Campourcin, Ernestina de - Dios en La Poesia Actual

7/22/2019 Campourcin, Ernestina de - Dios en La Poesia Actual

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DIOSen la poesa actualSeleccin depoem as espaolese hispanoamericanos

PORERNESTINA DE CHAMPOURCIN

S E G U N D A E D I C I N R E V I S A D A Y A U M E N T A D A

BIBLIOTECA DE AUTO RES CRISTIANOSMADRID MCMLXXII


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1972. La Editorial Catlica, S. A.Mateo Inurria , 15. Madrid-16C O N C E N S U R A E C L E S I S T I C A

Depsito legal M 1)217-1972Impreso en Espaa. Pritited in Spain

NDICE GENERALPgs.

NOT A E DIT ORIAL , x ixIn t roducc inAlg uno s come ntarios en torno a es te tem a. 3Not a a la segunda ed ic in 27

EL MODERNISMOJoan Maragal lGoigs a la Verge de Nu ria 31Can t espir i tual 33El mal cacador 34M i g u e l d e U n a m u n oHerm osura 37Salmo 1 39Lib rta te , Seor 43El Cris to de Velzquez (fragmentos) 46La oracin del a teo 49Authade ia 49A una pajari ta de papel 50R a m n d e l V a l l e - I n c l n

Cantigas 51Prosas de dos ermita os 52La trae un cuervo 53La trae una paloma 54R u b n D a r oCa nto de esperanza 55A Francisca 56La Cartuja 56A m a d o e r v o

La herm ana agua (fragmento) 59Ofertorio 60El signo 61Le buscas? Es que le t ienes 61Si ama s a Dio s 62Cm o es? 62Le t ienes . 63Pastor 64La oracin 64


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VI ndice general'""j Pgs.M a n u e l M a c h a d o ' ' - -

Jess del Gr an Poder 64A Nu estra Seora de la Esperanza 65La saeta 65Las Concepciones de Muri l lo 66A n t o n i o M a c h a d oAno che cuando dorma 1 . 67Profesin de fe 68La saeta 69En tren 7 oR a m n C a b a n i l l a s E n r q u e z

Oracin 71Paz 72Silenzo 7 2E n r i q u e D e z - C a n e d o

1919 . 73Ora cin de los dbile s al com enza r el ao 74J u a n R a m n J i m n e z

Gr ana dos en cielo azul 77Enfermo 78L o que vos quer is, Seor 78Amaneceres 79La transparencia, Dios, la transparencia 79Dios deseado y deseante 80Esa rbit a abierta 81

Josep CarnerPreservaci 82Nab 82

J o s e p M a r a L p e z P i c Ent re la mo rt i D u 85La vida en dos cam ins 86

Gabrie la Mis t ra lCredo 87Noctu rno 88Inter rogaciones 89

Josep Mass i Vent osL'oraci del pa 90

ndice general VIIPgs.Caries R iba

Am or, adesiara sent mon pensam ent 91Qu e jo no s igui mes 92Om ne an imal 93Joan Salvat Papasseit

Nadal 93Juana de IbarbourouAm or div ino 94Ruta 95Divin o amor 95

GENERACIN DE L27Jos Crecent e Vega

Oracin 95L u i s P i m e n t e l

O me u refuxio 96Oracin derradeira 96Oraci n e gabanza dos nosos pes 98Oracin al term inar mi ig lesia 98Oraci n para que no se muera un pjaro 99Oraci n al poeta mu er to 99Oracin del comisionis ta 99Jorge Gui l len

Vierne s Santo 103Sbad o de Glori a 104Un a exposicin (San Francis co) 105Csar Vallejo

Lo s herald os negros 109La de a mil 110El pan nue stro 110Espergesia 111Juan de Cont reras y Lpez de Ayala

Qu in recue rda el arom a de las flores ? 112Sonetos 113J o s B e r g a m n

Sonetos a Cristo 114


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VIII ndice generalPgs.G e r a r d o D i e g o

Creer 116Adoracin al Sants imo Sacramento 117Salmo de la transfiguracin 120Ma rta y Ma ra 123Juan Jos Dom enchin a 124Fl ix Garc a

M al de ausencia 125. La Sam aritana 125La tard e se ha desan grado 126J o s M a r a P e m n

Ca nto a la Euca rista 127Dialogu illo y canta r de las boda s msticas 131Orac in a la luz 13 2F e d e r i c o G a r c a L o r c aPaso 133Saeta 33Madrugada 134Od a al Santsim o Sacra men to del altar 134Mundo 135Rom axe de Nos a Seora da Barca 136D m a s o A l o n s o

A la Virgen Ma ra 137Las alas 14 oSonetos sobre la libertad hum ana 145C o n c h a M n d e z

Hacia qu cielo, nio? 146Fue 147J u a n J o s D o m e n c h i n a

T e busco desde s iempre 148Est s solo, sin Dio s 149La vida, que se nos va 149Sonetos 15Aq u t ienes la v ida 1S 1La ta rde iS 1Oracin 1S 2Dolo r human o IS3Yo s qu e tu silencio 153T e devuelvo mi voz 154Los labios tiem blan 154

ndice general ixPgs.

E m i l i o P r a d o sSangre de Abe l (fragmentos ) 155Nosta lgia de la uva 157Ab ril de Dios 158Cancin 160Me moria s s in presencias (meditaciones) 116Carlos Pe l l i cerEn me dio de la dicha 162Soneto s de esperan za 164A la Virgen de la Soledad 165

V i c e n t e A l e i x a n d r eAl cielo 166N o basta 167 n g e l M a r t n e zPer o escon dido 170Cay end o en tu presenc ia 170Ser m s 171Por la ilumin acin de aquel insta nte 171Goz os de presen cia 172Coloquio en voz de canto y l lanto 173F r a n c i s c o L u i s B e r n r d e z

Estam pa de San Juan de la Cruz 175Poem a del Pan eucars tico 176Soneto a la Nat ivida d de la Santsima Virgen 178Pala bras a una cruz de palo 179

Jos Goros t izaLa luz sumisa 180M ue rte sin fin (fragmento) 181Pedro Garf iasMo tivos del mar 184Oy e al rbol 184

Pr imav era en Eaton Hastings 185Alvaro de las CasasSalaio 186Rafael Albert iA la pin tura 187Baslica de San Pe dro 190En tro , Seor, en tus iglesias 190


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x ndice generalPdgs.L u i s C e r n u d a

La visita de Dios 191Ata rdec er en la catedra l 193A n g e l a F i g u e r a A y m e r i c h

El barro hum ilde 195De stino ' 197Unidad 199

Crist ina de ArteagaCoronas 200Am or contra amor 201En treg a total 201

C i p r i a n o T o r r e E n c i s oMi a campia 202San Xos foi carp inte io 203Meu Man oelio 204

Ant o n io Ol iver Be l m sLa paz ntim a 205M isa en el ma r 205De l nace r y el mo rii (casi ovillejos) 206Del buen arder 207Splica 207

Sebas t i Snchez JuanNadal 208Pleni tud de Nada l 208Camins 209

E r n e s t i n a d e C h a m p o u r c i nDcima 210Ho ra santa 210El nom bre que me dis te 212Em as , 212Y te quise trae r 213Poem as del ser y del estar 214Luga res del encue ntro 215

