Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de...

66

Transcript of Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de...

Page 1: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía
Page 2: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía
Page 3: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Presentación

C o n f e c h a d e l p r i m e r o d e o c t u b r e d e 1 9 8 9 , e l G o b i e r n o d e l E s t a d o d e J a l i s c o , l a U n i v e r s i d a d d e G u a d a l a j a r a y e l I n s t i t u t o N a c i o n a l d e A n t r o p o ­logía e H i s t o r i a f i r m a r o n u n c o n v e n i o p a r a d a r v i d a a u n Programa de Estudios Jaliscienses q u e , d u r a n t e t r e i n t a y s e i s m e s e s s e dedicará a p r o m o ­v e r l a investigación y l a difusión d e t e m a s r e l a c i o n a d o s c o n e l e s t a d o d e J a l i s c o y c o n t o d o e l o c c i d e n t e d e México.

L a intención p r i m o r d i a l d e l Programa, t a l c o m o a h o r a s e e s t i l a , e s q u e s e a u n i n s t r u m e n t o d e concertación y a p r o v e c h a m i e n t o d e m u c h o s r e c u r s o s q u e e x i s t e n u n t a n t o d i s p e r s o s y q u e , p o r e l l o m i s m o , p r o h i j e e l l o g r o d e c i e r t a s m e t a s , q u e d e o t r o m o d o , resultarían más difíciles d e a l c a n z a r .

E n t r e o t r a s , e s también pretensión d e q u i e n e s constituímos e l g r u p o e n c a r g a d o d e l l e v a r a d e l a n t e e l Programa, p r o c u r a r u n a visión m e n o s c e n t r a l i z a d a d e n u e s t r a región e i n c r e m e n t a r e l c o n o c i m i e n t o q u e s e t i e n e d e l a s d i f e r e n t e s c o m a r c a s d e l e s t a d o y d e l a s d i f e r e n t e s r e l a c i o n e s d e éstas c o n s u v e c i n d a r i o , e n a r a s d e a p o r t a r e l e m e n t o s p a r a u n a m e j o r comprensión d e n u e s t r o p a s a d o y , p o r e n d e , d e n u e s t r o p r e s e n t e .

E s e e s e l m o t i v o p o r e l q u e n o s h e m o s d a d o a l a t a r e a d e e f e c t u a r a u n a s e r i e d e r e u n i o n e s in situ s o b r e d i f e r e n t e s l u g a r e s d e J a l i s c o , c o n v o c a n d o a q u i e n e s s e h a n i n t e r e s a d o y a e n s u e s t u d i o , a e f e c t o d e s a b e r l o q u e h a n e s t a d o h a c i e n d o y p a r t i c i p a r así d e s u s l o g r o s , amén d e p r o p i c i a r u n a relación d i r e c t a e n t r e l o s e s t u d i o s o s y q u i e n e s r e s i d e n e n l o s ámbitos p o r e l l o s e s t u d i a d o s .

P o s t e r i o r m e n t e , l o s t r a b a j o s p r e s e n t a d o s y d i s c u t i d o s e n t a l e s c o l o q u i o s irán d a n d o l u g a r a d i f e r e n t e s e d i c i o n e s d e e s t a publicación periódica q u e , c o n e l n o m b r e áe. Estudios Jaliscienses, aparecerá t r e s v e c e s a l año m i e n t r a s d u r e e l Programa.

H a c e m o s v o t o s p a r a q u e r e s u l t e n d e u t i l i d a d a l o s i n t e r e s a d o s e n l a m a t e r i a .

F i n a l m e n t e , q u e r e m o s d e j a r c o n s t a n c i a d e n u e s t r o a g r a d e c i m i e n t o a l a s a u t o r i d a d e s q u e h a n h e c h o f a c t i b l e n u e s t r o t r a b a j o :

Page 4: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

P o r p a r t e d e l G o b i e r n o d e J a l i s c o , a l a p r o p i a c a b e z a d e s u P o d e r E j e c u t i v o , e l l i c e n c i a d o G u i l l e r m o Cosío V i d a u r r i , y a l S e c r e t a r i o d e Educación y C u l t u r a , l i c e n c i a d o José M a n u e l C o r r e a Ceseña; a l l i c e n c i a d o Raúl P a d i l l a López, r e c t o r d e n u e s t r a / 4 Z w a Mater; a l P r e s i d e n t e d e l C o n s e j o N a c i o n a l p a r a l a C u l t u r a y l a s A r t e s , l i c e n c i a d o V i c t o r F l o r e s O l e a , y e l arqueólogo R o b e r t o García Molí, D i r e c t o r G e n e r a l d e l I n s t i t u t o N a c i o n a l d e Antropología e H i s t o r i a . D e n o h a b e r s i d o p o r s u r e s p a l d o y c o m p r e n ­sión, l a e x i s t e n c i a y e l t r a b a j o d e l Programa de Estudios Jaliscienses habría r e s u l t a d o i m p o s i b l e .

José María Muriá

Page 5: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Introducción

En las postrimerías de la penúltima década del siglo XX, la humanidad entera fue testigo de las profundas reformas que en muchos países echaron por tierra ideologías y esquemas organizativos que apenas ayer parecían inamovibles. En realidad casi todas las naciones del mundo, ricas y pobres, unas primero y otras después, pusieron en práctica estrategias muy similares que les permitieran modernizar su planta productiva y participar exitosa­mente en el mercado mundial. No está por demás señalar que esta carrera desenfrenada por alcanzar la supremacía está en estos momentos desatando una feroz competencia que al parecer no tiene límites, y que por lo mismo, puede poner en peligro la paz mundial.

Ante esto, los países subdesarroUados no podían quedarse al margen de las grandes transformaciones que se estaban generando. Empeñarse en sostener un modelo de desarrollo diseñado a mediados del siglo, equivalía a nadar contra la corriente. Con ritmo distinto, cada una de estas naciones ha ido aplicando los cambios que, de una u otra forma, exigen las grandes potencias para poder participar en la economía mundial. Las reformas que hasta el momento ha puesto en práctica el gobierno de México son primor-dialmente económicas, y en un segundo plano, políticas.

Las metas que el gobierno mexicano se propone alcanzar con ellas son válidas y legítimas, pero lo que habría de tomar en cuenta es que para que la modernización sea efectiva se requiere que la sociedad protagonista de este cambio, transforme sus esquemas mentales, sus criterios y los concep­tos que tiene sobre el mundo y la realidad. Es un hecho innegable que nuestra formación o manera de ser obedece todavía a la expresión de un Estado al que se ha querido sepultar con las reformas económicas aplicadas en los últimos quince meses. En suma, a la modernidad no se podrá llegar fácil­mente si no son transformadas las actitudes de los actores que promueven el cambio.

Por consiguiente, es imprescindible lograr que la sociedad mexicana llegue a tener una conciencia real de nuestro tiempo y circunstancia para que pueda comprender adecuadamente los problemas y supere los retos que plantea el presente y el futuro; que ayude, por otra parte, a reflexionar sobre nuestras posibilidades y limitaciones para transformar nuestro entorno.

Page 6: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Para cambiar lo que impide sustentar un nuevo desarrollo del país, se necesita modernizar la educación y promover el conocimiento de nuestro pasado histórico. Sólo con individuos reflexivos, críticos, participativos, solidarios, nacionalistas, sensibles a la cultura y concicntcs de su identidad histórica, el país estará en condiciones de estructurar otras formas de ser y de actuar en lo económico, en lo político y en lo social.

Partiendo de la idea de que únicamente las sociedades con una conciencia histórica bien desarrollada son capaces de comprender el presente y pro­yectarse hacia el futuro, la Secretaría de Educación y Cultura del Gobierno de Jalisco que tan atinadamente dirige el licenciado José Manuel Correa Ceseña y el Programa de Estudios Jaliscienses que conduce el doctor José María Muriá, idearon llevar a cabo una serie de coloquios sobre historia regional en diversas poblaciones del estado de Jalisco.

Con estos coloquios se persiguen los siguientes objetivos; difundir el conocimiento de la historia de la región donde se lleven a cabo, promover la elaboración de monografías municipales, intercambiar hipótesis de tra­bajo y metodologías entre los estudiosos de las Ciencias Sociales, contribuir a la creación de una cultura científica y tecnológica, impulsar la infraestruc­tura educativa, reforzar la identidad regional y, por último, descentralizar la cultura para que la capital jalisciense no resulte la única bcneficiaria.

El primer coloquio se celebró el 9 de diciembre de 1989 en La Barca, y en él participaron investigadores de El Colegio de Michoacán y de la Universidad de Guadalajara. De los trabajos que ahí se presentaron fueron seleccionados cinco para conformar el primer número de la revista que el Programa de Estudios Jaliscienses se propone publicar cada cuatro meses.

En este número, Moisés Pérez Muñoz describe los aspectos fisiográficos de la región de La Barca; Heriberto Moreno presenta un esplendido trabajo sobre Buenavista, la hacienda que fue propiedad durante buena parle de la centuria pasada de la familia Velarde; Juan Manuel Duran y Raquel Partida refieren los proyectos de modernización que desde el siglo XIX se pusieron en práctica en esa zona; Brigitte B. Lameiras analiza el campesinado y los embates de la modernización en la Ciénega de Chápala; por último Basilia Valenzuela aborda uno de los problemas que siempre han llamado la atención de autoridades e investigadores: la migración hacia los Estados Unidos.

Conviene aclarar que el material de los siguientes coloquios -Cihuatlán, Lagos, Etzatlán, Ciudad Guzmán, Arandas y Colotlán- será publicado en los seis números siguientes de la revista Esludios Jaliscienses.

J a i m e Olveda

Page 7: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Transformaciones regionales y acumulación industrial en La Barca

Juan Manuel Duran Raquel Partida

Universidad de Guadalajara

Los antecedentes de la modernización

A f i n e s d e l s i g l o p a s a d o , c o n e l p r o y e c t o p o r f i r i s t a q u e pretendía m o d e r n i z a r l a nación, a l a región d e L a B a r c a l e correspondería desempeñar u n i m p o r t a n t e p a p e l , y a q u e sería e l e s p a c i o p o r e l q u e s e conectaría G u a d a l a j a r a c o n e l c e n t r o d e l país y u n a d e l a s f u e n t e s d e a b a s t e c i m i e n t o q u e l e proporcionaría d i v e r s o s r e c u r s o s n a t u r a l e s - p r o c e d e n t e s d e d i f e r e n t e s r u m b o s d e l a l a g u n a d e Chápala-, a l i g u a l q u e l a energía eléctrica. S e o r g a n i z a r o n p l a n e s específicos p a r a m o d e r n i z a r l a , e n t r e l o s q u e d e s t a c a b a n l o s r e l a c i o n a d o s c o n l a navegación p o r l o s ríos y p o r l a l a g u n a , l a irrigación y l a comunicación, p l a n e s q u e a l a p o s t r e l e d i e r o n a u g e a l a z o n a .

D e s d e e l período c o l o n i a l había e s t a d o l a t e n t e l a i d e a d e a b a s t e c e r a G u a d a l a j a r a c o n l a s a g u a s d e l a l a g u n a d e C h a -p a l a . Y a e n 1 8 0 4 , c o n l a v i s i t a a México d e A l e j a n d r o d e H u m b o l l t , s u r g e n l o s p r i m e r o s i n t e n t o s d e m o d e r n i z a r l a región d e q u e t r a t a m o s , m e d i a n t e u n p r o y e c t o e n e l q u e e l río S a n t i a g o sería u t i l i z a d o p a r a l a navegación i n t e r i o r . D e e s t e m o d o , se p e n s a b a q u e podrían t r a n s p o r t a r s e l a s m e r c a n ­cías d e s d e S a l a m a n c a y C e l a y a h a s t a e l p u e r t o d e S a n B l a s , río q u e también sería e m p l e a d o p a r a e l ríego agrícola d e l área.

A p a r t i r d e e n t o n c e s , l o s p r o y e c t o s d e navegación r e s u l ­t a r o n u n a c o n s t a n t e : P n m e r o , e n 1 8 2 6 , se d e s e c h a n las i d e a s

Page 8: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Transfonnaciones regionales y acumulación industrial en La Barca

De Alba, Antonio. "Chápala". Guadalajara. Ed. Banco Industrial de Jalisco, 1954, p. 103.

2. Barcena, Mariano. Ensayo estadís­tico del Estado de Jalisco. México: Tip. de la Secretaría de Fomento, 1888, p. 240.

p a r a l a a p e r t u r a d e u n c a n a l q u e u n i e r a G u a d a l a j a r a c o n l a l a g u n a d e Chápala. S e g u n d o , e n 1 8 3 3 , e l G o b i e r n o d e l e s t a d o p r a c t i c a u n r e c o n o c i m i e n t o e n l a región c o n l a pretensión d e t r a e r a g u a a G u a d a l a j a r a p a r a u n m o l i n o y r e a l i z a r l a n a v e ­gación e n t r e e s t a c i u d a d y Z a m o r a . T e r c e r o , e n 1 8 4 2 , M a r i a ­n o O t e r o señala l a i m p o r t a n c i a d e t a l p r o y e c t o a f i r m a n d o q u e haría d e G u a d a l a j a r a u n a c i u d a d rica y p o p u l o s a , c o m o r e s u l t a d o d e l c o m e r c i o , y h a b l a d e l o s p o s i b l e s b e n e f i c i o s q u e s e obtendrían s i l a comunicación se e x t e n d i e s e h a s t a e l p u e r t o d e S a n B l a s . A f i r m a b a también q u e l o s obstáculos p a r a t a l p r o y e c t o " n o s o n t a n g r a n d e s , n i c o n m u c h o c o m o l o s q u e e n E u r o p a y Norteamérica s e h a n v e n c i d o p a r a e j e c u t a r o b r a s d e e s t a c l a s e " .

P a r a 1 8 8 6 s e c o n s t i t u y e l a "Compañía d e Navegación y C o m e r c i o d e l L a g o d e Chápala y Río G r a n d e " , c o n l a m e t a d e a d q u i r i r e m b a r c a c i o n e s , c a n a l i z a r e l río p a r a h a c e r l o n a v e g a b l e , c o n s t r u i r b o d e g a s y s a t i s f a c e r l o s demás m e n e s ­t e r e s n e c e s a r i o s c o n l o s q u e s e promovería e l c o m e r c i o e n t r e l o s p u e b l o s d e l a ribera d e l l a g o d e Chápala y l a s márgenes d e l Río G r a n d e . ^ Así, e l 4 d e j u n i o d e 1 8 6 8 f u e b o t a d o a l l a g o e l v a p o r L a L i b e r t a d , q u e e r a u n a n a v e d e d o s p i s o s c o n u n a c a p a c i d a d p a r a c i e n p a s a j e r o s q u e hacía u n r e c o r r i d o p o r g r a n p a r t e d e l l i t o r a l d e l a l a g u n a chapálica.

E n l o s años s i g u i e n t e s - h a s t a 1 8 8 9 - , l a embarcación continuó h a c i e n d o s u s v i a j e s s e m a n a r i o s e n t r e l a c i u d a d d e L a B a r c a y Chápala, t o c a n d o e n s u t r a y e c t o v a r i o s m u n i c i ­p i o s d e J a l i s c o y M i c h o a c a n . L a duración d e l r e c o r r i d o e r a d e más d e d o s días y t r a n s p o r t a b a p a s a j e r o s y e f e c t o s d i v e r ­s o s c o m o g a n a d o , m a d e r a , azúcar, g r a n o s , e t c . P o r s u p a r t e , l o s n a t u r a l e s d e l a región, c o n s u s c a n o a s , r e a l i z a r o n a c t i v i ­d a d e s s i m i l a r e s , además d e d e d i c a r s e a l a p e s c a . ^

P o r l a m i s m a época y h a s t a 1 9 1 2 , e n l a r i n c o n a d a d e l a s r i b e r a s o r i e n t e y s u r d e l l a g o , e n e l e s t a d o d e M i c h o a c a n , funcionó u n c a n a l q u e partía d e l a s cercanías d e Ixtlán d e l o s H e r v o r e s y l l e g a b a h a s t a l a z a n j a d e H u a r a c h a , p o r d o n d e se t r a n s p o r t a b a v a r i o s p r o d u c t o s d e l a s h a c i e n d a s " L a V a l e n ­c i a n a " y " S a n Simón". E s t e c a n a l p a s a b a a u n l a d o d e S a n P e d r o C a r o y p o r s u c a u c e , l a embarcación " L a María", q u e e s t a b a a l s e r v i c i o d e l a s f i n c a s aledañas, t r a s l a d a b a l a s c a r g a s

Page 9: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

ESTUDIOS JALISCIENSES 1

h a s t a H u a r a c h a , d e s d e d o n d e , e n g r a n d e s c a n o a s v e l e r a s , s e reexpedían p a r a Ocotlán.

E n 1 8 7 1 surgió u n d o c u m e n t o c o n e l n o m b r e d e " P r o y e c t o d e Canalización d e u n a p a r t e d e l Río G r a n d e ( S a n t i a g o ) " q u e hacía r e f e r e n c i a a l d e s a r r o l l o d e l a navegación f l u v i a l e n t r e Yurécuaro y E l S a l t o . E n e l d o c u m e n t o s e e n c u e n t r a implí­c i t a l a i d e a d e q u e l a navegación f l u v i a l c o e x i s t e , y q u e además es p o s i b l e c o m b i n a r l a c o n e l f e r r o c a r r i l . E n sí e l p r o y e c t o p r o p o r c i o n a u n a descripción d e t a l l a d a d e l c u r s o d e l Río G r a n d e o S a n t i a g o , d e l a m a g n i t u d d e s u s v e n t a j a s a l a p r o v e c h a r s o l a m e n t e e l c u r s o n a t u r a l d e l río. E l p r o y e c t o n u n c a cuajó.^

L a primera modernización

A ) L o s f e r r o c a r r i l e s

E n 1 8 8 7 s e i n i c i a r o n l o s t r a b a j o s p a r a l a construcción d e l r a m a l f e r r o c a r r i l e r o I r a p u a t o - G u a d a l a j a r a q u e a t r a v i e s a l a región a t o d o l o l a r g o , inaugurándose e l s e r v i c i o e l día 1 5 d e m a y o d e l año s i g u i e n t e . A s i m i s m o s e contrató p o r a q u e l l o s años, c o m o u n a derivación d e l a línea México-Irapuato-Gua-d a l a j a r a , e l f e r r o c a r r i l a M o r e l i a , Maravatío, Zitácuaro, A n -g a n g u e o , Pátzcuaro y U r u a p a n , c o n e l q u e s e comunicó a u n a a m p l i a región d e M i c h o a c a n a través d e e s t a i m p o r t a n t e línea f e r r o v i a r i a . " * L o s t r e n e s salían d e I r a p u a t o a l a s 8 : 4 0 y l l e g a ­b a n a G u a d a l a j a r a a l a s 1 8 : 0 0 h o r a s . ^

C o n l a e n t r a d a d e l F e r r o c a r r i l C e n t r a l a l a región e n 1 8 8 8 , s e p r o m o v i e r o n c o n v o y e s d e e n l a c e y c a m i n o s d e a c c e s o q u e p e r m i t i e r a n l a s a l i d a d e mercancías h a c i a n u e v o s m e r c a d o s . P o c o t i e m p o transcurrió p a r a q u e J a l i s c o se c o n v i r t i e r a e n e l p r i n c i p a l p r o v e e d o r d e c e r e a l e s d e l a c i u d a d d e México.^

E n 1 8 9 2 se concedió u n a l i c e n c i a p a r a c o n s t r u i r u n f e r r o ­c a r r i l a Chápala c o n e l s i s t e m a D e c a u v i l l e , p e r o e l p r o y e c t o n o llegó a c o n c r e t a r s e , ' a u n q u e sí permitió q u e s e r e a l i z a r a n c a m i n o s d e a c c e s o p a r a e l f e r r o c a r r i l c e n t r a l q u e e n s e g u i d a s e u t i l i z a r o n p a r a d e s p l a z a r mercancías p r o v e n i e n t e s d e l o s p u e b l o s d e Cajititlán, J o c o t e p e c , Ixtlahuacán d e l o s M e m b r i ­l l o s , así c o m o d e l a s h a c i e n d a s d e S a n t a R o s a , B u e n a v i s t a , C e d r o s , P o t r e r i l l o s , y l a d e Zapotlán.^

6.

Duran Juárez, Juan Manuel. " 1 ^ proyectos de construcción de cana­les en el México de la segunda mitad del siglo XIX." Relaciones. El Colegio de Michoacan, núm. 13, Invierno de 1983, p. 96.

Moreno, Heriberto G u a r a c h a : Tiempos viejos, tiempos nuevos. México: El Colegio de Michoacan y F O N A P A S Michoacan, 1980, p. 114, Pérez Veidía, Luis. H i s t o r i a parti­cular del Estado de Jalisco. Gua­dalajara: Gobierno de Jalisco, 1952, T. II , p. 585. Aldana Rendón, Mario. D e s a r r o ­l l o Económico de Jalisco 1 8 2 1 -1 9 4 0 . Guadalajara: E d . Universidad de Guadalajara, 1978, p. 114. DeAlba, o/p. cit., p. 123 González, José. "Caminos y Ferro­carriles". Instituto de Estudios So-ciales, Universidad de Guadalajara. [Inédito].

Page 10: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Transformaciones regionales y acumulación industrial en La Barca

10

9. Pérez Verdía, op. cit. p. 588.

10. Aldana, op. cit. p. 114.

11. Archivo Histórico de Jalisco (en adelante AHJ). Ramo Fomento. Legajo núm. 1.

L a compañía q u e o p e r a b a e l F e r r o c a r r i l C e n t r a l , además d e l s e r v i c i o d e c a r g a , ofrecía e x c u r s i o n e s d o m i n i c a l e s a l a l a g u n a d e Chápala p o r l a vía d e Ocotlán, c o b r a n d o p r e c i o s r e d u c i d o s . L o s t r e n e s salían d e G u a d a l a j a r a a l a s s i e t e d e l a mañana y r e g r e s a b a n a l a s s i e t e d e l a n o c h e , s i e n d o r e g u l a r e l s e r v i c i o h a s t a q u e e l 2 4 d e m a r z o d e 1 8 8 9 s e hundió l a embarcación L a L i b e r t a d . ^

D e a c u e r d o c o n C o a t s w o r t h , quizá l a c o n s e c u e n c i a s o c i a l d e m a y o r i m p o r t a n c i a d e r i v a d a d e l a construcción d e l f e r r o ­c a r r i l consistió e n e l i m p u l s o h a c i a u n a m a y o r concentración d e l a p r o p i e d a d d e l a t i e r r a . L a usurpación d e l o s t e r r e n o s l i b r e s d e l o s p u e b l o s , j u n t o c o n e l estímulo f o r m a l d e l a v e n t a d e t i e r r a s baldías e n l o s i n i c i o s d e l p o r f i r i a t o , f u e r o n s i t u a ­c i o n e s q u e e s t u v i e r o n r e l a c i o n a d a s c o n l a construcción d e f e r r o c a r r i l e s .

