NUMERO 12 DOMINGO, 19 DE MARCO DE 1916 ANO I
O rg ã o d o Ssai’í i í ! « Elepislíi iciiutt 1'oríiigHCS
DIRETOR POLITICO— Ur. Manuel Paulino Gomes Secretario da Redáção-—Dr. Gabriel da Fonseca
fsão serão restituídos os autógrafos embora não publicados ASSrNATURAS— (Pagamento adiantado) Ano. 1$; semestre, tpõO. Para ifóra: Ano, 1;}20; semestre, ?)(j0; avulso, ?5>02. PUBLICAÇÕES- Anúncios, f)04 a linha; permanentes, contrato
especial. Comunicados, $06 a linha.
P U B U C A Ç Ã O S E M A X A LPropriedade do
CENTRO REPUBLICADO DEMOCRÁTICO
A L D E G A L E G A
ADMINISTRADOR— Manuel de Medeiros Junior Editor—Joaquim Maria Gregorio
Endereço telegráfico BCazilo — AldegalegaA correspondencia deve ser'dirigida ao diretor.
Redáção e Administração—R. Tenente Valadim. 4, Aldegalega Composição e impressão, rua Almirante Cândido dos Reis,
126, 2.°—Aldegalega
Situação In t e rn a c io n a l de PortugalA aliança ingleza é hoje — a-
pesar dos encargos e prejuízos que tantas vezes nos impoz — uma das condições da nossa existência nacional e uma solida garantia da integridade do nosso territorio continental e colonial.
A nossa situação geografica não nos permite infelizmente, como a outras pequenas nações do centro do norte da Europa, contar apenas com os recursos propnos para a defeza da nossa independência.
Com uma fronteira aberta, uma longa e x t e n s o de costa no continente e importantes domínios dispersos ao longo do Atlântico e do mar das índias, precisaríamos de ter simultaneamente um forte e numeroso exercito e uma poderosa arma* da, e dispòr para isso de recursos excecionaes que até as grandes potências, cuja riqueza e prosperidade não. sofrem comparação com a nossa pequenez e pobreza, teriam dificuldade em encontrar.
Tendo pois de procurar um auxilio extranho, indispensável era encontral-o em nação a quem a existencia de Portugal não fosse indiferente e com quem podessemos estabelecer uma bem equilibrada e equitativa reciprocidade de sei viços.
Ora a verdade é que a Inglaterra é o unico país da Europa que hoje como sempre tem interesse em que Portugal permaneça independente, e em que j se não constitua no extremo- | ocidente da Luiopa, como suce- J ueria se tossemos absorvidos pela Hespanha, uma grande potência com uma situação sem rival ao mesmo tempo no Mediterrâneo e no Oceano Atlântico, capás de modificar o equilíbrio europeu em detrimento da preponderancia ingieza.
Por outro lado, a alienação da» nossas possessões na África dana ocasião á Alemanha, que ali é nossa visinha, de aumentar e melhorar as suas.
De modo que as colonias portuguesas são h< je uma especie
de état-tampon entre as impa- ciencias de conquista germânica e os receios do imperialismo britânico, que vê na Alemanha o inimigo formidável da sua situação no mundo.
Assim, tanto no continente como nas colonias, a Inglaterra é interessada na nossa existen- cia, e só seria prejudicada pelo nosso desaparecimento.
Acresce que lhe oferecemos no Atlântico pontos de apoio de um valor incomparavel para as suas esquadras em caso de uma guerra naval. Basta citar o porto de Lisboa, a bahia de Lagos, as ilhas dos Açores, da Madeira e de Cabo Verde.
Eis por que a Inglaterra não hesitou em confirmar, ainda ha poucos anos, os compromissos de aliança que desde séculos a ela nos ligam.
A’ sombra dessa aliança, podemos pacificamente trabalhar no nosso progresso e ganhar cada dia maiores direitos ao nome do povo eiviíisado. Mas quer isto dizer que nada mais precisaremos de fazer para assegurar a nossa defeza contra qualquer mimigo exterior?
