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PROIBIDA A VENDA
Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 10 - nº 90 - Abril/2009
RuiBarbosa
RuiBarbosa
Encontro dos Amigos de Chico Xavier
Cantinho do Verso e Prosa: 2 de Abril
Páscoa
A Prece
Paciência
Semana de Kardec
Primeira partePrimeira parte
EditorialSeareiroeditorial
De Pedro Leopoldo a Uberaba!Quem, de nós, saberia dimensionar uma reencarnação como a de Francisco
Cândido Xavier?Sendo a reencarnação de Allan Kardec, mais temos a refletir quanto à
oportunidade que tivemos de tê-lo conosco e de termos suas obras, entre seus livrose exemplos de um verdadeiro cristão.
Neste mês de abril, quando ele completaria 99 anos, voltamo-nos ao Evangelho deJesus, e lembramos a lição: “Aquem muito foi dado...”.
Nós, espíritas principalmente, havemos recebido muito do Mais Alto com aoportunidade do conhecimento cristão, pelas obras da Codificação de Kardec. ChicoXavier teve suma importância quando da psicografia das 412 obras, trazendo-nos osensinamentos de Jesus na interpretação de Emmanuel, André Luiz, Humberto deCampos, Meimei, Maria Dolores, Neio Lucio e muitos outros.
E como temos valorizado tudo isto que nos é dado?Será que estamos buscando estudar estas obras sérias, em que a Espiritualidade
Superior nos confiou os principais conhecimentos cristãos que devemos aprender?Ou será que desperdiçamos o nosso tempo, lendo obras de cunho discutível, só
porque é um romance, por exemplo, e ainda traz em sua capa a informação de que é“espírita”?
Será que a nossa evolução estaria baseada em romances? Ou devemos buscar overdadeiro conhecimento e, mais ainda, aquele que nos orienta que precisamosmelhorar o nosso interior com uma verdadeira reforma íntima, não aquela superficiale sim a que nos fará “subir o monte até o Gólgota”?
Temos muitas fantasias sobre o que é a Doutrina Espírita!Chico Xavier nunca gostou de estrelismos, evidências, vaidades...Mas nós outros, ditos espíritas, gostamos de nos ver estampados com nossas
fotos em jornais espíritas e, ao invés de divulgarmos na mídia a doutrina do Cristo,aproveitamos para divulgar a nós mesmos, figurando em fotos que, no jornal,parecem ser verdadeiras colunas sociais.
Isso é doutrina de Jesus onde?No Evangelho, a lição: “Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita”, pelo
visto não entrou em nós, já que a mão esquerda pode não saber o que fizemos, masfazemos muito esforço para que todos os que irão ler o jornal, o saibam.
Ah, Chico, que saudade! Estamos ainda preocupados com a nossa vaidade, evocê exemplificou exatamente o inverso. Quando iremos aprender com os seusexemplos, já que ainda nos desculpamos que seguir o Cristo é muito difícil? Quandoiremos lutar verdadeiramente contra as nossas imperfeições, antes de apontá-las,quaisquer que elas sejam, em nosso próximo?
Chico, se também nos propuséssemos a seguir de Pedro Leopoldo a Uberaba, emnossa caminhada, acompanhando os seus passos, não perderíamos mais umareencarnação acreditando que estamos fazendo o certo quando, ao contrário,atendemos aos nossos caprichos inferiores e servimos a outro senhor que não oMestre Jesus.
Onde está o Cristo? Temos que refletir, estudando as obras de Kardecprofundamente, para alcançarmos o conhecimento da Doutrina Espírita, e só aíaumentaremos as possibilidades de entendermos a passagem de um espírito deescol junto de nós: Francisco Cândido Xavier.
Quem tiver olhos de ver, que veja, e quem tiver ouvidos de ouvir, que ouça!Equipe Seareiro
SeareiroSeareiro2
ÍND
ICE Grandes Pioneiros:
Livro em Foco:Cantinho do Verso e Prosa:
CanalAberto:Clube do Livro:
Família:Tema Livre:Kardec em Estudo:
Pegadas de Chico Xavier:
Aconteceu:
Homenagem: -
Contos:
Calendário:
Rui Barbosa -Primeira Parte - Pág. 3
Companheiro - Pág. 92 de Abril -
Pág. 10Aproveite a Vida! - Pág. 11
Esculpindo o PróprioDestino - Pág. 11
Paciência - Pág. 12Páscoa - Pág. 13
APrece - Pág. 14
Encontro dos Amigos deChico Xavier - Pág. 15
Semana deKardec - Pág. 16
Mulher Pág.17
Os Convites para oReino são Renovados - Pág.18
Abril - Pág. 19
Publicação MensalDoutrinária-espírita
Direção e Redação
Endereço para correspondência
Conselho Editorial
Revisão
Jornalista Responsável
Diagramação e Arte
Imagem da Capa
Impressão
Tiragem
Ano 10 - nº 90 - Abril/2009Órgão divulgador do Núcleo de
Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40
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(Exemplar do Sr. Homero Pires)
Deus! Inteligência suprema, Criador de todo o Universo! Para governar aTerra designa Seu filho, Jesus. E para compor a ação espiritual, diante dessamissão grandiosa, Jesus convoca uma equipe que, junto de Seu coração, Oauxilia nas visitas periódicas a este planeta. A Seu lado, o Espírito de Ismael,consagrado por Jesus para ajudá-Lo na assistência da paz entre os homens.
No início dos tempos cristãos, após a volta de Jesus à pátria de origem,tendo deixado Seu testemunho de amor e ensinado aos povos as lições doEvangelho, em Sua passagem pela Terra, ouvia Ele constantes gemidos nossofrimentos emitidos pelos seus habitantes.
Acompanhado por Ismael, caminha sobre o orbe, para certificar-se dosproblemas que o envolviam.
Após longa caminhada, relembrando Sua presença entre o povo esentindo tanta destruição e rastros de lutas sanguinolentas, dirigindo-se aIsmael, indaga com amargura em Sua voz:
— Ismael, que fizeram das lições para a prática do Bem, em que pedimospara que todos se amassem, uns aos outros? Por que deixaram que seuscorações se tornassem duros em relação aos semelhantes, levados pelaganância e pelo egoísmo exacerbado?
E Jesus, procurando os remanescentes de Sua obra, lembrou-se de um deSeus últimos enviados à Terra, Francisco de Assis. Sabia que na Úmbria(Itália), berço de Seu discípulo, ficara apenas o ranger de dentes, onde,outrora, Francisco de Assis vivera ensinando cânticos de amor e defraternidade cristã.
Ismael solícito e desfazendo a imagem terrena dolorosa que se fixara nosemblante do Mestre, esclarece:
— Mestre, sabemos de Seu desejo em encontrar um lugar onde o Senhorpoderá tecer planos para a continuidade de Sua obra cristã. São terras novas,além dos oceanos, mais ao Sul.
Jesus vendo os olhos brilhantes de Ismael, assevera, ao ouvir essaafirmação tão veemente:
— Não consigo ver outro caminho, para que se modifique essa situação tãopremente que envolve a Terra. Mas seguiremos, com a caravana, para irmosao encontro da simplicidade, entre outros povos.
Levados pela luz do Criador, Jesus abençoa as futuras terras brasileiras e,de mãos erguidas para oAlto, exclama:
(Trechoextraído da obra de Humberto de Campos).
Obedecendo à p lan i f i cação daEspiritualidade Superior, espíritos degrandes vultos começaram a reencarnar noBrasil, para trazer desenvolvimento eprogresso a todas as áreas no plano físico.Políticos, pintores, compositores, poetas eescritores, através dos tempos, foramdeixando suas passagens terrenas, fixadaspor suas inteligências bem dotadas dearquivos espirituais.
Entre os homens eminentes da época doBrasil Império, regido pelo príncipe D. PedroI, uma figura se destacava no campo político:José Bonifácio de Andrada e Silva. Após ochamado “Dia do Fico”, que obrigou D. Pedro
a tomar essa resolução, pelo ideal do povobrasileiro, José Bonifácio foi designadoMinistro do Reino do Brasil e dos NegóciosEstrangeiros.
Aclamado como o “Patriarca daIndependência”, adota as medidas políticasque a situação exigia, sendo inspirado aessas medidas sérias pelo seu envolvimentoespiritual, para que o Príncipe Regente,ainda imaturo, não comprometesse o Brasilcom atitudes erradas no cargo que ocupava.
José Bonifácio procurava aconselhar D.Pedro, a fim de favorecer a unificação dosentimento geral dos brasileiros, quelutavam para que a Nação se tornasseindependente. Sob a direção de Ismael, aEspiritualidade Superior fornece oselementos fluídicos para que as lutas civisfossem substituídas pela paz.
Ismael pediu aos mensageiros espirituaisque envolvessem e fortalecessem o coraçãode José Bonifácio, pois a Independência doBrasil já estava consumada na planificaçãodivina. A Pátria do Evangelho estavaemancipada, mas os mensageiros do Cristoteriam que acompanhar e dar forças a D.Pedro, para que não fosse atingido pelaspressões da Coroa Portuguesa. Parafortalecer esse momento, Ismael chamaespiritualmente Tiradentes, com aincumbência de acompanhar D. Pedro, emseu regresso do Rio de Janeiro. Estandoeste em terras de São Paulo, Tiradentesinspirou-o ao grito da vitória e da liberdadedo povo brasileiro.
Tiradentes torna à equipe espiritual,acompanhando o retorno do Príncipe
— Diante destas maravilhosas paisagens, essa bendita terra verá sertransplantada a árvore do Meu Evangelho de amor e esperança e terá, emsua forma geográfica, um coração que abrigará todos os povos. Seráglorificada como: Brasil, coração do mundo e pátria do Evangelho.
Grandes Pioneirosgrandes pioneiros
Rui BarbosaRui BarbosaPrimeira Parte
José Bonifácio de Andrada e SilvaJosé Bonifácio de Andrada e Silva
Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 3
D. Pedro ID. Pedro I
Regente, quando este chega às margens doIpiranga e recebe uma carta trazida por ummensageiro da Corte, em que Lisboa impõenovas condições de conduta ao Brasil.Nesse sagrado momento, a equipeespiritual envolve D. Pedro que, numímpeto, sem maiores reflexões e lembrandoapenas as palavras de paz que JoséBonifácio lhe pedira, deixa escapar o grito de“Independência ou Morte!”. Fora ele, nessahora, o instrumento do Plano Espiritual doqual Jesus se serviu para o trabalho imensoa ser realizado na pátria brasileira.
Era o dia 7 de setembro de 1822!José Bonifácio continuou sua tarefa junto
a D. Pedro porque, mesmo sem saber,conseguira vencer vários percalçospolíticos, ajudado pela equipe espiritual deIsmael. Termina sua luta terrena junto a D. Pedro no ano de1838, quando volta à pátria espiritual, para retornar aomundo físico no dia 5 de novembro de 1849, com o nome deRui Barbosa de Oliveira.
