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Ano XX No37
Abril/Maio/Junho 2014
Distribuio gratuita
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HERDEIROS DO PORVIR
Publicao da Pr Monarquia,
entidade civil sem ns lucrativos.
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Diretor Responsvel:Osvaldo RoccoJornalista Responsvel:Yone P. Caldeira (MTB 17354)
Redator Chefe:Geraldo Hlson Winter
Diagramao:Luis Guillermo Arroyave
Impresso:Gralar Grca e Editora do Lar Anlia Franco
TUAO DOS RNCIPESPA
Ordens de Cristo,So Bento e So Tiago
C
oncluindo a explanao sobre as Ordens honorcasnacionais portadas por D. Luiz na capa do Herdeiros
do Porvir n. 34 (abaixo), apresentamos hoje astrs circundadas e adornadas com tas verde, vermelhoe prpura.
Ordem de Nosso Senhor Jesus Cris-
to Passou a existir em Portugal noano de 1319 com os remanescentes daOrdem do Templo (que foi extinta pelaSanta S), fundada pelo Rei D. Diniz.
No sculo XV, foi administrador-morda Ordem de Cristo o Infante DomHenrique, o Navegador, que deu grandeimpulso epopeia desbravadora dosmares, a partir de Sagres. Em 1500, foisob a bandeira dessa Ordem que Pedrolvares Cabral descobriu o Brasil.
Ordem de So Bento de Aviz Introduzida em Portugalno tempo de seu primeiro rei, D. Afonso Henriques, emmeados do sculo XII, foi inicialmente um ramo portugusda Ordem de Calatrava, que j existia em Leo e Castela.D. Maria I, em ns do sculo XVIII, quando reformou asOrdens militares portuguesas, destinou-a a premiar servi-os militares. Esse mesmo m viria a ter, mais tarde, noImprio do Brasil.Ordem de So Tiago da Espada
Provavelmente fundada no sculo XI,
em honra do Apstolo So Tiago, tinhacomo insgnia uma cruz em forma deespada; da serem os seus membrosconhecidos como cavaleiros espat-rios, ou gladferos. Iniciou suas ativi-dades em Castela e depois espalhou-se pelos vrios reinos da PennsulaIbrica, tendo grande papel nas lutasda Reconquista. O ramo portugusda Ordem foi, em 1789, reformado
por D. Maria I, e passou a ser usadopara recompensar os funcionrios da
Justia e a pessoas que tivessem prestado outros serviosrelevantes. No Brasil, o Imprio concedeu relativamentepoucas condecoraes dessa Ordem. Em 19 de maro D. Bertrand proferiu Aula Magna no Centro
Cultural Ccero Barbosa Lima Jr., para advogados e estudantes
dos cursos de Direito, Agronomia e Medicina Veterinria da Fa-
culdade Dr. Francisco Maeda (Fafram), de Ituverava (SP), sobre
o temaAmbientalismo e a Paz no Campo Aspectos Legais.
Por ocasio da Pscoa de 2014, o
prncipe D. Luiz de Orleans e Bragan-
a, Chefe da Casa Imperial do Brasil,
enviou aos brasileiros, de modo par-
ticular aos amigos da Casa Imperial,
seus melhores votos de Feliz Ps-
coa, com todas as graas de Nosso
Senhor Jesus Cristo Ressuscitado.
Em 2 de fevereiro a Pr Monarquia ofereceu jantar ao
Prncipe D. Bertrand de Orleans e Bragana em come-
morao a seus 73 anos, no conhecido bistr Charl no
bairro dos Jardins, em So Paulo. Entre monarquistas
especialmente convidados estiveram presentes dois
sobrinhos do aniversariante, D. Rafael (abaixo, cum-primentando D. Bertrand) e D. Gabriel.
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Em 8 e 9 de fevereiro D. Bertrand, representando D. Luiz, viajou
para a cidade de Goinia para as Bodas de Prata do Juiz Dr. Carlos
Luiz Damacena e esposa D. Lara Cristina Damacena, amigos e
colaboradores da Casa Imperial do Brasil.
