadas en algún caso, reforzadas en susostén discursivo. No podemos entonces reducir el análisis de estos procesosa un intento de identificación del tipo de receptor que presuponen estaspautas. Porque la producción, circulación y consumo de los productosmediáticos -en este caso, la TV Cable- son procesos entramados con los deotros discursos y prácticas culturales producidos y reproducidos por lospropios sujetos que asumen una actitud más crítica cuando se han producidolas condiciones más propicias. Por momentos, el consumidor de TV llevalas de perder en la relación de fuerzas y , más desarmado, sufre el impactocasi paralizante de la maquinaria mediática. Pero su carácter de sujeto dela cultura le permite, en ocasiones, asomar la nariz por las fisuras que lospropios dispositivos generan y logra un primer nivel de conciencia sobre supropia posición. Movimiento que no depende entonces exclusivamente desu relación con los medios sino más integralmente de la competencia queconstruye a partir de su posición en el espacio social y en el entramadocultural del cual forma parte activa.


JUVENTUD Y SECTORES SOCIALES:apuntes para la comprensión del problema

Ramón Monteiro


JUVENTUD Y SECTORES SOCIALES:apuntes para la comprensión del problema

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¿Qué hay de nuevo, viejo?Bugs Bunny

I.- Introducción

¿Cómo caracterizar una compleja categoría, dada en llamar juventud.Cómo realizar tal caracterización sin obviar que ella constituye el ámbitodonde actores sociales recortan para sí un mundo cortado por su contextosocial. De qué manera se pueden reconocer en la construcción de estacategoría a valores y símbolos presentes en la vida social. Cuál es la manerade incluir en el momento de tal configuración, la dispersión existente en lasociedad debido a la presencia de diferentes sectores o clases sociales?

Este trabajo, justamente, aborda una de las problemáticas másinteresantes -no por ello conocida- de nuestros días: la juventud. Además,trata de vincular tal problemática con las características sociales quedistinguen a los diferentes sectores existentes en la sociedad. En otrostérminos: la juventud, como categoría analítica y como fenómeno social,intenta ser pensada más allá de las fronteras impuestas por visiones teóricaslindantes con perspectivas homogéneas de la sociedad. Liberando así laposibilidad de estructurar un discurso que comprenda a una parte de lasociedad provista de capacidad para lograr una ruptura en las certidumbresimpuestas desde un rigor extremadamente rígido, donde las sociedades sonmeros compuestos de elementos interrelacionados.

Entonces, el estudio de la juventud debe salir de la mirada encasilladaen afirmaciones homogéneas y ligarla a una visión crítica con capacidadde poner en crisis lo establecido como legítimo e intentar reflexionar sobreella en términos no osificados. Así se avanzará en construir un objeto nocancelado, sino por el contrario, con capacidad de resolver la madeja deacotaciones a la cual es sometido como consecuencia de ser pensado con elrigor de intervalos suministrados exclusivamente -por ejemplo- por la miradaestadística.

Se trata de constituir un objeto incluido en una sociedad caracterizadapor desigualdades entre los actores: sociales, económicas, de participaciónen la vida institucional de la sociedad; significa además, sobrepasar la ideapor la cual la juventud es una y solo una, con cualidades cualificadas poruna sociedad que la entiende bajo el rótulo mezquino -por ejemplo- de laedad.

Por ello, admitir esta visión implica aceptar que la juventud es factiblede análisis tanto en sus representaciones como imaginarios sociales,construidos sobre la base de procesos históricos, resultantes deconfiguraciones estigmatizadas en una sociedad -que en la actualidad- esrecorrida y permeada por el carácter globalizador que intenta diluir cualquiertipo de diferencia y distancia entre los sujetos sociales, tratando de


homogeneizarlos sobre la base de disposiciones contradictorias basados enel requerimiento de un exacerbado individualismo y un consumo homogéneo,bajo el objeto de satisfacer el mercado: principio generador y rector de lavida social.

Como señala A. Roig (1997) , no es otra cosa que intentar ocultar bajoel velo de la inconmensurabilidad ideológica, valores no homogéneos;tratando de hegemonizar los diferentes tipos de relaciones sociales ydescalificando cualquier esfuerzo de pensar a la sociedad más allá de unainterrelación entre átomos o ́ contratos temporales´ que obstaculiza revelardesigualdades sociales, no fáciles de encubrir.

II. -Nociones sobre el concepto de juventud y los jóvenes.

¿Qué es la juventud, cuáles son sus características, quiénes son losjóvenes y cómo reconocerlos. Existe una sola juventud o pueden ser varias.La juventud está acotada a los límites de la edad o la sociedad pone límitesa esa juventud. Y de ser así, porqué se diferencia una juventud de otra?

Para responder a estos interrogantes resulta pertinente rescatar,necesariamente, distintas visiones que interpreten el problema de la juventuddesde ángulos analíticos no siempre coincidentes. No obstante, nos puedefacilitar reconocer y poder construir una conceptualización que satisfagalas expectativas de conocimiento acerca de la problemática abordada.

En ese sentido, Mario Margulis y Marcelo Urresti (1996)señalan que lajuventud debe ser analizada desde una perspectiva que incluya en sucaracterización el concepto de ´moratoria social´, disposición que ciertossujetos sociales tienen para poder realizar actividades que de otra forma nopodrían llevarlas a cabo. Específicamente dicen: “... la juventud puedepensarse como un periodo de la vida en que se está en posesión de unexcedente temporal, de un crédito o de un plus, como si se tratara de algoque se tiene ahorrado, algo que se tiene de más y del que se puededisponer...”(ib. Pp. 20). Caracterizada así, la juventud implica la presenciade dos aspectos primordiales: uno, relacionado con cierta etapa de la vidadonde existirían límites para ser considerado joven; y por otra parte,consecuencia de lo anterior, ser joven tendría implícito la posibilidad derealizar acciones o situaciones de jóvenes, para lo que la sociedad acreditaríamediante un depósito colectivo, la probabilidad de realizaciones juveniles.

Para eso, según los autores, la juventud sería el lugar socialmentereconocido donde conseguir la experiencia necesaria y poder establecer enel futuro actividades de ́ adultos´; es decir: en la juventud el joven adquierecierto capital, disponible para determinadas ocasiones presentadas por lavida adulta.

En esta línea de análisis, se debe agregar: la juventud está inscripta enel cuerpo de las personas. No se es joven por el solo hecho de quererlo ser,sino que la juventud está imbricada en el aspecto energético tomado por elcuerpo y pone sobre relieve el valor de aquel en relación con el aspectocronológico, mediante el cual se pueden establecer los límites de la juventud.Es decir, lo cronológico, inscripto en el cuerpo, pone al descubierto el“...desgaste diferencial en la materialidad misma del cuerpo según sexo ysector social...”(Ib. Pp.22). Visto así, la juventud es temporalmente acotada,


capaz de resquebrajar la ilusión de eternidad mediante el desagradable reflejoexpresado en el cuerpo como consecuencia de que lo joven es energía,vitalidad, función necesaria para ser considerado joven.

En la misma dirección, resulta significativo expresar que la juventud,como categoría analítica, aprehende de la realidad social distintos parámetrospara constituirse: se es joven porque existen particularidades yespecificidades satisfechas, y en ese sentido, joven recrea el crédito emanadodesde la sociedad: quien es joven puede hacer uso de él en adquisicionespara el devenir de su existencia.

La juventud -además- requiere el sentido de otredad: el joven estádispuesto a ser y sentirse diferente del no joven. El joven no es el abuelo, lamadre, el padre, el tío, se es joven porque se pertenece a la juventud ypertenecer a la juventud significa facticidad, modo particular de contemplarel mundo, es tiempo libre, tiempo de ´hacer´ cosas de jóvenes, atributo dela vida social, frustraciones ocasionales, condición no deseada, es tiempode estudio, de trabajo. Es lo nuevo, abierto, sin ataduras rígidas con elpasado, que no es de él. No es inseguridad, tampoco certidumbre, mundopresente, la juventud se encarga de que el joven se sienta en el límite delimpulso, sensación de invulnerabilidad. Es distancia abismal con la muerte,para la cual no se tiene tiempo. Son gestos, rutinas, escepticismo recreadopor los adultos, es esperanza, probabilidad de sueños y proyeccionesdesplanificadas.

En otros términos, la juventud es atributo dado y creado por la sociedad,pero de una determinada sociedad. Porque de eso se trata: la sociedad generaa la juventud como realidad pero le impone límites para serlo. Es exterioridad,vínculo con los otros mediante el uso y abuso del cuerpo donde todo estápara ser visto y contemplado.

Pero juventud también es rebeldía. Inspiración utópica de lugaressilenciados por las instituciones sociales. Es recreación de expresionesnuevas y retro, es búsqueda de un estilo, intentando escapar -muchas vecessin conseguirlo- de las ataduras del pasado. Es búsqueda de constituirsecomo instituyente en una sociedad corroída por la rigidez de las estructurasvigentes.

Coincidente con este planteo, Beatriz Sarlo (1994) expresa: “hoy lajuventud es más prestigiosa que nunca, como conviene a culturas que hanpasado por la desestabilización de los principios jerárquicos. La infanciaya no proporciona un sustento adecuado a la ilusión de felicidad, suspensióntranquilizadora de la sexualidad e inocencia” (Pp. 41). De esta forma, lajuventud impulsa al joven a generarse un ́ set de ilusiones´ capaz de ponerloa resguardo de intentos de encasillamientos emergidos desde el ´mundo´adulto.

Contemplado de esta forma, el joven se configura en un mundo socialdonde puede desplegarse sobre la base de sus propias proyecciones, lugaren el cual no tienen cabida “los falsificadores que no cumplen las condicionesde edad y entran en una guerra generacional banalizada por la cosmética,la eternidad quinquenal de las cirugías estéticas y las terapias del newage”.(Ib. Pp. 41)

Aún cuando la juventud se genere en la totalidad de la vida social, tomarelevancia en varias instituciones tradicionalmente consagradas a los jóvenes,


una de ellas es la escuela. Institución que a pesar de ser un lugar de pasotemporalmente acotado, es considerada primordial en la búsqueda dehomogeneización social. Esto se manifestaría bajo la función significativade socializar y reproducir la vida social a través de la internalización yrecreación de pautas, normas y valores aceptados como válidos y legítimospor la sociedad, y en donde los jóvenes enmarcarían sus futuras prácticascomo adultos.

No obstante el papel tradicionalmente rector en la materia, en laactualidad, la escuela, compite con la fuerte presencia de los medios masivosde comunicación en la sociedad; los cuales llevan adelante la creación deun espacio abundantemente simbólico para los jóvenes. En consecuencia,los jóvenes vehiculizan sus prácticas sociales sobre la base de procesos desocialización recreados en el entrecruzamiento de múltiples discursospresentes en la sociedad.

Ana Wortman (1991), considera que si bien el análisis de la juventuddebe contemplar el ingreso y permanencia de los sujetos en el sistemaeducativo, no se debe olvidar que ella está constituida primordialmente poruna trama de relaciones sociales en la cual se llevan adelante una serie deacciones con el fin basado en la búsqueda de una identidad capaz de ratificaral joven como joven. En palabras de la autora: “... ya no se trataría sólo dela posibilidad de disfrute de una moratoria y una situación de diferencia,sino también de la transformación de los principios de conformación deidentidades, ahora a partir de fenómenos culturales constituidos en el nivelsimbólico” (ib. Pp. 43-44).En otros términos, la juventud es el campo dondese libran conflictos culturales en la sociedad, que si bien puedentransformarse en oposiciones o conflictos de sectores, en la juventudprimordialmente se presentan como oposiciones o conflictos de intereses.

Optica que permite la siguiente disgresión: existen jóvenes concaracterísticas distintivas que son enmarcados -y diferenciados- en el interiorde las peculiaridades de la juventud. Sobre esto emerge una pregunta: ¿sepuede considerar que la juventud es una categoría elaborada y significadaen el devenir de cada sociedad históricamente delimitada?

P. Bourdieu (1994) manifiesta que el concepto está sometido a la presiónde posibles manipulaciones y que por tanto siempre se es joven o se es viejopara alguien, con lo cual es una forma de establecer ciertos límites a unaclasificación particular. Dice el autor: “lo que yo quiero señalar es que lajuventud y la vejez no están dadas sino que se construyen socialmente en lalucha entre jóvenes y viejos” (Ib. Pp. 164).

Mediante esta idea la juventud puede pensarse con parámetros queexceden ampliamente lo biológico (edad) y presentar una clasificación capazde producir un ordenamiento en el cual el joven debe esforzarce para ocuparese lugar. Así -entonces- la juventud se define por las ubicaciones socialesdonde los jóvenes están y desarrollan sus prácticas sociales.

Si bien para P. Bourdieu no existen leyes para considerar viejo a alguien,sí habría un campo1 donde los sujetos tratan de lograr la hegemonía parasu funcionamiento. Por tanto: “...el hecho de hablar de jóvenes como deuna unidad social, de un grupo construido, que posee intereses comunes, yde referirse a estos intereses a una edad definida biológicamente, constituyeen sí una manipulación evidente”. (Bourdieu, 1994: 165)


Jorge Elbaum (1996) refuerza esa idea: “agrupar artificialmente a unconjunto de personas por un único atributo común sin tener en cuentaaquellas dimensiones que separan a dichas agregaciones suele llevar a laconstrucción de taxonomías erróneas. Más aún si las características queseparan los universos son más taxativas que aquellas que los unen” (Pp.157) . No es otra cuestión que solicitarle a una dimensión analítica, comoes la juventud, que traté de aglutinar alrededor de un único conceptodistinciones emanadas de su propio objeto. Situación que ayuda a avanzaren reconocer que la juventud englobaría a sujetos sociales con diferenciasconstruidas debido a las ubicaciones que tienen en la trama de relacionessociales donde llevan adelante sus propias prácticas.

Entonces la juventud, que tiene atributos específicos, también reclamapara sí el esfuerzo de análisis que la coloque en una situación factible dediferenciar a los integrantes de ella. En otros términos, los jóvenes queconforman el universo de la juventud constituiría un sector heterogéneocomo consecuencia de que las ubicaciones sociales tienen espacios socialesdiferenciados. Esta situación, ¿cómo se traduce en la juventud y en losjóvenes?¿Qué permite reconocer ese hecho?