Reencarna Rui Barbosa de Oliveira na rua dos Capitães,(hoje com seu nome), na Freguesia da Sé, cidade deSalvador, na época, Província da Bahia. Traz grande alegriapara o lar do senhor João José Barbosa de Oliveira, médico,intelectual e político e de dona Maria Adélia Barbosa deOliveira. O pai de Rui Barbosa, o médico João José, eraeducador de grande cultura e dirigiu em sua província a“Instrução Pública” para adolescentes de sua época,influenciando muito na formação intelectual e política e nacriação do filho. Ensinou-lhe também, desde a infância deRui Barbosa, a ler os clássicos de filósofos, literatos e poetas.Com essa formação, o menino Rui, desde a tenra idade,aprendeu a selecionar e pesquisar os fatos lidos.
Com cinco anos, levado pelo pai, passou a receberinstruções escolares do professor Antonio GentilIbirapitanga, que ficava espantado com a rapidez do meninoem aprender a escrever e analisar a gramática, a distinguirorações e a conjugar todos os verbos regulares. Chegou onobre professor,Antonio Gentil, a declarar que: “essa criançade, apenas, cinco anos de idade é o maior talento que já vi emtoda a minha vida profissional”. E completava: “por vezes
tenho a impressão de que esses conceitos,todos da língua portuguesa, ele já conhece,parecendo ser para ele apenas umarecordação... será isso possível?”, concluía.
Ao alcançar seus onze anos, passou afrequentar o Ginásio Baiano, deAbílio CésarBorges. Sua integração com as matériasfora assimilada facilmente em sua mente,chegando a ponto do professor e, depois,Barão de Macaúbas declarar ao pai, senhorJoão Barbosa:
— Seu filho nada mais tem a aprenderaqui. Sua inteligência ultrapassou todos osanos do ginasial. Ele esta apto, emboraainda não possa fazê-lo, a frequentar auniversidade.
Para não perder tempo, Rui Barbosapassou a fazer o curso de alemão e de
outras línguas.Ao atingir dezesseis anos, conseguiu ingressar na
Faculdade de Direito do Recife, situada na rua do Hospício.Nessa fase de estudante, conheceu Castro Alves.
Tornaram-se grandes amigos e confidentes. Jovens eenamorados, viviam sonhos como qualquer ser humano.Aprendendo a conhecer seu colega e irmão, por terem osmesmos ideais, Rui percebia a tristeza estampada no rostodo já poeta, pois ele colocava seus pensamentos em suasrimas.
Veio à tona a pergunta de Rui ao amigo:— Qual o motivo deste semblante tão carregado de
amarguras?CastroAlves desabafa:— Você sabe do meu profundo amor por Eugênia Câmara.
Vivemos momentos de grande felicidade mas, por motivosindecifráveis ao meu fraco raciocínio, ela despediu-se edeixou-me apenas uma carta de adeus. E aqui estou, meuamigo, sem minha amada e sem teto que possa ajudar-me apassar esse infortúnio.
Rui, sentindo o desalento causado ao coração do amigopoeta, levou-o à sua residência, até que pudesse abrandarsua dor.
A admiração de Rui por Castro Alves era imensa, pois este,além de poeta, era profundo defensor dos direitos humanos e
Joaquim José da Silva Xavier“Tiradentes”
Joaquim José da Silva Xavier“Tiradentes”
Tela “Independência ou Morte” de Pedro Américo, feita em 1888. Representa a cena de D. Pedro Iproclamando a independência do Brasil. Mede 7,60 x 4,15 metros e atualmente está exposta no
salão nobre do Museu Paulista da USP em São Paulo.
Tela “Independência ou Morte” de Pedro Américo, feita em 1888. Representa a cena de D. Pedro Iproclamando a independência do Brasil. Mede 7,60 x 4,15 metros e atualmente está exposta no
salão nobre do Museu Paulista da USP em São Paulo.
SeareiroSeareiro4
mi l i t an te c r i s tão .(Conviveram, trocandoseus ideais, até odesencarne de CastroAlves em julho de1871).
Após dois anos, RuiBarbosa se transferepara a Faculdade dol a r g o d e S ã oFrancisco, em SãoPaulo, ingressandotambém na famosageração acadêmica da“revolução liberal”,c o m i d e i a srevolucionárias.
Rui Barbosa sentiauma grande atração, não só pelo Direito, mas também peloJornalismo. E, por volta de 1872, através do Diário da Bahia,ele inicia uma campanha em defesa das eleições diretas epela abolição da escravatura. Fazia comícios e defendia oregime federativo e principalmente a liberdade religiosa.Questão essa também defendida por seu inesquecívelcompanheiro, CastroAlves.
Tudo isso era porque, na época, a única religião oficial noBrasil era o catolicismo e as autoridades eclesiásticas eramnomeadas pelo Imperador. Todo o clero, entre arcebispos,bispos e padres, recebia vencimentos mensais do TesouroNacional, figurando em folha de pagamento. Portanto, nãohavia liberdade de culto religioso.
Essa foi a luta de Rui Barbosa como escritor (já haviaescrito em muitos periódicos as suas manifestaçõespolíticas) e como jornalista: ele pregava a separação daIgreja do Estado. Isso veio de fato a acontecer, durante oGoverno Provisório da República, e a se tornar efetivo em1890 por Decreto-Lei, sob inspiração do então ministro RuiBarbosa, atendendo, sem o saber, a uma determinação doAlto, decreto este que vigora até hoje.
Como qualquer ser humano, o grande desejo de RuiBarbosa era o de constituir família. Rui Barbosa, apesar detodos os seus predicados nacionalistas e religiosos, tambémqueria ser amado. Teve seus namoros juvenis porém, commais interesse em ter seu lar, encantou-se com uma belajovem em suas dezessete primaveras, de nome Maria Rosada Cruz. Ambos entendiam-se deliciosamente em seusidílios, mas o pai de Rui, o médico João José, não sesimpatizou com a moça. Foi até seu primo, que era Juiz emSão Paulo, pedir-lhe que interferisse no caso e fizesse o filhorefletir, que essa moça era namoradeira e muito conhecidaentre os rapazes. Porém o Juiz ponderou que,em assuntos do coração, nenhum juiz devedar sentença alguma, por se tratar deproblemas “cardiológicos”. Apesar dessesconflitos, Rui conseguiu ficar noivo de MariaRosa. Mas, talvez ele ainda não tivesseencontrado sua verdadeira companheira, poisMaria Rosa veio a adoecer gravemente e, empouco tempo, uma tuberculose a arrebatou deseus braços, e ela deixou a vida física antesdos vinte anos.
Abatido, Rui dedica-se ao trabalho. Divideseu tempo em estudos de Direito,principalmente no que se referia àescravidão. Para ele, era insuportável o que
faziam com os escravos, que eram trazidos da África emcondições sub-humanas. Via os contrastes no Rio de Janeirodaquela época, com bela paisagem natural, sediando aCorte; observava as mulheres elegantemente vestidas,trazendo, logo atrás, os pobres escravos, descalços,vestidos com sujos farrapos. Seus pensamentos ferviam eaquele cérebro, que trazia um arquivo substancioso, previaum progresso para o Brasil.
E esse progresso só poderia vir através do ensino.Necessário seria que a instrução escolar tivesse um nívelsuperior, com matérias mais desenvolvidas nas mentesinfantis. Era preciso passar a “Ordem e o Progresso”, comopedia o lema da futura bandeira brasileira, existente em suaprodigiosa mente.
Rui Barbosa era polêmico, quando o assunto versavasobre direitos sociais. Ele sabia que o governo brasileiro,desde 7 de novembro de 1831, havia proibido a importaçãode escravos, mas a lei nunca fora cumprida. Isso, para Rui,era uma verdadeira humilhação social. Era preciso incentivaros jovens para que houvesse uma mudança na vida do povobrasileiro.
O tempo e as preocupações, viagens e tantoscompromissos levaram Rui a repensar em ter uma família. Acicatriz deixada em seu coração, pelo desencarne de MariaRosa, já estava sanada. O doutor João José desencarnara eisso lhe dava mais certeza da solidão dentro do lar.
Passados alguns meses, cumprindo uma agenda depalestras sobre “Política e Religião”, veio a conhecer MariaAugusta Viana Bandeira. O namoro foi iniciado, trazendopara o coração do intrépido Rui Barbosa, novamente odespertar para o amor. Entendiam-se plenamente. A cadadia, ele sentia que a presença de Maria Augusta se tornavaindispensável em sua vida. Aprendera a não tomar decisões
sobre o que fosse, sem que ela opinasse.Antes da realização das bodas, Rui quis
melhorar sua condição financeira,aceitando um trabalho no Fórum da Corte.Embarcando no navio alemão Halsburg, abordo do mesmo, já sentindo imensasaudade de sua noiva, escreve-lhe umacarta contando sobre a viagem, na qualsua visão já não vê mais a terra, somente omar, onde descrevia que, pelas ondasrumorejantes, parecia-lhe ouvir o nome:MariaAugusta!
Chegando à Corte, nas horas que lheeram propícias, procurava algo parapresentear a noiva. Mandava-lhe, entre as
Castro AlvesCastro AlvesÓrgão divulgador do Núcleo de Estudos
Espíritas Amor e Esperança 5
Maria Adélia Barbosa de OliveiraMãe de Rui Barbosa
Maria Adélia Barbosa de OliveiraMãe de Rui Barbosa
João José Barbosa de OliveiraPai de Rui Barbosa
João José Barbosa de OliveiraPai de Rui Barbosa
Brites BarbosaIrmã de Rui Barbosa
Brites BarbosaIrmã de Rui Barbosa
novidades que encontrava, partituras para canto e piano,porque Maria Augusta tocava e cantava muito bem. Numacomposição de Lambert, que encontrou em Plaisir desChamps, França, escreveu:“Essa paisagem é maravilhosa,lembrei-me daquele domingo, quando passeávamos pelaBarra (Rio) sob a sombra das árvores... que dia feliz”!
De retorno, em seu último compromisso antes docasamento, foi discursar no auditório maçônico do “GrandeOriente Unido do Brasil” sobre a situação da questãoreligiosa no Brasil. Foi tão ovacionado e tão inesperada paraele a repercussão de sua forma de expressão que, levadopela emoção, de imediato, escreveu a Maria Augusta,relatando todo o acontecimento e dizendo que sua felicidadeseria completa se ela pudesse estar ali, ao seu lado. Nessamissiva, Rui pedia a Maria Augusta que, junto ao pai dela(seu futuro sogro) fosse adiantando os proclamas docasamento. Ele informava à noiva que seu temor era de que arepercussão de sua palestra sobre as questões religiosas noBrasil viesse impedir, por parte do Clero, o casamento naigreja, único ato reconhecido pela sociedade da época.
