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1 Nome da Escola Nome do Estudante Ano/Ciclo ANO

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Nome da Escola

Nome do Estudante

Ano/Ciclo

9° ANO

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Mauro Mendes Ferreira

Governador do Estado de Mato Grosso

Otaviano Olavo Pivetta Vice-Governador de Mato Grosso

Marioneide Angélica Kliemachewsk

Secretária de Estado de Educação de Mato Grosso

Rosa Maria Araújo Luzardo Secretária Adjunta de Gestão Educacional

Richard Carlos da Silva

Superintendente de Políticas de Educação Básica

Adriano Sabino Gomes Superintendente de Políticas de Desenvolvimento Profissional

Rosangela Maria Moreira

Superintendente de Políticas de Gestão Escolar

Lúcia Aparecida dos Santos Superintendente de Políticas de Diversidade

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Realização

Governo do Estado de Mato Grosso

Secretaria de Estado de Educação

Coordenação Geral

Rosa Maria Araújo Luzardo

Irene de Souza Costa

Equipe de Coordenação

Adriano Sabino Gomes

Edwaldo Dias Bocuti

Isaltino Alves Barbosa

Lucia Aparecida dos Santos

Simone de Barros Berte

Richard Carlos da Silva

Grupo de trabalho

Edwaldo Dias Bocuti – Líder de equipe

Elizabeth Pereira Vieira de Oliveira – História

Eudes Arrais Gois – Matemática

Gerson Luiz de Souza – História

Itamar José Bressan – Língua Estrangeira

Juliane Fernanda Rodrigues Gusmão – Língua Portuguesa e Ensino Religioso

Michelle Nunes Ferreira Batista – Língua Estrangeira

Mizael Teixeira Silva – Líder de audiovisual

Patrícia Joaquim Morais Costa – Arte

Richard Carlos da Silva – Educação Física

Samuel Silva Chaves – Geografia

Selma de Souza Nunes – Biologia

Suleima Cristina Leite de Moraes – Líder de Revisão

Veranildes Silva – Língua Portuguesa

Soraya Ferreira da Silva – Revisora

Tânia Regina Maciel – Revisora

Thais Silva Verão Theodoro – Matemática

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Sumário Linguagem (Língua Portuguesa, Língua estrangeira, Arte e Educação Física)----------- 1

Ciências Humanas ( História, Geografia e Ensino Religioso)------------------------------- 13

Ciências da Natureza e Matemática ------------------------------------------------------------ 31

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1. Saúde sem Fake News

A pergunta que não quer calar: você sabe o que significa Fake News?

Já ouviu falar sobre esse termo tão utilizado na atualidade? Então vamos lá!

As Fake News estão por todos os lados e precisamos aprender a identificá-las

e desmenti-las. Principalmente aquelas que envolvem a saúde, pois é comum

observarmos a divulgação de receitas milagrosas contra doenças, informações desencontradas

sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), a cura de patologias, entre outras notícias fabricadas e

criadas para enganar a população.

Porém, algumas destas notícias falsas podem e acabam impactando realmente em nossa saúde,

por isso a importância da investigação da fonte da notícia.

2. Como nascem as Fake News?

Você está na internet e, de repente, lê a seguinte notícia: “Cientista louco descobre como

reviver os dinossauros!”.

Você imediatamente acredita ou fica em dúvida e vai procurar mais informações?

Pois é, você com certeza já ouviu muito o termo “Fake News”, mas como nascem as

Fake News? Vamos descobrir!

Segundo a Universidade de Oxford, mais

da metade do tráfego da internet é feito por robôs!

Muitos deles programados para espalhar uma

notícia fabricada a cada 2 segundos. Mas esse é só

o início do trabalho. O resto fica com as pessoas

que acessam a internet e que acabam sendo

enganadas.

LINGUAGEM Unidade

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Acontece que, geralmente, uma notícia falsa é muito mais atraente, engraçada e

fantástica do que uma verdadeira, então, ela é muito mais compartilhada e visualizada! E, então,

ela acaba tendo muito mais destaque do que uma notícia comum do dia a dia.

Segundo pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, uma notícia falsa

se espalha seis vezes mais rápido que uma verdadeira.

Mas, quem ganha com isso? Muitas vezes essas notícias são fabricadas por empresas

ou pessoas que querem manipular a opinião pública e influenciar as pessoas sobre determinado

assunto. Então, muito cuidado!

Já leu muita notícia duvidosa no Facebook ou no WhatsApp? Conte aqui pra gente o

que você acha do assunto!

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3. Vamos aprender com o nosso dia a dia?

O Ministério da Saúde está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens

à população, para combater as fake news sobre saúde. Vale destacar que essa ação inovadora, ocorrerá

por meio de um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas

técnicas e respondidas, oficialmente, se são verdade ou mentira.

São tantas notícias

falsas não é mesmo

Lukinha?

Verdade Kiko! Você sabia que o Ministério da

Saúde criou um portal específico para reunir as

notícias mais compartilhadas nos últimos dias,

com o objetivo de desmentir as notícias falsas

e esclarecer a população? Vamos aprender

mais sobre isso!

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Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente a mensagem com imagens ou textos que

tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar

compartilhando-a. O número é (61) 99289-4640

Vejamos o exemplo a seguir, publicado recentemente pela página do Ministério da Saúde.

Fonte: Site do Ministério da Saúde

Como podemos

identificar se uma

informação é

potencialmente uma

Fake News?

Eu sei! Vou

apresentar no

quadro abaixo!

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MENSAGEM DE CARÁTER APELATIVO;

EXAGERO E USO INADEQUADO DE PONTUAÇÕES;

USO DE FRASE ALARMANTE E DESTACADA;

INFORMAÇÃO SEM FUNDAMENTO CIENTÍFICO;

AUSÊNCIA DE FONTE DE INFORMAÇÃO.

4. Como podemos evitar que as Fake News sejam compartilhadas?

Não é tão simples assim, mas além de identificarmos essas características, têm algumas

ferramentas que podem auxiliar quando recebermos alguma informação duvidosa.

Fonte: Elaborada pela autora.

Vamos sim, através

das tarefas do

caderno de

atividades.

Vamos estudar

mais sobre o

assunto?

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5. Quarantine English Language Activity

Agora nós vamos retomar nossos estudos em língua inglesa, você está pronto? Então

venha comigo!

Leia o texto e reponda as seguintes questões em português:

1.Quem é Dylan?

Resposta: Dylan é médico.

2.De acordo com o texto, Dylan costuma se levantar às 6 horas, mas o que aconteceu para ele

acordar 6h30min e ir mais tarde para o trabalho?

Resposta. Ele se atrasou porque foi dormir tarde na noite anterior.

3.Qual horário Dylan costuma chegar em seu trabalho?

Resposta: 6:30 am

4.De acordo com o texto, são 7h30min e Dylan ainda:

a.está dirigindo.

b.está tomando o café da manhã.

c.está entrando no carro.

d.ainda está dando beijo nas crianças.

Resposta. Letra a

The doctor

Dylan is a doctor. He looks after sick people. He usually gets up at 6.00 o’clock. Today he

is late, it is 6.30 am and he is still in bed because he went to bed late last night. He usually

goes to work by train but today he is driving to work. He arrives at work at 6.30 every

morning but it is 7.30 now and he is still driving. It’s 12.00 o’clock now. He always has his

lunch at 12.00 but today he isn’t having lunch at 12.00, he is looking after his sick patients.

It is half past seven now, Dylan is watching TV. He usually watches TV at half past seven

because his favorite programme starts at half past seven. Dylan has his dinner at 8.30 pm

everyday and he is having dinner now. It is 12 pm now Dylan is going to bed. He always

goes to bed at 12 pm.

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5.Dylan costuma almoçar às 12 horas, porém, de acordo com o texto, hoje:

a.ele ainda está indo almoçar.

b.ele está assistindo TV.

c.ele está cuidando de seus pacientes doentes.

d.ele está cuidando de uma criança doente.

Resposta. Letra c

6.De acordo com o texto, o que Dylan costuma fazer às 7h30min e por quê?