Lo primero que surge: atribuirle un único sentido a la categoría juventudes mezquino y recortado ya que no tiene en cuenta que en su interior existendistinciones entre los sujetos juveniles. Justamente, ahondar en esasdistancias sociales permite superar la visión de una cultura juvenil única,factor condicionante para ser considerado joven. No es más que cuestionarlas fronteras trazadas desde las estructuras sociales, y por los mismosagentes, considerando que se pertenece a una misma generación olvidandola existencia de distancias sociales difíciles de disimular.

No es otra cosa que pensar que la juventud está enmarcada en un contextosocial estratificado en sectores sociales diferenciados -entre otras cuestiones-por la desigual apropiación de lo producido material y simbólicamente porella. Por tanto, como dice Oscar Mariño (1997): la juventud es un grupo,pero no un grupo homogéneo que actúa en una sociedad fragmentada y quepor tanto existe una imposibilidad efectiva de atribuirle una categoría desujetos con identidad exclusivamente propia. De ser así, la juventud seconstituye en el devenir de una sociedad definida por relaciones socialesasimétricas donde la trama relacional condicionaría su constitución comoentidad y en consecuencia generaría distintos tipos de jóvenes limitados porlos lugares que ocupan en las diferentes relaciones sociales establecidas.

¿Cuáles son las consecuencias de pensar de tal manera? Retomamos aP. Bourdieu a través de un concepto clave en su pensamiento: el habitus.Esquema clasificador de conductas, permite reconocer la presencia delpasado en las prácticas sociales cotidianas. Lugar desde donde la sociedadse reproduce, el habitus es un sistema generador de prácticas, prácticassociales que clasificadas en un ordenamiento clasificante encasilla a lossujetos limitando sus acciones. El habitus permite reproducir la vida social,en él es posible cualquier tipo de cambio, pero no pueden ser rebasados suslímites. Dice el autor: “Los condicionamientos asociados a una claseparticular de condiciones de existencia producen los habitus, sistemas dedisposiciones duraderas y transferibles, estructuras estructuradaspredispuestas para funcionar como estructuras estructurantes, es decir, en

1- El concepto de ¨Campo¨ esanalizado en varios escritos deP. Bourdieu. A los fines delpresente informe señalaremoslo siguiente: “... un campopuede definirse como una redo configuración de relacionesobjetiva entre posiciones. Estasposiciones se definen objetiva-mente en su existencia y en lasdeterminaciones que imponen asus ocupantes, ya sean agenteso instituciones, por susituación (situs) actual ypotencial en la estructura de ladistribución de las diferentesespecies de poder (o de capital)-cuya posesión implica elacceso a las ganan-ciasespecíficas que están en juegodentro del campo- y de paso,por sus relaciones objeti-vascon las demás posiciones(dominación, subordinación,etc)”, en BOURDIEU, Pierre yWACQUANT, Loïc: Respuestaspor una AntropologíaReflexiva. Grijalbo. México,1995. P.p. 64.


tanto que principios generadores y organizadores de prácticas y derepresentaciones que pueden estar objetivamente adaptadas a su objetivosin suponer una pretensión consciente de alcanzar fines y el dominio expresode las operaciones necesarias para alcanzarlos, objetivamente ´regulados´y ́ regulares´ sin que de ninguna manera sean el producto de la obediencia areglas...”(Bourdieu, 1980:2).

Y si el habitus es producto de la historia es porque reconoce la posibilidadde producir prácticas, individuales y colectivas, con una capacidad infinita-paradójicamente- de engendrar con libertad controlada. Entonces al pensarque la sociedad está estratificada en sectores sociales acota la visión de unajuventud hegemonizada sobre valores comunes y se convierte en incluyentede diferentes tipos de jóvenes, quienes construyen una subjetividad , noindividual sino social, mediante la internalización de un prolongado ycomplejo proceso de condicionamiento. Atendiendo a lo anterior : “una delas razones por las cuales no se puede prescindir de la noción de habitus esporque, en efecto, permite entender y explicar la constancia de disposiciones,gustos y preferencias...” (Bourdieu y Wacquant, 1995:90).

Como señala J. Elbaum: “las diferentes presentaciones e iconografías -o la absoluta ausencia de ellas- instauran distancias sociales que son elresultado de habitus y por lo tanto de modos desemejantes de entender y deactuar en la realidad” (1996:158) . Ser joven, para este autor, es la propensióna actuar condicionado por las relaciones sociales existentes en un momentodeterminado; con lo cual, la juventud construye actores juveniles capacesde ser diferenciados, entre otros aspectos, por la capacidad de apropiarsesimbólicamente de lugares en los cuales se inscribe y expresan sus estilos,gustos, pero también sus diferencias.

Así, el joven elabora sus peculiaridades en un contexto que lo acota porser diferenciador, apoyando la idea de que la juventud es una construcciónhistórica y no resultante natural de las sociedades. En estas condiciones -como se dijo-, los jóvenes pertenecientes a diferentes espacios socialesadquieren sentidos disímiles debido a la distribución y apropiación asimétricasobre los recursos materiales y simbólicos producidos socialmente. M.Margulis y Marcelo Urresti, señalan: “se es joven de diferentes maneras enfunción de la diferenciación social, de parámetros como el dinero, el trabajo,la educación, el barrio, el tiempo libre. La condición de juventud no seofrece de igual manera para todos los integrantes de la categoría estadísticajoven” (1996:133).

Antes de dejar el apartado: interesa para comprender la constitución dela categoría juventud considerar que es posible incorporarle distintosargumentos enmarcados en perspectivas no siempre coincidentes. Aúncuando la juventud incluya a un conjunto de sujetos sociales que registrancaracterísticas diferentes del no joven, la multiplicidad de factores registradosconfluyen para pensar que el análisis del sujeto joven excede ampliamentelos límites señalados por el carácter biológico y estadístico.

En este mismo sentido, queremos rescatar algunos de los principalesnúcleos desarrollados en las páginas anteriores, básicamente aquellos queincrementan la multiplicidad de factores confluyentes en la construcción dela categoría juventud. Por ejemplo, el concepto de moratoria social, porqueél nos remite a una serie de interrogantes con el objeto de sugerir que los


jóvenes -según sean los espacios sociales donde participen- tendrán accesoy posibilidades diferenciadas en la realización de actividades juveniles. Portal motivo, la siguiente pregunta colabora para continuar profundizando enesas distinciones: ¿La moratoria social, es un posibilidad semejante paratodos los jóvenes? ¿Los jóvenes pertenecientes a los sectores sociales másdesprotegidos tienen el mismo excedente de tiempo disponible? Y si no esde esa forma ¿cómo y en qué se manifiestan esas situaciones?.

Justamente, en el apartado siguiente avanzaremos en el análisis entresectores sociales y su relación con la juventud y los jóvenes.

III.- Juventud y sectores sociales. Notas acerca de surelación.

Al comienzo expresamos que el trabajo tiene como finalidad reconocerlas características de la juventud y cómo son los jóvenes, pero que ademásiba a ser analizado con relación a los sectores sociales. Hemos avanzado enla caracterización del concepto de juventud y con ello la inclusión del joven.Reconocimos que la juventud es una categoría heterogénea y que puede sercontemplada desde miradas distintas y en consecuencia reconocer lapresencia de tipos diferentes de jóvenes. Trataremos ahora de profundizaren esto último. El interrogante inicial: ¿Por qué se pueden considerar asujetos sociales con algunas características similares como jóvenesdiferentes?

Cecilia Braslavsky (1986) en un informe acerca de la juventud enArgentina apela a la metáfora de los colores para señalar que todos losjóvenes no pueden ser catalogados y ensamblados bajo el rótulo de iguales.“El mito de la juventud homogénea consiste en identificar a todos los jóvenescon algunos de ellos. El grupo de jóvenes con el que se identifica al conjuntodifiere según quien realice la identificación, pero todas las interpretacionesque participan de este mito coinciden en presentar a toda la juventud comoun conjunto monocromático de personas” (ib. Pp. 13). Frente a esto, laautora observa la existencia de tres tipos de juventud: la juventud dorada,la juventud gris y la juventud blanca.

En la primera, se encuentran los jóvenes privilegiados, despreocupadosque poseen tiempo libre que disfrutan del ocio y de una moratoria socialque les permite existir sin angustias. La juventud gris, por su parte, ve enlos jóvenes ´depositarios de todos los males´: grupo receptor de todos losmales sociales, afectados por la crisis, continuadores de una herencia dehábitos y costumbres autoritarias, son jóvenes “desocupados, delincuentes,pobres y apáticos”. En cambio, la juventud blanca está compuesta de sujetos“maravillosos y puros que salvarían a la humanidad de la entropía”,realizando todo aquello que sus propios padres no pudieron hacer.

Situación que le permite explicar por qué no puede ser contemplada lajuventud como grupo homogéneo, debido a las distintas formas de inserciónsocial que tienen los sujetos participantes en esta configuración. Aspectorelevante pues colabora en el conocimiento del mundo juvenil y potencia laidea de que las prácticas sociales de los sujetos son diferentes según sea ellugar socialmente ocupado.

Coincidimos con Clara Bravin (1997) cuando dice: “su potencial crítico,


sirve sin embargo para hacer visible desde otro lugares las relaciones entreel mundo de la producción material y el mundo de los sujetos, que en cuantotales constan de una dimensión racional a las determinaciones de los procesossocio-históricos” (Ib. Pp. 9). En otras palabras, la juventud al ser pensadacomo categoría incluyente de varios tipos de actores se abre a la reflexiónmúltiple por cuanto existirían sujetos, que condicionados por los lugaressociales ocupados, llevarían inscriptos en sus propias prácticas distincionescon respecto a los otros.

Así, la juventud arrincona a las visiones con tendencias homogénicas ymarca una línea de fuga hacia una segmentación en el interior de la sociedad.Los jóvenes -entonces- no construyen sus prácticas bajo el velo´monocromático´ sino, por el contrario, se está en presencia de un conjunto´multicromático´: sujetos con capacidad de diferenciarse por varios motivos,a saber: lugares ocupados en la sociedad, utilización diferencial de esosespacios sociales, construcción de jerarquías distintivas, insercióndiferenciable en el mercado laboral, capacidad desigual de apropiación delproducto simbólico...

Espléndida metáfora dada por la autora C. Braslavsky que remite a laidea de que el joven reduce la posibilidad de ser joven como consecuenciade las responsabilidades emergidas de su propio contexto y que enconsecuencia profundiza las distancias entre quienes acceden a una moratoriasocial y quienes no tienen ese plus para mantenerse en el mundo juvenil. Alrespecto, María Chapp (1990) dice: “la finalización de la juventud estádefinitivamente pautada por factores sociales que condicionan los procesosde asunción de roles adultos, básicamente la incorporación al mundo deltrabajo y la formación de una nueva familia”(Pp. 29).

Entonces los jóvenes situados objetivamente en relaciones socialesencuentran límites condicionantes para sus prácticas. Las responsabilidadesnacidas para unos u otros jóvenes están minadas por los espacios socialestransitados como grupo o sector social, corroborando que la juventud incluyeentre sus componentes a quienes disponen de distintas posibilidades yprobabilidades de acciones sociales. Vale para graficar el lugar socialmenteocupado por las mujeres pertenecientes a los sectores populares, quienesven acotado su tiempo de joven como consecuencia de casamientosprematuros, nacimientos de niños,... reduciendo rápidamente su mundojuvenil a la esfera estrictamente del hogar y con ello sus nuevas obligacionessociales.

Para ser más preciso: este tipo de sujetos sociales constituyen unaidentidad juvenil distintiva con relación a las de sus pares ocupantes deotros espacios en la trama societal; por ejemplo los jóvenes de sectoresmedios con probabilidades de acceso y permanencia en el sistema educativo.En otras palabras, son sujetos inhibidos de realizaciones juveniles frente ala emergencia de roles de adultos, para los cuales muchas veces ni siquieraestán preparados; además, transforman en natural una situación socialmentecondicionada lo que no les permite percibir diferencias en cuanto a otrasposibilidades ni que existen otras mujeres de otra condición social.Específicamente dice María Chapp: “ la maternidad juvenil, como lugarfemenino, aparece como inhabilitadora de opciones personales, en un mundode inestabilidad psicológica y social. Esto les lleva a tener una mirada


insegura sobre sí mismas y les imprime un papel de pasividad”(1990:15).Apreciación que abre la ventana por donde mirar la constitución de una

identidad juvenil disímil, fuertemente diferenciable, de utilización de losespacios sociales (públicos o privados) de manera no coincidente. Con otrostérminos, la juventud como ámbito ideal rompe la ilusión de homogeneidady lleva inscripto la presencia de jóvenes provenientes de lugares socialesdistintos, según sea su clase, sector social u otra distinción, con laconsiguiente apropiación diversa de lo material y simbólicamente producido,en una sociedad fragmentada.

Tomando como caso a los jóvenes pertenecientes a sectores populares yhaciendo alusión a la conformación de identidades, A. Wortman expresa:“no sólo es la banda consecuencia de las transformaciones operadas por lacrisis, sino expresión de la conformación de una nueva identidad de lasjuventudes populares: vestimentas, usos del lenguaje, apropiación de unestilo...” (1991:28). No es otra cosa que continuar abonando la idea de quela juventud -obviamente- contiene a jóvenes, pero jóvenes que agrupadosen sectores sociales (con o sin proximidad espacial) producen en y para susprácticas una identidad capaz de ponerlos a resguardo frente a los demás.

En última instancia, tal como la hemos considerado, la juventud seconvierte en un conjunto de prácticas que apuntan a la reproducción de lavida social, sea a través de los procesos simbólicos, valorativos o ideológicos,frente a lo cual a la noción de moratoria social, tiempo liberado deresponsabilidades en búsqueda de prepararse para la adultez, se le opone larealidad de una juventud fragmentada, con obstáculos concretos desatisfacción de sus necesidades, por ejemplo, vía el acceso diferenciadoentre una y otra en el consumo de bienes. Se trata entonces de asignarle unaclasificación a la juventud delimitada por los procesos socio-políticos ehistóricos que la constituyen y configuran con parámetros concretos en larealización de su identidad.

