REVISTA DE ARAGÓN

S E M A N A R I O D E C I E N C I A S , L e T R A S , A R T E S E I N T E R E S E S G E N E R A L E S .

DIRECTORES-FUNDADORES.

D. BALDOMERO M E D I A N O Y RUIZ Y D. JOSÉ MATHEU Y AYBAR.

C O L A B O R A D O R E S .

Cavia (D.ª Pilar de). Gimeno (D.ª Concepción). Sinués (D.ª María del Pilar).

Alcalde y Prieto (D. Domingo). Alderete (D. Severino). Andrés (D. Ignacio). Arnau (D. Joaquín). Balaguer (D. Víctor). Barcelona (D. Juan Pedro). Bas y Cortés (D. Vicente). Berbegal (D. Antonio). Blasco (D. Eusebio). Bielsa (D. Julio). Campillo (D. Toribio del). Camo (D. Manuel). Carnicer (D. León). Cavero (D. Juan Clemente). Cavia (D. Mariano de). Comín (D. Bienvenido). Cuchet (D. Luis). Escosura (D. Desiderio de la). Gil Bergés (D. Joaquín).

Gil y Gil (D. Pablo). Gil y Luengo (d. Constantino).

Gimeno Rodrigo (D. Juan). Gimeno y Vizarra (D. Joaquín). Herranz (D. Clemente). Hernández Fajarnés (D. Antonio). Isábal (D. Marceliano). Jardiel (D. Florencio), Presbítero. Lasala (D. Mario de). León (D. Pablo de). Liesa (D. Isidro). Llacer (D. José María). Marín y Carbonell (D. Valentín). Martón (D. Joaquín). Martínez Gómez (D. Gregorio). Miralles (D. Luis Antonio). Mondría (D. Mariano). Moner (D. Joaquín Manuel de). Monreal (D. Julio). Morales (D. Salvador). Nougués (D. Pablo).

Ordás y Sabau (D. Pablo). Pallarés (D. Jonquín). Paraíso (D. Agustín).

Peiró (D. Agustín). Pérez Soriano (D. Agustín). Piernas (D. José Manuel).

Pina (D. Victorio). Polo y Peyrolón (D. Manuel). Pou y Ordinas (D. Antonio J.). Puente y Villanúa (D. José). Sagasta (D. Primitivo Mateo). Salinas (D. Germán). Sánchez Muñoz (D. Mariano). Sancho y Gil (D. Faustino). Sanz y Escartín (D. Eduardo). Sañudo Autrán (D. Pedro). Sasera y Sansón (D. Ricardo). Sellent (D. José Eduardo). Solsona (D. Conrado).

Uguet (D. José M.ª). Vicens (D. Gerónimo). Vilar y García (D. Casto). Villar (D. Martín). Ximénez de Embún (D. Tomás). Ximénez de Zenarbe (D. Feliciano). Zabala (D. Manuel). Zapata (D. Marcos).

AÑO I I .— DOMINGO 28 DE SEPTIEMBRE DE 1 8 7 9 . - NÚMERO 38.

Z A R A G O Z A

I M P R E N T A DEL H O S P I C I O P R O V I N C I A L .

1 8 7 9 .

M I S C E L Á N E A .

Ha l l e g a d o a esta c i u d a d el S r . S á n c h e z M o -

g u e l , e l c u a l v i e n e a l l e n a r e l v a c í o q u e d e j ó

n u e s t r o i n o l v i d a b l e m a e s t r o D. J e r ó n i m o B o r a o y

C l e m e n t e . L a s d o t e s q u e a d o r n a n al r e f e r i d o l i t e -

r a t o , c o n s o b r a d o m o t i v o h a c e n s u p o n e r q u e s e r á

d i g n í s i m o y e l o c u e n t e s u c e s o r d e a q u e l cuya

m u e r t e l l o r a n t o d a v í a l o s a m a n t e s d e l a s g l o r i a s

a r a g o n e s a s y q u e c o n t r i b u i r á a s o s t e n e r l a a l t í s i -

m a r e p u t a c i ó n a l c a n z a d a p o r l a f a c u l t a d d e F i l o -

s o f í a y L e t r a s d e Z a r a g o z a , q u e t a n t o s p r o f e s o r e s

h a p r o p o r c i o n a d o y p r o p o r c i o n a a l c u e r p o d o c e n -

t e e s p a ñ o l . E n v i a m o s d e s d e l a s c o l u m n a s d e n u e s -

t r a m o d e s t a p u b l i c a c i ó n u n s a l u d o d e b i e n v e n i d a

a l i l u s t r a d o y j o v e n c a t e d r á t i c o , t a n e n t u s i a s t a p o r

t o d o c u a n t o a l a s b e l l a s l e t r a s s e r e f i e r e , y n o s

p e r m i t i m o s e s p e r a r q u e h o n r e n u e s t r o s e m a n a r i o

la v a l i o s a c o l a b o r a c i ó n d e l i n i c i a d o r d e l a s v e l a -

d a s l i t e r a r i a s q u e con u n á n i m e a p l a u s o t u v i e r o n

l u g a r e l a ñ o p r ó x i m o p a s a d o en e l A t e n e o d e M a -

d r i d , c u y o c e n t r o e s u n a v e r d a d e r a g l o r i a d e n u e s -

t r o p a í s .

H e m o s r e c i b i d o e l t o m o p u b l i c a d o p o r el a y u n -

t a m i e n t o d e l a c o r o n a d a v i l l a , d o n d e a p a r e c e n i n -

s e r t a s l a s p o e s í a s p r e m i a d a s e n l o s j u e g o s f l o r a l e s ,

c e l e b r a d o s c o n m o t i v o d e l r e g i o e n l a c e d e S . M . e l

r e y D. A l f o n s o X I I , c o n S. A . R. d o ñ a M a r í a d e

l a s M e r c e d e s d e O r l e a n s (Q. S . G. H.). O t r o d í a n o s

o c u p a r e m o s d e l a s c o m p o s i c i o n e s q u e m e r e c i e r o n

l o s h o n o r e s d e l t r i u n f o e n l i d t a n f e c u n d a p o r s u s

p r o v e c h o s o s r e s u l t a d o s .

En e l p r ó x i m o n ú m e r o i n s e r t a r e m o s u n a b e l l a

p o e s í a d e l S r . D. P e d r o Mar ín B a r r e r a . c u y o n o m -

b r e , v e n t a j o s a m e n t e c o n o c i d o e n l o s c e n t r o s l i t e -

r a r i o s d e l a c o r t e , h o n r a r á d e s d e h o y l a l i s t a d e

n u e s t r o s c o l a b o r a d o r e s .

S e g ú n u n p e r i ó d i c o m a d r i l e ñ o , la c o m p a ñ í a q u e

d e b e a c t u a r e n el T e a t r o P r i n c i p a l d e B a r c e l o n a ,

a l f r e n t e d e l a c u a l f i g u r a n los S r s . Z a m o r a y Gar-

cía ( D . D o m i n g o ) , p a s a r á a Z a r a g o z a t e r m i n a d a s

l a s f u n c i o n e s p a r a q u e se h a l l a c o n t r a t a d a la t r o u p e

d e l S r . A r d e r i u s . Nos a l e g r a r í a m o s d e q u e el i n t e -

l i g e n t e e m p r e s a r i o S r . D. M a n u e l A l l u s t a n t e n o s

p r o p o r c i o n a s e l a o c a s i ó n d e a p l a u d i r u n a v e z m á s

a a r t i s t a s t a n q u e r i d o s d e l p ú b l i c o z a r a g o z a n o c o m o

l o s h e r m a n o s G a r c í a .

E s t i m a m o s harto d u r a , a u n q u e m e r e c i d a , la s i -

g u i e n t e f r a t e r n a q u e p u b l i c a La Gaceta U n i v e r s a l ,

d i a r i o d e M a d r i d :

« L a A c a d e m i a E s p a ñ o l a e s t á p r e p a r a n d o h a c e

a ñ o s , p u e s en a q u e l l a c a s a t o d o va d e s p a c i o , u n a

e d i c i ó n d e l a s Cantigas d e A l f o n s o e l S a b i o .

E s t o y a lo s a b e n n u e s t r o s l e c t o r e s ; p e r o l o q u e

no s a b e n s e g u r a m e n t e , n i e r a f á c i l q u e lo s o s p e -

c h a r a n s i q u i e r a , e s q u e s o l a m e n t e p a r a e n c a r g a r

u n a s p l a n c h a s p a r a l a s c u b i e r t a s d e d i c h o l i b r o a

u n g r a b a d o r f r a n c é s , h a y a t e n i d o q u e h a c e r u n o o

d o s v i a j e s a P a r í s u n s e ñ o r a c a d é m i c o .

T a m b i é n la A c a d e m i a E s p a ñ o l a s e h a c o n t a g i a -

d o , p o r l o v i s t o , d e l a e n f e r m e d a d d e g a s t a r d i n e r o

e n v i a j e s i n ú t i l e s . P o r q u e h a y q u e a d v e r t i r q u e

aún d a d a la n e c e s i d a d q u e n a d i e c o m p r e n d e r á , o t r o

a c a d é m i c o s e e n c u e n t r a e n l a c a p i t a l d e F r a n c i a ,

c o m o q u e e s e m b a j a d o r d e E s p a ñ a , y p o d í a h a b e r s e

e n c a r g a d o d e l a d i r e c c i ó n d e l t r a b a j o .

P e r o l o m á s c e n s u r a b l e d e t o d o , e s q u e u n a a c a -

d e m i a q u e s e l l a m a e s p a ñ o l a a c u d a al e x t r a n j e r o

p a r a h a c e r u n s e n c i l l o g r a b a d o p a r a c u b i e r t a s , s i n

a d v e r t i r q u e , e s t a n d o l l a m a d a c o m o t o d a s l a s a c a -

d e m i a s a p r o t e g e r l a s c i e n c i a s , l a s l e t r a s y l a s a r t e s

e s p a ñ o l a s , h a c e u n a a c u s a c i ó n d i r e c t a d e i n e p t i t u d ,

no m e r e c i d a p o r c i e r t o , a los g r a b a d o r e s e s p a ñ o l e s .