Tudo foi devidamente acertado e, no dia 23 de novembrode 1876, a união matrimonial realizou-se com uma bela festa,na residência dos pais da noiva. Rui e Maria Augustamostravam em seus rostos a felicidade, que estava sendoabençoada pela equipe espiritual, reforçando, nesse elo, osideais cristãos que Rui Barbosa havia preparado para o seuretorno à Terra. Maria Augusta seria o esteio a ampará-lopara essa trajetória.
Maria Augusta procurava adaptar-se à vida de estarcasada com um homem constantemente procurado portodos. Jovens, advogados, professores, intelectuais de todaparte queriam ouvir a opinião sempre respeitada dessementor, sério em suas decisões.
Rui procurava acalmar a esposa, dizendo que para tudohavia limite a ser respeitado. Sua vida não se modificara.Acordava muito cedo e, após sua higiene pessoal,encaminhava-se para a biblioteca e ficava estudando edisciplinando seu dia de trabalho. Após a chegada dobarbeiro, tomava seu banho e, ainda de roupão,acompanhava o despertar de sua esposa e a esperava numasala de sua residência para tomarem o café da manhã juntos.Comentava com Maria Augusta os noticiários que lia nos
jornais. Após a refeição matinal, ambos caminhavam pelojardim, cuidando das flores e apreciando a natureza.Voltavam para o interior da residência onde Maria Augusta iatratar de seus afazeres, e Rui trancava-se em seu gabinete,cuidando de suas tarefas como advogado.
Após o almoço, sempre carinhoso com a esposa,despedia-se e caminhava para as sessões do Senado oupara o Tribunal. De volta ao lar, encontrava-se com MariaAugusta que o colocava a par dos acontecimentos caseiros,ou de suas visitas às famílias carentes, pois ela e Ruipatrocinavam o estudo escolar das crianças. Maria Augustaestava às voltas para a alfabetização de adultos,principalmente das mulheres que não tinham o direito deaprender a escrever, proibidas pelos maridos. Maria Augustae Rui Barbosa lutaram muito para que o ensino não ficasse sórestrito aos filhos homens.
No cotidiano do casal, tornou-se hábito, no períodonoturno, irem ao cinema ou ao teatro. Para Rui, desdejovenzinho, sua preferência era o cinematógrafo, como erachamado. Frequentavam o Cine-Palais, o Parisiense e oOdeon que ficavam entre a avenida Rio Branco, esquina coma rua da Assembleia, ou o Cine Ideal, na rua da Carioca.Nesse, Rui tinha poltrona cativa, que fora oferecida, comouma homenagem, a Rui pela gerência. Maria Augustadelirava com as preferências pelos filmes que Rui gostava deassistir, como faroeste: As Aventuras de Tom Mix. E ele sedeliciava com os filmes de Charles Chaplin; achava-ointeligente em colocar as diferenças sociais numa realidademuda, mas tão gritante em suas dores.
A vida matrimonial trouxera ao casal harmonia sob todosos aspectos. Enquanto Maria Augusta estudava suas áriasmusicais ou aprontava seu trabalho social junto àscomunidades carentes, Rui estudava seus processos ou liaseus livros sobre filosofia, ciências, os romances policiais ede aventuras. Gostava de literatura de capa e espada, derevistas e livros infantis. Lia no original os livros de SherlockHolmes, Arsène Lupin e Alfredo Pujol. Lia os livros de umacoleção espanhola de Nick Carter. Achava Alexandre Dumasum grande escritor. Possuía em sua biblioteca livros deWalter Scott e Ben-Hur de Lewis Wallace. Também EdgardAllan Poe e Nathaniel Haruthorne faziam parte do seuacervo. Ria muito com as aventuras de Sancho Pança e de
Dom Quixote. Por hábito, elecostumava comentar os livros infantisou as aventuras de Dom Quixote como Desembargador Palma, de quem eramuito amigo e este, ouvindo-o, ria comessas diabruras, falando-lhe sério:
— Rui, você com todo cabedal deconhecimento que tem, fazendo essescomentários, parece-me muitainfantilidade de sua parte...
Rui seriamente respondia:— Meu amigo, nosso espírito, por
vezes, precisa de distrações pueris e épor este motivo que, nesse nossomundo tão amargo e tão repleto deinjustiças, para que conservemos avontade de continuar a luta embenefício alheio, por vezes, é precisoagir como crianças. Dessa forma,nosso espírito terá a jovialidade deencarar o futuro.
Por todos os títulos que lhe davammuitos momentos de ações sérias,
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Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro - Após a morte de Rui Barbosa em 1923, o GovernoFederal decidiu incorporar ao Patrimônio Público sua casa com seus pertences. Mas,
somente a 13 de agosto de 1930 o Museu-Casa de Rui Barbosa foi inaugurado,sendo o primeiro museu brasileiro no gênero – um museu-casa.
Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro - Após a morte de Rui Barbosa em 1923, o GovernoFederal decidiu incorporar ao Patrimônio Público sua casa com seus pertences. Mas,
somente a 13 de agosto de 1930 o Museu-Casa de Rui Barbosa foi inaugurado,sendo o primeiro museu brasileiro no gênero – um museu-casa.
realizada no país, o que Rui Barbosa mais desejava era a aboliçãodos escravos.
Nas últimas décadas do Império, ele discutia ferreamente,em tribuna, a tese do trabalho livre. Isso, esclarecia Rui, trariao progresso para o Brasil, através da rede ferroviária, acolonização, as indústrias com mão operária, porém semescravidão. E continuava a mostrar, a todos os políticos einteressados, a urgência dessa luta a ser vencida. Temiam osdonos dos escravos e empresários que uma abolição rápidapudesse provocar uma convulsão social, porque aescravidão era o principal fator da produção brasileira.
A equipe espiritual, ladeada pelos empreendedores emajudar o Brasil, para atender o desejo do divino Mestre Jesus,encontrava em Rui Barbosa fácil envolvimento. E ele não sedeixava abater. Uniu-se aos simpatizantes pela abolição ecomeçaram a dirigir protestos em todos os lugares; pelo paísinteiro fundaram-se associações e até obtiveram apoio doExército, que passou a se negar em perseguir os escravosque fugiam para os quilombos.
Tornava-se cada vez mais difícil impedir a abolição dosescravos. Rui Barbosa entrou com um projeto na Câmarados Deputados, pelo qual os escravos seriam libertos aossessenta anos sem que houvesse indenização aos senhores"feudais". Corrigia ele o mesmo projeto, levadoanteriormente pelo advogado e membro do Senado, seuamigo Rodolfo Dantas, onde Dantas colocava a questão daindenização aos senhores de engenho. Rui demonstrava suaindignação, colocando o sofrimento e humilhação por quepassavam os escravos. Eles é que precisariam serindenizados pelos horrores morais que sofriam. Contavacom o apoio do escritor Joaquim Nabuco, que organizava,através de seus textos, os pontos críticos que levavam oBrasil a ficar estacionado em seu progresso industrial porqueos outros países já não tinham mais os serviços braçais dosescravos.
Rui Barbosa trazia de sua vida passada o mesmopropósito de lutar pelo término da escravidão. A lei daliberdade para os escravos com mais de sessenta anos,assim como a Lei do Ventre Livre eram muito esperadas,muito discutidas, mas pouco praticadas.
No mundo espiritual, Ismael procurava unir osabolicionistas encarnados para não esmorecerem diante dasvibrações contrárias dos senhores "feudais". Estes,dominados pelo orgulho e egoísmo, achavam meios de influirnegativamente, sustentando a tese, nos tribunais, dailegalidade desse objetivo. Rui Barbosa, junto a outrosadvogados, reúne provas contrárias, pois a ilegalidade erados escravocratas, com a instituição do servilismo. Todaessa luta leva Rui a uma grave enfermidade. Maria Augusta,sua esposa, cuida do companheiro com todo carinho, juntode sua filha Maria Adélia, já mocinha, com seus dez anos deidade.
Após longo período de convalescença, volta Rui Barbosa,antevendo a abolição da escravatura. Este acontecimentodeu origem ao afastamento do Imperador, do trono, pormotivos de doença. D. Pedro II sofria pressões dos senhores"feudais" e do meio político. Seu medo era o de produzir umasérie de acontecimentos, como os que se haviam sucedidonos Estados Unidos da América do Norte, nos quais, levadospor campanhas e protestos contra a escravatura, muitasvidas foram ceifadas. O espírito de D. Pedro era depacificação; ele não queria ver o solo brasileiro manchar-sede sangue; seu coração estava prestes a não suportar essatragédia. Mas o Plano Espiritual achou por bem que a horachegara e o trono recebeu, para substituir D. Pedro, a sua
filha, Princesa Isabel, que, de imediato, sancionou a Lei doVentre Livre. Porém Rui Barbosa e os abolicionistas queriammais, porque essa lei somente impedia a venda dos filhosrecém-nascidos, mas eles continuavam a ser tutelados pelossenhores, seus donos.
Após algum tempo de árduas reuniões, Rui Barbosa,consegue fazer chegar ao Senador João Alfredo, que – porordens da Princesa Isabel formara um novo ministério – umnovo manifesto pedindo a liberdade total dos escravos. APrincesa, inspirada pelo Alto, sentiu que sua missão na Terraseria justamente essa. De imediato, assina a Lei Áurea,dando liberdade para todos os escravos. Era o dia 13 de maiode 1888. Nesse instante, a Princesa Isabel recolhe do Alto osfluidos abençoados ao seu coração. E, entre os festejos debrancos e escravos, José do Patrocínio, tambémabolicionista, em lágrimas, ajoelha-se aos pés da princesabeijando-os, como se fosse a vontade de todo o povobrasileiro.
Rui Barbosa e todos os abolicionistas erguiam hosanas aDeus. Rui, inflamado em seu discurso, dizia que essa lutafora vencida, porém o Brasil tinha agora que partir para aRepública, para que se consolidasse a evolução do país,com mais cultura para o povo.
Outro projeto antigo desse baluarte brasileiro era o demodernizar o ensino no país. Rui questionava que osmétodos pedagógicos deveriam construir o progresso, o quetornaria o Brasil mais desenvolvido. Era necessário formar a
Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 7
O escravo Izidoro acorrentado - desenho de um artista popularalagoano de 1888, representando os costumes da época
O escravo Izidoro acorrentado - desenho de um artista popularalagoano de 1888, representando os costumes da época
SeareiroSeareiro8
mente infantil com maisabertura de igualdadesocial. Deveria haveresco las super iores ,alfabetização para asmulheres e tambémf o r m á - l a s ,profissionalmente, paraserem independentes.