M a n u e l A l t o l a g u i r r eCen tro del alma 216Soneto a un cntico espiritual 217Escrib ir es nacer 218Eternidad 218

ndice general XIPdgs.Jos F i lgue ira Valverde

D a seguida dos anxos 219Cp ela viva 220C a r m e n C o n d e

Arrebato 221Nost algia de muje r 222Plegaria 223Dio s y ma r . . . . . 224Ya a los pies de Jess 224

B a r t o l o m M o s t a z a R o d r g u e zAcaecer 225En tra r en el silencio 226Hasta cundo, hasta dnde? 227Nu estro vr t ice 228

GENERACIN DE LA POSGUERRAAgust Bart ra

El nou da 229Oct avi Sal t or

Pentecosts 231L e o p o l d o P a n e r o

Invocacin 235Esc rito a cada insta nte 236El tem plo vaco 236T que anda s sobre la nieve 237Co mo la hierb a 239G u i l l e r m o D a z - P l a j a

Vencedor de mi mu er te 240Magnficat 241Las nocheb uenas de la t ier ra 244Aqui l ino Ig les ia A lvar ioOrac in do sapo 245Panxolia 246M i g u e l H e r n n d e z

Eclipse celestial 247La morada amar il la 248El silbo del dale 250


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XII ndice generalPgs.Luis Rosales

Miser icordia 251De cmo fue gozoso el nacimiento de Dios NuestroSeor 255D e cu an graciosa y ap acible era la belleza de la Virgen 255D e cm o vino al m un do la oracin 256C o n c h a U r q u i z aU n soar con el plido ramaje 256Dicha 257

Raf ae l de Balb n LucasCa nto a la tierra 258Con la tarde que huye 258

J o s C a m n A z n a rEl Gre co 259Deseos enorme s 260En la Euca rista 260

Juan Baut i s t a Bert rnOraci n desde una azotea ciudadana 261Oracin de una tarde de o too 262Bend icin nupcia l 262

C o n c h a L a g o sDu da y desolacin con Dio s al fondo 263Oracin 264Com o pan cotid iano 264Ca ita a lo azul 265Da le oficio a mis ma nos 266

E n r i q u e A z c o a g aDe un mu er to puesto a prueba soy tes t igo 267El rum or 267

D i o n i s i o R i d r u e j o. Confesin 269Nocturno 270Cri sto Crucificado 271D u l c e M a r a L o y n a z

La oracin del alba 271Seor que lo quis iste. , , . 273

ndice general x mPgs.

Poema IV 274Poema LXXX IX 275Alf onsa de la Torre

Defen sa de las virtu des 275Him nod ia de las espigas 278M a n u e l C a s a d o N i e t oI afinal tod o am or 280A noite 280

R a m n d e G a r c i a s o lMa la lluvia 281Ho m bre en soledad 282

B a r t o m e u R o s s e l l - P o r c lBrollador 285

C o n c h a Z a r d o y aLa herm osur a sencilla 286Subida a la mon taa 287Ms alto 289Aq uel secreto valle 290

Jos Garc a N ie t oGrac ias, Seor 291El Hac edor 292La red 293

Gerardo RosalesBsqueda 294No che sombra 295Aceptacin 296

Celso Emil io Ferre iroOra ci n polos parvos 297

Jos Mara D az Cas t roTransfiguracin 299O verm e y a estrela 299

Blas de Ot eroHombre 300Esto s sonetos . 300


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XVI ndice generalPgs.Ernes t o Cardenal

Co mo en la rueda de un a lfarero 353N o se ensoberbec e, Seor, mi corazn 358El cosmos es su santuario 358Jos Mara Valverde

Salmo inicial 359Ora cin por las rosas 360Ora cin por nosotros los poetas 360Salmo de la man o de Dios 362L u i s J i m n e z M a r t o s

Do s soneto s esenciales 363Plegaria dond e se pide t iemp o l ibre 364Emil io de l R o

Secuencia del laurel 365Centauro 366El jueg o 366Un a crcel y un c iervo 367Blai Bonet

D u com pany 368Jos Lu is Mart n Descalzo

Soneto s del alba 369Manuel Mara Te i j e iroPercurei e chamei o Seor cando me oUei ma goa do. . 370E l iberou pro b da probeza 371Por que van a sa lvacin qu e ven do hom e 372D e u s , botche nos e desfixchenos 372Pi lar Paz Pasamar

El recl inatorio 373M und o nuevo 374Lo s que no te conocen 375A un crucifijo de hie rro forjado 375Violencia int i l 376

Mara Elv ira Lacac iLa cuchilla 377En el jardinci l lo 378Dios soado 380La s cosas viejas 381

ndice general xvilPgs .A n t o n i o M u r c i a n o

Noch ebuena de l a s t ronau ta 382A solas con mi alma 383Vil lancico t r is te por lo que ocurri aquel la noc he. . . 384C a r l o s M u r c i a n o

Todava 3858 de dic iemb re 38522 de marzo 386La pue rta 387Ha blan do claro 387Dio s encon trado 388Ant on io y Car los Murc iano

Co rpus Chris t i 390N i c o l s O r m a e t x e a ( O r i x e )

M iram ar 1954 392Jainkoaga n bat 394Jaime de Kerexet a

Biotza Jaunaga n 398J u a n M a r a L e k u o n a

Jainko a il da 400X a b i e r A z u r m e n d iTx is tu balas ta 408

Mai tem induen 410J o x e A z u r m e n d i

Otoitza 412Berbizkunde 418


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N O T A E D I T O R I A LD A R r esponder a l a exce len te acog ida que e l p -* b l i co ha d i spensado a es te vo lum en , l a BACha quer ido que l a s egunda ed ic in s e a jus te a l dob lecr i t e r io de am pl iac in s ens ib le y de idn t ica dep u r a c i n e n c a l i d a d .Al c r i t e r io am pl ia to r io obedece l a p resenc ia deu n a s e l e c t a r e p r e s e n t a c i n d e t o d a s l a s l e n g u a sd e E s p a a . S e h a a u m e n t a d o e l n m e r o d e p o e t a sde hab la cas te l l ana y t am bin s e ha v i s to inc rem ent a d o e l n m e r o d e p o e m a s d e a l g u n o s a u t o r e s q u eaparec an ya en l a p r im era ed ic in .P e r o a d e m s y s t e e s e l e n r i q u e c i m i e n t o m si m p o r t a n t e d e l a o b r a s u r g e n e n e s t e v o l u m e n l ac la r idad cadenc iosa y m ed i te r r nea de l a l enguaca ta lana , l a eu fon a ances t r a l y d inm ica de l a poes a vasca m oderna y l a du lzura , t r ans ida de s audade , de l hab la ga l l ega . T am bin ha v i s to ac rec idosu cauda l l a nu t r ida r ep resen tac in de l a poes ah i s p a n o a m e r i c a n a .

L a a u t o r a d e e s t e v o l u m e n , ERNESTINA DE CHAM-POURCIN, h a m a n t e n i d o , e n c u a n t o a l a i n c o r p o r a c in de todas es tas novedades , e l c r i t e r io s e lec t ivod e l m x i m o n i v e l p o t i c o .D e b e m o s a g r a d e c e r l a s c o l a b o r a c i o n e s q u e h a nperm i t ido l a ev iden te m ejo ra de es ta nueva ed ic in .A d o n R a m n X i r a u , p o r l a a y u d a p r e s t a d a e n l ase lecc in de poes a ca ta lana ; a don Jos F i lgue i r aValverde , po r e l t r aba jo r ea l i zado para l a an to log ade la poes a gal lega, y a don Luis Cas tresana y alpadre Joseba In txaus t i , po r l a s e lecc in que nos hanhecho de l a poes a vasca y l as m agn f icas t r aducc io n e s q u e n o s h a n p r o p o r c i o n a d o .E s p e r a m o s q u e e s t a s e g u n d a e d i c i n c o n s o l i d e e lf avor de l pb l ico y con t r ibuya a subrayar e l t e s t im on io de lo d iv ino dado por es te co ro im pres ionan ted e p o e t a s d e E s p a a y d e H i s p a n o a m r i c a .