Resposta. É o horário que ele está atendendo os pacientes porque ele é o médico.

7.Qual horário Dylan costuma jantar?

a. 18h30min

b. 18 horas

c. 20h30min

d. 19h30min

Resposta. Letra c

8.Que horário Dylan costuma dormir todos os dias?

a. 00h30min

b. 18 horas

c. 20h30min

d. 19h30min

Resposta. Letra a

9.Você acha que Dylan é uma pessoa metódica ou esses hábitos específicos dele já foram

mecanizados?

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10. Você conhece alguém como Dylan, que tem horário para praticar as ações diárias?

Comente.

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11.Faça uma pesquisa sobre a “mecanização das relações sociais no Brasil e no mundo” e reflita

sobre esse momento que estamos passando agora por conta da pandemia do Coronavírus.

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12. Leia o texto abaixo para responder as próximas 6 (seis) questões:

Qual o gênero do texto?

a) Cartoon

b) Fable

c) Poem

d) Comic strip

e) Magazine cover

Resposta. Letra d

No primeiro quadrinho, Jon apresenta três personagens da sua história. Identifique esses

personagens.

a) A house, a dog and a cat.

b) A time, a house and a cat.

c) A man, a dog and a cat.

d) A man, a dog and house.

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e) A man, a house and a dog.

Resposta. Letra c

A característica do homem apresentada na tirinha no segundo balão é

a) gordo.

b) feliz.

c) triste.

d) magro.

e) alto.

Resposta. Letra d

The personage who ate breakfast was

a) the man.

b) the woman.

c) the dog.

d) the house.

e) the cat.

Resposta. Letra e

O humor está presente no texto porque

a) o gato achou a história contada pelo seu dono familiar.

b) o gato percebeu que o cachorro ficou sem comer.

c) o homem ficou revoltado com a atitude do gato.

d) o cachorro ficou sem entender nada que seu dono falou.

e) a família do homem resolveu comprar chinelos.

Resposta. Letra a

Associe as palavras do texto com suas respectivas traduções:

(A) slippers ( D ) homem

(B) house ( F ) manhã

(C) with ( E ) gordo

(D) man ( A ) chinelos

(E) fat ( C ) com

(F) morning ( B ) casa

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A sequência que completa corretamente os parênteses acima é

a) D / F / A / E / C / B

b) D / F / E / A / C / B

c) B / F / E / A / D / C

d) F / D / E / A / C / B

e) C / B / E / A / D / F

Resposta. Letra b

6. Semana de Mato Grosso

Olá! Estamos em tempo de #Ficar em casa. NÃO É FÉRIAS! Então, vamos aproveitar esse

momento para aprender mais sobre arte, assim ficará mais fácil quando retornar às aulas. Você

já parou para pensar em o quanto poderá aprender ficando em casa? Mas, é importante que

tenha consciência da necessidade de estudar, de produzir, criar suas

atividades com bastante seriedade e dedicação.

Pensando nisso e considerando que você está iniciando o 9º ano, é de

grande valia ampliar seu conhecimento sobre o Mato Grosso, reconhecer o

que temos, que, por vezes, são informações, registros que ficam

“esquecidos” diante das notícias que consideram essenciais.

Tendo em vista, que estamos no mês de abril de 2020 e logo em seguida,

em maio, mais precisamente entre os dias 02 e 09, o governo do Estado

instituiu a “Semana de Mato Grosso”, com a finalidade de mobilizar as escolas e seus alunos

para a importância do Estado nos aspectos, econômico, político, social e cultural. E ainda,

diante da necessidade de PERMANECER EM CASA, mantendo o isolamento social até 30 de

abril, se permita fazer uma pesquisa sobre Mato Grosso, algo que posteriormente, será

apresentado, exposto, como “Semana de Mato Grosso”. Que toda a proposta dessa aula não

seja em vão e sim, enriquecedora. Para começar, o que você sabe sobre as manifestações

artísticas mato-grossenses? O que aprendeu nos anos anteriores sobre Mato Grosso?

Então, é o momento de você aprender mais um pouco sobre esse Estado, riquíssimo

em arte e cultura. Estado hospitaleiro, que recebeu e ainda recebe pessoas de vários lugares,

reconhecendo e valorizando as diversidades culturais do estado, focalizando as questões

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ambientais, divisas territoriais, cultura indígena, o falar cuiabano, bem como o falar mato-

grossense, oriundo das influências indígenas, africanas e portuguesas.

7. Contextualizando sobre a “Semana de Mato Grosso”

Você pode estar se perguntando: Como assim “Semana de Mato Grosso”? Você já

ouviu falar sobre essa semana na escola, nas ruas da sua cidade, em outros lugares?

A Semana de Mato Grosso é comemora no dia 09 de maio, a data escolhida faz

referência ao dia em que o Rei D. João V criou a capitania de Mato Grosso, através da Carta

Régia, 09 de maio de 1748. A criação da capitania, apesar de ocorrer após a fundação de

Cuiabá, marca efetivamente a criação do Estado.

Foi durante o governo de Blairo Maggi que institui, por meio do decreto 7.467, do dia

24 de abril de 2006, a Semana de Mato Grosso. A partir daí, o evento em comemoração ao

aniversário de Mato Grosso passou a fazer parte do calendário oficial do Estado e será realizado

no período de 02 a 09 de maio. A Semana de Mato Grosso, conforme consta no edital, entrou

para o calendário do Estado considerando a necessidade de se integrar as diversas culturas

existentes atualmente no Estado, disseminando o orgulho de ser mato-grossense, sem fazer

distinção de raça, cor, credo, cultura e tradição. Outro motivo que levou o governador Blairo

Maggi a instituir a Semana de Mato Grosso é o fato de que boa parte da população desconhece

parte da história e dos símbolos do estado, assim como não comemora a data do aniversário de

Mato Grosso.

8. Breve história de Mato Grosso

A Capitania de Mato Grosso foi criada 9 de maio em 1748, após ser desmembrada

da Capitania de São Paulo e teve os seguintes governantes até 1821: Antônio Rolim de Moura

de 1751 a 1765, fundou a primeira capital Vila Bela da Santíssima Trindade; João Pedro

Câmara de 1765 a 1769; Luís Pinto de Souza Coutinho de 1769 a 1772, expulsou os jesuítas e

fundou vários fortes e povoados; Luis de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres de 1772 a

1789; João de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres de 1789 a 1796; Caetano Pinto de

Miranda Montenegro de 1796 a 1802; Manuel Carlos de Abreu e Meneses de 1802 a 1807;

João Carlos Augusto d'Oeynhausen e Gravemberg de 1807 a 1819, iniciou a transferência da

capital de Vila Bela para Cuiabá; e Francisco de Paula Magessi de Carvalho de 1819 e 1821.

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Com a proclamação de Independência do Brasil todas as capitanias se tornaram

províncias. O primeiro acontecimento político da época foi a Rusga, onde os grupos políticos

liberais e conservadores que queriam reformas políticas, sociais e administrativas. Em 1864

inicia a Guerra do Paraguai, Paraguai fazia fronteira com Mato Grosso (atual Mato Grosso do

Sul), Mato Grosso participou com soldados e protegendo as fronteiras do Estado. Depois de

uma pequena divisão do Estado, durante a revolta Constitucionalista, onde o sul aproveitou a

situação e formou um pequeno governo durante 90 dias, em 1977 o governo federal decretou

a divisão do Estado de Mato Grosso, formando então Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

alegando dificuldade em desenvolver a região diante da grande extensão e diversidade. A

mudança da capital foi por motivos de distância e dificuldade de comunicação com os grandes

centros do Brasil, o processo de transferência foi iniciado no governo de João Carlos Augusto

d'Oeynhausen e Gravemberg, mas grande parte da administração foi transferida no governo de

Francisco de Paula Magessi de Carvalho que, por dificuldades na administração, a capital

retornou a Vila Bela, somente em 1825, por um decreto de Dom Pedro I, a capital ficou

definitivamente em Cuiabá.

