, ·~LEM PARAIBA
MINAS GERAIS
- ~- Q~ -- j -· ----- -·-------
IBGE - CONSELHO NACIONAL DE ESTATfSTICA
Coltrao de A1onogrnjias - u.0 169
, ALEM PARAIBA
MINAS GERAIS
u ASPECTOS F JSI COS - Area: 705 km' (1956); altitude: 143 m; temperatura media em °C das mdximas: 33° ; das minimas: 17°.
i'r POP ULA<;;li.O - 28 977 habitantes (estimativa do D EE, para 31 - X II-1957 J; densidade demogrdf ica: 40 habitantes par quil6metro quadrado.
u ATIVIDADES PRI NCI PAl S - Agropecudria, industrias de tmnstonnar; ao.
1:: EST ABEL ECI MENTOS BANCARIOS - 4 agencias.
)"'r VE! CUL OS REGI STRAD OS (na Prejeitura Municipal) - 128 autom6veis e 88 caminh6es.
>':I ASPECT OS URBANOS (sede) - 2 781 l i gar;6es eletricas, 225 aparelhos telef6nicos. 6 hoteis, 1 pensao e 2 cinemas .
{.: ASSISTENCI A MEDICA (sede) - 1 hospital geml com 171 leitos ; 15 medicos no exercicio da projissdo.
·i. ASPECTOS CULTURAI S - 33 unidades escolares de ensino prima1·io fundamental cannon, 2 estabelecimentos de ensino media ; 3 tipograjias, 5 bib liotecas estudantis e 2 jornais.
'' F I NANCAS POBLICAS EM 1956 (milhares de cruzeiros) - receita total: 4 941; receita tributdria: 3 059; despesa realizada: 4 930.
{: REPRESENTAC.li.O POLiTI CA - 11 vereado r es ern exercicio.
Texto de Roberto Rodrigues Monteiro , da Diretoria de Documenta<;ao e Divulgaqao do CNE. Desenho da capa de Q . Campofiorito.
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ASPECTOS HIST6RICOS
0 TERRIT6Rro que hoje constitui o Municipio de Alem Paraiba, habitado primitiva
m ente pelos indios Puris, era coberto por extensas matas, circunstancia que dificul tou sua colonizagao pelas primeiras correntes desbravadoras da hinterlandia mineira. A retardar-lhe ainda o desenvolvimento, ocorreu o fato de ser o t errit6rio interdi to a exploragao, meio de coibir o contrabando do ouro que se extraia nas "1ninas gerais".
Assim, ate OS fins do ultimo quartel do seculo XVIII, o territ6rio era pra ticamente ignorado . Naquela epoca a Zona da Mata, regiao onde se ach a situado o Municipio , possuia somente os aldeamentos de Pomba e do Presidio de Sao Joao Bat ista, hoj e Visconde do Rio Branco.
Ao iniciar-se, porem, o seculo XIX, a referida regiao foi r apidamente devassada, tornando-se intenso seu povoamento . Os primeiros habitantes vieram do a lto sertao mineiro. aos quais se juntaram elementos dos m:Wleos mais antigos da Mata Mineira e, sobretudo, da regiao fluminense da margem direita do Paraiba .
Se os primeiros povoadores t inham em mira a descoberta de riquezas minerais, as corr entes migrat6rias posteriores ja visavam a explora<;ao da lavoura e o entretenimento de relac;oes comerciais 'entre o interior e os nucleos urbanos mais pr6ximos da costa.
Nao se sabe ao certo quando se estabeleceram os primeiros colonizadores, no local onde atualmente se ergue a cidade. Acredita-se, porem, que tenha ocorrido por volta de 1814, quando os habitantes da zona compreendida pelo atual municipio fluminense de Cantagalo procuravam, na fronteira de Minas Gerais, um ponto em que pudessem receber do interior min eiro os produtos agricolas e pas toris de que necessitavam.
Criaram, entao, o P or to do P araiba ou do Cunha, hoj e subi1rbio da cidade. Essa ultima denomina<;ao, ao que consta, provem do nome do barqueiro que se instalou no local, fazendo tran sporte de pessoas e mercadorias entre a margem mine ira e fluminense.