De modo nenhum.Em primeiro logar as nações
teem, como os individuos, o sentimento da sua dignidade e da sua honra, e seria indigno e des* honroso que pedíssemos o auxilio alheio antes de nos defendermos por nossas mãos empregando o máximo dos nossos esforços no sagrado dever de combater pela Patria.
Precisamos de ter um exercito bastante forte e adestrado para árnanhã poder colaborar com o dos nossos aliados.
Precisamos de, pelo exercicio das virtudes militares, pela pratica de tiro, da gimnastica, da equitação, melhorar fisicamente a raça e desenvolver o sentimento de coragem, de tenacidade e de iniciativa,
A situação politica da Europa póde mudar, as circumstancias da Inglaterra tambem; e a Historia mostra-nos quantas vezes fomos humilhados e agravados
por não nos termos preparado a tempo para defender com brio e eficacia os nossos direitos.
A vida dos povos, mesmo dos grandes, nunca é segura: a dos pequenos é sempre precaria.
O dever de cada cidadão é estar sempre prompto para defender a sua Patria; e estar prompto não quer apenas dizer— ler a coragem ae o fa \e r — mas estar habilitado, educado, instruído e adestrado para o poder fazer com proveito e honra,
A aliança ingleza é um beneficio — somente emquanto dela não fizei mos rasão paira, ador- j mecer na indolência e na passividade, abandonando-lhe a guarda dos nossos interesses.. Assim comprehendida, e}.a seria o maior dos males, pois antes sucumbíssemos numa. lueta desigual em que fossemos vencidos mas não deshonrados, do que perdessemos pela nossa incuna todo o direito á independencia,. transformando-nos de aliados em protegidos ou em vassalos 1 de uma grande potência..
O estreitamento das nossas relações com a Inglaterra deve tambem servir-nos para estudar de perto aquela nação, imitando-a nos exemplos de patriotismo, energia e bom-senso que ela nos dá quotidianamente; íns- pirando-nos das suas leis e costumes lib.eraes, do seu tino pratico; seguindo as noi mas da sua inteligente administração colonial, etc.
Para terminar; não esqueçamos que a aliança ingleza, ao lado das vantagens que nos o- ferece, nos impõe tambem compromissos e deveres da maior gravidade, _ Por virtude dela poderíamos ver-nos um dia en- volvijos numa grande guerra europeia ^ em que a colaboração da nossa aliada não bastaria a proteger-nos,. se ela não podesse tambem contar com as energias e o patriotismo dos nossos soldados e a compe- tencia e saber dos nossos ofi- ciaes.
CAMARA MUNICIPALCOMISSÃO EXECUTIVA
Sessão ordinaria de i 5 do co rrente.Presidencia? Joaquim Maria Grego
rio. Assistência:. Antonio Cristiano Sa- loioj Joaquim Tavares Cast&uheira Sobrinho..
Ba Secretaria. G.er,al,do fôoverne- Civil. de Lisbôa pedindo uma nota da quantia, arbitrada pela Camara ao pessoal da sua Secretaria em conformidade com, o § unico do artigo 09.° decreto de 21).-; í - 1911.
Da. professora da escola de Atalaia, sr.*- D- A\na. R. Cominho. Machado, participando qua nos. dias 10 e l i do coenepts deitou, de-dar. aula por motivo. d£ doença e qua par,a recompensar aqueles- dias dará aula., na& duas- p r i meiras quintas... feii-^s.
Do delegado do PrjiGur^dor; da Republica, nesta,. cqnjaiTa, uai ofieja pedindo pa,ra s, Camará, mandar, colocar duas guaritas junto á cadei^ a.lim dea.s sentinelas $e abrigarem do tempo nos. dias em que durar o julgamento dos, implicados nq roubo, da, câmara e ou», tros.
©tício da Parceria, dos tap a re s Lis- bonenses, comunicando não poder, a- c«i.t#r, o pedido solicitado n.o oftoio des.r ta camara u,° de 4. do ipez curretiti* por não permitirem u& seuses-tatu- tos.
