ATPS Contabilidade Internacional

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FACULDADE ANHANGUERA DE BELO HORIZONTE Ciências Contábeis CONTABILIDADE INTERNACIONAL TUTOR PRESENCIAL DINORAH CALADO SILVA LIMA TUTOR A DISTÂNCIA GISELE BAFUME QUIERELLI PROFESSOR (A) A DISTANCIA HUGO DAVID SANTANA GIRLEY RODRIGUES DA SILVA RA 4300067645 MADALENA DE F. MAGNO LEÃO RA 1299533086

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Contabilidade Internacional.

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FACULDADE ANHANGUERA DE BELO HORIZONTE

Ciências Contábeis

CONTABILIDADE INTERNACIONAL

TUTOR PRESENCIAL DINORAH CALADO SILVA LIMA

TUTOR A DISTÂNCIA GISELE BAFUME QUIERELLI

PROFESSOR (A) A DISTANCIA HUGO DAVID SANTANA

GIRLEY RODRIGUES DA SILVA RA 4300067645

MADALENA DE F. MAGNO LEÃO RA 1299533086

WANDER LUCIO DE PAULA RA 4336826395

VILMA DOS SANTOS GONÇALVES ABREU RA 3815668622

BELO HORIZONTE - MG

Abril de 2015

SUMÁRIO

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1 - INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1

2 - DESENVOLVIMENTO........................................................................................................2

2.1- Quais os desafios para o contador frente à contabilidade internacional?........................2

2.2 - Quais os desafios para as empresas brasileiras?.............................................................2

2.3 - Destaque as diferenças, padrões e práticas entre os países.............................................3

3 - IAS 1 - APRESENTAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.............................4

3.1 - Demonstrações Financeiras............................................................................................4

3.2 - Componentes das Demonstrações Financeiras...............................................................4

3.3 - A Demonstração da Posição Financeira.........................................................................5

3.4 - Demonstração do Resultado abrangente.........................................................................5

3.5 - Demonstração das mutações no patrimônio líquido.......................................................6

3.6 - O Fluxo de Caixa............................................................................................................6

3.7 - Notas às demonstrações financeiras...............................................................................6

4 - IAS 2 – ESTOQUES.............................................................................................................7

4.1 - Custos dos estoques........................................................................................................7

4.2 - Formas de mensuração dos estoques..............................................................................8

4.3- Conceito e aplicação do valor realizável liquido.............................................................8

5 - IAS 38 - ATIVOS INTANGÍVEIS.......................................................................................9

5.1 – Conceito.........................................................................................................................9

5.2 - Exigências para Reconhecimento de um Ativo Intangível...........................................10

5.3 - Exigências Específicas de Reconhecimento................................................................10

6 - CONCLUSÃO.....................................................................................................................13

7 – REFERENCIAS..................................................................................................................14

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1 - INTRODUÇÃO

Este trabalho foi elaborado através de estudos e pesquisas sobre a Contabilidade

Internacional, a qual teve origem em função da necessidade de convergência das normas

contábeis para um padrão único. Na área contábil, o avanço das inovações tecnológicas pode

ser facilmente percebido pelas grandes influências que provocou na profissão contábil, pois o

profissional da contabilidade precisa estar atento às novas ferramentas utilizadas, passando

por constante reciclagem para não ficar alienado do mercado de trabalho. As novidades

tecnológicas de ponta impõem que todos mergulhem num rico processo de adaptação, para

que empresários e profissionais da Contabilidade sejam contemporâneos do moderno

instrumento que se encontra à sua disposição. 

A competitividade global é internacional, colocando os contadores e a contabilidade

diante de novos desafios e oportunidades de desenvolvimento ao mesmo tempo, surgindo

assim novas tendências para o profissional. 

Seguindo as etapas propostas na ATPS, abordamos os seguintes assuntos: Desafios

para os contadores e empresas diante da contabilidade internacional; as diferenças, padrões e

práticas entre os países; A importância do entendimento das Demonstrações Financeiras,

mensuração dos estoques e exigências para reconhecimento de um Ativo Intangível.

Todos estes tópicos e conceitos abordados tiveram como objetivo o aprendizado das

habilidades necessárias a um contador para atuar na Contabilidade Internacional, mostrando

as melhores práticas para atuar nesta profissão.

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2 - DESENVOLVIMENTO

As Empresas Brasileiras e as Normas Internacionais de Contabilidade.