E n f i n , e l f e r r o c a r r i l d i o l u g a r también a o t r o t i p o d e e f e c t o s i m p o r t a n t e s p a r a G u a d a l a j a r a y e l e s t a d o d e J a l i s c o , p u e s convirtió a l g u n o s d e s u s p u n t o s e n n o t o r i o s c e n t r o s d e depósito y distribución d e mercancías, a l a v e z q u e facilitó l a l l e g a d a d e c a p i t a l e s n a c i o n a l e s y e x t r a n j e r o s q u e b u s c a ­b a n u n m e r c a d o m e n o s c o m p e t i d o q u e e l d e l c e n t r o d e l país.io

B ) Desecación e irrigación

S e p u e d e señalar q u e e n l a región s e d i o u n a g r a n c o n c e n t r a ­ción d e l a p r o p i e d a d , c u y o a n t e c e d e n t e s e e n c u e n t r a e n u n p r o y e c t o d e modernización d e l a p r o p i e d a d p r i v a d a d e l a t i e r r a q u e , e n 1 9 0 4 , se reflejó e n l o s t r a b a j o s técnicos s o b r e l a Ciénega d e Chápala q u e pretendían d e s e c a r s u s t i e r r a s l l a m a d a s e n l o s d o c u m e n t o s c o m o " a l g u n a s t i e r r a s i n v a d i d a s p o r e l l a g o d e Chápala".

L a d i s p u t a p o r l o s r e c u r s o s p r o d u c t i v o s e n t r e l o s h a c e n ­d a d o s q u e t r a t a b a n d e a m p l i a r s u s p r o p i e d a d e s y l o s c a m p e ­s i n o s d e l a región, i b a a m a r c a r p a r t i c u l a r m e n t e e l f i n a l d e l s i g l o X I X y l o s p r i n c i p i o s d e l X X e n l a región. L o s p r o y e c t o s d e modernización a f e c t a r o n l a b a s e p r o d u c t i v a agrí'cola d e l a z o n a y c o n d u j e r o n a c o n f r o n t a c i o n e s e n l a e s t r u c t u r a s o c i a l d e s d e m e d i a d o s d e l s i g l o p a s a d o . Así, e n 1 8 8 5 , l o s c a m p e ­s i n o s d e l cantón d e L a B a r c a e n u n a f r a n c a rebelión i n t e n t a -

Page 11: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

ESTUDIOS JALISCIENSES 1

ron r e c u p e r a r l o s t e r r e n o s q u e habían v e n d i d o a l o s h a c e n ­d a d o s d e l o s q u e n o habían r e c i b i d o p a g a a lguna .^ •^

E n 1 8 5 7 , a raíz d e l a s i n u n d a c i o n e s e n l a región d e l a ciénega d e Chápala p r o v o c a d a s p o r e l a s o l v a m i e n t o d e l Río G r a n d e o Tototlán e n s u s a l i d a d e l a l a g u n a , a p a r e c e e l p r i m e r i n t e n t o p o r d e s e c a r e l l a g o d e Chápala; p r o y e c t o e n e l q u e s e c o n t e m p l a también h a c e r n a v e g a b l e e l río e n u n a extensión d e 2 6 0 K m s . A es t a i n t e n t o n a d e l o s h a c e n d a d o s se o p u s i e r o n l o s c a m p e s i n o s a m a n o a r m a d a .

E n 1 8 6 5 , d e n u e v a c u e n t a , a l g u n o s h a c e n d a d o s " s e p r o ­p o n e n f o r m a r u n a compañía p a r a p r o c e d e r a u n m o d e r a d o desagüe s i n e x t i n g u i r t a n h e r m o s o l a g o , [ p e r o q u e ] l o d i s m i ­n u y a y e v i t e l a s i n u n d a c i o n e s " . L o s g r a n d e s p r o p i e t a r i o s d e l a z o n a s o l i c i t a r o n a l g o b i e r n o q u e , d a d a s l a s pérdidas q u e habían s u f r i d o , f u e r a n i n d e m n i z a d o s c o n l a s n u e v e décimas p a r t e s d e l o s t e r r e n o s q u e d e s c u b r i e r a n , d e j a n d o l a r e s t a n t e a f a v o r d e l p a t r i m o n i o n a c i o n a l .

E n 1 8 6 7 l o s h a c e n d a d o s p r e t e n d e n l a desecación d e l l a g o s o b r e l a s s i g u i e n t e s b a s e s :

P r i m e r a : D e m a n d a n u n p r i v i l e g i o e x c l u s i v o - l a concesión-para e l desagüe d e l l a g o p o r m e d i o d e l desaso lve d e l Río G r a n d e , así c o m o la ampliación de su cauce de s a l i d a e n Poncitlán. S e g u n d a : S o l i c i t a n c o m o indemnización p o r este t r a b a j o , t odas las t i e r r a s q u e se d e s c u b r a n m e d i a n t e l a o b r a . T e r c e r a : E s t a b l e c e n q u e l o s b e n e f i c i a d o s c o n esta o b r a q u e ­d e n o b l i g a d o s a pagar a l c o n c e s i o n a r i o , u n t a n t o p r o p o r c i o ­n a l a l b e n e f i c i o q u e r e c i b a n . C u a r t a : R e q u i e r e n q u e se les p r o c u r e u n p l a z o p ruden t e a fin de q u e p u e d a r e c i b i r l a o b r a a l g u i e n e n p a r t i c u l a r o u n a compañía, según c o n v e n g a a sus in t e re ses .

S i n e m b a r g o , a e s t e p r o y e c t o , l o s p u e b l o s d e l a r i b e r a y a l g u n o s p r o p i e t a r i o s c o n t r a r g u m e n t a r o n a f i r m a n d o q u e l a desecación d e l l a g o d e Chápala, e n ningún c a s o debería s e r a u t o r i z a d a e n v i r t u d d e l o s p r o b l e m a s d e s a l u d q u e se podrían p r o v o c a r " a l q u e d a r a l g u n o s e s t e r o s c u y a s a g u a s c o r r e s p o n ­d i e n t e s infestarían a l o s p u e b l o s d e l l i t o r a l " , además d e q u e e l l a g o e r a e l único r e c u r s o c o n e l q u e c o n t a b a n d i c h o s

12. Reina, Leticia. "Rebelión en el cantón de La Barca." Las rebelio­nes campesinas en México ( 1 8 1 9 -1 9 0 6 ) . México: Siglo X X I Editores, 1980.

Page 12: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Transformaciones regionales y acumulación industrial en La Barca

12

13. González, op. cit.

14. AHJ. Ramo Fomento. Legajo núm.l.

p u e b l o s , q u e vivían d e l c u l t i v o d e l a s h u e r t a s e n s u l i t o r a l así c o m o d e l a p e s c a , a c t i v i d a d e s q u e i r r e m e d i a b l e m e n t e d e s a ­parecerían; y todavía más, q u e l o s t e r r e n o s o b t e n i d o s c o n l a desecación s o l a m e n t e beneficiarían a l o s h a c e n d a d o s a q u i e ­n e s s e a d j u d i c a r a n . E l a r g u m e n t o a f a v o r d e l a desecación q u e m a r c a b a e l b e n e f i c i o g e n e r a l , e l c u a l s e obtendría p o r l a s d i f i c u l t a d e s q u e o c a s i o n a b a n l a s i n u n d a c i o n e s e n l o s perío­d o s d e l l u v i a , n o l o e r a t a n t o , y a q u e e s t e p r o b l e m a s e restringía sólo a a l g u n a s áreas y podía a p r e c i a r s e , p o r t a n t o , q u e e l único interés d e l o s h a c e n d a d o s residía e n e l h e c h o d e q u e s e apoderarían d e l o s t e r r e n o s m e d i a n t e l a concesión.

A l a sazón s e publicó u n d i c t a m e n d e l C o n s e j o d e G o b i e r ­n o q u e señalaba q u e n o se podía o t o r g a r l a concesión p a r a d e s e c a r e l l a g o " p o r q u e n o h a y m o t i v o n i l e y p a r a c o n c e d e r p r i v i l e g i o e x c l u s i v o , p o r q u e l a s o l a i d e a d e l a desecación d e l l a g o sería u n t r a n s t o r n o p a r a l o s p u e b l o s y p r o p i e t a r i o s d e l c o n t o m o q u e t i e n e n y a e n él e s t a b l e c i d a s s u s i n d u s t r i a s y s u m o d o d e v i v i r " .

S i n e m b a r g o , p a r a e l período c o m p r e n d i d o e n t r e 1 8 9 5 y 1 9 0 3 s e o t o r g a r o n , a h o r a sí, v a r i a s c o n c e s i o n e s p a r a a p r o v e ­c h a r l a f u e r z a m o t r i z o r i g i n a d a p o r l a s caídas d e a g u a d e l c a u d a l d e l río S a n t i a g o y , e n c o n s e c u e n c i a , s e r e a l i z a r o n l a s o b r a s hidráulicas n e c e s a r i a s , i n c l u y e n d o l a s a g u a s q u e p a s a ­b a n p o r l a p r e s a d e A t e q u i z a . E s t a s c o n c e s i o n e s p a r a l a realización d e o b r a s hidráulicas f u e r o n a m p l i a d a s e n s u s a l c a n c e s y límites y así, e n 1 9 0 6 , podrían s e r u t i l i z a d a s p a r a e l r i e g o d e t e r r e n o s d e l o s e s t a d o s d e J a l i s c o y M i c h o a c a n . M e d i a n t e e s t e m e c a n i s m o l o s r e c u r s o s s e concentrarían a f a v o r d e l a p r o p i e d a d p r i v a d a , c u y o p r o y e c t o d e m o d e r n ­ización d e t i e r r a s , e n 1 9 0 4 , había i n i c i a d o l o s t r a b a j o s técni­c o s d e desecación d e t i e r r a s e n l a Ciénega d e Chápala q u e e n l o s d o c u m e n t o s a p a r e c e n c o m o " a l g u n a s t i e r r a s p o r e l l a g o d e Chápala",

E n u n c o n t r a t o d e concesión c e l e b r a d o e l 1 5 d e a g o s t o d e 1 9 0 0 , s e e s t a b l e c e c o m o o b j e t i v o " p r i m e r o u t i l i z a r e n r i e g o a g u a s d e l l a g o d e Chápala y después o b t e n e r l a desecación d e d i c h o l a g o " , p a r a l o c u a l s e autorizó l a ejecución d e l a s o b r a s n e c e s a r i a s q u e p e r m i t i e r a n u t i l i z a r c o m o riego h a s t a l a c a n t i d a d d e v e i n t i c i n c o m i l l i t r o s d e a g u a p o r s e g u n d o d e l l a g o d e Chápala y d e l río S a n t i a g o e n s u t r a y e c t o c o m p r e n -

Page 13: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

ESTUDIOS JALISCIENSES 1

d i d o e n t r e l a h a c i e n d a d e A t e q u i z a y l a c i u d a d d e L a B a r c a , e n e l t e r c e r cantón d e l e s t a d o d e J a l i s c o .

E s t e c o n t r a t o f u e r e f o r m a d o s u c e s i v a m e n t e e n s e p t i e m b r e 9 d e 1 9 0 3 , 1 8 d e m a y o d e 1 9 0 5 y 7 d e m a y o d e 1 9 0 6 . E n v i r t u d d e t a l e s r e f o r m a s o b t u v o e l c o n c e s i o n a r i o , c o m o p r i n ­c i p a l e s , l a s s i g u i e n t e s f a c i l i d a d e s : e l v o l u m e n d e a g u a u t i l i -z a b l e p a r a e l r i e g o sería d e 7 8 8 m i l l o n e s 4 0 0 m i l m e t r o s cúbicos c o m o máximo, u t i l i z a b l e s e n t e r r e n o s t a n t o d e J a l i s ­c o c o m o d e M i c h o a c a n ; podría c o n s t r u i r l a s o b r a s n e c e s a r i a s p a r a r e d u c i r e l v a s o d e l l a g o d e Chápala a fin d e d i s m i n u i r l a s u p e r f i c i e d e evaporación s i n q u e e l n i v e l p u d i e r a e x c e d e r d e s u acotación d e n o v e n t a y s i e t e , y , s e l e o t o r g a r o n e n compensación, además, l o s t e r r e n o s p e r t e n e c i e n t e s a l a n a ­ción q u e p o r l a reducción d e l v a s o s e d e s c u b r i e r a n .

D e a c u e r d o c o n e s t e d o c u m e n t o s e c o n v i n o q u e e l g o b i e r ­n o f u e r a e l dueño legítimo d e l a s 4 9 , 9 9 1 hectáreas q u e medían l o s t e r r e n o s d e s e c a d o s , m i s m a s q u e cedía a l a C o m ­pañía Agrícola, e n c u m p l i m i e n t o c o n l o e s t i p u l a d o e n e l c o n t r a t o d e l 1 9 d e m a y o d e 1 9 0 6 ; ésto, e n compensación p o r l o s g a s t o s e r o g a d o s e n e l t r a z o , d e s l i n d e y a m o j o n a m i e n t o d e l a c u r v a d e n i v e l ( 9 7 . 8 0 ) q u e l i m i t a e l v a s o d e l l a g o y l a construcción d e l a s o b r a s d e reducción d e e s a extensión d e t e r r e n o . " P o r s u p a r t e , l a Compañía extendería a f a v o r d e l G o b i e r n o título d e p r o p i e d a d d e d o c e m i l hectáreas d e t e r r e n o . . . " . ^ ^

E n 1 8 9 8 e l l a g o d e Chápala rebasó s u s límites y s e derramó c o p i o s a m e n t e , c o n l o q u e surgió la i d e a d e c o n s t r u i r u n a p r e s a e n Poncitlán q u e p e r m i t i e r a g u a r d a r a g u a d e l l a g o e n t e m p o r a l e s , p a r a u t i l i z a r l a e n l o s años d e p o c a cuantía. E s t a o b r a s e inició a p r i n c i p i o s d e s i g l o y quedó t e r m i n a d a e n 1 9 0 5 . 1 ^

E n e s e m i s m o año s e inició l a construcción d e u n d i q u e c u y a m e t a e r a d e s e c a r u n t e r c i o d e l l a g o - a p r o x i m a d a m e n t e 5 0 , 0 0 0 hectáreas-, e l c u a l f u e t e r m i n a d o e n 1 9 1 0 . E n e s t a o b r a p a r t i c i p a r o n m i l e s d e p e r s o n a s y j o r n a l e r o s d e S a h u a y o , q u e f u e r o n e m p l e a d o s p a r a e x t r a e r t i e r r a y p i e d r a s q u e serían a c a r r e a d a s e n c a r r e t o n e s t i r a d o s p o r b u e y e s , c o n l a s q u e se construyó e l b o r d o .

D e e s t a m a n e r a , a p r i n c i p i o s d e l p r e s e n t e s i g l o l a región f u e o b j e t o d e d i v e r s a s c o n c e s i o n e s d e l g o b i e r n o p o r f i r i s t a .

15. "Solicitud formulada por los repre­sentantes del pueblo de San Pedro Caro..." México: Tip. Guerrero Hermanos, 1919, pp. 9-14.

16. Bhen, Germán. "El Lago de Cha-pala y su cuenca." Boletín de l a J u n t a A u x i l i a r Jalisciense de l a So­ciedad M e x i c a n a de Geografía y Estadística. Guadalajara: Linoti-pografla "Fénix", T. X, nlim. 1-2, septiembre-octubre, 1956. pp. 23-39.

Page 14: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

regionales y acumulación industrial en La Barca

promoviéndose p r o y e c t o s d e modernización agrícola f u n d a ­m e n t a l m e n t e , o t r o s más d e irrigación, y e l d e desecación d e 5 0 , 0 0 0 hectáreas d e l a Ciénega d e Chápala. F u e u n a r e a l i d a d l a irrigación d e l a h a c i e n d a d e A t e q u i z a , c o n l o q u e pasó a c o n s i d e r a r s e a Cajititlán c o m o l a p r i m e r a l a g u n a c a n a l i z a d a e n l a e n t i d a d . D i c h a h a c i e n d a tenía u n a extensión d e 1 2 , 8 4 6 h a s . d e l a s c u a l e s 3 , 0 0 0 e r a n d e r i e g o e n e l año d e 1 8 9 6 y 8 , 0 0 0 e n 1 9 0 0 , d e b i d o a l a s o b r a s d e canalización e n d i c h a l a g u n a .

L o s p r o y e c t o s m e n c i o n a d o s s e r e a l i z a r o n a p e s a r d e l a oposición d e m u c h o s dueños d e t e r r e n o s ribereños d e l l a g o y d e o t r a s p a r t e s d e l a región. U n e j e m p l o d e e s t o s e d a e n 1 9 0 6 , c u a n d o l a s n e g o c i a c i o n e s p a r a t r a t a r e l a s u n t o d e l a desecación d e l a l a g u n a c o n l o s p u e b l o s a f e c t a d o s s e l l e v a n a c a b o (Ixtlán y Pajacuarán), e n m e d i o d e " u n a c r i s i s d e m i s e r i a e s p a n t o s a " , p o r l a c u a l l o s v e c i n o s d e e s t o s p u e b l o s e m i g r a b a n a l o s E s t a d o s U n i d o s d e Norteamérica e n b u s c a d e t r a b a j o , p u e s y a e l v i v i r d e l a p e s c a r e p r e s e n t a b a d i f i c u l ­t a d e s . P e s e a e l l o l a modernización s e llevó a c a b o e n a q u e l e n t o n c e s .

Aldana, op. cit.., p. 115.

C ) L a instalación i n d u s t r i a l

E s i m p o r t a n t e señalar q u e e n J a l i s c o , e n e l s i g l o X I X , l o s a n t e c e d e n t e s d e l a instalación i n d u s t r i a l d e g r a n d e s e m p r e s a s s e constriñen únicamente a e m p r e s a s a r t e s a n a l e s c o n u n pequeño m e r c a d o l o c a l . Así, e n c a s i t o d a s l a s c a b e c e r a s m u n i c i p a l e s i m p o r t a n t e s d e l a e n t i d a d , se producían j a b o n e s u t i l i z a n d o l a s g r a s a s a n i m a l e s , a c e i t e s d e c o c o y l i n a z a . E n o t r o s l u g a r e s l a producción e r a d e c o l c h a s , r e b o z o s , ceñido­r e s , t o a l l a s , h a r i n a s , m a s a s y a g u a r d i e n t e . S o l a m e n t e u n a s c u a n t a s e m p r e s a s e r a n d e u n tamaño m a y o r , p u d i e n d o a b a s ­t e c e r a l m e r c a d o e s t a t a l y a u n o t r o s m a y o r e s . ^ '

E n e l cantón d e L a B a r c a y d u r a n t e e l período c o m p r e n ­d i d o e n t r e 1 8 1 0 y 1 9 1 0 , l a s i n d u s t r i a s q u e p r o l i f e r a r o n f u e r o n l a s q u e f a b r i c a b a n p a s t a s p a r a s o p a , h a r i n a , n i x t a m a l , p a n o ­c h a , c r e m a , m a n t e q u i l l a , q u e s o , a g u a r d i e n t e , c i g a r r o s , a g u a s g a s e o s a s y panaderías. S u r g i e r o n d e l a i n d u s t r i a d e l v e s t i d o : sastrerías y rebocerías. D e l a d e l c u e r o : tenerías, t a l a b a r t e ­rías, zapaterías y huaracherías. H u b o también carpinterías,

Page 15: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

E S T U D I O S J A L I S C I E N S E S 1

i m p r e n t a s , e n c u a d e r n a d o r a s , fábricas d e jabón, herrerías, coheterías y e l a b o r a d o r a s d e a c e i t e d e l i n a z a , e n t r e o t r a s . D e ahí q u e p a r a 1 9 0 7 s e c a l c u l a r a n e n 1 6 8 l a s f i r m a s r e g i s t r a d a s e n l a región c o m o e s t a b l e c i m i e n t o s i n d u s t r i a l e s , c o n u n t o t a l d e 7 4 3 t r a b a j a d o r e s c u y a producción alcanzó u n v a l o r d e 3 4 5 , 4 1 3 p e s o s q u e r e p r e s e n t a r o n e l 3 . 5 % d e l v a l o r t o t a l d e l a producción e n e l e s t a d o .

E n l o q u e c o n c i e r n e a l a s f u e n t e s d e energía, l a s d o s g r a n d e s n o v e d a d e s d e fines d e l s i g l o X I X s o n e l m o t o r d e explosión y l a e l e c t r i c i d a d . ' ^ E n l a región, p o r e se t i e m p o se comenzó a a p r o v e c h a r l a energía eléctrica c u a n d o se c o n s ­truyó l a p l a n t a hidroeléctrica d e E l S a l t o c o n l a q u e se d o t a b a d e energía a G u a d a l a j a r a y a l a fábrica t e x t i l Río G r a n d e a s e n t a d a e n l a z o n a , h e c h o q u e permitió c a m b i o s e n l a e s t r u c t u r a p r o d u c t i v a d e l área p o r l a importación d e m a q u i ­n a r i a y e q u i p o . ^

L a ubicación d e e s t a fábrica - 3 0 k x n s . d e G u a d a l a j a r a - a d i f e r e n c i a d e o t r a s i n s t a l a d a s e n l a c a p i t a l j a l i s c i e n s e o e n s u s z o n a s aledañas, s e p u e d e e x p l i c a r p o r l a v e n t a j a q u e ofrecía l a cercanía d e l a h a c i e n d a c o n l a vía f e r r o v i a r i a México-Gua-d a l a j a r a , y a l a q u e s e comunicó p o r m e d i o d e u n r a m a l d e " t r o c h a a n g o s t a " ; y p o r s u p u e s t o , p o r s u p r o x i m i d a d c o n e l S a l t o d e Juanacatlán d e d o n d e obtenía l a c o r r i e n t e eléctrica n e c e s a r i a p a r a s u s p r o c e s o s . ( E l S a l t o d e Juanacatlán tenía 2 0 m t s . d e a l t u r a y u n a c o r t i n a d e más d e 1 3 0 m t s . d e l a r g o , e n d o n d e s e había i n s t a l a d o l a hidroeléctrica p a r a a p r o v e c h a r e l c a u d a l d e a g u a y s u a l t u r a . ^ ' )

C o n l a instalación d e e s t a p l a n t a , l a región ingresó a l a e r a f a b r i l c u y a f u e r z a m o t r i z es p r o p o r c i o n a d a p o r l a energía eléctrica, y d o n d e s e f a v o r e c e l a división d e l t r a b a j o y l a producción e n e l s e n t i d o d e l a concepción s m i t h i a n a . ' ^ ' ^

D e a c u e r d o c o n G u i l l e r m o B e a t o , l a f u e r z a d e t r a b a j o n o r e q u i e r e u n l a r g o jjeríodo d e preparación c o m o sucedía e n e l c a s o d e l a r t e s a n a d o . Aquí, también s e estaría d a n d o u n a t r a n s f e r e n c i a , c u a n d o m e n o s p a r c i a l , d e l a técnica q u e residía e n e l i n d i v i d u o - a d q u i r i d a p o r u n l a r g o a p r e n d i z a j e - , a l a técnica q u e r e s i d e e n c i e r t a s máquinas, a u n q u e n o se t r a t a d e u n fenómeno e n términos a b s o l u t o s . C a b e d e s t a c a r e l s u r g i ­m i e n t o d e l n u e v o s e c t o r e m p r e s a r i a l t e x t i l y l a aparición d e l

18.