9. Alguns registros sobre a Semana de Mato Grosso, nas escolas.

10. O sedentarismo

Olá tudo bem! Neste momento vamos revisar conceitos trabalhados na aula de

Educação física. Para isso, nós vamos conversar um pouco sobre o sedentarismo. Você sabe o

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que é o sedentarismo? Deixa-me te ajudar! O sedentarismo é caracterizado pela falta de

atividade física do ser humano, não somente no caráter da prática desportiva, mas em toda sua

amplitude, fazendo com que a saúde da pessoa entre em declínio e esteja mais suscetível ao

surgimento de patologias.

11. Vamos estudar mais sobre o sedentarismo!

Eu preciso te avisar, que devido à grande preocupação em reduzir os índices de

sedentários, algumas políticas têm sido adotadas para que o mesmo possa ser prevenido em

todas as faixas etárias. Perceba que nos últimos tempos têm-se estimulado às pessoas para que

se movimentem. Tudo isso porque a prática de atividades físicas adequadas ao organismo pode

trazer a diminuição das chances de mortes prematuras por conta da vulnerabilidade da saúde.

Para que os hábitos sedentários sejam deixados de lado, as pessoas devem ter consciência de

que a atividade física deve ser introduzida na rotina de forma gradativa, a fim de prevenir

possíveis lesões que possam acontecer no período de adaptação. Além disso, recomenda-se que

as atividades sejam assistidas por um profissional da saúde, para que os movimentos sejam

reeducados e executados de forma correta, sem que haja risco de lesionar alguma estrutura

corporal.

Vale salientar a importância do acompanhamento de um profissional em casos onde o

indivíduo possa apresentar problemas crônicos, como diabetes, cardiopatia, obesidade, devido

aos riscos que as mesmas ocasionam, fazendo com que o médico e o profissional que estará

desenvolvendo as atividades possam traçar um perfil onde as atividades sejam direcionadas

para cada caso especificamente. Por esses e outros motivos, salienta-se que a

prática de exercícios consegue melhorar a saúde e a sensação de bem-estar ao ficarem

moderadamente ativas desde que seja de forma regular, assim como a atividade não necessita

ser exaustiva para trazer benefícios à saúde de quem iniciará com a prática.

Dentre os benefícios que a prática de atividade física pode proporcionar, podemos citar alguns

deles para que sejam mais bem visualizados, como por exemplo:

▪ Melhora a funcionalidade do organismo e todos os seus sistemas;

▪ Diminuição do risco de morte prematura, melhora a condição e a funcionalidade

cardíaca e respiratória;

▪ Melhora a mobilidade articular e a força muscular;

▪ Auxilia na manutenção do peso, dos níveis de gordura corporal e de massa magra;

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▪ Auxilia na prevenção de patologias como câncer, Alzheimer, Parkinson e outras

patologias incapacitantes;

▪ Redução dos níveis de colesterol, triglicerídeos, glicose.

No caderno de tarefas desta semana tem alguns desafios de educação física para você

resolver. Agora é com você!

Caro estudante,

Nesta Unidade abordaremos contigo em história um conjunto de conhecimentos em que

você seja capaz de caracterizar a sociedade brasileira no período da Proclamação da República,

no que se refere aos principais aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos do final do

século XIX e começo do XX. Destacamos, neste período, dentre outros aspectos, a enorme

desigualdade social existente entre as elites (fazendeiros e grandes comerciantes) e a população

pobre.

Agora vamos refletir sobre nossa sociedade de hoje. Existe desigualdade social em

nosso país? E em Mato Grosso? Na cidade em que você mora é possível perceber desigualdade

social? Como? Aponte abaixo suas reflexões:

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CIÊNCIAS HUMANAS Unidade

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Nesta aula você ficará por dentro da Constituição de 1891 relacionada ao federalismo

e o fortalecimento das oligarquias regionais. Serão abordados

os motivos pelos quais a conquista do direito de voto

(universal, masculino e aberto) não significou a efetiva

participação política da população. Você estudará também

outros temas como: o poder na República Velha, consolidado

pela “política dos governadores”, o coronelismo e o voto de

cabresto.

12. A Proclamação da República

O período da história brasileira chamada de “República” iniciou-se em 1889 marcado por

diversos acontecimentos políticos que se estende até o século XXI. A difusão dos ideais

republicanos remonta o período colonial como por exemplo a Inconfidência Mineira e a

Conjuração Baiana do final do século XVIII. Apesar dos ideais e das revoltas buscarem a

superação da monarquia, apenas no final do século XIX, com o fim do escravismo, as elites

agrárias do país aceitaram organizar o Estado brasileiro nos moldes republicanos.

O fato de a República nascer como uma aceitação das elites e ter sido realizada através da

espada do exército, conformou um caráter autoritário e excludente do Estado brasileiro,

garantindo os privilégios das classes dominantes e a negação de direitos às classes exploradas

durante muito tempo.

Foi preciso uma nova Constituição, pois a antiga não representava as novas regras

políticas e os novos interesses. A nova Constituição foi elaborada de forma a garantir os

interesses do governo e das elites agrárias. Um dos mais importantes avanços foi constar na

Constituição o voto aberto e a adoção do sistema presidencialista, adotando a República

Federativa como sistema institucional. O poder executivo passa a ser exercido pelo presidente

da República e os estados governados pelos presidentes estaduais.

13. Primeira República

A República Velha, ou Primeira República, foi o primeiro período dessa história,

compreendido entre a Proclamação da República (1889) até o ano de 1930. Este período

Constituição de 1891

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histórico ficou marcado pelo predomínio das oligarquias no Brasil. As oligarquias eram forças

políticas em que o poder era baseado na constituição de posses, especialmente na posse de

terras (os oligarcas eram, em geral, grandes proprietários de terra).

O predomínio das oligarquias sobre a política do Brasil começou a ser consolidado a

partir de 1894, quando Prudente de Morais foi eleito presidente do país. A eleição

de Prudente de Morais marcou o fim desse período que também ficou conhecido como

República da Espada.

O predomínio das oligarquias resultou em algumas características que são importantes

marcas da Primeira República: o mandonismo, o clientelismo e o coronelismo. Essas três

características simbolizam o poder das elites agrárias do país manifestadas na posse de terras,

além de reforçar o poder dos coronéis sobre regiões interioranas do Brasil tendo a troca de

interesses como elemento fundamental para a sustentação das oligarquias no poder.

Observe o mapa mental abaixo para melhor compreender as relações existentes na

Primeira República.

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14. Política dos Governadores

O funcionamento da política dos governadores dependia consideravelmente da figura

do coronel, pois seria ele que, a nível regional, mobilizaria os votos necessários para eleger os

candidatos certos, de acordo com o interesse de cada oligarquia. É interessante entender que a

figura do coronel surgiu durante a era regencial, quando o governo resolveu conceder títulos

de alta patente para os grandes fazendeiros que financiavam a Guarda Nacional.

O poder conferido ao coronel permitiu que esses latifundiários formassem milícias que

deveriam manter a ordem interna, reprimindo toda espécie de levante popular. Com o passar

do tempo, a patente militar se transformou em claro sinônimo de poderio político.

Utilizando das armas e soldados à sua disposição, um coronel poderia perseguir seus

inimigos políticos ou impor seus interesses à população local. Na passagem do Império para a

República, o poder político do coronel foi ampliado com a proteção que recebiam e

oportunidades de trabalho oferecidas pelos grandes proprietários de terras. Dessa forma, os

camponeses e trabalhadores livres de uma região se viam presos em uma rígida relação de

dependência.

Afrontar o interesse econômico e político de um coronel significava a exposição do

indivíduo aos mais variados tipos de punição, que poderia ir da perda do trabalho ao homicídio.

Com isso, ao dominar os moradores de uma região pela força das armas e do poder econômico,

o coronel estabelecia o chamado “curral eleitoral” que lhe garantia as eleições e,

consequentemente o poder político regional.