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\DIOS EN LA POESA ACTUAL


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INTRODUCCIN

A l g u n o s c o m e n t a r i o sent o r n o este temaEsta antologa no se ha propuesto ofrecer alos lec tore sun panorama completo delal i teratura de tem a rel i giosoenlengua espaola, tem aen realidad inagotable.M ehel imitadoa seleccionar , par t iendo del modernis m o , aquel los autoresyaquel los poemas que m e p arecenms s intomticos de la inquie tud espir i tualsiemp relatenteennues tra poes ay especialmente a gudizadaeneste finaldesig lo. T am p ocohequer id o l imitarmeauna sola generacino a unasola tendenc ia, cosa m uyfrecuente en las antologas de hoy.Quiz haya algunos cr t icose his tor iadoresde la lit e r a tu ra que op inen que RubnyMach ado , por e jem plo,y G lor ia Fuer tesoElvira Lacaci , representan dospolosde unaopos icin demasiado es tr idente.Pero he preferido correr este riesgo al contrar io ,e incluso sacrificar a algunos magnficos poetasdecada

generaciny cada grupo,yaque l as norm as t a n es t r i c t a sde espacio impues tas por losedi tores no mep e r miten, como yoquis iera , dedicar a es te empeo dosot res volmenes de unas quinientas pginas cada uno. . .Por es te motivo empiezo rogando a todos los poetasdehabla espaola que se s ientan consobra de razonespara figurar en este florilegio,que no meculpen si noencuen t ran sun o m b r een l.He a ceptado el honroso encargo delaBAC consc ientedelos escollos que tod o antolog o qu e serespeta encuen t ra aladen t ra r s een elproceloso m arde lapoesa.D gan lo , si no, algunos de mis ms ilustres antecesorescuyos nom bres no ci to po rqu e es tn en la m e n t edetodos .Mi casoesdoblem ente espinoso, porqu e aqu , adem s depoesa, set r a ta t am bin de Dios. Diosen la


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4 Introduccinpoesa, con la poesa, por la poesa.. . y sobre la poesa.. .El tema no es nuevo, aunque s lo sea, tal vez, la problemtica en la que se ha desarrollado en estos ltimost iempos . La poes a , desde sus pr imeros balbuceos enlas civilizaciones ms primitivas, se ha ocupado siempre de la divinidad, fuera cual fuese su forma, o sunombre: Osir is , Viracocha, Quetzalcoat l , Odin o Fr ida.Los pr imeros poetas del mundo, s i no cantaban lashazaas de sus hroes, ensalzaban a sus dioses o componan himnos l i trgicos para sus r i tos y ceremonias .El advenimiento del cr is t ianismo con su Dios nico,en vez de cegar aquella antigua fuente de inspiracin,i r radi en torno suyo una luz tan pura y radiante quehizo brotar una poes a extraordinar ia por su abundancia y su calidad. Por lo tanto, este elemento religioso,bien sea plegaria, alabanza o simple manifestacin deamor , no es un ingrediente nuevo que haya surgido porgeneracin espontnea en la poesa de lengua espaola.Como tantas otras cosas que se nos quiere presentarcon categora de invento o hallazgo, se trata de un aspecto tradicional de nuestra lr ica con valiosos antecedentes y ya, a estas alturas, con solera propia.No es mi intencin clasificar ahoracomo han intentado otros antlogosel t ipo de po ema que integra es taantologa. Poesa religiosa porque se reduce a nombrar a Dios, a describir alguna piadosa ceremonia, ainvocarlo por obligatoriedad devota? No se trata de eso.Pero tampoco, de ninguna manera, de eludir todo loque sea nicamente poes a de amor divino, impulsodesinteresado hacia la Perfeccin y la Belleza. Ni sobre todo de componer un florilegio de poetas contestatarios, como si hoy la nica forma vlida de invocar aDios fuera protes tando por algo. La inconformidad nosinteresa, claro, como caracterstica esencial de nuestrot iempo; pero los poetas que cul t ivan esa vena, que nosha dado y seguir s in dud a dn donos m aravil losos ar ra nques lr icos, son objeto de una predileccin casi general y tienden a cerrar el crculo, como si ellos tuvieranel monopolio de Dios como objeto de poes a .

Introduccin 5Esto no significa, ni mucho menos, que los haya excluido al hacer esta seleccin. Considero que estn bienrepresentados , pero, s in embargo, he hecho mayor hincapi en la generacin del 27 por juzgar menos conocidas sus obras de inspiracin religiosa, como sucede,por ejemplo, con Emilio Prados, Altolaguirre y el mismo Alber t i , aunque sus l t imas composiciones de es tegnero sean ms bien irnicas o negativas. Pero en casitodos ellos la inquietud est ah, palpable o latente, yno puede pasarse por alto.La prueba de que no se trata de algo ligero, tr ivial,s in trascendencia, reside en que muchos lr icos, inclusoalgunos no creyentes, escpticos o ateos, dejan asomarde vez en cuando en sus obras, en forma ms o menosvelada o vergonzante, la idea de eternidad, de perma

nencia del espritu, de esencia divina. Los poetas primit ivos no repr iman su inspiracin ins t in t ivano sehaban inventado an los t raumas y los complejosyel sentimiento de lo sagrado; el temor y el amor hacialo absoluto, bien pronto presentido, se expresaban sintrabas en sus obras.De Rubn Daro a los poetas de la Antologa de Poesa Religiosa de Leopoldo de Luisy ci to es te ejemplo porque es la ms reciente sobre este tema que yoconozco, el camino es largo y se bifurca en infinidadde senderos y atajos.El gran poeta nicaragense nos da su Canto de esperanza, que, sin prescindir de la tpica elocuencia rube-niana, es un acto de fe y una vehemente plegaria porla paz. Y esta fe asoma de nuevo en el tierno poema aFrancisca, tan falto de retrica, y en la breve composicin t i tu lada Spes, que r ep roduc im os aqu :

Jess, incomparable perdonador de injurias,oye:sembrador de trigo, dame el tiernopan de tus hostias; dame contra el saudo infierno,una gracia lustral de iras y lujurias.Dime que este espantoso horror de la agonaque me obsede, es no ms de mi culpa nefanda;que al morir hallar la luz de un nuevo da,y que entonces oir mi Levntate y anda.