19.

20.

Ruiz Briseño, Javier. "Individuali­zación de la propiedad comunal y movimientos campesinos en el cantón de La Barca ¡810-1910". Guadalajara: Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Guadala­jara [Tesis de licenciatura]. Cardóse, Ciro. "Características fundamentales del período 1880-1910." México en el siglo XIX ( 1 8 2 1 - 1 9 1 0 ) . México: Ed. Nueva Imagen, 1983, p. 259. Gradilla, Misael. "La moderni­zación técnica de la estructura pro­ductiva y la introducción como fuerza motriz industrial en el Esta­do de Jalisco." Revista Esludios Sociales. Guadalajara, Universi­dad de Guadalajara, núm. 5,1988.

21.

22.

Duran, Jorge. Los obreros de Río G r a n d e . Zamora: Ed. El Colegio de Michoacan, 1986.

Beato, Guillermo. Jalisco econo­mía y estructura social en el siglo XIX. México: Siglo X X I Editores, p. 149.

Page 16: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Transformaciones regionales y acumulación industrial en La Barca

16

23. Idem.

24. H i s t o r i a de Jalisco. Guadalajara: Gobierno de Jalisco, 1982, T. 111, p. 107.

25. Beato, op. cit., p. 150.

i n c i p i e n t e p r o l e t a r i a d o c o m o fenómeno c o r r e l a t i v o e n e sa a c t i v i d a d p r o d u c t i v a . ^

S e p u e d e a f i r m a r q u e l a instalación d e g r a n d e s e m p r e s a s e n l a región e s u n h e c h o tardío. E n J a l i s c o existían d e s d e 1 8 4 4 , c i n c o g r a n d e s e m p r e s a s d e l a i n d u s t r i a t e x t i l , a s a b e r : " L a P r o s p e r i d a d d e J a l i s c o " , " L a E x p e r i e n c i a " y " L a E s c o ­b a " e n e l v a l l e d e A t e m a j a c ; " J a u j a " y " B e l l a v i s t a " e n l o q u e f u e e l cantón d e T e p i c . ^

P a r a 1 8 6 6 s e había c r e a d o e n E l S a l t o l a p r i m e r a fábrica d e h i l a d o s "Río B l a n c o " , l a c u a l , d i e z años después, f u e t r a s l a d a d a p o r s u s dueños a l a s i n m e d i a c i o n e s d e Z a p o p a n . E n 1 8 9 6 inició s u s l a b o r e s l a fábrica t e x t i l "Río G r a n d e " b a j o e l n o m b r e d e Compañía I n d u s t r i a l M a n u f a c t u r e r a .

E s i m p o r t a n t e señalar q u e l o s c a p i t a l i s t a s q u e tenían p r o ­p i e d a d e s e n l a región d u r a n t e e l p o r f i r i a t o , l u e g o s e i n t e g r a ­r o n e n compañías d e f o m e n t o agrícola; y e n e l s e c t o r i n ­d u s t r i a l y e n e l s e c t o r financiero, c u a n d o s e p r o d u j o l a fundación d e l a b a n c a l o c a l .

D e n u e v a c u e n t a , p a r a B e a t o , e n J a l i s c o " l a c o n v e r g e n c i a d e c a p i t a l e s d e raíz c o m e r c i a l después d e t r a n s i t a r p o r l a g r a n p r o p i e d a d r u r a l y l a producción d e d i v e r s o t i p o , c e r r a b a s u período c o n l a s i n s t i t u c i o n e s financieras, e s d e c i r , c o n l a expresión más a c a b a d a d e l m o d e r n o c a p i t a l i s m o d e fin d e s i g l o . L a h i s t o r i a d e l o s g r a n d e s c o m e r c i a n t e s e r a c a s i l a d e l e m p r e s a r i a d o d e J a l i s c o " . ^

Así, e s válido señalar q u e , m i e n t r a s l o s a n t e c e d e n t e s d e l a modernización r e g i o n a l s e sitúan a n t e s d e l d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d u r b a n a i n d u s t r i a l j a l i s c i e n s e , l o s d e modernización s e e s t a b l e c e n p o r l a s r e a l i z a c i o n e s q u e l a c r e a r o n .

Page 17: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Campesinado y modernización en la cuenca de Chápala

Brigitte Boehm de Lameiras Centro de Estudios Antropológicos de E l Colegio de

Míchoacán.

La zona geográfica a que se referirá este estudio es el antiguo municipio de Ixtlán, Michoacán, que en ese entonces abar­caba casi todo el norte de la Ciénega de Chápala, unida todavía al lago del mismo nombre que colindaba, cruzando el río hacia Jalisco, con el territorio de La Barca.

La ciencia y la tecnología, antes de actuar efectivamente en la transformación de Chápala, se había instalado como un ideal en la mente empresarial de orientación mercantil tanto de michoacanos como de jaliscienses de la región. Si bien los cronistas de la época coincidieron en destacar la abun­dancia de recursos y de productos de los pueblos y haciendas de las márgenes lacustres, en sus escritos se infiltró desde entonces el anhelo del hombre moderno: ¡Cuan pródigo sería el lago si lo alcanzaran los beneficios de la revolución industrial!, pensaban. Y al tiempo que los ideales se conver­tían en proyectos y de allí en realidades, las huertas pueble­rinas, los riegos en los campos cercanos a los ríos, las cajas de agua -que aprovechaban los nutrientes acarreados por las inundaciones- de las haciendas, los ecuaros en los cerros, las pesquerías de los indios "que podían abastecer a Guadalajara y otras ciudades", padecían los efectos de la prácticas tradi­cionales, anticuadas y absoletas. Lo mismo sucedía con el transporte lacustre y fluvial de personas y bienes, o sea con las embarcaciones de vela, producto de las habilidades ma­nuales de los artesanos locales.̂

Basten unos ejemplos: Antonio Tallo, Crónica Miscelánea de l a Sánela P r o v i n c i a de Xalisco 1 6 5 3 . Guadalajara, Font, 1975; Manuel López cotilla, Noticias Geográfi­cas y Estadísticas del D e p a r t a ­mento de Jalisco. [1837] Guadalajara: Gobierno del Estado de Jalisco, 1983: p. 76 y ss.

Page 18: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Campesinado y modernización en la cuenca de Chápala

18 Apareció en escena primero, la concepción de la gran obra

hidráulica orientada a dos propósitos: hacer navegables los ríos de la región para conectarla eficientemente con Guada­lajara, y desecar las ciénegas para incrementar la explotación de los ricos y profundos suelos aluviales.

Fue el espíritu moderno el responsable de la desintegra­ción de un sistema heterogéneo en el que interactuaban diversos grupos en el uso de los recursos, un sistema que, lejos de ser igualitario, hacía posible, sin embargo, que convivieran intereses opuestos utilizando el medio ambiente de manera miiltiple, variada e integrada.

Con diferente participación en la toma de decisiones, se pueden distinguir cuatro subsistemas socioculturales involu­crados en tal interacción, que resultaría en la transformación sustantiva de la vida en la Ciénega durante el siglo X I X y entrado el X X :

- La hacienda, con propiedad privada de l a tierra y un área nuclear con edificios que albergaban a su personal y a l a administración. Frecuentemente dependía de ella un número variable de ranchos que permitían el aprovechamiento de terrenos alejados del casco incluidos en l a gran propiedad. - La comunidad de indígenas, cuya propiedad era tenida en común y estaba sujeta a sus propias instituciones sociales, políticas y religiosas. - Los empresarias avecindados en las capitales regionales, quienes asociados con propietarios de las haciendas, invir­tieron sus capitales en l a construcción de obras directamente vinculadas a los procesos urbanos de crecimiento y de desa­rrollo. - Finalmente, los arrendatarios y aparceros que poseían alguna tierra que generalmente rentaban, vivían en los pue­blos y las ciudades de la vecindad. Frecuentemente eran comerciantes e industriales y combinaban otras actividades con la arriería. Sus nombres aparecen siempre en las listas de cargueros de los ayuntamientos. Fijaremos nuestra aten­ción en ellos.

Resultó cierta la expansión territorial de la hacienda a costa de la comunidad de indígenas, cuando ésta fue decía-

Page 19: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

ESTUDIOS JALISCIENSES 1

rada inexistente por la ley de desamortización de las propie­dades civiles y eclesiásticas del año de 1856. Los casos que encontré en el archivo distrital, pertenecientes al municipio de Ixtlán en Michoacán,^ muestran que en esta zona se d i o la intervención de los grandes y pequeños empresarios ren­teros y prestamistas de los pueblos, el cual detonó un proceso que a largo plazo resultó en la desintegración, no sólo de la comunidad de indígenas, sino también de la hacienda.

Las haciendas más importantes eran San Simón y Buena-vista, ambas en constante conflicto por aguas y linderos con los pueblos de Ixtlán y Pajacuarán y con sus comunidades de indígenas. Grandes fracciones de su territorio alguna vez habían sido compradas, invadidas o usurpadas con propósi­tos específicos -ganadería y cultivo de granos-. Los indios, por su parte, habían conservado derechos de acceso a algunos recursos: cultivaban los ecuaros en los cerros, pescaban, cazaban y recolectaban frutas, tubérculos y hierbas, y se les permitía extraer piedra y madera para sus construcciones.

La comunidad de indígenas de Ixtlán aiin poseía varios potreros alrededor del pueblo y su dotación de terrenos urbanos para solares y casas. Cada potrero contenía diversos nichos ecológicos entre la montaña y la planicie. Uno de ellos. El Salitre, contenía un recurso de particular riqueza: las salinas y los baños de una zona termal.

La propiedad comunal de Pajacuarán se extendía desde el vértice de una pequeña pero empinada serranía hasta la planicie y la laguna del mismo nombre, cuyo vaso, en ese entonces, era navegable y abundante en peces y vegetación acuática útil. También aquí había una diversidad de recursos accesibles aún a los comuneros: la pesca en la laguna, ecua­ros y agostaderos, cotos de caza y recolección tanto en la planicie como en el cerro.

Ixtlán y Pajacuarán eran asentamientos menores dentro de un sistema de villas y ciudades interdependientes en lo económico y en lo político. En el centro de estos pueblos vivían los notables, a quienes descubrimos como emprende­dores activos en la producción agrícola y ganadera de la región, en las finanzas y en el comercio. El estudio de ellos puede ser la clave para entender cómo es que se articulaban las distintas partes del sistema, mismo que fueron alterando

Archivo Municipal de Z a m o r a , Protocolos de Notaría: testamen­tos, contratos, poderes, libranzas, escrituras de compraventa de pro­piedades, 1860-1920. Véase tam­bién Brigitte Boehm de Lameiras, "Peasants and Enterpreneurs in the Ciénega de Chápala, Michoacán, 1 8 6 0 - 1 9 1 0 " . A g r i c u l t u r a l H i s t o r y , Yol. 63, núm. 2,1989: pp. 62-67.

Page 20: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Campesinado y modernización en la cuenca de Chápala

20 hasta producir nuevas formas socioculturales de interacción en este medio rural.

Anexa a la casa que habitaban, estaban la tienda y el almacén de granos y a veces también un taller artesanal o manufacturero. Después de los patios con naranjos, plantas enmacetadas y enjaulados pájaros cantores, estaban los co­rrales de crianza y guardado de animales, y los depósitos para la pastura. Solían ser propietarios de potreros -o de fraccio­nes de ellos-, pero, por lo general, la tierra que trabajaban era rentada. Poseían, además, otras casas, solares y tiendas en el pueblo que arrendaban, no por la ganancia, sí por la clientela. Sabemos por sus testamentos que había gente que les debía dinero a plazo fijo e intereses, a ser pagados en monedas de oro o plata, o en especie: granos, ganado o propiedad, ésta última comúnmente gravada en hipoteca.

Rentaban tierras tanto de haciendas como de comunidades de indígenas con dos propósitos: para agostar los ganados propios o contratados en aparcería y para cultivar trigo, maíz y garbanzo, los cuales eran los granos almacenables, dispo­nibles a la especulación.

Las condiciones en los contratos de arrendamiento eran distintas tratándose de haciendas o de comunidades de indí­genas. Los plazos fluctuaban entre 5 y 9 años y sólo después de 1900 encontramos tiempos más cortos (2 y 3 años) en terrenos pertenecientes a haciendas. Cuando el convenio era hecho con comuneros, a la muerte del arrendatario, pasaba a sus herederos; también podía ser subarrendada la propiedad, o parte de ella, a terceras personas y entrar en todo tipo de compañías de aparcería o mediería. Los hacendados en rea­lidad, no concedían ninguno de estos derechos y por lo general el precio por sus tierras era más elevado.

No obstante, el arrendatario adquiría obligaciones y com­promisos con la comunidad de indígenas más allá del pago de la cantidad de dinero convenida y no la privaba del acceso a determinados recursos. Se hacía responsable de construir y mantener bordos, vallados y diques, cercas, muros y puer­tas para marcar y lindar la propiedad; de erigir y mantener cercados, para agostar y encerrar el ganado y para proteger de los animales a los sembradíos; así como para otros pro­pósitos de irrigación y de contención de inundaciones. En

Page 21: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Ixtlán el arrendatario de las salinas se obligaba a construir y mantener las pilas y las tinajas.

En algunos casos hubo necesidad de construir graneros, almacenes, establos y zahúrdas que al término del contrato pasaron a pertenecer a los dueños, a cambio de una contri­bución monetaria.

Cada propiedad estaba ligada a derechos obligaciones y servicios históricos. Por ejemplo, no podía suspenderse a los miembros de la comunidad en sus derechos a cultivar los ecuaros de temporal, de cuyos suelos, de origen volcánico y protegidos por la misma pedregosidad, se proveía el mejor maíz, así como frijoles y calabazas. Se les permitía agostar el ganado en sus propias tierras siempre y cuando no metie­ran animales destinados al mercado, sólo aquellos requeridos para su propia subsistencia. Tenían acceso libre a madera, leña y piedra y a sus cotos de caza, recolección y pesca. Los comuneros gozaban de propiedad en el empleo, ya fuera como jornaleros o como medieros. Podían cobrar por servi­cios contratados con anterioridad al arriendo y por el paso de ganado a aguajes y agostaderos -en el caso de Ixtlán-

Era frecuente que parte de la renta se pagara en granos cultivados y cosechados en terrenos dispuestos a propósitos que el arrendatario se comprometía a labrar.

A pesar de que eran relativamente favorables a la comu­nidad, las condiciones en los contratos de arrendamiento siempre le producían un déficit y la mantenían en constante endeudamiento. Sus gastos más nutridos se referían a la compra de maíz al precio elevado del marcado, al manteni­miento de la iglesia y la escuela y a solventar los trámites burocráticos en que se ocupaban sus apoderados, supuesta­mente para defender sus intereses.

Estas condiciones favorecieron a la larga a los arrendata­rios, cuando la propiedad comunal se privatizó y fraccionó. Pero antes de narrar estos acontecimientos pasaré revista rápidamente a los arreglos entre arrendatarios y hacendados.

Los contratos protocolizados entre los años 1880 y 1920 se ajustaban a un machote en el cual se especificaba que el arrendatario quedaba a cargo de mantener la propiedad con todos sus linderos, cercas, muros, vallados, bordos, diques, canales, puertas, compuertas, edificios; y también de reponer

Page 22: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Campesinado y modernización en la cuenca de Chápala

3. Manuel Dublán y José María Lo­zano. Legislación mexicana o co­lección completa de las disposiciones legislativas expedi­das desde l a independencia de l a República. México: s.e. 1877, T. VII , p. 197.

4. Archivo Municipal de Zamora, Michoacán. Protocolos de N o t a ­rías, F o m e n t o , Justicia. Varios do­cumentos.

5. I d e m .

todo lo dañado. Las mejoras que se hicieran serían por parte del propietario, con el que se compartiría el pago de impues­tos y de la escritura.

El arrendatario debía respetar toda obhgación y servidum­bre implícita en la propiedad, pero le estaba vedado el conceder nuevas. Se hacía responsable de invasiones y trans­gresiones a los linderos, -sobre todo de los que se encontra­ban en litigio con las comunidades-, asimismo del paso y uso convenido del agua para riego, del control de inundaciones, del acceso a caminos y veredas y, también, de impedir la tala de los bosques.

Sólo con el permiso explícito del propietario, el arrenda­tario podía introducir cambios en la disposición de los terre­nos para cultivo o agostadero. Tres casos ilustran cómo resultaron favorecidos los arrendatarios cuando las tierras de los indios dejaron de ser comunales y ellos mismos se convirtieron en ex-comuneros; los dos primeros sucedieron en Ixtlán, el tercero en Pajacuarán.

1) La ley de desamortización concedió que "Todas las fincas rústicas y urbanas... se adjudicaran en propiedad a quienes las tienen en arrendamiento por el valor correspon­diente a la renta que en la actualidad pagan, calculada como rédito al seis por ciento anual".̂ Don Francisco Madrigal sacó la cuenta y compró el terreno de "Los Salitres" por $2,132.66, cantidad a repartirse entre 165 comuneros, quie­nes recibieron así $12.92 por su membresía, el salario men­sual de un jornalero adulto.**

2) El apoderado en una ocasión procedió a liquidar las deudas de la comunidad, que ascendían a $ 87.36; otro de los arrendatarios se ofreció graciosamente a cubrir el importe a cambio del potrero que usufructuaba.̂

3) El apoderado de los indios de Pajacuarán, quien era a la vez arrendatario y prestamista, contrató los servicios de un agrimensor para dividir la propiedad y repartida en frac­ciones individuales, que resultaron en tiras de una longitud que variaba entre 15 y 26 metros de ancho por 420 y hasta 2500 metros de largo. Se extendían desde la punta del cerro hasta la orilla de la laguna. Pronto los ex-comuneros vendie­ron, una por una su parte, al precio de entre $ 30.00 y $ 50.00, sin importar su tamaño, cada una con su derecho a laguna.

Page 23: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

ESTUDIOS JALISCIENSES 1

Los nuevos propietarios no tardaron en construir cercas y los indios perdieron el acceso a sus pesquerías.*^

De un plumazo, las comunidades de indígenas se vieron desprovistas de los recursos que mantenían aún con sus tierras arrendadas.

Los comuneros de Ixtlán protestaron en vano por la venta de sus tierras, apelando a leyes coloniales que mejor los ampararan contra el despojo. Sus argumentos sucumbieron ante la lógica moderna del abogado defensor del arrendatario comprador, cuyo alegato, para quedarse con las tierras, giró en tomo al derecho de los indios a ser hombres libres y propietarios.'

Al verse favorecidos, hacia finales del siglo XIX con las nuevas comunicaciones y con el dinamismo que cobraron los mercados urbanos cercanos y lejanos -con el ferrocarril salían las producciones de la Ciénega a Guadalajara, a Que-rétaro, a Toluca, a México, a Zacatecas y a Monterrey-, los productores se preocuparon por aumentar los rendimientos de sus tierras. Combinaron entonces dos estrategias relacio­nadas con sus propiedades: por un lado, intensificaron los cultivos creando tierras de riego; por el otro, procuraron controlar mayores extensiones, no tanto por la tierra y su producto, sino por no perder el poder sobre una población que, de hecho, se había desvinculado del sistema señorial al perder la pertenencia a la corporación.

Ambas estrategias eran costosas: la tecnología agrícola de transporte y comunicación y la de irrigación -para ir a tono con la modernidad- era norteamericana, inglesa, francesa y alemana; también los créditos se desnacionalizaron y aumen­taron sus intereses. El latifundio, por su parte, causaba im­puestos elevados, y también transfería una cuota de poder a los arrendatarios que lo usufructuaban, se requería de medi­das cada vez más forzadas para contener a la población desposeída.

La contradicción de la modernización porfirista tuvo aquí, quizá, su expresión más contundente. Es cierto que el dere­cho a la libertad, a la ciudadanía y a la propiedad, afectó de manera diferencial a la gente de nuestros cuatro subsistemas: desposeyó a los comuneros, favoreció a los arrendatarios.

6. I d e m .

Archivo Municipal de Zamora, Michoacán, Juzgado de Distrito, sección civil. 1870-71 .

Page 24: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Campesinado y modernización en la cuenca de Chapla

24 amplió el radio de acción de los inversionistas urbanos, y, podemos decir que descapitalizó a los hacendados.

La desamortización no sólo ocasionó la concentración de la tierra en manos de hacendados y arrendatarios; atentó también contra la subsistencia campesina de comuneros y medieros, relegándola al jornal, que había podido mantener­se bajo, justamente porque no se había cerrado el acceso a recursos no comerciales. La ampliación del mercado, por su parte, elevaba el valor comercial del principal medio de pago, el maíz y el trigo, de modo que se encarecía la mano de obra, a pesar de todas las medidas coercitivas y violentas de la época.

La vida moderna del hacendado porfiriano en la región, se debatía también entre las alternativas contradictorias ca­racterísticas de un país como el nuestro. Los viajes a Londres y a París, la importación de pianos y los respectivos maestros del teclado, del canto y del minuet, el excusado inglés y los vestidos a vistas que enviaban las tiendas francesas, amena­zaron el presupuesto familiar, igual que la colegiatura del seminario para un hermano o sobrino y la cuota que cobraban los conventos para acoger a solteras y viudas de la parentela.

La propiedad, por lo demás, se fraccionó por el sistema hereditario que consideraba a todos los descendientes direc­tos con iguales derechos, se realizaron ventas de propietarios temerosos cuando se hicieron inminentes las demandas de reparto por hipotecas -vencidas al entrar en acción los mo­dernos bancos-. El mismo patrón hereditario afectó, en este caso, ventajosamente a los arrendatarios, pues distribuyó la propiedad en la familia e impidió la pérdida con el reparto agrario. La práctica del arriendo continuó permitiendo el acceso a los mejores terrenos por el tiempo conveniente, mientras que el comercio y el agiotismo proporcionaron el capital que ágilmente podía moverse de un cultivo comercial a otro, de allí a la ganadería o a la intermediación mercantil. Los arrendatarios lograron evadir cada vez mejor los com­promisos con la tierra -su mantenimiento y regeneración- y con los hombres que la trabajaban, tan sólo por el jornal.