Por último, el análisis de la juventud y por ende de los jóvenes, corre elriesgo de interpretación insatisfactoria si se la encasilla en una visión cercadaexclusivamente por registros biológicos, de edades u otros que no den cuentao distingan que ella es producto de condicionamientos sociales y que en laactualidad ejerce fuerte presencia en la sociedad, la cual intenta aglutinarlaen los límites del consumo que -paradójicamente- separa en cada una de laspuertas de los comercios.

IV.- Conclusiones.

A lo largo del trabajo realizamos un recorrido referencial con el objetivode aclarar el concepto ´juventud´. Expresamos que él presentaparticularidades según sea el prisma utilizado para observarlo; enconsecuencia, extrajimos varios elementos clasificatorios y distintivos. Entrelos principales, aparece la necesidad de considerar que esta categoría incluyea diferentes tipos de jóvenes, quienes realizan prácticas juvenilescondicionados por los espacios sociales donde desarrollan sus actividades.

Estamos convencidos de que la juventud debe ser contemplada desdeuna trama referencial capaz de dar cuentas de las diferencias existentes enel tejido de relaciones sociales, pues eso permitirá -por una parte- recrear la


visión por medio de la cual la juventud está circunscripta a límites objetivosimpuestos por la apropiación desigual de lo producido en la sociedad. Ypor otro lado, en la configuración de las identidades juveniles, la presenciade gustos, estilos, hábitos, son consecuencias de habitus adquiridos mediantelos procesos de socialización que acotan las representaciones, laspercepciones y las prácticas de los jóvenes, según sean las clases o sectoressociales específicos.

La juventud, por último, pone en crisis la ilusión de aprehenderla comoobjeto único sobre la base de lo estrictamente estadístico o biológico yremite a la necesidad de recrearla desde una óptica que no soslaye bajoninguna escusa su constitución social e histórica.

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ENTRADAS PERIODÍSTICASDiferentes opciones para comenzar aescribir una crónica

María Aurelia Caritá


ENTRADAS PERIODÍSTICASDiferentes opciones para comenzar aescribir una crónica

María Aurelia Caritá*

Introducción

¿Cuál es la idea central de una serie de datos?, ¿ cuál es el objetivo de lanota?, ¿cuál es el real punto de enfoque significativo para ser destacado?,¿qué interesará a los lectores?.

Estos son algunos de los interrogantes que el periodista se hace una vezque ha realizado la cobertura de algún hecho para poder discernir cuálesson los datos principales que lo convierten en noticia y cómo debenorganizarse. Pero con la jerarquización de la información no se solucionael problema. También es necesario pensar: ¿cómo lo escribo para que lapresentación de la noticia sea colorida, dinámica e interesante para el lector?.

El objetivo de estas notas es presentar diferentes alternativas pararedactar la entrada de una crónica, y pretende ser un aporte útil para losfuturos periodistas al momento de encabezar y organizar una crónica ocualquier tipo de formato periodístico.

La idea de realizar este trabajo surgió luego de una clase teórica en laque se abordaba el tema en cuestión. En ese momento, teniendo comoreferencia el hecho más trascendente del día se ejemplificaron los tipos deentradas más comunes.

Fue así, que se creyó interesante sistematizar todos los conceptosbuscando los ejemplos correspondientes en distintos medios impresos.

La búsqueda de información se orientó en dos sentidos: por un lado sehizo un relevamiento bibliográfico sobre el tema, y dio por resultadoenumerar diferentes tipos de entradas en un número mayor del que se habíapensado, o que normalmente se trabaja en la cátedra.

Por otro lado, se seleccionaron los ejemplos correspondientes para lostipos de entradas que se habían definido en la búsqueda anterior,encontrándose ejemplos que no se adecuaban a ninguna de las definicionesrealizadas.

Con toda esta información, se elaboró un apunte de cátedra que se dividióen tres partes: en la primera, se hace un repaso de algunos conceptos referidosa la organización y a las características de una crónica. Luego se enumeran,ejemplifican y analizan los diferentes tipos de entradas periodísticas. En latercera parte, se proponen unos ejercicios sobre el tema, y al final se exponenalgunas conclusiones y la bibliografía consultada.

Primera parte: Conceptos en torno de la noticia

* Alumna tesista de laLicenciatura en Ciencias de laComunicación de la UNRC.Becaria de Investigación de laSECYT-UNRC.


La noticiaLa noticia es el hecho que debido a su importancia y trascedencia es

difundido a través de un medio de comunicación.Hay diferentes factores que potencian un hecho para que se convierta en

noticia: la importancia, la curiosidad, el interés, la actualidad (no tienevalor en sí misma si no es en función de otros factores), la proximidad(geográfica, espacial, afectiva), la prominencia, la utilidad, el conflicto, laconsecuencia (ligada a otros factores que se reproducen), la primera vez,el descubrimiento, y otros áspectos según la circunstancia (rareza, tamaño,número, competencia, progreso, desastre, etc.).

La noticia se construye con los datos del hecho. Estos responden a cadauno de los siguientes interrogantes: ¿qué?, ¿quiénes?, ¿dónde?, ¿cuándo?,¿cómo? y ¿por qué?/ ¿para qué?. Estas preguntas básicas se refieren alhecho noticiable, los protagonistas, el lugar, el tiempo, la circunstancia y elmotivo de lo ocurrido.

Estructura periodística de la noticiaLa estructura de la noticia consta de dos elementos:1) Núcleo fundamental de la información: denominado lid, lead, entrada,

encabezamiento, copete, portada, resumen, según los distintos autores. Enel marco de este trabajo, se unifican estos términos en ENTRADAPERIODISTICA.

La entrada periodística es el encabezamiento de la noticia y su partefundamental porque en ella se resumen los datos más importantes del hecho.Tiene que cumplir con dos requisitos importantes:

*Captar la esencia del acontecimiento. Esto significa responder ¿porqué este hecho se convierte en noticia?, y en priorizar la respuesta de algunapregunta básica sobre las otras.

*Hacer que el lector se adentre en el escrito.

2) El cuerpo: contiene el resto de la información que sustenta la noticiacomo:

*los datos que explican y amplían la entrada.*la explicación de datos que ayudan a situar la noticia dentro de un

determinado contexto. Se responden el resto de las preguntas básica que nohan sido contestadas en la entrada.

*material secundario o de menor importancia.Para estructurar una noticia hay que organizar los datos de mayor a

menor importancia. A este procedimiento, Mitchell Charnley (1976) lodenomina “orden lógico”, en contra posición con la cronología de los hechos.

El desarrollo lógico, en periodismo, se denomina pirámide invertida.Este método, aparte de simplificar y agilizar la tarea de redacción eimpresión, tiene otro objetivo fundamental: informar al lector desde lasprimeras líneas del núcleo fundamental de la noticia. Si le interesa sucontenido seguirá leyendo el resto de la información. En caso contrariohabrá retenido la noticia, los datos indispensables para estar informado.

La noticia finaliza en el vértice de las pirámide invertida, es decir, cuandose ha expuesto el dato de menor importancia. Hay ocasiones en que una


determinada información sugiere un final distinto, entonces pueden incluirsedesde una cita textual que resume el contenido de la información hasta unhecho concreto que ayuda a la captación de la noticia.

Un final de estas características pretende enfatizar la información. Loque no puede hacer es convertirse en un comentario personal del periodista.

Segunda Parte: Tipos de entradas periodísticas.

Redactar una noticia es emprender una obra. “Primero, la idea. Después,la palabra.” Esta frase la reproduce Melvin Mencher en su obra NewsReporting and Writing , y traducida al periodismo significa: hay que pensarlo que se quiere decir antes de escribirlo.

Cuando un periodista se sienta frente a la pantalla le restan pocos minutospara saber qué quiere decir y a quién. Su capacidad le permite abordardirectamente el tema, porque ha venido pensándolo entre el momento derecoger los datos y su llegada a la sala de redacción y ya ha decidido queelementos salientes habrá de colocar en la entrada y como esbozará el restode la nota.

En la búsqueda de la variación, del enfoque original, de la entrada noacostumbrada, el periodista recurre a formulas que suelen dar resultadospositivos. Una de ellas es analizar el hecho y observar el áspecto que seperfila con más dinamismo. La simple evaluación de qué factor prevalece,recurriendo a los interrogantes principales, sugiere qué tipo de entradautilizar para la noticia en cuestión.

A partir de aquí, entonces, puede plantearse una lista de entradasperiodísticas para tener en cuenta:

Entrada resumen o de compendio:Es la construcción más sencilla para encabezar una nota, porque resume

con claridad los hechos principales. Es el tipo de entrada que tiene todanota periodística típica o el despacho de prensa más común.

Entrada de llamado directo:Esta forma se apropia del recurso de la carta personal para atraer la

atención. Se dirige directamente al lector, llamándole “usted” y produce elefecto de hacer que el lector sienta que colabora en lo que sigue. Suelecomenzar con frases tales como: “Si ha pensado usted alguna vez” o “sialguna vez ha visto o leído usted”. Este tipo de entrada ha caído en desuso.

Entrada con varios hechos (noticia múltiple):Algunas veces, una información tiene muchos incidentes notables o fases

que aparentemente, tienen igual importancia.La regla más común para escribir la entrada para la noticia con más de

un hecho significativo (noticia múltiple) es colocar primero lo principal.Hay dos métodos básicos que deben seguirse:

1- Resumir todos los hechos en la primer oración.2- Priorizar un hecho en la primera oración. Todos los demás deben ser

resumidos por orden lógico en las oraciones siguientes.


Entrada circunstancial:La redacción comienza haciendo hincapié en algún aspecto relacionado

con el tiempo, el modo, el lugar, etc. que se halla unida en substancia alsuceso. Resulta útil cuando la noticia tiene interés humano.

Entrada de declaración o de cita textual:Esta clase de entrada comienza con una enunciación que suele ir entre

comillas. Se utiliza especialmente al informar acerca de lo que alguien hadicho: una frase breve, significativa, que concentra lo esencial de lo declaradopor la persona citada. Cuando se añaden las respuestas a las restantespreguntas, el párrafo resultante coincide con la entrada de compendio o deresumen. Lo importante es no olvidar mencionar a quién se atribuye la citacorrespondiente.

Entrada descriptiva:Este tipo de entrada muestra un cuadro: presenta la escena del drama o

detalladamente a uno o varios de los principales actores, o se detallancaracterísticas del contexto.

Entrada de suspenso:Esta manera de comenzar una nota sirve para estimular el interés. Da al

lector suficiente información para atraelo. Después de la entrada, el relatose hace generalmente en forma cronológica, y el lector debe leer hasta laúltima línea para enterarse en qué acaba todo. Se sugiere emplear este tipode entrada para noticias breves, porque si se emplean en artículos largos,los lectores no se tomarán la molestia de abrirse camino párrafo tras párrafo.

Entrada tabulada:Esta entrada es apropiada cuando en la noticia no sobresale ningún hecho

sobre otro. Cada aspecto interesante de la noticia tiene casi el mismo valorque los demás. En tal caso, se acostumbra a listar todos los pormenores dela noticia con números o asteriscos.

Este tipo de entrada, hoy, casi no se utiliza.

Entrada sensacionalista:Es una entrada exclamatoria, a la que se suele calificar de “asombrosa”,

“con garra”, “intrigante”, donde la originalidad juega el rol principal, noreconoce límites y rechaza normas de definición, aparte de la generalizaciónde que tales entradas son variaciones excéntricas de las normales.

Entrada de parodia:El recurso para comenzar una nota es imitando o tomando una frase o

cita muy conocida.

Entrada de impacto (frase breve y rotunda):Al público le agrada que le sorprendan y le impresionen. El efecto puede

lograrse mediante una entrada con impacto, que de un golpe descargue unadeclaración aislada directamente a los ojos, sin mayores aclaraciones.


Es preciso recordar que las frases que siguen inmediatamente al brevepárrafo de apertura deben desarrollar la declaración inicial, y no divagaren torno a otras cuestiones, una vez que el lector a mordido el anzuelo de lanoticia. En general, no se aprueban los trucos para atraer la atención dellector, cuando el contenido informativo de la noticia no justifica la promesade la entrada.

Entrada de retrato:La vívida descripción del protagonista de una noticia provoca

rápidamente la reacción del lector y brinda un enfoque desenvuelto a travésdel elemento visual.

La intención de este tipo de entrada es que el lector vea al sujeto como lovio el periodista, que imagine la escena tal como se desarrolló ante susojos, y se convierta en un atento testigo del episodio que se relata.

Entrada extravagante:Según Carr Warren, los más ingeniosos artesanos de la palabra y el

estilo crean entradas que escapan a las clasificaciones y que sólo puedenser catalogadas como extravagancias.

Algunas requieren efectos tipográficos especiales para realzar suatractivo. En su constante lucha para evitar los tópicos convencionales, losredactores procuran llamar la atención del lector con párrafos iniciales.

Todo tipo de recursos es válido en la entrada extravagante: formasdialectales, rimas, bromas, fuegos tipográficos, etc.

Lo esencial es conservar el respeto por el lector y no incurrir en fantasíasexcesivamente complicadas que oscurezcan el contenido del párrafo encuestión.

Entrada de fantasía:Este tipo de entrada emplea recursos para atraer la atención como lo

son frases figurativas o metáforas.

Entrada histórica o literaria:Se retoman recursos literarios o históricos para encabezar la nota que

se correspondan con la naturaleza de la noticia.

Entrada con contraste:A veces se presentan dos situaciones opuestas que resultan pertinentes

para encabezar la nota y contextualizar la noticia.Los extremos incongruentes (vejez-juventud, pobreza-opulencia,

comedia-tragedia, suerte-desgracia) comparten parejas de vocablos quesuelen adecuarse perfectamente en una entrada bien estructurada. Para queresulte eficaz, el contraste debe ser agudo y estar expresado en una frasevivaz.

Entrada con pregunta o con diálogo:Empezar una nota con pregunta o con pregunta-respuesta suele ser

efectivo cuando un problema es la base de la noticia.Una pregunta formulada en la frase de apertura resulta obviamente útil

para despertar el inmediato interés del lector.