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IntroduccinEl valor esttico de estos versos puede discutirse,pero no el sentimiento que los inspira. En cambio, enel Canto de Esperanza e incluso en e l dem as i adoc o n o c i d o p o e m a A Roosevelt, su mpetu casi pico nole impide entreverar en l su preocupacin cris tiana.Por eso, tras la amp lia m uestra de la poesa un am u-

niana con su fe agnica y a la vez contemplativa:Con la ciudad enfrente me hallo soloy Dios enterorespira entre ella y yo su gloria.A la gloria de Dios se alzan las torres,a su gloria los lamos...Nada deseo,mi voluntad descansa,mi voluntad reclinade Dios en el regazo su cabezay duerme y suea...

incluyo a Rubn en el lugar que le corresponde pororden cronolgico, como hago despus con otros insusti tuibles poetas de la Amrica hispana. Su presencia, ala que t ienen derecho por su esp lndida obra y porqueescriben la palabra Dios en espaol, como reitera Dmaso Alonso en un magnfico soneto, ser una pruebams de la universalidad irrefutable del tema que norma el criterio por el cual se ha guiado esta seleccin.El volumen se ha dividido en tres partes para evitaren cierto modo la fatiga del lector ante una continuidadsin fronteras , y asimismo para proporcionarle una especie de hitos que le orienten por los caminos de unaspoesas tan dis tantes y diferentes unas de otras por lapoca y el acento. En la parte que ti tulo Modernismovan los poetas a quienes los de la generacin s iguientedieron con respeto el t tulo de maestros , aun cuando,llegada la madurez-esa madurez implacable del l r ico, a lgunos se lo hayan re t i rado , a l men os m om entneamente .

Introduccin 7Es tos nombres , b i en conoc idos U namuno ( aunquelos admiradores de su poesa son pocos y de fecha msrec ien te ) , R ubn , En r ique Dez -C anedo , Amado er vo , los Machado, Juan Ramn, Len Fel ipe , que nopueden ser cons iderados como grupo dadas sus fuer tes e inconfundib les personal idades , abren la an to lo

ga, cada uno con su propia expresin de la divinidady su modo peculiars imo de creer, dudar, suplicar ytam bin im precar, por qu no? Si nue stro Juan de laCruz ha dicho que La fe es un hbito del alma, ciertoy oscuro, es lgico que esa oscuridad que a veces invade las a lmas produzca en ocas iones pro tes tas y tambin afirmaciones casi negativas .

Y aqu voy a permit i rme un parntes is para hablarde Len Fel ipe , de es te quer ido Len Fel ipe Camino,originals imo poeta, con su exis tencia errante, y esaobra vehemente, de carcter nico, oscilando con frecuencia en tre dos polos . Porque todo Len se encuentra ya condensado en su primer l ibro Versos y oracionesdel caminante, cuyo acento puede decirse que abre ycierra su devenir l r ico. Nada tan impresionante comoorle declamar en el Ateneo de Madrid aquellos versosque no se parecan a nada y que l saba recitar comoningn o t ro poeta :Na die fue ayer, ,ni va hoy,ni ir maana '"-"''. ' hacia Dios ?por este mismo camino . . . : , que yo voy;para cada hombre guardaun rayo nuevo de luz e l sol...Y u n camino virgen Dios.

Nacido en 1884 en Tbara (Zamora) y muer to enMxico en 1968, Len Felipe es en el panorama de lapoes a en lengua espaola un caso apar te . Desde e l volumen que incluye e l poema que acabamos de c i tar(1920) has ta su muer te , su obra es un largo , in in te r rum -


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8 Introduccinp i d o c l a m o r . U n s u b l e v a r s e c o n t r a t o d o y u n d e c e p c i o n a r s e d e t o d o . A t r a v s d e s u s i m p r e c a c i o n e s , q u ec l a m a r o n a l o s c u a t r o v i e n t o s s u f e , s u e s c e p t i c i s m o , s up r o t e s t a , s u r e b e l d a , e n g e n d r a d a s m u c h a s v e c e s p o r s ug e n e r o s i d a d , n o a b a n d o n a u n s o l o m o m e n t o s u b s q u e d a a n s i o s a , e s t r i d e n t e e n o c a s i o n e s , m a n s a y h u m i l d e e n o t r a s , c o m o e n a l g u n o s d e s u s l t i m o s v e r s o s :n o s r e f e r i m o s a s u b s q u e d a d e D i o s .

M I V E R S O Y S U L I N E A P A R A B L I C AG O A LTe vi pasar por la nubey salir limpia y librebuscando el corazn de una es tre l la .Ibasderecha. . . derecha.En dnde te habrs c lavadocuando hayas vuel tosin fuerza ,1 ' venc ida yaotra vez hacia la tierra?Vencida? No. En qu pecho,en que corazn virginal y balbuciente de poetavictoriosa , vic toriosa , a l caer,has hecho blanco, saeta?Te vi pasar por la nubey sal i r l impia y l ibre . . .Fuis te derecha. . . derechaal corazn de una estrella.

S u s l a r g a s e s t a n c i a s e n A m r i c a i n f l u y e n , s i n o e n l am d u l a , s e n a l g u n o s d e t a l l e s d e s u p o e s a . P o r e j e m p l o , e n e l Libro II de versos y oraciones del caminante,p u b l i c a d o p o r e l I n s t i t u t o d e l a s E s p a a s e n N u e v aY o r k ( 1 9 3 0 ) , e n c o n t r a m o s e s t e d e l i c i o s o c o m e n t a r i o :

L A M A Q U I N A(The labour-saving Machinery)Ni es un dragnni e s un jugue te , Mar ta .Es un regalo re l igioso. . . ,e l l t imo regalo del Seor. . .Para que no te pierdas demasiadoen el trajn diario de la casa;

Introduccin 9para que no d igas ya m s :primero es la obl igacin que la devocin,y para que no te dis tra igas en e l templopensando en e l horno, en la ruecay en el esclavo perezoso.

L e y e n d o s u o b r a c o m p l e t a , i n c l u s o l a p u b l i c a d a p o s t u m a m e n t e , n o s p a r e c e q u e s e r e p i t e , y e n r e a l i d a d n oe s a s . S u s p r e o c u p a c i o n e s e s e n c i a l e s n o c a m b i a n , p e r ot a l v e z s e t r a n s f o r m a u n p o c o e l t o n o , e l a c e n t o . E nOh, este viejo y roto violn , qu e v io l a luz en 1967 ,e n c o n t r a m o s p o e m a s p u b l i c a d o s m u c h o a n t e s , y n o sp a r e c e h o n d a m e n t e s i g n i f i c a t i v o q u e q u i s i e r a p u b l i c a r los , t a n t o s a o s d e s p u s , c o n c i e r t a s m o d i f i c a c i o n e s yt a m b i n , e n a l g u n o s c a s o s , e x p l i c a r l o s :Hazme vina cruz sencilla,ca rp in te ro . . . ;s in aadidosn i o rnam entos . . . ,que se vean desnudoslos maderos ,desnudosy dec id idam ente rec tos :los brazos en abrazo hacia la tierra,el astil disparndose a los cielos.Que no haya un so lo adornoque dis tra iga es te ges to:e s te equ i l ib r io hum anode los dos m andam ien tos . . .Sencilla, sencilla. . .Hazme una cruz senci l la , carpintero.

P e r o q u i z l o m s n u e v o e n e s t e l i b r o s e a e l h u m o r i s m o q u e d e c u a n d o e n c u a n d o a l i g e r a l a s g r a n d e s t r a g e d i a s d e n u e s t r o t i e m p o , q u e t a n p r o f u n d a h u e l l a h a nd e j a d o e n l a p o e s a d e L e n :M A S B A J O

Aq u en el cielo no hay retrica, verdad ?,le pregunto a un ngel amigo mo.Todos los ngeles son amigos mos ,pero a ste no le haba visto nunca.El ya me conoca , saba mi nombre y mi mote ,pe ro m e d i jo : No, Len F e l ipe ,aqu todos hablan con su voz natural .