Tenemos así que entrado el siglo X X , arrendatarios y hacendados poseían la mayor parte de la tierra de la Ciénega de Chápala y con ello cambió el patrón de la propiedad y la

Page 25: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

forma de organización de la producción en el valle de Ixtlán. Los amigos del arriendo seguían utilizando los lugares pro­picios para la agricultura y la ganadería comercial en terrenos propios y ajenos; su territorio de acción era discontinuo. Como los negocios en los pueblos decayeron en manos de administradores, prefirieron entonces invertir en predios ur­banos, en industrias y en servicios en la cada vez más dinámica ciudad. Un heredero de San Simón hizo lo mismo después de comprar algunas fracciones a sus hermanos y de invertir en tierras discontinuas en el valle de Zamora. Otras haciendas mantuvieron su unidad hasta la época del reparto.

Los antiguos comuneros quedaron reducidos a peones, jornaleros y medieros de los terratenientes; cientos de ellos realizaron el acarreo de tonelada tras tonelada de piedra y tierra, para construir el bordo de desvío del río Duero y el dique de Maltaraña, que fueron las obras destinadas a desecar la Ciénega. Muchos corrieron la primera aventura norteña al contratarse en el "traque" (tendido de vías de ferrocarril), en la instalación del telégrafo o en la construcción de presas en los Estados Unidos. Allá tuvieron ocasión de oír hablar de la liberación de las clases trabajadoras y luego comunicaron esas ideas a sus parientes cenaguenses, que, al abrigo de la noche, se reunían para organizar la reconquista de sus tierras y para contactar a los agentes de los comités agrarios. Más de una vez fueron sorprendidos por la acordada de las ha­ciendas, pero la lucha de los antiguos comuneros logró las primeras dotaciones en la región en la década de los veinte, mientras que el agrarismo de peones y medieros no indíge­nas, se manifestó apenas en la década siguiente, estimulado por la política cardenista.

En alianza los propietarios y el clero, combatieron las acciones y las ideas relativas a la lucha por la tierra. Los atentados contra la sagrada propiedad se castigarían tanto en la tierra como en el cielo. De allí que los atemorizados peones, medieros y jornaleros anotaran sus nombres, en níimero escaso, en las tierras de solicitantes, cuando Lázaro Cárdenas envió a sus agentes para hacer efectivo el reparto.

En la década de los años treinta, todas las tierras de las haciendas de la región -exceptuando el casco y el número de hectáreas legalmente concedido a la pequeña propiedad- y

Page 26: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Campesinado y modernización en la cuenca de Chápala

26 alguna que otra de empresarios arrendatarios, fueron entre­gadas a los ejidatarios, que entonces eran pocos.

Las tierras de la Ciénega, en sus manos, fueron puestas a producir con arduo trabajo. Sin aperos de labranza, sin semillas, sin capital, sólo con sus brazos, los campesinos trazaron surcos en los zacatales y sembraron su maíz con la esperanza de comer. A muchos los venció el hambre y otros aceptaron la refacción de quien la pudiera proporcionar: los mismos arrendatarios, convertidos entonces en pequeños propietarios, quienes controlaban también la comercializa­ción de los granos y las industrias harineras. A cambio de créditos vencidos y de los altos intereses comenzaron a hacerse de derechos ejidales y a reconcentrar en sus manos los mejores recursos.

Las ampliaciones a los ejidos se sucedieron cuando los renuentes comprendieron la realidad del reparto y la falacia de las amenazas de los terratenientes. Pero fueron más bien ampliaciones a las listas y las parcelas, se limitaron a un máximo de cuatro hectáreas de riego u ocho de temporal por ejidatario.

La bien intencionada gestión cardenista pretendió la crea­ción de un campesinado diestro en diseñar sus propios siste­mas productivos y dueño de sus recursos y de su suerte. Confiaba en la capacidad de autoafiliación a la modernidad de los labradores del campo, en su habilidad para reemplazar las "retardatarias" supersticiones e idolatrías por la ciencia moderna en su la capacidad de producir conocimientos e instrumentos adecuados, para elevar los rendimientos de sus cosechas, el bienestar propio y el de todos los mexicanos.

El apoyo del gobierno fue insuficiente y también lo fue la confianza en un campesinado autónomo. A las solicitudes de restitución, la respuesta fue de dotación de ejidos. Se repartió la tierra, pero no el agua. El crédito fue el instrumento para enajenar las decisiones sobre las especies y variedades ve­getales a sembrar, sobre la tecnología a emplear, sobre los calendarios agrícolas, sobre el destino y el precio de las cosehas.

La mentada revolución verde ingresó en la Ciénega de Chápala con sus dos condiciones: el capital necesario para la compra de los paquetes tecnológicos, y el intermediarismo

Page 27: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

político requerido para hacer concordar la disposición de las agencias oficiales. Ingresó para crear dos tipos de producto­res rurales: el agricultor, que obtiene cosechas de alto valor en el mercado, que para ello requiere de terrenos bien nivela­dos y drenados, de múltiples riegos en un ciclo, de maqui­naria agrícola de uso variado, de sofistacados insumos químicos, de semilla importada, de mano de obra cosecha­dora abundante; y el ejidario minifundista, que cultiva granos sujetos a precios de garantía con los msumos de maquinaria, semillas y químicos que el crédito le obliga a utilizar, y con baja inversión de trabajo humano.

Los primeros surgieron entre pequeños propietarios, anti­guos arrendatarios y aparceros o comerciantes e industriales, de las ciudades enclavadas en la región, que con recursos de capital y relaciones políticas, han podido expander sus em­presas agrícolas. También los hubo de origen ejidatario que a través de cargos y relaciones políticas, accedieron al capital para sus propias explotaciones que compraron pequeña pro­piedades y derechos parcelarios. Los segundos, la mayoría, nunca han logrado acumular un capital propio y han sido eternos clientes cautivos del banco; la dotación reglamenta­ria de tierra no les ha permitido subsistir con sus familias y los ha obligado a trabajar como jornaleros o a migrar. La herencia ha pulverizado las parcelas y desposeído a muchos.

El agua para riego es cada vez más escasa. Las aportacio­nes del Lerma son mínimas y altamente contaminadas; las extracciones para la ciudad de Guadalajara están amenazan­do seriamente la existencia de Chápala. La agricultura em­presarial recibe los mayores volúmenes del líquido disponible y perfora pozos profundos que han abatido el nivel freático y privado a los habitantes de ranchos y pueblos, del agua para el consumo doméstico. Las grandes extensio­nes dedicadas a gramíneas son las más afectadas. Contradic­toriamente la Ciénega se desecó por exceso de agua; en el próximo ciclo se sembrará extensivamente cártamo y gar­banzo, cultivos de un sólo riego, haciendo frente a la escasez.

Le ha estado vedado al campesino cenaguense sembrar para comer. El maíz y el trigo fueron reemplazados por el sorgo y el cártamo en los respectivos ciclos de verano e invierno. Los ecuaros en los cerros se trepan por los paredo-

Page 28: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Campesinado y modernización en la cuenca de Chápala

28 nes hasta la última punta; se han extinguido variedades y especies animales y vegetales, salvajes y silvestres, de caza y recolección. Ya no hay pescado blanco ni popocha, y tilapias, carpas y bagres no alcanzan a crecer y se merman día con día. La artesanía y la manufactura no compiten con los productos industriales. No obstante, la supervivencia depende de prácticas y estrategias típicamente campesinas.

Los hombres, y muchas mujeres, en su mejor edad pro­ductiva, están fuera de la Ciénega de Chápala. El trabajo agrícola es realizado por las máquinas, y las tareas manuales esporádicas quedan para mujeres y niños con menores remu­neraciones. Una consecuencia inmediata es la baja escolari­dad en la región, que se convierte así en exportadora de fuerza de trabajo no calificada, que en el mercado laboral en que llegue a insertarse sin duda, ocupará posiciones subor­dinadas.

Las sucesivas devaluaciones monetarias desde el sexenio echeverrista, aumentaron el atractivo de la migración a los Estados Unidos, y los altos intereses bancarios estimularon la venta de parcelas. El acceso al capital generó casos indi­viduales de ascenso económico vertiginoso diferenciando a los miembros de la familia campesina. Hubo quienes fragua­ron esperanzas de vivk de sus rentas; el proceso inflacionario y la baja de intereses, sin embargo, los reincorporó, ahora sin tierra, a la probreza.

El Banco de Crédito Rural, por su parte, paulatinamente fue dando un giro a su función de promotor y modemizador de la agricultura ejidal a contenedor de la masa campesina, privada de los recursos para subsistir y en déficit crónico causado por la transferencia del valor de su trabajo frente al capital y al Estado. La concentración y privatización de la mejor tierra, fue relegada a las áreas de temporal de cerro, ladera y ciénega, donde no ha habido inversión alguna para la mejora y mantenimiento del suelo, donde los productos químicos han atrofiado la regeneración biológica y donde el paquete tecnológico ha eliminado la diversificación de cul­tivos. La conversión en mercancía de los insumos para la agricultura y del trabajo, descompensan el costo de la cose­cha y su precio a la venta y, como consecuencia, se ha

Page 29: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

ESTUDIOS JALISCIENSES 1

generalizado una cartera vencida que hace tambalear las finanzas de la institución dependientes de créditos extemos.

El Estado enfrenta en la presente década una crisis econó­mica del país, con un programa que anuncia una estrategia de "modemización".^ En lo que respecta al campo, su pro­pósito es elevar rendimientos y eliminar subsidios. Abre la puerta al cultivador eficiente para acceder a la tierra y al crédito, y para gozar de las obras de infraestmctura de los distritos de riego. Abre la puerta también al capital comercial nacional y extranjero, para someter a los agricultores mexi­canos a la nueva división intemacional del trabajo.̂

En la Ciénega de Chápala la siembra de hortalizas se realiza crecientemente, financiada cada vez más, por bode­gueros de los mercados de abastos y por exportadores rela­tivamente eficientes para cumplir con cadenas logísticas de empaque, refrigeración y transporte. Se pretende demagógi­camente que los cultivadores de gramíneas se asocien y autofinancien sus cosechas, cuando lo que sucede es que también ellos pasan a depender de los almacenistas e indus­triales de harina, aceites, alimentos "chatarra" para la gente, y alimentos balanceados para el ganado.

Para obtener la tierra, el agua, el crédito y el permiso para la siembra, cada quien ha tenido que vender su alma al diablo y la culpa pesa sobre todas las conciencias. A cambio de la sumisión política, no por la retribución justa al trabajo, el patemalismo estatal ha creado un campesinado reclamante de prebendas, cuya escasez aumenta notoriamente y provoca mayor presión sobre los más desamparados: los jornaleros, niños y mujeres.

Los campesinos cenaguenses han optado masivamente por buscar una alternativa política distinta a la de las corpo­raciones afiliadas al partido oficial. Quizá estén fincando su esperanza en un proyecto de modernización que parta de su propia situación y que se proponga satisfacer sus propias necesidades y del cual ellos sean los protagonistas. Pero quizá también esperan que la presión que ejercen, les resti­tuya las disminuidas prebendas.

El liderazgo de los partidos políticos a los que se afilian los campesinos cenaguenses, se enfrenta a un reto y a una gran responsabilidad.

8. Poder Ejecutivo Federal, PUin n a ­c i o n a l de desarrollo 1 9 8 9 - 1 9 9 4 . México: Secretaría de Programa­ción y Presupuesto, 1989.

9. Cfr. Steven E Sanderson, T h e transformation of M e x i c a n a g r i -c u l t u r e : I n t e r n a t i o n a l structure and the politics of r u r a l change. Princetpn, N. Y. , Princelon Uni-versity Press, 1986.

Page 30: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Estrategias que persisten: la migración hacia Estados Unidos de la región Ocotlán-La Barca

migración hacia Estados Unidos desde la región Ocot­lán-La Barca tiene larga tradición y ha estado sujeta a cam­bios que ocurren tanto en el ámbito internacional como en los procesos regionales. Un rasgo común, a lo largo de este tiempo, ha sido el beneficio que esta actividad brinda a familias de las localidades, las cuales obtienen cierta mejoría en su nivel de vida, siendo éste uno de los principales factores que tienen en cuenta las personas para tomar la determina­ción de ir a trabajar al "norte". El presente trabajo constituye una aproximación al estado que guarda este fenómeno en los últimos años en la citada región. Escenario reciente de la migración hacia Estados Unidos En los últimos años el flujo migratorio de mexicanos hacia Estados Unidos se ha visto afectado por las coyunturas macroeconómicas por las que ha atravesado nuestro país. Este fenómeno tradicionalmente ha sido provocado en gran medida por el diferencial de desarrollo entre los dos países, pero los efectos de la crisis económica registrada en México durante la última década y las recientes reformas a la Ley de Inmigración en Estados Unidos (IRCA) han afectado el volu­men de este flujo. La inmigración legal de mexicanos a Estados Unidos creció de 56 000 a 72 000 personas en 1987,

María Basilia Valenzuela Várela Universidad de Guadalajara

Introducción

Page 31: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

lo cual significó un incremento del 29 por ciento en cinco años (Massey, 1988).

Por otra parte, las comunidades que tradicionalmente han sido conocidas como expulsoras de migrantes, vieron dismi­nuidas sus posibilidades de progreso en pos de una mejor integración al desarrollo nacional; sobre todo aquellas de­pendientes de las actividades agropecuarias, ya que con la crisis el sector primario ha sido uno de los que más han padecido.

En los ochentas, en México se dio una combinación del estancamiento de las cosechas tradicionales con un creci­miento del desempleo urbano, lo cual significó que, sobre todo en las actividades agncolas, simplemente no se abrieran oportunidades de empleo. Las tasas de desempleo y subem-pleo en esta actividad alcanzaron casi el 70 por ciento de la Población Económicamente Activa (PEA) (Taylor, 1988). En consecuencia, las expectativas de un mejoramiento en el nivel de vida para los habitantes de las comunidades rurales y semiurbanas, en un estado como el de Jalisco donde predomina la agricultura tradicional de temporal, fueron más remotas.

Mientras esto sucedía en el país, en Estados Unidos se dieron algunas transformaciones tanto en la dinámica pobla-cional como en el mercado de trabajo, sobre todo en Califor­nia y los estados fronterizos con México, las cuales vendn'an a ejercer su efecto en los flujos migratorios de trabajadores mexicanos.

El envejecimiento de la población blanca en Estados Unidos y los efectos que ello conlleva, han sido motivo constante de preocupación para los estrategas y diseñadores de la política económica y migratoria. Al respecto, Cockroft (1986) estimó, con base en datos del Censo de Población de Estados Unidos de 1980, que la fuerza de trabajo estaduni­dense para 1990 disminuría respecto a la de 1980 en 7.1 millones de personas en el rango de edad de los 15 a los 24 años. Según este mismo autor, se espera que continúe esta tendencia. Por otra parte, la aparición de nuevas empresas que demandan trabajadores poco calificados contribuía a formar una brecha que sólo podía ser cubierta por los traba­jadores extranjeros, mismos que, como en el caso de los

Page 32: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Estrategias que peisisteo: la migración hacia Estados Unidos de la región Ocotlán-La Barca

Como sabemos, esta ley supone la regularización de la calidad migra­toria de los indocumentados que tenían varios años residiendo en Estados Unidos y de aquellos tra­bajadores que se hubieran desem­peñado en actividades agrícolas por un periodo mayor de tres meses en los últimos años. (Strickland, 1987). Durante la fase de su instru­mentación, esta ley generó todo un debate entre políticos y académi­cos de ambos países sobre sus po­sibles efectos y las posibilidades que tenía de lograr sus objetivos. Ver Taylor (1988), Bueno (1987), Verduzco (1987), García y Griego (1987), Vetea (1988). Después de su aprobación fue necesaria una campaña de concientización para que la gente perdiera el temor y acudiera a los centros de regulari­zación instalados por el INS en di­versas fronteras y ciudades del interior del país; y finalmente ter­minaron por solicitar su ingreso personas que no habían laborado antes. En una encuesta realizada por el INESER en los meses de di­ciembre y enero de 1989, encontra­mos que el 12 por ciento de nuestros encuestados había reali­zado su primer viaje a Estados Uni­dos en el período de 1986-1988.

mexicanos, podían ocupar puestos en actividades como la agricultura y sobre todo en la industria manufacturera inten­siva en mano de obra.

En estas condiciones se formaba en los últimos años un escenario internacional muy favorable para que el flujo migratorio se mantuviera e incluso adquiriera nuevas carac­terísticas: una mayor proporción de migrantes con mejores niveles de educación y aun de ingreso, y la incursión de migrantes procedentes de áreas urbanas que no habían pre­sentado tradición migratoria. En este contexto, las modifica­ciones a la IRCA hechas por el Congreso de los Estados Unidos fueron percibidas, cuando menos una vez conocidos los mecanismos de instrumentación, con estusiasmo, no sólo en las comunidades y familias de migrantes sino también en las zonas urbanas de México, ya que se vio la posibilidad de que el migrante con experiencia obtuviera documentos e incluso de que algunas personas que no habían laborado en aquel país, pudieran hacerlo siempre y cuando contaran con la información y el apoyo suficiente en el mismo^

Dadas estas condiciones, es justificado el interés por observar las manifestaciones regionales que asume este fe­nómeno. En primera instancia es fácil estar de acuerdo con la idea de que la migración internacional puede considerarse como un proceso en el cual las familias de la región empren­den una búsqueda de mejores expectativas de bienestar. El mismo flujo de migrantes que sale año con año de Jalisco y otras entidades del occidente hacia California, Texas, Illinois y otros estados de la Unión Americana es un indicador que nos demuestra fielmente las limitaciones que presentan ac­tualmente las oportunidades locales de empleo e ingresos suficientes para satisfacer las necesidades básicas, acceso a servicios, facilidades educativas, de salud, recreativas y, en una palabra, de todo aquello que constituye la oferta de desarrollo en el ámbito regional. Sin embargo, cuando se observan las diferencias regionales que presenta una entidad como Jalisco, al lado de un fenómeno generalizado por todo su territorio, lo que en un principio parecía fácil de entender adopta nuevas expresiones y se vuelve, por tanto, más com­plejo.

Page 33: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

E S T U D I O S J A L I S O E N S E S 1

Así, soluciones que parecían viables para retener pobla­ción en una región son parte de lo ya efectuado en otras, en las cuales, no obstante, sigue existiendo la migración. Mien­tras que en regiones más deprimidas como es el caso de Colotlán en el norte del estado, es opinión generalizada entre los habitantes que resulta necesario abrir empresas que ofrez­can empleo, para inhibir la migración; en otras con econo­mías más dinámicas no es fácil explicar el por qué de este fenómeno sin que ello signifique la eliminación de los pro­cesos generales en los cuales se inserta el proceso migratorio.

En estas circunstancias se puede proponer la necesidad de una amplia discusión sobre los rasgos generales de un desa­rrollo regional, que bien puede iniciarse con el estudio, por un lado, de las condiciones concretas que prevalecen en cada microrregión, y por el otro, en una exploración de las condi­ciones generales que encuentran los migrantes en Estados Unidos, lo que tiene que ver con la forma como se incorporan al mercado de trabajo, con sus actividades cotidianas en aquel país. No es mi intención profundizar en esta discusión ahora, aunque se conocen algunos trabajos que estudian espectos de la migración en ambos países; en cambio, con información recabada en nuestras investigaciones sobre este fenómeno en Jalisco, quiero exponer algunas reflexiones sobre las condiciones regionales específicas y algunas carac­terísticas de los migrantes de esta región. Aproximación a la dinámica regional En comparación con otras zonas del estado, la región Ocotlán se caracteriza por tener una relativa concentración de pobla­ción en tres ciudades principales: Ocotlán, La Barca y Ato-tonilco el Alto, asentándose en ellas poco más de un tercio de la población regional, misma que en 1980 era de 265,040 habitantes.^ En esta zona se localiza también el corredor industrial Ocotlán-El Salto, un área de desarrollo industrial importante en Jalisco. Durante la última década, la industria de la región Ocotlán experimentó un crecimiento consider­able. Según la Guía Industrial de Jalisco, en 1972 en esa región estaban instaladas un total de 7 empresas, número que para el año de 1984 ya se había duplicado. La mayoría de

2. En este apartado se usó informa­ción del Estudio del subsistema de ciudades Guadalajara-Ciudad Guzmán-Manzanillo ( C O N A P O - I N E -SER, 1988).

Page 34: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

ias que persisten: la migración hacia Estados Unidos de la región Ocotlán-La Barca

Para un análisis detallado, ver Co­rona (1989).

estas empresas se localiza en el municipio de Ocotlán; 10 de las 15 industrias asentadas en la región, entre ellas Celanese Mexicana y Cía. Nestlé, se ubican en dicha municipalidad.^

La región se caracteriza por tener una alta concentración de las actividades económicas en el municipio de Ocotlán, siendo uno de los que presentan el grado más alto de indus­trialización en su región, si consideramos que la PEA en el sector secundario es de cerca del 40 por ciento. La cabecera municipal de Ocotlán es el centro urbano de mayor impor­tancia en la región ya que polariza la actividad de industria y servicios.

En general, debido a las políticas de desarrollo industrial de la región, específicamente en Ocotlán y como respuesta a las necesidades propias de la dinámica industrial, la región presenta un grado de integración territorial relativamente alto, con suficiente vialidad e infraestructura que la comuni­ca no sólo entre sus centros menores, que son en última instancia los proveedores de obreros que día a día se despla­zan hacia sus centros de trabajo, que incluye a Guadalajara, la región primada de todo el sistema y centro de servicios de esta industria.

Sin embargo, en la economía de la región aún persisten las actividades agropecuarias como generadoras de la mayor proporción de empleos -en proporción bruta-, en casi todos los municipios que la componen. Destaca el caso de Zapotlán del Rey, cuya población económicamente activa está inscrita en su mayoría en el sector agrícola: 87 por ciento; le siguen Ayotlán, Degollado, Tototlán y Jamay. Estos municipios, a excepción de Tototlán, son los más marginados de la región con índices en el rango de -2.98 hasta -0.12.

En esta zona se produce sorgo, trigo y maíz híbrido, además de hortalizas y frutas diversas, principalmente cítri­cos. Por otra parte, la ganadería es una actividad importante para algunas microrregiones.