E e s s a m e d i d a ,d e f e n d i d a p o r R u iBarbosa, levava o apoiode sua esposa. MariaAugusta era formada empiano e canto. Mantinhaos servidores de suacasa na aprendizagemda a l fabe t i zação etambém com requintesde educação social e dehigiene.
P e r t e n c e n d o àComissão de InstruçãoPública, o Imperador D.Pedro II concede-lhe otitulo de Conselheiro.Esse título Rui usou-o portoda sua vida. D. Pedrotinha profunda admiraçãopor Rui, por sabê-lo umg r a n d e o r a d o r d oParlamento. Não seadmi rando , quandosoube do seu destinopolítico, o nomeia como Político Intelectual da Corte. D.Pedro sabia do momento difícil pelo qual passava a naçãobrasileira; por isso ele procurava adaptar-se aos desejos deRui em lutar pelo fim da monarquia, único império existenteem terras americanas.
Rui Barbosa lutava para que as províncias tivessemautonomia para escolher seus governantes, sem que fossemindicados pelo Imperador.
Entre civis e militares acendia-se o idealismo republicano.Assumindo o cargo de redator-chefe do Diário de Notícias,
um periódico modesto (mas que Rui fez questão de torná-lomoderno e dinâmico), demonstrava em suas matérias odesejo do povo em se tornar livre e mostrar ao mundo o novorumo que todos os brasileiros ansiavam por obter: aRepública.
E, no final do Império, essa questão entrou em evidência,ocupando as páginas de todos os periódicos. Rui Barbosaretorna ao assunto do voto direto para os brasileiros do sexomasculino, porque as mulheres ainda não podiam opinar emnada, menos ainda com referência a política.
Esse projeto, há muito tempo, Rui já havia apresentado àCâmara, mas não fora aceito. Modernizando o projeto, Ruifazia constar o direito de todos os brasileiros fazerem o usodo voto direto, sem discriminações e até mesmo osestrangeiros que estivessem vivendo legalmente no país.
Rui Barbosa era visto pelos fazendeiros e escravocratas,já arruinados, como o grande culpado pelas perdas pelasquais passavam. Reunidos, em número considerável, foramaté ao Imperador pedir o banimento de Rui Barbosa doCongresso, pelo mal que estava causando à sociedade, comideias de traição à Pátria. D. Pedro, inspirado pela caravana
espiritual de Ismael, e jádemonstrando que sabiado final do Império,respondeu-lhes:
— O Brasil passará porprofundas modificaçõesem sua vida social epolítica. A nossa Nação,eu sinto, está alcançandoa s u a m a t u r i d a d e .D e v e r á t o r n a - s eindependente, para que opovo assuma seus atos,não só perante osh o m e n s , m a sprincipalmente diante deDeus, nosso Criador.
D. Pedro recebeu essamensagem espiritual,p o i s s e u b o n d o s ocoração assim permitia eobedecia à mediunidadeespontânea, facilitandoos desejos de Jesus paraa semente do Evangelhoser lançada sobre a Terrado Cruzeiro. Continuavatentando abrandar osâ n i m o s e x a l t a d o s ,falando do progresso queaconteceria, com asmudanças que viriamcom a proclamação daRepública e enfatizava:
— Creio que, de minha parte, cumpri com a minha missão,não como Deus pudesse ter-me confiado tamanho encargo,mas tentei agir da melhor maneira possível. Acredito que, deora em diante, não só Rui Barbosa, por quem tenho profundaadmiração, mas outros homens valorosos desta Naçãoestarão unidos para que o tão esperado progresso, pelo quallutam, venha a ser tornar realidade.
Diante desse final, que D. Pedro colocava sobre esseproblema, os homens ali reunidos ficaram sem palavras.Despedem-se do Imperador, respeitando o que ouviram,mas não aceitando a ideia dessa terrível mudança, que paraeles seria o fim de seus poderes, como senhores "feudais".Não sabiam que, com esse orgulho e egoísmo, estavamsendo manipulados pelos espíritos das sombras, para seremos objetos usados contra o plano de Jesus para a pátriabrasileira.
A insatisfação tomava conta de todo o país. Os partidosLiberal e Conservador se alternavam no poder e o Imperadorjá não conseguia manter o controle, pois ela se instalara portoda parte. Rui Barbosa procurava ajudar D. Pedro, pelocarinho que lhe ofertava, vindo do imo de sua alma, porémconfessava-lhe que, se combatia a monarquia, era peloempecilho que essa oferecia ao país para o seudesenvolvimento, mas nada tinha contra a pessoa de D.Pedro. Sabia das pressões políticas que ele sofria. D. Pedroagradecia a generosidade de Rui Barbosa, mas confessava-lhe também que não só o desgaste físico o tornava fraco, masos interesses egoístas do ser humano eram o veneno que lheconsumia as forças vitais.
O Plano Espiritual a tudo acompanha. Sob a égide deJesus, Ismael prepara as caravanas espirituais para o
Princesa Isabel e D. Pedro IIPrincesa Isabel e D. Pedro II
Bibl
iogr
afia AGênese
Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho
Grandes Vultos da Humanidade e o Espiritismo
Rui Barbosa - Cronologia da Vida e Obra
-Allan Kardec, Editora FEB, 16ª ed., 1973.-
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Humberto deCampos, Editora FEB, 9ª ed., 1971.
- SilvioBrito Soares, Editora FEB, 2ª ed., 1975.
-Pesquisadora Rejane M. M. de Almeida Magalhães,Editora Fundação Casa de Rui Barbosa - 2ª ed., 1999.Imagens:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thu
mb/6/66/Calixt33.jpg/437px-Calixt33.jpghttp://commons.wikimedia.org/wiki/File:Benedito_Calixto_-_Retrato_de_Dom_Pedro_I,_1902.jpghttp://200.219.213.93/~saojoao/site/images/stories/ILUSTRATIVA/wg_5_Tiradentes.gifhttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ce/Independ%C3%AAncia_ou_Morte.jpghttp://www.abicasaderuy.frb.br/museu/acervo/familia/img/f_pai.JPGhttp://www.abicasaderuy.frb.br/museu/acervo/familia/img/f_mae.JPGhttp://www.abicasaderuy.frb.br/museu/acervo/familia/img/f_irma.JPGhttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7a/CastroAlves.jpghttp://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_manuscritos/mss980967.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fa/Isabel_e_Pedro_II_1870.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6e/Deodoro_da_Fonseca_por_Valle.jpg
Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 9
grande momento. Era necessário que todos os cuidadosfossem tomados para que os homens, pelas suas paixõespelo poder, não transformassem o solo brasileiro em lamasanguinolenta. Estava, então, preparada a Nação, pelaequipe espiritual, com o amparo direto do Criador, paraconstituir a proclamação da República.
Uma rebelião estava prestes a se confirmar, faltavaapenas quem a liderasse. Rui Barbosa elabora uma matériae a edita no Diário de Notícias, pregando arevolução com o título “O Plano contra aPátria”. Esse comentário causou grandeimpacto a ponto de Benjamin Constant irprocurá-lo, para convencê-lo a aderir aomovimento revolucionário, que contava comas presenças de Quintino Bocaiúva, LopesTrovão, Serzedelo Correa e outros homenscultos e poderosos políticos.
Após o efeito produzido pela matéria deRui Barbosa, “O Plano contra a Pátria”, omovimento revolucionário tomouvulto e o convidado para dirigi-lofoi Deodoro da Fonseca. Rui foraescolhido para assumir a pastada Fazenda, após a Repúblicaser proclamada.
Prevendo a queda do Império,o Presidente do Conselho deMinistros, Visconde de OuroPreto, faz realizar um grandebaile na ilha Fiscal, com apresença da família imperial,
desculpando-se, para tanto, perante o povo, dizendo queesse baile era oferecido aos oficiais do cruzador chileno“Almirante Cochrane”, que passavam pelo Brasil. Essaocorrência serviu de pretexto, dando oportunidade que osrepublicanos se reunissem no Clube Militar e, liderados peloTenente-Coronel Benjamin Constant, estudassem a melhormaneira para o término do Império. A equipe espiritual,dirigida pelo espírito de Ismael, os inspirava para atender odesejo do Mestre Jesus a fim de que nenhuma gota de
sangue manchasse o solo brasileiro. Enquanto isso, aGuarda Nacional divertia-se no baile, junto à famíliaimperial, em seus derradeiros minutos de monarquiabrasileira.
Amanhecia o dia 15 de novembro de 1889 e oMarechal Deodoro da Fonseca, comandando astropas rebeladas, cerca o prédio do Ministério daGuerra e exige a renúncia do Visconde de Ouro Preto.Um mensageiro fora apressadamente enviado aPetrópolis, onde D. Pedro se encontrava, para avisá-lo
d o a c o n t e c i m e n t o . E l e g a l o p arapidamente para o Rio de Janeiro,mas, quando chega, já havia o decretodo fim da monarquia e fora instituída aRepública Federativa dos EstadosUnidos do Brasil.
A República havia sido proclamadat a m b é m p e l o s e s f o r ç o s d o svanguardeiros de Jesus.
Eloísa
Final da primeira parte.
“Por que não podemospossuir um livro que nosfaculte momentos rápidos deleitura e meditação, em tornode nossas necessidadesespirituais?”
Foi ouvindo este pedidoque Emmanuel, o autorespiritual, psicografa atravésde nosso querido Chico Xaviero livro “Companheiro”.
Nos moldes dos livros debolso, é ótimo para aquelesintervalos entre as atividadesou, até mesmo, para a leitura
no transporte coletivo, pois é um livro de tamanho pequeno,composto de textos curtos, ressaltando-se que as ilustraçõesforam feitas pelo nosso querido Joaquim Alves (Jô), que,quando encarnado, realizou várias capas de livrospsicografados por Chico Xavier.
Mas não nos enganemos com relação ao conteúdo!É um livro que condensa os pensamentos de paz e amor
que a Doutrina Espírita nos oferece.Dentre os variados temas que são abordados, há dois que
caem como uma luva para os tempos que estamos vivendo.São eles intitulados “Em horas de crise” e “Tempo de crise”.
Emmanuel, nestes textos, recomenda:“Asserena o coração inquieto e segue para a frente.”“Em qualquer dificuldade, aconselha-te com a esperança,
porque Deus tudo está modificando para melhor.”
livro em focoLivro em Foco
CompanheiroFrancisco Cândido Xavierpelo espírito EmmanuelEditora IDE- 144 páginas
32ª edição - 2007
Marechal Manuel Deodoro da FonsecaMarechal Manuel Deodoro da Fonseca
cantinho do verso e prosaCantinho do Verso e Prosa
Queridos amigos e companheiros de ideal espírita, Jesus seja louvado!Ontem diversos amigos de nossas experiências puderam oferecer ao
coração querido de Chico Xavier as flores de nossa eterna gratidão pelo muitoque o Seareiro da Verdade pôde nos ofertar em nome de Deus. Noventa enove janeiros se passaram sobre o 2 de Abril de 1910 que lhe assinalou orenascimento terrestre e, por esta razão, o reconhecimento justo de todosquantos lhe partilharam as lutas e os sacrifícios, exemplos e testemunhos emfavor do advento da Terceira Revelação divina aos homens de boa vontade,que se associaram naturalmente para envolver o querido amigo com alegria esimplicidade. Nosso estimado Peralva era dos mais entusiastas dascomemorações oportunas, solicitando, de nossa parte, ligeiro concurso napalavra escrita aos amigos da Terra. Nesta comunhão fraternal e amiga,nascida das fontes do coração agradecido, unimo-nos aos amigos da carneem suaves vibrações de sintonia e afinidade, com perene júbilo em torno doamado médium e amigo de todas as horas.