Pero muchos redactores eluden este sistema por considerar que losinterrogantes, que muchas veces quedan sin respuesta adecuada, nocomunican una información con la necesaria energía. Se afirma que el lectorespera que le informen, no que le engañen y aseguran que una preguntabrusca crea en el lector la sensación de hallarse en el banquillo de losacusados. En efecto se trata de un procedimiento más retórico que natural.Por esta razón, una entrada con interrogante sólo resulta conveniente cuandola pregunta constituye el núcleo de la noticia.

Tercera parte: Ejercicios propuestos

1) Seleccionar varias noticias con entradas sumario, y tratar de reescribirla entrada apelando a todos los tipos como sea posible.

2) Analizar cómo se han introducido en varios diarios una informacióntrascendente el mismo día. ¿Cuál entrada resulta más atractiva?, ¿cuál esla más adecuada?, ¿se podrían haber utilizado otros tipos de entradas?.Justificar todas las respuestas. Realizar una propuesta de entrada periodísticasuperadora.

3) Leer, analizar y definir el tipo de entrada que le corresponden a variasnoticias seleccionadas. Si no se pueden ubicar en algunos de los tiposdefinidos en este trabajo, tratar de darle un nombre pertinente (no recurrira la clasificación de Warren de entrada extravagante).

4) Temas de discusión (la dinámica puede ser individual o grupal)4.1) ¿Por qué no todas las informaciones contienen una entrada sumario?.

¿En qué términos, las entradas definen el estilo de un diario?. ¿Resulta másatractivo un periódico cuando varían las entradas?

4.2) Sugerir varios temas para los que convendría la aplicación de cadauna de las variedades de entradas mencionadas en este trabajo.

4.3) Exponer ventajas y desventajas como así también limitaciones delas entradas de retrato, de cita y con pregunta.

4.4) ¿Por qué es necesario que las promesas de la entrada resultensatisfechas en el cuerpo de la información?

Conclusiones

Un jefe de redacción gritó a uno de sus reporteros:-Vacíe la noticia entera en el primer párrafo y no permita que pierda

interés en el resto de la columna.La entrada bien escrita no sólo satisface la curiosidad del lector, sino

que aviva su apetito por interiorizarse en los pormenores de la noticia. Poreso es que la entrada es la parte de la noticia que más se cuida.

Si redactar una noticia es escribir una obra, el periodista debe combinarlo objetivo con lo agradable, lo real con lo atractivo, lo preciso con loconmovedor, lo descrptivo con lo deslumbrante.

Algunos periodistas tienen la facultad de manejar las objetividades másduras y producir en el espíritu humano un goce estético.

De allí que la noticia no tiene que ser compulsivamente dura, rígida,encarpetada y esquemática. Por el contrario, ha de ser ágil, libre, a veces


descarada, en otras ocasiones teñida de confidencia. No por ser seria yrespetable ha de renunciar al colorido, al vuelo literario, si cabe, a loespontáneo y creativo.

La práctica indica que la mayor parte de las entradas periodísticas sonresumidas o compendiadas y de cita textual. Pero la lista de opciones no seagota, porque hay tantas entradas como posibilidades de sucesos.

La narración de la noticia, cuando puede escapar de la rigidezinformativa, ha de tener vivacidad y temperatura. Siempre es posible, conalgo de imaginación, ver la realidad desde otro ángulo. Escaparle a lamonotonía, huir de lo insulso, no dejarse sobornar por lo fácil y superficial.Para gratificación del propio periodista y de los lectores de la nota.

Bibliografía

CHARNLEY, M. 1976 Periodismo Informativo. Ediciones Troquel,Bs. As.

DOMINGUEZ, T. 1990 Pragmática Periodistica. Gráfica Guadalupe.Editorial Nieves, Villa Elisa (La Plata).

FONCUBERTA, M. 1980 Estructura de la Noticia Periodística. EdicionesATE, Barcelona.

FRASER BOND. 1978 Introducción al Periodismo. Editorial Limusa,México.

WARREN, C.1975 Géneros Periodísticos Informativos. Ediciones ATE,España.


CON NUESTRA TIMIDEZ,TEMBLANDO SUAVEMENTE EN ELBALCÓN.Sobre los estilos de investigacióncomunicacional y la experiencia local

Edgardo L. Carniglia


CON NUESTRA TIMIDEZ,TEMBLANDO SUAVEMENTE EN ELBALCÓN.Sobre los estilos de investigacióncomunicacional y la experiencia local 1

Edgardo L. Carniglia 2

1. Introducción

En la formación como investigadores de los futuros profesionales de lacomunicación puede contribuir el conocimiento sistemático de la experienciade investigación específica desarrollada en el medio local, en este caso unaciudad de la pampa argentina. La posibilidad de identificar los distintosestudios e investigaciones en curso y/o realizadas en el contexto más próximoy, a su vez, relacionar los diferentes trabajos con la experiencia nacional einternacional ayudaría en -entre otros aspectos- el reconocimiento de temasy problemas estudiados, la discusión de enfoques teóricos y metodológicos,la definición de qué se entiende por investigación, teoría y metodología dela comunicación, el análisis de vínculos entre la investigación y otrasprácticas profesionales (docencia, periodismo, comunicación institucional,producción audiovisual, etc.) y la búsqueda de eventuales conexiones entrelos estudios y los marcos institucionales y socioculturales donde se realizadicha práctica intelectual y social.

Este trabajo tiene, en consecuencia, una preocupación meta-investigativa,pretende “investigar acerca de la investigación”, emprender un tipo dereflexión sobre cuya probable utilidad se acaba de argumentar. El objetivode este artículo es, entonces, presentar un panorama de una parte de laexperiencia de investigación en comunicación realizada en la ciudad de RíoCuarto (Córdoba, Argentina) tratando de relacionarla con la rica tradiciónde estudios de la comunicación en América Latina.

La estructura de esta exposición consta de tres partes. En la siguientesección se propone una definición de “estilo de investigación”, un términoclave para el desarrollo de la argumentación, en el apartado subsiguiente sereconocen seis estilos de investigación en América Latina y se ubican respectode ellos a varios trabajos del medio local y, en la sección final, se esbozanalgunas consideraciones destinadas a evaluar la experiencia local de lainvestigación.

2. Estilos de investigación en comunicación

Abordar una temática de esta naturaleza supone, como se dijo, situarseen una posición meta-investigativa, es decir un intento de análisis de losinstrumentos, la práctica, los resultados y las consecuencias de la

1 Este texto reproduce, enlíneas generales, la clasedesarrollada el 18 de agosto de1998 en el marco del concursopúblico de oposición y antece-dentes para acceder al cargode Profesor Adjunto del“Semina-rio de Práctica de laInvestiga-ción enComunicación (6156)”,correspondiente al quinto ciclode la Licenciatura en Cienciasde la Comunicación de laUNRC. El tema forma parte deuna unidad temática másgeneral que, en el programa dela asignatura, se define como“el campo de los estudioscomunicacionales”, una defini-ción elaborada desde la socio-logía por Bourdieu (1990) ypropuesta por algunos intelec-tuales de Argentina y de otrospaíses con una importanteexperiencia de práctica, análi-sis y gestión institucional de lainvestigación en comunicación(Rivera, 1997; Halloran,1998).

2 Departamento de Ciencias dela Comunicación. Facultad deCiencias Humanas, UNRC.


investigación en comunicación realizada en un determinado contexto. Setrata en parte de una actividad parasitaria; supone un corpus, esto es laexistencia de una rica experiencia, en cantidad y calidad, en aquel espaciocuya investigación se pretende analizar.3

Pero el intento, más precisamente su culminación más o menossatisfactoria, puede contribuir quizás a presentar una panorama mássistemático de la investigación sobre dimensiones y aspectos de lacomunicación desarrollada y/o en curso en dicho espacio de referencia.Panorama sistematizado no sólo en el sentido de analizar comparativamentelos distintos trabajos de un determinado espacio de investigación, por ejemploRío Cuarto y en particular la carrera de comunicación de la universidadpública de esta ciudad argentina, sino también desde la perspectiva deextender el alcance de esa comparación a otros ámbitos locales, por casoalguna carrera de comunicación de distintas ciudades argentinas o globales(Argentina, América Latina, etc.).

La noción de “estilo de investigación” fue elaborada por Wright Mills(1953) para referirse a las diferencias entre los modelos de cienciaobservables en la sociología de los países centrales hasta mediados delsiglo XX. Este sociólogo reconoció dentro de esa disciplina dos alternativasde trabajo, cuyas diferencias se relacionan con marcos institucionales,eventuales usos de la investigación, aspectos lógicos y metodológicos(verificabilidad, posibilidad de desarrollo acumulativo, tratamientoestadístico), niveles de abstracción, perfiles profesionales y períodos desurgimiento y vigencia. Las diferencias entre uno y otro modelo es más unacuestión de grados y Wright Mills no descarta que uno o más investigadoresapelen a un estilo diferente en distintas fases de su trayectoria comoinvestigador, lo que de hecho se aprecia -como se indicará más adelante- enla experiencia local de investigación comunicacional. Sostiene asimismoque el, para la época de publicación del artículo, nuevo estilo “molecular”-distinto en parte de la tradición “macroscópica” de Weber, Marx y Simmel(entre otros)- es más objetivo, más abierto al desarrollo acumulativo de lateoría, más propicio para el tratamiento cuantitativo-estadístico y creciócomo una forma de investigación aplicada sobre problemas de mercadotecnia(marketing) y los medios de comunicación acorde a las demandas deempresas y agencias burocráticas.4

Al postular la presencia de “estilos de investigación” se concibe laposibilidad de clasificar a los procesos, instrumentos y productos de lainvestigación, y en particular a los problemas, enfoques teóricos y estrategiasmetodológicas que los sustentan, en distintas categorías. Sea que el análisisse concentre en un determinado momento y/o se preocupe por la evolucióndurante un dado período de la ya extensa historia de la investigacióncomunicacional, a cada estilo de investigación también le corresponderíauna época de origen y vigencia, un perfil disciplinario más destacado dentrode las ciencias sociales y las humanidades, una relativa configuración teórico-metodológica, uno o más formatos de trabajo, un tipo de informe que exponelos resultados del proceso de investigación, un cierto espacio institucionaly contexto social y una determinada posición respecto de la denominada“pertinencia o significación social” de la investigación. Dimensión estaúltima que remite a múltiples aspectos relacionados: la eventual utilidad de

3 Este tipo de trabajo suponetambién, casi por definición,otra limitación crucial.Inevita-blemente construiráuna repre-sentaciónsimplificada, con objetivopedagógico en este caso, de lacompleja experien-cia deinvestigación de los contextosde referencia. En este sentido,nunca reemplazará a la lecturade los trabajos originales.

4 Por otra parte, el conceptode “estilos de investigación”supone un análisis de menornivel de abstracción que elsupuesto por el empleo de lacategoría kuhniana de“paradigma”, empleada porejemplo por Rosengren (1983)para caracterizar macro-orientaciones teóricas y episte-mológicas de la comunicación,por Martín Barbero (1990)para distinguir el paradigmainformacional del comunica-cional, y por Vasilachis (1992)y Lindlof (1995) para identi-ficar concepciones metodoló-gicas generales


una investigación puntual, la conformación de disciplinas científicasaplicadas, la profesionalización de los investigadores, la difusión/crítica/divulgación de los resultados de la investigación, la delimitación de temas yproblemas prioritarios por parte de los organismos gestores de lainvestigación, la reflexividad del conocimiento sobre la realidad social(Giddens, 1994) y el rol del investigador como intelectual y su relación conel campo también político y sociocultural de la comunicación (MartínBarbero, 1990; Sarlo, 1992).

En este trabajo se concreta un primer uso de dicha propuesta declasificación mediante un análisis de las evaluaciones del campo de lainvestigación comunicacional de América Latina, en distintos períodos delsiglo a punto de finalizar, realizadas por, entre otros, Marques de Melo(1988) y Rodríguez y Murphy (1997). Otro empleo de esa matriz analíticaabordará comparativamente la investigación contemporánea de lacomunicación a nivel local. Una conjetura de partida para este ejerciciosistematizador sostiene que en los estudios e investigaciones recientes deese acotado espacio, es decir los últimos diez años en la ciudad de RíoCuarto, sobreviven diversos estilos de investigación que alcanzarondesarrollo relativo en la evolución de la experiencia investigativa delsubcontinente citado.

3. Estilos de investigación: de lo global a lo local

Según se anticipó, al menos seis estilos de investigación se puedenreconocer en la experiencia de la investigación subcontinental de lacomunicación y, a su vez, identificar sus correlatos a nivel local.5 Sedenomina a dichos estilos -según su orden aproximado de aparición- de lasiguiente manera: historicismo factual, cuantitativismo comercial,descriptivo de CIESPAL, difusión de innovaciones, perspectiva crítica yestudios culturales.

Historicismo factualCon esta forma comenzó la investigación de la comunicación en América

Latina durante la primera mitad del siglo XX. En estos “tiempos heroicos“—en la expresión de Marques de Melo (1998) reconocedora de que lainvestigación y enseñanza de la comunicación estaba mínimamenteinstitucionalizada— los estudios estaban a cargo de intelectuales (filósofos,sociólogos, psicólogos, antropólogos, historiadores, escritores, abogados,etc.) que pretendían contribuir al registro de la memoria cultural y mostrabaninterés en los aspectos de la comunicación como fuente para interpretarfenómenos coyunturales de las sociedades latinoamericanas.