¡Y m i e n t r a s t a n t o , l a A c a d e m i a d e B e l l a s A r t e s

t a n c a m p a n t e y t a n t r a n q u i l a , s i n d e c i r e s t a b o c a

e s m í a !

Y a e s t á v i s t o q u e la e l e c c i ó n d e a c a d é m i c o n o

c o n s t i t u y e u n c a r g o , s i n o p u r a y s i m p l e m e n t e u n

a d o r n o p a r a l u s t r e p e r s o n a l d e l a g r a c i a d o » .

El n u m e r o 291 d e l a i m p o r t a n t e R e v i s t a E u r o p e a ,

q u e a c a b a d e p u b l i c a r s e , c o n t i e n e l o s a r t í c u l o s

c i e n t í f i c o s y l i t e r a r i o s d e l s i g u i e n t e s u m a r i o :

I. D i v i s i b i l i d a d p r á c t i c a d e l a l u z e l é c t r i c a , p o r

B. M e l e r o - F . C e b r i á n .

I I . L e y e s n a t u r a l e s e c o n ó m i c a s d e l a p r o s p e r i d a d

y de la j u s t i c i a ( c o n t i n u a c i ó n ) , p o r B e r n a r d o E s c u -

d e r o .

I I I . H i s t o r i a d e l a p i n t u r a e n M é j i c o ( c o n t i -

n u a c i ó n ) , p o r F . d e A r r a n g o i z .

I V . Un v i a j e a l a e t e r n i d a d , d r a m a l í r i c o - f a n -

t á s t i c o , a c t o III ( c o n c l u s i ó n ) , p o r A. L a s s o de l a

V e g a .

V . W i l h e l m M e i s t e r . A ñ o s d e a p r e n d i z a j e ( c o n -

t i n u a c i ó n ) , p o r G o e t h e .

REVISTA DE ARAGÓN SEMANARIO DE CIENCIAS, LETRAS, ARTES E INTERESES GENERALES.

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Randera Española , Coso, ném. Oa, y en las l ibrerías de la señora

viuda de H e r e j í a , Hadera, Sanz, Francés, Oses y Menendez.—

HUESCA: Librería de don Jncobo María I'ernz —TERUEL: Adminis-

tración de /:'/ l'itrolense.— MADRID: Librería de D Mariano MO-

rillo, Alcalá, 18.—BARCELONA: Srcs. Texídó y l 'ar-r. i , Pino, rí.—

A T E C A : D . Demetrio O r t e g a . — C A L A T A Y U D 1». Florencio Forren,

Los anuncios, avisos y r edamac iones se reciben en lu Uedae-

cion V Administración —Toda la correspondencia literaria y ad-

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l ina pagina < mera en la • Guarir, ,1c página . . . le cubierta fiO Octavo de id . . . . H

Media página ¡10 ; Dieciseisavo de id, . . 4 Kn la última página le la llr.v ¡srA, a proci' : c mvce.donalc.-. Si el anuncio so inserta il«; tres a cinco veres seguidas obtiene

el precio una rebuja de yt//»»<••' por ciento; (¡i de sciis á ocho veces, una de ee:,uieiueu ¡n,,- ciento. y de nueve en adelanto, una de c>/»-eeut" ]<or ciento.

Los señores susiTÍtorcs obtendrán en MIS anuncios la rebaja d e l (lia: poi' ciento,

S U M A R I O .

I.— Crónica aragonesa, por D. Pablo de Leon. I I . — L e o n o r de A q u i t a n i a ( c o n t i n u a c i o n ) , p o r D. V í c t o r B a l a g u e r .

I I I . — A p u n t e s b i o g r á f i c o s s o b r e l a e s c u e l a a r a g o n e s a d e p i n t u r a

( c o n t i n u a c i o n ) , p o r D. F r a n c i s c o Z a p a t e r y G o m e z .

I V . — Thiers.— A F r a n c i a ( p o e s í a ) , p o r D. V a l e n t i n M a r i n y C a r -

b o n e l l

V.— A Ciceron ( s o n e t o ) , p o r D. G e r m a n S a l i n a s .

V I . — E s p e c t á c u l o s , p o r X .

V I I — M i s c e l á n e a y a n u n c i o s , e n l a c u b i e r t a .

CRÓNICA A R A G O N E S A .

Sr. Director de la ReVISTA de ArAgón.

Querido amigo : Al emprender mi viaje al M o -nasterio de P ied ra te ofrecí da r t e cuen ta de mis impresiones y de sus bellezas, y a fe que hoy, des-pués de real izado el p r imero no sé cómo hacer lo segundo; para p in ta r t e mis impresiones fuera m e -nester recordar las , y exper imenté t an tas y tan v a -r iadas, que la memor ia sólo conserva de ellas un recuerdo confuso; pa ra poder descr ibir te las belle-zas que encier ra aque l pequeño paraíso no tiene f rases mi l engua , ni conceptos mi mente , ni r a s -gos mi p l u m a . Tarea es es ta d igna de otros más favorecidos que yo por el cielo, en imaginación, en l e n g u a y en ciencia; más como p a g a r deudas es propio de cabal leros y cr is t ianos , sat isfaré la mía como Dios me dé a en tender , y me parece que ni yo vengo obl igado a más ni tú puedes e x i g i r -me otra cosa.

Nada te diré del v ia j e porque ya te son conoci -das sus peripecias; bás ta te saber q u e el nuest ro fue a fo r tunado y has t a A l h a m a , después de habernos detenido en Ca la t ayud con motivo de las ferias, no tuv imos que l amen ta r n i n g u n o de los p in to -rescos accidentes, tales como choques , descar r i la -

mientos, detenciones imprevis tas y ot ras de no me-nor cuan t í a a que está acos tumbrado todo el que por mal de sus pecados se ve obl igado a v ia ja r por los f e r r o c a r r i l e s españoles. Habrás observado que te hablo en p lu ra l : no te ex t rañe po rque es debido a haber encont rado un compañero de expe-dición, que al saber mi proyecto se decidió a a c o m p a ñ a r m e .

De Alhama al monaster io el t rayecto se recorre en coche, como sabes, y el terreno, fuera de la pequeña v e g a que se divisa desde la ca r re te ra , es de una perspect iva poco var iada; sus t ie r ras de cul t ivo y ár idos peñascos, no ofrecen al v ia jero ag radab les p u n t o s de vista ni paisajes pintorescos; pero con b u e n a compañía , se pasan sin sent i r dos horas y nosotros la l levábamos m u y ag radab le .

Entre los v ia je ros se ha l laba el doctor Car re ras , a f a m a d o ocul is ta de la corte, y su esposa; el d o c -tor Quin te ro , d ignís imo profesor de Pa to log ía q u i -rú rg i ca de la escuela de Medicina de Z a r a g o z a ; un tío de éste y el Sr . Valdés, an t iguo mag i s t r ado .

Antes de pasa r más adelante , y sin comentar ios , he de mani fes ta r te mi extrañeza por la s i n g u l a -ridad de que en la adminis t rac ión de los coches que van a Piedra sólo se expendan billetes de ida y vue l ta , resu l tando de aquí que el v ia jero que por necesidad o por capr icho no piensa volver a Alhama se ve obl igado a paga r un v ia je que no hace.

Esto podrá no parecer m u y equi ta t ivo pero es cierto.

Llegamos al fin de nues t ro via je y el coche nos dejó a la puer ta misma del monaster io; ábrese ésta en un torreón de gus to arqui tectónico de la época visigoda, que da en t r ada a un patio donde se ve un cuerpo de edificio del mismo orden, con e s b e l -

tas co lumni l las que le dan un aspecto ag radab l e , por más que el t iempo haya impreso su despiadada

Año II.— Núm. 38.— Domingo 28 de septiembre de 1879.

298 REVISTA DE ARAGÓN.

h u e l l a en e s t a p a r t e . P á s a s e u n p a t i o i n t e r i o r

a n c h u r o s o y d e s c u i d a d o , d o n d e o t r o c u e r p o d e

e d i f i c i o q u e f o r m a á n g u l o r e c t o c o n e l a n t e r i o r ,

m u e s t r a l a m a n o d e l a r t i s t a m o d e r n o , n o m u y

a f o r t u n a d a a l c o n t r a s t a r c o n l a a n t i g u a a r q u i t e c -

t u r a ; é n t r a s e e n él y s í g u e s e u n c l a u s t r o d e b ó v e d a

e n c u y o f o n d o se h a l l a l a a n t i g u a i g l e s i a d e l mo-

n a s t e r i o , en u n e s t a d o d e p l o r a b l e d e r u i n a y a b a n -

d o n o ; la f á b r i c a e s g ó t i c a , s e v e r a y e s b e l t a , m a g -

n í f i c o s a r c o s o j i v a l e s y c o l u m n a s c o r i n t i a s d e b i e r o n

d a r e n t i e m p o s un b e l l o a s p e c t o a l t e m p l o h o y cu-

b i e r t o d e e s c o m b r o s y m a l e z a s ; l a o r n a m e n t a c i ó n

m u y r e c a r g a d a d e a d o r n o s y c o l o r e s , l a s e s c u l t u -

r a s g r o s e r a s y l o s f r e s c o s d e t e s t a b l e s , n o r e s p o n -

d e n a l m é r i t o d e l a o b r a . En r e s u m e n , el e d i f i c i o ,

e n l a p a r t e a n t i g u a q u e s e c o n s e r v a , c o m o lo s t o -

r r e o n e s , el p r i m e r c u e r p o , e l c l a u s t r o , el r e f e c t o -

r i o , l a i g l e s i a , o t r o p a t i o i n t e r i o r y u n a m a g n í f i c a

d o b l e e s c a l e r a d e m u y b u e n g u s t o , e s b u e n a y a r -

t í s t i c a ; l a p a r t e m o d e r n a , e n q u e l a i d e a d e l a u t i -

l i d a d p r á c t i c a y el o b j e t o d e l l u c r o h a n p r e s i d i d o a

l a s r e f o r m a s , l a d a n m u y p o b r e d e n u e s t r o a m o r a

l o b u e n o y a l o b e l l o ; m a s c o m o en el M o n a s t e r i o

d e P i e d r a l a o b r a d e l h o m b r e e s lo m e n o s y l a d e

l a n a t u r a l e z a l o m á s , b á s t e t e e s t a l i g e r a i d e a d e

a q u e l l a y p r o c u r a r é p i n t a r t e é s t a c o m o p u e d a .