Não posso nem devo me estender em demasia, porque aqueles que meconhecem a alma, o íntimo do ser, saberão identificar as minhas humílimaspalavras que dizem, repetindo:
“Chico Xavier, muito obrigado por você existir!”Para expressar os nossos parabéns ao amigo aniversariante, permita-me
apresentar-lhes a irmã que, a seguir, grafará um poema em nome de todos nós.Fiquem com nosso abraço amigo de todos os dias,
Neném Aluotto
2 de AbrilPermita que o meu verso aqui registreApura candidez de tuas ternurasMuito embora o sofrer das amargurasQue o chão da terra impõe se administre!
Por amor a Jesus, tu te apagasteEm meio à ignorância deste mundoSorvendo a taça escura do contrasteNum esforço sincero e mais fecundo.
Em vão a sombra espessa te envolveuAcenando com híbridas quimeras...Estandarte das novas primaverasTua fé não vacilou e nem tremeu.
Teu coração se fez em pouso santoAiluminar os dias da descrençaAenxugar o mais pungente prantoDos pequenos do mundo em dor intensa.
Anova era enfim, Jesus de novo!Trazendo pão e paz, luz e agasalho.Amar e esclarecer a alma do povoÉ o ideal, teu lema de trabalho!
Por isto eu canto o pobre do meu versoSabendo que és tudo, menos cisco...Para nós, tu serás sempre FranciscoO Cândido Xavier, do Universo.
Auta de Souza
Mensagem e poema psicografados por Geraldo Lemos Neto, emreunião pública no Centro Espírita Luz, Amor e Caridade em BeloHorizonte - MG, na noite de 3 de abril de 2009.
Imagem:http://www.feal.com.br/hotsites/chicoxavier/index.php?pag=foto&foto=4_Chico.gif
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Estas duas frases parecem até queforam escritas hoje, pois só se fala em“crise mundial”.
Se perdermos as esperanças eabandonarmos o rumo certo que Deusnos posiciona, como poderemos voltar aoequilíbrio? E isto podemos usar tantopara o campo material como para oespiritual.
Devemos nos lembrar de que, seinstalarmos a serenidade dentro de nós,através de uma fé raciocinada, o mundo ànossa volta poderá estar conturbado quen ó s s a b e r e m o s a t r a v e s s a r a sdificuldades.
Neste sentido:“Entretanto, por maior seja a carga de provações e
problemas que te pesam nos ombros, ergue a fronte ecaminha para a frente, trabalhando e servindo, amando e
auxiliando, porque ninguém, nem circunstância alguma tepodem furtar a imortalidade, nem te afastar da onipresençade Deus.”
Leia e reflita. Este é o intuito dessa obra.Adolpho
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André Luiz Ruizpelo Espírito Lucius
Editora IDE - 608 páginas2ª edição - 2008
Enviado aos assinantes do Clube do LivroEspírita “Joaquim Alves (Jô)”, no mês dejaneiro de 2009, através de psicografia deAndré Luiz Ruiz, pelo espírito Lucius, oromance
aborda temas atuais.Oliveira, político famoso, desencarna e
leva consigo todos os compromissosassumidos, pelos atos praticados naTerra,dos quais não podemos fugir, pela Leinatural de Ação e Reação. De repente, se vêdiante do próprio velório...
Q u a i s a s c o n s e q u ê n c i a s n aEspiritualidade, ante uma tarefa tãoimportante como a dele?
E como será a atuação dos espíritos sobreos representantes do Congresso Nacional,afinizados de acordo com a faixa em queestes se encontram?
O autor descreve as diferenças entre a Luz,proveniente do Alto, e a escuridão queenvolvia os corredores, na busca de
interesses diversos.Denotava-se, assim, a presença de
espíritos inferiores, para a aprovação da leido aborto e para as regalias que ela traria aalguns.
Leonor, sua antiga companheira, mesmoapós ter sido abandonada durante ajuventude, o perdoa mais tarde, quandoainda encarnado, ocasião em que oreencontra e lhe dá notícias dos dois filhosque abandonara na infância.
Ela supera-se na dor e, após odesencarne de Oliveira, descobre que estácom câncer. Entusiasmada com o trabalhovoluntário que fazia em um hospital,percebe que a doença fora um alerta emsua vida, fortalecendo-a para prosseguir nocampo das boas obras.
Espíritos superiores vão às regiõesumbralinas em socorro dos que seencontram presos, em consequência desuas existências desregradas, como o caso
ESCULPINDO O PRÓPRIODESTINO
Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 11
clube do livroClube do Livro
Esculpindo o Próprio Destino
canal abertoEste espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são
enviadas e para publicações dos leitores.
Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos.
Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem
publicados.
Busque, crie o valor espiritual,Ilumine a gentileza,Coloque na vida a beleza,Sempre no amor fraternal.
Seja, em amor, um voluntário,Tenha no coração a caridade,Com o pecador na piedade,Faça no lar um santuário.
Retorne ao Pai em alegria,Em santidade e harmonia,Deixando uma divina receita,
Volte a Deus com a mala cheia,Participando com os anjos na ceia,Dos frutos da boa colheita.
Carlos Prates Castanho São Vicente - SP
Aproveite a Vida!
Canal Aberto
Famíliafamilia
Sabemos que, pela porta da reencarnação, comparecempara participar de nosso núcleo familiar aqueles a quem, empassado distante ou próximo, deixamos de dispensar orespeito necessário para mantê-los nos quadros de nossasafeições.
Através do aval da Misericórdia Divina obtemos uma novaoportunidade de convívio fraterno.
Aesposa, o marido, os filhos, e sem deixar de fora todos osparentes próximos, se unem a nós e, no começo dosrelacionamentos, tudo corre com muito respeito e carinho.Os filhos, quando pequenos, são como preciosos presentesofertados por Deus para a nossa alegria. Chegam frágeis eemudecidos, humildes e pequeninos. Dessa forma, não nosrogam a liquidação de débitos, na intimidade do lar, e simprocuram-nos o colo para nova fase de entendimento. Mas,com o passar do tempo, começam a modificar orelacionamento, chegando mesmo a se instalar o ódio.
Decorre o tempo e, por mais que nos esforcemos para nosreconciliar com todos os familiares, nem sempre as nossasintenções de bom convívio são compreendidas ou bemaceitas. Continuam os nossos credores na cobrançaimplacável de nossas dívidas de amor, passando de docesnumes do carinho à condição de examinadores constantesde nossa estrada.
A dor, que nos atinge o coração quando não encontramosa compreensão e o carinho naqueles a quem só temos feitoamar e respeitar, é imensa.
Neste momento de sofrimento moral, devemos noslembrar da excelsa figura de nosso Senhor Jesus Cristo, que
só fez amar a todos, mesmo não sendo compreendido.Jesus é a personificação da paciência, pois enxergava a
todos os que o ofendiam como doentes da alma, quenecessitavam de remédio e esse remédio era o amor. Nessaposição, nunca desistiu ou se cansou de trabalhar por nós.
Devemos nos espelhar no Mestre para podermos suportaros quadros difíceis, que se materializam dentro de nossopróprio lar.
Diz O Evangelho Segundo o Espiritismo: “A dor é umabenção que Deus envia aos seus eleitos. Não se aflijam, pois,quando vocês sofrem.” Este alento chega aos nossoscorações, pedindo para não perdermos a prova que nos éposta por Deus e para termos fé e muita perseverança.
Encaremos os familiares como alunos que devemosreeducar. Lembremos que, se eles nos cobram amor nãovivido, é sinal de que em nosso passado espiritual deixamosesta dívida pendente. Deixemos de lado o orgulho e aposição de vítimas, pois não o somos.
Reflitamos no que Emmanuel recomenda: “Busca auxiliá-los e sustentá-los com abnegação e ternura, ainda que issote custe todos os sacrifícios, porque no justo instante em quea consciência te afirme tudo haveres efetuado paraenriquecê-los de educação e trabalho, dignidade e alegria,terás conquistado, em silêncio, o luminoso certificado de tuaprópria libertação.” (Livro da Esperança)
Se todos nós aspiramos evoluir para condições espirituaissuperiores e, até, para mundos superiores, devemos antesnos libertar de todo sentimento inferior que aindareconhecermos em nós mesmos. Para isso, “enquanto nãoaprendermos a dar de nosso suor, do nosso ponto de vista,do nosso concurso individual, do nosso sangue, do nossotempo e do nosso coração, em favor de todos, nãoingressaremos, realmente, no grande templo daHumanidade, onde receberemos, edificados e felizes, o
título de companheiros e discípulos de Jesus.” (livro:Família).
E as algemas que nos amarram a evoluçãoestão, com mais frequência, dentro do nosso
lar.Usemos o consentimento da razão (a
obediência) aos desígnios do Pai e oconsent imento do coração (aresignação) para podermos evoluir.
Trabalhemos ativamente para queaqueles que possam nos acusar denegligências no passado, no futuroestejam caminhando juntos conosco,mas sem as algemas de ódio ou rancore sim pelos laços de amor.
Jesus estará nos ajudando, sempre.Deus estará nos oferecendo
amparo, eternamente.Wilson
http://mrkat.files.wordpress.com/2008/11/paciencia.jpg
Paciência
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de Eulália, que fora mãe de Oliveira no passado e que desceàs regiões mais inferiores, na tentativa de libertá-lo de seustormentos, para auxiliá-lo em seu refazimento.
A obra relata também o trabalho dos Espíritos superioresno auxílio a famílias, minimizando suas dores e auxiliando-
as, para a reflexão sobre seus comprometimentos futuros.Além de contar o romance propriamente dito, há uma
interação do autor com os leitores, quando comenta algunstrechos. Há um capítulo em especial denominado
esclarecendo sobre o porquê das doenças.,
Explicando,Marcelo e Neves
Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 13
Estamos próximos de mais uma Páscoa.Corremos às lojas adquirindo ovos de chocolate para
presentearmos.Como sempre acontece, deixamo-nos levar pelo apelo
consumista, colocando em nosso pensamento a seguinteassociação:
“Páscoa é igual a ovo de chocolate”.Dessa forma, deixamos de lembrar qual é o verdadeiro
significado das comemorações. Isto acontece com o Natal,Dia das Mães, Dia dos Pais etc. E com a Páscoa nãopoderia ser diferente.