O coronel indicava em qual candidato os seus “apadrinhados” deveriam votar. Essa

prática ficou conhecida como “voto de cabresto”, que também, em regra, era acompanhado

de uma série de fraudes eleitorais. Quando julgava necessário, um coronel alterava o resultado

de uma eleição, fraudando assim, a contagem dos votos ou incluindo o voto de pessoas que não

existiam ou já estariam mortas. Por meio dessas ações, uma mesma família poderia manter-se

durante anos seguidos no controle político de uma região.

Verifique abaixo a charge e, com base no conhecimento que adquiriu até agora, faça a

seguinte reflexão: a prática do voto de cabresto deixou de existir nos dias atuais? Você acredita

no Estado de Mato Grosso possa haver esse tipo de prática? Será que existem outras formas,

mais modernas das pessoas votarem naqueles representantes que possuem algum tipo de poder

na comunidade? Não deixe de anotar suas reflexões para serem debatidas com seu professor

quando as aulas presenciais retornarem.

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15. A Política do Café com leite

As oligarquias que mais se destacavam na engrenagem da política dos governadores eram

aquelas advindas dos estados de São Paulo e de Minas Gerais. Esse destaque se dava por conta

do predomínio econômico dos dois Estados no contexto da dinâmica nacional. A evidência

dessas oligarquias assegurava-lhes a escolha do candidato à presidência da república.

Em referência aos principais produtos agrícolas produzidos por São Paulo e Minas

Gerais e a garantia da alternância do poder político na eleição dos presidentes da república,

esse revezamento de poder ficou conhecido como política do café com leite. Os estados mais

ricos e bem desenvolvidos eram os estados de Minas Gerais e São Paulo que atuavam com o

grande crescimento no setor agrícola que visava à produção de café em São Paulo e a produção

de leite em Minas Gerais. Os governantes favoreciam as regras e normas, beneficiando esse

setor da economia, enquanto a indústria que tentava a sua expansão sofria grandes

consequências. Esses estados eram privilegiados, enquanto os demais sofriam com a escassez

e com o abandono, principalmente, os estados do norte e nordeste do país.

Questões para reflexão. Você acredita que ainda hoje existem diferenças regionais?

Converse com membros de sua família (pai, mãe, avós, irmãos, primos) e pergunte se eles o

que sabem sobre as diferenças regionais. Anote essas informações para discutir com seu

professor de história quando as aulas presenciais retornarem.

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Caro estudante

Trazemos até você esta aula, que é uma introdução para vários outros assuntos que irá

estudar no decorrer desse ano letivo, sendo assim, você observará que ela não será contemplada

em sua totalidade aqui, e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.

Você deve analisar criticamente a hegemonia europeia exercida no planeta, com enfoque na

geopolítica, o objetivo é analisar situações de conflitos de quatro países africanos em

decorrência do processo de imperialismo europeu iniciado no século XIX e que perduram até

os dias atuais.

Esta aula pode ser associada a outras, tanto da Geografia quanto da História que aborda

o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o Sistema Colonial implantado pelas

potências europeias, incluindo, portanto, a divisão do mundo entre essas potências.

Sendo assim, vamos aos estudos e boa leitura!!

16. A Expansão Do Capitalismo Europeu

Para que haja uma compreensão sobre a hegemonia europeia é preciso compreender

determinados processos históricos, sendo assim você deve buscar em sua memória e ou

pesquisar sobre os conteúdos estudados sobre a Revolução Industrial.

Tal revolução teve início na Inglaterra no começo do século XVIII. A fase inicial dessa

revolução foi caracterizada pelo aperfeiçoamento dos processos de trabalho industrial,

contribuindo para a substituição das ferramentas pelas máquinas. Com isso, a grande produção

mecânica passou a predominar e ocorreu a separação do capital e do trabalho. Os meios de

produção concentraram-se nas mãos de poucos e o trabalho assalariado tornou-se dominante.

A consolidação do capitalismo modificou amplamente a vida da maioria das pessoas.

Grande parte da população camponesa deixou suas terras e passou a trabalhar nas fábricas –

isso gerou um aumento substancial das cidades e, consequentemente, da população. Outro fato

que mereceu destaque foi a ocorrência de grande mão de obra feminina e infantil que até então

não existia no campo fabril. (AGUIAR, s.d).

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17. A Partilha da África

No século XV, quando os portugueses se lançaram ao mar nas grandes navegações, o

continente africano já era entendido como território a ser explorado. Ao fazer o périplo africano

durante o século XVI os portugueses passaram explorar não só matérias primas, mas também

mão-de-obra escravizada, dando início ao comércio triangular com as colônias europeias na

América.

Essas formas de exploração do continente africano duraram

até 1885, quando os países europeus passam a exercer controle

político das regiões africanas partilhando-os em colônias. Em 1830

missionários e exploradores adentram no continente com a

finalidade de “salvar as almas selvagens”, mascarando pela

religiosidade que a verdadeira intenção era a da conquista da África

pela Europa.

Os missionários tinham como intensão construir cidades aos moldes europeus,

desrespeitando as culturas locais. Além disso prepararam os nativos para o cultivo dos produtos

de exportação, incentivando o trabalho livre e denunciando a escravidão. Esses missionários

estavam seguindo a propaganda inglesa da época. Os exploradores foram responsáveis por

transmitir aos europeus os eixos de acesso ao centro do continente, colocando nos mapas

europeus, por exemplo, a nascente do Rio Nilo; as descobertas do Rio Níger (com cerca de

4.200 quilômetros na região da África Ocidental) e do Rio Zambeze (com aproximadamente

2.700 quilômetros, unindo a costa Atlântica à costa Índica). A descoberta deste rio fez com que

os portugueses sonhassem em ter um território que ligasse a parte atlântica africana, Angola, e

a parte índica, Moçambique, que resultaria no mapa “cor-de-rosa”. O projeto teve início com

as incursões do Major Serpa Pinto entre 1877-1879. Os empreendimentos ajudaram a acelerar

os processos da partilha do continente africano pelas potências europeias.

A partilha da África foi um dos

períodos mais violentos da História

Contemporânea e existiram quatro motivos

principais que levaram os países europeus a

realizarem, de fato, os planos de partilhar o

continente, concretizados na Conferência de

Berlim (1884-1885).

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20

O primeiro motivo foi a vontade do rei Leopoldo II da Bélgica de fundar um império

ultramarino em 1865 - sua intenção de estudar uma forma de explorar o continente africano.

Em 1876 Leopoldo II organizou a Conferência Internacional de Geografia de Bruxelas, com o

objetivo de localizar rotas pelo interior do continente africano, além da instalação de postos

científicos, hospitaleiros e pacificadores, a fim de estabelecer a paz entre as nações africanas.

No fim da Conferência, Leopoldo II, estabeleceu uma “Confederação de Repúblicas Livres”

no Congo, que se tornaria o futuro o Estado Livre do Congo, onde ele seria o soberano desse

novo estado.

O segundo motivo, foi a tentativa dos

portugueses de colocarem em prática o projeto do

“mapa cor-de-rosa”, que foi anunciado em 1883,

estabelecendo o que seria uma província

“Angolomoçambicana”. O terceiro motivo foi a

política expansionista crescente dos franceses,

que tentavam assumir o controle de partes do

Norte da África. O quarto motivo, foi a intenção

da Grã-Bretanha de dominar do Cairo (Egito) ao

Cabo (África do Sul), além de se interessar por

uma política de livre comércio e navegação nas

bacias do Rio Níger e do Congo.

Foi então que França, Grã-Bretanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha,

Áustria-Hungria, Países Baixos, Dinamarca, Suécia e Noruega, Turquia e EUA assinaram a ata

da Conferência de Berlim em 1885, com o objetivo de assegurar as vantagens de livre

navegação e o livre comércio sobre os principais rios africanos que deságuam no Atlântico e

delimitaram os novos territórios africanos para cada país. É necessário entender que os povos

africanos não aceitaram de forma passiva, e é importante pensar esses povos como múltiplos,

e múltiplas foram as suas reações, sejam elas favoráveis ou contrárias, as resistências à partilha

da África foram diversas.

A ocupação do continente africano pelas potências europeias foi justificada como

uma missão civilizatória. As nações europeias argumentavam que levariam as benfeitorias da

civilização ocidental: a modernidade tecnológica, o cristianismo e os conceitos de civilização

que dariam fim à escravidão ainda existente em algumas partes da África.