D e j a m o s e l e d i f i c i o , g u i a d o s p o r u n g u a r d a q u e

h a c e l o s o f i c i o s d e cicerone, y r e u n i d o s l o s c o m p a -

ñ e r o s d e e x p e d i c i ó n q u e d e s d e A l h a m a h i c i m o s e l

v i a j e , e n n ú m e r o d e q u i n c e , e m p e z a m o s e l d e s -

c e n s o a l v a l l e a m e n í s i m o d o n d e t a n t a s y t a n t a s

m a r a v i l l a s s e o f r e c e n a l a d m i r a d o v i s i t a n t e . U n a

m a g n í f i c a p l a t a f o r m a d e n o m i n a d a Las cuatro ca-

lles, p o r q u e d e e l l a p a r t e n o t r a s t a n t a s , e s u n l u -

g a r p i n t o r e s c o , d e v e g e t a c i ó n l o z a n a y p o d e r o s a ,

c e r c a d o d e f r o n d o s o s á r b o l e s y b e l l o s a r b u s t o s , a

q u e p r e s t a n s u s a r o m a s la m a d r e s e l v a y el j a z m í n ,

y g r a t o c o n c i e r t o el s u a v e m u r m u l l o d e l a s a g u a s ,

o r i g e n y m o t i v o d e l a r i q u e z a y l a h e r m o s u r a d e

a q u e l l o s s i t i o s , y e l d e l i c a d o t r i n o d e l o s r u i s e ñ o -

r e s q u e a n i d a n e n a b u n d a n c i a e n t r e el e s p e s o

f o l l a j e .

La c a s c a d a de la sombra, s e h a l l a a la b a j a d a d e

Las cuatro calles, e n u n r e c o d o d e l p i n t o r e s c o c a -

m i n o ; s a l t a d e s d e u n a e l e v a c i ó n d e m u c h o s m e t r o s

e n t r e v e r d e f o l l a j e , d e s p r e n d i e n d o l í q u i d o s b r i l l a n -

t e s y f o r m a n d o r i z a d o s c o p o s d e e s p u m a b l a n q u í -

s i m a , y s e p i e r d e e n l a c o r r i e n t e d e u n a r r o y o

q u e c o r r e a la s o m b r a c o m o u n a a n c h a c i n t a d e

p l a t a .

P o r l a s c a l l e s u m b r o s a s d e l Vergel y d e Recarte

se l l e g a a l Baño de Diana, c a s c a d a b a j a q u e t e r -

m i n a e n u n p e q u e ñ o l a g o d e t r a s p a r e n t e s a g u a s

c i r c u n d a d a s d e c a p r i c h o s a s p e t r i f i c a c i o n e s . C h o -

c ó m e p o r l o b i e n a p l i c a d o a q u e l n o m b r e , p u e s a

fe q u e l a d i o s a c a z a d o r a , no p o d í a a p e t e c e r p a r a

d e s c a n s o d e s u s v e n a t o r i a s c o r r e r í a s s i t i o m á s a

p r o p ó s i t o , n i m á s a g r a d a b l e b a ñ o q u e é s t e , d o n d e

h u b i e r a d i s f r u t a d o a l a p a r s o m b r a y f r e s c u r a ,

a r o m a s y a r m o n í a s , s o l e d a d y c a l m a .

V i s i t a m o s d e s p u é s e l Torrente de los mirlos, s i n

q u e d e é s t o s v i é s e m o s n i o y é r a m o s n i n g u n o ; e s u n

a m e n o s i t i o l l e n o d e e n c a n t o s y p o e s í a , v e r d a d e r o

t o r r e n t e d e e s p u m o s a s a g u a s q u e c o r r e s o b r e u n

l e c h o d e p i e d r a , c e r c a d o d e v e g e t a c i ó n l o z a n a y

e x u b e r a n t e , r i c a y p o d e r o s a , c u a l p u e d e v e r s e s ó l o

e n u n l u g a r q u e , c o m o P i e d r a , h a s i d o f a v o r e c i d o

p o r la n a t u r a l e z a c o n c u a n t o c o n t r i b u y e a h a c e r l e

a d m i r a b l e .

La gruta del artista; he a q u í o t r a b e l l e z a d e

p r i m e r o r d e n ; s e a b r e en l a r o c a v i v a c o n a n c h u -

r o s a e n t r a d a q u e da a c c e s o a u n i n t e r i o r l l e n o d e

p r e c i o s a s e s t a l a c t i t a s y c a v i d a d e s c a p r i c h o s a s q u e .

y a s e m e j a n u n l e c h o y a u n a s i e n t o , q u e p a r e c e n

c o n v i d a r a l v i s i t a n t e a l d e s c a n s o y al r e p o s o . D e s d e

d e n t r o s e d i v i s a u n h e r m o s o p a i s a j e r i c o e n a c c i -

d e n t e s , b r i l l a n t e e n c o l o r e s , p i n t o r e s c o e n d e t a l l e s .

E s v e r d a d e r a m e n t e l u g a r d o n d e u n a r t i s t a p u e d e

e n t r e g a r s e a s u s t a r e a s c o n p r o v e c h o ; h a l l a el p o e t a

i n s p i r a c i ó n e n t o d o , c i e l o y f o l l a j e , s o m b r a y l u z .

a g u a y r i s c o s , y t i e n e el p i n t o r p r e c i o s o s m o d e l o s

e n a g r a d a b l e s p a n o r a m a s , a b u n d a n t e s e n t o n o s y

p e r s p e c t i v a s .

L l é g a s e a la cascada caprichosa y u n n u e v o e s -

p e c t á c u l o m a g n i f i c o s e o f r e c e a l a v i s t a , e n l o s v a -

r i a d o s c a p r i c h o s o s j u e g o s d e l a g u a q u e s a l t a s o b r e

l a p e ñ a , a f e c t a n d o m i l g r a c i o s a s f o r m a s i m p o s i -

b l e s d e c o p i a r , p o r q u e c a m b i a n c a d a s e g u n d o p a r a

t o m a r o t r a s n u e v a s y t r a n s f o r m a r s e l u e g o .

L a s g r u t a s d e La p a n t e r a y d e La bacan te s e

h a l l a n p r ó x i m a s ; l a p r i m e r a , c a v i d a d p r o f u n d a y

d e p o c a e l e v a c i ó n , s e m e j a e l c u b i l d e l a f i e r a , y

e n s u f o n d o l a s g o t a s d e a g u a q u e s e f i l t r a n p o c o

a p o c o h e r i d a s p o r l a l u z , a s e m e j a n los o j o s d e l

t e m i b l e h u é s p e d ; l a s e g u n d a e s d i g n a m a n s i ó n d e

l a s h i j a s d e l d io s d e l o s p l a c e r e s ; a l p e n e t r a r e n

e l l a , i n f l u i d o m i á n i m o p o r l a b e l l e z a d e l s i t i o y

e x c i t a d o p o r l a a d m i r a c i ó n d e t a n t a g r a n d e z a , o l -

v í d e m e d e l a v i d a r e a l y p e n s é e n c o n t r a r en l a

g r u t a l a a l e g r e b a c a n t e c o r o n a d a d e v e r d e s p á m -

p a n o s y f r e s c a s hojas de la v i d , d e s n u d o el a l t o y

p a l p i t a n t e s e n o , l u c h a n d o c o n a l g ú n h o r r i b l e sá-

t i r o d e m i t a d h o m b r e y m i t a d b r u t o q u e p u g n a r a

p o r a p o d e r a r s e d e e l l a .

V i m o s l u e g o l a s c a s c a d a s Trinidad y Solitaria;

a q u e l l a d e b e s i n d u d a s u n o m b r e a q u e , m e r c e d

a l a c o n f i g u r a c i ó n d e l t e r r e n o d e d o n d e s e d e s -

p r e n d e , c a e e n t r e s a b u n d a n t e s r a u d a l e s , c o n s o -

n o r o r u i d o y b e l l o a s p e c t o ; é s t a d e b i ó m e r e c e r s u

c a l i f i c a c i ó n a l a s o l e d a d d e l s i t i o d o n d e e x i s t e .

U n a y o t r a a t r a e n l a a t e n c i ó n y e x c i t a n l a a d m i -

r a c i ó n d e l q u e l a s c o n t e m p l a .

La s u b i d a al Cañar q u e r e c o r r i m o s l u e g o e s u n

p i n t o r e s c o c a m i n o e n m e d i o d e u n t e r r e n o a c c i -

d e n t a d o y f é r t i l ; s ú b e n s e a l g u n o s t r a m o s d e e s c a -

l e r a , c r ú z a n s e v a r i o s p u e n t e s y e n s u s r e v u e l t a s

q u e o f r e c e n d i f e r e n t e s p u n t o s d e v i s t a t o d o s h e r -

m o s o s , e n c u é n t r a s e l u g a r d o n d e d e s c a n s a r d e u n

a s c e n s o f a t i g o s o h a s t a l l e g a r a la c a s c a d a d e l f res-

no, n o m e n o s b e l l a q u e l a s y a d e s c r i t a s .

P a r a q u e n a d a f a l t e a c o n j u n t o t a n e n c a n t a d o r ,

e n t r e l a c o r t a d u r a d e a l t í s i m o s p e ñ a s c o s s e a d m i r a

u n h e r m o s o l a g o d e t r a n q u i l a s a g u a s , e n c u y o

f o n d o v é s e u n a a b u n d a n t e y v a r i a d a v e g e t a c i ó n d e

p l a n t a s a r o m á t i c a s , q u e s e m e j a n u n p e q u e ñ o v a l l e

i n u n d a d o d e v e r d e s p r a d e r a s , e s p e s o s b o s q u e s y

a l t a s m o n t a ñ a s . N o h e v i s i t a d o l a S u i z a , p e r o l o s

s u y o s t a n p o n d e r a d o s , c r e o q u e n o p o d r a n c a u s a r

e n v i d i a a l p r e c i o s o l a g o d e l M o n a s t e r i o d e P i e d r a .