2.1- Quais os desafios para o contador frente à contabilidade internacional?

São muitos os desafios enfrentados pelos contadores, pois há grande influência no

ambiente em que atua, e as mudanças a serem feitas são muitas. Além de ter que assimilar

conceitos totalmente novos, os contadores passam por um vasto processo de mudança

cultural, conceitual, de reconhecimento, mensuração e divulgação dos fenômenos

patrimoniais, o contador ainda encara desafios na compreensão de conceitos na área de TI

(tecnologia da informação), na implantação, supervisão e validação de arquivos digitais (Sped

Fiscal, Sped Contábil, Nota Fiscal Eletrônica, e-LALUR, Manad, IN 86, FCONT etc.), sem

contar com os desafios de acompanhar diariamente a complexa legislação tributária em nosso

país.

Temos que nós conscientizar cada vez mais das necessidades de se relacionar com

outras áreas do conhecimento humano, relacionadas à contabilidade. A interdisciplinaridade

com direito, economia, administração e a matemática é urgente e vital para que o contador

possa ter sucesso na administração de sua carreira neste novo cenário que se faz presente.

O ponto mais crítico é a atribuição do valor de mercado (“valor justo”) a esses

instrumentos, ou seja, o “preço” pelo qual seriam vendidos na data no mercado. Antes do

IFRS, os ativos financeiros eram contabilizados a custo histórico, que é o valor pago por eles

quando foram adquiridos. Agora, passa a ser necessária a avaliação periódica dos valores para

nova marcação, mesma exigência dos ativos biológicos.

2.2 - Quais os desafios para as empresas brasileiras?

A linguagem da informação contábil não é homogênea e varia conforme o país. Fato

disso é a classificação da contabilidade como sendo uma ciência social aplicada. Isso significa

dizer que ela recebe grande influência do meio em que está inserida. 

A contabilidade internacional surge para construir um ponto comum entre os relatórios

financeiros elaborados por contextos de outros países e definir métodos de adaptação aos

padrões internacionais a partir da contabilidade local. Tornou-se importante no Brasil a partir

da criação da Bolsa de Valores e da vinda de capital estrangeiro ao mercado nacional.

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Ela está estruturada a partir do estudo das normas contábeis vigentes em cada país e

tem como objetivo a transformação de relatórios a diferentes regras normativas, conforme os

interesses comerciais relacionados a operações de exportação/importação ou entre empresa

matriz e filial situada no exterior, por exemplo.

O seu estudo tem sido essencial, pois possibilita a integração de informações

econômicas entre o mercado internacional e a interação de pesquisas e trabalhos acadêmicos

com compreensão lógica mesmo que através de técnicas contábeis distintas.

Muito se tem falado sobre o fim da contabilidade internacional, já que as normas

brasileiras tem ha algum tempo convergido ás normas internacionais, num processo de

harmonização. Porém a tendência é de que elas sempre mantenham certa divergência. A

proposta é que os princípios básicos que norteiam a contabilidade sejam comuns a fim de

facilitar cada vez mais a troca de informações entre diferentes mercados globais.

2.3 - Destaque as diferenças, padrões e práticas entre os países.

Diversos autores pesquisaram sobre as diferenças nos padrões e práticas contábeis

entre os países. Weffort (2005), além de apontar as principais causas dessas diferenças, afirma

ainda que esse processo pode conduzir à existência de uma contabilidade de fato e outra de

direito. Corroborando o pensamento de Weffort (2005), Carmo et al. (2011) asseveram que

apesar da ressaltada relevância da convergência internacional da contabilidade, a simples

introdução das normas, sem considerar os aspectos culturais e institucionais dos países, pode

levar a uma adoção de jure (de direito) e não de facto (de fato) das normas, o que prejudicaria

o processo de uniformização das práticas contábeis, transformando a convergência em uma

simples questão de formalidade.

Segundo Ikuno et al. (2010) é notável o crescente número de pesquisas acerca dos

fatores que influenciam as diferenças entre padrões e práticas contábeis entre os países, após o

período de 1960 a 1965. Dentre estes estudos, citam-se Nobes (1998); Weffort (2005);

Niyama (2005); Baker e Barbu (2007); Ding et al. (2005); e Zeff (2007), entre outros. As

principais diferenças estão relacionadas a fatores econômicos e culturais (Barker e Barbu,

2007), diferenças entre países (Ding et al., 2005), diferenças entre sistemas legais (Niyama et

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al., 2005), linguagem, educação, inflação (Niyama, 2005), cultura contábil, cultura de

auditoria e regulatória (Zeff, 2007).