OH cio do Posto da Guarda. Ríp,ublir- cana desta vifa pedindo 1.4 en^erga-- e 60 magias gaga, as. caças <yia ali se- vão alojar pop ocasião do julgamento, que começa no dia 14 do corrente.
Do hospital de S. José, uma cir-. cuia* recomendando £ Camara o apaxi^ mo cuidado na semessa dos doentes,, visto o estado ijnstj3ceir<o dp mesmo, hospital e a. feita de camas obrigar Ji)uitQS a terem que voltar p.ara as suas (erras, e tambem havei; doentes que. podem set; curados em suas casas e evit.aK que as juntas de Paroquia sejam ludibriadas por. alguns indivíduos,.
Do chefe da secretaria, sr.- dr. .Ma-, nuel Paulino Gomes,, pedmdo £> diiis. de licença.
De Manuel Francisco Aíppso pedindo, . para a camara lhe aforar urr.a porção, de terreno na exU-Qs|o de 3il, metros, a figi de facilitar os transportes da sua fabrica de cortiça que pretende constituir no Alto da Barçosa, com as em-.b,arcaç3es Que atracam ouro terreno, municipal junto ao muço do viveiro de uma marinha pertenceote á tinia M. S,. Ventuv3.& Filhos.,
De Laureanu na Silva pediado subsidio de lataçào para seu tiiho Autouia
I R 4 X Ã O
De Abecassis, Irmãos & C.a pedindo á Camara autorisação para construir um barracão num terreno pertencente á Camara e que fica fronteiro á sua fábrica do guano no alto da Brrro- sa.
Das professoras oficiaes de Canha, D. Maria Albertina de Almeida, do sexo feminino, e D. Francisca das Dores Mateus, do sexo masculino, remetendo os mapas das faltas dadas pelas professoras e do aproveitamento e fre- quencia dos alunos.
D elib era çõ esResponder ao oficio do Governo Ci
vil sobre as quantias arbitradas ao pessoal da Secretaria da Camara.
Tomar na devida consideração a participação da professora da Atalaia.
Satisfazer a requisição de guaritas pedida pelo delegado do Procurador da Republica.
Tomar conhecimento do oficio da Parceria dos Vapores Lisbonenses e lavrar o seu descontentamento contra tal resolução.
Satisfazer a requisição de enxergas e mantas para o Posto da Guarda Republicana desta vila.
Tomar conhecimento da circular do hospital de S. José e oficiar aos facultativos municipais o rigoroso cumprimento, quando tenham que certificar que os doentes precisam de ser recolhidos ao hospital.
Deferir o pedido de liceDça do chefe da secretaria, sr. dr. Manuel Pauii- no Gomes.
Ficar para resolver na próxima sessão os requerimentos de Manuel F rancisco Afonso e Abecassis, Irmãos & C.a visto não haver com respeito a este ultimo, documento algum que prove ser ele o verdadeiro foreiro do terreno.
Deferir o requerimento de Laurearia da Silva devido ao seu estado de indigência.
Tomar conhecimento dos mapas remetidos pelas professoras oficiaes.
Nomear chefe da secretaria durante o impedimento do respetivo, por motivo de licença, o amanuense da mesma sr. Silvestre A. Gomes Carvalheira.
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BâHM mummm»No dia 11 do corrente procedeu-se na
séde do Centro Republicano Democrático desta vila á eleição dos corpos gerentes da Banda Democratica.
Presidiu á sessão o nosso ilustre a- migo e camarada de redáção Joaquim Maria Gregorio, sendo secretariado pelos nossos amigos e correligionários Marcos Garcia Fialho e Henrique Bal- drico Tavares.
A eleição deu o resultado seguinte:© iréçã o
Presidente: Dr. Manuel Paulino Gomes e vice-presidente. Joaquim da Silva Mascarenhas; 1.° secretario, José Joaquim Gregorio; 2.° secretario, José da Veiga Marques; vogais: João Bento das Neves e Manuel Rodrigues Futre.