M u c h o p o d r í a d e c i r t e d e la p a r t e d e s t i n a d a a l a

p i s c i c u l t u r a y d e l a s d i f e r e n t e s o p e r a c i o n e s q u e

p a r a e l l o s e p r a c t i c a n , m á s la í n d o l e d e e s t a c a r t a

REVISTA DE ARAGÓN. 299

n o s e p r e s t a a h a c e r u n e s t u d i o c i e n t í f i c o d e e s t a

i m p o r t a n t e i n d u s t r i a , y h a g o p o r t a n t o c a s o o m i s o

d e e l l a , l o c u a l es, e n t r e p a r é n t e s i s , m u y c ó m o d o

p a r a m í , q u e m e v e r í a e n e x t r e m o p e r p l e j o , p u e s

n o p o s e o c o n o c i m i e n t o s e n e s t a p a r t e d e l h u m a n o

s a b e r .

T a n t o p o r s u i m p o r t a n c i a , c o m o p o r s e r lo ú l t i -

m o q u e v i s i t a m o s , d e j o p a r a t e r m i n a r l a g r a n c a s -

c a d a d e l a Cola del c a b a l l o , que así s e l l a m a , s i

m a l n o r e c u e r d o , l a m á s i m p o r t a n t e y e l e v a d a .

Q u i s i e r a t e n e r p a r a d e s c r i b i r é s t a y l a f a n t á s t i c a

g r u t a q u e d e b a j o s e f o r m a , l a a r d i e n t e f a n t a s í a

d e l i n m o r t a l a u t o r d e l a s Mil y una noches, p u e s

i n d u d a b l e m e n t e l a r e a l i d a d e n e s t a o c a s i ó n i g u a l a ,

s i n o e x c e d e , a l a s b r i l l a n t e s c r e a c i o n e s d e a q u e l l o s

f a n t á s t i c o s r e l a t o s ; m a s v a l g a p o r l o q u e v a l i e r e ,

a l l á v a m i d e s c r i p c i ó n b u e n a o m a l a .

F i g ú r a t e , q u e r i d o B a l d o m e r o , u n a c o r d i l l e r a d e

p e ñ a s c o s c o r t a d o s p e r p e n d i c u l a r m e n t e q u e f o r m a

u n a a n c h a c u e n c a , c o n u n a e l e v a c i ó n q u e n o b a -

j a r á d e u n o s 10 m e t r o s ; s u p ó n q u e d e s d e a q u e l l a

a l t u r a s e d e s p e ñ a u n r í o d e r á p i d a c o r r i e n t e , c o n

i m p o n e n t e r u i d o , que f o r m a y a a b a j o u n t o r r e n t e

c a u d a l o s o , s i e m b r a l a s p e ñ a s d e a r b u s t o s d e v a r i a -

d a s c l a s e s y t a m a ñ o s y d e p l a n t a s t r e p a d o r a s y p a -

r á s i t a s , y t e f o r m a r á s u n a i d e a d e l o q u e e s l a Cola

del c a b a l l o .

A h o r a b i e n ; p e n e t r a e n l a s e n t r a ñ a s d e la r o c a

y d e s c i e n d e p o r u n a a n g o s t a y e m p i n a d a e s c a l e r a

d e v a r i o s t r a m o s , en d i r e c c i o n e s d i f e r e n t e s , h a s t a

u n a b a j a d a i g u a l , o p o c o m e n o s , a l a a l t u r a d e l a

c a s c a d a , y t e e n c o n t r a r á s e n el f o n d o d e u n a

a n c h u r o s a g r u t a v e s t i d a d e c a p r i c h o s í s i m a s e s t a -

l a c t i t a s y e s t a l a g m i t a s , e n c u y o c e n t r o s e o b s e r v a

u n t r a n q u i l o l a g o q u e e n s u l i m p i o c r i s t a l r e f l e j a

a q u e l l a s y l a s h e r m o s a s p l a n t a s d e u n p r e c i o s o co -

l o r v e r d e e s m e r a l d a q u e t a p i z a n l a p e ñ a . A l l í , e f e c t o

d e l a s filtraciones, c a e s i e m p r e u n a c o p i o s a l l u v i a

e n g r u e s a s g o t a s , y a z o t a el r o s t r o el a g u a p u l v e -

r i z a d a p o r e l d e r r u m b a m i e n t o d e l a c a s c a d a q u e

c i e r r a u n a r c o e s p a c i o s o de m u c h o s m e t r o s d e a l -

t u r a .

T a l e s l a g r u t a i m p o s i b l e d e d e s c r i b i r c o n a c i e r -

to, p o r q u e t a n t a b e l l e z a n o p u e d e p i n t a r la p l u m a

m e j o r c o r t a d a , n i la i n s p i r a c i ó n m á s a r d i e n t e .

E n e l l a y e n l a p a r t e q u e e l v i a j e r o p u e d e r e c o -

r r e r h a y o t r a s m e n o r e s , d e n o m i n a d a s d e l Horno,

p o r q u e a f e c t a l a figura d e u n o d e é s t o s l l e n o d e

j a n e s f o r m a d o s p o r a b u n d a n t e s e s t a l a g m i t a s ; d e |

la Capilla, d o n d e h a y u n a q u e , a u n q u e d e u n a

m a n e r a g r o s e r a , i m i t a l a i m a g e n d e u n a s a n t a ,

y l a Blanca p o r t e n e r e s t e c o l o r . T a m b i é n p u e d e

l l e g a r s e a u n a g r a n d e a l t u r a en q u e s o b r e u n a es -

t a l a c t i t a d e m u c h í s i m o s q u i n t a l e s d e p e s o , d e n o -

m i n a d a d e l a P e r d i z p o r q u e a f e c t a l a f o r m a d e u n

a v e , s e a b r e u n a e s p e c i e d e b a l c o n c i l l o d e s d e d o n d e

s e m i r a d e f r e n t e la c a s c a d a .

C o n e s t o c r e o h a b e r t e r m i n a d o m i t a r e a y a c a -

b a r é a c o n s e j á n d o t e q u e v i s i t e s a q u e l l o s s i t i o s y

a s e g u r á n d o t e q u e e n el Monasterio de Piedra n o

t e n d r í a i n c o n v e n i e n t e e n t o m a r el h á b i t o t u s i e m -

p r e a f e c t í s i m o a m i g o PABLO DE LEÓN.

L E O N O R D E A Q U I T A N I A .

(CONTINUACIÓN).

A l l í e s t a b l e c i ó su c o r t e a u s a n z a d e l a s q u e e n t o n -ces t e n í a n e n s u s c a s t i l l o s los b a r o n e s m á s p o d e r o s o s de l M e d i o d í a , c e n t r o s d e c u l t u r a , d e i n t e l i g e n c i a , d e g e n t i l e z a y d e poes í a ; a l l í c o m e n z a r o n l a s f i e s t a s e s -p l é n d i d a s , los t o r n e o s , l a s d i v e r s i o n e s d e t o d o g é n e r o , los p a s e o s n o c t u r n o s po r el río a la luz de las a n t o r -c h a s , l a s a s a m b l e a s o c o r t e s de a m o r , de d a m a s y t r o -v a d o r e s , q u e se c e l e b r a b a n e n el p a r q u e , b a j o l a s s o m b r í a s y p e r f u m a d a s a l a m e d a s , en m e d i o de l f o l l a j e

y de l a s flores; a l l í a c u d i e r o n los m á s g a l a n t e s c a b a -l l e r o s , los m á s r e n o m b r a d o s t r o v a d o r e s y j u g l a r e s d e P r o v e n z a , y a l l í e n t r e t o d o s , o c u p a n d o u n p u e s t o d e h o n o r , e l p r i m e r o e n t r e los p r i m e r o s , B e r n a r d o de V e n t a d o r n , t ipo de los p o e t a s a m o r o s o s de a q u e l l a é p o c a , e n t o r n o al c u a l , c o m o p a r a h a c e r l e más i n t e -r e s a n t e a ú n , p a r e c í a c e r n e r s e u n a n u b e d e m i s t e r i o , h i j a d e s u s ru idosos a m o r e s con a q u e l l a p o b r e v i z -c o n d e s a de V e n t a d o r n , I n é s de M o n t l u z ó , q u e h u b o d e e x p i a r c o n su m u e r t e en u n a o s c u r a m a z m o r r a d e l c a s t i l l o de su esposo e l d e l i t o de h a b e r s i do s e n s i b l e

a l as c a n c i o n e s y a los a m o r e s de l e n t u s i a s t a t r o v a d o r . B e r n a r d o de V e n t a d o r n , q u e , a l s e r a r r o j a d o d e l

c a s t i l l o del v i zconde Eb les , h a b í a ido a b u s c a r un r e -f u g i o en N o r m a n d í a p r i m e r o , y e n P o i t i e r s d e s p u é s ,

j u n t o a la n i e t a d e a q u e l G u i l l e r m o , c u y a b u e n a m e -m o r i a c e l e b r a b a n los t r o v a d o r e s t o d o s , s i g u i ó a la q u e h a b í a s ido r e i n a de F r a n c i a , y n o d e b í a t a r d a r en s e r -lo de I n g l a t e r r a , a su g a l a n t e c o r t e y s e d u c t o r a r e s i -d e n c i a d e L a Reolea, c a d a vez m á s p r e n d a d o , s e g ú n c u e n t a n , d e a q u e l l a m u j e r n o v e l e s c a , q u e en u n d í a de p a s i ó n y de de l i r io no vac i l ó e n a r r i e s g a r la c o r o n a d e u n g r a n reino por u n m o m e n t o de s e n s u a l y e f í m e -ro p l a c e r en los b r a z o s de l m á s e n c a r n i z a d o e n e m i g o d e la c r i s t i a n d a d .