3 - IAS 1 - APRESENTAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

3.1 - Demonstrações Financeiras.

A IAS 1 descreve a demonstração financeira como uma representação estruturada da

situação financeira e do desempenho financeiro de uma entidade. Determina que a finalidade

geral das Demonstrações Financeiras seja a de fornecer informações sobre a posição

financeira, o desempenho financeiro e o fluxo de caixa de uma entidade, que seja útil a um

grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas.

Para satisfazer a esse objetivo, a IAS 1 exige que as demonstrações financeiras

forneçam os seguintes dados acerca de uma entidade: Ativo; Passivo; Patrimônio Líquido;

Receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; Contribuições de proprietários e distribuições

a eles e Fluxos de Caixa. Essas informações, juntamente com outras informações constantes

das notas explicativas, ajudam os usuários das demonstrações financeiras na previsão dos

futuros Fluxos de Caixa e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração.

A IAS 1 exige que um conjunto completo de demonstrações financeiras (incluindo

informações comparativas) seja apresentado,” pelo menos, anualmente”. O que não significa

que não possam ser apresentadas em um período superior ou inferior a um ano.

A IAS 1 exige, exceto quando uma norma ou uma interpretação permitir ou exigir de

outra forma, que se divulguem informações comparativas do período anterior a respeito de

todas as quantias relatadas nas demonstrações financeiras.

De acordo com a IAS 1 é importante que as demonstrações financeiras estejam

claramente identificadas e que incluam nas notas um declaração explícita e sem reserva de

estarem em conformidade com as IFRS.

3.2 - Componentes das Demonstrações Financeiras.

Um conjunto completo de demonstrações financeiras sob as diretrizes da IAS 1

compreende: Uma demonstração da posição financeira, na data de encerramento do período

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(anteriormente denominada balanço);Uma demonstração do resultado abrangente para o

período (substitui a demonstração de resultado);Uma demonstração das mutações no

patrimônio líquido para o período; Uma demonstração dos fluxos de caixa para o período; e

Notas, incluindo um resumo das políticas contábeis importantes e outras informações

explicativas. No caso de ajustes serem reconhecidos retrospectivamente, será exigida a

apresentação de uma coluna adicional com os saldos de abertura da demonstração financeira

(anteriormente denominado balanço patrimonial) do exercício apresentado para fins de

comparação.

3.3 - A Demonstração da Posição Financeira.

O IASB concluiu que o título “Demonstração da Posição Financeira” não só reflete

melhor a função desta demonstração, como também é consistente com a Estrutura para

apresentação e divulgação de Demonstrações Financeiras. Os ativos correntes e não correntes

e os passivos correntes e não correntes devem ser apresentados com classificações separadas

no corpo da demonstração da posição financeira.

Informações exigidas no corpo da demonstração posição financeiras: imobilizado,

imóveis para investimento, ativos intangíveis, ativos financeiros, investimentos contabilizados

pelo método de equivalência patrimonial, ativos biológicos, inventários, contas comerciais e

outros recebíveis, caixa e equivalentes de caixa, contas comerciais e outras contas a pagar,

provisões, passivos financeiros, passivos e ativos por imposto corrente, ativos e passivos por

impostos diferidos, participação dos acionistas não controladores, capital emitido e reserves

atribuídas.

3.4 - Demonstração do Resultado abrangente.

E uma importante ferramenta de análise gerencial, pois, respeitando o princípio

de competência de exercícios, atualiza o capital próprio dos sócios, através do registro no

patrimônio líquido (e não no resultado) das receitas e despesas incorridas, porém de

realização financeira “incerta”, uma vez que decorrem de investimentos de longo prazo, sem

data prevista de resgate ou outra forma de alienação.

Na prática o resultado abrangente visa apresentar os ajustes efetuados no Patrimônio

Líquido como se fosse um lucro da empresa, por exemplo, a conta ajuste da avaliação

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patrimonial, registra as modificações de ativos e passivos a valor justo, que pelo princípio da

competência não entra na DRE, no entanto, no lucro abrangente estas variações serão

computadas, a fim de apresentar o lucro o mais próximo da realidade econômica da empresa. 