Em 3 de maro, durante o perodo de Carnaval, D. Bertrand fez
conferncia em Toledo (PR) para dezenas de jovens catlicos e
monarquistas vindo de vrias regies do pas, em evento promo-
vido pela Associao Cristo Rei, da mesma cidade do Paran.
No dia 3 de abril, no Clube
Homs, em So Paulo, D. Ber-
trand proferiu palestra sobre o
importante documento Re-
verente e lial Mensagem
a Sua Santidade o Papa
Francisco, enviado ao
Sumo Pontfice em 8
de fevereiro (detalhesna pgina 7).
De 9 a 11 de abril, em Belm do Par, D. Bertrand, a convite da
Associao Comercial e da Federao da Agricultura deste Estado,
visitou a Academia Paraense de Letras, concedeu entrevista ao
principal jornal da cidade, O Liberal, jantou com o corpo consular
acreditado no Par e proferiu palestra na Associao Comercial so-
bre seu livro Psicose Ambientalista, autografando no nal sua obra.
No dia 24 de abril, a convite do Instituto Histrico, Geogrco
e Genealgico de Campinas e do Tnis Clube, D. Bertrand fez
conferncia intitulada Brasil, uma nao predestinada a um futuro
glorioso. Aps a palestra o prncipe foi aplaudido de p. Compa-
receram importantes autoridades locais.
Em 28 de abril, sob os auspcios de D. Luiz, a
Pr Monarquia promoveu palestra em sua Sede
Social sobre a crise na Ucrnia, a qual afeta di-
retamente todas as naes livres do Ocidente,
pois evidencia o novo projeto de dominao
expansionista da Rssia de Putin. O expositor
foi o cientista poltico e jornalista Jos Carlos
Seplveda da Fonseca.
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Gastos pblicos:Monarquia vs. Repblica
GERALDOHELSONWINTER
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Durante quatro sculos o Brasil se beneciou da forma de governo mo-nrquica e isto lhe assegurou dimenses continentais, povoamento, de-senvolvimento e prestgio internacional. Basta lembrar que as fronteirasdo Brasil foram denidas em 1494, pelo Tratado de Tordesilhas, antes
mesmo de descoberto pela esquadra de Pedro lvares Cabral, em 22 de abril de1500. E lembrar tambm que em 1750 o Tratado de Madri raticou as fronteiras
brasileiras, expandidas largamente para oeste, adquirindo dimenses territoriaisj muito prximas das atuais. A evidncia histrica desse fato um dos marcosde pedra das novas fronteiras do Tratado de 1750, que se encontra na cidade deCceres, no Mato Grosso do Sul.
Contudo, h pouco mais de um sculo, o Brasil vem experimentando amarga-mente a forma de governo republicana, que lhe tem garantido uma sequncia inter-minvel de desiluses, descontinuidade poltica e dilapidao dos cofres pblicos.
Mas, qual a razo para essa diferena agrante entre o prestgio do Brasilmonrquico e o desprestgio do Brasil republicano? Comparando-se Monarquias eRepblicas possvel vericar facilmente que as Monarquias so mais austeras emseus gastos do que as Repblicas. Isso uma realidade, mesmo diante da pompacom que as Monarquias normalmente se apresentam. Palcios suntuosos pesam
pouco no bolso dos contribuintes, pois j fazem parte do patrimnio nacional hsculos. Mas no apenas por isso, j que as Repblicas so mais dispendiosas,mesmo quando seus governantes ocupam palcios de monarcas destronados.
A razo de as Monarquias serem mais austeras reside em dois fatores funda-mentais: um a moralidade elevada dos monarcas e o outro o mecanismo de
transmisso do poder. O primeiro fator denota a sadia formao da conscinciamoral da pessoa e o segundo denota a slida formao da estrutura poltica esocial de um pas.