Fue B e r n a r d o el m a e s t r o en p o e s í a de L e o n o r d e A q u i t a n i a . E n s e ñ ó l a a t r o v a r , y e s f a m a q u e , con t a n b u e n m a e s t r o , la i l u s t r e d i s c í p u l a l l e g ó a c o m p o n e r g a l a n t e s c a n c i o n e s y r í t m i c o s versos, q u e a l c a n z a b a n los a p l a u s o s m á s e n t u s i a s t a s de l a s a s a m b l e a s c o n g r e -g a d a s b a j o las a l a m e d a s d e L a Reole . P e r o n i n g u n a d e a q u e l l a s c o m p o s i c i o n e s , q u e no f i a b a la r e ina a los j u g l a r e s , s e g ú n se d i ce , s i no que c a n t a b a e l l a m i s m a , h a l l e g a d o a n o s o t r o s . Al l á d e s a p a r e c i e r o n con t a n t a s o t r a s , d e las c u a l e s sólo q u e d a la f a m a , p e r d i d a s e n -t r e lo r e v u e l t o d e a q u e l l o s t i e m p o s , o a c a s o r e d u c i d a s m á s t a r d e a p a v e s a s por las l l a m a s de la I n q u i s i c i ó n q u e , a t i z a d a s por un c l e r o f a n á t i c o , c o n s u m i e r o n en P r o v e n z a , a raíz de la c r u z a d a c o n t r a los a l b i g e n s e s ,

todos c u a n t o s l ibros y c a n c i o n e s de t r o v a d o r e s p u d i e -r o n e n c o n t r a r s e .

R e c i e n t e s e s t a b a n e n t o n c e s los t i e m p o s d e A b e l a r -do , y es f a m a q u e , c o m o en la h i s t o r i a d e é s t e , la d i s -c í p u l a se c o n v i r t i ó e n a m a n t e . T í m i d o al p r i n c i p i o , s e g ú n por s u s p rop i a s p o e s í a s se d e m u e s t r a , B e r n a r d o d e V e n t a d o r n , no b ien o l v i d a d o a ú n d e s u s t r i s t e s a m o r e s con Iné s d e M o n t l u z ó , a q u e l l a a q u i e n da en s u s o b r a s el n o m b r e poé t i co d e B e l l v e z e r , poco h u b o d e t a r d a r en a n i m a r s e , a p a r e c i e n d o cada día m á s a t r e -vido y e x p l í c i t o en s u s c a n t a r e s , y a f u e s e a i m p u l s o d e su p r o p i a c i e g a p a s i ó n , y a a t r a í d o y e m p u j a d o por u n o s o jos s e d u c t o r e s q u e no e s q u i v a b a n s u s m i r a d a s y por u n o s lab ios q u e s o n r e í a n c o m o en bu r l a de su t i -m i d e z y a p o c a m i e n t o . T o d o lo q u e a n t e s f u e r a a m o r , se c o n v i r t i ó en a u d a c i a y o s a d í a . El m a e s t r o d e p o e s í a se a r r i e s g ó a ped i r l e c c i o n e s d e a m o r a su d i s c í p u l a , d e d i c á n d o l a s u s c a n t a r e s y con e l lo s la e x p r e s i ó n d e s u s a m o r o s o s s e n t i m i e n t o s . E n s u s c o m p o s i c i o n e s la l l a m a b a Conor t , c o n s u e l o , y d e b i ó l l e g a r a u n g r a d o

REVISTA DE ARAGÓN. 300

muy íntimo de familiaridad con ella, para atreverse a decirlo un día en una caución, siendo que se retar-daba el logro de sus deseos y el premio de sus amores:

¡Per Dieus, domna, pauch esplecham d ' amor , vaisen lo temps e perdem lo melhor!

Parece no quedar duda de que el trovador proven-zal fue más feliz en La Reole de lo que lo había sido en Ventadorn, y es fama que sus cantos no se perdie-ron en los aires, pasando a ser p0or un momento aquel oscuro y humilde sirviente de un vizconde de Proven-ga, el rival de los reyes de Francia y de Inglaterra y el sucesor de Godofredo de Anjou y del sultán Sa-ladino.

En el ínterin, habiendo conseguido Enrique hacer triunfar la legitimidad de sus derechos a la corona de Inglaterra, colocado ya en el trono con el aplauso de los señores y las aclamaciones del pueblo, llamó a su lado a Leonor de Aquitania, y con la ausencia de ésta, terminaron aquellas fiestas encantadoras a orillas del

Garona y aquel centro de civilización y de cultura, punto de cita de las más poderosas inteligencias de las comarcas provenzales.

Triste y solitaria quedó La Reole, que Leonor no debía volver a visitar sino muchos años más tarde, con la desesperación y con las lágrimas de una madre in-fortunada; y saliendo de allí, si no para mejores. para mas grandiosos y extraordinarios destinos, nuevo y más vasto teatro se ofreció a las miradas y a la movi-lidad constante de la dama del entusiasta poeta pro-venzal.

Como si con la terminación de los encantos de La Reole rompiera Leonor con su pasado; como si en las riberas perfumadas del Garona dejara sepultados sus recuerdos y sus amores; como si, partida en dos su vida, entregara la mitad de ella al desprecio y al ol-vido; como si emprendiera una nueva carrera que nada do común debía tener con su pasado; abiertos a sus ojos nuevos horizontes, su corazón a nuevas pasiones, su espíritu a nuevas influencias, Leonor de Aquitania

y de Francia iba a convertirse en Leonor de Inglate-rra; la enamorada y novelesca amiga de un sultán del Asia, iba a ser la madre de Ricardo Corazón de León; la tierna poetisa de La Reole iba a trocarse en la furia

vengativa del crimen horrendo de Woodstock; la que había inspirado sentidas canciones de amores a Ber-

nardo, iba a dar motivo y objeto para los feroces ser-ventesios de Beltrán de Born, escritos con sangre, más que con tinta; y, finalmente, la que rodeada de lujo y fausto, vestida con sus más espléndidas galas, presi-diera un día las cortes de amor y los certámenes de los poetas, ya no debía volver a aquellos sitios mis-mos, teatro de sus galantes devaneos, sino arrastran-do luengas vestiduras de luto, emblanquecidos los ca-b e l l o s por las penas de la cárcel y los dolores del alma, para tender a todos una mano enflaquecida donde se depositara la limosna con que rescatar al hijo amado que, gracias también al canto de otro trovador, debía ser descubierto en los calabozos de un castillo de Alemania.

IV.

Reservaba el cielo a Leonor crueles y dolorosos cas-tigos. Enrique, cerrando a todo los ojos, se había ca-sado con la heredera de Aquitania, pero obedeciendo al cálculo más que al amor. Conseguía con esto redu-cir a la Francia a sus antiguas límites, y hacerse dueño de la tercera parte de la monarquía francesa, tanto por su casamiento como por sus derechos here-ditarios. Poseía por parte de su padre el Anjou y la Turena; por parte de su madre la Normandía, el Mai-ne y los derechos a la corona de Inglaterra; por parte

de su mujer la Guiena, el Poitou, la Saintonge, la Auvernia, Perigord, Angoumois y el Lemosin.

Realizado ya su objeto y sentado en el trono de In-glaterra, su mujer dejó de ser para él lo que antes era. Acaso el recuerdo y la sombra del pasado se in-terponía entre los dos esposos. Y, sin embargo, todas las noticias que existen están conformes en suponer

que fue la de Leonor una vida ejemplar en Inglaterra. No pueden echársele en cara los deslices y devaneos que la historia enlazará siempre al recuerdo de la reina

de Francia y de la duquesa de Aquitania. Algo debió contribuir para este cambio de costumbres, y aun de carácter, el nacimiento de los cuatro hijos que en ella tuvo Enrique de Plantagenet. Enrique, que llegó a ser rey de Inglaterra aun cuando murió antes de su-ceder a su padre; Ricardo, llamado Corazón de León por su bravura, que fue investido con los ducados de Guiena y de Poitou, pasando a ser rey de Inglaterra, después de muertos su hermano y su padre; Godofre-do, que heredó por su mujer el ducado de Bretaña; y el más joven, Juan, que fue apellidado Sin Tierra por

haber quedado al principio sin herencia. El amor de madre se despertó en el corazón de la reina de Ingla-terra con la misma violencia y el desbordamiento mis-

mo de pasión a lo aventurero y a lo maravilloso que habían marcado la vida de la duquesa de Aquitania.

Aunque entregada por completo a sus hijos, y sin-gularmente a Ricardo, que era el favorito de su ma-dre, no tardó Leonor en conocer la frialdad y el des-vío de su esposo, y aquella mujer voltaria que no quería consentir en los otros las debilidades en ella habituales, se entregó a los excesos de la más violenta desesperación y al furor de los más desencadenados celos, al saber que el rey de Inglaterra buscaba en el amor de otras mujeres la felicidad que no podía hallar

en la suya. Amaba entonces apasionadamente el monarca in-

glés a una dama llamada Rosamunda Clifford, que al decir de los romanceros y poetas del tiempo, era la mujer más bella que hubo jamás en Inglaterra. Largo tiempo permanecieron sus relaciones ocultas, pero al conocer Enrique que su esposa se había apercibido, temiendo la violencia de sus celos, trató de que el mayor sigilo y la más extremada reserva vinieran a garantir la seguridad de sus amores.

Rosamunda desapareció de pronto, como si la tierra se la hubiera tragado. Todo el inundo pudo engañar-se con respecto de aquella desaparición repentina, pero no así Leonor, que, por conducto de un hombre

que le había consagrado toda su vida, supo cuanto quería saber. Este hombre era aquel antiguo paje Rimbaldo, sujeto a Leonor con la fidelidad del perro, tanto más amante quizá cuanto más desesperanzado, siempre adicto y siempre leal, que a ella se había con-sagrado con alma y vida; y que, si como todo induce

a creer, se había atrevido a elevar sus miras hasta ella, no por dejar de ver su amor recompensado, dejó de serle fiel y leal hasta el heroísmo y el sacrificio.