A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é

facultativa e, de acordo com o artigo 186, parágrafo 2º, da Lei das S/A, a Demonstração de

Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser incluída nesta demonstração.

3.5 - Demonstração das mutações no patrimônio líquido.

E relativamente simples, pois basta representar, de forma sumária e coordenada, a

movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas do Patrimônio Líquido, isto é,

Capital Reserva de Capital Reserva de Lucros Reserva de Reavaliação, Ações em Tesouraria

e Lucros ou Prejuízos Acumulados. Utiliza-se uma coluna para cada uma das contas do

patrimônio da empresa, incluindo uma conta total, que representa a soma dos saldos ou

transações de todas as contas individuais. Essa movimentação deve ser extraída das fichas de

razão dessas contas.

3.6 - O Fluxo de Caixa.

Permite a análise da geração dos meios financeiros e da sua utilização, num

determinado período de tempo. Na O controlador de fluxo de caixa necessita de uma visão

geral sobre todas as funções da empresa, como: pagamento, recebimentos, compra O fluxo de

caixa é uma ótima ferramenta para auxiliar o administrador de determinada empresa na

tomada de decisões.

3.7 - Notas às demonstrações financeiras.

A IAS 1 exige que a apresentação das notas às demonstrações financeiras apresentem:

informações sobre os fundamentos da preparação das demonstrações; divulgue as

informações exigidas pela IFRS que não contem do corpo da demonstração da posição

financeira e forneça informações adicionais que não constem em qualquer outra peça das

demonstrações financeiras.

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4 - IAS 2 – ESTOQUES

O Principal objetivo deste pronunciamento é apresentar o tratamento contábil dos

estoques, contudo a prioridade desta norma é reconhecimento dos estoques no ativo, logo

depois alocação ao resultado, após a realização da receita dos respectivos benefícios

econômicos gerados por esses ativos.

Os ativos tratados como estoques são: destinados a venda no decurso normal dos

negócios da empresa, processo de produção para venda, ou na forma de materiais ou

suprimentos a serem incorridos no processo de produção ou na prestação de serviços.

4.1 - Custos dos estoques.

A mensuração dos estoques é feita pelo custo de aquisição ou pelo valor realizável

liquido, dos dois o menor. Conforme este pronunciamento técnico os custos dos estoques

devem incluir todos os custos de aquisição, transformação e demais incorridos para trazer a

sua situação real.

Os custos de aquisição possuem os seguintes componentes:

Preço de Compra

(+) impostos não recuperáveis

(+) custos de transportes

(+) seguro

(+) manuseio

(-) descontos comerciais

(-) abatimentos

Os custos de transformação de estoques correspondem aquele relacionados as

unidades de produção, com a seguinte composição:

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Mão de obra direta

Gastos gerais de fabricação (fixos e variáveis)

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A norma internacional também menciona que a alocação dos custos indiretos fixos é

de acordo com a capacidade normal de produção, entretanto a capacidade não utilizada deve

ser considerada como despesa.

Os acidentes, desperdícios no decorrer da produção em situações anormais também

devem ser considerados como despesa.

Situações em que os gastos não devem ser absorvidos pelos estoques:

1- Os gastos com armazenagem ou de entrega com o cliente, a menos que sejam

necessários ao processo produtivo entre uma fase e outra.

2- Despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e

condições atuais.

3- Despesas de comercialização.

4- Qualquer valor anormal de desperdício de materiais, mod, ou outros insumos de

produção.

4.2 - Formas de mensuração dos estoques.

As mensurações dos estoques são realizadas pelas formulas de custeio o PEPS e custo

médio, após a revisão da norma em 2003 não é mais permitido mais o método UEPS.

As técnicas de mensuração dos estoques como o método de varejo ou custo padrão

podem ser usadas quando os resultados forem próximos da realidade. O método de

identificação especifica pode ser usado em componentes segregados em projetos específicos.

4.3- Conceito e aplicação do valor realizável liquido.

De acordo com este pronunciamento técnico o valor realizável liquido é o valor que uma

entidade espera realizar com a venda do estoque no decurso normal dos negócios,

especificando ainda que o custos dos estoques pode não ser recuperado se esses estoques

estiverem danificados, se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os preços de venda

tiverem diminuído, acrescentando ainda que o custos dos estoques pode também não ser

recuperável se os custos estimados de acabamento ou os custos estimados a serem incorridos

para realizar a venda tiverem aumentado.