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1 0 IntroduccinNadie engola la voz.Aqu no hay t em ores ,ni falsete,ni retrica,n i h ip rba ton .A Quevedo y a Gngoralos hem os m andado a l Ol im po.Sencillez, claridad;la voz es lo que Dios cuida ms . P ero s i Dios no hab la nunca ;yo le he l lamado muchas vecesy nunca me contes ta . Porq ue no le hablas con la voz que a El le gus ta .T gr i t a s m ucho . . . ,y a Dios , como a los mexicanos ,no le gusta que le hablen golpeado.Modra te , m odra te , Len F e l ipe ,y habla ms bajo.Ya habr i s no tadoque desde que sal del infiernoy soy amigo de los ngeleshablo de otra manera .Esto me enseaque m e voy a m or i r p ron toy que e s toy aprend iendocmo se debe hablar con Dios .

S e t r a t a d e u n h u m o r i s m o t i e r n o y u n a v i s i n d e l am u e r t e m s b i e n s e r e n a y c l a r a . H e a q u l o q u e l l l a m la l t i m a p i e d r a d e m i z u r r n d e v i e jo p a s t o r t r a s h u m a n t e :

P E R D NSoy tan viejo,y se ha muerto tanta gente a la que yo he ofendidoy ya no puedo encont ra r l apa ra ped i r l e pe rdn . . .Ya no puedo hacer otra cosaque arrodi l larme ante e l primer mendigoy besarle la mano.Yo no he s ido bueno . . . ;quis iera haber s ido mejor.Es toy hecho de un barroque no es t bien cocido todava .Tena que pedir perdn a tanta gente . . .Pero todos se han muerto.A quin le pido perdn ya?A ese mendigo?

Introduccin 1 1\ No hay nadie ms en Espa a. . . ,j en e l mu nd o,a qu ien yo deba ped i r l e pe rdn? . . .Voy perdiendo la memoria y olvidandotodas las palabras . . .Ya no recuerdo bien. . .Voy o lv idando . . . , o lv idando . . . , o lv idan do . . . ;

pero quiero que la l t ima palabra ,la ltima palabra, pegadiza y terca,que recuer de a l morir .sea s ta : perdn.E l l i b r o V I I d e Oh, este viejo y roto violn es t d e d i c a d o a l o s j u d o s , y e n t r e m u c h o s v e r s o s c o n m o v e d o r e s d e s t a c a m o s s t e , l l e n o d e e m o c i n r e l i g i o s a yh u m a n a :

Q U I E N E R A ?Lo vi muy bien,aque l n io jud oque es taba a l l esperandoa que se abrieran los hornosc rem ator ios de Ausc hwi tz . . .Lo vi mu y bie n; ., . .llevaba una tnica ligeraceida con un cordn de esparto.Tena doce aos ,la misma edad de Cris tocuando se escapa de su casaa discut ir con los doctores del Templo.Puede ser que aquel niofuese e l mismo Cris to. . .El hombre que todos crucif icamos.

E s t o s p o c o s p o e m a s d a n u n a i d e a m u y s o m e r a d eL e n F e l i p e e n l o q u e r e s p e c t a a s u i n q u i e t u d e s p i r i t u a ly r e l i g i o s a . E l a u t o r d e Ganars la luz, Llamadmepublicarlo, El ciervo y otros poemas, e t c . , n e c e s i t a r am u c h a s p g i n a s p a r a l s o l o .Y n o s i g o c i t a n d o , p o r q u e , d e s g r a c i a d a m e n t e , l a f a m i l i a d e L e n F e l i p e n o h a d a d o l a a u t o r i z a c i n p a r aq u e l o s p o e m a s d e s t e f ig ur en a q u . S i n e m b a r g o , n oq u i e r o d e j a r d e r e c o r d a r l e y d e h a c e r c o n s t a r c u n t od e p l o r o s u a u s e n c i a , f o r z o s a e n e s t a s p g i n a s .


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14 Introduccin Introduccin 15


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mas y a veces nuestros nombres. En este aspecto exisJten diversas categoras de antlogos: los que nos excluiyen totalmente; los que se lanzan a citarnos en el prjlogo jun to con otros poetas excluidos , naturalmen te, pofalta de espacio; los que nos sitan aparte, en una sec-tcin femenina, una especie de Ellis Island para mujeressolas. Y la ltima antologa que llega a nuestras mano$d e Poesa Religiosa, de Alfaguara, incluye solamente ados poetisas, Concha Zardoya y Elvira Lacaci, que son,por cierto, de las que con ms originalidad han expresado sus vivencias en cuanto a lo religioso.En contraste con esta sobriedad, o penuria, yo me heatrevido a elegir poemas de quince mujeres, que van aser diecisis si mis editores siguen insistiendo en quese incluya la propia antologa, idea que me ha producido s iempre un extrao males tar . Nu nca he logrado p ensar en la poesa como algo exclusivamente masculinoo femenino. Y en igual forma me repugnan los calificativos con los que suele acompaarse esa palabra. Param , la poesa es poesa o no es nada. Y entonces sobranlas etiq uet as d e social, amorosa, religiosa, f em en ina, etc. ; creo que en toda poesa que lo es, o sea entoda poesa autntica, est Dios. Tiene que estar Dios,y en ella lo encontramos con frecuencia, aunque no sele nombre. Por eso el t tulo de Dios en la poesa moderna me ha parecido mucho ms expres ivo. Abarca lomismo la presencia del ser divino en la poesa que suausencia, la cual es en muchos casos otro modo de estarde Dios, aunque se nos antoje negativo.La otra figura importante entre las mujeres poetas quecorresponden al perodo que inaugura esta antologa esla de Gabriela Mistral, cuya voz peculiarsima e inconfundible incorpora a su obra una fe poderosa como lascordilleras de su patria, que no Claquea y, a pesar deanegarse en dolor, s igue esperando. El fervor y la vehemencia de su expresin potica nos hace olvidar algunas de sus fallas tcnicas, su frecuente descuido formal.

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1 La extraord inaria ge neracin del 27, de tan apre tadas y personales filas, no ha sido ajena, ni muc ho men os;pomo afirman algunos crticos, a la preocupacin religiosa. En una lectura alerta y minuciosa, son muy pobos aquellos en los que no se descubre esa veta, ocultaa veces para el lector apresurado, y entre estos poetas^s notable el caso de Emilio Prados, que segn algunoHe sus investigadores apenas tena nada sobre el temacuando yo le interrogu sobre ello, y del que me veoobligada a presentar una nutrida seleccin, ya que supoesa no slo siente hasta el fondo la preocupacin religiosa, s ino que llega a un punto que linda con el mist ic ismo de autnt ica raigambre espaola. Cuando seconozca en Espaa a fondo su obra completa, creo quese le dar fcilmente uno de los lugares ms altos en supropia y brillante generacin. Los excesivos incisos ylas constantes interrogaciones que parecen cortar elmpetu lr ico no son, en realidad, ms que su modo demedita r y dialogar a lo huma no y lo divino; un asordadosoliloquio en que, como en su conversacin, indaga,busca, admira inacabablemente, hasta que al f inal delpoemade muchos de sus poemassurge, huye o sele entrega Dios : Contemplo a Dios . . . ; escucho a suespejo en mi alma; o bien en ese estremecedor Abrilde Dios, la ltima exclamacin: Y Dios siempre naciendo La poesa religiosa en sus amigos y compaeros degeneracin es muy distinta. De Jos Bergamn, catlicodeclarado, publ icamos en es ta segunda edicin la t r i loga de Sonetos a Cristo, que ofrecimos incompleta enla pr imera edicin.Jorge Guillen, a propsito del cual se ha habladotantas veces de poesa pura y se ha recordado a PaulValry, concreta sus vivencias religiosas en unos poemas acendrados, cristalinos, como todos los suyos, perode t em a m uy concre to : Viernes Santo, Sbado de Gloriay esa Exposicin con tan positivo acto de fe al terminar.Pero el catlico poetaque no poeta catlicoporantonomasia en esta generacin es , s in dud a, Gera rdo