Por Rimbaldo consiguió averiguar Leonor lo que pasaba. Enrique, para poner a Rosamunda al abrigo del resentimiento de la reina, que era más celosa cuanto él más esquivo, había hecho construir una mo-rada secreta, aunque opulenta, un verdadero nido de amores en un laberinto del parque de Woodstock, y en esta vivienda, junto a su amada, pasaba Enrique to-das las horas que podía robar a los negocios públicos. El laberinto que rodeaba la mansión de Rosamunda, fue construido con tanto ingenio y arte, que una vez en él, era imposible que nadie acertara a abrirse ca-mino ni a llegar a la morada secreta, como no pose-yera la clave de ciertas señales desconocidas a todo el mundo, menos a Enrique y a algunos fidelísimos ser-vidores.

REVISTA DE ARAGÓN. 301

L e o n o r , s i n e m b a r g o , s e p r o p u s o p e n e t r a r e n e l l a -

b e r i n t o y l l e g a r b a s t a R o s a m u n d a . L o s r e m e d i o s de

q u e p a r a e l l o s e v a l i ó , n a d i e lo s u p o jamás; s ó l o R i m -

b a l d o , q u e a l d e s a p a r e c e r luego d e I n g l a t e r r a , l a m i s -

m a n o c h o d e l c r i m e n , s e l l e v o c o n s i g o e l s e c r e t o . L o s

h i s t o r i a d o r e s i n g l e s e s , a l h a b l a r s o m e r a m e n t e d e l

s u c e s o , d i c e n que la r e i n a p u d o l l e g a r h a s t a l a h a b i -

t a c i ó n de s u r i v a l g u i a d a p o r u n o v i l l o d e s e d a , q u e

u n a m a n o t r a i d o r a h a b í a c u i d a d o de e x t e n d e r a lo l a r -

g o d e l a s r e v u e l t a s l a b e r í n t i c a s d e l p a r q u e .

L o c i e r t o e s q u e u n a n o c h e que R o s a m u n d a n o e s -

p e r a b a a s u a m a d o E n r i q u e , c u a n d o s e d i s p o n í a a s e n -

t a r s e a l a mesa p a r a c e n a r , v i o a p a r e c e r de r e p e n t e e n

s u c á m a r a a l a u l t r a j a d a e s p o s a .

¿Qué p a s ó e n t r e a q u e l l a s dos m u j e r e s ? ¿Qué s e d i j e -

r o n ? N a d i e l o s u p o j a m á s . D e s p u é s d e u n a l a r g a e n -

t r e v i s t a , e n t r a m b a s s a l i e r o n d e l a c á m a r a , c o n s e ñ a -

l e s de l á g r i m a s r e c i e n t e s e n l o s b e l l o s o j o s d e R o s a -

m u n d a , a n i m a d a e n s u s f a c c i o n e s p e r o t r a n q u i l a y

d u l c e e n s u s a d e m a n e s L e o n o r . E n l a z a d a s d e l b r a z o

c o m o d o s a m i g a s d e t o d a l a v i d a , c u a l si y a e n t r e

e l l a s h u b i e s e t o d o d e s a p a r e c i d o , t r a t á n d o s e c a r i ñ o s a -

m e n t e c o n c i e r t a r e s e r v a p o r p a r t e de R o s a m u n d a ,

c o n c i e r t a s o b r e e x c i t a c i ó n p o r p a r t e d e L e o n o r , a m b a s

s o s e n t a r o n a l a m e s a p o n i é n d o s e a c e n a r t r a n q u i l a -

m e n t e .

R i m b a l d o , ú n i c o s e r v i d o r q u e h a b í a a c o m p a ñ a d o a

l a r e i n a e n a q u e l l a s e c r e t a e x c u r s i ó n , d e pie t r a s d e l

a s i e n t o de s u s e ñ o r a , e s c a n c i a b a e l v i n o .

A d e l a n t a d a y a l a c e n a , L e o n o r , q u e p a r e c í a c a d a

v e z m á s c a r i ñ o s a c o n s u b e l l a r i v a l , l a i n v i t ó a p r o b a r

un v i n o de C h i p r e q u e p a r a a q u e l a c t o de r e c o n c i l i a -

c i ó n h a b í a h e c h o t r a e r , r e g a l o de u n c a b a l l e r o d e

A q u i t a n i a l l e g a d o de O r i e n t e .

P o c o s m o m e n t o s d e s p u é s de p r o b a d o e l v i n o d e C h i -

p r e , R o s a m u n d a p e r d i ó el c o l o r y d e s c o m p u e s t a s l a s

f a c c i o n e s , s e a g i t a b a c o n v u l s a s o b r e s u a s i e n t o .

— M e s i e n t o m a l , — d i j o a l a r e i n a . — ¡ M e a b r a s o !

— Es que e s t á i s e n v e n e n a d a , - c o n t e s t ó t r a n q u i l a -

m e n t e L e o n o r .

Y e s t u v o c o n t e m p l a n d o l a a g o n í a d e s u r i v a l , y n o

s a l i ó d e l a e s t a n c i a h a s t a a s e g u r a r s e d e q u e e s t a b a

m u e r t a .

E r a y a n o c h e a d e l a n t a d a y n e g r a c u a n d o la r e i n a

a b a n d o n ó e l p a r q u e d e W o o d s t o c k p a r a r e g r e s a r a s u

p a l a c i o , s e g u i d a de s u fiel s e r v i d o r R i m b a l d o . S i n c r u -

z a r u n a s o l a p a l a b r a , c o m o d o s f a n t a s m a s s i l e n c i o s o s ,

s e d e s l i z a r o n p o r e n t r e l a s s o m b r a s , s i g u i e r o n s u c a -

m i n o y l l e g a r o n a la p u e r t a d e l a l c á z a r r e a l . C u a n d o

L e o n o r s e d i s p o n í a a p e n e t r a r p o r e l l a , d e t ú v o l a R i m -

b a l d o , p o n i é n d o l e i r r e v e r e n t e m e n t e la m a n o s o b r e e l

b r a z o .

— ¿ Q u é s u c e d e ? — p r e g u n t ó l a r e i n a a s o m b r a d a .

— Q u e r í a d e c i r o s , s e ñ o r a - d i j o R i m b a l d o c o n v o z

a p a g a d a — q u e a b a n d o n o v u e s t r o s e r v i c i o .

— ¡ T ú ! d i j o l a r e i n a s o r p r e n d i d a .

R i m b a l d o se inclinó s i l e n c i o s a m e n t e e n s i g n o a f i r -

m a t i v o .

— ¡ T ú , mi m á s l e a l y a n t i g u o s e r v i d o r ! - p r o s i g u i ó

l a r e i n a .

— S e ñ o r a , — d i j o e n t o n c e s R i m b a l d o c o n voz m á s

b a j a t o d a v í a . — D i o s , y v o s t a m b i é n , s e ñ o r a , s o i s t e s -

t i g o s d e q u e y o e r a i n o c e n t e a l s e r v i r a a q u e l l a m u j e r

u n a c o p a e n v e n e n a d a .

L e o n o r t u v o u n m o m e n t o d o v a c i l a c i ó n , p e r o s e

c a l l ó y a b r i ó l a p u e r t a , i n t e r n á n d o s e en p a l a c i o .

R i m b a l d o , d e s p u é s d e h a b e r v i s t o p a r t i r a l a r e i n a ,

v o l v i ó a t r á s a l e j á n d o s e d e a q u e l l o s l u g a r e s , p a r a d e s -

a p a r e c e r , s i n que n a d a p o r m u c h o s a ñ o s v o l v i e r a a s a -

b e r s e de é l .

V .

Y a e n e l c a m i n o d e l a p a s i ó n , d e l a i r a y de l a v e n -

g a n z a , c o m o a n t e s e n e l d e s u s d e v a n e o s y l u j u r i a ,

L e o n o r n o p u d o d e t e n e r s e t a n f á c i l m e n t e . E s t a b a e n

la p e n d i e n t e , y l o s a b i s m o s a t r a e n .

E n r i q u e , c o n s t e r n a d o , n o s e a t r e v i ó a v e n g a r a Ro—

s a i m u n d a , p e r o se e n t r e g ó a l o s m a y o r e s a c t o s d e d o -

l o r y d e s e s p e r a c i ó n , y m a n d ó h a c e r l e s u n t u o s o s f u n e -

r a l e s , c o m o s i , e n e f e c t o , h u b i e s e m u e r t o la r e i n a d e

I n g l a t e r r a . Por todos los s i t i o s donde p a s ó o d e s c a n s ó

e l f é r e t r o d e R o s a m u n d a c u a n d o l o l l e v a r o n a ente-

r r a r , h i z o p o n e r c r u c e s , y e n c a d a u n a l o s s i g u i e n t e s

v e r s o s :

Qui m e a t hac o r e t , s i g n u m s a l u t i s a d o r e t ,

u t q u e s i b i d e t u r v e n i a m R o s a m u n d a p r e c e t u r !

M a n d ó t a m b i é n q u e s e l e e l e v a r a u n r i c o m a u s o l e o ,

y e n é l e s t a i n s c r i p c i ó n :

« B a j o e s t a f r í a l á p i d a y a c e la i n c o m p a r a b l e R o s a -

m u n d a , q u e fue l a r e i n a d e l m u n d o , a u n q u e c o r t o s u

r e i n a d o , p o r d e s g r a c i a » .

T o d o s e s t o s e x t r e m o s de d o l o r i r r i t a r o n más y m á s

a l a r e i n a , c u y a e x a s p e r a c i ó n s u b i ó d e p u n t o a l c o n -

v e n c e r s e d e q u e h a b í a p e r d i d o p a r a s i e m p r e e l c a r i ñ o

d e su e s p o s o . É s t e n o q u i s o n i v e r l a s i q u i e r a , q u e e n

e l l a n o m i r a b a y a a s u m u j e r n i a l a m a d r e d e s u s h i -

j o s , s i n o a l a s e s i n o d e R o s a m u n d a . E n t o n c e s e l c a r i ñ o

q u e L e o n o r p u d o h a b e r p r o f e s a d o a l g ú n d í a a s u e s -

p o s o , s e t r o c ó e n o d i o , p e r o en o d i o f e r o z y v i o l e n t o ;

q u e e n a q u e l l a m u j e r c u a l q u i e r p a s i ó n t r a s p a s a b a l o s

l í m i t e s . E n r i q u e l l e g ó a s e r p a r a e l l a e l h o m b r e a

q u i e n m á s a b o r r e c í a en e l m u n d o .