A ssem t»!éia G eralPresidente: Alvaro Godinho dos Reis
Cardoso; vice-presidente, José da Silva; secretario, Jacinto Augusto Tavares Eamallio; vogais: Antonio Maria Gouveia e Manuel Cipriano Pio.
Cofflsellto F isca lJoaquim Maria Gregorio, José Ro^
drignes Futre, Virgilio Carlos Mendes.Os novos corpos gerentes tomaram
posse na passada quinta feira
E cos c Moirciae
A lian ça Im glêsaO a r t i g o que hoje publicamos em
f undo não é nosso. Fomos busca-lo ao l i v ro .do grande patriota e sabio ju ris co n su l t o que foi Trindade Coelho, e q u e se i n t i t u l a «Manual. Politico do Cidadão Português». E ’ uma obra conhe-
PERFISV I I I
Percorreu um dia «Max»As almas dos semelhantes, Em busca de unia capaz Dos seus feitos retumbantes.
Corpo grande não achou Que alma dura possuisse.Um «pequeno» lobrigou Que sua graça vestisse.
Acoitou-se, e com tal sorte,A graça que «Max» expande, Que num corpo pequenino Ficou Frederico «O Grande».
LlNDEr.
cida de quasi toda a gente mais ou menos letrada e que todos os portugueses deviam Jêr, pois contem bastantes ensinamentos, ditados por uma alma sã de sao patriota e verdadeiro liberal. Escrito ha alguns anos já , um nosso amigo fez-nos sentir a oportunidade da sua publicação, pelas afirmações de que é revestido e pela sua es- sencia em face da melindrosa situação em que Portugal se acha envolvido neste momento. Achámos justo o que nos era indicado e parece-nos tambem de justiça a divulgação das sinceras e previdentes afirmações feitas pelo grande português que foi Trindade Coelho. No capitulo a que respeita o artigo que publicamos segue-se a este um estudo sobre os contractos realisados entre Portugal e a Inglaterra e que constitue um belo complemento ao referido artigo. Publica lo emos conforme pudermos para esclarecimento dos nossos leitores e daqueles que, neste momento solene, fingem não compreender as responsabilidades de Portugal e os deveres que indeclinavelmente tinham de ser por nós cumpridos.
O bitoFaleceu na passada terça-feira, na
casa da sua residencia. a Ex.ma Esposa do nosso amigo Anicete Gil. A morte da bondosa senhora que se encontrava ainda na força da vida, pois faleceu bastante nova, foi muito sentida, tanto pelas circunstancias em que se deu como pelas qualidades qué pos- suia. Ao nosso amigo apresentamos a expressão sincera das nossas mais sentidas condolências.
K eca p in raFoi recapturado nas Caldas da Rai
nha no dia 13 ultimo o preso Afonso Soares que, em companhia de Joaquim de Oliveira e outro se tinham evadido da cadeia desta vila no dia quatro do corrente. A nova prisão deve se ao digno delegado desta comarca Dr. Alberto Cabral que, tendo conhecimento por um postal que o Afonso Soares recebeu de que sua mulner residia naquela vila, prevendo qne o referido Afonso para ali se dirigisse, imediatamente oficiou ao seu colega naquela comarca pedindo providenciasse no sentido de vigiar a casa da mulher do Afonso obtendo-se assim a sua captura visto ele se ter dirigido ali. O Afonso Soares vae ser removido para a cadeia desta vila.
O tem poTem sido absolutamente mau o tempo
que tem feito. Ao iniciar a lua a que o vulgo dá o nome de «marçalina» desencadeou-se sobre nós uma violenta tempestade de vento, chuva e trovoada que nos tem incomodado dia a dia. Por esse motivo tem havido transtornos nas vias terrestre è maritima e bastantes prejuízos para a agricultura desta região.
ilis lgan icn to im p ortan teEm audiência geral responderam na
passada semana nesta vila os Reus João da Silva «o João de Montemór» Manuel Antonio Cigano, Antonio da
Silva «o Chegadinho», Joaquim Justino da Silva «o Joaquim de Almeida», José Francisco Miguel, Manuel Gomes Feliciano «o Alrenda», Augusto Mós- ca, Joaquim Tomaz Rosa, Rosa dos Santos Miranda, Custodio da Silva Bento, José Rosa Monteiro «o José Rôla», Manuel Pereira Rato «o Caramelo», Manuel Jesuino «o Pinheiro» e Felicidade Isabel.