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Diego, cuya vasta poesa ha recorrido casi todas las fases del modernismo y en especial el creacionismo, sinabandonar nunca por completo las formas cls icas , cx>\mo el soneto, que domina tan magis tralmente como elverso libre. Y en este caso la eleccin ha sido ms arduaque en ningn otro, pues se podra hacer todo un volu-lmen, bien nutrido y de gran calidad-ignoro si alguien^lo ha intentado, con el ttulo de Gerardo Diego>un catlico poeta.Dmaso Alonso, a lgo ms tardo que los poetas dees te grupo en tocar el tema que nos ocupa, i r rumpeen 1944 con Oscura noticiae Hijosde la iray , ms tarde ,Hombre y Dios. Y digo i r rumpe, con toda intencin,porque ese efecto producen algunos de los poemas deesos libros. Qu distancia tan enorme de sus Poemaspuros, poemillas de la ciudad, a esas Alas en que no sepierde el t ras fondo humano, o los sonetos Arrepentimiento y Hermanos, este ltimo con su resonancia delRubn que canta en el famoso A RooseveltCernuda tampoco rehuye esa bsqueda dolorosa, confrecuencia recompensada por el don de un esplndidopoema, aunque lo atraviesen la rebelin, la duda o elrechazo.Feder ico Garca Lorca, en el Poema del cante hondo,capta el sentido religioso andaluz, y en su Oda al Santsimo Sacramento del Altar se afina y com o sensibilizaan ms que de cos tumbre para hablarnos del inefableMisterio. Sus piropos a la Eucarista, salvando algunaque otra imagen de mal gusto, son deliciosos: Dios enmantillas, panderito de harina para el recin nacido,Cristo diminuto y eterno repetido mil veces, brisa ymateria juntas en expresin exacta, etc.

De Juan Jos Domenchina acaba de decir GerardoDiego en el prlogo de El extraado y otros poemas,publicado en Adonais : Es un poeta a la vez el mism o, inconfundible , que habamos es t imad o tan to en1936, pero tambin otro to talmente nuevo, con unpodero de conviccin y persuasin, con un acentoaguds imo de dolor descarnado, desol lado, con un

c^lor humano, en suma, que estaba muy lejos de haberalcanzado en las pr imeras etapas madr i leas . Y no esque desaparezcan su caracter s tico vocabular io , su presencia y fervor de lo abstracto, s ino que se calienta contah inusitada llama interior y se atersa y melodiza contan vibrada msica, que nos deja estupefactos y tocados,alcanzados en lo ms hondo de nuestro ser de lectores....La expresin religiosa de Vicente Aleixandre hay quebuscar la en profundidad y ampli tud, en ese No bastaque le lleva a escudriar ms all de una exaltacin pan-testa del mundo y la belleza, algo ms hondo, comouna dicha eterna p resent ida. Do s voces de Amrica, lasde Csar Vallejo y Carlos Pellicer, peruano el primero ymexicano el segundo, nos traen su mensaje, rebelde ytor turado aqul y l leno s te de una fe que se derramaen armonas profusas y clidas como el paisaje tropicalque enmarca su obra. La Virgen de la Soledad le inspira uno de sus ms bellos cantos, cuajado de audacesmetforas que visten su hondo y profundo sentir . EsaVirgen de la Soledad, espaola y mexicana, que tantoimpres ionaba a otro poeta , e l nor teamericano ThomasMerton, fal lecido hace poco. . .En cambio, Csar Vallejo, cuyo primer libro se public en 1918, pero que goza de una fama ms bienpos tuma, es desgarradoramente humano, y su lamentoduro , ab rupto , que marca un hi to en la poesa m oderna ,se alza ante Dios, adelantndose casi en veinte aos alos poetas religiosos-sociales-protestatarios de ahora.Antonio Oliver Belms publ ica precisamente su pr i mer libro en el 27. Su Misa en el mar y otros de suspoemas , comoEl buen arder, son mues tras de un l i r ismosereno y creyente que empezbamos a olvidar ya.Entre es ta misma gavi l la pot ica, Concha Mndeznos confa sus ramalazos de fe y ternura en los poemasal hijo muerto o en la gracia de sus villancicos. Y, depaso, observamos la curiosa aficin de todos los poetasprimitivos, clsicos o modernospor esa forma ingenua, deliciosa en muchos casos, que, teniendo su raz

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en los principios de la poesa en lengua hispana, no seha perd ido nunc a. |De Juan del Enzina, pasando por Lope y Gngora,a Ge rardo Diego , Bernardo C asanueva y Anton io yCar los M urcian o, por ci tar a los ms jvenes cuya obraconozco, nues tra l i teratura se adorna con un largusimo collar de estos poemillas, mu cho s de los cuales son,en su brevedad , autnt icas obras maes tras . . . .h-* *

Antes de entrar de lleno en la generacin de la posguerra me veo obl igada a desviarme un poco del r iguroso orden cronolgico que me estoy esforzando en seguir, para dar el lugar que les corresponde a dos poetasimportantes que mi mente relaciona s iempre.Carmen Conde, que no neces i ta presentacin, se s i t u , despus de la guerra civil, en un primersimo lugarentre los poetas de Espaa. Yo, que la conozco desdeaquel librito de poemas en prosa, de cuyo ao no quieroacordarmesolamente por lo le jos que ambas lo tenemos ya, encu entro ahora con satis faccin esa m adu ravoz suya, que le habla a Dios como desde un pozo,ese pozo del que solamente El puede ayudarnos a salir .Migue l Hernndez , que Carm en m e d io a conocer ,desapareci en plena madurez potica, es difcil de situar; los poetas del 27 lo reclaman, y, s in embargo, estan singular, tan suyo propio. . . Su visin de la Eucarista enmarcada en el campo, en la espiga, en todo unpaisaje d e tierras d e pan llevar se resume en fe o scura.Y su poesa es tierra, fruto, via, con una sencillez claramente evangl ica.Y tambin trigales y uvas en los poemas de un sacer

d o t e : el P . ngel Mart nez, S . I . ; nos ensancha l a lmaorle hablar d su Misa, de su Dios en blancura, ahoraque los mensajes ms insli tos brotan inesperadam entede los labios menos indicados para lanzarlos.Una cubana, Dulce Mara Loynaz, empez a escr ibirhacia 1920, pero su primer libro apareci mucho mstarde. Misteriosa en sus cartas escritas a lpiz, de redac-

cin voluntar iamente infant i l , escr ibe una poes a deniujer solitaria que a veces habla con Dios: Seor, tepido ahora que me dejes bajar de esta mi torre de marfil . . .. Nunca se desborda, ni en el amor divino; al contrario de otra americana, la uruguaya Clara Silva, quesigue, aun en su poesa de intencin mstica, la tradicin de las mujeres poetas de Amrica del Sur, en lasque el mpetu ms elevado se tie de clida sensualidad.Angela Figuera Aymerich pertenece, ms que al 27,a la generacin de la posguerra, por la fecha de su primer libro y la tendencia a lo que algunos llaman poesahum anis ta . # # #