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Tal aplicação é válida pois os ativos não podem ter valores contábeis maiores do que se

espera com a sua venda ou uso.

O cálculo do valor realizável líquido é detalhado na tabela abaixo:

Preço de venda

(-) custos estimados de conclusão

(-) gastos para vender

(-) impostos sobre vendas

= valor realizável líquido

5 - IAS 38 - ATIVOS INTANGÍVEIS

5.1 – Conceito.

A IAS 38 define ativo intangível como um ativo não monetário e sem substância

física. A definição de ativo pela norma é a mesma da estrutura conceitual, uma vez que um

ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual são

esperados benefícios futuros para a entidade. Os ativos intangíveis destinados à venda,

contabilizados nos termos das IAS 2,IAS 11 ou IFRS 5, são expressamente excluídos do

alcance da IAS 38.

As entidades frequentemente incorrem em gastos com todos os tipos de recursos

intangíveis, tais como conhecimento científico ou técnico, projeto e implementação de novos

processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual, conhecimento de mercado, marcas e

títulos de publicações. Entre os exemplos incluídos estão certos softwares, patentes, direitos

autorais, direitos de exibição de filmes, listas de clientes, licenças, cotas e muitos outros.

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Para serem reconhecidos como ativo intangível, esse itens precisam atender aos

critérios de identificação, de controle e da existência de benefícios econômicos futuros. Caso

os gastos não atendam todos esses critérios, serão lançados como despesa quando incorridos,

a menos que tenham sido adquiridos numa combinação de negócios.

5.2 - Exigências para Reconhecimento de um Ativo Intangível.

Nos termos da IAS 38, o reconhecimento se baseia no princípio geral aplicável aos

custos incorridos com a aquisição ou geração interna de um ativo intangível e aos custos

subsequentemente incorridos com a sua complementação, manutenção ou substituição de

parte. O item que atender à definição de ativo intangível deverá ser reconhecido se:

a) For provável que os benefícios econômicos futuros atribuíveis ao ativo serão gerados

em favor da entidade: e

b) O Custo do ativo puder ser mensurado com segurança.

5.3 - Exigências Específicas de Reconhecimento.

a) Ativos Intangíveis Adquiridos Separadamente: Deverão ser reconhecidos como ativos.

A IAS 38 determina que o preço pago para adquirir um ativo intangível separadamente em

geral reflete a probabilidade de os benefícios econômicos futuros atribuível ao ativo serem

gerados em favor da entidade. Ou seja, esses benefícios econômicos futuros estão refletidos

no custo de aquisição do ativo intangível. Por conseguinte, quando a entidade adquire um

ativo intangível separadamente , a norma:

Sempre considera que os benefícios econômicos futuros são prováveis; e

Pressupõe que o custo de um ativo intangível adquirido separadamente é

geralmente mensurado com segurança, sobretudo quando o valor pago é feito em espécie ou

com outros ativos monetários.

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b) Ativos Intangíveis Adquiridos numa combinação de negócios: De acordo com a IFRS

3, da data da aquisição, o adquirente deve reconhecer, separadamente, um ativo

intangível, se:

Atingir a definição de um ativo intangível de acordo com a Norma IAS38; e

Seu valor justo pode ser mensurado com segurança.

Para que tal item possa ser reconhecido como ativo intangível, deve ainda ser provável que os

seus benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade. O adquirente deve reconhecer um

ativo intangível adquirido em uma combinação de negócios pelo valor de custo, que nesse

caso representa o valor justo da aquisição.

c) Ativos Intangíveis obtidos por meio de subsídio governamental: Incluem direitos de

aterrissagem em aeroportos, licenças para operação de estação de rádio ou televisão,

direitos de emissão, licenças ou cotas de importação ou direitos de acesso a outros

recursos restritos. Serão reconhecidos:

Pelo valor justo: ou

Por valor nominal acrescido de qualquer gasto que possa ser diretamente atribuído

à preparação do ativo para o uso pretendido.

d) Ativos Intangíveis obtidos por permutas de ativos: A IAS 38 exige que todas as

aquisições de ativos intangíveis em troca de ativos não monetários ou combinação de

ativos monetários e não monetários sejam mensuradas pelo valor justo, a menos que:

A transação não tenha substância comercial; ou

Nem o valor justo do ativo recebido ou do ativo entregue possa ser mensurado

com segurança.

e) Goodwill gerado internamente: A IAS 38 proíbe explicitamente o reconhecimento de

goodwill gerado internamente com ativo, pois não é separável e tampouco decorre de direitos

legais e, como tal, não constitui recurso identificável controlado pela entidade que possa ser

mensurado com segurança.