La agricultura de la región ha tenido cambios importantes. Desde principios de los setentas esta zona ha estado sometida a un proceso de modernización que se ha traducido en una acelerada sustitución de cultivos así como de una incorpora­ción de paquetes tecnológicos, caracterizados por la meca­nización y uso de insumos novedosos para la producción

Page 35: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

agrícola. Incluso, algunas zonas de la región han sido objeto de macro proyectos experimentales de nuevas tecnologías. Estas transformaciones, como es de suponerse, han redunda­do en procesos de cambio demográfico. En 1982, De León (1985) señalaba a partir de estudios de caso, que la distribu­ción desigual de las condiciones de producción permitía la emigración de fuerza de trabajo, ya que los productores agrícolas con condiciones productivas ineficientes no alcan­zaban a competir con los resultados productivos de paquetes tecnológicos "sofisticados" y eran desplazados del mercado, generando así el fenómeno migratorio. La formación de una estrategia familiar Una de las consecuencias del desarrollo desigual es el pro­ceso migratorio desencadenado en las regiones donde tiene lugar. Es sabido que la modernización del sector agrícola desplaza fuerza de trabajo y que el crecimiento del sector industrial y la urbanización se basa en gran medida en los flujos migratorios entre el campo y la ciudad. En ese contexto de cambios demográficos, la migración internacional es una alternativa para importantes grupos de población que no se colocan en el mercado de trabajo local.

Históricamente, en las regiones expulsoras, el migrante ha sido un agente catalizador del propio proceso migratorio. El cambio que experimenta hace que a su regreso sea visto por otros miembros de la localidad como alguien que ha podido alcanzar otra forma de vida: viste mejor, tiene dinero y además ha logrado acumular una gran experiencia, así como nuevas estrategias de sobrevivencia. No obstante, el flujo tiende a transformarse con los cambios socioeconómicos globales y los procesos microrregionales. Un ejemplo de esto es la incorporación creciente de mujeres a este proceso y más recientemente de personas con mayor calificación.

En la región la migración hacia Estados Unidos tiene ya varios lustros. Tenemos indicios de que en el municipio de La Barca empezaron a existir flujos migratorios a principios de la década de los veinte. Estos migrantes se dirigían prin­cipalmente a Chicago donde se registraba un auge en la industria del acero. En la actualidad, IlHnois sigue siendo uno de los estados hacia donde se dirige una buena parte del flujo.

Page 36: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Estrategias que persisten: la migración hacia Estados Unidos de la región Ocotlán-La Barca

4. De esta región se seiccionaron 3 municipios, de los cuales dos de ellos, Atolonilco y Poncitlán, pre­sentaban bajos índices de rechazo poblacional; y Tototlán, con un ín­dice relativamente alto. En total, se aplicaron 46 cuestionarios a las fa­milias de la región.

aunque el patrón geográfico, como señalaremos más adelan­te, ya se ha diversificado.

Recientemente, en la región Ocotlán puede observarse que la migración hacia Estados Unidos es un fenómeno mayormente localizado en las áreas rurales dentro de la misma."*

Con base en otros estudios podemos decir que no existen marcadas diferencias en cuanto a los perfiles generales de la población migrante respecto a otras regiones (CONAPO, 1986); sin embargo, es importante resaltar que Ocoltán es una de las regiones que expulsa menor cantidad de mujeres migrantes, a pesar de que en la mayoría de las localidades, sobre todo las rurales, no hay ninguna actividad que éstas puedan desempeñar.

En nuestro estudio pudimos detectar que en las comuni­dades expulsoras de migrantes, las familias encuestadas cuentan en su mayoría con casa propia: el 91.3 por ciento del total; la mayoría de la población dispone de servicios básicos como son electricidad, gas y drenaje en su vivienda, pero sólo el 43 por ciento de las familias tiene acceso a servicios médicos y asistenciales. De hecho, este último punto es un verdadero problema, ya que en el caso extremo del municipio de Ayotlán existe un médico por cada 11984 habitantes, en tanto que en Ocotlán, el municipio más desarrollado de la región, se cuenta con un galeno por cada 2142 habitantes (COPLAMAR, 1985).

Debido a la situación de Ocotlán como centro de primer orden en la región, y a las características de las áreas de expulsión de migrantes -localidades rurales y semiurbanas-los servicios educativos de enseñanza media y media supe­rior se concentran principalmente en la ciudad de Ocotlán y en otras poblaciones que poseen importancia económica como Atotonilco y La Barca. Sin embargo, existe una alta integración territorial entre el centro nodal y su hinterland, dada por las vías de comunicación y el transporte, facilitando así el desplazamiento diario de la población hacia ese centro.

Respecto a las condiciones productivas de las familias captadas en la encuesta, podemos decir que el 41.3 por ciento posee tierras de cultivo, de las cuales el 78.9 por ciento son familias con migrantes en Estados Unidos. El número de

Page 37: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

hectáreas promedio por familia es de 4.66 hectáreas, las cuales están destinadas al cultivo del maíz, trigo y sorgo, granos que en su mayoría son comercializados en el interior de la región (tres cuartas partes), dejando una mínima parte para el autoconsumo.

Al parecer, la agricultura de la región está polarizada, pues por un lado encontramos que existen productores mediana­mente prósperos que cosechan en promedio 34.22 toneladas por temporada de siembra, y, por otro lado, están los agricul­tores tradicionales que obtienen en promedio 2.8 toneladas. Lo anterior puede deberse al tipo de cultivo, a la calidad de las tierras y a la mecanización. Esto último es un hecho muy común en la región, ya que ha sido una estrategia seguida desde los años setenta, lo que dio lugar a una liberalización de la mano de obra que tuvo que buscar acomodo en la industria, en otras actividades urbanas, o bien salir en busca de empleo en otras regiones o en Estados Unidos. A pesar de lo anterior, el 19.6 por ciento de las familias generan en promedio 2.6 empleos; de éstas, alrededor del 78 por ciento son familias con migrantes en Estados Unidos en los últimos diez años, lo cual nos ofrece indicadores de un posible apoyo de esta migración hacia las actividades agrícolas en la región. Pero el empleo generado por estas familias se explica más por la ausencia de jefes de familia e hijos mayores, quienes se emplean a su vez en Estados Unidos.

Otra actividad importante que realizan las familias, es el comercio de bienes y servicios en pequeña escala. En nuestro estudio hemos encontrado que más de una cuarta parte de las familias entrevistadas son dueñas de un negocio, siendo en su mayoría -78.53 por ciento-, familias con migrantes en Estados Unidos. Sin embargo, la composición del capital inicial suele variar. Hemos encontrado, por ejemplo, que sólo el 28.6 por ciento de esas negociaciones se abrieron con recusos procedentes de Estados Unidos, y el resto con ingre­sos provenientes del trabajo local y en menor medida de la agricultura. Es evidente que este tipo de negocios no ha llegado a trastocar las estructuras productivas de la región ya que se trata en su mayoría, 78.6 por ciento, de pequeños comercios familiares, abarrotes o pequeñas fondas.

Page 38: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

que persisten: la migración hacia lEstados Unidos de la región Ocotlán-La Barca

De acuerdo con nuestros datos, podemos observar que existen algunas diferencias en cuanto a las características de las familias según su tipo. Respecto a su tamaño, encontra­mos que las familias con migrantes a Estados Unidos son más grandes; en promedio presentan 6.4 miembros, mientras que las otras, las que carecen de migrantes, tienen en prome­dio 5.5 miembros. No obstante, el número promedio de sus dependientes económicos es similiar ya que está en el rango de 3.4 a 3.8 miembros. Los migrantes de los ochenta, una breve descripción Cada una de las familias con emigrantes a Estados Unidos cuenta, por lo menos, con dos miembros trabajando en ese país. Los emigrantes temporales de estas familias tienen un promedio de 5.2 años de escolaridad, su edad promedio es de 28.3 años y en su mayoría son de sexo mascuUno; aunque las mujeres forman un grupo significativo que alcanzan el 17.9 por ciento. Una proporción de este grupo femenino está compuesto por mujeres que han quedado viudas c s o n ma­dres solteras que ejercen la función de jefes de familias; otra parte son mujeres que migran para reunirse con su cónyuge.

Los motivos para migrar pueden variar de acuerdo con la experiencia migratoria de los individuos; sin embargo, nues­tros estudios avalan el hecho de que el 76.9 por ciento migró en la última ocasión debido a una conyuntura económica adversa, misma que se vio agudizada por la crisis económica del país, la cual redujo las expectativas reales tanto en el campo mexicano como en las ciudades.

Por otro lado, es evidente que una de las principales razones para migrar es el diferencial de salarios; en promedio y precios actuales en Estados Unidos ganan 12 veces más que el salario mínimo de la zona correspondiente en nuestro país, esto es que el salario promedio de los migrantes de la región captado en la muestra es de 5.35 dólares por hora. Es necesario subrayar que en el período considerado como de mayor crisis en México, es decir entre 1982-1986, se con­centra el 23 por ciento de los migrantes que realizaron el primer viaje a Estados Unidos.

Es paradójico el hecho de que la población migre huyendo del desempleo en su región, cuando en ella se ubica una

Page 39: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

E S T U D I O S J A L I S C I E N S E S 1

buena parte de la industria del estado. Este hecho nos indica que existe un desarrollo profundamente desigual que está generando que una gran parte de la población, sin suficiente educación o capacitación, no pueda integrarse a las nuevas condiciones de desarrollo existentes en la zona.

Los patrones de ubicación de los migrantes en Estados Unidos no han variado en las últimas décadas, ya que los antiguos destinos siguen atrayendo a los trabajadores de esta región. El principal polo de atracción es California, hacia donde se dirige alrededor del 90 por ciento, prefiriendo el resto trabajar en Texas o Illinois. Sin embargo, a pesar de que el patrón geográfico de la migración en la zona es muy amplio, pues abarca desde el sur de la Unión Americana hasta Canadá, hemos identificado claramente la existencia de co­munidades binacionales, como es el caso de Pomona, Cali­fornia, y San José de las Moras, en el municipio de La Barca.

Las redes migratorias juegan un papel fundamental tanto en la retroalimentación del proceso migratorio como en la formación de comunidades binacionales, ya que disminuyen los costos y aumentan los posibles beneficios derivados de la migración hacia un lugar específico, donde saben que pueden encontrar facilidades para obtener empleos, casa, etc., en tanto se adaptan a una nueva forma de vida;^ por ejemplo, es notorio según nuestras encuestas, que en el primer viaje cuatro quintas partes de los migrantes tempora­les contaban con parientes o amigos que les ayudaron a realizar el viaje a Estados Unidos. Se encontró que debido a la maduración del proceso migratorio y a la existencia de redes migratorias permanentes en Estados Unidos, en el último viaje a la Unión Americana, el 92.3 por ciento de los migrantes captados en la muestra tenían parientes o amigos que les ayudaron a realizar el viaje a ese país.

A medida que van adquiriendo experiencia, los migrantes alargan sus períodos de estancia fuera de su comunidad. De acuerdo con nuestra información, en el último viaje los migrantes permanecían en Estados Unidos alrededor de dos meses más que en el primero. Esto comprueba lo que nos han comentado algunos de nuestros informantes de la misma, en el sentido de que la migración desde esta región tiende a ser permanente sobre todo en algunas localidades rurales de

Según datos de nuestros infor­mantes clave, en Chicago hay una empresa empacadora de comida, cuyo dueño es de una de las locali­dades de la región y emplea sólo a sus paisanos.

Page 40: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Estrategias que persisten: la migración hacia Estados Unidos de la región Ocollán-La Barca

6. Esto no significa en modo alguno que los mexicanos no sean la prin­cipal fuerza de trabajo para la agri-culmra estadunidense; más bien es un indicador de hasta que punto son cada vez mayores las activida­des en las que los mexicanos pue­den emplearse . Existen estimaciones de que alrededor del 70-80 por ciento de la mano de obra contratada para la agricultura en California es de origen mexica­no o hispano, sobre todo en la pro­ducción de frutas y legumbres.

larga tradición migratoria como son: El Carmen, San Jcsé de las Moras, El Tarengo y San José de las Casas Caídas, en el municipio de La Barca.

Encontramos que en las localidades expulsoras, más de la mitad de los migrantes desarrollaban actividades agrícolas, y en menor medida trabajos de corte industrial (18.2 por ciento, sobre todo en el área textil de curtiduría). Esta pobla­ción expulsada se adapta con rapidez a las nuevas condicio­nes de trabajo, y las actividades económicas que realiza en Estados Unidos son eminentemente de base urbana. Noso­tros encontramos la siguiente distribución: en la industria manufacturera y de la construcción se ocupaba el 33.3 por ciento, en los servicios 20.5 por ciento, en servicios domés­ticos alrededor de 8 por ciento, y en labores agropecuarias el 17.9 por ciento.^ Es baja la proporción de personas de nuestro sondeo que se dedican a la agricultura, lo cual puede cobrar consecuencias en el promedio de estancia de este tipo de población en Estados Unidos, pues es ahí donde se concen­tran los empleos temporales, aunque hay quien señala que en la industria, sobre toda en la textil, existen ciclos que podrían hacer de éste un empleo temporal.

Respecto al destino que las remesas económicas recibidas han tenido en el desarrollo local en términos de empleos generados y encadenamientos productivos, hemos encontra­do, al igual que otros estudios sobre migración México-Es­tados Unidos, que la mayor parte de ellas se han usado en el consumo corriente; es decir se han destinado a la manuten­ción de la familia, aunque una parte importante la han dedicado a la construcción, o bien reparación, de las vivien­das y en menor medida a la compra de tierras o maquinaria agncola que después rentan dentro de la propia región. Estas pequeñas inversiones tienen un efecto marginal limitado, ya que no inducen un mayor dinamismo en la economía; sin embargo, para las familias son una forma relativamente segura de aprovechar los ingresos obtenidos en el "norte".

Aparentemente la estrategia migratoria se fortalece por el efecto que tiene en la comunidad el éxito relativo que exhi­ben quienes van a trabajar a Estados Unidos. Las familias de éstos son las más "prósperas" de la región, pues además de concentrar la mayor cantidad de tierras y negocios, poseen

Page 41: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

las casas más bonitas de sus pueblos como producto de su trabajo en aquel país. Un comentario Gnal Es claro que la permanencia del flujo migratorio tiene mucho que ver con la comparación constante que hacen las familias e individuos de lo que ellos llaman "sus expectativas". Puede decirse que para el migrante, potencial o real, migrar es un problema que se relaciona con lo que sucede a su familia dependiendo de si se va o se queda en la localidad, pero también de lo que puede lograr efectivamente en Estados Unidos. La coyuntura internacional y la dinámica regional afectan sustancialmente la percepción que se tiene del pro­blema. Se trata, pues, de cuestiones que de alguna manera moldean el flujo, pero cuyo efecto real es difícil predecir.

Bibliografía BUENO, Gerardo y Lorenzo Meyer (comps.). México-Estados Uni­

dos 1987 México. El Colegio de México. CONAPO-INESER {198S). Estudio del Subsistema de Ciudades Gua­

dalajara-Ciudad Guzmán-Colima-Manzanillo. Guadalajara. Universidad de Guadalajara-CONAPO (en prensa).

CoNAPO (1986). Encuesta en la Frontera Norte a Trabajadores Indocumentados Demeltos por los Estados Unidos. México.

COPLAMAR (1985). Necesidades Esenciales en México. Situación Actual y Perspectivas al año 2000.3a. ed. México. Siglo XXI.

CORONA, Elias (1989). El Salto, Industria y Urbanización de Guadalajara. Guadalajara. Cuadernos de Difusión Científica, No. 15. Universidad de Guadalajara.

D E LEÓN, Adrián (1985). "La Política Económica y las Transfor­maciones en los Procesos de Producción Agrícola en Jalisco. Un Análisis en Tres Comunidades Rurales" en Alcántara, Sergio y Enrique Sánchez (comps.). Desarrollo Rural en Jalisco: contradicciones y perspectivas. México. El Colegio de Jalisco-CONACYT, pp. 79-96. "Estado actual y perspectivas de la migración hacia Estados Unidos". Trabajo preparado para el Seminario Sobre la Migración Internacional en Méxi­co. Estado Actual y Perspectivas. Cocoyoc, Morelos, México.

GARCÍA Y GRIEGO, Manuel (1987). "Orígenes y Supuestos de la Ley Simpson-Rodino de 1986", en Foro Internacional. Vol. XXVII, No. 3, Enero-Marzo, pp. 437-441.

Page 42: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Estrategias que peisisten: la migración hacia Estados Unidos de la región Ocotlán-La Barca 42

MASSEY, Douglas S. (1987). "Undestanding Mexican Migration to the United States" en American Jorunal ofSociology. Vol. 6, pp. 1372-1403.

STRICKLAND, Barba K. (1989). "Simpson-Rodino, 1987-1988: ¿Bomba que no estalló? en Gerardo Bueno y Lorenzo Meyer (comps.). México-Estados Unidos 1987. México. El Colegio de México.

TAYLOR, J. Edward (1988). "U.S. Immigration Policy and the Mexican Economy" en Impacts of Inunigration in California. Washington, D.C. Policy Discussion Paper, The Urban Insli-tute.

VALENZUELA, Basilia M. y Basilio Verduzco (1989). "Migración a Estados Unidos: crónica de un retorno difícil" Reflejo. Guadalajara. Año 1, No. 7, pp. 17-21.

VERDUZCO, Gustavo (1982). "Los Factores de Expulsión en el Campo; Propuesta de un Esquema de Análisis", en Investiga­ción demográfica en México. México. Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología, 1980 pp. 329-335.

WEIST, Raymond E. (1983). "I^ Dependencia Externa y la Perpe­tuación de la Migración temporal a los Estados Unidos" en Relaciones, Estudies de Historia y Sociedad. No. 15. Zamora. El Colegio de Michoacán.

Page 43: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Cuentos y cuentas de la hacienda de Buenavista y de l a f a m i l i a V e l a r d e

H e r i b e r t o M o r e n o E l Colegio de Michoacán

V o y a r e f e r i r m e e n e s t a c o n f e r e n c i a a José F r a n c i s c o V e l a r -d e , e l f a m o s o " B u r r o d e O r o " , a s u f a m i l i a y a s u s h a c i e n d a s d e B u e n a v i s t a , C u m u a t o y S a n José; e n p a r t i c u l a r , a l a p r i m e r a d e e s a s h a c i e n d a s .

B u e n a v i s t a l i m i t a b a p o r e l o r i e n t e c o n e l r a n c h o d e l J a r a l , T a n h u a t o y l a h a c i e n d a d e V a r g a s ; p o r e l p o n i e n t e , c o n C u m u a t o y , f r e n t e a l río L e r m a , c o n L a B a r c a y Rincón G r a n d e ; p o r e l s u r , c o n l o s r a n c h o s d e l a P u e r t a d e V a r g a s y l a T i n a j a , Ixtlán y l a E s t a n z u e l a ; p o r e l n o r t e , p a s a n d o e l L e r m a , c o n l a s h a c i e n d a s d e Salomé, L o r e t o , S a n A n t o n i o y G u a d a l u p e .

C u m u a t o , a s u v e z , s e r e c o r t a b a a l o r i e n t e c o n B u e n a v i s t a ; p o r e l p o n i e n t e , c o n l a i s l a d e Maltaraña; p o r e l s u r , c o n S a n P e d r o C a r o y Pajacuarán; p o r e l n o r t e , c o r r i e n t e d e l L e r m a i n t e r p u e s t a , c o n l a d e S a n José.

E s t a i i l t i m a tenía a l o r i e n t e l o s t e r r e n o s d e L a B a r c a y Salomé; a l p o n i e n t e l o s d e J a m a y y l a h a c i e n d a d e Ciénega d e C u m u a t o y Maltaraña; a l n o r t e , l o s r a n c h o s d e O j o L a r g o y Ciénega d e l P a s t o r .

D e n t r o d e l a gradación c o n q u e s e h a t i p i f i c a d o l a e v o l u ­ción d e l a s h a c i e n d a s m e x i c a n a s , c o m o tradicionales, t r a n -sicionales o modernas, éstas, s o b r e t o d o l a d e B u e n a v i s t a , quedarían c l a s i f i c a d a s , d u r a n t e l a época d e e s t e e s t u d i o , c o m o tradicionales, s i b i e n e sa h a c i e n d a y a e m p e z a b a a t r a n s f o r m a r s e r e s p e c t o a s u s r e l a c i o n e s d e t r a b a j o y d e m o -netarización d e s u economía.

Page 44: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Cuentos y cuentas de la hacienda de Buenavista y de la familia Velarde

44 R e s p e c t o a l h a c e n d a d o m e x i c a n o , s e p u e d e d e c i r q u e s e r

h a c e n d a d o , o c o n v e r t i r s e e n h a c e n d a d o , s i g n i f i c a b a s e r p r o ­p i e t a r i o c a s i s i e m p r e d e u n l a t i f u n d i o , e j e r c e r u n c i e r t o p o d e r político, a l m e n o s e n s u región, g o z a r d e r u m b o y r e n o m b r e s o c i a l y , a v e c e s , a c t u a r c o m o e m p r e s a r i o . C l a r o q u e e m p r e ­s a r i o n o e n u n s e n t i d o técnico s i n o e n u n o e x t e n s o . D e n i n g u n a f o r m a pretenderé s o s t e n e r q u e e l h a c e n d a d o m e x i ­c a n o e r a u n e m p r e s a r i o c o n t o d a s l a s n o t a s q u e , p o r e j e m p l o , l e s a t r i b u y e S c h u m p e t e r a l o s m o d e r n o s e m p r e s a r i o s c a p i t a ­l i s t a s , c o m o e s e n c i a h n e n t e i n n o v a d o r e s y a g e n t e s dinámicos d e l a v i d a económica, c a p a c e s d e r e a l i z a r c o m b i n a c i o n e s n u e v a s c o n l o s f a c t o r e s d e l a producción y d a r r e s p u e s t a s c r e a d o r a s . Análogamente c o n l a teoría d e e s e a u t o r , s e podría d e c i r q u e l o s h a c e n d a d o s t r a d i c i o n a l e s , e n m e d i o d e u n a s c o n d i c i o n e s económicas todavía m u y l e j a n a s d e l c a p i ­t a l i s m o , e n q u e tenían m a y o r p e s o específico e l s e c t o r n a t u r a l q u e e l d e l d i n e r o , y l o s volúmenes d e l a producción q u e l o s d e l a comercialización, e s o s h a c e n d a d o s , c o m o V e l a r d e , a p e n a s estarían e n p o s i b i l i d a d e s , c u a n d o se p r o d u j e r a u n c a m b i o e n u n f a c t o r d e l a economía, d e d a r r e s p u e s t a s d e adaptación d e l o s demás f a c t o r e s a l a n u e v a situación. Estaría p o r demás d e c i r q u e u n h a c e n d a d o a u s e n t i s t a n i a e s o l l e g a ­ría; p e r o sí, u n o q u e c o n o c i e r a y s i g u i e r a d e c e r c a l a v i d a d e l a h a c i e n d a y t u v i e r a o l f a t o p a r a a d a p t a r l a a l a s c o n d i c i o n e s i m p e r a n t e s e n e l l u g a r , e n l a región o , quizá, e n l a nación. C r e o q u e e s o sí p u d o h a c e r V e l a r d e ; p o r e s o d i g o q u e d e dueño q u e e r a s e convirtió e n h a c e n d a d o .