Bien p r o n t o e l p a l a c i o r e a l d e I n g l a t e r r a s e c o n v i r -

t i ó e n t e a t r o d e t e r r i b l e s c o n t i e n d a s d o m é s t i c a s , y e n

c e n t r o l u e g o d e c r i m i n a l e s i n t r i g a s , p u e s que a q u e l l a

m u j e r , l a n z a d a y a p o r e l c a m i n o de la p e r d i c i ó n y de

l a l o c u r a , c o n v e r t i d a e n e l m a s i m p l a c a b l e e n e m i g o

d e s u e s p o s o , c o m e n z ó a e x c i t a r c o n t r a é l a l p u e b l o , a

l o s b a r o n e s , a l c l e r o , y h a s t a a s u s p r o p i o s h i j o s . P o r

d e s g r a c i a , E n r i q u e II d e I n g l a t e r r a t e n í a g r a n d e s l u -

n a r e s e n s u vida, y a q u e l fue e l m o m e n t o e s c o g i d o

p a r a s a c a r l o t o d o a l u z , p a r a r e c o r d a r l o t o d o , p a r a

t r a e r a l a m e m o r i a d e l p u e b l o q u e e r a el a s e s i n o d e

S a n t o T o m á s d e C a n t e r b u r y ; a l a d e l o s b a r o n e s q u e

e r a u n t i r a n o d i s p u e s t o a c o n c l u i r c o n s u s p r i v i l e g i o s ;

a l c l e r o q u e era u n i n c e s t u o s o y u n m a l v a d o .

L l e g ó a q u e l l a f u r i a c o r o n a d a h a s t a e l e x t r e m o d e

p o n e r e n m a n o s d e sus p r o p i o s h i j o s l a e s p a d a q u e d e -

bían b l a n d i r c o n t r a s u p a d r e . C u é n t a s e d e e l l a q u e h a -

l a g a n d o l o s i n s t i n t o s d e o r g u l l o y d e s o b e r b i a q u e h a -

b í a en s u s h i j o s , s i n g u l a r m e n t e e n l o s d o s m a y o r e s ,

E n r i q u e y R i c a r d o , l e s r e u n i ó u n d í a a t o d o s y l e s h i z o

p r e s t a r s o b r e e l c u e r p o y l a s a n g r e d e J e s u c r i s t o , e l

s a c r í l e g o j u r a m e n t o d e r e b e l a r s e c o n t r a s u p a d r e ,

b u s c a n d o la a l i a n z a d e l r e y d e F r a n c i a , a q u e l m i s m o

L u i s VII q u e h a b í a s i d o e l p r i m e r e s p o s o d e su m a d r e .

Una r e b e l i ó n g e n e r a l e s t a l l ó e n t o n c e s , o b r a p r i n c i -

p a l m e n t e d e a q u e l l a m u j e r q u e h a b í a l l e g a d o a l p a r a -

s i s m o del f r e n e s í . E n r i q u e s e vio c a s i e n t e r a m e n t e

a b a n d o n a d o : l a I n g l a t e r r a fue a t a c a d a p o r l o s e s c o c e -

s e s ; la N o r m a n d í a p o r L u i s V I I y e l c o n d e d e F l a n -

d e s ; e l j o v e n R i c a r d o s e s u b l e v ó e n l a A q u i t a n i a , e n

l o s e s t a d o s d e su m a d r e ; G o d o f r e d o , que a p e n a s t e n í a

d i e c i s é i s a ñ o s , l e v a n t ó la B r e t a ñ a ; E n r i q u e , e l h i j o

m a y o r , a q u i e n s u p a d r e h a b í a a s o c i a d o a l t r o n o , s e

r e t i r ó a l a c o r t e d e Luis d e F r a n c i a , i n t i m ó d e s d e a l l í

a s u p a d r e q u e a b d i c a s e t o d a s s u s c o r o n a s , y fue r e c o -

n o c i d o p o r el c o n s e j o d e v a r o n e s f r a n c e s e s , r e y d e

I n g l a t e r r a , d u q u e de N o r m a n d í a y c o n d e d e A n j o u

y d e T u r e n a .

VÍCTOR BALAGUER.

(Se continuará).

REVISTA DE ARAGÓN. 302

APUNTES HITÓRICO-BIOGRÁFICOS

ACERCA DE LA

ESCUELA ARAGONESA DE PINTURA.

(Continuación).

Desde su regreso hasta el año de 1741, continuó en Zaragoza pintando para los templos y para particu-lares obras recomendables, hasta que en dicha época pasó a la corte a jurar la plaza de pintor del rey Fe-lipe V, para la que había sido nombrado en vista de su grande habilidad. Durante su permanencia en la

corte pintó varios cuadros de altar y de caballete con más esmero y cuidado que antes. Volvió a su patria donde fue nombrado revisor de cuadros por la Inqui-sición, cuyo cargo ejerció hasta el 20 de octubre del año de 1785 en que murió. ¡Pérdida notable para el arte, para las letras y para la escuela pública de di -bujo cuyo principal sostén era él! Sus obras públicas de las cuales tengo noticia, son las siguientes:

La Seo: un cuadro con varios santos, en la sacris-tía. Santa Engracia, un San Jerónimo en la Iglesia. Convalecientes, el lienzo del altar mayor, que repre-senta la Virgen con el título de «Salus infirmorum»; San Miguel, dos en la capilla de Nuestra Señora de Zaragoza la Vieja, figuras de tamaño natural que re-presentan las apariciones de la Virgen y San Miguel

a los navarros; Santa Cruz, uno en la capilla de Ata-rés y otro en el coro. Catedral de Huesca: un San Je-rónimo azotado por los ángeles y la muerte del santo

doctor. Catedral de Calahorra: la Magdalena un-giendo los pies al Señor, San Martín y otros santos.

En los capuchinos de Calatayud, agustinos calzados y Convento de Jesús en Zaragoza había otros muchos cuadros que han pasado a ser de particulares.

Discípulo de Luzán en Zaragoza y después en Ma-drid de D. Francisco Bayeu fue D. José Beratón, pin-tor que nació en Zaragoza en 1747. En 1766 obtuvo en la Real Academia de San Fernando el segundo pre-mio de la segunda clase; falleció en la corte en 1769. Se conservan de su mano dos cuadros: uno en el ora-torio de Nuestra Señora de Gracia en Madrid, y otro en Pedrola en la parroquia. Dibujó algunos retratos en la colección de «Varones ilustres» que en el siglo pasado publicó la Imprenta Real.

Falta la escuela aragonesa con la muerte de Luzán, de un tan distinguido artista, hubiera concluido defi-nitivamente si para entonces no hubiérase dado a co-nocer uno le sus aventajados discípulos. Este era don Francisco Bayeu y Subías, premiado por la Academia de San Fernando, con un premio extraordinario creado para quien mejor desempeñase en una l á m i n a de co-bre la tiranía de Gerión, y disfrutando además de una competente dotación para seguir sus estudios en Ma-drid. Bayeu es el pintor de su época a quien puede llamarse sin controversia el restaurador con ventaja de la escuela aragonesa. Una vez en la corte estudió bajo la dirección de D. Antonio González Velázquez, siguiendo después 1os preceptos de D. Rafael de Mengs quien a su paso por Zaragoza y viendo allí varias pinturas de Bayeu le hizo ir a la corte con orden del rey Carlos III a servir a S. M. en las obras del Real Palacio. Éstas le merecieron desde luego los honores de pintor de cámara, y de la academia el grado de académico de mérito. En el de 1764 le confirió S. M. a consulta de la academia una plaza de teniente direc-tor de pintura, la que sirvió con puntual asistencia y esmero por espacio de años hasta el de 1788 en que

obtuvo la de director de la misma y pintor de cámara. Este pintor nació en Zaragoza en 9 de marzo de 1734

y falleció en Madrid de director general de la acade-mia en 4 de agosto del año de 1795. Se celebra en

D. Francisco Bayeu la fecundidad en las invenciones, buen gusto en el plegar de paños, inteligencia en los escorzos, certeza en la expresión de los caracteres de las pasiones y un agradable colorido.

Varias son las obras que se conservan de este pro-fesor al óleo, y más al fresco; las cuales citaré según lo hacen Ceán en su Historia de la pintura y confor-me al catálogo de los cuadros pertenecientes a la Real Sociedad Económica Aragonesa.

Madrid, Palacio.— Varias bóvedas al fresco: en una representó la conquista de Granada por los Reyes Ca-tólicos; en otra la caída de los gigantes y cuatro me-dallas de c l a r o s c u r o a los lados, y en otra el Apo -teosis de Hércules a quien cortejan sus virtudes con otros accesorios conducentes al objeto. En una ante-cámara, una composición de figuras alegóricas que representan la religión y otras virtudes. Tres en la librería. Un Apolo protegiendo las artes, y un Señor difunto, al óleo en el oratorio. Dos oratorios portátiles que sirvieron para Carlos IV, con cinco láminas de cobre cada uno. Otros dos que fueron del Infante don Gabriel y su esposa, y otro para la Infanta doña Ma-ría Josefa.

Encarnación.— El fresco que está sobre el altar mayor.

San Francisco.-— E1 cuadro de la porciúncula en el retablo principal.

Real Academia de San Fernando.— La lámina de Gerión insultando a los hispanos y el retrato del rey Carlos IV de medio cuerpo y del tamaño natural.

Museo de la Trinidad.— Quince cabezas de lápiz para estudio.

San Ildefonso, Colegiata.— Al fresco: la cúpula re-partida en ocho compartimientos: en cuatro figuró pasajes de la ley antigua y en cuatro de la ley nueva. Los evangelistas de las pechinas.