Los principales formatos de esta clase de investigación eran (y son):- biografías de periodistas retirados- reconstrucción de archivos editoriales- catálogos de periódicos en circulación- ensayos sobre el impacto de innovaciones culturales (cine, radio,

registros discográficos, etc.)- interpretaciones de la legislación sobre la prensaLa denominación de “historicismo factual” obedece a las características

5 El análisis de lainvestigación en Río Cuartotoma en cuenta sólo lostrabajos realizados durante los‘90 por docentes de launiversidad local en condiciónde becarios de investigación,alumnos de posgrado(maestría, doctora-do),investigadores a cargo deproyectos aprobados yfinanciados por organismos defomento, gestión y financia-miento de la investigación yresponsables de iniciativas queresponden a demandas institu-cionales y/o inquietudes perso-nales. En este sentido, unaindagación sobre los trabajosfinales de los licenciados encomunicación de launiversidad local -una de lascarreras de grado que se dictandesde 1973- así como laentrevista con unos y otrosactores de la investiga-ción,puede aportar en suce-sivasetapas de estudio un panoramamucho más complejo ydinámico de la experiencia delmedio y su relación con elcontexto nacional e interna-cional. Incluso, una vocaciónmás arqueológica obligaría areconstruir las huellas delconocimiento sobre la comuni-cación generado localmentedesde décadas anteriores a laapertura en el medio de losestudios universitarios especí-ficos. Cabe sostener, a esterespecto, que este trabajo enmodo alguno supone que elconocimiento sistemático yexplícito sobre lacomunicación se hayaoriginado recién con elfuncionamiento en Río Cuartode una universidad pública.


teórico-metodológicas de este tipo de estudio: Marques de Melo (1988)señala que predominaban los estudios históricos o jurídicos mediante lacompilación bibliográfica y el análisis documental sin criterios conceptualesdemasiado sistemáticos.6

En el medio riocuartense este estilo de investigación está representadoen los estudios de Isaguirre (1990-1991), que intentan ”reconstruir lahistoria” del periodismo gráfico riocuartense como “vehículo comunicacionalpara la sociedad, o al menos una parte de ella”. Elabora un catálogo de laspublicaciones locales de una época (1875-1900) caracterizada por elsurgimiento de los primeros periódicos y el primer diario locales, asociadosen general a grupos o fracciones políticas y/o sociales (partidos políticos,sectores de éstos, colectividades, el municipio, etc.). La laboriosa tarea derecopilación documental es acompañada por afirmaciones quizás pocofundadas acerca de la relación entre estos vehículos gráficos y sus audienciasbajo un modelo de la prensa previo al comercial que se desarrollaría algunasdécadas más tarde. Las crónicas dificultades de dichos medios decomunicación impresa para sostenerse, por ejemplo los periódicos del últimocuarto del siglo XIX, pondrían en duda las afirmaciones del autor sobre lainserción de los periódicos en los públicos locales de finales de dicha centuria.

Otro trabajo que aparentemente se relaciona con esta forma deinvestigación es el rico análisis de Gioda (1995) acerca de las posibilidadesy limitaciones de reproducción en las dos últimas décadas del siglo en cursode un rasgo constante de la historia del periodismo gráfico del “Imperio” -nombre que también se adjudica a Río Cuarto y alude a antiguosenfrentamientos entre actores de la zona aledaña a esta ciudad y otros de lacapital de la provincia (Córdoba)- establecido en aquel período que analizaIsaguirre: la presencia simultánea de al menos dos diarios o periódicos,aunque de cambiantes denominaciones que en más de un caso suponentambién nuevos grupos y proyectos editoriales, durante más de cien años(1876-1987) en una ciudad del interior pampeano argentino.

Cuantitativismo comercialEn un momento de los años ‘50, un período de transición en la

institucionalización de los estudios de la comunicación, ubica Marques deMelo (1988) el surgimiento en el subcontinente de este estilo de investigacióncomunicacional que Wright Mills (1953) detectara antes en EE.UU. Desdeese período los investigadores de América Latina adoptaron y adaptaronlas estrategias de análisis de audiencia y consumidores desarrolladas porsociólogos y psicólogos de aquel país desde 1930 aproximadamente.

Una de las principales características de esta clase de estudios es sucondición de “investigación por encargo”; trataba (y trata) de obtener -enun contexto de desarrollo de la radio y más tarde de comienzo de lastransmisiones de televisión- datos aptos para orientar las decisionesempresariales de la industria publicitaria y de los expansivos medios decomunicación. Más tarde se sumarían el Estado, los partidos políticos yotras organizaciones (Rivera, 1987) como clientes de este modo deinvestigación. Con el tiempo se fueron conformando organizaciones,generalmente empresas consultoras, que atienden la demanda creciente delos distintos actores sociales que apelan a algún formato de estos estudios

6 Esta observación sobre larelativa carencia de sistemáticateórica en dicha forma deinvestigación en modo algunosupone algún cuestionamientode la legítima pretensiónepistémica, al menos probablecomo supuesto, acerca de quela teoría y la metodología dela investigación se construyanen la propia interacción con elobjeto de estudio.


dentro de sus estrategias de acumulación económica, lucha política,legitimación institucional, etc. En Muraro (1991), por ejemplo, se identificanalgunos aspectos de la experiencia argentina contemporánea de los sondeoselectorales.

Los principales formatos de esta clase de investigación son estudiossobre:

- audiencia de los medios (televisión, radio, diarios, etc.)- opinión pública- necesidades, gustos y comportamientos de los consumidores- aspectos del electorado (intención de voto, imagen de los candidatos,

etc.)Otra de las características claves del cuantitativismo comercial es la

preocupación y el desarrollo sofisticado de los aspectos más empíricos delcomplejo conjunto de elementos comprendidos dentro de las configuracionesteórico-fácticas del pensamiento científico. Alexander (1992) y Littlejohn(1982), entre otros, han identificado numerosos componentes del espacioconceptual: presuposiciones generales, orientaciones ideológicas, modelos,metáforas, conceptos, definiciones, clasificaciones, leyes, proposicionessimples y complejas, correlaciones, supuestos metodológicos yobservaciones. Estas últimas formulaciones, de menor grado de abstracción,son las más desarrolladas en el marco de este estilo de investigación. Apartir de supuestos cuantitativo-estadísticos sobre las estrategias derecolección, análisis e interpretación de datos-presunción de homogeneidad de las unidades de análisis y distribuciónnormal de los fenómenos observados (Forni, 1992)- se han definido modeloso patrones generales de investigación, especialmente la encuesta, cuyacalidad de los conocimientos logrados depende principalmente de un rigurosodiseño y un sistemático uso de los cuestionarios, la muestra y los modos deobservación. Estos, a su vez, suponen varias alternativas de procedimiento(con o sin cuestionarios, con o sin instrumentos, con o sin encuestadores),criterios de evaluación (validez, confiabilidad, precisión y exactitud de losresultados), tipos de audiencia analizada (efectiva, afectada y potencial ovirtual) e indicadores de la misma (penetración de los medios impresos,asistencia a cines y teatros, segmentos puntuales y/o puntajes acumuladosde radio y televisión). Algunos desarrollos posteriores han propiciado, comoseñala Balle (1992), la integración en condiciones de complementariedady/o subordinación de las estrategias metodológicas cuantitativa y cualitativa,entendiendo a ésta como una perspectiva que privilegia el trabajo de campo-mediante entrevistas simples o en profundidad, historias de vida,observación participante, etc.- y la llamada doble hermeneútica, esto esuna interpretación del investigador acerca de las interpretaciones sobre lavida social y cultural realizadas por los sujetos o actores sociales (Forni,1992).

En síntesis, este estilo de investigación constituye esencialmente unametodología científica para contextualizar la acción, el control y laintervención sociales, es decir generar, sostener, modificar o profundizarcomportamientos, actitudes, opiniones, valores, etc.

En el medio local este modo de investigación está representado poralgunos estudios de mercado, encuestas de opinión pública, sondeos


electorales y relevamientos puntuales a cargo de -desde el ámbito público-la universidad y el municipio riocuartenses y -desde el espacio empresarial-por consultoras locales y de otros puntos de Argentina que trabajan paradiversos clientes. Como ejemplos pueden citarse la encuesta de opinión deCimadevilla y otros (1992) elaborada para conocer el grado de conformidadde los afiliados a una obra social de trabajadores de la educación argentinay su opinión respecto de la conveniencia futura de afiliación. AsimismoGrillo y otros (1996) concretaron hace un par de años el primer estudiopúblicamente difundido sobre los públicos mediáticos locales. Por otra parte,desde dicho año también se ejecuta al menos semestralmente, por launiversidad y el municipio en forma conjunta, una encuesta permanente dehogares que a nivel nacional el Instituto Nacional de Estadísticas y Censos(INDEC) realiza en 28 conglomerados urbanos argentinos para conoceraspectos demográficos, ocupacionales -como el índice de desempleo que haaumentado significativamente con respecto al comienzo de la corrientedécada-, educacionales, del ingreso de hogares e individuos, etc.7 De lostrabajos concretados por consultoras se conocen y publican, ocasional yparcialmente, sus procedimientos y resultados a través de los medios decomunicación con sede en Río Cuarto, en especial aquellos de mayoraudiencia: el único diario, una radioemisora de amplitud modulada y uncanal de televisión hertziana (Grillo y otros, 1996).

Estilo descriptivo de CIESPALEn la década del ‘60 comenzó la institucionalización de la investigación

comunicacional en América Latina. Un rol clave en el impulso de ese procesole correspondió a la tarea del recientemente creado Centro Internacional deEstudios Superiores para América Latina (CIESPAL), una iniciativa de laUNESCO, con sede en Quito (Ecuador). Su creación suponía que los medioselectrónicos -la radio y la nueva televisión (en 1951 comenzaron lastransmisiones de ésta en Argentina)- constituirían una forma dealfabetización masiva de bajo costo y de educación permanente para losgrupos marginados de cada país. Las tareas del centro se abocaron, en unaprimera etapa, al diseño curricular de la enseñanza universitaria de lacomunicación, la formación de periodistas y profesores de periodismo encursos administrados por expertos de Europa y América del Norte, lapublicación de textos de estudio y la investigación (Marques de Melo, 1988).

En el ámbito de la investigación la actividad de CIESPAL se concentróen tres formatos de trabajo:

- estudios de la estructura (icónica, paralingüística, etc.) y contenido dela prensa

- análisis de audiencias urbanas- relevamientos comparativos de medios de comunicaciónEn su primera etapa este modo de investigación se ligaba con estudios

de tipo descriptivo acerca de los fenómenos producidos por los medios decomunicación que, en lo metodológico, se inspiraban en estrategiasdesarrolladas por investigadores de universidades europeas (Kayser,Dumazedier y Maletzke) y norteamericanas (Schramm y Berlo), por ejemploel análisis de contenido.

Al menos tres ejemplos de este estilo de investigación pueden reconocerse

7 Ni el módulo local ni lavariante agregada de estaencuesta nacional proporcio-nan indicadores sobre aspectosde la comunicación. Pero,dadas algunas de las caracte-rísticas del diseño metodoló-gico utilizado -por ejemplo,criterios conceptuales concen-suados hasta internacional-mente, un relevamiento decampo con previsiones deaumento del número deencuestas anuales (en 1998 sontres) y la relativa continuidadde una proporción mayoritariade las viviendas incluidas enmuestras consecutivas- sugie-ren a priori la conveniencia desolicitar a los responsableslocales de la encuesta dehogares la incorporación dealgunos interrogantes sobredichos indicadores. De serfactible esta inclusión de unaacotada cantidad de preguntaspodría, por ejemplo, estudiarse-en el marco de las conceptua-lizaciones sobre la sociedad dela información o la comunica-ción- la situación actual y laevolución de equipamientos(televisores, radios, computa-doras, etc.) y servicios decomunicación (conexionestelefónicas, de televisión porcable, etc.) en los hogaresriocuartenses apelando adiseños metodológicos querelacionen estos aspectos conalgunos de los parámetrossociodemográficos proporcio-nados por la encuesta e,incluso, mediante diseñosdiacrónicos (paneles ocohortes)


durante la última década en el medio riocuartense. El primero de ellos es unestudio de la imagen de la universidad de Río Cuarto en la prensa gráficalocal durante el período 1985-1990. El trabajo de Dama y otros (1992)propuso un análisis morfológico y del contenido de las noticias y, en elúnico informe sobre esta experiencia conocido, sólo se exponen los resultadosdel primer aspecto.8 Un indicio quizás de la relativa despreocupación porlos aspectos conceptuales en este tipo de investigación es cierta ambigüedadde los autores acerca de cómo se conciben la forma y el contenido de losartículos de la prensa: así, el análisis del “asunto o tema” es consideradocomo un aspecto de la morfología, cuando en la literatura sobre losnumerosos antecedentes del análisis de contenido el tratamiento temáticoes reconocido -junto al análisis de la proposición, la argumentación, el relato,el discurso y los textos inducidos por el investigador mediante la interaccióncon los actores sociales- como una alternativa de un campo analíticoenriquecido con los aportes de la hermeneútica, la lingüística, la semiologíay las ciencias sociales (Garcia F. y otros, 1995; Piñuel R. y otros, 1995).

Los otros dos trabajos identificados constituyen relevamientoscomparativos de medios de comunicación de una región, como el centro-sur de Córdoba, en cuya economía predomina la actividad agropecuaria yagroindustrial y en un período de significativo crecimiento de ladisponibilidad de medios impresos, radiales y televisivos (Carniglia, 1998).Los estudios de Tréspidi y Carniglia (1991) y Carniglia (1991) mostraríanun mayor refinamiento teórico-conceptual. En este sentido, el último deestos trabajos propone una tipología de los nuevos sistemas de radio ytelevisión emergentes a partir de 1983 en el sur de la provincia de Córdobae intenta relacionar sus rasgos con algunos aspectos del desarrollo regionalen dicho espacio de la pampa argentina. De este modo, el “radiosco” -unamezcla de emisora de radio y kiosco9- es concebido como un resultado dela convergencia del acceso a tecnologías de bajo costo, la informalidadeconómica y/o precariedad laboral (sus propietarios y otros comunicadoressin formación profesional venden la publicidad, hacen de locutores, atiendenel equipamiento, etc.) y ciertas pautas culturales de localidades del interiorargentino, por caso interrumpir la programación al mediodía durante dos ótres horas para el almuerzo y “dormir la siesta”.

El difusionismo agrícolaCasi simultáneamente con el comienzo de la actividad de CIESPAL se

introdujo en América Latina otro estilo de investigación también orientadoa resaltar el papel de la comunicación en el desarrollo, la modernización yel cambio social. Los estudios sobre la difusión y adopción de innovacionesagrícolas, educativas, sanitarias, etc. se originaron en EE.UU. durante ladécada del ‘40 en el ámbito de la sociología rural de orientación funcionalistay, asimismo, suponían una superposición de motivos científicos e interesescomerciales (Brown, 1989; Marques de Melo, 1988).