Se considerarmos tambm que o papel da Monarquia elevar o conjunto so-cial, ca fcil compreender que a condio indispensvel para isso justamentea integridade elevada do Monarca, que por sua vez inuencia profundamentea moralidade de seu povo. Evidentemente na Repblica a probidade dos go-vernantes tambm condio indispensvel para uma administrao austera.Contudo, essa austeridade ca profundamente prejudicada justamente em funodo mecanismo de transmisso do poder. Enquanto na Monarquia tal mecanismo hereditrio e vitalcio, na Repblica eleitoral e transitrio. A transmisso do
poder na Monarquia favorece no apenas a moralidade elevada do monarca, mas
tambm de todo o conjunto social. No entanto, o sistema eleitoral e transitriode transmisso do poder na Repblica no favorece nem a moralidade elevadado governante, nem a dos cidados.
Na Repblica, o declnio vertiginoso da moralidade sistematicamentealimentado pela engrenagem de transferncia do poder. A transmisso do podereleitoral e transitrio abre espao a todo tipo de oportunismo, levando governantesmedocres a se preocuparem apenas com interesses pessoais ou, quando muito,com interesses de seu partido, em notrio prejuzo do povo e do bem comum.
possvel constatar com facilidade que as Monarquias so realmente maisausteras que as Repblicas. Tomemos como exemplo dois pases vizinhos, fa-zendo a comparao entre a Monarquia espanhola e a Repblica portuguesa: aMonarquia custa, para cada espanhol 0,53 de euro por ano, enquanto a Presidnciada Repblica custa 1,58 euro para cada portugus. O governo espanhol transfere
para a Casa Real quase 9 milhes de euros anualmente, enquanto o governoportugus transfere para a Presidncia da Repblica quase 16 milhes de euros.
Apesar de as Monarquias serem mais austeras do que as Repblicas, existea falsa impresso de que so mais dispendiosas. Um dos motivos o pomposocerimonial da Monarquia inglesa, que devido a seu aparato a mais cara entre
Apesar da suntuosidade, um banquete real
mais barato do que um republicano
Famlia Real inglesa, com toda sua pompa,rende ao governo quase cinco vezes maisdo que seus gastos
Palcio Imperial de So Cristvo, Rio deJaneiro. Proclamada a Repblica, Deodorodobra seu salrio em relao a D. Pedro II.
Palcio Real de Madri, Espanha. A monarquiaespanhola menos onerosa que a repblicaportuguesa.
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todas as Monarquias. Mas, ainda assim, seu custo incomparavelmente menordo que o de uma Repblica. O custo anual da Monarquia inglesa de US$ 1,20
para cada sdito, o da sueca e da belga US$ 0,77, o da espanhola US$ 0,74, o dajaponesa US$ 0,41, o da holandesa US$ 0,32. Em sentido contrrio, a Repblicados Estados Unidos onera cada contribuinte em quase US$ 5.
Voltando Inglaterra, os cofres britnicos desembolsaram 37,4 milhes delibras para nanciar a Monarquia. Em compensao, as propriedades da Coroa,
que pertencem Rainha e so administradas pelo governo, renderam ao pas noano passado 184,8 milhes de libras.Outro equvoco comum a crena de que em uma Monarquia o imposto dos
contribuintes utilizado para custear extravagncias da Famlia reinante. Deve-mos observar que nem todos os gastos da Monarquia so pagos com dinheiro
pblico, mas somente os inerentes a sua funo constitucional. Na Inglaterra issoocorre, por exemplo, com os Palcios de Buckingham, Hillsborough, Holyroo-dhouse, Kensington, St. James, Windsor. Tais palcios pertencem ao Estado eso utilizados para cumprir deveres ociais pela Famlia Real. Suas residncias
particulares de Balmoral e Sandringham so mantidas com a renda provenienteda herana da Famlia Real.
necessrio lembrar que nem todos os membros da Famlia Real tm suasdespesas pagas pela Lista Civil, mas apenas a Rainha, o Prncipe de Gales eseus consortes, o Prncipe Phillip, Duque de Edimburgo e Camilla, Duquesada Cornualha. Os lhos da Princesa Margaret, Condessa de Snowdon, e nicossobrinhos da Rainha Elizabeth II, David Armstrong-Jones, Visconde Linley eLady Sarah Chatto, em 2006, por exemplo, tiveram que vender joias e obras dearte para pagar os impostos sobre herana vigentes na Inglaterra.
Esses aspectos de austeridade da Monarquia inglesa so praticamente desco-nhecidos dos meios de comunicao que no do a isso a ateno devida.