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21

Esse discurso, no entanto, era apenas

um pretexto utilizado pelos países europeus

para mascarar o real objetivo de impor um

processo exploratório intenso sobre a África. A

ocupação desse continente era também

justificada a partir de teorias racistas muito

comuns no século XIX. Entre essas teorias

racistas em voga, destacou-se o darwinismo

social que, a partir de uma leitura incorreta da teoria da evolução das espécies de Charles

Darwin, defendia a ideia da existência de “raças humanas superiores”. Assim, por meio dessa

leitura deturpada das ideias de Darwin, muitos argumentavam que a missão de levar a

“civilização” aos “selvagens” africanos era um fardo do homem branco.

A chegada dos europeus ao continente africano, no entanto, foi alvo de forte resistência

em diferentes partes da África. Esses movimentos de resistência procuraram afastar a influência

e/ou presença dos europeus. Porém, o poderio militar dos europeus levou esses movimentos de

resistência à derrota. A presença europeia na África estendeu-se até meados do século XX.

18. Ocupação e Conflitos no Continente Africano

Os conflitos na África perpassam o processo de colonização e independência desse

continente. Seus principais embates são de ordem étnica, territorial e religiosa.

Os conflitos na África são

basicamente motivados por disputas

territoriais; golpes de estados que geram

crises políticas; rivalidades tribais

motivadas por questões étnicas ou

religiosas; disputas por água e recursos

minerais; e imersão do povo na miséria.

Essas motivações são provenientes do

processo de colonização do continente,

da Guerra Fria, da intervenção de terceiros Estados e de eleições conturbadas.

Os principais conflitos na África acontecem nos seguintes países: Sudão e Sudão do

Sul, Nigéria, Ruanda, Mali, Burundi, República Democrática do Congo e Angola.

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22

Sudão

O Sudão tem uma história marcada por muitos conflitos e guerras civis. É um país

abundante em petróleo e em recursos minerais, como o ouro. A Primeira Guerra Civil Sudanesa

ocorreu entre os anos de 1955 e 1972. Esse conflito bélico, travado entre o governo do Sudão

e rebeldes do sul, tinha por objetivo a separação da região sul do Sudão. Essa guerra civil

dizimou cerca de meio milhão de pessoas. Cessou com o acordo conhecido como Tratado de

Adis Abeba, que afirmou a independência e a autonomia da região sul do Sudão, criando, então,

o Sudão do Sul.

Esse acordo, contudo, foi rompido no ano de 1983, e a guerra reiniciou-se. Deu-se

início, então, à Segunda Guerra Civil Sudanesa, conflito que durou de 1983 a 2005. Essa guerra

foi um embate entre a parte norte do Sudão e a parte sul. A motivação desse conflito foi uma

questão religiosa: o governo da região norte que era muçulmano, tentou impor o código de leis

do islamismo em todo o país. Contudo, boa parte da população da região sul do Sudão era cristã

ou animista.

Esse conflito bélico perdurou cerca de 20 anos e dizimou aproximadamente 2 milhões

de pessoas. Em 2005, foi assinado um acordo de paz e, a partir disso, surgiu a região autônoma

do Sudão do Sul. Essas guerras sudanesas tiveram como consequência um quadro de miséria,

fome, doenças e muitos refugiados.

Atualmente, o Sudão do Sul vive um quadro dramático de fome e tem enfrentado

problemas em relação ao número de refugiados que se deslocaram para lá. O conflito mais atual

no Sudão do Sul, de ordem política, é travado entre os rivais Salva Kiir, Presidente do país,

e Riek Machar, o maior líder rebelde sudanês. Essa guerra civil estende-se desde o ano

de 2013, e é motivada por esse conflito político e étnico, que vitimou cerca de 10 mil pessoas

e arruinou a economia do país. Segundo O Globo, Kiir e Machar firmaram, em agosto de 2018,

um acordo para dividir o poder, dando início a um possível acordo de paz.

Nigéria

A Nigéria enfrenta conflitos de ordem religiosa e por disputas de recursos naturais. Na

região norte do país, concentram-se muçulmanos; na região sul, concentram-se cristãos. O

conflito entre essas duas ordens religiosas já deixou milhares de pessoas mortas desde o ano de

1953.

Em 2009, o conflito iniciado pelo Boko Haram – uma organização terrorista – vitimou

mais de 15 mil pessoas com o objetivo de combater os princípios ocidentais. Em 2014, esse

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grupo radical islâmico ganhou notoriedade quando raptou cerca de 270 mulheres nigerianas

para serem escravas sexuais e para serem usadas em combates. Já no ano de 2017, segundo a

Unicef, cerca 83 crianças foram usadas como bombas pelo Boko Haram, o que chocou o

mundo.

No que tange a disputa por recursos naturais, em 2010, houve um ataque no estado

de Plateau (região central da Nigéria). Nessa região, predominam cristãos, contudo, muitos

muçulmanos migram para lá, fazendo com que haja disputa e contestação dos recursos naturais

e também da terra. Esse conflito vitimou cerca de 700 pessoas, deixando, aproximadamente,

500 mortos e 200 feridos.

Ruanda

Ruanda é um país do centro-oriental da África e é formado pelos grupos étnicos hutus,

que representam cerca de 85% da população, e tutsis, uma minoria que dominou o país por um

longo período. Desde a colonização, acentuou-se uma grande rivalidade entre os povos hutus

e tutsis. Entre os anos de 1990 e 1994, ocorreu a Guerra Civil de Ruanda. Nessa época, a

oposição formada pelos tutsis atacou as tropas do governo, cujo presidente

era Juvénal Habyarimana (hutus).

O maior desdobramento dessa guerra civil ocorreu em 1994 e ficou conhecido como

Genocídio de Ruanda. O Presidente Habyarimana foi assassinado. Extremistas hutus, então,

começaram um intenso massacre, que vitimou 800 mil pessoas em Ruanda. Atualmente, como

forma de evitar outros conflitos, é ilegal falar sobre etnia no país. O genocídio, além de dizimar

o país, empobreceu ainda mais a população, que vive em estado de miséria.3

Distinguem-se em Ruanda os dois maiores grupos étnicos do país: a maioria hutu e o

grupo minoritário, tutsi. Durante a colonização do país pela Bélgica, os líderes apontados pela

metrópole foram sempre tutsi, num contexto de rivalidade étnica que se acentuou com o tempo,

dada a escassez de terras e a fraca economia nacional, sustentada pela exportação de café. Após

a independência, em 1962, os hutus tomaram o poder e começaram a marginalizar os tutsis.

Segundo acadêmicos, a diferença entre tutsis e hutus era mínima e fora artificialmente criada

pelos belgas em uma tentativa de exercer melhor controle sobre a região através de um sistema

de castas sociais.

Na década de 1990, vários incidentes demarcavam a clara insustentabilidade da relação

entre tutsis e hutus. No ano de 1993, um acordo de paz entre o governo e os membros do FPR

não teve forças para resolver o conflito. O ponto alto dessa tensão ocorreu no dia 6 de abril de

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24

1994, quando um atentado derrubou o avião que transportava o presidente Habyarimana.

Imediatamente, a ação foi atribuída aos tutsis ligados ao FPR. Na cidade de Kigali, capital da

Ruanda, membros da guarda presidencial organizaram as primeiras perseguições contra os

tutsis e hutus moderados que formavam o grupo de oposição política no país.

O genocídio de Ruanda, também conhecido como genocídio tutsi, foi um massacre

em massa de pessoas dos grupos étnicos tutsi, twa e de hutus moderados em Ruanda, que

ocorreu entre 7 de abril e 15 de julho de 1994, durante a Guerra Civil de Ruanda.

O genocídio foi organizado por membros da elite política principal dos hutus, muitos

dos quais ocupavam cargos nos níveis mais altos do governo nacional. A maioria dos

historiadores concordam que um genocídio contra os tutsis havia sido planejado por pelo

menos um ano. No entanto, o assassinato do Presidente ruandês Juvénal Habyarimana em 6 de

abril de 1994 criou um vácuo de poder e encerrou os acordos de paz. Os assassinatos genocidas

começaram no dia seguinte quando soldados, policiais e milícias executaram líderes políticos

e militares tutsis e hutus moderados.