Este modo de indagación comunicacional estudia la difusión en el espacioy el tiempo de ideas y/o innovaciones (prácticas, productos, procesos),dinámica en la cuál se le asigna a la comunicación un rol clave, por ejemploa través de las redes y grupos sociales y de los flujos de información. A lolargo de la evolución de este enfoque se ha elaborado una serie de modelos

8 En este sentido, algunasconclusiones parecen sintomá-ticas de la situación en que sedesenvolvía la universidadpública argentina en lasegunda mitad de la década del‘80. Los conflictos gremiales yla lucha por la conducción dela universidad concentraban,en una coyuntura donde searticulaban la transicióndemocrática y la crisis socio-económica relacionada con la“década perdida” del desarro-llo de América Latina, laatención del mayor porcentajede artículos periodísticos delos dos diarios y subperíodosestudiados. Obviamente, en esemarco la investigación y ladocencia resultaban severa-mente condicionadas pues, porejemplo, la entonces endémicainflación licuaba elpresupuesto institucional y,asimismo, los salarios dedocentes, investiga-dores yadministrativos.

9 El “kiosco” es un comercio,de reducida envergaduraempresaria y destinado alexpendio de golosinas,cigarrillos, periódicos, etc.,habitual en la geografíaargentina. La expresión “tenersu kiosco” suele connotar en ellenguaje iniciativas empresa-rias en otros rubros de laeconomía.


(sobre factores de la demanda y/o oferta de innovaciones) y constructosanalíticos para identificar aspectos de las innovaciones que condicionan latasa de difusión (ventaja relativa, compatibilidad, impacto en las relacionessociales, complejidad, comunicabilidad/observabilidad, y divisibilidad/reversibilidad), categorías de adoptantes (innovadores, adoptantestempranos, mayoría temprana, mayoría tardía y retardatarios), etapas queatraviesa la decisión individual y/o colectiva (conocimiento, interés,evaluación, confirmación y adopción), patrones espaciales de la difusión(efectos de vecindad, jerárquicos y combinados) y roles interpersonalesclaves en el proceso de difusión (portero o guardabarrera, promotor,innovador y líder de opinión) (Brown, 1989).

Como se dijo, esta perspectiva se introdujo rápidamente en AméricaLatina, en especial en los contextos de extensión rural relacionados con laseconomías campesinas de Brasil, Colombia, Costa Rica y México(Rodríguez y Murphy, 1997), aunque con reducidísima importanciareconocida en Argentina (Cimadevilla, 1997). Sus formatos de trabajo máshabituales han sido dos:

- estudios de la difusión y adopción de innovaciones agrícolas, sanitarias,educativas, etc. en contextos tradicionales, no modernos o de menordesarrollo relativo en lo socioeconómico

- análisis institucionales del contexto de estructura agraria, coyunturacomercial agropecuaria y estrategias de desarrollo rural en que se produceel proceso de adopción/difusión

Las evaluaciones de la amplia experiencia internacional de esta formade investigación y de sus aspectos teóricos han señalado fortalezas ydebilidades, quizás más de las últimas que de las primeras. Una contribuciónsignificativa fue su atención a las áreas rurales de América Latina (Marquesde Melo, 1988), un espacio heterogéneo que -antes de las continuasmigraciones rurales-urbanas que aún continúan en el subcontinente-concentraba una significativa proporción de la población latinoamericanay disponía/dispone de más precarias infraestructuras y servicios (caminos,educación, electricidad, comunicaciones, etc.). De otro lado, tanto desdeEE.UU. cuanto desde el llamado tercer mundo se formularon críticas a sussupuestos teóricos. Beltrán (1982) cuestionó, entre otras ideas, que lacomunicación por sí sola pueda generar desarrollo independientemente delas condiciones económicas, sociales y políticas. Holden (1972), a su vez,discutió desde la sociología rural ocho supuestos críticos del enfoquedifusionista. Señaló, por ejemplo, que no siempre se dispone de unainnovación adaptada a una determinada situación, como puede ser la depequeños productores agropecuarios.10

Este tipo de cuestionamientos pone en duda severamente la capacidadexplicativa del enfoque de difusión de innovaciones, cuya utilidad se acotaríaexclusivamente a un plano analítico. En última instancia, si la difusión deinnovaciones depende de la trilogía “saber, querer y poder” (o, lo que es lomismo, conocimiento/voluntad/factores estructurales) su pertinencia sereduciría al primer ámbito.

Sobre una revisión teórica del estilo de investigación difusionista seelaboraron los trabajos locales relacionados con esta forma de conocimientocomunicacional, en particular dos estudios acerca de las estrategias

10 En este sentido, corresponderecordar que en mayo de 1998durante un encuentro deprofesionales del principalprograma oficial de desarrollorural en Argentina -“CambioRural” trabaja con metodolo-gía grupal e integra en todo elpaís a alrededor de 2.000 técni-cos del agro (ingenieros agró-nomos, médicos veterinarios,etc.) y 20.000 responsables deempresas agrarias pequeñas ypequeño-medianas- el propioSecretario de Agricultura,responsable político de dichainiciativa, reconoció que ladificultad más grave, luego decinco años de implementaciónde esta estrategiaextensionista, consistía en lafalta de tecnolo-gía apropiadaa las condiciones de talesunidades agroproduc-tivas demenor envergadura.


comunicativas de otros tantos programas de desarrollo rural a cargo delInstituto Nacional de Tecnología Agropecuaria (INTA). Los trabajos deCimadevilla y Carniglia (1995) parten de nuevos supuestos sobre el contextoagrario de la pampa argentina -como expresara un economista agrario“Pergamino no es Iowa”- y el modelo de desarrollo rural para la transiciónentre los siglos XX y XXI -la “sustentabilidad” depende de una intrincadainterdependencia de aspectos económicos, políticos, socio-culturales yambientales. Estos autores concluyen su evaluación de ambas experienciasproponiendo la presencia de “un efecto paradoja en la extensión rural”, unfenómeno mediante el cual, por ejemplo, aquellos que son difusores noadoptan lo que deben promover y/o la mera transmisión de información sesupone condición suficiente del conocimiento de la misma por parte de lasaudiencias relacionadas con el agro.11

Una perspectiva crítica“No siempre la investigación comunicacional de América Latina -dice

Marques de Melo (1988:410)- fue funcionalista, acrítica y conformista”.En efecto, casi con la institucionalización de la investigación y enseñanzade la comunicación12 apareció entre los investigadores latinoamericanos lapreocupación por concebir una perspectiva propia (Schlesinger, 1989), enalgunos casos “nacional” (Rivera, 1987), más holística y comprometidacon la transformación de sociedades cuyos lazos de dependencia económica,social, cultural y política se remontaban a la etapa colonial y habían sidoredefinidos en parte durante el siglo XIX. El clásico tema de la significaciónsocial de la investigación aparecía de nuevo en el centro de la escena: elanálisis de la sociedad, la cultura y el papel de los medios de comunicación,cuya expansión continuaba en el subcontinente, era considerado ahorafundamentalmente como una herramienta política (White, 1989).

En la configuración de una perspectiva crítica de la investigaciónlatinoamericana sobre comunicación correspondió un papel clave a distintasvariantes de la teoría marxista y a la semiología estructural, entre otras,francesa. La escuela de Frankfurt, el estructuralismo althusseriano, latradición rusa (Bakhtin), Gramsci y el marxismo cristiano fueronreconsiderados en la obra de, entre otros, A. Pasquali, E. Verón, P. Freire,A. Mattelart y H. Schmucler (Marques de Melo, 1988; Rivera, 1987;Rodríguez y Murphy, 1997). Por otra parte, los principales formatos deeste nuevo estilo de investigación se referían a:

- manipulación ideológica de los medios de comunicación- comunicación alternativa y participativa- políticas de comunicación- introducción de nuevas tecnologías- cultura popularEn la rica experiencia de estudios, políticas y prácticas de la comunicación

-en varias ocasiones no documentadas y/o inéditas como, por ejemplo,algunas iniciativas de comunicación alternativa (Simpson G., 1989) y losproyectos enmarcados dentro de la investigación/acción /participante-inspiradas por este modo de investigación hay un trabajo que quizás seasintomático por la convergencia en él de ciertas preocupaciones y formatosde trabajo mencionados. Mattelart y Schmucler (1983) analizaron

11 Esta línea de trabajocontinúa actualmente con elprograma “Nuevos actores ydemandas en el contextoinstitucional de la extensiónrural pampeana”, aprobado yfinanciado desde 1993 porCONICOR y SECyT-UNRC.

12 A la creación de carreras ycentros de investigación, envarios casos independientes delas universidades, iniciada enla década del ´60 se sumó enlos ’70 -en un espacio socialdonde “todo era posible”,tanto en términos de finescuanto de medios, y quesoportó brutales regímenesdictatoriales como los deArgentina y Chile- lapublicación de revistas-“Comunicación y Cultura” esuna de ellas- y la constituciónde asociaciones nacionales,por ejemplo INTERCOM(Brasil), y subcontinentales deinvestiga-dores (AsociaciónLatinoame-ricana deInvestigadores enComunicación- ALAIC).


determinados aspectos de la nueva etapa de introducción de tecnologías decomunicación e información en América Latina, dispositivos tecnológicossituados en la intersección de la informática, las telecomunicaciones y losmedios audiovisuales (denominada “telemática” y más recientemente, desdeotra perspectiva teórica, “convergencia”). Ambos autores sostienen que latransferencia de estos equipamientos de información supone también unaconformación de modelos globales de organización del poder y se preguntansi es posible un uso alternativo de las tecnologías en dinámico proceso deincorporación a los países del área. Denuncian asimismo que “junto con elproceso de institucionalización informática en América Latina se expandenideas mesiánicas: la virtual gratuidad de la información, el poder de lainformación y la interdependencia que determina la información” (pág. 131).

Esta investigación se concentra en dos aspectos del proceso deintroducción de las nuevas tecnologías y el diagnóstico presenta inclusocierta capacidad predictiva o anticipadora de los dinámicos mecanismosque adquirirían mayor densidad social y política en la última década delsiglo XX, una coyuntura de democratización política y liberalizacióneconómica de las sociedades latinoamericanas. Por un lado, la concentraciónmonopólica a través de la creación de enormes conglomerados productoresde mercancías culturales (multimedios) y por medio de las estrategias dedistribución de los productos de la industria cultural (libros, revistas, discos,videos, películas, receptores de radio y televisión, equipos de producciónaudiovisual, computadoras, etc.). Por otro lado, observan los diversos rolesque asume el Estado (desequilibrio, protagonismo, enmascaramiento,integrador, profesionalizante y garante de la seguridad) como mediador dela introducción de las tecnologías telemáticas en las naciones de la región.“Una conclusión es clara -afirman Mattelart y Schmucler (pág. 123)- si loscambios tecnológicos tienden a modificar radicalmente el horizonte de lavida política, es lógico que sea a partir de las políticas desde donde serastree el significado final de esas innovaciones y desde donde se tomendecisiones”.

En el medio local este estilo de investigación encuentra su correlato,quizás único, en el estudio de Cimadevilla (1990) sobre la introducción de“innovaciones tecnológicas en información (ITI)” en los servicios oficialesde extensión rural de Brasil y Argentina. El trabajo propone dos niveles deproblematización necesarios para conocer la especificidad del proceso demodernización tecnológica en ambos países: uno vinculado alesclarecimiento teórico-contextual de la problemática de generación ydifusión de las innovaciones en general y de las ITI en particular, y otro derelevamiento institucional, mediante análisis de documentación oficial delas organizaciones a cargo de la generación y/o transferencia de tecnologíaagropecuaria. Dicha indagación pone en duda que -más allá de las similitudesy diferencias de las formaciones de los sistemas de extensión rural de ambospaíses (extensión, en un caso, investigación-extensión, en el otro), losdiferentes marcos legales para la producción y comercialización de lasnuevas tecnologías (Brasil promovió cierta autonomía; los intentos similaresde Argentina fracasaron), la fase de incorporación tecnológica y lascaracterísticas funcionales asignadas a los equipamientos audiovisuales einformáticos- la asimilación de nuevas tecnologías implique un cambio


significativo en los modelos de desarrollo rural de ambos sistemas expertos,las estrategias de trabajo institucional y los criterios comunicacionales delos servicios de extensión para el agro. “El proceso de adopción deinnovaciones en tecnologías de información por parte de las institucionesde extensión rural —concluye Cimadevilla (pág. 151)— es resultante delas determinaciones que impone la dinámica capitalista a sus agentes”, porejemplo el Estado, para que conserven su funcionalidad, y no necesariamenteconsecuencia de las necesidades y los objetivos de los actores del desarrollorural (productores agropecuarios, trabajadores dependientes, profesionales,extensionistas, técnicos, etc.).

Estudios culturalesRodríguez y Murphy (1997) resumen su evaluación de los estudios sobre

comunicación y cultura en América Latina como una transición desde “losretardatarios (o perezosos) y oprimidos hacia la resistencia y las culturashíbridas” (pág.24), un movimiento iniciado aproximadamente en 1980cuando algunas sociedades recuperan la legalidad democrática (Argentina,Brasil, Chile, Uruguay) y otras (México, Chile, Argentina) iniciabanreformas neoliberales -políticas basadas en la estabilidad de precios,equilibrio presupuestario, competitividad, privatización y desregulación-destinadas a estimular el crecimiento económico e, irónicamente, a alentarla inversión extranjera.