Trataré d e d e s a r r o l l a r e l t e m a e n d o s p a r t e s . E n l a p r i m e r a , l a d e LOS CUENTOS, m u y b r e v e , c o n sólo h e c h o s y f e c h a s , haré l a h i s t o r i a d e V e l a r d e c o m o dueño. E n l a s e g u n d a , l a d e LAS CUENTAS, c o n u n o s análisis d e l a economía d e l l a t i f u n ­d i o , esbozaré l a f i g u r a d e V e l a r d e c o m o h a c e n d a d o .

I . L o s c u e n t o s

José F r a n c i s c o V e l a r d e nació d e José Crispín V e l a r d e y d e J o s e f a d e l a M o r a . Murió f u s i l a d o e n 1 8 6 7 .

N o p u e d o a s e g u r a r s i s u p a d r e e r a h i j o d e l a c a u d a l a d o c o m e r c i a n t e tepiqueño J u a n Andrés V e l a r d e , q u e n e g o c i a b a e n t r e S a n B l a s y G u a d a l a j a r a . L o c i e r t o es q u e e l l i c e n c i a d o Crispín V e l a r d e , r a d i c a n d o e n Ahuacatlán, e n vísperas d e l a

Page 45: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

d e s a s t r a d a b a t a l l a d e l P u e n t e d e Calderón, e n c a r t a d i r i g i d a a l c u r a i n s u r g e n t e José María M e r c a d o , transmitía n o t i c i a s y r u m o r e s q u e l e habían l l e g a d o d e s d e G u a d a l a j a r a s o b r e l a s m a n i o b r a s d e H i d a l g o . E s t o n o s l o h a c e i m a g i n a r , a l m e n o s , c o m o s i m p a t i z a n t e d e l a c a u s a i n d e p e n d e n t i s t a .

E n 1 8 2 0 e l l i c e n c i a d o V e l a r d e a p a r e c e c o m o f u n c i o n a r i o d e l R e a l C o n s u l a d o d e C o m e r c i a n t e s d e G u a d a l a j a r a , c o n e l c a r g o d e c o n c i U a r i o . D e 1 8 2 5 a 1 8 2 6 l o h a l l a m o s d e d i p u t a d o f e d e r a l p o r e l e s t a d o d e Z a c a t e c a s a n t e e l C o n g r e s o G e n e r a l d e l a república, figurando c o m o i n t e g r a n t e d e l a comisión d e legislación. S u participación e n l a cámara f u e m u y i r r e g u l a r p o r i n d i s p o s i c i o n e s d e s a l u d y p o r a u s e n c i a s q u e l e i m p u s i e ­r o n l o s n e g o c i o s d e G u a d a l a j a r a y l o s p r o b l e m a s d e l a s h a c i e n d a s d e s u e s p o s a . Falleció e n a b r i l d e 1 8 2 7 . Está d o c u m e n t a d o q u e s u p o e n c a u z a r l o s r e c u r s o s económicos d e esas h a c i e n d a s p a r a p o t e n c i a r l o s g i r o s m e r c a n t i l e s y q u e usó s u posición política p a r a s o r t e a r l o s p r o b l e m a s financieros d e B u e n a v i s t a .

L a m a d r e d e José F r a n c i s c o V e l a r d e f u e h i j a d e l h a c e n d a ­d o labarqueño, e l b a c h i l l e r J u a n José d e l a M o r a q u e , j u n t o c o n s u h e r m a n o A l e j o A n t o n i o , capitán d e d r a g o n e s p r o v i n ­c i a l e s d e Michoacán, e n 1 7 8 6 , p o r 2 3 4 m i l 2 0 0 p e s o s , compró l a h a c i e n d a d e B u e n a v i s t a y C u m u a t o , sumándola a s u s p r o p i e d a d e s c o U n d a n t e s d e S a n José, S a n P e d r o y S a n A g u s ­tín.

D e s d e q u e murió e l l i c e n c i a d o V e l a r d e , u n tío d e J o s e f a , e l presbítero José I g n a c i o T o r r e s , q u i e n también tenía p a r t e e n l a h e r e n c i a d e l o s D e l a M o r a , s e h i z o c a r g o d e l a administración d e l a s h a c i e n d a s . E s t e clérigo, e n 1 8 3 9 , donó t o d o l o s u y o a l a s o b r i n a , recomponiéndose así e l g r a n l a t i f u n d i o . L a única l i m i t a n t e q u e fijó f u e q u e J o s e f a n o podría t e s t a r n i e n a j e n a r g l o b a l o p a r c i a l m e n t e l o s b i e n e s raíces, q u e q u e d a b a n r e s e r v a d o s p a r a t o d o s l o s p o s i b l e s s o b r i n o s b i z n i e t o s d e l clérigo, l o s h i j o s legítimos q u e t u v i e r a e l h i j o d e J o s e f a y d e l finado Crispín, José F r a n c i s c o V e l a r d e , c a s a d o c o n N i c o l a s a I l i z a l i t u r r i .

Después d e h a b e r d i v i d i d o t e r r i t o r i a l m e n t e , c o n e l río D u e r o c o m o c o l i n d a n c i a , l a s h a c i e n d a s d e B u e n a v i s t a y C u m u a t o , e s e m i s m o año d e 1 8 3 9 , a g o b i a d o p o r l o s años, e l eclesiástico entregó e n a r r e n d a m i e n t o t o d a s l a s h a c i e n d a s a

Page 46: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Cuentos y cuentas de la hacienda de Buenavista y de la familia Velarde

46 l o s p u j a n t e s l a b r a d o r e s j a l i s c i e n s e s P e d r o C a s t e l l a n o s y J e ­sús A s c e n c i o , p o r u n t i e m p o d e n u e v e años p r o l o n g a b l e s e n o t r o s s i e t e .

E n s u t e s t a m e n t o d e 1 8 4 7 , e l presbítero ratificó l a d o n a ­ción q u e había h e c h o d e t o d o C u m u a t o y d e l a m i t a d d e S a n José q u e l e pertenecían, p a r a l o s h i j o s d e V e l a r d e , q u e e r a n I g n a c i o , F r a n c i s c o E s t a n i s l a o y l a niña Jesús. P e r o l a s h a ­c i e n d a s seguían a r r e n d a d a s .

E n 1 8 5 2 , V e l a r d e , dueño p o r h e r e n c i a m a t e r n a d e B u e n a ­v i s t a y d e l a o t r a m i t a d d e S a n José, pretendió r e s c i n d i r e l c o n t r a t o d e a r r e n d a m i e n t o , e n t r a n d o e n p l e i t o j u d i c i a l c o n l o s i n q u i l i n o s . E l d e s p l a n t e d e V e l a r d e coincidió c o n l a adhesión q u e d i o a l P l a n d e l H o s p i c i o , e n c o n t r a d e l p r e s i ­d e n t e M a r i a n o A r i s t a y a f a v o r d e l r e g r e s o d e S a n t a A n n a a l p o d e r , i n d u c i d o o i l u s i o n a d o p o r l a s p r o m e s a s d e l o b i s p o m i c h o a c a n o C l e m e n t e d e Jesús Munguía, q u i e n l e otorgaría e l g o b i e r n o y l a c o m a n d a n c i a m i l i t a r d e J a l i s c o , a c a m b i o d e s u p a r t i d i s m o y s u s d i n e r o s .

E n 1 8 5 7 , V e l a r d e p o r 5 0 m i l p e s o s a c a d a u n o d e s u s t r e s h i j o s adquirió l a o t r a m i t a d d e S a n José, q u e d a n d o C u m u a t o e n e l d e r e c h o d e e l l o s , j u n t o c o n e l h e r m a n o J u a n N c p o m u -c e n o León, a q u i e n p o r m u c h o t i e m p o V e l a r d e había n e g a d o s u p a t e r n i d a d .

E n t r e 1 8 6 1 y 1 8 6 3 , p o r p a r t e s , se f u e v e n d i e n d o C u m u a t o . P r i m e r o a l o s h e r m a n o s R o s a s ; después, y e n t o t a l , a l o s h e r e d e r o s d e C a s t e l l a n o s .

E n 1 8 6 3 , V e l a r d e f u e n o m b r a d o p r e f e c t o y c o m a n d a n t e m i l i t a r d e l d e p a r t a m e n t o d e Z a m o r a p o r e l g o b e r n a d o r José López U r a g a , q u i e n p o c o después s a b o t e a r a e l a t a q u e a M o r e l i a d e f e n d i d a p o r l o s p a r t i d a r i o s d e M a x i m i l i a n o .

E n d i c i e m b r e d e e s e año, l a s t r o p a s f r a n c e s a s s e a p o d e r a ­r o n d e Z a m o r a . V e l a r d e simuló h u i r sólo p a r a s e r a p r e h e n ­d i d o . C u a n d o f u e p r e s e n t a d o a n t e e l g e n e r a l D o u a y , éste confirmó l a s n o t i c i a s q u e a l g u n o s z a m o r a n o s l e d i e r o n s o b r e V e l a r d e c o n l a l e c t u r a d e u n a cédula d e r e f e r e n c i a q u e decía: " V e l a r d e , B u r r o d e O r o , v i e j o inútil p a r a l a acción, católico fanático. S e d i c e g e n e r a l , p e r o n u n c a h a s i d o s o l d a d o ; i n m e n ­s a m e n t e rico, se l e p u e d e s a c a r p r o v e c h o " . M i e n t r a s Z a m o r a q u e d a b a b a j o e l c o b i j o d e l o s f r a n c e s e s y s e d e s a r r o l l a b a l a

Page 47: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

g u e r r a , V e l a r d e s e recluyó e n l o s l u j o s y t r a b a j o s d e s u h a c i e n d a .

L a v i d a d e V e l a r d e , e n t r e t e j i d a d e i n c o n t e n i b l e s l a n c e s d e g e n e r o s i d a d y e x h i b i c i o n i s m o , acabaría e n u n paredón d e f u s i l a m i e n t o . Creyó h a l l a r más s e g u r i d a d e n l a d e f e n s a q u e o r g a n i z a r o n l o s i n t e r v e n c i o n i s t a s s o b r e Z a m o r a y e n f e b r e r o d e 1 8 6 7 dejó B u e n a v i s t a . N u n c a s u p u s o q u e e l l i b e r a l Regu­l e s p u d i e r a r e c u p e r a r l a c i u d a d ; m e n o s q u e ahí l o f u e r a n a a t r a p a r . M e n d o z a , e l n u e v o g o b e r n a d o r , dictó s u s e n t e n c i a d e m u e r t e . Sólo u n a p e l o i n t e r p u e s t o a n t e e l p r e s i d e n t e Juárez l e prolongó l a v i d a h a s t a e l m e s d e j u n i o ; p e r o n o se l a salvó. P u d i e r o n m u c h o más e n e l r e m a t e d e s u t r a g e d i a l a s p r e s i o n e s e i n t r i g a s d e a l g u n o s z a m o r a n o s , d e u d o r e s s u y o s , q u e e l i n d u l t o c o n c e d i d o p o r Juárez. V a l i e n t e , c o n e l r o s t r o d e s c u ­b i e r t o , s e enfrentó a l a c t o f m a l d e s u t r a g e d i a l a mañana d e l 1 4 d e j u n i o d e 1 8 6 7 .

n . L a s c u e n t a s

E l i n v e n t a r i o q u e e n 1 8 3 9 se c o m p u s o a n t e s d e e n t r e g a r e n a r r e n d a m i e n t o l a s h a c i e n d a s d e B u e n a v i s t a y S a n José a P e d r o C a s t e l l a n o s y Jesús A s c e n c i o , y o t r o s d o c u m e n t o s d e 1 8 5 3 y 1 8 5 7 , n o s p e r m i t e n a p r o x i m a r n o s a l a s c a p a c i d a d e s o r g a n i z a t i v a s d e F r a n c i s c o V e l a r d e . P a r a e l l o r e c o r r e r e m o s , e n p r i m e r l u g a r , e l c a s c o , l a s i n s t a l a c i o n e s y l o s p o t r e r o s d e l a h a c i e n d a . E n s e g u n d o l u g a r , c o n s i d e r a r e m o s l o s i n s t r u ­m e n t o s d e t r a b a j o , l a producción g a n a d e r a y l a t i e n d a d e r a y a . F i n a l m e n t e , l a organización d e l t r a b a j o c o n b a s e e n l o s g r a n d e s y pequeños a r r e n d a t a r i o s , e l a d m i n i s t r a d o r y l o s demás t r a b a j a d o r e s .

E l a n t i g u o c a s o d e B u e n a v i s t a

F u e e l q u e conoció d e s d e s u i n f a n c i a F r a n c i s c o V e l a r d e . E l q u e h o y s e c o n t e m p l a e n V i s t a H e r m o s a , d a t a d e l o s años m e d i a n e r o s d e l s i g l o X I X , y f u e o b r a s u y a p o r r e c o n s t r u i r u n e d i f i c i o y a b a s t a n t e d e t e r i o r a d o , q u e e n 1 8 3 9 así s e m o s t r a b a :

L a c a s a p r i n c i p a l tenía s u a c c e s o b a j o u n p o r t a l d e n u e v e a r c o s q u e , a l o r i e n t e , también introducía a l a c a p i l l a . A e s e pórtico s e abrían l a s v e n t a n a s d e l a s a l a y l a s p u e r t a s d e l a t i e n d a y l a recámara. E n e l p a t i o i n t e r i o r l l a m a b a l a atención

Page 48: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Cuentos y cuentas de la hacienda de Buenavista y de la familia Velarde

48 e l m a l e s t a d o d e l o s c u a r t o s . A l f o n d o seguía e l c o r r a l , c o n p e s e b r e y p i l a .

L a c a p i l l a tenía zaguán, p u e r t a s y v e n t a n a s e n m a r c a d a s d e c a n t e r a . A s u i z q u i e r d a seguía l a sacristía, c o n v e n t a n a a l o r i e n t e más u n a p u e r t a d e p a s o a o t r o p a t i o y a l a c a s a d e l capellán. S u t o r r e d e c a r a c o l e s t a b a f o r m a d a p o r u n s o l o c u e r p o d e c u a t r o a r c o s , c o n cúpula y v e l e t a . U n a d e l a s c u a t r o c a m p a n a s e s t a b a r e v e n t a d a .

H a c i a e l s u r - p o n i e n t e d e e s e c o n j u n t o , s e veía " l a c a s a d e l a c a r r e t e r a " , flaqueada p o r e l c o r r a l d e l a b u r r e r a . P o r e l l a d o d e l a r r o y o , a s o m a b a l a j a b o n e r a . B a j o s u s t e j a d o s d o s c o l a ­d e r a s , t r e s c a l d e r a s , d o s e n f r i a d e r o s . E n e l p a t i o , e l p o z o c o n b r o c a l , a r c o y c a r r i l l o . O t r o s c u a r t o s servían d e b o d e g a , t i e n d a y t r a s t i e n d a . M a s allá d e l a r r o y o s e veía l a c a s a d e l m o l i n o , q u e o p e r a b a d o s p i e d r a s e n c o r r i e n t e . L o s c a j o n e s e r a n d e v i g a y l a s t o l v a s d e c u e r o . L a v a d e r o y a s o l a d e r o , e n b u e n e s t a d o ; n o así l o demás, n i l a a t a r j e a n i s u bóveda. F r e n t e a l a c a s a g r a n d e y a s u d e r e c h a e s t a b a l a p l a z a d e t o r o s y j a r i p e o . A l l a d o , h a c i a e l s u r , l a g r a n t r o j e y s u p o r t a l d e d o s a r c o s ; l u e g o o t r a s d o s t r o j e s q u e j u n t o c o n u n a más pequeña y l o s d o s c u a r t o s d e l d e s p a c h o e s t a b a n u n i d a s p o r u n p o r t a l c o n p i l a r e s d e l a d r i l l o . C e r c a d e l c o r r a l d e l a b u r r e r a había o t r a s b o d e g a s y c u a t r o zahúrdas c o n s u s c o r r a l e s d e r a m a . E n 2 7 c a n o a s comían l o s c e r d o s y bebían e n o t r a s c u a t r o .

Los potreros

E s t a b a n b i e n d e m a r c a d o s . U n o s c o n c e r c a s d e cajón; o t r o s c o n l i e n z o s d e l o m i l l o o c e r c a s d e r a m a p a r a d a . A l g u n a s d e s u s p u e r t a s c o n t a b a n c o n c a d e n a y l l a v e . A l n o r t e d e l a r r o y o e s t a b a n e l d e l M o l i n o , e l d e S a n V i c e n t e , e l d e l P a l o A l t o . A s u s f l a n c o s corría l a z a n j a M a d r e , c u y o s c a n a l e s a l c a n z a b a n h a s t a e l Cuenqueño, l a T o r r e c i l l a , P o t r e r i t o s y e l Cuenqueño d e A b a j o . C a m i n o a L a B a r c a , s e extendían l o s p o t r e r o s d e l a G r a n j e n a , e l D e s t i e r r o , e l d e l a A r e n a y e l Moreneño; l u e g o e l d e l T o m a t e y e l Borjeño. C a s i t o d o s , e n u n o o d o s d e s u s f l a n c o s , c o n t a b a n c o n v a l l a d o s .

C o m o t e r r e n o s e s p e c i a l e s e s t a b a n l a h u e r t a d e l M o l i n o , c o n a l g o más d e c i n c o m i l l a r e s y m e d i o d e f r u t a l e s y l a d e l Cuenqueño, c o n u n o s d o s m i l t r e s c i e n t o s . También e n e l Cuenqueño había u n cañaveral d e d o s m i l 3 8 s u r c o s d e

Page 49: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

p l a n t i l l a , m i l 8 9 3 d e s o c a y 8 9 8 d e r e s o c a . T o d o s c o n u n a a r a d u r a d e d i e z p a s o s d e l a r g o c o n t a d o s a c a b a l l o .

instrumentos de trabajo

L o s d e m e t a l , c o m o b a r r e t i n a s , g a r a b a t o s y h a c h a s , e r a n p o c o s . N o s e e n l i s t a r o n a r a d o s , p e r o sí 2 4 y u g o s . T a m p o c o había a z a d o n e s . E s d e s u p o n e r q u e l o s t r a b a j a d o r e s a p o r t a ­b a n s u m a n o d e o b r a j u n t o c o n s u s a p e r o s ; p e r o l a h a c i e n d a d i s p o m ' a d e 4 6 p a r e s d e c o y u n d a s , 4 0 b a r z o n e s y 7 5 p a l o s d e a s t a ; así c o m o 2 0 7 r e j a s d e h i e r r o , q u e r e s u l t a b a n más q u e i n s u f i c i e n t e s p a r a e q u i p a r l o s 6 8 0 b u e y e s d e t r a b a j o , c a p a c e s d e f o r m a r e n t r e 1 3 5 y 1 7 0 y u n t a s . S i n d u d a q u e l a h a c i e n d a s e b e n e f i c i a b a d e a l q u i l a r s u s a n i m a l e s y a p e r o s a m e d i e r o s y a r r e n d a t a r i o s . P a r a l a p i s c a d e l maíz había o c h o c h u n d e s y p a r a l a s i e g a d e l t r i g o 1 5 r o z a d e r a s ; d e m a s i a d o p o c a s e n proporción c o n l a c a p a c i d a d d e s u s a l m a c e n e s , d o n d e a c c i o ­n a b a n d o c e c a r r e t a s , 1 6 3 p a l a s y s e podían u s a r u n a s 7 0 c a r g a s c o s t a l e r a s , más d e d o s m i l l a z o s y c u e r d a s y t r e s a g u j a s d e a r r i a . M a s sólo a p a r e c i e r o n s i e t e a p a r e j o s . E s t a b a n d o s d e s g r a n a d o r a s , u n a m e r o d e maíz, o t r o d e g a r b a n z o y d o s z a r a n d a s d e t r i g o .

P o r l a l i s t a d e h e r r a m i e n t a s , s e v e q u e l a carpintería t r a b a j a b a b a s t a n t e ; p e r o n a d a i n d i c a q u e h u b i e r a h a b i d o h e r r e r i a , t a n i n d i s p e n s a b l e e n u n a h a c i e n d a . P a r a l a f a b r i c a ­ción d e l q u e s o , s e disponía d e t a r r o s d e ordeña, a r t e s a s , c e d a z o s , c u a j o s , c h i q u i h u i t e s , c i n c h o s y a r o s d e b a r r i l y c a s i 4 0 0 a r r o b a s d e s a l . E n l a curtiduría, l o s a l t e r o s d e c u e r o p e s a r o n 1 4 0 a r r o b a s ; había además u n c e n t e n a r y c u a r t o d e v a q u e t a s y c u e r o s d e m o r t a n d a d . D e c a l había 6 0 f a n e g a s . L a j a b o n e r a tenía además m e s a , c a j o n c i t o d e c o r t a r l o s p a n e s , s e i s b o t i t a s j a b o n e r a s , l a r o m a n a d e 1 5 a r r o b a s y u n c a s o d e c o b r e c o n más d e c u a t r o a r r o b a s d e p e s o . E n c a m b i o , p a r a l a t r a s q u i l a sólo tenía l a h a c i e n d a d o s t i j e r a s .

E n l a s t r o j e s s e c o n t a r o n 1 1 9 c a r g a s d e t r i g o , 5 9 d e h a r i n a , 2 m i l 9 3 9 f a n e g a s d e maíz e n m a z o r c a , 3 5 0 f a n e g a s d e maíz v i e j o , 2 m i l 2 2 7 f a n e g a s d e g a r b a n z o , 1 3 3 y m e d i a f a n e g a s d e f r i j o l n u e v o y 5 f a n e g a s d e f r i j o l v i e j o . E s difícil s a b e r e n qué proporción e s a s c a n t i d a d e s correspondían a l a p r o d u c ­ción d i r e c t a d e l a h a c i e n d a o d e s u s m e d i e r o s y a r r e n d a t a r i o s .

Page 50: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Cuentos y cuentas de la hacienda de Buenavista y de la familia Velarde

50 L o q u e sí l l a m a l a atención es q u e s e disponía d e a l g o más d e 3 0 0 l i t r o s d e g a r b a n z o p o r c a d a u n o d e l o s 3 9 6 p u e r c o s d e l a s zahúrdas. S i e n l a s c o s e c h a s d e e s e m e s d e n o v i e m b r e d e 1 8 3 9 sólo s e h u b i e r a o b t e n i d o e s e maíz, s e podría c a l c u l a r u n área d e c u l t i v o e n t r e l a s 1 4 6 y l a s 3 6 7 hectáreas d e extensión.