Por outro lado, na Repblica muitas famlias precisam ser sustentadas. O Jor-nal Miami Heraldfez uma pesquisa em 1992 e constatou que os Estados Unidosnaquele ano tiveram um gasto de mais de US$ 20 milhes em penses de seus ex-
presidentes ou de suas vivas, sem contar as despesas com a proteo oferecida peloServio Secreto, estimadas na poca em US$ 18,5 milhes. No Brasil a Repblica
no diferente. Os ex-presidentes brasileiros tm, por lei, direito de empregar oitoservidores s custas do errio, alm de utilizar dois carros ociais com motoristas.
O contraste entre gastos da Monarquia e da Repblica brasileiras tambm gritante. Entre 1840 e 1889 a Famlia Imperial recebia 67 contos de ris mensal-mente, apesar de a arrecadao ter crescido 15 vezes nesse perodo. O MarechalDeodoro da Fonseca, entretanto, j no dia 16 de novembro de 1889 assinou decretodobrando a renda destinada ao Chefe de Estado para 120 contos de ris mensais.Com os 67 contos de ris D. Pedro II conseguia manter a Famlia Imperial, pa-lcios e servidores, alm de destinar s vtimas da Guerra do Paraguai 30% detodos os seus rendimentos. Pagava tambm de seu bolso penso a necessitadose enfermos, vivas e rfos, num total de 409 pessoas. Quando, em 1871, par-tiu para sua primeira viagem ao Exterior, recusou vultosa verba oferecida pela
Assemblia Geral, alm de aumento na dotao da Princesa Isabel, por assumirpela primeira vez a Regncia. Na ocasio a Assembleia Geral ofereceu um naviode guerra, com escolta de outros trs, para a viagem do Imperador, que recusoue preferiu seguir viagem em navio de carreira.
De l para c, o Brasil republicano cai cada vez mais pelas tabelas. No ndice daTransparncia Internacional sobre percepo de corrupo, irm gmea da rouba-lheira institucional, nosso pas encontra-se em 72 lugar. E quem vem entre os maishonestos? Os primeiros lugares so ocupados por Monarquias: Dinamarca, NovaZelndia, Sucia, Noruega, Holanda, Austrlia, Canad, Luxemburgo e Inglaterra,entre outros. Dois pequenos fatos mostram porque as Monarquias so mais bemavaliadas: quando um incndio destruiu, em 1992, parte do Palcio de Windsor,a Rainha Elizabeth II fez questo de pagar a reforma com seus prprios recursos;o Rei da Espanha, Juan Carlos, em 1991, doou ao patrimnio pblico um palcioque recebera de presente do Rei Hussein da Jordnia.
Em suma, Monarquias e Repblicas evidenciam diferenas de mentalidadediametralmente opostas: enquanto Monarcas visam exclusivamente ao bem deseu povo, Presidentes aproveitam seus mandatos para cobrir os gastos da ltimaeleio e garantir a prxima.
Marco de Pedra do Tratado de Madride 1750, em Cceres (MS)
Interior do Palcio de Buckingham, um dosmais visitados do mundo e fonte de rendapara a Inglaterra
Palcio do Planalto, em Braslia,smbolo do desperdcio republicano
Palcio So Bento, Portugal. Cada portuguspaga trs vezes mais que vizinhos espanhispara manter sua Repblica.