Este nuevo giro en la perspectiva de los estudios sobre la comunición escontemporáneo, y en parte se relaciona, con una reorientación más globalde las ciencias sociales en su conjunto. Toma ahora mayor importancia elestudio de la cultura, esto es la dimensión simbólica de la vida social(Wuthnow, 1988), y en particular la producción, circulación y consumo designificaciones (García Canclini, 1992; Delfino, 1993). Varios analistas dela cultura y su relación con la política, la economía y la sociedad han señaladola convergencia y redes de influencia entre intelectuales de América Latina-Martín Barbero, B. Sarlo, O. Landi, A. Ford, García Canclini, J. González-, Europa -R. Williams, S. Hall, U. Eco, P. Bourdieu- y EE. UU. -C. Geertz,H. Becker- (Delfino, 1993; O’Connor, 1991; Storey, 1996). Otros hanhablado de “la época de la cultura y la cultura de la época”, un doblemovimiento convergente: por un lado, una nueva, en parte, forma deexperiencia socio-cultural conocida como sociedad postindustrial, eraposmoderna o sociedad de la información y, por otro, la expansión de losestudios sobre las tramas y dinámicas simbólicas de la vida social como unefecto interno de la comunidad científica (Margulis y Urresti, 1997). Otrosintelectuales, finalmente, han entendido al aspecto más metodológico deesta reorientación como un “cambio cualitativo”, el renovado énfasis quese le otorga al lenguaje y a las vivencias de los actores como elementosconstitutivos de las instituciones y prácticas sociales, es decir un comúndenominador de las distintas tradiciones del análisis interpretativo:etnometodología, interaccionismo simbólico, etnografía y estudios culturales(Jensen y Jankowski, 1993; Lindlof, 1995).

Entre los distintos formatos de esta clase de investigación se puedenmencionar estudios sobre:

- prácticas, consumos e identidades culturales


- géneros, discursos y narrativas mediáticos- industrias culturales y transformación de la vida cotidiana- recepción de las audiencias de los medios- mediatización de la sociedad y la políticaEn el medio local este estilo de investigación está representado por los

trabajos de Grillo (1993, 1994), Berti (1997) y Rizzo (1997). El primerode estos estudios, realizado en el marco de un doctorado en antropología,toma en cuenta los modos idiosincráticos a través de los cuales las sociedadesargentina y brasilera codifican sus rasgos ideales de nacionalidad y, comocontrapartida, las categorías para percibir sus diferencias internas. Laidentificación comparativa de las distintas categorías discursivas (tipos designificaciones, componentes narrativos estructurales, estrategias yoperaciones discursivas) se basa en el análisis de dos clases de textos decirculación a nivel nacional: los libros de historia utilizados en el nivelmedio de enseñanza y los noticieros televisivos con mayor audiencia enambos países, por ejemplo uno de estos programas emitido desde uno delos cinco canales de televisión hertziana con sede en Buenos Aires, la capitalde Argentina. En el análisis del corpus audiovisual, se muestra como, através de la construcción de imágenes de audiencia-dicha área capitalina es tomada como representación del extenso yheterogéneo espacio nacional-, la estructura de los noticieros -con inclusiónde extensas entrevistas a los protagonistas de los acontecimienos noticiosos-, la apelación a géneros mediáticos ambiguos o híbridos -el noticiero oscilaentre el reportaje y el melodrama- y el desigual tratamiento del reclamo dejusticia y de la desviación de las normas -simetría/asimetría- se relacionancon “un proceso de igualación permanente que se expresa en una ideologíaigualitarista y en prácticas que la reproducen diariamente” (1994, pág. 1).13

Por otra parte, los estudios de Berti (1997) y Rizzo (1997) observan-mediante análisis de discurso de un corpus generado a través de entrevistasabiertas y en profundidad- las complejas conceptualizaciones que sobre lonuevo y lo viejo, y lo público y lo privado, respectivamente, elaboran losmiembros adultos masculinos de una población que trabaja en el campo yreside en la ciudad del interior de la región pampeana argentina.

4. Consideraciones finales

En el Cuadro 1 se presenta un resumen de los aspectos más sobresalientesde los seis estilos de investigación identificados en América Latina y semencionan sus correlatos a nivel local brevemente analizados en este trabajo.

Una de las primeras conclusiones, probablemente ya habitual en estaclase de evaluaciones, observa que tras la exhuberante multiplicidad de lainvestigación comunicacional en América Latina, y aún en la experienciade la ciudad de Río Cuarto, subyace la dispersión y la amalgama. Unapluralidad de estilos de investigación construyen objetos que a veces secomplementan, en otras ocasiones se oponen y en algunas oportunidadestransitan por caminos paralelos.

Este panorama supone, como se anticipó al comienzo del trabajo, algunasconsecuencias para las concepciones de “investigación comunicacional” y

13 Esta línea de trabajoadquiere continuidad medianteel proyecto “Globalización,identidades y medios decomunicación. Construccionesdiscursivas sobre campo yciudad en el sur de Córdoba”,aprobado y financiado porCONICOR y SECyT-UNRC.

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de “teoría” y “metodología” específicas que se sustentan en los cursos cuyascaracterísticas se asemejen al que incitó la elaboración de este artículo. Porejemplo, ¿hasta dónde se sustenta la pretensión de una teoría “general ointegral” de la comunicación?. ¿Cómo se incorpora en una u otra de dichasdefiniciones el problema de la significación social del conocimiento sobrela comunicación?.

La multiplicidad de estilos, por otra parte, actualiza la pregunta de hastadónde se ha avanzado hacia una interacción más activa y simétrica con losmarcos epistémicos, teóricos y metodológicos originados en los paísescentrales. Parece, en este sentido, que aunque la dependencia -por moda,imitación o por la dependencia misma- no ha sido superada, las apropiacionesy readaptaciones ganan fuerza e, incluso, la invención ya toma cuerpo: las“mediaciones”, los “frentes culturales”, las “hibridaciones” y las “mezclas”culturales,14 propuestos desde el subcontinente (cuando no el “radiosco” oel “efecto paradoja en la comunicación rural”, generados por una audaciaprovinciana) remiten a un horizonte de relativa autonomía e interdependenciaen proceso de maduración. Horizonte que también interpela al rasgo quizásmás reconocido como peculiar en la tradición latinoamericana deinvestigación en comunicación: cómo articular de un modo más consecuenteuna de las imágenes más dinámicas del investigador como intelectual, ladel compromiso social, con aquellas otras que nos devuelven los espejosdel oficio y la profesión (las del refinamiento teórico y el rigor metodológico).

Falta, finalmente, perseverar en una doble labor de probable estirpearqueológica. Dotar de mayor complejidad, como se sugirió, al diagnósticode la experiencia local y, al mismo tiempo, reconocer que todo estilo deinvestigación algo aporta al conocimiento de esa experiencia humana tancompleja y variopinta que es la comunicación. La capacidad de objetivar ydivulgar la memoria cultural, de cuantificar con las palabras y narrar conlos números, de mirar al campo como la otra cara -a veces invisible- de laciudad, de reconocer que somos, al mismo tiempo, siempre iguales ydiferentes a otros, y de asumir que, en materia de comunicación, mucho esesencialmente político esperan en el sendero construido por los estudioscomunicacionales de América Latina a lo largo del siglo XX. Y en esecamino ya han dejado sus primeras huellas los actores locales.

En síntesis, la investigación local de la comunicación procura la urdimbrede una tradición específica en y través del diálogo, en oportunidadesproblemático, con la experiencia nacional e internacional de un campo deestudios tan multiforme y en fermento como inasible. Los actores de lainvestigación en Río Cuarto estamos -parafraseando a los artistas populares-con nuestra timidez, temblando suavemente en el balcón15 de esa obracompleja, dinámica y abierta constituida por la investigación sobre lacomunicación.

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LA COMUNICACIÓN ENTRE DUDAS,PARADOJAS Y ALGUNAS RAZONESSIEMPRE PROVISORIAS

Gustavo Cimadevilla


LA COMUNICACIÓN ENTRE DUDAS,PARADOJAS Y ALGUNAS RAZONESSIEMPRE PROVISORIAS

Gustavo Cimadevilla *

La realización del IV Congreso Lationamericano de Investigadoresde la Comunicación -organizado por ALAIC en Recife, setiembrede 1998-, en coincidencia con el cierre de la XXI edición delCongreso de la Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinaresda Comunicação, INTERCOM, sirvió de escenario para que através de la temática central del evento se discutiera lasidentidades y fronteras del campo de las ciencias de lacomunicación. Este texto intenta reunir las ideas centrales que elautor planteó en el Panel encargado de debatir las principalesrelaciones y perspectivas con las que se concibe el campo en estefin de milenio.

A modo de Introducción

Seguramente el acto de interrogarnos sobre quién somos y adónde vamosdebe ser tan antiguo como nuestra propia memoria.

Una forma, tal vez, de reconocer en el espejo los rasgos y las marcasque van quedando de una madurez que, aunque se viva como eternamentejoven, tiene su propia historia.

En el campo disciplinar, la comunicación no ha escapado, en estacircunstancia de tiempo y lugar, a ese ejercicio de reconocimiento.Preguntarnos y reflexionar, entonces, sobre las Ciencias de la Comunicación,sus identidades y fronteras, será la principal pretensión de este texto.

Ahora, si interrogarnos por la identidad es revisar nuestras tradiciones,hábitos y estilos, cómo nos presentamos, nucleamos y agrupamos y, por suvez, cómo nos diferenciamos; y si preguntarnos por las fronteras supone asu vez repasar los caminos y trazos de nuestro andar y proyectar epistémico,nuestras vecindades y alianzas de enfoque y las ingenierías del conocer quese comparten, reciclan e inventan, entonces, la primera sensación espreguntarnos, ¿por qué esta preocupación aquí y ahora?.

Una respuesta que parta de esta elemental y casi epidérmica cuestión,me llevará -consecuentemente- a divagar entre algunas otras dudas,paradojas y razones siempre y saludablemente provisorias.

Las dudas

El porqué aquí y ahora de este tema, parece remitirnos a una problemáticaa la que ya nos habíamos casi desacostumbrado. En los últimos años, losencuentros de INTERCOM, por ejemplo, parecían registrados por lasmarcas temáticas de macroprocesos y actores puestos en escena.

* Docente investigador.Departamento de Cs. de laComunicación, Fac. CienciasHumanas, UNRC.


Comunicación y mudanzas sociales en el 94, Globalización yregionalización de las comunicaciones en el 95, Políticas regionales decomunicación: los desafíos del Mercosur en el 96 y el Megaeventoconmemorativo -institucional- de los 20 años en el 97, indicaban que desdela comunicación como disciplina se abordaba alguna realidad u objeto o,en el último caso, el propio andar institucional. Pero la interrogación sobreel recorte, o la meta-interrogación del campo, no ocupaban en ese marco lareflexión de los paneles principales.

Será esta interrogación, entonces, un síntoma de la academia preocupadapor una sociedad más autoreflexiva -a decir de Luhmann-1 , a la vez quefluye imprevisible, ambivalente, desordenada y contingente.

Será un modo de repasar nuestro propio orden frente a un mundo que,como expresa Beck2 , se vive muy distinto al que nuestras categorías depensamiento revelan. Esto es, de vivir un mundo del “y” y pensar, no obstante,con las categorías del “o esto o aquello”.

Será quizás el embale que sólo responde a una cuestión de época. Unmodo-moda de registrar que también aquí y ahora se habla de estos temas.O para decirlo con las palabras de Héctor Schmucler, porque “el estudio dela comunicación en la realidad contemporánea, en líneas generales, carecede intentos fuertes” es que “abundan las modas”. Aunque lo que estasanuncien es que van a terminar.3

Será, por otro lado, nuestra preocupación por el “fin de los relatos” -adecir de Lyotard4 -, o por la fuga o fin de los “universales” que, comoreflexiona Schuster5 , aportaban estructuras donde los individuosencontraban sus identidades. Y por tanto, un refugio seguro desde donde lacorporación, en este caso, podía pensar.

Será por la “polución” que deviene del mestizaje de sentidos, a decir deBrunner-6 , o por la amenaza de pérdida de legitimidad del campo.

Un recorrido por la novel disciplina puede, a mi entender, ofrecer algomás que separar los ruegos optimistas de los pesimistas para ver el problema.Un andar por las últimas tres décadas, por ejemplo, puede indicarnos quetal vez este tema sea mucho más recurrente que anecdótico y, por tanto,más saludable que un rápido contagio de fin de milenio.

Desde esa perspectiva, por ejemplo, basta con recordar las dudas ydiscusiones de los finales de los ´60 e inicios de los ´70, cuando de las“antiguas” Escuelas de Periodismo se pasaba a las “modernas” Facultadesde Comunicación y las tensiones entre los modelos de erudición, las prácticasprofesionales y la emergencia de lo social llevaban, a decir de Jesús MartínBarbero7 , a preocupaciones por la “pérdida del objeto (de la comunicación),con la consiguiente pérdida de la especificidad del trabajo”.

O, en otro contexto, a las preocupaciones taxonómicas de Blake yHaroldsen8 por poner coto a la creciente “maraña terminológica” acumuladaen el cuerpo, amenazando con ello una “crisis de identidad” -según ellosmismos decían- para la disciplina.

O basta con recordar, si no, como luego en los ́ 80 el reconocimiento deuna etapa marcadamente preocupada por la denuncia teórica de los ´70,que cerraba las bases para un pensamiento y hacer creativo y autónomo eneste subcontinente latinoamericano, derivó en una renovación significativade la disciplina. Con consecuencias no sólo curriculares, en cuanto re-

1 Luhmann, N. (1997). Lacontingencia como atributo dela sociedad, en Guiddens, A. etalli, Las consecuenciasperversas de la modernidad.México, Anthropos.

2 Beck, U. (1997). Teoría de lamodernización reflexiva, enGuiddens, A. et alli, op. cit.

3 Schmucler, H. (1996),Entrevista en Mapa NocturnoNro. 6. Buenos Aires.

4 Lyotard, F. (1992) Lacondición postmoderna.Gedisa, Barcelona.

5 F. Schuster (1997). Lacomplejidad en las cienciassociales de fin de siglo enAgora, Cuadernos de EstudiosPolíticos, Nro. 6. Buenos Aires.

6 J. Brunner (1994).Bienvenidos a la modernidad.Santiago, Planeta.

7 Barbero, J. M. (1983). Lainvestigación en las Facultadesde Comunicación. Unaexperiencia y un proyecto enTaller de Comunicación, 1.Depto. de Ciencias de laComunicación, Universidaddel Valle. Cali.