L o s g a n a d o s

S e c r i a b a t o d o t i p o d e g a n a d o : v a c u n o , l a n a r , d e p e l o , d e c e r d a , c a b a l l a r , m u l a r , a s n a l . E n t r e t o d o s s e c o n t a r o n 1 6 m i l 6 2 0 c a b e z a s , c o n u n v a l o r d e 7 8 m i l 3 5 8 p e s o s 2 r e a l e s . D e l o s v a c u n o s , 6 8 8 e r a n b u e y e s d e t r a b a j o y 4 4 c a b e s t r o s p a r a l a s t o r a d a s , 2 m i l 2 5 4 l a s v a c a s d e v i e n t r e . E l h e r r a d e r o a n t e r i o r registró 3 6 2 b e c e r r o s y 3 5 6 b e c e r r a s ; e s d e c i r , u n n a c i m i e n t o p o r c a d a t r e s v a c a s . S e v e q u e l o s t e r r e n o s d e ciénega, e n l a s i s l a s , y l o s b u e n o s p o t r e r o s b o r d e a d o s d e c a n a l e s , concurrían a l a s a n i d a d y f e c u n d i d a d d e l o s a n i m a l e s q u e c o n e l c h a c h a m o l e , e l c a r r i c i l l o y l a c a r r e t i l l a s e ponían d e m e d i o c e b o .

E n e l i n v e n t a r i o , e l g a n a d o significó e l 8 5 . 9 5 p o r c i e n t o d e l v a l o r t o t a l d e l o s b i e n e s m u e b l e s d e B u e n a v i s t a , f r e n t e a l 1 4 . 0 5 p o r c i e n t o d e l o s demás e n s e r e s y mercancías d e l a t i e n d a .

La tienda de raya

B u e n a v i s t a tenía i n v e r t i d o s e n s u s mercancías 4 m i l 2 0 0 p e s o s . L a s m a y o r e s e x i s t e n c i a s e r a n d e t e l a s n a c i o n a l e s y e x t r a n j e r a s . E n e l i n v e n t a r i o s e a c u s a b a u n a u t i l i d a d d e m i l 7 2 6 p e s o s 2 r e a l e s , q u e r e p r e s e n t a b a u n 4 1 p o r c i e n t o d e l v a l o r d e l a s mercancías, y significarían u n 4 . 6 1 p o r c i e n t o d e t o d o s l o s b i e n e s v a l u a d o s p a r a e l a l q u i l e r . E n e sa m i s m a ocasión e l t e n d e r o logró h a c e r c o b r o s s u b s t a n c i a l e s d e p a r t e d e l o s s i r v i e n t e s , quizá l o s p e o n e s , p o r 2 m i l 6 4 8 p e s o s y fracción. S e o p e r a b a , p u e s , c o n e l s i s t e m a d e f i a d o ; p e r o había m e d i o s e f i c i e n t e s p a r a r e c u p e r a r c o n u n a c i e r t a c e l e r i ­d a d e l d i n e r o d e l a s d e u d a s ; p e r o también d e p a r t e d e l o s d e u d o r e s tenía q u e h a b e r r e c u r s o s p a r a s a t i s f a c e r i a s .

Page 51: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

A u n q u e e s m u y s o m e r a l a alusión q u e d e l o s p e o n e s h a c e e l i n v e n t a r i o , llamándolos " s i r v i e n t e s " , p o r e l m o n t o d e l r e e m b o l s o y p o r s u p o n e r q u e l o s créditos i n d i v i d u a l e s r o n ­d a r a n e n t r e l o s 5 y l o s 2 0 p e s o s q u e t r a d i c i o n a l m e n t e s e l e s permitía a d e u d a r a l o s p e o n e s , s e podría p e n s a r q u e B u e n a ­v i s t a c o n t a r a c o n a l g o más d e c i e n t r a b a j a d o r e s r e s i d e n t e s , p u e s n o es p o s i b l e e x c l u i r d e e n t r e l o s d e u d o r e s a o t r o s " s e r v i d o r e s " , quizá h a s t a l o s m i s m o s a r r e n d a t a r i o s .

E s t o n o s l l e v a a p e n s a r q u e e n l a c u a r t a década d e l s i g l o X I X l a h a c i e n d a n o había m o n e t a r i z a d o d e l t o d o s u s r e l a c i o ­n e s l a b o r a l e s y s a l a r i a l e s c o n l o s o p e r a r i o s p r o p i o s y l o s a r r e n d a t a r i o s , a p a r c e r o s y m e d i e r o s . E n b r e v e , s e p u e d e c o n c l u i r q u e s i l a s u m a d e l o s c o b r o s f u e c o n s i d e r a b l e , también debió s e r l o e l número d e l o s p e o n e s .

C o n t o d o , l a s p r i n c i p a l e s n o t i c i a s q u e e n l o s d o c u m e n t o s s e r e c a b a n s o b r e l o s t r a b a j a d o r e s d e l a h a c i e n d a , s e r e f i e r e n a l o s a r r e n d a t a r i o s , quizá p o r q u e a l e n t r a r e n c o m p r o m i s o s d e m a y o r r e l i e v e c o n l o s h a c e n d a d o s , éstos l o s compelían a f o r m a l i z a d o s n o t a r i a l m e n t e o p o r q u e e r a n p e r s o n a s q u e y a habían l l e g a d o a l m u n d o d e l p a p e l firmado, a r c h i v a b l e y c o b r a b l e .

Los grandes arrendatarios

E s t o s e r a n q u i e n e s podían c o n t r a t a r d e s d e u n r a n c h o d e b u e n a s p r o p o r c i o n e s , h a s t a h a c i e n d a s e n t e r a s .

Q u e s e p a m o s , sólo e n 1 8 3 9 s e efectuó e l a r r e n d a m i e n t o e n t o t a l d e B u e n a v i s t a y S a n José, c o m o d i j e , p a r a l o s e m p r e n d e d o r e s C a s t e l l a n o s y A s c e n c i o ; e l p r i m e r o c o n t a n ­t o s r e c u r s o s , q u e s u s s u c e s o r e s acabarían c o m p r a n d o l a porción d e C u m u a t o . E n l o s a r r e g l o s i n c i a l e s e l presbítero T o r r e s y e l l o s c o n v i n i e r o n e n u n a r e n t a a n u a l de 1 0 m i l p e s o s p o r l a p r i m e r a y 7 m i l p o r l a s e g u n d a , más u n c i n c o p o r c i e n t o p o r e l s e m o v i e n t e , m u e b l e s , s e m i l l a s , a p e r o s y mercancías, según s e t a s a r a c a d a e s p e c i e p e c u a r i a y c a d a artículo. E n t r e o t r o s c o m p r o m i s o s e s t a b a n p a r a l o s i n q u i l i n o s e l p a g o d e las c o n t r i b u c i o n e s , e l a s u m i r l a c o s e c h a d e t o d o l o q u e y a e s t a b a s e m b r a d o , e l r e c i b i r a c a r g o l a s d e u d a s p e n d i e n t e s d e l o s s i r v i e n t e s , e l c o b r a r l a s fianzas d e l o s s u b a r r e n d a t a r i o s y e l p a g a r p o r m i t a d e l c o s t o d e l a s m e j o r a s .

Page 52: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Cuentos y cuentas de la hacienda de Buenavista y de la familia Velarde

52 E l avalúo d e l i n v e n t a r i o arrojó e s t o s v a l o r e s : g a n a d o s , 7 8

m i l 3 5 8 p e s o s ; e f e c t o s y e n s e r e s , 8 m i l 6 1 4 ; mercancías, 4 m i l 2 0 0 ; u t i l i d a d e s d e l a t i e n d a , m i l 7 2 6 ; c o b r o s d e l t e n d e r o , 2 m i l 6 4 8 ; es d e c i r , 9 5 m i l 5 4 7 p e s o s . E l d e S a n José ascendió a 1 1 5 , 8 3 4 p e s o s .

Y a p a r a c e r r a r e l c o n t r a t o , a c o r d a r o n q u e l a r e n t a a n u a l t o t a l d e l o s d o s c o n j u n t o s sería d e 2 7 m i l 8 1 0 p e s o s . C a d a i n q u i l i n o comprometía s u s p r o p i e d a d e s y exhibía f i a n z a s .

P o r l o s d e t a l l e s d e l i n v e n t a r i o s e d e d u c e q u e C a s t e l l a n o s y A s c e n c i o e s t a b a n c o n t r a t a n d o e d i f i c i o s , i n s t a l a c i o n e s , p o ­t r e r o s , t i e r r a s d e l a b o r y h u e r t o , e n s e r e s , a p e r o s , g a n a d o s y e f e c t o s c o m e r c i a l e s d e t i e n d a y c a s a ; p e r o n o l a t o t a l i d a d d e l a p r o p i e d a d f u n d i a r i a , p u e s s e mantendrían l o s i n q u i l i n o s a n t e r i o r e s , a h o r a e n c a l i d a d d e s u b a r r e n d a t a r i o s b a j o e l c o n ­t r o l d e e s o s g r a n d e s a r r e n d a t a r i o s . D e s d e l a época c o l o n i a l , a l m e n o s e n B u e n a v i s t a , s e d e s a r r o l l a b a e l t r a b a j o c o n b a s e e n e l a r r e n d a m i e n t o y e l s u b a r r e n d a m i e n t o e n b u e n a p a r t e , a u n q u e l a más periférica, d e l a p r o p i e d a d . E n c a m b i o , a h o r a , s e l e s cedía a C a s t e l l a n o s y A s c e n c i o a q u e l l a área c e n t r a l q u e l a h a c i e n d a s i e m p r e había c o n t r o l a d o d i r e c t a m e n t e y q u e s i n m a y o r e s p r o b l e m a s c o n l o s demás i n q u i l i n o s , podía c o m p r o ­m e t e r h a s t a p o r dieciséis años s e g u i d o s .

A p e n a s será n e c e s a r i o r e c a l c a r q u e e n e s a área c e n t r a l l a h a c i e n d a y a tenía o r g a n i z a d o s l o s e s p a c i o s p e c u a r i o s y agrí­c o l a s , c o n i n t e l i g e n t e t r a z a d o d e c a n a l e s , z a n j a s y a t a r j e a s , c e r c a s y p u e n t e s , p a r a r e g a r plantíos, h u e r t a s y cañaverales, m o v e r e l m o l i n o y a c t i v a r e l l a v a d e r o , l a curtiduría, l a j a b o n e r a y l a quesería. E r a e l núcleo d e l a elaboración d e artículos y p r o d u c t o s d e m a y o r significación c o m e r c i a l .

L a h a c i e n d a t em 'a u n a s e g u n d a área, n o m e n o s i m p o r t a n t e . E r a l a d e l a s i s l a s d e l a ciénega, m a r a v i l l o s o p i s o g a n a d e r o d e p a s t i z a l e s y l a m e d e r o s , c o n t r o l a d o p o r estratégicos p a s o s y p u e n t e s . L a s más a p e t e c i d a s e r a n l a s d e C u m u a t o , q u e s e f u e r o n d e s a n o l l a n d o h a s t a c o n f o r m a r d e n t r o d e l m i s m o l a t i f u n d i o u n a h a c i e n d a más. Ahí a g o s t a b a n h a s t a 3 m i l v a c a s p a r i d a s , 8 m i l c a b a l l o s , 1 0 m i l v a c u n o s , 6 m i l c e r d o s , 1 0 0 m i l o v e j a s . L o s extraños p a g a b a n u n r e a l , e s t o e s , u n o c t a v o d e p e s o , p o r c a b e z a q u e i n t r o d u j e r a n ; es d e c i r , q u e l a h a c i e n ­d a podía r e c o g e r u n a r e n t a a n u a l d e u n o s 1 5 m i l p e s o s .

Page 53: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Lx>s arrendatarios menores

P a r a e l l o s s e d e s t i n a b a u n a t e r c e r a área, o c u p a d a p o r r a n c h o s o p u e s t o s g a n a d e r o s . O t r o c o n t r a t o d e a r r e n d a m i e n t o , p u b l i ­c a d o p o r B e r t a C e r d a , y q u e celebró F r a n c i s c o V e l a r d e e n 1 8 5 7 c o n l o s señores T a m a y o , d e Ixtlán, s o b r e e l r a n c h o d e S a n F r a n c i s c o , q u e p o r o t r o l a d o s a b e m o s s e a c o s t u m b r a b a r e n t a r d e s d e 1 7 4 9 , n o s p e r m i t e i n s i s t i r e n l a i d e a d e q u e f u e e l a r r e n d a m i e n t o l a práctica h a b i t u a l d e B u e n a v i s t a p a r a a l l e g a r s e b r a z o s , p r o d u c t o s y , c l a r o , d i n e r o . También n o s permitirá a p r e c i a r l a s d i f e r e n c i a s q u e e n e l m a n e j o d e l a h a c i e n d a e m p e z a b a a i n t r o d u c i r F r a n c i s c o V e l a r d e , e l m i s m o año d e 1 8 5 7 e n q u e entró e n a r r e g l o s c o n l o s h i j o s s o b r e l a m i t a d d e l a p r o p i e d a d d e S a n José.

E l exigió q u e l a r e n t a d e 6 0 0 p e s o s a n u a l e s s e p a g a r a e l último día d e c a d a año, e n p l a t a y " n o e n o t r a e s p e c i e " . N a d i e dirá q u e n o r e s u l t a b a a t i n a d o c o b r a r e n metálico l a r e n t a e n l a época d e l c i c l o a g r o p e c u a r i o comúnmente c a r a c t e r i z a d o p o r l a a b u n d a n c i a d e l a s c o s e c h a s y l o s h e r r a d e r o s recién e f e c t u a d o s y p o r l a b a j a g e n e r a l d e l o s p r e c i o s . Además, e l p a n o r a m a n a c i o n a l e r a d e i n c e r t i d u m b r e y r i e s g o s financie­r o s p o r l a s l u c h a s e n t r e l i b e r a l e s y c o n s e r v a d o r e s .

E n u n a f o r m a u o t r a a s i s t i m o s a u n a c r e c i e n t e m o n e t a r i -zación e n l a s r e l a c i o n e s s o b r e l a r e n t a d e l a t i e r r a .

L a s m i r a s d e V e l a r d e f u e r o n más l e j o s . C e d e l a posesión sólo p o r s i e t e años, a l c a b o d e l o s c u a l e s e l r a n c h o s e quedaría " l i s a y l l a n a m e n t e c o n l o s p a s t o s y r a s t r o j o s , q u e d e b e n e x i s t i r h a s t a e l último día d e l a r r e n d a m i e n t o " . Además l o s i n q u i l i n o s tenían q u e c o l a b o r a r e n l a construcción d e l a c e r c a d e p i e d r a limítrofe d e l r a n c h o , c o n 8 0 0 v a r a s l o n g i t u d i n a l e s y 8 c u a r t a s d e p i e y 9 d e a l t o c a d a año. S i construían más d e l a s 5 m i l 6 0 0 v a r a s o b l i g a t o r i a s , a l g o más d e 4 y m e d i o kilómetros, V e l a r d e l a s pagaría a l c o s t o . E s a s y o t r a s m e j o r a s q u e h i c i e r a n l o s T a m a y o pasarían a l a p r o p i e d a d d e V e l a r d e , q u i e n y a n o e s t a b a d i s p u e s t o a a b o n a r a l o s a r r e n d a t a r i o s l a m i t a d d e l o s c o s t o s , c o m o l o h i c i e r a e l presbítero T o r r e s . L a s c a r r e t a s , a r a d o s y y u g o s q u e a l final q u e d a r a n e n b u e n e s t a d o , l o s compraría V e l a r d e a m i t a d d e l p r e c i o , " p o r c o n s i d e r a r s e a l o s a r r e n d a t a r i o s c o n d e r e c h o s o l a m e n t e a l v a l o r d e s u

Page 54: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Cuentos y cuentas de la hacienda de Buenavista y de la familia Velarde

54 h e c h u r a " , y a q u e habían u t i l i z a d o m a t e r i a l e s o r i g i n a r i a m e n t e d e l a h a c i e n d a .

A l t e r m i n a r , l o s T a m a y o debían d e j a r baldío u n t e r r e n o p a r a p o d e r s e m b r a r i n m e d i a t a m e n t e e n él g a r b a n z o . C o m o l o s i n q u i l i n o s debían r e s p o n s a b i l i z a r s e d e c u i d a r l o s l i n d e ­r o s , n o podían r e c l a m a r p o r l o s daños q u e s u f r i e r a n d e p a r t e d e l o s a n i m a l e s d e l a h a c i e n d a ; p e r o sí serían r e s p o n s a b l e s d e l o s s u y o s y d e " l o s extraños a q u i e n e s d e n a g o s t a d e r o " ; e s t o e s , d e s u s s u b a r r e n d a t a r i o s .

E s b i e n m a n i f i e s t a l a intención d e V e l a r d e d e f o m e n t a r e l d e s a r r o l l o y c o n t i n u a r c o n e l a c o n d i c i o n a m i e n t o p r o d u c t i v o d e l v i e j o r a n c h o d e S a n F r a n c i s c o . L e i n t e r e s a n l a s c e r c a s , l o s p a s t o s , l o s r a s t r o j o s y l a p o s i b i l i d a d d e e x t e n d e r a e s a s t i e r r a s e l c u l t i v o d e l g a r b a n z o .

E n e l a r r e n d a m i e n t o , V e l a r d e sólo c o m p r o m e t e l a t i e r r a y l o s r e c u r s o s n a t u r a l e s , a c a m b i o d e d i n e r o y t i e m p o d e t r a b a j o a p l i c a d o a e s o s m i s m o s r e c u r s o s p o r l o s l o c a t a r i o s , p a r a h a c e r i e a l a finca m e j o r a s p e r m a n e n t e s o p a r a c o n s t r u i r i n s t r u m e n t o s d e l a b r a n z a , c o n u n c o s t o bajísimo p a r a él. V e l a r d e y a n o c o m p r o m e t e , a d i f e r e n c i a d e l presbítero, l a riqueza f u n d a m e n t a l d e l a h a c i e n d a , e l g a n a d o , s o b r e e l q u e t i e n e e c h a d a s s u s m e j o r e s c u e n t a s . A l c o n t r a r i o , l a s m e j o r a s y b e n e f i c i o s q u e e x i g e d e l o s i n q u i l i n o s , están o r i e n t a d o s a l p r o v e c h o y m e d r a d e s u s m a n a d a s y p i a r a s : c e r c a s d e s e g u r i d a d , s i e m b r a d e g a r b a n z o y a c o p i o d e p a s t u r a v e r d e y s e c a , además d e l i n c r e m e n t o d e l e q u i p o d e t r a b a j o , q u e t a n e s c a s o s e h a l l a b a e n 1 8 3 9 .

E n t r e l a s o t r a s o b l i g a c i o n e s d e l o s a r r e n d a t a r i o s e s t a b a l a d e n o h a c e r d e s m o n t e s y u s a r sólo a q u e l l a m a d e r a q u e l e s r e s u l t a r a " m u y n e c e s a r i a " . E s d e c i r , q u e l a h a c i e n d a también c o n t a b a c o n u n a c u a r t a área e n l a distribución y organización d e s u s r e c u r s o s . E s a , l a d e r e s e r v a , q u e c o n d e s m o n t e s , l l e g a d o e l m o m e n t o d e u n a ampliación d e l m e r c a d o , s e podría a b r i r a l c u l t i v o ; o e n l o s p e o r e s años, c e d e r i a a l riesgo d e a r r e n d a t a r i o s o m e d i e r o s más n e c e s i t a d o s .

El administrador

N u n c a f a l t a b a e n u n a h a c i e n d a m e x i c a n a . E l c a s o d e R a f a e l Marañón, v e c i n o d e I r a p u a t o , c o n t r a t a d o p o r V e l a r d e e n 1 8 5 3 , n o s ilustrará s o b r e l a s c o s t u m b r e s d e l n u e v o h a c e n d a -

Page 55: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

d o d e B u e n a v i s t a p a r a e se t i p o d e c o m p r o m i s o s . Prestaría s u s s e r v i c i o s p o r c i n c o años, p o r u n p a g o final d e l 1 0 p o r c i e n t o d e l a s u t i l i d a d e s l i b r e s . S i s e r e t i r a b a a n t e s , p o r n o p o d e r c a l c u l a r e n t o n c e s a q u e l l a s g a n a n c i a s , s e l e darían 3 m i l p e s o s p o r c a d a año d e t r a b a j o . P a r a q u e n o d i s t r a j e r a t i e m p o y energías, n i c a y e r a e n s u b s t r a c c i o n e s y s u b t e r f u g i o s , s e l e prohibía h a c e r p o r s u c u e n t a n e g o c i o a l g u n o , p u e s e l a n t i g u o h a c e n d a d o C a s t r o y O s o r e s s e había g a n a d o s e r i o s q u e b r a ­d e r o s d e c a b e z a p o r u n a d m i n i s t r a d o r d o t a d o d e d e m a s i a d a i n i c i a t i v a p e r s o n a l .

Marañón l l e g a b a d e l Bajío, región d e l a s más r a c i o n a l ­m e n t e e s t r u c t u r a d a s y p l a n i f i c a d a s p a r a l a producción agrí­c o l a d e cuño c o m e r c i a l , e n u n m o m e n t o e n q u e V e l a r d e s e a c a b a b a d e e n t r e g a r a l m o v i m i e n t o d e l P l a n d e l H o s p i c i o y e n q u e e s t a b a p o r c o n c l u i r s e e l g r a n p u e n t e d e p i e d r a p a r a c o m u n i c a r l a h a c i e n d a c o n l o s p o t r e r o s y h u e r t a s d e l M o U n o , d e l Cuenqueño y demás, y t e r m i n a r l a s o t r a s n u e v a s i n s t a l a ­c i o n e s , después d e q u e l a n u e v a t o r r e l l e v a b a d o s años d e señorear s o b r e t o d o e l c a s c o . N o h a y d u d a q u e Marañón m u c h o t u v o todavía q u e h a c e r s o b r e e l a r r e n d a m i e n t o c o n ­c e d i d o a l o s h e r m a n o s T a m a y o . E n e s o s años f u e i m p r e s c i n ­d i b l e . P e r o aquí c a b e u n a p r e g u n t a : ¿Quién dirigía y c o n t r o l a b a a l a d m i n i s t r a d o r , s i n o e l h a c e n d a d o ? A e s t o quería l l e g a r , p u e s m e i n t e r e s a r e c a l c a r l o s i g u i e n t e :

C o n f o r m e a l a s d e s c r i p c i o n e s q u e g e n e r a l m e n t e s e h a n h e c h o d e l a p e r s o n a l i d a d y e l carácter d e V e l a r d e , e l p i n t o ­r e s c o B u r r o d e O r o , e n l a s q u e n a d a c o r r e s p o n d e a l a figura d e u n e m p r e s a r i o , parecería q u e t i e n e q u e s e r o b l i g a t o r i o r e c o n o c e r e n l o s a d m i n i s t r a d o r e s d e s u s h a c i e n d a s t o d o e l mérito d e l a organización d e l t r a b a j o y l a producción p r o p i o s d e l a h a c i e n d a , d e l a promoción y c o n t r o l d e l o s i n q u i l i n o s y d e l a comercialización d e l o s e f e c t o s c a m p i r a n o s y d e r i v a ­d o s . P e r o , ¿será así e n r e a l i d a d ?