A escala e a brutalidade do massacre causaram choque em todo o mundo, mas nações

ocidentais como Bélgica, França, Estados Unidos e outros ignoraram o massacre. A maioria

das vítimas foram mortas em suas próprias aldeias ou cidades, muitas por seus vizinhos e

companheiros de aldeia. Gangues hutus procuravam vítimas escondidas em igrejas e edifícios

escolares. A milícia assassinou vítimas com facões e rifles. Estima-se que 500.000 a

1.000.000 ruandenses foram mortos, cerca de 70% da população tutsi. A violência

sexual também foi abundante, sendo que estima-se que entre 250.000 e 500.000 mulheres

tenham sido estupradas durante o genocídio. O massacre terminou com a vitória militar

da Frente Patriótica de Ruanda. 4

A República Democrática do Congo

O movimento nacionalista (MNC) teve início nos anos 50 sob liderança

de Patrice Lumumba. Em 30 de junho de 1960, o Congo conquistou a independência com o

nome de República do Congo. Também ficou conhecido naquele período como Congo-

Léopoldville, para se diferenciar do Congo Francês, que havia também adotado a alcunha

República do Congo como nome oficial. Para se diferenciar, em 1964 o antigo Congo belga

acrescentou o adjetivo Democrática.

Nas eleições parlamentares de 1960, Lumumba recebeu a maioria dos votos e assumiu

o cargo de primeiro-ministro. Joseph Kasavubu assumiu a Presidência. A maioria dos colonos

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europeus deixaram o país. Em julho de 1960, eclodiu uma rebelião contra Lumumba, liderada

por Moïse Tshombe, com o apoio da Bélgica, Estados Unidos e França. Antes do final do

ano, Kasavubu afastou Lumumba, eleito de forma democrática, do cargo de primeiro-ministro,

num golpe de Estado. Lumumba alegou que o ato foi inconstitucional e deu-se início a uma

crise. Novamente com o apoio dos Estados Unidos, França e Bélgica, Lumumba é sequestrado

e assassinado em janeiro de 1961.

 Tropas de diversos países (incluindo o Brasil) foram enviadas pela ONU para

restabelecer a ordem, o que ocorreu em 1963, com a fuga de Tshombe. As tropas da ONU

retiraram-se em junho de 1964. A Guerra Fria teve papel preponderante na política interna do

Congo, na década de 1960, o país foi vitimado pelo conflito. Em seu interior conflitos entre

forças internacionais dos blocos capitalista e comunista marcaram a sua política e

desenvolvimento pelas próximas décadas.

As forças que apoiavam a volta do governo socialista de Lumumba eram formadas por

guerrilheiros de vários países, como os rebeldes de Ruanda. Após diversos

combates, Tshombe regressou e assumiu a presidência com apoio da Bélgica e dos Estados

Unidos. Em novembro de 1965, ele foi derrubado num golpe liderado pelo futuro

ditador Mobutu Joseph Désiré.

Em 1994, mais de 1 milhão de ruandeses (em sua maioria hutus) foragidos do genocídio

em seu país,  ingressaram no leste do Zaire. A chegada dos refugiados desestabilizou a região,

habitada há mais de 200 anos pelos tutsis baniamulenges, inimigos históricos dos hutus.

Sentindo-se negligenciados por Mobutu, que tolerou a presença dos hutus na região,

os baniamulenges iniciaram uma rebelião em outubro de 1996, liderados por Laurent-

Désiré Kabila.

O movimento contou com o apoio decisivo da vizinha Uganda e do regime tutsi de

Ruanda, e ganhou rapidamente a adesão da população, insatisfeita com a pobreza e a corrupção

no governo. Nos meses seguintes aumentaram os choques entre a guerrilha, batizada de Aliança

das Forças Democráticas pela Libertação do Congo-Zaire (AFDL) e o Exército, que enfrentou

deserção em massa. A escalada da ofensiva coincidiu com a ausência de Mobutu, que viajou

para a Europa em agosto para submeter-se a tratamento médico para o câncer (cancro,

em português europeu) na próstata (que havia sido detectado 34 anos antes, em 1962). Apesar

de muito doente, retornou ao território em dezembro com o objetivo de deter a rebelião.

Em 1997, a guerra civil alastrou-se pelo território, nos sentidos Norte–Sul e Leste–

Oeste. Em fevereiro, a Força Aérea bombardeou as cidades de Bukavu, Shabunda e Walikale,

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sob controle rebelde. Mobutu propõs cessar-fogo à guerrilha em março, mas a AFDL

não negociou. No mesmo mês conquistou Lubumbashi, Kisangani (as duas maiores cidades

depois de Kinshasa) e Mbuji-Mayi, a "capital dos diamantes".

Os rebeldes propuseram ao Exército a ocupação pacífica de Kinshasa e, em 17 de maio

de 1997, entraram na capital sob aplausos da população. Laurent-Désiré Kabila assumiu o

poder e retomou o antigo nome do país, República Democrática do Congo, adotado entre

1964 e 1971. No dia anterior à tomada de Kinshasa, Mobutu partiu para o Palácio Gbadolite (o

"Versalhes africano"), na selva, de onde fugiu para o exílio no Togo. Morreu em setembro,

no Marrocos.

É o maior e mais rico país em recursos naturais da África subsaariana, explorados

primeiramente pela colonização belga e, nas últimas décadas, pelos rebeldes e por estrangeiros.

Essa riqueza financia as milícias, é contrabandeada para países vizinhos

como Ruanda, Uganda e Burundi, mas o povo continua sendo um dos mais pobres do mundo, é

explorado no trabalho pesado das minas e confiscado na sua produção agrícola, em torno de

10%.

A República Democrática do Congo é uma nação que possui uma vasta riqueza

potencial que declinou drasticamente desde os meados da década de 1980. Os dois

recentes conflitos, que se iniciaram em 1998, reduziram dramaticamente a produção nacional

e as receitas do governo, aumentaram a dívida externa e resultaram em talvez umas 3,8 milhões

de vítimas diretas, que se somadas às vítimas causadas pela fome e as devidas a doenças, são

4,5 milhões.

As empresas estrangeiras retraíram-se devido à incerteza quanto ao resultado dos

conflitos, à falta de infraestrutura e ao difícil ambiente empresarial. A guerra intensificou o

impacto de problemas básicos como uma moldura legal incerta, corrupção, inflação e falta de

abertura nas políticas econômicas e operações financeiras do governo. As condições

melhoraram no fim de 2002 com a retirada de uma grande percentagem das tropas estrangeiras

presentes no país.

Algumas missões do FMI e do Banco Mundial reuniram-se com o governo para ajudá-

lo a desenvolver um plano econômico coerente, perdoando 90% da dívida, e o

presidente Joseph Laurent-Désiré Kabila começou a implementar reformas. Muito da atividade

econômica fica de fora dos dados do PIB. A região congolesa de Katanga possui alguns dos

melhores depósitos mundiais de cobre e cobalto. Outras áreas do país possuem fontes ricas de

minerais diversos, incluindo diamante, ouro, ferro e urânio. Após anos de guerras, ditaduras e

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27

tumultos, porém, a infraestrutura do país ou está em ruínas ou é inexistente, e as operações de

extração estão produzindo apenas uma fração de seu potencial. Se considerarmos o valor de

seus recursos naturais, serão de 24 trilhões de dólares. São quase vinte anos de guerra civil,

com a participação de milícias e exércitos de países vizinhos. Os conflitos no leste do país

deixaram cerca de 6 milhões de mortos e desaparecidos. É a maior e mais

sangrenta guerra desde a Segunda Guerra Mundial

Os conflitos na África possuem

diversas motivações, que remontam da

época da colonização. Os

colonizadores, ao fragmentarem o

continente, ignoraram diferenças

étnicas, culturais e políticas dos

territórios. Essas diversidades e

fragilidades motivam conflitos em

diversos países africanos, causando

graves crises humanitárias,

econômicas e políticas e dizimando

milhares de pessoas.