Y al llegar la ltima parte, la que puede llamarse generacin de la posguerra o de los aos treinta y tantos,quiero aludir a l denominador comn o caracter s t icageneral que algunos compiladores han quer ido imprimir a sus selecciones. Me refiero a las ms actuales,pues anda n por ah o tras como C ien de lasmejorespoesasreligiosas de la lengua castellana, que empieza hablandode Aurelio Prudencio en el prlogo, inicia su seleccincon el clebre y discutido No me mueve, mi Dios, paraquererte, que atr ibuye a autor annimo; cont ina conel Arcipreste de Hita y, pasando por los indiscutiblesdel S iglo de O ro, acaba con una mezcla de poetas espaoles y americanos en cuyas obras campea, ms queuna inspiracin autntica, el afn de dejar plasmadosdeterminados ttulos devotos o litrgicos, s in atencina su calidad potica, m uy variable 1.Pero u n poco ante rior a la antologa de Alfaguara es elnmero 237-238 del Apostolado sacerdotal, revista publicada en Barcelona y que me envi hace algn tiempoun cuaderno t i tu lado Ultima poesa religiosa.Me interesacomentarla, pues en un breve prlogo firmado por Ramn C unil l se hacen preguntas como s tas : Has ta qupunto la poesa s hoy la expresin de la vitalidad del

1 Cien de las mej ores poesas religiosas de la lengua castellana, por elP. Pab lo Schneid er (Ed. Poblet, Bueno s Air es). " -. '-'

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alma actual? Est ahora nuestra poesa religiosa conectada con la sens ibi l idad popular de todo el pueblo?Y es tas preguntas se me antojan un poco puer i les .Qu clase de poesa ha estado alguna vez conectadacon la sensibilidad pop ula r?, y men os an la de tod oun pueblo? La poesa, exceptuando ciertas formas casisiempre de fuentes annimas, como la copla o el romance, ha sido casi s iempre una expresin subjetiva,personal, y hay algo ms ntimo, ms difcil de transferir que la conviccin o la emocin religiosa?El cuaderno contiene obras de treinta y cinco poetas,sin contar a los cuatro elegidos como prtico o precur so res , que son : Unam uno , na tu ra lm en te ; Migue lHernndez, e l cataln Lpez-Pic y Leopoldo Panero.El autor del segundo prlogo o prembulo, LuisMoya Plana, alude a la poesa de sus autores dividindolos en tres grupos, de acuerdo con su visin deD i o s : Dios como receptculo de la peticin del hombre, Dios como lucha y, por ltimo, Dios comocotidianidad. Y cita en cada apartado a los poetasque representan mejor, a su juicio, cada uno de esosaspectos . Y al leer lo , yo me he planteado una pregunta: Y por qu no tambin un pr imer o un cuar toapar tado?: Dios como amor del hombre. As , sencil lamente, s in ms complicaciones . No olvidemos quenuestra gran poesa mstica procede de esa nica fuente , de La fuente que mana y corre, y no creo quetoda nues tra ciencia de hombres modernos , con susinves t igaciones y razonamientos ms o menos cer teros acerca de la divinidad, puede borrar por completoesa raz, una de las principales fuentes de la autnticapoesa. Est muy bien que se intente encasillar, cuadricular, con fines crticos, la poesa que trata de Dios.Pero por qu reducirla a una poesa imprecatoriade exclamaciones iracundas, a una retrica de mitindemcrata-cr is t iano o a unas pinceladas de t in te hogar eo , con mesa puesta, pan blanco y alusiones al niohambriento que contempla los pas teles exhibidos t rasu n escaparate? - . . . - .

i Algun os autores que integran ese cuaderno se encuentran as imismo entre los que yo he elegido paratesta tercera pa rte : la generac in de la posguerra . P eromi tabla de valores es muy distinta y no me ha sidoposible pasar por alto a los que cantan a Dios comoobjeto del amor del hombre y tambin al hombrecomo objeto personal, indiscutible, del maravillosoamor de Dios. Y este ltimo tema es el que, a fin decuentas, ha inspirado la ms bella, la ms pura y lams l impia poes a . Quiero inaugurar es ta l t ima par tecon un gran poeta mexicano que, tal vez por su carcter prudente y recoleto , por su acendrada modes t ia ,no ha difundido como le corresponde su esplndidaobra. El autor de Canciones para cantar en las barcasy de Muerte sin fin es sin duda una de las voces mshondas, no solamente de la poesa mexicana, sino detodo el conjunto de la poesa en lengua espaola.Ha publ icado poco, pero su obra completa , que viola luz en 1964, ha sido una revelacin para muchos.Leopoldo Panero y Luis Rosales son dos cantosque se destacan de modo especial entre la varia invencin de la posguerra. El primero habla desde muyadentro, con voz ancha, limpia, s in concesiones o modas pasajeras, atento slo a esa luz interior que loacecha en la naturaleza y tambin brota de l mismo.Porque el amor del hombre de mano en mano rueda hasta que Dios de nuevo lo refresque en sumano.Si en algunos poemas de Rosales encontramos unacento afn al de Panero, en otros vibra un gozoespecial, una alegra clara que coincide casi s iemprecon temas donde se enciende un ingenuo y s incerojbilo religioso.El quehacer de crtico de Guillermo Daz-Plaja,f ruto de una vocacin indudable, ha encubier to , encierto modo, su vocacin de poeta, cuajada en un trabajo constante. Es un poeta que no olvida nunca sucondicin de catlico. As, Vencedor de mi muerte esun cntico a la Eucarista, y en Nochebuena de la tierra



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desfila ante el lector toda la gama de los belenes, consus celebraciones, diversas siempre bajo diversos climas , como esa Nochebuena caliente bajo la Cruz delSur. Todava encontramos al empezar la posguerrapoetas que seguramente se in iciaron antes , pero queno publ icaron o maduraron has ta entonces . Algunosconservan an una forma que podr amos l lamar clsica y un decir sereno en apariencia, como EnriqueAzcoaga o Alfonsa de la Torre, con sus abundantes ,alusiones teolgicas, su empaque litrgico y sus reminiscencias evanglicas.Otra mujer , una mexicana, Guadalupe Amor, quefecha su libro Poesas completas, publ icadas por Agui-lar, de 1946 a 1951, encaja en este grupo, con susdcimas atormentadas , donde busca a Dios tor tura-damente, p idindole ayuda unas veces , creyendo quelo inventa otras y desafindole con cinismo las ms.En Concha Zardoya encontramos tambin la formatradicional en donde la entrega a Dios se hace sinesfuerzos, amorosamente y con un deseo de elevacincada vez mayor. Aunque la autora confiese que sufe es ms bien ascesis y autodisciplina, un misticismoque procede del S iglo de Oro ronda sus poemas .