A audiência foi presidida pelo integro magistrado Dr. Joaquim de Brito da Rocha Aguiam, sendo a acusação representada pelo Sr. Dr. Alberto Cabral, digno delegado desta comarca e a defesa pelos advogados Drs. Manuel dos Santos Lourenço e Manuel Paulino Gomes e pelo solicitador Sr. Justinia- no Antonio Gouveia. O julgamento foi iniciado na terça feira pelas onze horas, tendo sido constituido o juri pela forma seguinte: Presidente— José Narciso Godinho, vogais efectivos—José Luiz Antonio de -Oliveira, Manuel Tavares Paulada, Antonio Caetano, Antonio Gomes da Paula, Augusto Ramos Cardeira, Niceforo de Oliveira, João Henriques do Berardo e Antonio Joaquim Bagulho. Yogal suplente— Qui- rino da Trindade Mestre.
Em virtude da quantidade de reus e de testemunhas a audiência realisou- se por duas sessões diurnas, começando a primeira ás onze horas e a segunda ás dezanove. A leitura das peças do processo e interrogatorio e inquirição das testemunhas durou até á sessão da noite de quarta-feira, tendo se iniciado os debates na sessão noturna de quinta feira e continuando ainda na sessão diurna de sexta-feira. Pelas catorze horas deste dia começaram sendo formulados os quesitos que foram em numero de setenta e quatro. A ’s vinte horas aproximadamente recolheu o juri para dar o seu «vereditum». Os reus eram acusados de varios crimes entre os quais se contava o do roubo de trezentos escudos na tezouraria da Camara Municipal deste Concelho em qne se achavam implicados José Rosa Monteiro «o Rôla», Custodio Bento e Manuel Pereira Rato «o Caramelo».
A ’s quatro horas de sabado foi lido o «vereditum» pelo presidente do juri senhor Manuel Tavares Paulada. Em seguida o digno Presidente do Tribunal começou a elaborar a sentença, trabalho que durou até ás 7 horas, hora a- que foi proferida a sentença seguinte:
Custodio da Silva Bento, o Sapateiro condenado em 18 mezes de prisão e 3 de multa a 10 centavos por dia.
Manuel Pereira Rato, o Caramelo em12 meses de prisão correcional e 2 de multa a 10 centavos por dia e custas e selos do processo.
José Rosa Monteiro, o Rôla, 4 anos de prisão maior celular, ou em alternativa na pena de 6 anos de degrede em possessão de l . a classe.
Joaquim Tomaz Rosa, 6 anos de prisão maior celular ou env alternativa na pena de 9 anos de degredo em possessão de l . a classe.
Manuel Jesuino, o Pinheiro, 2 anos de prisão correcional.
Manuel Antonio Cigano, 5 anos de prisão maior celular ou em alternativa na pena ae 8 anos de degredo em A- frica em possessão de l . a classe.
José Francisco Miguel, na pena de prisão correcional já sofrida.
Joaquim Justino da Silva, o Joaquim d ’Almeida, pena correcional já sofrida.
Antonio da Silva, o Chegadinho, 4 anos de prisão maior celular ou em alternativa na de 6 anos de degredo em Africa em possessão de 1.* classe.
João da Silva ou João Montemor, na pena de prisão correcional já sofrida.
Manuel Gomes Feliciano, o Alrenda. absolvido.
Felicidade Izabel. absolvida.Augusta Mosca, absolvida.Rosa dos Sautos Miranda, absolvida.
A R T E IR A ELE G A N Y F
A niversáriosFazem anos:Na próxima terça feira o nosso ami-
& m e u m m m
Conta, conta, meu relogio,As horas do meu viver,Traça o meu necrologio,Mas, não me faças sofrer!