Naquela epoca ja existiam OS entrcpostos de Sapucaia, Rio Preto e Barra do Pomba, n a fronteira Minas-Rio de J aneiro. Porto Novo do Cunha , porem, pela sua situac;ao mais fa-
ALEM PARAIBA - 3
M a triz d e Sao J ose
·; oravel, tornou-se o luga r prefe r ido para o mt ercambio comercial .
0 local, em pouco t empo, era etapa obrigat6ria para viaj antes e tropeiros, dai tornarse conhecido como ranch o de Alt§m Para iba, expressao que o uso consagrou e se aplica h oje a cidade e ao Mun icipio.
Simples "rancho" perman eceu o lugar a t e 1818, quan do n umerosas familias a li se fixaram , ten do par prop6sito o cultivo do cafe , r ecen temen te in trod uzido em Minas Gerais .
Nessa epoca in st alou-se em Porto Novo do Cunha o padre Miguel Antonio de P aiva, que se fez proprietario de terras as margens do rio Paraiba . :Este padre construiu a primeira capela , on de se ach am hoje as oficinas da Leopoldina, e fez doagao de terras onde se edificaria a igreja mat riz. Ao rector cl a primit iva capela formo u-se, en tao, o nucleo de h abita<;;6es que viria constituir a pr6spera cidacl e de Alem Paraiba.
A vila de Sao Jose d 'Alem Paraiba, criada par Lei provincial n.0 2 678, cle 30 cle novembro de 1880 , s6 : oi instalada a 22 cle jan eir·J de 1882 . A Lei provincial n ° 3 100, de 28 de sE-tembro de 1883, elevou-a a categoria de cida cl e e a Lei estadual n.0 843 , de 7 de setembro de 1923 , muda-lhe o n ome para AlE\m Paraiba .
At ualmente a economia do Municipio se a p6ia em uma bem desenvolvida in dustria , fa vorecida pela proximidade de mercados e relativa facilidade de escoamen to dos produtos .
Segundo o quadro administra tivo do Pais , vigente a 1.0 de janeiro cle 1958, Alem Paraiba e constituido dos distritos de Angustura e Av 2ntureiro.
4 - ALEM PARA iBA
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LOCALIZA(:AO DO JlllUNICiPIO
1f1 ERTENCE Alem Para iba ao conjunto dos mu~- n icipios que integr am a chamada Zona Fisiografica da Mata, uma das 17 zonas em que o Estado esta subdividido. Limita-se com os m unicipios m i.neiros de Chia dor , Leopoldina, Mar de Espanha , Volta Grande e com o Estado do Rio de Janeiro.
A. cidade dista, em linha reta , 252 Ion da capital estadual , co rrespondendo- lhe as ser( "~ ntes coo rd. :;nadas geograficas : 21° 52' 13" de lat itude .s nl e 42° 40' 20" de longitude W. Gr .
ASPECTOS FiSICOS
A LEM Pa r a iba esta situado em regiao de reIE:vo acidentado, nao se observando, po
r em , e.scarpas abruptas ou vales estreito.s que dificultem o aproveitamento agricola . E inigado por inilmeros rios, dentre os quais se destacam o Para iba e seus afluentes Aventur eiro , An gu e Pirapetinga.
0 clima, de modo geral, e quente, nao occ·rrendo varia<;6 es bru.scas de temperatura . A esta<;ao chuvosa vai de setembro a mar<;o.
ASPECTOS DEMOGRAFICOS
C ONTAVA Alem Para iba , na data do Recenseam ento Geral de 1950, 26 505 h abitan
tes , dos qua is 13 115 homens e 13 390 mulh eres .
ALEM PARAIBA - 5
Estimativa do Departamento Estadual de Estatistica de Minas Gerais admite que a popula<;ao do Municipio tenha atin gido, em 31 de dezembro de 1957 , 28 977 h abitan tes .
Discriminada segundo o credo religioso, a populac:;ao do Municipio apresenta uma quota de cat6licos identica a do Estado, ou seja 96 % . Em relagao a cor, a populae,ao municipal apresen ta os contingentes de 55 % de brancos, 37 % de preto.s e 8% de pardos, quotas que dife rem das r egistr adas no Estado, de 58 % , 14 % e 27 %, r espectivamente. Quanta a nacion8Jidade , os estran geiros e natura lizado.s constituem 1% da popul ac:;ao , ou seja mais do dobra da correspondente percentagem para o Estad o.