Alguém já parou para pensar o que significa a Páscoa?
Como a Páscoa é um evento religioso, devemos verificarqual foi o exemplo de Jesus.
Consta do Evangelho que Jesus iria reunir os apóstolospara comemorar a Páscoa, no episódio conhecido como “AÚltima Ceia”.
Se Jesus iria comemorar a Páscoa, isto quer dizer queera uma comemoração anterior a Ele.
Há várias interpretações para a Páscoa judaica. Algunsfalam que os judeus comemoravam as colheitas, fertilidadeda terra e fartura na produção agrícola. Quando Moiséscomanda a fuga do povo judeu do Egito para a TerraPrometida, o chamado Êxodo, este fato também écomemorado na Páscoa.
Passados os séculos, as religiões tradicionais adaptarama comemoração judaica, mudando o tema central para omartírio, crucificação e ressurreição de Jesus.
E nós, espíritas, o que iremos “comemorar”?Normalmente, não é um evento ao qual os núcleos
espíritas costumam dedicar algum tipo de atenção especial,como é dispensado para o Natal ou o Dia das Mães.
É certo que, pelos esclarecimentos trazidos a nós pelosespíritos, não podemos ficar venerando um Cristocrucificado e morto. Para nós, espíritas, Jesus continua vivoe não temos a imagem dele, morto, como referencial.
Falar em Cristo morto é distanciar o Mestre de nós!Jesus está presente e muito vivo, governando a Terra
ativamente.Se algo vamos relembrar na Páscoa é que Jesus veio
para aumentar a fertilidade de nossos corações, trazendofartura na produção de alimento espiritual.
Devemos comemorar a vida nova que o Cristo veioalimentar!
Que possamos renascer a cada dia, deixando morrer osnossos defeitos morais, instintos, vícios, descobrindo umnovo caminho, trazendo a paz para dentro do nossocoração.
Deixemos de adorar as imagens do Cristo morto epassemos a estudar e praticar os Seus ensinamentos queestão vivos até hoje.
Vitório
JESUS E PÁSCOA
Imagem: http://static.panoramio.com/photos/original/8523844.jpg
Páscoatema livre
Tema Livre
Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”
Rua das Turmalinas, 56 / 58Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345
Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h453ª e 6ª, às 14h45
Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas
Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniões
Artesanato: Sábado, das 14 às 17 horas
DIA LIVROS ESTUDADOS
3ª
5ª
O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro daEsperança – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Terapia Espiritual; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns– Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec
Domingo O Evangelho segundo o Espiritismo - Allan Kardec; Livro demensagens de Emmanuel*
* Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier
2ª O Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro daEsperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan Kardec; OsMensageiros – André Luiz*
4ª Sabedoria de Paulo de Tarso – Roque Jacintho & J.Manahen;Cartas e Crônicas – Irmão X*; Das Leis Morais – Roque Jacintho
6ª O Evangelho segundo o Espiritismo - Allan Kardec; Livro daEsperança – Emmanuel*; Os Mensageiros – André Luiz*; VidaFutura – Roque Jacintho
Reuniões: 2ª, 4 e 5 às 20 horas3 e 6 às 15 horas
Domingo, às 10 horas
ª ª,ª ª,
kardec em estudoKardec em Estudo
Há quem possa dizer que a ação de nossas preces é nula,uma vez que, Deus conhecendo nossas necessidadesíntimas e o Universo sendo regido por Suas leis imutáveis,nossas simples rogativas ao Pai nada poderiam mudar.
Se assim fosse, a própria oração do pai-nosso poderiamuito bem finalizar em “
”, já que nada mais nos caberia nabusca de forças para superarmos nossas fraquezasíntimas, e nossa existência estaria restrita à fatalidade. E,nas palavras do Espírito da Verdade, a fatalidade “
, resposta à pergunta 859, de “O Livro dosEspíritos”.
Logo, devemos considerar que Deus concedeu aohomem a capacidade de escolha, de iniciativa, o livre-arbítrio. O homem é livre para tomar atitudes boas ou más e,assim, vivenciar situações mais ou menos agradáveis comorespostas a suas escolhas.
Por meio da prece, Deus nos concede o apoio maispróximo dos amigos espirituais, os quais, nos inspirandoconfiança, coragem e paciência, acabam por nos auxiliarantes de agirmos precipitadamente e fica, assim, sob nossomérito e responsabilidade decidirmos por qual caminhoseguir. Com efeito, em O Evangelho Segundo o Espiritismo,Agostinho compara a prece ao
Essa influência espiritual benéfica que recebemos,através da prece, também ocorre quando oramos pelo bem
de outros irmãos. Ao orarmos pelos espíritos sofredores,estes experimentam alívio, ao descobrirem que outroscorações se compadecem de suas aflições, sentindo nãoestarem mais sozinhos.
Ao sentir-se acolhido por nossas preces, estabelece-se oprimeiro passo para que aquele espírito se arrependaverdadeiramente de seus erros do pretérito e busque fazero que for necessário para encontrar a felicidade.
O arrependimento é o sinal de que aquele que sofre estádisposto a corrigir seus erros, permitindo a aproximação deespíritos mais felizes que irão esclarecê-lo e consolá-lo emsuas dores. É nesse sentido que a prece em favor dosirmãos que sofrem, encarnados ou desencarnados,encontra seu verdadeiro valor, podendo abreviar seussofrimentos.
Como foi dito, a prece não é um milagre que pode anularnossas faltas; ela é o apoio, o estímulo que Deus nosofereceu, tanto para encontrarmos auxílio em nossajornada, como o equilíbrio no recomeço e não errarmosmais. Nesse sentido, vale lembrar que, na maioria dasvezes, apenas conseguimos encontrar o nosso equilíbriointerior, após experimentarmos momentos desagradáveisde sofrimento.
Sabemos que um coração sincero e humilde sempreencontra resposta e conforto para suas dores, noaconchego dos irmãos superiores. Receber ou não asdádivas da oração é uma questão de escolha. Quantasvezes, inúmeros amigos espirituais se aproximam de nós,com a finalidade de nos auxiliarem, e nos encontram
seja feita a vossa vontade assim naTerra, como no Céu
só existequanto ao momento em que deveis aparecer e desaparecerdeste mundo”
“...orvalho divino queabranda o grande fogo das paixões. Filha dileta da fé, aprece nos ajusta no caminho que conduz a Deus”.
A PreceSerá útil que oremos pelos mortos e pelos Espíritos sofredores?
E, neste caso, como lhes podem as nossas preces proporcionar
alívio e abreviar os sofrimentos? Têm elas o poder de abrandar
a justiça de Deus?
“A prece não pode ter por efeito mudar os desígnos de Deus,
mas a alma por quem se ora experimenta alívio, porque recebe
assim um testemunho do interesse que inspira àquele que por
ela pede e também porque o desgraçado sente sempre um
refrigério, quando encontra almas caridosas que se
compadecem de suas dores. Por outro lado, mediante a prece,
aquele que ora concita o desgraçado ao arrependimento e ao
desejo de fazer o que é necessário para ser feliz. Nesse sentido é
que se lhe pode abreviar a pena, se , por sua parte, ele secunda
a prece com boa vontade. O desejo de melhorar-se , despertado
pela prece, atrai para junto do Espírito sofredor Espíritos
melhores que vão esclarecer, consolar e dar-lhe esperanças.
Jesus orava pelas ovelhas desgarradas mostrando-vos, desse
modo, que culpados vos tornaríeis se não fizésseis o mesmo
pelos que mais necessitam das vossas preces.”
1
2
___________________________1
2
Concita: do verbo concitar, que significa incitar, instigar, estimular.
Secunda: do verbo secundar, que significa tornar a fazer ou dizer, repetir,reforçar.
O Livro dos Espíritos - Capítulo II, Parte 3ª Questão 664-O Livro dos Espíritos - Capítulo II, Parte 3ª Questão 664-
SeareiroSeareiro14
1 - Qual é o objetivo do “Encontro dos Amigos deChico Xavier”? 2 - Como entender as obras mediúnicas de Chico Xavier,
em face da Codificação?O objetivo principal do “Encontro dos Amigos deChico Xavier e Sua Obra” é justamente congregar osestudiosos e admiradores da insuperável obramediúnica do notável psicógrafo, aqueles que sefizeram amigos dos exemplos de vida do medianeiroquerido, aqueles que se dispõem a segui-lo nosensinamentos de caridade e amor que nos legou, emnome do Cristo.
É uma maneira de perpetuarmos a sua presença amorosa ehumilde entre nós, saudosos de sua companhia, mas certos deque a tarefa continua na Espiritualidade Superior, em favor de umEspiritismo simples, que venha trazer Jesus de novo para ocoração do povo.
O nosso querido amigo José Martins Peralva, escritor eestudioso espírita de renome, costumava afirmar que a obra deChico Xavier é ciclópica. De fato, o alcance do que os Espíritosfizeram através de Chico Xavier ainda está muito longe de seravaliado. É uma obra destinada a varar os séculos, nos temposfuturos. Temos de reconhecer que ainda muito pouco se conhecesobre ela.
Estamos ainda no início dos estudos sobre a importância daobra que Chico Xavier nos legou. Afinal, são 440 títulos de livros jápublicados, alguns deles em vários idiomas, de todos os gênerosliterários, trazendo-nos elucidações evangélicas querevolucionaram a compreensão sobre a missão do Cristianismona Terra; informando-nos de maneira clara e precisa sobre asconsequências de nossos atos, tendo-se em vista a vida futura;descortinando-nos a vida espiritual, com esmero, em detalhesimpressionantes; trazendo-nos de volta a poesia dos grandesmestres versejadores da língua portuguesa; revelando-nosromances históricos, de características épicas, sobredeterminados tempos do caminhar humano; consolandofamiliares saudosos e aflitos pela partida dos entes mais caros einformando-lhes que a vida continua além da morte do corpofísico.
São cartas, crônicas, contos, apólogos, poemas, sonetos,trovas, romances, ensaios, novelas, fábulas, análises críticas,missivas consoladoras, pensamentos em frases, enfim todo tipode gênero literário e suas subdivisões, trazidos pela capacidademediúnica ímpar de Chico Xavier, atestando-nos a realidade davida além-túmulo pela autenticidade de seus autores espirituais.