P o s i b l e m e n t e , también será o b l i g a t o r i o r e c o n o c e r q u e l o s r e t r a t i s t a s d e e s a c o r u s c a n t e figura d e l B u r r o d e O r o l e g e n ­d a r i o , h a n p u e s t o m u y p o c a atención a s u s d o t e s e m p r e s a r i a ­l e s q u e , c o m o t r a t a m o s d e s u g e r i r l o , t u v i e r o n q u e v e r s e i m p l i c a d a s , s i n o e s q u e h a s t a s a b i a m e n t e a p l i c a d a s , e n l a reestructuración y r o b u s t e c i m i e n t o d e l a h a c i e n d a d e B u e n a ­v i s t a . L a s f a b u l o s a s riquezas d e l B u r r o d e O r o p u d i e r o n s e r

Page 56: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Cuentos y cuentas de la hacienda de Buenavista y de la familia Velarde

56 t a n t a s y t a n r e a l e s c u a n t o s e q u i e r a ; p e r o jamás s e p u e d e u n o i m a g i n a r q u e f u e r a n e l r e s u l t a d o espontáneo d e l t r a b a j o a s i d u o y g e n e r o s o d e s u s p e o n e s , m e d i e r o s , a r r e n d a t a r i o s , m a y o r d o m o s , c a p o r a l e s y a d m i n i s t r a d o r e s , y d e l a p r o d u c ­ción ubérrima y f e c u n d a d e s u s a n i m a l e s y t i e r r a s , t o d o s mágicamente c o n j u r a d o s p o r l a b o n d a d d e l c i e l o y d e l c l i m a , p a r a s o s t e n e r l a v i d a b o y a n t e d e a q u e l príncipe r a n c h e r o .

E n r e s u m e n . B u r r o d e O r o se convirtió e n h a c e n d a d o t a n t o p o r l a s u e r t e d e s u s h e r e n c i a s y l a o p o r t u n i d a d d e s u s c o m ­p r a s , c u a n t o p o r s u h a b i l i d a d , t a n excéntrica c o m o exótica, p a r a a c t u a r , c u a n d o l o q u i s o , c o m o e m p r e s a r i o .

E l f i n a l d e l c u e n t o es o t r a c o s a . D e l a h a c i e n d a p o r él r e e s t r u c t u r a d a y e n vías d e recuperación, José F r a n c i s c o V e l a r d e d i o e l s a l t o a l e s c e n a r i o d e l a política y l a v i d a p a l a c i e g a . E n B u e n a v i s t a , y también e n S a n José, s e g e n e r a ­r o n l o s r e c u r s o s m o n e t a r i o s , l o s d e s p l a n t e s d e g e n e r o s i d a d y ostentación, l a s ínfulas d e g r a n d e z a c a s i m o r b o s a s , q u e así a r r a s t r a b a n a V e l a r d e a r e c o m p e n s a r pródigamente a l o s p e o n e s p o r él o f e n d i d o s , c o m o a e n t r e g a r g r u e s o s c a u d a l e s a l a s c ausa s m e n o s U m p i a s d e t o d o s l o s f a n a t i s m o s , o a e c h a r a v u e l o t o d o s u b o a t o d e príncipe r a n c h e r o p a r a i n t e n t a r l a v i s i t a d e l m i s m o M a x i m i l i a n o a l a l u j o s a h a c i e n d a . P e r o también d e e s e e s c e n a r i o s e prendió l a ambición a j e n a y s e alimentó l a p r o p i a t r a g e d i a .

P e r o e l final d e l a s c u e n t a s rebasó l a v i d a d e B u r r o d e O r o . E l g o b i e r n o f e d e r a l incautó s u s b i e n e s . P o r 2 5 m i l p e s o s l o s h e r e d e r o s r e d i m i e r o n e l s e c u e s t r o , p e r o sólo p a r a q u e s e r e a l i z a r a l a testamentaría d e V e l a r d e , e n m e d i o d e u n b e r e n ­j e n a l d e d e u d a s y r e c l a m o s . E n t r e l o s a r r e g l o s , a l o s C a s t e ­l l a n o s se l e s reconoció l a p r o p i e d a d d e C u m u a t o , más 1 0 m i l p e s o s q u e dividirían c o n l o s R o s a s . L o s demás créditos p r i v i l e g i a d o s , h i p o t e c a r i o s y e s c r i t u r a r i o s y l o s g a s t o s d e l c o n c u r s o d e a c r e e d o r e s c a s i s e l l e v a r o n e l millón 2 2 5 m i l p e s o s q u e m o n t a r o n l a s h a c i e n d a s d e S a n José y B u e n a v i s t a , l a q u i n t a d e l a R o r i d a e n S a n P e d r o T l a q u e p a q u e , l a mansión V e l a r d e d e G u a d a l a j a r a , l a M o r e n a y o t r a c a s a d e L a B a r c a . Q u i e n e s p r i m e r o c o m p r a r o n l a h a c i e n d a d e B u e n a v i s t a f u e ­r o n l o s señores O r t i z y A r e n a , d e México. E l l o s , e l 3 0 d e m a r z o d e 1 8 7 1 , p o r d o s t e r c i o s d e s u v a l o r , es d e c i r , p o r 4 0 0 m i l 7 1 9 p e s o s 8 7 c e n t a v o s y u n t e r c i o , e n l u g a r d e 6 0 1 m i l

Page 57: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

7 9 p e s o s 8 1 c e n t a v o s , l a c e d i e r o n a l e m p r e s a r i o tapatío F r a n c i s c o Martínez N e g r e t e . E s t e l a dividió. D e l a r r o y o d e l a s N u t r i a s a l s u r , quedó l a h a c i e n d a d e V i s t a H e r m o s a d e N e g r e t e p a r a l a h i j a J o s e f a , c a s a d a c o n J u s t o Fernández d e l V a l l e ; y d e l a r r o y o a l n o r t e , p a r a e l h i j o José María, q u i e n e n l o s a n t i g u o s p o t r e r o s d e l M o l i n o levantó u n i m p r e s i o n a n t e c o m p l e j o c o n o c i d o c o m o h a c i e n d a d e l M o l i n o .

E l n u e v o l a t i f u n d i o pasó a i n t e g r a r s e e n l a a m p l i a r e d d e n e g o c i o s d e f r a n c o cuño c a p i t a l i s t a q u e poseían l o s Martínez N e g r e t e e n G u a d a l a j a r a . C o n e l l o s alcanzaría a d e s a r r o l l a r s e h a s t a e l n i v e l d e l o m o d e r n o . P e r o e s o s s o n o t r o s c u e n t o s y o t r a s c u e n t a s .

Page 58: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Aspectos fisiográficos de la región de L a B a r c a

Moisés Pérez Muñoz Universidad de G u a d a l a j a r a

La región de La Barca se asienta en la gran provincia del Eje Neovolcánico, la cual se encuentra a lo largo de unos 900 kms. desde la región del Ceboruco en Nayarit hasta el Pico de Orizaba, con anchura variable entre 50 y 150 Km. entre las latitudes 19 y 21 al norte del Ecuador.

Esta provincia ha recibido diferentes denominaciones, según los diferentes investigadores que se han ocupado de ella, desde Zona Eruptiva por Ordoñez, Faja Volcánica Transmexicana por F. Mooser y M. Koerdell, hasta Eje Volcánico Transmexicano por Demant, y otras más. Es ésta una cadena montañosa compuesta totalmente de lavas y materiales piroclásticos de aluvión y origen lacustre del Terciario y Cuaternario (entre 25 y 3 millones de años de edad) que no ha sufrido pertubarciones, excepto en algunas porciones como la fosa de Chápala que comprende la región que nos ocupa y se encuentra en el graben o fosa tectónica que recibe el mismo nombre y que en el pasado abarcaría a otras depresiones estructuralmente relacionadas, como son las de Cajititlán, Villa Corona, Zacoalco-Sayula y San Mar­cos.

Según Mooser y Maldonado Koerdell, esta depresión forma parte de una línea de fracturación llamada "Línea San Andrés-Chápala", que vendría a ser una falla continental secundaria derivada de la Falla de San Andrés, la cual es paralela al bloque continental y tiene origen en un punto cercano a Cabo Mendocino, en el estado norteamericano de California y que, con rumbo al sur, penetra por el Golfo de California o Mar de Cortés hasta que, a una latitud cercana

Page 59: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

ESTUDIOS JALISCIENSES 1

59

a las Islas Marías, se divide en dos fracturas: una de ellas continúa por el piso oceánico y la otra penetra de nuevo al continente.

La zona en estudio se localiza entre los 1957' y los 2030' de latitud norte y los 10213' y los 10253' de longitud oeste, estando ubicada hacia el sureste del estado de Jalisco en colindancia con la porción noroeste del de Michoacán. Cubre pues, la zona conocida con el nombre de Ciénega de Chápala, célebre por su alta productividad y sus agradables condiciones climáticas.

SIMBOLOGIA

L O C A L I Z A C I O N D E L A Z O N A D E E S T U D I O

Page 60: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Aspectos fisiográficos de la región de La Barca

Políticamente, la región de La Barca comprende nueve municipios del estado de Jalisco y ocho del de Michoacán que a continuación se enumeran:

9.- Zapotlán del Rey

La delimitación de la región, para efectos de este trabajo, fue realizada con base en la diferencia estructural que esta­blece la ruptura de pendiente entre la llanura y el piedemonte, al separar la planicie de las elevaciones que circundan la misma y que permiten una clara diferenciación de la super­ficie del terreno, las cuales se describen a continuación en el sentido del giro de las manecillas de un reloj, iniciando en las inmediaciones de Jamay. Se menciona en primer término su altura sobre el nivel del mar y enseguida su altura relativa, sobre la superficie de su base.

Las alturas principales están representadas por el cerro Gomeño, ubicado hacia el oeste-noroeste de la zona en cuestión, con altura absoluta de 1970 m. y relativa de 470 m.; el cerro de Chiquihuitillo, hacia el oeste en el municipio de Poncitlán, con altura de 2070 m. y relativa de 570 m.; la Mesa de los Ocotes en Ocotlán con 1830 m. y 330 m. de relativa en el norponiente; el cerro de la Peña Rayada entre La Barca y Atotonilco con 2250 y 750 m.; el cerro Tarengo o del Mirador en el norte del municipio de La Barca, con 2100 y 600 m.; el cerro del Cobre en Atotonilco con 1940 m. de altura absoluta y 400 m. de relativa; la Mesa Prieta hacia el noroeste, en Ayotlán, con 2000 m. y 500 m. de altura relativa; el cerro del Cabrero en el municipio de Degollado con 2190 m. de altura absoluta y 700 m. de relativa; el cerro Grande, en el límite oriental de la zona alcanza los 2510

Jalisco 1. - Atotonilco el Alto 2. - Ayotlán 3. - Degollado 4. - Jamay 5. - L A B A R C A

6. - Ocoltán 7. - Poncitlán 8. - Tototlán

Michoacán 1. - Briseñas de Matamoros 2. - Ixtlán de los Hervores 3. - Pajacuarán 4. - Sahuayo de Morelos 5. - Tanhuato de Guerrero 6. - Villamar 7. - Vistahermosa de Negrete 8. - Yurécuaro

Page 61: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

m. de altura sobre el nivel del mar, sobrepasando los 1000 m. de altura relativa; el cerro Bolita en Tanhuato presenta una altura absoluta de 2040 m. con 540 m. de relativa; el cerro de Los Nogales en Ixtlán de los Hervores 2090 m. y 600 m.; el cerro del Encimal, hacia el este de la zona en el municipio de Ario de Rayón con 2210 y 700 m.; el cerro Grande de Pajacuarán y el cerro del Muerto con 2300 m. de altura absoluta y 800 m. de altura relativa en el sureste de la región que nos ocupa; el cerro Colorado en Villamar, con 1920 y 420 m. de altura absoluta y relativa respectivamente; y otros más de menor importancia.

La superficie cubierta por el área de estudio es de aproxi­madamente mil novecientos kilómetros cuadrados la cual, dicho sea de paso, no corresponde de ninguna manera con la suma de los municipios considerados, pues de alguno de ellos sólo toma parte para su asentamiento y localización. Forma una figura que comprende en su totalidad la Ciénega de Chápala y otras planicies aledañas y se extiende por el norte desde las inmediaciones de Poncitlán hasta las cerca­nías de Atotonilco el Alto, desde donde pasa hasta Yurécua­ro; por el sur, desde la ciudad antes mencionada pasando por Tanhuato, Ixtlan y Sahuayo hasta llegar al Lago de Chápala.

En el centro de gravedad de la región se localiza la ciudad de La Barca que polariza toda el área y que, a través de la red aproximadamente radial de carreteras existente, ejerce una influencia importante a diferentes niveles.

El desnivel de la planicie está comprendido entre los 1500 y 1550 m. sobre el nivel del mar y no alcanza los 50 m. Lo anterior da lugar a que se tengan pendientes muy bajas, equivalentes al 0.1%, lo que quiere decir que el terreno baja apenas un metro después de que se han recorrido 1000 metros de longitud, hecho que da lugar a una problemática particular que se analiza a continuación.

El área donde se localiza esta zona está considerada por el Instituto Nacional de Estadística, Geografía e Informática como la Sub-Provincia Chápala, y en cuanto al sistema de topoformas se considera como una llanura aluvial, la que por su poca pendiente es inundable y salina.

El área está constituida fundamentalmente por rocas sedi­mentarias del Cuaternario transformadas en suelo (Q(s)) y,

Page 62: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Aspectos fisiográficos de la región de La EJarca

62

en pequeñas porciones, por materiales volcano-sedimenta-rios (Q(v/s) y 0(ar/t)), tales como areniscas y tobas.

Desde la perspectiva de la Edafología, se tienen tres tipos básicos de suelos cuyas unidades y sub-unidades han sido definidas como Vertisol Pclico (Vp), Feosem Háplico (Hh) y Solonchak Mólico (Zm), caracterizándose los primeros por ser suelos que presentan grietas anchas y profundas en la época de sequía, muy arcillosos, duros y masivos, frecuen­temente negros y café rojizos o grises, de climas templados y cálidos con una marcada estación seca y lluviosa; su vegetación natural es muy variada y son suelos de suscepti­bilidad baja a la erosión.

Los suelos Feozem presentan una capa superficial oscura, suave y rica en materia orgánica y nutrientes que se encuen­tran en zonas semi-áridas y hasta en templadas o tropicales. En condiciones naturales pueden tener cualquier tipo de vegetación que es posible localizar tanto en terrenos planos como montañosos. Finalmente, los suelos Solonchak se ca­racterizan por presentar un alto contenido de sales, son poco susceptibles a la erosión y existen en diversos tipos de clima. Su vegetación, cuando la hay, es de pastizal o de plantas que toleran las sales.

En lo que se refiere a las fases que muestran los suelos, éstas pueden ser físicas o químicas. Según el I N E G I , las características físicas del terreno se encuentran a profundi­dades variables siempre menores de 1.0 m. y se refieren a los aspectos de granulometría y constitución del material que pudiera impedir o limitar el uso agrí'cüla del suelo o el empleo de maquinaria agrícola. Las características químicas del suelo limitan el adecuado desarrollo de los cultivos y pueden presentarse por lo menos en una parte del suelo a menos de 1.25 m. de profundidad. En el caso de presentar fase sódica, existe presencia de sodio intercambiable con más del 15% de saturación de sodio.

En relación con los aspectos climáticos, la precipitación anual alcanza en promedio los 800 milímetros y los valores térmicos medios anuales oscilan entre los 18C y los 20C, lo que concede a la zona un clima agradable, considerado por E. García y P. Mosiño, tomando como referencia el sistema de clasificación de Koppen adaptado para las condiciones de

Page 63: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

nuestro país, como semicálido sub-húmedo con lluvias en verano y con un porcentaje de lluvias invernales poco repre­sentativo, ya que es menor del 5% del total anual. La fórmula climática es: (a)C (w )(w).

Las posibilidades de que se presenten siniestros meteoro­lógicos en la zona son las siguientes: el número probable de días con helada en promedio es de O a 20 al año y de O a 3 días con granizo en promedio anual.

En relación con los aspectos hidrológicos y en función del escurrimiento superficial, la zona de estudio se encuentra ubicada en la región hidrológica de la subcuenca denominada Bajo Lerma, que corresponde a la desembocadura de esta corriente en el Lago de Chápala, aunque una pequeña por­ción del sur del área en cuestión corresponde a la región hidrológica 18, que es la cuenca del río Quitupán, afluente del Balsas. En ambas cuencas se observa que los suelos están cursando por una fase salina por deficiencias de drenaje.

La zona está constituida por material no consolidado con posibilidades altas de la cual sólo una pequeña parte, locali­zada hacia el noroeste de Ocotlán, se encuentra con restric­ciones de explotación por la zona de veda que se extiende desde Tala y Teuchitlán hasta el punto antes mencionado.

Uso del Suelo. Agricultura. Aproximadamente la mitad sur de la zona se utiliza actualmente para labores con riego en sus diferentes modalidades y la mitad norte trabaja con cultivos sujetos a temporal.

Ganadería. Como los terrenos están dedicados actualmen­te al uso agrícola, no existen áreas en la zona destinas a esta actividad, aunque se practica para el auto-consumo. No obstante, existe aptitud alta para el desarrollo de especies forrajeras, y para el establecimiento de pastizales cultivados y de movilidad en el área de pastoreo.

Actividad forestal. En cuanto a esta ocupación, las tierras están consideradas como no aptas, o bien la naturaleza y condición de ellas no permiten su aprovechamiento para tal fin.

En cuanto a los esquemas de definición de los conceptos generales, supuestos básicos del sistema de evaluación, y niveles de aptitud que utiliza y propone el I N E G I para la caracterización de los elementos, factores y fenómenos que

Page 64: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Aspectos Gsiográficos de la región de La Barca

64

se presentan en el ámbito geográfico, se considera lo siguien­te:

- Una unidad de tierra se define geográficamente como una área o porción de las superficies continentales o insulares del planeta. Sus características abarcan todos los atributos del paisaje que son relativamente estables o predictiblemente cíclicos, incluyendo aquellos componentes de la atmósfera y la corteza terrestre; es decir, todos aquellos atributos que repercuten sobre sus alternativas de uso presentes y futuras. - El uso de la tierra es un proceso productivo organizado y dirigido por el hombre con la finalidad primordial de procu­rarse, mediante la transformación de los componentes y atributos ambientales, una serie de productos que le permi­ten asegurar su supervivencia. - Los tipos de utilización de la tierra se definen como las formas particulares de llevar a cabo la producción agrícola, pecuaria o forestal. - La capacidad de uso de la tierra es la cualidad que presenta un área de terreno para permitir el establecimiento de un cierto número de tipos alternativos de utilización de la tierra. - La aptitud de la tierra es una medida del grado en que las condiciones ambientales satisfacen los requerimientos para un uso determinado. - El uso potencial de la tierra se considera como un indicador que comprende por un lado, las formas de utilización agrí­cola, pecuaria y forestal que pueden ser establecidas en un terreno; y por el otro, el grado en que los requerimientos técnicos y biológicos de cada tipo de utilización pueden satisfacerse por el conjunto de condiciones ambientales del terreno, las cuales definen a los componentes y atributos del medio natural que muestran alguna relación con el estable­cimiento de los procesos de producción que son inherentes al uso de la tierra.

Los supuestos básicos son aquéllos que permiten definir la concepción general del esquema de evaluación de tierras y que, además, orientan el desarrollo del trabajo, y ayudan a la interpretación de los resultados obtenidos. Estos se han

Page 65: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

establecido con base al análisis de hechos observables en la realidad.

- Cada área de terreno reconocida, puede ser destinada al establecimiento de varias alternativas de uso agrícola, pe­cuario y foresta] en razón de que dentro del conjunto parti­cular de las condiciones ambientales que la conforman aparecen componentes que son a la vez parte integrante de distintos sistemas de producción. - La tierra no tiene por sí misma un valor absoluto que sea de aplicación general para todo propósito de utilización que se pretenda establecer. Es decir, la aptitud del terreno puede ser igual o distinta para cada una de las diversas alternativas de uso; y la capacidad de uso de la tierra y su valor de aptitud para fines específicos no son indicadores de niveles de productividad. Cada ciase de terreno solamente expresa una distinta amplitud en las alternativas de uso. -Las unidades de terreno se clasifican en función de aquello que presentan internamente. No se toma en cuenta la ubica­ción del terreno en el ámbito geográfico y no importan como criterio de evaluación del potencial de uso, los centros de mercadeo, las vías de comunicación, y otros atributos estric­tamente humanos. - El sistema supone que su aplicación es válida a nivel nacional, pero al mismo tiempo reconoce la necesidad de ajustarlo en la medida que el trabajo mismo parmita conocer las particularidades de cada región geográfica de México.

, En relación con los niveles de aptitud, un terreno presenta aptitud alta cuando las condiciones ambientales satisfacen plenamente los requerimientos del tipo de utilización de la tierra. Para un determinado tipo de utilización de la tierra, un terreno muestra ser de aptitud media cuando las condiciones ambientales que lo conforman no logran satisfacer comple­tamente sus requerimientos, ho anterior se manifiesta en la obtención de menores rendimientos, mayores dificultades para desarrollar el tipo de utilización y mayores costos de producción en relación con los terrenos que presentan una aptitud alta frente a la misma alternativa de uso.

Page 66: Presentación · Presentación Con fecha del primero de octubre de 1989, el Gobierno del Estado de Jalisco, la Universidad de Guadalajara y el Instituto Nacional de Antropo logía

Aspectos fisiográficos de la región de La Barca

66

Una determinada área de terreno muestra una aptitud baja cuando las condiciones ambientales que la conforman sólo pueden satisfacer en el mínimo permisible los requerimien­tos del tipo de utilización considerado. El establecimiento de tal alternativa es posible, pero trae como consecuencia que los rendimientos sean inferiores con respecto a los terrenos con aptitud media o alta, y las dificultades en el manejo y los costo de producción son mayores.

Finalmente, bajo el nivel de aptitud nula se agrupa a los terrenos cuyas condiciones ambientales no son adecuadas para el tipo de utilización de la tierra.