A cidade de Alem Paraiba Cquadro.s urbana e suburbano do distrito-sede) , : u:;~rega 45 % dos habitantes do Munieip io. Enquanto em toclo o Estaclo de Min as Gerais encontra m-se aproximadamente 70 % de seus habitantes no
QU AD RO URBANO ~ ql % q uaclrO rural, Alem QUADRO SUBURBANO - 9% Paraiba assinala,
nesse mesmo qua-auAoRo RUR A L ~ so% rlro, 50 % de sua
popula<;ao .
PRINCIPAlS ATIVIDADES
ECON OJI!f!CAS
As principai.s atividade.s econ6micas dos habitantes de Alem Paraiba - "agricul
tura e pecuaria", "industrias de t r ansforma c:;ao" e "transporte, comunicac:;oes e armazen a gem " - sao caracterizadas pela elevada quota de pessoas que decla raram exercer a ocupac.ao principal nos referidos ramos.
Considerando-se o total de pessoas de 10 anos e mais e, clentre estas, o contingente dos que exercem atividacles economica.s, pocle-se estima r a quota clos que estao em atividacle nos r amos "agricultura , pecuaria e silvicultura", "industrias de transformac;ao" e " t ranspor te, comunica<;6es e a rmazen agem" em 46 % , 19 % e 13 % , r espectivamente (percentagem calcula-
6 - ALEM PARAIBA
V i sta p a rc ia l da ci dadc
da sabre o r efer ido total, exclusive os inativos, os que exercem atividades domest ica.s nao r emuneradas e atividades discentes e os que nao puderam ser incluidos em alguns outros ramosJ . Observe-se que as quotas de pessoas que trabalh am em "indi1strias de transfor m a c.ao" e " transporte, comun icac.6es e armazen a gem ", sao bem elevadas em confronto com outros municip ios. Para cacla gr upo de 10 pessoas que exe rcem atividades econ6micas n a lavou ra e na pecua ria, corre.spondem 7 pessoas que trabalham n a queles dois ramos . 0 fato de "transporte , comunicac;oes e a r mazenagem " ser o terceiro ramo de a t ividade quanta ao contingente de h abitantes justifica-se por ser o Municipio entroncamento das estradas de ferro Centra l do Brasil e Leopoldina e se acharem instaladas em Alem Paraiba oficinas desta i!l t ima ferrovia.
Agricullura e peczuiria
EMBORA a f6rc.a cla economia do Municipio resida nas indi1strias de transformac.ao,
nao e pequena a importancia da agropecuar ia no desenvolvimento de Alem Para iba . Como ja foi assina laclo, a "agricultura, pecua ria e silvicultura" e o ramo que reim e m aior n iJmero de pessoas a t ivas .
Predominam no Municipio os estabelecimentos que exploram simul taneamente a agricul tura e a pecuaria; os que se dedicam exclusivamente a agr icultura representam aproxi m adamente o triplo dos que exploram somente a pecua ria. :E elevada a a rea ocupada com
ALEM PARA i BA - 7
as pastagens, cerca de 62 % da a rea total do3 estabelecimentos ap ropecua rios existen tes; a area ocupada com a lavoura e de 14 % .
Em 1955, segundo o Servic;o de Estatistin da ProdU<;ao , o va lor da safra municipal atingiu 72 milhoes de cruzeiros, assim discr iminado:s :
PRODUTOS AGRfCOLAS
VALOR DA PRODU CAO
Nlm1c:-os abso lu tos
(Cr$ 1 000)
(;;. sOhre o tot.'. l
------------------------·1-----·----------
c"rc. i'vl ilh o . . Fcij:1o . . A rroz com ca<;r::l. . . CaJw.-tlc-a ~~ ~~ t:.a r . .. Banana . . Ba l:lia.- in !,{lCsa .. Baiata- J.oC"c .. . 0 ulros (I) . .
TOTAL . .
80 037 lO 5211 0 (iQj
5 250 :~ 255 :1 O! :l 2 3·11 l 25:1 5 80 !