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Seriedade e honradeznos homens do Imprio
LEOPOLDOBIBIANOXAVIER
Na atualidade, h um consenso geral em torno de se evitar re-conhecimento de mrito a tudo o que for expresso de elite.No entanto, mais do que certo que pas algum pode aspirar acrescer sem o concurso dos melhores, sem o aproveitamento deseus maiores talentos e capacidades. No Imprio, o rol dos talentosera to grande, que tornava-se difcil apontar os que sobressaam.Foi o que Machado de Assis imortalizou em O Velho Senado. Porisso mesmo o Pas havia assumido uma posio que em muitosaspectos causava inveja no Exterior: ramos uma ilha de paz e
progresso na Amrica do Sul.Em uma visita de D. Pedro II a Victor Hugo, este lhe perguntou
se no tinha receio de deixar o seu Imprio por tanto tempo, aoque o Imperador respondeu:
No. Os negcios pblicos fazem-se perfeitamente na mi-nha ausncia. H na minha terra muitas pessoas que valem tanto ou
mais do que eu. Alm disso, aqui no perco o meu tempo. Reinosobre um povo jovem, e para esclarec-lo, torn-lo melhor,faz-lo marchar para a frente, que uso dos meus direitos, ou do
poder que me coube pelos acasos da fortuna e do nascimento.Escrevendo sobre os ministros de Estado do Segundo Reinado,
o Conde Afonso Celso acentuou: Nenhum ascendeu ao Governopor mero favoritismo ou por capricho, nenhum comprometeu adignidade governamental, nenhum foi vergonhosamente esmaga-do, nenhum se portou de maneira ignbil nem deixou nome odiosona tradio popular. Nunca, um s que fosse, se aproveitou de suasfunes para locupletar-se. Todos se exoneravam endividados oumenos ricos. Era um sacrifcio ser ministro.
Comparem-se a hombridade e honradez dos homens pblicosda poca do Imprio aos de hoje, e vemos em que desladeiro
profundo a repblica lanou o Brasil!
Morreu no dia 15 de janeiro ltimo, em Madri,aos 79 anos, a Princesa D. Maria Margaridade Bourbon-Siclias, lha do Prncipe D. Gabriel deBourbon-Siclias e da Princesa D. Cecilia, nascidaLubomirska. D. Gabriel era irmo da Princesa D.Maria Pia de Orleans e Bragana e tio do PrncipeD. Pedro Henrique de Orleans e Bragana, Chefe daCasa Imperial do Brasil at 1981, quando lhe sucedeuseu primognito o Prncipe D. Luiz.
A falecida Princesa passou sua juventude em es-treito convvio com seus primos da Famlia Imperial brasileira emJacarezinho, no Norte do Paran, onde seu pai possua uma fazenda,
OColgio de Procuradores de Justia de Santa Ca-tarina elegeu, em sesso ordinria, no ltimo 26de maro, o Procurador de Justia Gilberto Calladode Oliveira como Corregedor-Geral do MinistrioPblico de Santa Catarina. O Dr. Callado concorreucom a atual Corregedora-Geral, Dra. Gladys Afonso,vencendo-a por 25 a 21.
Quero agradecer de corao os votos de con-
ana dos senhores Procuradores de Justia, que me
abriram as portas da Corregedoria-Geral do MPSC,
rgo fundamental de scalizao e correo para
que os trabalhos desta instituio sejam ecientes
e bem sirvam sociedade, disse Callado logo aps a eleio.O Dr. Gilberto tem uma brilhante carreira como professor e
Falece a Princesa D. Maria Margarida de Bourbon-Siclias
prxima de D. Pedro Henrique. Ela se casou em 1962com D. Luis Gonzaga Maldonado y Gordn, de quem
teve trs lhas, as quais a acompanhavam no momentodo passamento, ocorrido aps longa enfermidade. Aofuneral compareceram a Rainha Soa de Espanha, oPrncipe de Astrias e a Infanta Elena.
No Brasil a Famlia fez celebrar Missa em sufr-gio de sua alma no dia 14 de maro, na igreja de NossaSenhora do Brasil, em So Paulo. Foi celebrante o Pe.Alessandro de Bourbon-Siclias, lho do Prncipe D.
Casimiro de Bourbon-Siclias (irmo da falecida) e da PrincesaD. Maria Cristina de Savoia-Aosta.
Gilberto Callado eleito Corregedor-Geral em Santa Catarina
no Ministrio Pblico de seu Estado encontra me-recido reconhecimento. Doutor em Filosoa doDireito pela Universidade de Navarra (Espanha),membro da Academia Catarinense de Letras escio efetivo do Instituto Histrico e Geogrcode Santa Catarina e da Academia Catarinense deFilosoa. Escreveu vrias obras, entre as quais Averdadeira face do direito alternativoe Punioao cidado e liberdade ao ladro a verdadeira
face do novo Cdigo Penal. frente do Crculo Monrquico Nossa Senho-
ra do Desterro de Santa Catarina, que atualmentepreside, o Dr. Callado possui destacada atuao monarquista desdeo Plebiscito de 1993.