El Pardo, Palacio.— Tres bóvedas al fresco: 1.ª la monarquía española cortejada de las artes con los vi-

cios a los pies. 2.ª Apolo remunerando a las Artes. 3.ª En el oratorio algunos niños y serafines. En el al-

tar una Concepción al óleo.

Aranjuez, Palacio.— La cúpula y bóvedas de la ca-pilla nueva, en que representó varios asuntos relati-vos a la encarnación del hijo de Dios, y una gloria con el Padre Eterno. En el oratorio del rey, las bó-vedas y paredes hasta el friso: en la primera pieza figuró al Padre Eterno en su solio agrúpado con án-

geles y serafines y mancebos y varias alusiones a Ma-ría Santísima: en un lado de la pared el nacimiento del Señor, San Lucas y un grupo de ángeles en la sobre-puerta. A los lados de la ventana, la visitación

a Santa Isabel y la huida a Egipto; y en la segunda que está el altar, San Juan Evangelista, S a l m ó n y una gloria con muchos ángeles que tiene atributos de la Virgen: todo el fresco. Al óleo una Nuestra Señora de cuerpo entero con el niño del tamaño del natural en el oratorio que tenía la reina, y al fresco la bó-veda.

San Pascual.— El cuadro de la Concepción en el colateral del lado del evangelio: los cuatro están en dos ángulos del claustro y representan la encarna-ción, el nacimiento, la ascensión del Señor y la veni-da del Espíritu Santo, y una Virgen con el niño en el a n t e p e c h o del coro.

REVISTA DE ARAGÓN. 303

En Zaragoza el Pilar.— La coronación de Nuestra Señora en cuatro platillos o partes de la bóveda de la capilla, y las figuras alegóricas, ángeles y atributos correspondientes a los títulos de Regina Apost., Re-gina márt.; Regina Santorum.

Santa Engracia.— El cuadro que había en el altar mayor. El nacimiento y epifanía del Señor sobre las puertas de la sacristía. Una Sacra Familia en el cru-cero al lado de la epístola y un San Juan Bautista encima. Los santos Valero, Braulio, Prudencio y Eu-genio en las pechinas, al fresco, y la Trinidad e n m e -dio de una gloria en un luneto sobre el altar mayor.

En la sacristía, sobre los cajones, catorce cuadritos de la vida de la Virgen. El retrato de Fernando VI en la escalera principal y la Virgen con el niño en la celda prioral.

San Felipe.— Cuatro cuadros que representan el co-razón de Jesús, el de María, Santo Tomás de Aquino y San Roque. Tres de San Miguel, San Gabriel y el

Ángel Custodio, y dos apóstoles de medio cuerpo. Hospital antiguo.— Un Ecce-Homo y una Dolorosa

de medio cuerpo. San Ildefonso.— Ocho cuadros en la sacristía que

representaban la pasión de Cristo, el sacrificio de Isaac, etc.— En la escalera principal, nueve de San Ildefonso. En el testero del refectorio el milagro de pan y peces, de 40 palmos de ancho, y en el claustro quince apaisados que figuraban la Vía Sacra.

Cartuja de la Concepción.— Veintidós lunetos en el claustro con pasa jes de la vida de San Bruno; la

asunción y coronación de Nuestra Señora en una ca-pilla. En otra la visitación, la presentación y los

sueños de San José. Dos lunetos con el nacimiento y epifanía del Señor y el cuadro grande de pan y peces

en el refectorio. Idem de Aula Dei.— Dos lunetos junto al altar ma-

yor en los que pintó una gloria con serafines y man-cebos que tienen instrumentos músicos. Un cuadro de la concepción con tres f iguras. Otro que representa la primavera y un niño con la corona de flores. Otro la adoración de los reyes. Una Virgen con el niño en los brazos.

Idem de las Fuentes.— Varias obras. Pedrola.— El cuadro del altar mayor y otro de un

colateral. Valdemoro.— El gran cuadro del altar principal. Toledo. Catedral.— Once historias al fresco en el

claustro con figuras mayores que el tamaño natural, que representan pasa jes de la vida de San Eugenio;

y un cuadro grande al óleo en el altar mayor de la capilla de San Pedro, que figura el milagro del tu-llido.

FRANCISCO ZAPATER Y GÓMEZ.

(Se concluirá).

T H I E R S .

A FRANCIA.

Hoy que te miro llorosa Sobre una tumba posarte Y delirar y agitarte En convulsión angustiosa. No extrañes, Francia orgullosa, Cuyas lágrimas venero, Que cual eco lastimero

Mi pobre lira resuene; Pues si altar el mártir tiene, Lo tiene en el orbe entero.

Ardiendo en la fiebre aguda De tu agonía tremenda, En demanda de una ofrenda Al verjel tu mano acuda, Verdes campiñas desnuda, Desnuda de aroma el prado; Sobre ese mármol nevado Deja tus galas mejores: Que no morirán las flores Donde hay un sol enterrado.

De la muerte aborrecida Sientes el fúnebre encono, Que lo mismo llega al trono Que a la choza desvalida;

Bajas la frente abatida Al sumirte en la orfandad, El genio que, de su edad Cruzando los rudos mares, Quemó incienso en los altares De la virgen libertad.

Tu amargura se desata En estallido grandioso Al ver perdido el coloso Que la muerte te arrebata. Lloras porque fuiste ingrata

Y comprendo tu pesar;

Si la mancha hay que lavar Con amarguísimo riego. ¡Qué inmensidades de fuego Y de sangre has de llorar!

Hay oro donde se escriben Las vidas que gloria adquieren; Hay hombres que nunca mueren, Hay muertos que siempre viven, Que nueva vida reciben En la conciencia del hombre, Para que exista y asombre A la gente venidera,

Y sin que el mundo no muera No llegue a morir un nombre.

El gigante que te amó Con un amor tan intenso, Era sublime, era inmenso, Hacia lo inmenso voló; Pero su nombre quedó En la humanidad grabado, Para que, vivo el pecado Que pudiste consumar, ¡Nunca puedas olvidar Que le tuviste olvidado!

REVISTA DE ARAGÓN. 304

Después de haberte servido Corno leal caballero

Contra temido extranjero Y otro furor tan temido, Le relegaste al olvido Más injusto y más cruel. ¡Noble te portas con él! ¡Gran ofrenda le destinas! Vivo, le ofreciste espinas; ¡Muerto, le ofreces laurel!

Para genio de esa talla ¿Qué laurel debe bastar? Cuando te vio caminar Hacia bien urdida malla, Quiso oponerse, cual valla A torrente asolador; Por él a yugo opresor No ves tu cerviz, sujeta; Que fue primero profeta Y luego fue redentor.

No olvides, ¡oh Francia hermosa! A1 más grande de tus hijos;

Ten siempre los ojos fijos Sobre la tumba gloriosa Donde un gigante reposa Convirtiéndola en sagrario... ¡Profeta, de visionario Le tachó la multitud; Redentor, tu ingratitud Le dio también un calvario!

Por tu culpa sin medida, ¡Oh Francia! no te maldigo; Tiene bastante castigo Tu ingratitud maldecida. No has de volverle a la vida. ¿De qué te sirve llorarle? ¡Basta el castigo de amarle Por sus muertos esplendores,

Y saber que aunque le llores No puedes ya recobrarle!

Si hoy un pueblo, irresoluto, Se deshace en amargura, Sobre nívea sepultura Dejando ardiente tributo; Si Francia viste de luto, Se envuelve en negro crespón, Tan honda inmensa aflicción

Y las naciones no asombre: Que a veces es la de un hombre La muerte de una nación.

VALENTÍN MARÍN Y CARBONELL.

Septiembre de 1877.

A C I C E R Ó N .

( S O N E T O ) .

Gloria y honor de la ciudad latina, Reprime tu patriótica fiereza, No siegues irritado la cabeza Al sórdido y violento Catilina.

¿No ves que de los vicios la sentina A corromper los ánimos empieza, Y de Jove la excelsa fortaleza En lo profundo del cimiento mina?

¿Qué importa, que a tu cólera elocuente, Cual por el rayo de la luz herido, Sin vida un miserable se desplome?

¿Qué importa, si te arrastra la corriente? Que a un pueblo de sicarios corrompido

Nunca falta un Octavio que le dome.

GERMÁN SALINAS.

E S P E C T Á C U L O S .

Poco fecunda en novedades, la semana pasada tan sólo nos ha ofrecido el estreno de las zarzuelas Sensi-tira y La gallina ciega. La primera no ha obtenido los honores de la repetición, y esto nos proporciona motivo para elogiar la cordura de la empresa y la sensatez de los actores. En obsequio de éstos no dire-mos una palabra de la interpretación de Sensitiva que fue por más de un concepto, sensible y dolorosa para los oídos de los espectadores.

Mejor éxito alcanzó La gallina ciega. El libreto está escrito con gracia y ligereza por el Sr. Ramos Ca-

rrión, que en este género es una especialidad; y la música, con decir que es del popular Fernández Ca-ballero, comprenderán nuestros lectores que no des-merece en nada. La ejecución, confiada a las señoras

Dupui y Pastor y a los Sres. Riguet, Bosch y Daniel, fue bastante aceptable, y así lo demostró el público aprovechando las ocasiones de aplauso que los citados artistas le proporcionaron.

La novedad coreográfica de la semana fue el baile Las mesinesas, composición del laborioso e inteligente Sr. Moragas. El conjunto, sin ser tan vistoso ni sor-prendente como el de los bailes puestos en escena en los días anteriores, agradó al público, sobre todo en la graciosa tarantela, llena de animación y color local, en que la señorita Límido sobrepujó cuanto en su baile nacional pudiera hacer la más aérea ragazza na-politana. También fueron muy aplaudidas las capri-

chosas combinaciones de los cuadros finales. Por hoy damos punto a este conato de revista, de-

seando que la próxima semana nos suministre moti-vos de hablar con más extensión y elogio de los artis-tas. Así lo deseamos para bien de estos y satisfacción del público.— X.

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