E ’s terrivel instrumento,Sinto por ti um pavor Adivinhaste o passamento,Do meu lindo e castro amor!
Diz porque me não matáste, Logo depois de nascer?Assim tu me prolongaste Este meu cruel viver!
Mataste-me minha mãe,Os meus irmãos e meu pae, Meus filhos e esposa tambem, Sem soltares um triste ai!
Sem abrigo e sem esperança, Tomara eu cá já morrer E na Bemaventurauça Os meus ir tornar a vêr!
V E T E R A N O
go e correligionário Francisco José Canteiro.
-—No dia 25 a E x .ma sr.a D. Maria da Conceição Pereira Gregorio, esposa do nosso amigo e correligionário José Joaquim Gregorio.
M in istér io N acionalAcha-se finalmente constituido o
ministério nacional sob a presidencia do ilustre republicano Dr. Antonio José de Almeida. A situaçãa politica nacional exige de todos os bons patriotas e sinceros republicanos o maior auxilio possível ao actual governo de que fazem parte alguns dos mais ilustres homens de Portugal. A atitude tomada pelos partidos evolucionista e democrático devem calar bem fundo na alma de todos os portuguêses cabendo a todos nós tambem unirmo-nos em volta da bandeira da Patria prontos a defende-la a todo o transe.
P a rtid o E v o lu c io n is taDe fonte segura sabemos que as
comissões politieas do Partido Republicano Evolucionista nesta vila se dissolveram. Não achamos razoavel esta resolução no momento em que se delineia unia conciliação que muito honra a Republica e que pede a conjunção de todos os esforços na defesa da integridade nacional e lamentamos sinceramente que tal facto se tenha dado pois ele revela um sintoma que estamos longe de querer da-lo como certo.
N a sc im en toDeu no passado domingo á luz uma
criança do sexo masculino a esposa do nosso amigo Manuel Joaquim Sampaio.
C asam entoRealisou-se na passada quarta-feira
o consorcio da ex.",a sr.a D. Laura Raquel de Sousa, filha do nosso amigo José de Sousa Fortunato com o ex."'a sr. José Carvalho de Oliveira, factor de 2.a classe dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste. O acto realisou-se em casa dos pais da noiva, sendo padrinhos por parte do noivo a ex.masr.a D. Maria Tereza A grela Menezes Aguiar, e o sr. Luiz Salgado de Oliveira e por parte da noiva a ex.n,a sra. D. Emilia Marcelo Sampaio Pombinha e seu marido, nosso particular amigo, correligionário o assinante Francisco da Silva Sampaio Pombinha. Seguiu se um lauto jantar a que assistiram, aléiu das pessoas de familia dos noivos, inúmeras pessoas cuja lista, por falta de espaço, uão podemos publicar. A’ noite houve baile que se prolongou até ás quatro horas de quinta-feira, tendo tomado parte nele todos os convidados. No dia seguinte ao do consorcio partiram os noivoa para Sintra, onde foram passar a lua de mel. Aos nubentes desejamos um futuro ridente de felicidades.
A in d iscr içã o do t e l e f o n e . . .Por nm mero acaso apanhámos, de
vido a um crusamento de íios, ao telefone, o seguinte:
As declarações de guerra a Portugal pela Alemanha e a Áustria sào para inglez ver.
E ’ um estratagema para intimidar a Espanha a não quebrar a sua neutralidade, pois, se isso acontecesse, os alemães e austríacos teriam qne sair de Espanha «para onde e por onde» que não fossem immediatamente oatrafila- dos!
Ninguém os suporta, senão a nossa hospitaleira visinha!