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Alcanou ampla repercusso nacional
e internacional o documento intitulado
Quo vadis, Domine? Reverente e
flial mensagem a Sua Santidade o PapaFrancisco, enviado ao Pontfice pelo
Prncipe D. Bertrand de Orleans e Bragan-
a em 8 de fevereiro ltimo, mostrando sua
perplexidade diante do recebimento festivo
por autoridades de Roma e pelo prprio
Papa de lderes de invaso de terras na
Amrica do Sul, entre eles o conhecido
Joo Pedro Stdile, do MST, e o argentino
Juan Grabois, do Movimento de Trabalha-
dores Excludos (MTE). A seguir alguns
trechos do documento, que pode ser lido
na ntegra no site monarquia.org.br.
Apresentao.Dirijo-me a Vossa San-tidade em meu duplo carter de Prncipe daCasa Imperial do Brasil e ativo participanteda vida pblica de meu Pas, para lhe externaruma grave preocupao concernente causacatlica no Brasil e na Amrica do Sul emgeral. bem conhecido dos brasileiros o fatode que foi a instncias do Papa Leo XIII, eapesar dos previsveis inconvenientes pol-ticos que da adviriam, que minha bisav, aPrincesa Isabel, regente do Imprio, assinou a
13 de maio de 1888 a Lei urea, abolindo de-fnitivamente a escravatura no Brasil. Custou-lhe o trono, mas valeu-lhe passar Histriacomo A Redentora, e receber das mos doPapa a Rosa de Ouro, em recompensa pelasua abnegao em favor da harmonia sociale dos direitos dos mais desvalidos. Movidopelo mesmo senso de justia e devotamento aobem comum de meus antepassados, honro-meem ter dado incio e animado durante 10 anosa campanhaPaz no Campo, a qual promovea harmonia social no agro brasileiro. Tarefa
tanto mais imperiosa quanto, nas ltimasdcadas, o meio rural do Pas vem sendonotoriamente conturbado por uma sequnciade invases de terra, assaltos, destruio deplantaes, desapropriaes confscatrias,exigncias ambientalistas descabidas e in-segurana jurdica. No cerne dessa agitaoagrria [...] encontram-se o Movimento dosTrabalhadores Sem-Terra, mais conhecidopela sua sigla MST, e a organizao interna-cional Via Campesina.
Stdile e MST.Por isso, foi com conster-
nao que tomei conhecimento do convite en-viado pela Academia Pontifcia de Cincias aoSr. Joo Pedro Stdile, coordenador nacionaldo MST e representante da Via Campesina,para participar como observador de um semi-
D. Bertrand envia mensagem ao Papanrio organizado pela referida Academia, emRoma, no dia 5 de dezembro de 2013, com asdespesas de viagem pagas pelo Vaticano. [...]
O conhecido agitador aproveitou-se do eventocomo tribuna para promover seus princpiosbaseados na premissa marxista da luta declasses, e ameaou: [...] A curva da lutade classes ser mundial e, portanto, quando
comear a fase de ascenso, ser assim por
toda parte. E a terra tremer. [...]No posso deixar de me perguntar, Santo
Padre, qual a razo de que esse paladino deuma utopia revolucionria to visceralmenteanticrist e promotor da violao sistemticadas leis tenha sido convidado pela PontifciaAcademia de Cincias. Pois obvio que,sendo as classes populares cada vez maisinfensas pregao revolucionria, o interessedo lder do MST s pode ser a sua pretensode utilizar-se da Igreja Catlica como compa-nheiros de viagem nessa utpica aventura. [...]