Nunca na História da Humanidade tivemos algo desta amplamagnitude, a não ser naqueles tempos do Cristianismo nascente,quando a própria presença de Jesus, nosso Divino Mestre,inaugurava para nós a “Era do Espírito”. Com o advento da
Encontro dos Amigos de Chico XavierEsta entrevista foi concedida por Geraldo
Lemos Neto e publicada no Jornal daMediunidade - LEEPP, edição n° 15, 2009.
envolvidos por pensamentos de antipatia, de ciúmes esensualismo, de rancores e maledicências! Nesse caso,como queremos ser direcionados para o Bem, se nãoabrimos mão do orgulho e do egoísmo que ainda encontrammorada em nosso coração?
O não-arrependimento é a demonstração clara de que onosso orgulho ainda é maior que a nossa vontade desermos verdadeiramente felizes. Sem o verdadeiroarrependimento, a aproximação e o envolvimento dosEspíritos Superiores ficam comprometidos.
Jesus orava pelas ovelhas desgarradas e dizia quenenhuma delas se perderia. Nossas preces são a luz queguiará essas ovelhas novamente ao rebanho do Pai!
Não nos esqueçamos, todavia, de que Jesus estabelececlaramente a condição essencial da prece:
Perdoemos e sejamos caridosos, para seguirmos eauxiliarmos àqueles que necessitam de nossas preces atambém seguirem, embora vacilantes, na estrada que nosleva até ao Pai.
Iago
“Antes de orar,se você tiver alguma coisa contra alguém, perdoa-lhe,porque a prece não pode ser agradável a Deus se ela não
nascer de um coração despojado de todo sentimentocontrário à caridade”.
___________________________Sugestão de leitura complementar:O livro “Os Mensageiros”, psicografado por Chico Xavier, André Luiz,descreve o interessante fenômeno da prece, aos olhos dos EspíritosSuperiores, e como a Providência Divina nos envolve fluidicamente,no momento da oração.
Bibliografia: AGênese Allan Kardec, Editora FEB, 38a. ed., 1999.O Evangelho Segundo o Espiritismo
O Livro dos EspiritosTratamento da Obsessão
-- Allan Kardec, Tradução de
Roque Jacinto, Editora Luz no Lar, 4ª. ed., 2002.-Allan Kardec, Editora FEB, 70a. ed., 1989.
- Roque Jacinto, Editora Luz no lar, 11ª. ed.
pegadas de chico xavierPegadas de Chico Xavier
Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 15
Doutrina dos Espíritos no século XIX e com a obraesclarecedora de Chico Xavier no século XX, chegamos àmaterialização do projeto do Cristo na face da Terra epodemos dizer que, definitivamente, o Consolador cumpre asua função de renovar os caminhos humanos para a VidaMaior.
Porque os espíritas estão fartos de congressos realizadoscom toda “pompa e circunstancia”. Temos observado, por aí,inúmeros deles que mais parecem congressos mundanos,com cobranças de taxas de participação exorbitantes, com aseparação dos palestrantes em áreas VIPs, com a definiçãode médiuns principais, como se oráculos fossem, e tudo istomuito longe do coração popular.
Ora, Chico Xavier nos ensinou exatamente o contrário:simplicidade, humildade, coerência, aproximação com ossofredores, com os mais pobres, respeito pelas diferenças,consideração para com a pessoa humana e não para os seustítulos e posses. Então, não poderíamos realizar um encontrode amigos de Chico Xavier que não fosse na mais pura emais simples informalidade.
Sim, claro! Tivemos a participação da Federação EspíritaBrasileira e da União Espírita Mineira no I Encontro, realizadoem abril passado, em Uberaba. Ambos os Presidentes dasFederativas usaram a palavra naquela ocasião. Para osegundo encontro, teremos novamente a palavra do NestorJoão Masotti, Presidente da FEB.
Creio que os órgãos unificadores estarão compenetradosde suas mais altas responsabilidades em apoiar todas asiniciativas que visem à divulgação da vida e da obra de ChicoXavier, por reconhecerem nele um autêntico servidor doCristo!
Certamente, não estiveram lá para sentirem o clima desaudade, gratidão, carinho, fraternidade e amor que nosenvolveu naqueles inesquecíveis dias. Se estivessem lá, suaopinião teria sido diferente.
Uma coisa há que ser registrada: a organização doEncontro não emite nem emitirá convites especiais paraninguém. Divulgamos o Encontro na mídia espírita em todasas partes do país e até do Exterior. Aqueles que se sentiramsintonizados com a amizade e o respeito à obra do médiumChico Xavier estiveram lá, espontaneamente. Podemosafirmar que a convocação foi muito mais pelo coração, dealma para alma, e aqueles que se sentiram tocados por estechamado ali estiveram com alegria e paz, solidariedade eunião.
Teremos o II Encontro, e este convite será renovado.Quem se sentir amigo de Chico Xavier e de sua obra, mesmoque não o tenha conhecido fisicamente na face da Terra, quese apresente em Pedro Leopoldo, entre 18 e 19 de abril de2009.
Em Uberaba, tivemos cerca de 2.500 pessoas do Brasil edo Exterior que para lá se dirigiram, às próprias expensas,unicamente para atender a este chamado do coração. EmPedro Leopoldo, o chamado se renova e certamente outroscompanheiros virão para comungar conosco estesmomentos de paz, de amizade e reconhecimento genuínos.
Creio que os interesses contrários à obra mediúnica deChico Xavier e à sua vida de renúncia e amor ao Evangelhode Jesus e à Doutrina Espírita são os mesmos que atuaramem desfavor do Cristo e deAllan Kardec.
Lembro-me de quando Chico, em conversas reservadasconosco, se referia a esses inimigos ocultos. São os lobosem pele de ovelhas que enxameiam por toda parte e atémesmo nos círculos do Movimento. Copiaram-lhe as páginasmediúnicas, mas não conseguem copiar-lhe os exemplos.Apropriaram-se dos nomes dos espíritos venerados, masteimam em atuar em causa própria.
Certamente, se incomodam muito com o alcance da obraxavieriana. É a ignorância travestida de vaidade e ilusão. Istonos remete à lembrança do ensinamento do Cristo, segundoo qual é necessário que o joio cresça junto ao trigo. Mas umdia virá a ceifa, não é mesmo? Vamos pedir a Jesus por eles,porque, certamente, não sabem o que fazem.
3 - Por que a informalidade do encontro?
4 - O apoio dos órgãos unificadores do Espiritismo noBrasil seria bem-vindo para os organizadores doencontro?
5 - O que teria a dizer aos que criticaram a realizaçãodo I Encontro em Uberaba?
6 - No movimento espírita, há interesses contrários àobra mediúnica de Chico Xavier e, mesmo, à sua vivênciacomo espírita e médium?
Imagem: http://www.institutoandreluiz.org/chico_autografando.JPG
Pelo quarto ano consecutivo, realizou-se no Núcleo deEstudos Espíritas “Amor e Esperança”, do dia 30 de março a 4de abril, a Semana de Kardec.
Foi uma semana dedicada a relembrar a figura deste grandemissionário, Allan Kardec, pelo valoroso trabalho deCodificação da Doutrina Espírita.
Todas as noites, após o passe, para iniciar a reunião,compareceram companheiros que harmonizaram o ambientecom belíssimas apresentações musicais e, no último dia, ostrabalhadores do Núcleo apresentaram jograis e músicas.
Uma menção especial para a apresentação da peça “AsArtes do Egoísmo”, baseada na obra de Roque Jacintho, feitapelas crianças da evangelização infantil, que encantaram atodos os presentes.
Após a apresentação artística, já em um ambiente maisharmonizado, foram discutidos os seguintes temas:
Semana de Kardec
SeareiroSeareiro16
aconteceuAconteceu
Neste instante, rogamos à Misericórdia Divina para queabençoe todas as mulheres.
Aquelas que sufocam em seu travesseiro os segredosmais íntimos, envolvidos em tantas lágrimas de amargura,para que a paz se faça presente em seus lares.
As mulheres que, na guerra mais perversa, descobremque sua maior inimiga é mais jovem e, derrotadas, sofrem aperda dos maridos para quem entregaram, cada qual, todosos seus sonhos.
Aquelas que, entre quatro paredes, se sentem obrigadas,sempre que exigido e sem respeito, a servir sem contradição,como se ali estivesse um ser sem sentimentos.
As que, na esperança diária de que seu companheiro sedistancie do álcool, evitando os espancamentos físicos, cujador se estende até sua alma, sofrem o aviltamento diante detoda a família.
Jovens mulheres que, sem saber exatamente o que aslevou ao meretrício, sofrem as maiores humilhaçõessorrindo, pois amanhã será um novo dia de trabalho e terãoque ter a aparência com o frescor da juventude que ainda asenvolve, mas que, em seu coração, vivem a mais profundanoite de inverno.
Abençoa, Mestre, todas as mulheres que se escondem notrabalho, na beleza e tantos outros artifícios, porque aindanão têm a coragem de, ao se olharem no espelho, assumirseu papel dentro do lar.
Aquelas cuja idade as cobre de tantas incertezas sobreseu breve inverno e, muitas vezes tão solitárias, nãoconseguem na oração fortalecer o verão que ainda vivem.
Esteja sempre junto às mães. Às felizes, pelos filhosmaravilhosos que cercam seu lar e, muitas das vezes,completando-o com netos adoráveis.
Às infelizes que terão, a cada passo, de carregar o peso deseu fracasso, vendo seu filho adorado envolto em tantossofrimentos, por sua total negligência.
Ah! Mestre, abençoa também as mulheres que ainda nãosabem o quanto sua condição feminina é importante e fazem,da igualdade com os homens, sua bandeira de luta,tornando-se vulgares em suas posturas. Prepare-as, Senhor,para o reencontro com a sua feminilidade. Se nãofortalecidas, poderão sucumbir de tanta decepção, por nãoreconhecerem em Sua obra, a perfeição máxima de cada sere o tanto que deverão recuperar pelo tempo perdido.
Senhor, abençoa as mulheres que, de tantoscompromissos materiais, deixaram o vazio de orações, desuas palavras confortadoras dentro de seus lares, serpreenchido pelas futilidades mundanas e, em suas aflições,alegam Seu distanciamento.
Por fim, agradecemos Suas bênçãos, pela oportunidadedada a todas nós que reconhecemos em Seus ensinamentoso maior manual de vida, para que em nosso futuro encontropossamos dizer-Lhe:
Obrigada, Senhor, por nos permitir sermos mulheres emSua infinita concepção.
Homenagemhomenagem
Mulher
Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419 livrospsicografados por Chico Xavier, romances de diversosautores, revistas e jornais espíritas. Distribuiçãopermanente de edificantes mensagens.
Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”
30/03 - - Claudinei deSouza Rocha
31/03 - - Ana FranciscaGarcia Zani
01/04 - - Jairo Ferreira deAndrade02/04 - - Ivanir Caurim03/04 - - Luiz Armando de
Freitas Ferreira
04/04 - 17 horas - Prece de Encerramento na Banca deLivros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)” - Diadema -SP
Agradecemos a todos os palestrantes e companheirosque ajudaram a enriquecer esta semana de comemoração,bem como agradecemos a todos os que compareceram.