8 Blake, R. y Haroldsen, E.(1977). Taxonomía deconceptos de la comunicación.México, Nuevomar.


modelación de las carreras existentes, sino también en cuanto a renovaciónde perspectivas y campos de interés, según lo mostrara el colega mexicanoRaúl Fuentes Navarro9 .

O en el terreno más próximo, por otra parte, si recordamos como a nivelde Grupos de Trabajo -a instancias del XI Congreso de INTERCOMrealizado en Viçosa (1987)-, por ejemplo, ponencias como las de Gisleneda Silva se preocupaban por analizar cómo en la producción de tesis deposgrado el objeto comunicacional se desdibujaba tras planteamientospsicológicos, sociológicos, antropológicos o políticos, poniéndose a discusióny en duda el propio estatuto teórico y epistemológico de la disciplina.10

Que en los noventa, entonces, una mirada a nuestra propia tradición nosvuelva a convocar, puede ser un signo más de “vigilancia epistemológica”-a decir de Bachelard-11 , que nos sitúa, nos devuelve las miradas y se revelafrente a las incertezas. Un modo, finalmente, de reconocernos y conocernosa nosotros mismos.

Las paradojas

Pero si este nivel de preocupación es necesariamente limitante, surgepara diferenciar y no se conforma con la totalidad ; o porque a decir deEco, si una disciplina se ocupa de cualquier cosa corre el riesgo de noocuparse de nada12 , la sensación que nos queda es que también el campo, omejor dicho, sus intelectuales, están presos de algunas paradojas irresolubles.

En ese sentido, cualquier recorrido por las tradiciones de la especialidadpermitirá observar que: desde la comunicación, con la comunicación ypor la comunicación, han pasado tantas dimensiones, realidades, sujetos yfenómenos que ya no queda listado por elaborar. Esto es, que en sumanifestación de reconocimiento de disciplina síntesis o interdisciplinar, secontiene un plural13 de “CIENCIAS” -como antecedente del sustantivoCOMUNICACIÓN- que de por sí la vuelve plurigámica. Con lo cual, nosólo se reconoce como hija dilecta de una serie de otras disciplinasfundacionales, entre las que generalmente se citan a la sociología, psicología,antropología, etc., incluidas las matemáticas14 , sino que además se disponea ser base para enfocar la mayoría de los fenómenos sociales que rodean lacotidianeidad humana. Quizás porque, a decir de Watzlavick15 , “lacomunicación es la condición sine qua non de la vida humana y del ordensocial”. O porque, a decir de Parsons16 , es el “pre-requisito funcionalnecesario para la existencia de cada sistema social”.

En ese marco, entonces, la paradoja de la disciplina es la paradoja delintelectual que mientras se preocupa por un hacer encausado de sus colegascomunicólogos, al mismo tiempo promueve un mar plagado de irreverentescanales que pueden conducir, igualmente, a infinidad de puertos.

Pensemos si no, por ejemplo, en el recorrido de INTERCOM o ALAIC,o el de tantas otras asociaciones promotoras de la especialidad. No ha sidosu caso el de crecer en cruzamientos y complejidades afines a la totalidaddel fenómeno social. Hoy, sin ir más lejos, son 26 los grupos de trabajo deINTERCOM y 20 los de ALAIC que, reconociéndose en perspectivas yrecortes diversos, discuten desde-con-y-para la comunicación objetosmúltiples.

9 Fuentes Navarro, R. (1983).Apuntes para un diseñocurricular en comunicación enRevista Chasqui Nro. 13.Quito. CIESPAL.

10 Da Silva, G. (1987). Dodetalhe ao talhe : dissertacoes-teses em comunicação rural. XICongresso INTERCOM .Viçosa.

11 Bachelard, G. (1949) Elracionalismo aplicado.Paidós, Buenos Aires, 1978.

12 Eco, U. (1978), Tratado deSemiótica General. México,Nueva Imagen-Lumen.

13 Aunque algunos pretendanplantearlo en singular, como E.Prade (1981). Algumasconsiderações epistemológicasda comunicação en Revista doCentro de Artes e Letras,UFSM, 3 (1).

14 Como por ejemplo loplantea A. Smith (1976) en suobra Comunicación y CulturaI. Buenos Aires, Nueva Visión.

15 Watzlavick, P. et. Alli(1968). Pragmática daComunicação Humana. SãoPaulo. Cultrix.

16 T. Parsons (1966) Thesocial system. New York. Koln.


Así, congeniar la búsqueda del límite y la deseabilidad de la expansiónen un mismo acto, requiere de alguna estrategia que nos salve de laesquizofrenia académica. O, que por lo menos, contextualice su sentido dedivisibilidad. Desde esa perspectiva, posiblemente el problema del límiteque recorta, caracteriza y por tanto identifica, se vincula particularmente alas preguntas que definen el objeto. La expansión, en tanto, podráreconocerse sí, pero en el tratamiento o la respuesta posible a esainterrogación.

Especificidad de la que parte ̈ el estudio¨ y liberalidad en torno a ̈ cómo¨y hacia adónde arribo o problematizo mi objeto, entonces, puede ser lafórmula de coexistencia para esta actitud frente al campo.

Algunas razones siempre provisorias

Ahora bien, no todo es duda u oposición. La disciplina también ha sumadorazones.

Si bien, como afirma Melvin De Fleur,17 el campo de la comunicaciónsirvió muchas veces como ̈ suerte de estación intelectual intermedia¨. Unaespecie de territorio de nadie ¨donde personas de diversas disciplinas seintrodujeron, realizaron estudios, trabajaron en la solución de problemas¨ ydespués emigraron o retornaron a sus corrientes principales. Tambiénmuchos otros demarcaron líneas precisas de investigación y de estudio.

A partir de allí, entonces, me parece que algunas razones merecen ciertaconsideración, entre ellas:

1. El campo parece reconocerse básicamente como un conjunto deproblemas. Esto es, cuando de estudios de comunicación se trata, hablamosprincipalmente de conocimientos que tienden a dar respuesta a interrogantesprecisos. Así, si como dice el Prof. Marques, hemos de reconocerla comouna disciplina fundamentalmente aplicada18 , es porque desde sus orígenesha tratado de resolver interrogantes que surgen de la propia dinámica de lasociedad.

2. Pero en esa dinámica, en tanto, su identidad no surge de un todoimpreciso, sino particularmente del cruzamiento de dos tipos específicos deproblemas:

a) los que se refieren a la interacción; yb) los que se vinculan a la significación.3. Así, el campo es un espacio de convergencia que no sólo se delimita

por su pertenencia mayor a una problematización que se reconoce propiade las ciencias sociales, sino que además cobra sentido particular enla medida que presta atención a dos dimensiones en que se manifiesta losocial y que dan lugar, en su yuxtaposición, a un objeto más o menosidentificable.

4. El diálogo entre interacción y significación, por tanto, aún cuandopueda ser en su divisibilidad parte correspondiente de otros objetos ydisciplinas, es el que en definitiva ha permitido crecer y caracterizar elcampo. Sea tanto en su recortes interpersonales como grupales,institucionales o colectivos, personales o mediáticos, manuales otecnológicos, es en la confluencia de esas instancias donde particularmentese advierte la especificidad.

17 M. De Fleur y S. Ball-Rokeach (1982) Teorías de lacomunicación de masas.Barcelona, Paidós.

18 Melo, J. Marques. (1992).El divorcio entre la universidady la industria de lacomunicación en AméricaLatina en Generación deconocimientos y formación decomunica-dores . VIIEncuentro Latino-americanode Facultades deComunicación Social. México.FELAFACS.


Reafirmar el papel de las preguntas en torno a esas relaciones y procesos,resulta entonces fundamental para identificar el campo.

5. Ahora bien, llegado a este punto, hay que reconocer también que lariqueza de la disciplina se ha gestado a partir de su apertura al universo delconocimiento, a su humildad para reconocer limitaciones y a su fronterasiempre abierta para asumir hibridaciones. En ese marco, si la multiplicacióny dispersión de los objetos puede decirse que sobrevino cuando se pasó deenfocar la sociedad a observar también su cultura, es porque se pasó de larigidez de las estructuras al propio mundo de la vida. La provisoriedadresultante, entonces, más que una debilidad disciplinar, ha sido su estrategiamás fuerte para llamar la atención, posicionarse y ganar reconocimiento, ypor tanto instalarse como legítima en el campo de las ciencias sociales.

Finalmente, yo agregaría que su camino recién empieza. Si hasta elmomento el recorrido ha sido más bien migrante, difuso y adolescente, esporque en definitiva su preocupación y pasión mayor es el mundo en el quese define, confronta y estructura la vida. Y esta no sabe de leyes mientrasnosotros participamos como actores principales.

Revisar el campo, entonces, a la luz del 2000, no deja de ser un actonuevamente maduro, aunque nos sigan y persigan las dudas, las paradojasy algunas razones siempre muy provisorias.

El recorrido de la disciplina, aun cuando no sea el de un relato ficcional,también tiene episodios aislados, dispersos y a menudo incoherentes, peroestas discusiones, justamente, resultan útiles para buscar tejer con un mismohilo esa trama.

Al final de cuentas, el conocimiento siempre merece ser un desafío parael cual, nuestras respuestas, puedan abrir otras preguntas e inquietudes, enuna dialéctica que, lejos de prometer finales, se vuelva siempre motivo parala renovación.

Si en ese camino, las identidades no tienen fronteras y las fronteras noexcluyen identidades, es por que importará, por sobre todo, la razón deconocer como un paso necesario -aunque no suficiente- para transformarnuestro entorno. Quizás, las ciencias de la comunicación estén transitandopor ese adolescente pero eterno camino.


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Colegas de la Región.

Desde el año 1996 varios profesores e investigadoresde universidades e institutos de los países miembros del MERCOSURvienen trabajando con el objetivo de crear una red de cooperaciónacadémica que sume una instancia más de diálogo, discusión eintercambio de conocimientos y experiencias para quienes sedesenvuelven en este campo.

A partir de la iniciativa de INTERCOM -SociedadeBrasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação- y la cátedraUNESCO de Comunicación de la Universidade Metodista de São Paulo,el primer ENDICOM/ENPECOM se llevó a cabo en la ciudad deLondrina, Brasil (1996). Allí, los colegas asistentes generaron uncompromiso de participación y adhesión que tuvo sus frutos en la ciudadde Asunción, cuando en junio de este año quedó formalmente constituidala RED MERCOMSUR.

En esta segunda oportunidad, la reciente REDdecidió que fuese la Universidad Nacional de Río Cuarto la responsablede convocar al III encuentro.

Así, nos hemos planteado como objetivos del IIIEndicom/Empecom:

a) Facilitar la presentación, la discusión y elintercambio de experiencias de investigación y docencia en el campo dela comunicación.

b) Favorecer la discusión y realización de conveniosde cooperación académica para el intercambio de docentes, investigadoresy estudiantes de las unidades miembros.

c) Discutir líneas de trabajo de desafíosinstitucionales futuros para la RED MERCOMSUR.

La RED está abierta a la adhesión de todas lasuniversidades que lo deseen. Los distintos representantes canalizaránesas inquietudes. Los esperamos.

Gustavo Cimadevilla


Red Iberoamericana de Revistas deComunicación y Cultura

OFICIOS TERRESTRESFacultad de Periodismo y Comunicación Social. Universidad Nacional de laPlata. Av. 44 Nº 676 La Plata, C.P. 1900.Email: [email protected]

PUZZLEUniversidad Nacional de Cuyo, Facultad de Ciencias Políticas y Sociales,Carrera de Comunicación Social. Mendoza, Argentina.

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Temas y Problemas de Comunicación.Números anteriores

Primera etapa.

Temas y Problemas de Comunicación. Vol. 1. 1993.- La ley del deseo. Daniel Ferniot, Carlos Rusconi y David Sisso- La otra cara de la pelota. Rubén Dario Ramón- El paraíso perdido. Fernando Clavero y Fredy Dutra

Temas y Problemas de Comunicación. Vol. 2. 1993.- Comunicación y sociedad en los 90. Mabel Grillo

Temas y Problemas de Comunicación. Vol. 3. 1993.- Paradojas de la extensión rural. Gustavo Cimadevilla y Edgardo Carniglia

Temas y Problemas de Comunicación. Vol. 4. 1994- Políticas de comunicación e integración latinoamericana. Incidencia delas nuevas tecnologías. Liliana Llobet

Segunda etapa

Temas y Problemas de Comunicación. Año 3. Vol. 5. 1995.- Aproximaciones al estudio de la realidad. Carlos González- Las nuevas tecnologías de comunicación y el Mercosur. Liliana Llobet- El segundo diario. Lionel Gioda- Cambio tecnológico y perdurabilidad hipodérmica. Gustavo Cimadevillay Edgardo Carniglia- El noticiero televisivo. Mabel Grillo

Temas y Problemas de Comunicación. Año 4. Vol. 6. 1996- La interdisciplinariedad como práctica. Eduardo G. Castro- Sistemas multimedias interactivos. Un repaso conceptual. Analía Angelli- Las indagaciones sobre la cultura y la crítica del sentido común. Raúl A.Rodríguez- Acción social y espacio social. Ramón Monteiro- Aproximación a la enseñanza creativa del guión audiovisual. Alberto Perona- Identidad joven y consumo de radio. Carlos Rusconi y Susana Molina.

Temas y Problemas de Comunicación. Año 5. Vol. 7. 1997- Comunicación masiva y democracia: una mirada a la argentina. MichaelMorgan- Lo local como contexto de audiencias fluctuantes y espacio de interaccionesproductivas. Mabel Grillo- Análisis de un suplemento periodístico rural en España. En busca de unamejor comunicación con información.Ricardo Dominic Thorton


- La moda y la televisión: mucho más que un lujo de pocos. Una reflexiónacerca de homogeneidad y diferencias, consumos masivos y distinguidos.Adriana Rizzo- Un periodista en la era del Marketing. Lionel Gioda- La "apropiación" como dimensión para el estudio de la cultura. AnalíaBrandolín.- Comunicación rural: el papel de los medios en la difusión de tecnología.Ariadna Cantú.

Temas & Problemas de Comunicaci n N 8 · 2017. 7. 31. · TEMAS Y PROBLEMAS DE COMUNICACION 3 En...

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