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f) Ativos Intangíveis gerados internamente: A avaliação de um ativo intangível gerado

internamente torna-se complicada devido à dificuldade de identificar se este gerará os

benefícios esperados e a determinar com segurança o custo do ativo. O procedimento de

classificação deve ser realizado na fase de pesquisa e na fase de desenvolvimento.

Pesquisa – Na fase de pesquisa destaca-se que nenhum ativo deve ser

reconhecido se for resultado da própria pesquisa, sendo que estes gastos devem ser

reconhecidos quando ocorridos e tomando o cuidado para não especificar a existência de um

ativo intangível que gerará benefícios econômicos futuros.

Desenvolvimento – Na fase de desenvolvimento, o ativo deverá ser reconhecido

se a entidade puder demonstrar a viabilidade técnica, a sua intenção de completar o ativo

intangível de usá-lo ou vende-lo, sua capacidade de comercialização, a forma como este

ativo gerará benefícios econômicos futuros, a existência de mercado para estes produtos, a

disponibilidade de recursos para conclusão deste ativo e segurança em sua capacidade para

mensurar com segurança seus gastos atribuíveis.

g) Reconhecimento de Despesa: Os gastos com um ativo intangível devem ser

reconhecidos como despesa quando incorridos, exceto se fizer parte do custo um ativo

intangível que atenda aos critérios de reconhecimento; ou se o item é adquirido numa

concentração de atividades empresariais e não possa ser reconhecido com ativo intangível.

Nesse caso, esse gasto (incluído no custo da concentração de atividades empresariais) deve

fazer parte do valor atribuível ao ágio por expectativa de rentabilidade futura ( goodwill) na

data de aquisição.

6 - CONCLUSÃO

Ao concluirmos esta atividade tivemos a oportunidade de conhecermos uma série de

informações necessárias e conhecimentos fundamentais a respeito dos sistemas contábeis, 12

Page 15: ATPS Contabilidade Internacional

principalmente sobre as alterações referente a Padronização Intencional de Contabilidade, de

acordo com os aspectos e temas ligados à convergência das nações a aceitação das normas

internacionais de contabilidade, tivemos a oportunidade de perceber que existe um

movimento direcionado a padronização das demonstrações contábeis, bem como do Financial

Reporting, pois a crescente importância do mercado de capitais nas diversas economias do

mundo, atrelado a necessidade constante dos investidores em receber informações para suas

aplicações de capital, cria uma necessidade global de harmonização de acordo com o Comitê

de Pronunciamentos Contábeis (CPC).

Na Contabilidade Internacional a maioria dos países usam o máximo possível das

normas internacionais. Basicamente todos esses países geram relatórios baseados nessas

normas, ou seja, todos buscam credibilidade, sem distorções.

Estamos em processo de aprendizagem. Podemos dizer que é um processo de

adaptação, os quais definiram o que fazer com as novas contas, adotadas para a padronização

internacional. Para ganharmos força, reconhecimento e credibilidade na profissão de

Contador, faz-se necessário conhecimento e habilidades frente a essas mudanças, pois

estamos adotando um “Padrão Internacional”, que em outras palavras quer dizer ser aceito

internacionalmente.

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Page 16: ATPS Contabilidade Internacional

7 – REFERENCIAS

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Disponível em: http://www.cfc.org.br

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Disponível em: http://www.cfc.org.br .

ERNST & YOUNG, Ernst & Young; FIPECAFI, FIPECAFI. Manual de Normas

Internacionais de Contabilidade: IFRS - Versus Normas Brasileiras. 2ª edição. SP: Atlas,2010

- PLT 429.

FREIRE, Mac Daves M. et. AL. ADERENCIA ÀS NORMAS INTERNACIONAL DE

CONTABILIDADE PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS.

LISBOA, Lázaro. FIPECAFI/FEA/USP. Contabilidade Internacional.

www.cpc.org.br, acesso em 10/03/15.

http://sinescontabil.com.br , acesso em 22/03/15.

http://www.portaldecontabilidade.com.br acesso em 22/03/15.

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