RUANDA Capital: Kigali Extensão territorial aproximada: 26.340 km2 Idioma: Francês, Quiniaruana e Inglês Moeda: Franco ruandês NIGÉRIA Capital: Abuja Extensão territorial aproximada: 923.770 km² Idioma: Inglês Moeda: Naira REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO Capital: Kinshasa Extensão territorial aproximada: 2.344.860 km2 Idioma: Francês Moeda: Franco Congolês SUDÃO Capital: Cartum Extensão territorial aproximada: 1.861.484 km2 Idioma: Árabe Moeda: Libra sudanesa

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19. Hora da Prática!

No início da década de 1880, devido a

muitos fatores, incluindo manobras

diplomáticas, exploração colonial

subsequente e reconhecimento da

abundância de valiosos recursos da

África, como ouro, madeira, terras e

mercados, o interesse europeu no

continente aumentou

dramaticamente. O mapa de Stanley da Bacia do Rio Congo (1874-1877) removeu a última

terra incógnita dos mapas europeus do continente, delineando as áreas de controle britânico,

português, francês e belga. Os poderes correram para empurrar esses limites ásperos para os

seus limites mais distantes e eliminar quaisquer poderes locais menores que poderiam ser

problemáticos para a diplomacia competitiva europeia.6

1. Quais os principais fatores responsáveis pelos conflitos no

continente africano?

Resposta: Os conflitos na África são consequências da divisão territorial

estabelecida pelos colonizadores europeus, que não levaram em

consideração as diferenças étnicas e culturais da população local, separando grupos étnicos que

vivam em harmonia e colocando em uma mesma área, grupos rivais. Outro fator responsável

para o desencadeamento dos conflitos no continente africano é o baixo nível socioeconômico

de muitos países, fome, miséria, além da instalação de governos ditatoriais.

2. A partilha do continente africano no final do século XIX pelos

colonizadores europeus, criou as chamadas fronteiras artificiais. Grande parte

destas fronteiras foram mantidas após o processo de independência dos

países africanos. Com base nesse contexto e nos conhecimentos sobre o assunto, é correto

afirmar o que:

(I) A definição de fronteiras artificiais refere-se ao fato de que diversas nações e grupos

étnicos, muitos deles rivais, foram colocados dentro de um mesmo território colonial, não

respeitando as suas diferenças.

(II) Com o processo de descolonização da África e a manutenção das fronteiras artificiais,

intensificaram-se os conflitos pela disputa entre as etnias sobre o território.

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(III) Dentro dessas fronteiras artificiais, no período entre as Grandes Guerras Mundiais, os

Estados Unidos e a União Soviética, interessados em aumentar sua influência no continente

africano, financiaram e estimularam os conflitos.

(IV) Além das fronteiras artificiais, outros fatores que têm motivado os conflitos dentro do

território africano são os de ordem socioeconômica (pobreza e epidemias) e ambiental

(desertificação e estresse hídrico).

Resposta:

(I) Verdadeiro – Os colonizadores não respeitaram as antigas organizações tribais, realizando

fronteiras com distintos grupos étnicos e culturais num mesmo território.

(II) Verdadeiro – A descolonização dos países africanos promoveu o surgimento de novos países

sobre a mesma base territorial construída pelos colonizadores europeus. Consequentemente,

inúmeros conflitos étnicos pela disputa de poder foram desencadeados no interior desses

territórios.

(III) Falso – Os Estados Unidos e a União Soviética promoveram o financiamento de armamentos

para os países africanos, fornecendo aparato técnico e financeiro para os distintos grupos de

guerrilheiros. No entanto, esse processo ocorreu durante a Guerra Fria, ou seja, após a Segunda

Guerra Mundial.   

(IV) Verdadeiro – A situação de fome e miséria de muitos países africanos é responsável pelo

surgimento de conflitos armados.

3. Leia o texto a seguir: “Se tivéssemos de definir o imperialismo da forma mais breve

possível, diríamos que ele é a fase monopolista do capitalismo”. (LENIN, V.I. O imperialismo:

fase superior do capitalismo. São Paulo: Global, 1987.)

Indique, tomando como ponto de referência o texto acima, dois fatores que estimularam

a expansão imperialista e a hegemonia europeia. (UERJ – RJ)

Resposta:

O primeiro fator que podemos destacar é a Revolução Industrial na Europa a partir do século

XVIII e XIX. A Revolução Industrial contribuiu para o aumento da produção dos

produtos maquinofaturados, pois a tecnologia propiciava uma maior produção em menos

tempo. Porém, com a produção em larga escala, houve a necessidade de novos mercados

consumidores. A solução encontrada foi globalizar a economia e o capitalismo, tendo por

objetivo aumentar o consumismo.

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Assim, os países periféricos passaram a ser vistos como mercados consumidores dos produtos

industrializados dos países europeus. Outro fator que podemos mencionar foi a busca por

matéria-prima e mão de obra barata para alavancar a produção industrial.

Além do mercado consumidor, era necessária também a aquisição de matéria-prima e mão de

obra, como o ferro e o petróleo para a produção fabril e a força de trabalho para o sistema de

produção. Trabalhadores africanos e asiáticos eram requisitados para esse trabalho, pois a mão

de obra nos países periféricos tinha menor custo para as empresas. Assim, o desenvolvimento

das indústrias buscava sempre gastar menos com o seu sistema de produção para ganhar mais

com a comercialização dos produtos.

20. Respeito para com a religião do próximo

Olá, tudo bem? Neste momento, nós vamos conversar um pouco sobre o respeito e

dificuldades que as vezes encontramos em compreender às crenças e opiniões alheias. É

difícil respeitar a opinião do próximo, principalmente quando não conhecemos né? Daí a

importância em respeitar e reconhecer que somos todos iguais em direitos, crenças e liberdade

de expressão.

De acordo com o tema, analise os textos a seguir:

Texto 1

Texto 2

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É muito comum conhecermos pessoas de diferentes crenças e religiões,

consequentemente, com tradições e costumes diferenciados. Respeitar essas diferenças é

essencial, pois o objetivo principal da religiosidade é transmitir o amor, respeito e valorização

da convivência humana. De acordo com os textos, vamos responder algumas questões do

caderno de atividades, contidas nos desafios de Ensino Religioso.

21. Estados físicos da matéria

A princípio a matéria pode ser encontrada em três estados: sólido, líquido e gasoso. O que

determina o estado em que a matéria se encontra é a proximidade das partículas que a constitui.

Essa característica obedece a fatores como:

a. Força de Coesão: faz com que as moléculas se aproximem umas das outras.

b. Força de Repulsão: faz com que as moléculas se afastem umas das outras.

Vamos revisar alguns estados físicos da matéria!

Sólido: Nesse estado físico da matéria, as moléculas se

encontram muito próximas, sendo assim possuem forma fixa,

volume fixo e não sofrem compressão. As forças de atração

(coesão) predominam neste caso. Um exemplo é um cubo de

gelo, as moléculas estão muito próximas e não se deslocam,

ao menos que passe por um aquecimento.

Líquido: Aqui as moléculas estão mais afastadas do que no estado

sólido e as forças de repulsão são um pouco maiores. Os elementos

que se encontram nesse estado, possuem forma variada, mas

volume constante. Além dessas características, possui facilidade de

escoamento e adquirem a forma do recipiente que os contém.

CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA Unidade

3

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32

Gasoso: O movimento das moléculas nesse estado é bem

maior que no estado líquido ou sólido. As forças de repulsão

predominam fazendo com que as substâncias não tomem

forma e nem volume constante. Se variarmos a pressão

exercida sobre um gás, podemos aumentar ou diminuir o

volume dele, sendo assim, pode-se dizer que sofre

compressão e expansão facilmente. Os elementos gasosos

tomam a forma do recipiente que os contém.