72 123 100,00
(I ) Em "outros" in c lucm~sc as scguin tcs produtos: laranja., rnanga, maml ioca mans~ . tomatc, ab~cat c, t ange ri n~, alho, fuurn em !:;lha , Jirn;1o, abac:n i, amcmloim eom casca, ca,1u i, m:m nC' Io c p0-s..-;ego.
Bastante desenvolvida e a lavoura de cafe que abrange 43 % do valor da produc;ao da.s culturas agricolas suj eitas a inquerito estatis t ico, consideradas em conj unto .
Em 1950, os cafezais se estendiam por uma a rea de 4 000 h ectares , com p roduc;ao de 75 milhares de a rr6bas; de 1950 em diante , esta a rea .se ampliou , atingindo , em 1955, 5 008 h ectares, com produc;ao de 94 milhar-es de a rr6ba.s .
Alem Pa ra iba exporta cafe para o Distrito F·ederal. Os demais produtos sao ins uficie ntes para o proprio consumo do Municipio .
De ac6rdo , a inda, com o SEP , em 1956, o principal rebanho do Municipio era o bovino, com 26 300 cabec;as, no valor de 74 milh6es de cruzeiros . Em segundo lugar , vinha o gado suino, com 6 300 cabec;as, valendo 1 milhao de cruzeiros. Existiam, ainda, 1 300 eqiiinos, 50 asininos, 380 muares , 160 ouvinos e 720 caprinos, no valor total de 2 milhoes de cruzeiros.
Quanto a produc;ao de leite, que n o m esmo ano atingiu 6 250 000 li t ros, parte e consumida pela populac;ao loca l e pa rte industria lizada nas fabricas de laticinios (creme, ma nteiga etc ) .
8 - ALEM PAR AIBA
lndt'tstrias d e lransfonn w;;iio
C oNsTnur a produc;ao industrial a base econ6mica do Municipio .
Em 1955, segundo res ul tados preliminares do Registro Industrial, Alem Para iba contava com 34 estabelecimentos industr iais , qu e ocupavam 1 301 openi. rics e cujo valor da produc;ao atingia 206 milh6es de cruzeiros. A industria textil e a do papel sao as mais expressivas, contribuindo, para a constitui<;ao daquele total , com as parcelas de 73 e 71 milhoes de cruzeiros, respectivamente, o que corresponde as percentagens de 36 % e 34 % .
As indttstrias de produt os alimentares apresentavam, tambem , valor de prcduc;ao elevado : 17 % do total.
Convem esclar ece r que as apurac;oes do referido registro n ao a trangem todos os estabelecimento.s existentes, e sim, a penas, os que ocupa vam 5 ou mais pessoas.
No m esm o ano , de ac6rdo com dados do SEP , abateram-se no Municipio 2 179 cabec;a.s d e bovino.s e 2 385 s uin o.s , produzin do 361 tonelacla.s de carne verde de bovine e 85 toneladas de carne verde de s uino, no valor total de 13 415 milha res de cruzeiros. Alem disso fcram preparadas 118 toneladas de toucinho fresco, valendo 4 093 nl.ilha res de cruzeiros.
MElOS DE TR ANSPORT£
ALE;M Paraiba disp6e de bom sistema de comunicac;oes , constituindo entroncamento
ferroviario das estra das de ferro Central do Brasil e Leopoldina. Liga-se aos municipios vizinhcs e as capitais estadual e federal pelos seguin tes meios de trans porte:
Chiador - 1) Ferrov iario (EFCB ) : 45 km; 2) Rodov iario : 88 km.
L eopoldina 1 J Ferrov ia rio (EFL l . 101 km; 2) Rodoviario: 58 km .
Mar de Espanh a - 1) Ferrovia rio (EFL) : 141 km ; 2) Rodoviario: 67 km.
Volta Gmnde - 1) Ferroviario (EFLl: 27 km; 2) Rodoviario: 21 km .
Canna - 1 J Ferroviario (EFL ) : 18 lm1 ; 2) Rodoviario: 18 km.
AL EM PARAIBA - 9
Sapucaia - 1) Ferrovi:ir io (EFCB) : 28 km ; 2) Rodovi:ir io: 36 km .
Capital Esta dua l - 1) Fer rovi:ir io (EFCB) : 506 km ; 2 l Rodovi:irio : 485 km .