Equipe Seareiro
Eutanásia na Visão Espírita
Allan Kardec / Chico Xavier
Vida e SexoAllan Kardec Vida e ObraObsessão e Suas Causas
Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 17
VanoImagem:http://i406.photobucket.com/albums/pp149/milouskablog/white_rose_bouquet.png?t=1239053542
Praça Presidente Castelo BrancoCentro - Diadema - SPTelefone (11) 4055-2955Horário de funcionamento: das 8 às 19h30Segunda-feira a Sábado
Os Convites para o Reino são Renovados
Contoscontos
Era uma vez, Moisés, o ministro da Revelação, que veio à Terrapara trazer ao povo, sofrido e escravizado, a esperança no amanhã,através dos ensinamentos do Senhor. E quais eram essesensinamentos? Que tudo deveria ser sempre feito com amor e que sópeloAmor os homens encontrariam a felicidade sonhada.
Mas, os homens não conseguiram entender os seusensinamentos, acharam difícil praticar a bondade com todos ossemelhantes.
Moisés desencarnou e, voltando ao mundo espiritual, falou para oSenhor:
E suplicou:
O Senhor achou justo e enviou à Terra auxiliares para o convite aoexercício doAmor!
1º) Profeta Isaías, convidando o sapateiro Eliaquim:— Eliaquim, busque as venturas do Reino dos Céus, meu filho!
2º) Profeta Samuel procurou Davi, o negociante:
3º) Profeta Daniel foi ao encontro de Elias, o condutor de camelos,e Elias lhe disse:
4º) Profeta Malaquias, sabendo dos insucessos dos outrosprofetas, resolveu convidar os sacerdotes que viviam nos templos deoração e ouviu deles:
Convém, porém, que você suma daqui e não nos aborreça comseus sonhos e com as suas tolices sobre o reino do Amor naTerra.
***E era assim que os convidados ao novo reino iam, uns para os seus
negócios e interesses, outros buscavam os seus campos, enquantooutros escorraçavam os Mensageiros do Rei.
Texto adaptado por Rosangela
— Senhor, fiz tudo o que era possível para convidá-los ao exercíciodo Amor e da Misericórdia, mas eles não atenderam ao convite paravir ao Reino Divino.
— Dê-lhes tempo, Senhor! Acorde-os através de outros de seusmensageiros e eles, um dia, aceitarão o Seu convite fraternal, já quetodos eles são missionários deste Reino Divino.
— Ora, Isaías! Já me disseram que anjo não tem sapatos! E,assim, o que vou fazer lá no Céu?
— Davi, meu filho, desperte para seu futuro espiritual!— Ora, profeta Samuel! Sou vendedor de sapatos e já tenhoque fazer meus negócios, sem que coisa alguma me atrapalhe,embora eu respeite todas as suas convicções!
— Ora, Daniel, eu já ouvi falar do novo reino nas pousadas dascaravanas! Mas... por acaso, nos Céus, há caravanas decamelos ?!
— Ora, Malaquias, não temos tempo para isso, mas aceitamosde bom grado que o seu rei nos dê poder sobre todos os reinosna Terra.
Bibliografia: - Roque Jacintho - capítulo III,Editora Luz no Lar, 3ª ed., 1997.Imagem:http://www.lavistachurchofchrist.org/Pictures/Patriarichal%20Age/images/abraham_and_lot_part_ways.jpg
A Parábola do Festim das Bodas
Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”
SeareiroSeareiro18
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DIA011858 - Constituida a Sociedade Espírita de Paris, tendo como
fundadoresAllan Kardec e outros colaboradores.DIA02
1869 - Sepultado no cemitério de Montmartre o Codificador daDoutrina Espírita,Allan Kardec.
1910 - Nasce em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, o médiumFrancisco Cândido Xavier.
1918 - Desencarna o Sr. Antonio Ugarte, fundador do jornal “LaFraternidad” e um dos fundadores da Confederação EspíritaArgentina.
DIA031947 - Desencarna, em Curitiba, Paraná, Luiz Parigot de Souza,
divulgador da Doutrina Espírita em todo o sul do país.DIA04
1919 - Desencarna William Crookes, químico e físico, que durantequatro anos pesquisou a mediunidade de Florence Cook, comas materializações do Espírito Katie King. Foi pesquisadorespírita e membro da Academia de Ciências de Londres. Seulivro “Fatos Espíritas” é publicado pela Federação EspíritaBrasileira.
1932 - Publicado no Rio de Janeiro, o primeiro número do jornalMundo Espírita, sob a direção de Henrique Andrade, jornaldepois transferido para a Federação Espírita do Paraná.
DIA071926 - Apresentado no Senado dos Estados Unidos um projeto de
lei, de autoria do senador James L. Whitley, dando aos médiunso direito de exercerem livremente os seus dons mediúnicos.
DIA081888 - Nasce Paulo Hecker, que se tornaria mais tarde presidente
da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.DIA10
1775 - Nasce, na Alemanha, o “Pai da Homeopatia”, ChristianFriedrich Samuel Hahnemann.
1885 - Desencarna Louis Alphonse Cahagnet, um dos pioneiros doEspiritismo.
1901 - Desencarna, em Paris, França, Pierre Gaétan Leymarie,redator-chefe e editor da Revista Espírita, substituindo AllanKardec. Foi médium e discípulo de Kardec.
DIA111900 - Desencarna, no Rio de Janeiro,Adolfo Bezerra de Menezes,
"O Médico dos Pobres", por duas vezes presidente da FEB.DIA12
1927 - Desencarna o francês Léon Denis, o “Filósofo da DoutrinaEspírita”. Autor de várias obras como: “Depois da Morte”; “OProblema do Ser, do Destino e da Dor”; “Cristianismo eEspiritismo”; “No Invisível”; “O Porquê da Vida”; “O GrandeEnigma”, entre outras.
DIA131931 - Desencarna Jean Louis Mayer, fundador do Instituto
Metapsíquico Internacional.DIA14
1949 - Inicia-se a Primeira Feira Nacional do Livro Espírita, no Riode Janeiro, patrocinada pelo Conselho Consultivo deMocidades Espíritas do Brasil, graças ao trabalho deArthur Linsde Vasconcelos Lopes.
DIA151865 - Desencarna, em Washington, EUA, o presidente norte-
americanoAbraham Lincoln. Foi espírita e realizava sessões naCasa Branca.
1905 - O médium Domingos Filgueiras é indiciado por exercícioilegal da Medicina, por ocasião de uma ação da Saúde Públicainvadindo a Sede da Federação Espírita Brasileira.
DIA161835 - Nasce Frederico Augusto da Silva, fundador da Federação
Espírita do Rio Grande do Sul.
1944 - Desencarna, em Paris, França, Alexis Carrel, pensador epesquisador dos fenômenos mediúnicos.
DIA171695 - Desencarna na capital do México, Sóror Juana Ines de la
Cruz, teóloga e poetisa mexicana. Nascida em San MiguelNepantla, México, em 12 de novembro de 1651; foi uma dasencarnações conhecidas de Joanna deAngelis.
1893 - Nasce em João Pessoa, Paraíba, Severino Luna Freire, quetrabalhou pelo Espiritismo na Paraíba.
DIA18Dia do Livro Espírita1857 - Surge a primeira edição de “O Livro dos Espíritos”. Esta data
é considerada como um marco da Doutrina.1957 - Surge o primeiro selo espírita do mundo, no Brasil,
comemorando o centenário do aparecimento de “O Livro dosEspíritos”.
1942 - Fundada no Rio de Janeiro, por Deolindo Amorim, a LigaEspírita do Brasil.
1972 - Lançado o Primeiro Livro Espírita Infantil, “Lobo MauEncarnado”, de autoria de Roque Jacintho.
1974 - Lançado, em São Paulo, o jornal "Folha Espírita", sob adireção de José Freitas Nobre, pela Federação Espírita doEstado de São Paulo, com tiragem de 15.000 exemplares. Foi oprimeiro jornal espírita a ser vendido em bancas de revistas.
1976 - Fundada no Rio de Janeiro, por Deolindo Amorim, aAssociação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas(ABRAJEE).
DIA191862 - Nasce em Portugal, Inácio Bittencourt, médium curador, que
se transferiu para o Brasil, tendo destacada atuação nomovimento espírita brasileiro.
DIA201890 - Instalado na Federação Espírita Brasileira, por Polydoro
Olavo de Santiago, o Departamento de Assistência aosNecessitados.
DIA211889 - Fundados pelo Dr. Bezerra de Menezes, juntamente com
Augusto Elias da Silva, o Centro Espírita do Brasil e a primeiraescola de médiuns.
DIA221904 - Desencarna Florence Cook, médium, por intermédio da qual
o Espírito Katie King se materializava, dando ensejo ao cientistaWilliam Crookes para estudar o fenômeno, com detalhes.
DIA231923 - Desencarna a médium Anna Prado. O escritor espírita
Raymundo Nogueira de Faria, no seu livro, “O Trabalho dosMortos”, editado pela FEB, detalha os fenômenos de efeitosfísicos, nos quaisAnna Prado era o agente mediúnico.
DIA241984 - Desencarna, no Rio de Janeiro, Deolindo Amorim, jornalista
e escritor que idealizou os Congressos de Jornalistas eEscritores Espíritas, aABRAJEE e o Instituto de Cultura Espíritado Brasil.
1945 - Fundada a Federação Espírita Catarinense, emFlorianópolis, Santa Catarina.
DIA251882 - Desencarna em Leipzig, Alemanha, Johann Carl Friedrich
Zollner, astrônomo e pesquisador dos fenômenos mediúnicos.Foi o autor do livro “Provas Científicas da Sobrevivência”.
DIA271929 - Desencarna, no Rio de Janeiro, José Machado Tosta. Foi
incentivador da criação de colunas espíritas, na Imprensa.DIA28
1921 - Materializa-se o Espírito Rachel Figner, em presença do pai,Frederico Figner, pela mediunidade deAnna Prado.
DIA291909 - Desencarna, em Barcelona, a médium Amália Domingo
Soler.1864 - Lançada a primeira edição de "O Evangelho Segundo o
Espiritismo".DIA30
1856 - Transmitida a Allan Kardec a primeira revelação mediúnica,a respeito da missão que haveria de desempenhar.
1969 - Desencarna, em Barra do Piraí, Rio de Janeiro, SebastiãoLasneau que foi poeta cego e um dos criadores das SemanasEspíritas.Imagem:http://www2.istockphoto.com/file_thumbview_approve/2749188/2/istockphoto_2749188-watercolor-floral.jpg
Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 19
Abril
Calendáriocalendario
- CNPJ: 03.880.975/0001-40Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0
Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança
ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro
e pode ser feita em nome do
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