Vamos verificar no esquema a seguir as mudanças de estados físicos:

As mudanças de estado físico dependem basicamente da quantidade de energia recebida ou

perdida pela substância. Existem essencialmente cinco processos de mudanças de estado

físico. Vamos estudá-los na sequência deste material didático.

Fusão: passagem do estado sólido para o estado líquido por

meio do aquecimento. Por exemplo, um cubo de gelo que fora

do congelador vai derretendo e se transformando em água.

Vaporização: passagem do estado líquido para o estado gasoso que é obtido de três

maneiras: calefação (aquecedor), ebulição (água fervendo) e evaporação (roupas secando no

varal).

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33

Liquefação ou Condensação: passagem

do estado gasoso para o estado líquido por meio do

resfriamento, por exemplo, a formação do orvalho.

Solidificação: passagem do estado

líquido para o estado sólido, ou seja, é o processo

inverso à fusão, que ocorre por meio do arrefecimento,

por exemplo, água líquida transformada em gelo.

Sublimação: passagem do estado sólido para

o estado gasoso e vice-versa (sem passagem pelo estado

líquido) e pode ocorrer pelo aquecimento ou arrefecimento

da matéria, por exemplo, gelo seco (dióxido de carbono

solidificado).

Page 38: 9° ANO - Início

34

Outros Estados Físicos

Além dos três estados básicos da matéria, existem ainda mais dois: o plasma e o

condensado de Bose-Einstein.

O plasma é considerado o quarto estado físico da matéria e

representa o estado onde o gás encontra-se ionizado. O Sol e as

estrelas são formados basicamente de plasma. Acredita-se que a maior

parte da matéria que existe no universo está em estado de plasma.

O condensado de Bose-Einstein recebeu esse nome por ter sido previsto teoricamente

pelos físicos Satyendra Bose e Albert Einstein. Um condensado é caracterizado pelas partículas

que se comportam de maneira extremamente organizada e por vibrarem com a mesma energia

como se fossem um único átomo. Esse estado não é encontrado na natureza e foi produzido

pela primeira vez em 1995 em laboratório. Para se chegar a ele é necessário que as partículas

sejam submetidas a uma temperatura próxima do zero absoluto (- 273 ºC).

22. Relação entre os estados físicos da matéria e as grandezas temperatura e a pressão

As substâncias nos estados físicos sólido, líquido e gasoso, dependem das grandezas:

temperatura e a pressão. Alterando essas duas grandezas, podemos mudar o estado de

agregação das substâncias. A temperatura e a pressão atuam de formas contrárias, enquanto o

aumento da temperatura faz com que as moléculas se afastem, o aumento da pressão faz com

que elas fiquem mais próximas umas das outras.

Uma forma de observar a atuação da temperatura e pressão no estado físico da matéria

é por meio da solubilidade do gás dióxido de carbono usado nos refrigerantes. Pois, no

momento da fabricação, uma pressão muito grande e temperaturas baixas são aplicadas para

que o gás passe para o estado líquido, solubilizando-se. Quando abrimos a tampa do

refrigerante, o gás sai mais rapidamente porque diminuímos a pressão. Além disso, quanto

maior estiver a temperatura, também maior será a velocidade de saída do gás.

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23. A história para quem tem pressa de saber sobre a Covid-19

O que é coronavírus? (COVID-19)

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente

do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a

doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No

entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na

microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo

as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os

coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta

coronavírus OC43, HKU1.Perceba que o coronavírus até pouco tempo era apenas mais um

vírus dentre os milhares existentes no mundo, no entanto, na atualidade, a sociedade passa

por uma pandemia causada pelo novo agente do coronavírus, aquele descoberto em 31/12/19,

como citado no início deste texto.

Para saber mais sobre o assunto, acesse o site do Ministério da Saúde:

https://coronavirus.saude.gov.br/)

Sobre grandes epidemias que afetaram a humanidade

Bactérias, vírus e outros micro-organismos já

causaram estragos tão grandes à humanidade quanto as mais

terríveis guerras, terremotos e erupções de vulcões. Isso nos

faz refletir sobre a luta pela sobrevivência da humanidade e

como a matemática nos ajuda a pensar de forma numérica. A

seguir, vamos conhecer outros momentos que foram

desafiadores à sociedade. (Fonte: Domínio Público/Reprodução)

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PESTE NEGRA (50 milhões de mortos - Europa e Ásia – 1333 a 1351)

História: A peste bubônica ganhou o nome de peste negra por causa da pior epidemia que

atingiu a Europa no século 14. Ela foi sendo combatida à medida que se melhorou a higiene e

o saneamento das cidades, diminuindo a população de ratos urbanos;

Contaminação: Causada pela bactéria Yersiniapestis, comum em roedores como o rato. É

transmitida para o homem pela pulga desses animais contaminados;

Sintomas: Inflamação dos gânglios linfáticos, seguida de tremedeiras, dores localizadas,

apatia, vertigem e febre alta;

Tratamento: À base de antibióticos. Sem tratamento, mata em 60% dos casos.

GRIPE ESPANHOLA (20 milhões de mortos – 1918 a 1919)

História – O vírus Influenza é um dos

maiores carrascos da humanidade. A mais

grave epidemia foi batizada de gripe

espanhola, embora tenha feito vítimas no

mundo todo. No Brasil, matou o presidente

Rodrigues Alves;

Contaminação – Propaga-se pelo ar, por

meio de gotículas de saliva e espirros;

Sintomas – Fortes dores de cabeça e no corpo, calafrios e inchaço dos pulmões;

Tratamento – O vírus está em permanente mutação, por isso o homem nunca está imune. As

vacinas antigripais previnem a contaminação com formas já conhecidas do vírus.

Quer aprofundar seus estudos sobre outras epidemias que assolaram a humanidade e ainda hoje

estão presentes nos meios sociais? Acesse: https://super.abril.com.br/saude/as-grandes-

epidemias-ao-longo-da-historia/. Confira e veja como somos afetados de tempo em tempo, mas

sempre sobrevivemos e evoluímos.

(Fonte: U.S. Army photographer/Domínio

Público

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24. O conjunto dos Reais: ampliando a noção de números

A história dos números

Desde a invenção da escrita , há cerca de 4 mil anos, o ser humano começou a usar

símbolos para representar quantidades como resultado da contagem de objetos: quantidade de

aves que criava, de peixes que pescava, de cerais que colhia.

Os babilônios, por exemplo, muitos séculos

antes de Cristo, empregavam símbolos em forma de

cunha para representar números.

Outros povos, como os egípcios e os romanos,

tinham seus próprios símbolos e suas próprias regras

para registrar quantidades.

Atualmente, a maioria dos povos adota o sistema de

numeração decimal, composto por dez símbolos

(0,1,2,3,4,5,6,7,8,9), denominados indo-arábicos.

PARA REFLEXÃO DO ESTUDANTE...

Revisando o que você já aprendeu em anos anteriores!!!

1. Como você fez a leitura dos números vistos nos dois textos acima? Consegue enxergar

além das informações presentes no texto, que componentes curriculares

(disciplinas/matérias que você estuda na escola) são abordadas no decorrer da leitura?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

2. Consegue escrevê-los separando-os em unidades, dezenas, centenas, unidades de

milhar, dezenas de milhar, centenas de milhar, unidades de milhão, dezenas de milhão,

centenas de milhão e assim sucessivamente?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Tábua de argila da civilização babilônica, do

período entre 1800 a.C e 1600 a.C. Universidade de

Columbia, Nova York (Estados Unidos)

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3. Você conhece algum outro tipo de número (a sua representação escrita) para além dos

que você lida diariamente? Exemplo: quando falam a você que uma temperatura é

negativa, ou que teus pais recebem dois salários e meio. Consegue visualizar isso?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

4. O que são números naturais, números inteiros, números racionais, números irracionais

e números reais? Consegue visualizar esses números como fazendo parte do seu dia a

dia? O que são conjuntos numéricos?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

Vamos aprender exercitando...

Na próxima semana continuaremos os nossos estudos sobre o conjunto dos Números

Reais!

Dennis, será que

conseguiremos

estudar ?

Claro que sim Juca! O

Senhor Wilson nos

ajudará!!!