Capital Fed eral - 1) Ferrovi:irio, via Cent ra l do Brasil - 240 km , ou via Leopoldina : 209 km; 2 l Rodovi:i rio : 200 km .
COjJIJl RC/0 F BANCOS
A U :M da Capita l de Sao Pa ulo e do Di.strito Federa l, o Mun icipio m antem interca m
bio comercial com cidades min eiras e fl umin en.ses .
Ent re os produtos importados figuram a rroz, feijao, ac, uca r , conservas, beb idas e, em vir t ude do crescimento da cidade, m a ter ia is de construc.ao (cimento , fer ragens, m a deira etc ) . 0 prin cipa l cen t ro comprador do ca fe produzido em Alem Paraiba e o Distri to F ederal.
No qua dro estadua l, o m ovimen to ban c:irio de Alem Paraiba ocupa luga r de relativo destaque .
Os dados correspon den tes aos sa ldo.s das con tas de m aior expressao n o movimen to banc:ir io de Alem Paraiba representam elevadas percentagens sabre os cor responden tes elem entos referentes ao Municipio de Juiz de Fora , um dos principais centros industria is do Esta do de Min as Gerais :
CONTAS
J<:nqm:'stimos ern C".C .. T itulos dcscon tados .. IJr pOsitos ;\ d sta c a
cur to pra zo . . DepOsi tos a pnz0 . ..
SALD OS EM 31-1-1357 (C r$ 1 000)
Est ado de Mi nas
Gerais
II ! ~2 1 ~ 0 I I 52 I u:J5
J:! 8S2 II G :! ·1 0~ 752
M u ni c i pi o d e
Juiz de Foia
-Hii S:li 515 :;os
i :t~ 2:\G GG :JG7
rar?iiJa
!l2 SOG ·!5 DO l
78 375 G i 2-l
',~ de AICm Par:1 iha
sO bre Juiz cle FNa
Hl,R 8 ,()
10,7 10 ,0
Ach am-se localizad as no Municipio a gEmcias dos seguintes esta belecim en tos : Banco do Brasil , Banco Hipotecario e Agricola do Esta do de Minas Gera is, Banco Nacion al de Minas Gera is e Ban co Ribeiro J unqueira.
10 - AL EM PARAIBA
U tna das t uas ce n t ra is da cidade
SA LARIOS
0 SALARIO min ima, em vigor desde 1° de ag6sto de 1956, fo i f ixado pa r a as Un i
dades da F ederaqao segundo as regioes em que as m esmas foram divididas .
Ao Estado de Minas Gera is, compreendido na 1sa r egiao, corresponde um sala r io mi nima variavel do m aximo de Cr$ 3 300,00 , na 1a s ub - regiao , ate o minima de Cr$ 2 850,00 na 3.a, on de esta si tuada Al2m Para iba.
JNSTR U(:AO P UBLICA
CoM base n os dados censita rio.s de 1950, pode-se estimar que, atua lmen te, a percen
tagem de pessoas a lfabetizadas no Municipio sej a superior a 5~% , quota observada naquele ana (calculada sabre 0 total das pessoas presentes de 10 anos e maisJ .
Essa quota, relativamente elevada no quadro nacional, coloca o Municip io em posic;ao de r elevo no quadro estadual .
li nsin o
EM 1954, de ac6rdo com o Serviqo de Estatis.J t ica da Educac;ao e Cul tura , o n i1 mero de
un idades escola r es de ensino p rimario fu nda m ental com um ascendia a 33, o n i1m ero de profess6res a 99 e a matr icula efet iva a 2 765.
ALEM PARAiBA - 11
Em todos os ensinos (p re-primar io-infan til , f unda mental CO!l1Um, fundam ental .suplet ivo, e complemen tar J o nt1 mero de un idades escola res era de 44 , com matricula efetiva de 3 223 a lun os e 114 profess6res.
Em 1955, de ac6rdo com a m esma fon te , exist iam em Alem Para iba 2 estabelecimentos de ensino m edia , 2 de ensin o art ist ico , 1 de aprendiza gem de oficio CSENAil , a lem de cursos de enfermagem e da tilografia.