V E T E R A N O
Horário òos Caminhas be Ferra- - « Z 3 © O ---- -
A -D E G A L E G A LISBO A
Partida 8 Chegada 1,512,10 » 14
d 16,40 » 18,3020,20 » 22,15
LISBO A A LD E G A L E G A
Partida 9,10 Chegadas 10,47» 11.40 » 13,13» 16,30 » 18.30» 20,15 » 22,5
ANUNCIOÊomarca be Ãíbeia íoraícga ba
Hibaíeja ( i , a p u b l i c a ç ã o )
Faz-se saber que pelo Juizo de Direito da segunda vara da comarca de Lisboa cartorio do escrivão Silva Saque, requereram Antonio Roque da Silveira, casado, mas judicialmente separado de pessoa e bens; Dona Antonia Roque da Silveira Santos, viuva; Dona Maria Rosa da Silveira Castelo Branco, casada com Adjucto de Pina Castelo Branco; Manuel Roque da Silveira, casado, com Dona Maria da Conceição Quaresma Roque da Silveira; Dona Germana Silveira Guerreiro da Fonseca, casada com Augusto Guerreiro da Fonseca, e João Roque da Silveira, casado, com Dona Maria José de Vasconcelos da Silveira, os primeiros qnatro residentes em Lisboa e os dois últimos nesta comarca justificação avulsa para serem julgados habilitados como unicos e universaes herdeiros de sua irmã interdita Dona Maria da Conceição Roque da Silveira, que foi residente na rua Andrade Corvo da cidade de Lisboa, falecida em trinta de Abril de mil novecentos e quatorze, no estado de solteira, sem descendentes nem ascendentes e sem testamento, e que era filha legitima de João Roque da Silveira e de Dona G e r mana Rita ou Germana Rita dos Santos Calado ou aindo G e r mana Rita Calado da Silveira;- e especialmente para partilharem e registarem em seu favor os bens imóveis, averbarem os papeis de credito e levantarem as quantias depositadas na Caixa Geral de Depositos, pertencentes ha berança da dita fale
cida; por isso e pelo presente anuncio são citados os interessados incertos para na segunda audiência depois de findo o prazo de trinta dias contados desde a publicação do segundo e ultimo anuncio no Diario do Governo e outro jornal, verem acusar a citação e marcar-se- lhes nessa audiência o praso de tres audiências para impugnarem a referida habilitação e deduzirem por artigos a sua habilitação, na conformidade do a r tigo quinhentos e noventa e sete do Codigo do Processo Civil, sob pena de revelia.
As audiências na comarca de Lisboa fazem-se ás terças e sextas feiras de cada semana, pelas dez horas no Tribunal Judicial da Boa Hora, sito na rua Nova do Almada, quando aqueles dias nãs forem feriados, porque sen- do-o, se fazem nos immediatos, se tambem o não forem.
Aldeia Galega do Ribatejo, i 5 de março de 1916.
Verifiquei a exactidão
O juiz de direito
R ocha Aguiam.
O escrivão do 1.° oficio
A lvaro Godinho dos R eis C a rdoso,
u n e G O M E Sa d v o g a d o
Escritorio; Rua Martir de Monijuich A L D E G A L E G A
ANUNCIO
(2 .a pu b licação)
No dia 19 do corrente mez, por doze horas, á porta do Tribunal Judicial desta comarca, nos autos d.e execução por custas e selos que o Ministério Publico nesta comarca move contra os executados João Tomé e mulher Maria da Piedade, Francisco Tomé e mulher Alexandrina Florescia, Manuel Roque Tomé, viuvo, Antonio T o mé e mulher Amélia de Jesus, Mariana Tomé, viuva,, e Augusto Tomé e Pedro Tomé estes menores, todos residentes em Alcochete, vae á praça para ser arrematado por valor superior ao de metade da sua avaliação, O; predio que na primeira praça não*,teve lançador, a saberá
Uma pequena courela de terra de semeadura, com alguma vinha, sita na Bra.ci,ei.ra, limite da freguesia de Alcochete, livre e alodial, no valor de cincoenta escudos.
$ o $ o o
Peio presente são citados
quaesquer credores incertos para assistirem á dita arrematação e usarem dos seus direitos sob pena de revelia.
Aldeia Galega do Ribatejo, 10 de março de 1916.
O E scriv ão
João Frederico de B rito F'igueirôa Ju n io r .
Verifiquei a ezatidão,
O Juiz de Direito
Rocha A guiam ,
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