Tudo quanto foi exposto, Santidade, demolde a chocar milhes de catlicos brasilei-ros, que fcaro ainda mais desconcertadosquando tomarem conhecimento de que, almdo convite enviado a Joo Pedro Stdilepara participar do referido seminrio, VossaSantidade gravou em vdeo, nessa ocasio,
mensagem de saudao aos integrantes daVia Campesina. Talvez Vossa Santidade notenha sido informado, mas essa organizaosubversiva fcou tristemente conhecida dosbrasileiros, em abril de 2006, quando 2.000 mi-litantes dessa organizao invadiram a empresaAracruz Celulose, depredando grandes estufasexperimentais, sistemas de irrigao, viveirosde mudas, incendiaram instalaes e destroa-ram modernos equipamentos de laboratrio.Pode Vossa Santidade calcular o quanto soarinverossmil a milhes de brasileiros saber
que Vossa Santidade, nesse vdeo, estimuloua Via Campesinaa seguir adelante! Esseprocedimento no foi o nico, Santo Padre. [...]
Grabois e MTE.Minha perplexidadeseria maior na eventualidade de Vossa San-tidade no saber perfeitamente quem JuanGrabois, argentino militante da esquerdapopular peronista, tambm convidado pelaPontifcia Academia de Cincias, no spara ser um dos organizadores do referidoseminrio, como tambm para ser o pri-meiro de seus relatores. Articulador da redede cartoneros os catadores de papel deBuenos Aires no chamadoMovimento deTrabalhadores Excludos(MTE) bem comoum dos fundadores da Confederao dosTrabalhadores da Economia Popular, esse
advogado e militante da esquerda peronistano esconde suas convices abertamentemarxistas. Em artigo para AgendaOculta.
net, sustenta que a acumulao originriade riqueza das classes abastadas provm dealgum grande crime. Para ele, tal riquezaparticular necessariamente fruto de saque,escravido, rapina, contrabando, evaso de
capital, trco de pessoas, trco, usurpao,
calote, corrupo, malversao de fundos
pblicos.... [...] Ou seja, a velha teoriade Marx segundo a qual todo proprietrioparticular seria um ladro pelo simples fatode ser abastado. [...]
Vossa Santidade convidou cartoneros asubirem no palanque da Praia de Copacabana,durante a Via Sacra da Jornada Mundial daJuventude, alm de lhe tributar outros gestosde acolhimento, como a audincia que con-cedeu a Grabois, por duas horas, no ms deagosto passado, em sua residncia de SantaMarta. Envolveriam estes gestos um apoio linha traada pelo idelogo Juan Grabois? Eisminha flial e respeitosa pergunta. [...]
Quo vadis, Domine?Vossa Santidade,agindo com calculada prudncia, vai defnin-do aos poucos os rumos do seu pontifcado.
natural que os fis acompanhem com atenoos passos que vo sendo dados nesse sentido.Diante das inevitveis perplexidades quetoda mudana de rumo naturalmente produz,compreende-se que muitos faam, no interiorde seus coraes, a pergunta que, segundoa legenda, o prprio So Pedro fez quando,fugindo da perseguio de Nero, encontrouJesus Cristo que vinha em sentido contrrio:Quo vadis, Domine? Aonde vais, Senhor?
Ao ouvir a resposta de Nosso Senhor deque Ele se dirigia a Roma para ser novamente
crucifcado, So Pedro entendeu que o mo-mento havia chegado de ele prprio sofrer omartrio. E, assim, submeteu-se ao suplciocom grande humildade, pedindo aos algozesque o crucifcassem de cabea para baixo segundo piedosa tradio porque no seconsiderava digno de que sua morte igualasseem todos os pormenores a de Cristo.
Assim, em vista dos fatos acima descri-tos, e das perplexidades por eles suscitadas,um fel poderia ser levado a dirigir ao PapaFrancisco idntica pergunta Quo vadis,Domine? [...] Fao-o, pois, nesta Reverentee Filial Mensagem, convencido de que VossaSantidade receber a presente manifestaocom paternal benevolncia, e como umaleal contribuio para o xito de sua excelsamisso no governo da Santa Igreja.