FINANf;AS PUBLICAS
E M 1956, a receita total a rrecadada pelo Mun icipio foi de 4 94 1 milha r es de cruzeiros
dos qua is 3 059 corresponden tes a t ribu ta ria ; a despesa realizada n esse a na fo i de 4 930 milh ares de cruzeiros.
No per iodo 1951/ 56 , as fina n<:;as do Municipio a tingiram as seguintes cifras (da dos fo rn ecidos p elo Conselho Tecn ico de Economia e Finan <:; ~tsJ :
FINAN!;AS fCr$ 1 000)
AI\J OS Rece i ta arr ec ad a da Saldo ou Despe:;a
1 re:\ lizada "def icit'' Total Trihut:1r ia do halan \O
- ----------- - - - - - 1----
1!151. 2 71 0 I G2G 2 502 + 208 1\l~:J .. ·I 20G I 751 -1 4~9 2-l:l J!j 5:L . ;J 858 I 902 ·I 119 :!G l I ! I;) .~ . . 3 ; :J9 2~085 3 GG9 + ; o 1955 . . :{ 91'0 2 51 8 ~ 99 1 31 J05G. -1 9 1\ :J OGQ -1 930 + II
As principa is con ta.s em que se decom p6e a receita tributa ria pa r a 1956 sao as seguintes:
T ributaria I mpastos
T e rri to rial Predia l S6bre in d ttstrias e profi ss6es D = licenqas Jogos e divers6es Ex peclien t e Ou tros
T ::txas
Lin1peza pltlJlica Melhoramen tos Roclov iflrias
12 - AL E!Vl PARAi BA
(CrS 1 000)
~ 059 2 679
52
1 239
980 25 20
223
140 380 192
17 171
L_
A despesa municipal. em 1956. cstava assim distribuida:
D espesn total
Achn inis t rac;ao geral
(Crs 1 OOO )
4 930
390
Exa<;:Uo e fisc alizac;fi.o fithtncei ra 247
Segu ranga p(tl)!ica e assistencia social 222
Ecluca <;:ao pl1b1icn.
Servic;os inclus t ri ais
Divicla pUblica
Ser vi9os de utiliclac!e p(tb!ica
Encargos eli ve rsos
632
567
407
1 958
507
A arrecadat;:ao da r eceita federal, estadual e municipal apresentou os seguintes dados para o periodo 1951/ 56 :
RECEITA ARRECADADA JCr$ 1 000) ANOS
Federal \ I I
1!)51 ,') :!;) :)
ID:)! . r; Oi l 19.\3 .. ; ~~~ n 195 1 II II >: 1!1 .55 ... :?~ "lli 195G
J)JVFRSOS ASP1iCTOS
DO MUJ\'JCiPJO
Estadual 1 n IVlunicip<ll
: 1.ti:),:) 2 11 0 IU :! !~;) 1::Wfi l:l ".;j \ :~ ~5k
I; lfiO :; .. I:~!J :!1 :!:u .. !HiO
-1 D-J I
A LEM Paraiba est ende-se ao longo do rio Paraiba, em. nacla clenunciando a antiga ci
clacle colonial , nem no t rac;ado clas ruas, nem no aspecto clos preclios. :E em t ucl o uma cicla cle mode rn a . bem aj a rdinacla , de construt;:6es elegantes e confortaveis .
:E provida cle excelente abastecimento cle agua, bem iluminada, t em grande n(tmero de prat;:as e suas ruas sao calc;adas ou com paralelepipedos ou com alvenaria poliedrica.
A area industria l situa -se em Porto Novo do Cunha , subi1 rbio clos mais populosos.
ALEM PARAI BA - 13
0 Mun icipio nao dispoe de usina gera dora cl e elet ricidade. A energia eletrica provem da Cia . de Carris, Luz e F6r <:;a do Rio de J an eiro e e dist ribuida pela Cia . F6r <:;a e Luz Cataguazes . Em 1955 , o consumo de energia fo i o seguinte (milha res de kWh ) : ilumina<:;ao publi ca - 259 ; particula res - 1 847 ; como f6r <:;a motriz - 1 075 .
Alem Paraiba con ta com uma estacao radiotransmissora : Radio Por to Novo. Fti'n ciona com freqtiencia cle 1 460 kc / s, seu maximo de potencia an6dica e de 250 w. 0 ntlmero de h oras de irracl ia <:;ao, n o ana cle 1955 , atingiu 2 164 .