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JOSGUILHERMEBECCARI
Obras muy bizarras A frmula criada por Lula parananciar obras na Amrica Latina e frica, por meio doBNDES, soa das mais suspeitas. Grandes construtoras bra-
sileiras, na maior parte nanciadoras do PT, so convocadaspara execut-las, sem que haja licitao nem scalizao. Paraos que tiverem bastante
pacincia para esperar,em 2027 podero receberas devidas explicaes,quando os contratos dei-xaro de ser secretos...Curiosamente os maioresfavorecidos so os gover-nos de Cuba e de pasesbolivarianos, todosmuy amigos de Lula e
Dilma. Est nessa con-dio o porto de Mariel,em Cuba, recentementeinaugurado pela presi-
denta. O contribuinte brasileiro o nanciou com 684 milhesde dlares, sem que se saiba ao certo para que servir, devido inspida economia local, ao passo que os nossos portos,ferrovias, rodovias etc. vo caindo aos pedaos. Na festivainaugurao, que contou com abraos e beijos do ditador FidelCastro, Dilma anunciou o emprego de mais 360 milhes dedlares para a reforma do aeroporto de Havana. Enquanto asobras necessrias ao desenvolvimento do Brasil continuam
emPACadas, eis que surge um novo PAC, muito mais eciente:Programa de Amparo a Cuba.
No embalo do Ministro Gostaramos de dizer muitasverdades a respeito da decadncia do Brasil republicano. Seo zssemos na medida desejada com certeza seramos tacha-dos de radicais, extremados, fanticos etc. Ento, preferimosendossar mais uma vez o que guras insuspeitas declaram,como o pronunciamento do ministro do Supremo TribunalFederal (STF) Lus Roberto Barroso, o mesmo que favoreceuos mensaleiros, o qual por certo no monarquista. Depoisde armar que nosso sistema poltico perversoe que oCongresso se transformou num balco de negcios, enu-merou as causas da corrupo: loteamento de cargos, para
a partir deles se drenarem recursos para o nanciamento
eleitoral; emendas oramentrias que beneciam empresas
de fachada e que repassam verba para o bolso ou para o par-
tido; licitaes superfaturadas, subfaturadas ou cartelizadas;venda de penduricalhos em medidas provisrias para atender
a interesses que no se saem bem no debate pblico. E maisadiante: O papel do processo civilizatrio reprimir o queh de ruim e potencializar o bem. [...] O sistema polticobrasileiro faz o contrrio: reprime o bem e potencializa o
mal. Precisamos dizer mais?
E-social, o pai de todas as burocraciasConformepublicamos em edio passada, 30 normas tributrias federais,estaduais ou municipais so publicadas diariamente em nosso
pas, ou 1,25 por hora. Tamanha carga burocrtica est tornandonossa atividade econmica invivel. Mas a sanha estatal inter-
vencionista parece no ter m, pois est prestes a entrar em vigoro aterradorE-Social, sistema pelo qual empresrios, pessoasfsicas e empregadores domsticos sero obrigados a prestarinformaes tributrias, tra-
balhistas, previdenciriase de folha de pagamentosem tempo real ao governo.O receio justicvel o deque tais dados redundemem elevado volume deautuaes, tanto fiscaiscomo trabalhistas, pois o
sco ter nas mos a vidade todos num apertar de bo-tes. Um manual com nadamenos do que 200 pginase um conjunto de 20 tabe-las com centenas de itens
para preenchimento estosendo disponibilizados aosempresrios. Estima-se quegrandes empresas necessi-taro de sete novos pros-sionais para atender ao governo, enquanto as mdias precisarode trs, elevando ainda mais o j insuportvel custo Brasil. Eos pequenos empreendedores? Ora, incompetentes, que fechemsuas portas e vo viver do bolsa-famlia!
Honrar seu ReiCom frequncia repetimos que a Repblicanos deixou rfos, num pas deriva, merc de grupos po-lticos o mais das vezes corruptos, os quais nos conduziram triste situao atual. Apesar de tudo isso, o pior legado daRepblica foi privar-nos de nosso principal ponto de refe-rncia, nosso Soberano. Neste sentido vem muito a calhar o
pensamento do escritor britnico C. S. Lewis, autor das co-nhecidas Crnicas de Narnia: Quando vedado aos homenshonrar seu Rei, passam antes a honrar milionrios, atletas,
estrelas de cinema e at prostitutas famosas e bandidos. Poiso esprito, tal como o corpo, carece de alimento: neguem-lhe
comida e ele devorar veneno.
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