A assis ten cia m edico-h ospitalar e presta d a par 15 m edicos e 9 den tistas . Ha um hospi tal geral , o Hospital Sao Sa lvador , com 171 leitos dispon i veis.
Conta Alem Paraiba com 3 unidacles escolares de ensino secundario, 1 de ensino com er cia!, 5 de ensino a r tistico , 2 de ensino pedag6-gico. Na sede existem 2 j orna is .sem an a is e 1 m ensal (est udantil ) . Conta , ainda, 5 bibliotecas estudantis com um acervo gera l de m ais de 7 000 volumes.
Ach a-se instala da n a cidade uma Agencia Mun icipal de Estatistica, 6rgao integran te da rede do IBGE.
14 - ALEIVI PARAiBA
E ST A publica~ao faz parte da srhie de monogmfias municijJais organizada pela
Diretoria de Documenta~ao e Divulga~ao do Consellw Nacional de Estatistica . A nota intmdut6ria, sabre aspectos da evolu~ao hist6rica do Niunicipio, conesponde a uma tentativa no sentido de sintetizar, com adequada sistematiza~ao, elementos esparsos em cliferentes do cumentos. Ocorrem, em alguns casas, divergenoias de op.·iniao, comuns em assuntos dessa natureza, nao sendo mros os equivocos e erms nas jJr6prias fontes de pesquisa . Par isso, o CNE acolheria com o mai01· interesse qualque1· cola bora~o·ao, especialmen te de historiadores e ge6grafos, a fim de que se fJossa divulgar de futuro, scm 1·eceio de controversias, o esc6rc;;o hist6rico e geogra jico dos municipios brasile£1-os.
JBGE - CONSELHO NACIONAL DE ESTATiSTICA
Presidentc : Jura ndyr Pires Ferreira
Sec rct:lrio - Gera l en1 exc rcirio: Hildebran do 1\'lartin s
COLEI;A.O DE MONOGRAFIAS
(2.~ se ri e)
101 - Santa Quiteria. 102 - Guaiba. 103 - Adamantin a . 104 - Prudent6polis. 105 - Sao Fidelis. 106 -Bru squ e. 107 - Patos. 108 - Propria. 109 - Mossor6. 110 - Quixeramobim. 111 - Cip6. 112 - Cachoeira do Sui . 113 - Floriano. 114 - Baependl. 115 - Guac;ui. 116 - Ponte Nova. 117 - Goiania. 118 - Caxambu. 119 - Joao Pessoa. 120 - Mariana. 121 - Jaboatao. 122 - Ca r a ndai. 123 - Tij u cas . 124 - Estan cia. 125 -
Caruaru. 126 - Sao Pedro do Su i. 127 - 0 Vale do Cariri. 128 - Ac;u. 129 - Lenc;6is. 130 - Born J esus. 131 - Cangussu. 132 - Juazeiro do Norte. 133 - Livramento. 134 - Rio Claro. 135 - Itajub 5.. 136 - Buquim. 137 - Conceic;ao do Mato Dentro. 138 - Campo Maior. 139 - Dois C6rregos. 140 - Paranaiba. 141 - Lapa. 142 - Picu i. 143 - Territ6rio do Acre. 144 - Russas. 145 - Tres Pontas. 146 .,..- Juazeiro. 147 - Sao Lourenc;o. 148 - Jrrnuaria. 149 - Santo Amaro. 150 - Barra Man sa. 151 - Marques de Valenc;a, 152 - Osorio. 153 - Vi;m a. 154 - Irat i. 155 - M uqui. 156 - Vasso u ras. 157 - Mage. 158 - Can tagalo. 159 - Santarem. 160 -Araraqurrra. 161 - Pan dos Ferros. 162 - Itambe. 163
- Silo Carlos. 164 - Estrela do Sui, 165 - Ga ra nhuns, 166 - Hacorrtia ra, 167 - Nazare, 168 - Tapes, 169 -Alt!tn Paraiba .
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Ai:abou~se de imprimir 110 Servifo Grdjico do IBGE, aos "'·ime rfois dias do mes de julho de mil novecentos e·:cinqiimta e (Jih .