Blas de Otero, que conmovi al mundo de los poetascon su ngel fieramente humano, inaugura un nuevoacento: el de la lucha con Dios, lucha que oculta unvehemente deseo de encontrar lo . Sus l ibros pos ter iores complican al hombre en esta lucha, pero sin quesu poesa pierda nada de su desgarrado mpetu, de sudesalada carrera en pos de la fe.Ramn de Garciasol es un gran poeta con profundasinquietudes religiosas. Su ocasional estridencia no esafectada ni hay artif icios en su bsqueda de lo absolu to , de lo eterno. B squed a a gr i tos , como dice lmismo, pero que fel izmente desemboca en poemasde tan alta calidad como Soledad del hombre.Concha Lagos, la esforzada directora de la revistaAgora y de la coleccin del mismo nombre, estevolucionando de su pr imera voz senci l la , n t ima y

como asordada, al tono actualizado que informa, como,por ejemplo, su composicin Duda y desolacin, conDios al fondo. Es difcil eludir el acento que prevaleceen cada poca. Pero la voz tierna de Tema fundamentaly Golpeando el silencio no se nos olvida. .Francisco Giner de los Ros, que naci a la poesaen Mxico, d ganlo s i no sus Laureles de Oaxaca y susPoemas mexicanos, aparece aqu con unos romancesde San ngel. A quien conozca ese rincnoasis depaz en la ruidosa y enorme capi talno puede extraarle que este poeta romancee sus momentos de serenidad en ese ambiente colonial y recoleto . Dios es ten la belleza, y el poeta de buena fe lo encuentraaunque no quiera.Pura Vzquez es nostalgia de Dios, as, s in complicaciones, con un acento grave, lleno a veces de angustia y otras de esperanza.La poesa religiosa de Vicente Gaos ha evolucionado m ucho desde Arcngel de mi noche a los Mitospara tiempo de incrdulos. Pero aunque busque a losdems en su mnibus vitae y pida igualdad para todos,tiene poemas bells imos y llenos de fe, a pesar suyo.Jos L u is H ida lgo , con su m uer te p rem atu ra , ahond la validez de la poesa de su libro Los muertos, eltercero suyo y que no alcanz a ver. Su obsesindel fin se suaviza en el sentimiento de la proximidaddivina. Otro poeta muer to un ao antes , Bar tolomLlorns , canta al amor humano, y despus del acercamiento a Dios , poco antes de su muer te , escr ibeunos sonetos A lo divino que nos hacen lamentar doblemente que se nos fuera tan pronto.Una de las figuras seeras de esos aos es CarlosBousoo, cuya evolucin, en lo que respecta al sent imiento rel ig ioso, nos recuerda un poco la de Gaos .Obsrvese el contras te entre los poemas de los pr i meros libros, de una deliciosa transparencia, con lospoemas de sus l t imas publ icaciones : Oda en la ceniza, o Cuestiones humanas acerca del ojo de la aguja.El contras te es patente y de gran inters para quien



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se lance a una crtica profunda y siga de cerca eldesarrollo o la transformacin del sentimiento religioso de estos poetas .Jos Garca Nieto es ms sereno y clsico. Sussonetos dejan una sensacin de fe viva, de esa fe queda paz y esperanza.En Jos Hier ro hay una in ter rogacin v ibrante ,atravesada en ocasiones por la duda, en otras por unsarcasmo debido a la fr ivolidad tan de ahora, con quese aprovechan las realidades ms hondas, las experiencias ms altas , como en ese fragmento de Yepescock-tail que s ien to mucho no conocer completo .Dos mujeres , Glor ia Fuer tes y Mar a Elv i ra La-caci, son tal vez, entre todos estos poetas , las quehacen una poesa ms de estos t iempos, una poesaque puede sonar prosaica , pero que, s in embargo ,lleva consigo un fondo de fe y de ternura. Un secretoconvencimiento d e que las cosas que c antan no podr anser cantadas s in Dios. Pilar Paz Pasamar, casi tan jovencomo la autora de Las cosas viejas, adopta ese mismolenguaje colonial, de todos los das, que a veces, porsu misma cotidianidad, se antoja un poco afectado.Jos Mar a Valverde , con su Hombre de Dios me

llamo, pero s in Dios estoy, expresa un conceptohabitual en la l r ica moderna. Concepto que es unsntoma positivo, pese a su afirmacin negativa, y quemanif ies ta un modo de pensar que probablementecuajar del todo en las prximas generaciones.Bernardo Casanueva es mstico, pero es un msticocon sus r ibetes de telogo, hon dam ent e influido porSan Juan de la Cruz. Dganlo s i no el t tulo de uno desus l ibros, La fuente de tres caos. Este poeta y elP . ngel Martnez son s in duda la vertiente realmente mstica de esta antologa. Esto no quiere decirque Casanueva no beba tambin en las claras ondasdel Nuevo Tes tamento , como lo af i rma uno de susprximos l ibros , El quinto Evangelio, del que adelan tamos un poema.El director de la coleccin Adonais , Luis J imnez

Martos, f igura aqu con un soneto que l l lamaesencial y esa Plegaria donde se pide t iempo libre,plegaria que se escucha hoy en los labios de la mayorade los poetas .Antonio y Car los Murciano cu l t ivan la misma notaequi l ibrada y creyente . El pr imero , hombre de es tet iempo, en trevera sus poemas de acento subje t ivo conuna Nochebuena del astronauta, l lena de gracia andaluza , con c ier to regus to lorquiano . El segundo nosda un emot ivo d iar io poemt ico , Un da ms o menos,donde nos revela su convivencia diariade cris tianoenterocon Dios .Pero estos dos hermanos, unidos por la fe y lapoesa, colaboran con frecuencia, y as tenemos losconmovedores sonetos del Corpus Christi con los quese cierra adrede esta coleccin de poesas.*

De sobra s que faltan aqu muchos buenos, grandes poetas . Pero no era posible incluir los a todos y yadije al iniciar es tos comentarios que prefer hacer resaltar el aspecto religioso de la generacin del 27por menos reproducida y comentada en esa faceta.Y de los ltimos he escogido los que responden a latemtica menos apreciada y manifiesta ahora: la delhombre amado por Dios y la de Dios amado por e lhombre .Y un l t imo ruego: espero que a lgunos buenosamigos de cierta tertulia madrilea, muchos de elloscon una obra madura y magnfica, sabrn excusarsu ausencia . Otros que me promet ieron sus poemasno me los han mandado. Las car tas que d i r ig a a l gunos apremindolos me han s ido devuel tas por er roren las seas, o no han s ido contestadas. Y en lo querespecta a este continente desde el cual escribo, sque tambin fa l tan nombres impor tan tes y espero tenerocasin de l lenar algn da estos vacos , realmenteinvoluntar ios .

26 Introduccin


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La seleccin ha s ido ardua, pero me dar por sat is fecha si los lectores descubren, entre tanto poemadistinto, entre tantas voces que con diferentes tesituras cantan, al f in y al cabo, lo mismo, la emocin esttica y la palabra nica que les llame a cada uno porsu nombre.Mxico, febrero de 1970.

ERNES TI NA DE CHAM P OURCI N

NOTA A LA SEGUNDA EDICIN

En es ta segunda edicin de Dios en la poesa actualyo hubiera querido salvar dos obstculos casi infranqueables, el factor distancia y el factor tiempo, a fin decorregir ciertos defectos sealados por la crtica y delos que no voy a excusarme.El primero, la deficiente representacin de cada poeta, se ha subsanado, al menos en parte, ahora, Si quedaalgn autor con solamente uno o dos poemas , a t r ibuyase a la dificultad de una comunicacin directa, o de encontrar, aqu, sus libros.Ya se sabe que, salvo alguna honrosa excepcin, elgremio de los libreros suele torcer el gesto ante el librode poesa, que tan pocos beneficios le brinda, aunquesea s iempre alguno ms que al propio poeta . La bsqueda de los poemas que yo quer a aadir me habr allevado a largos periplos por las libreras de viejo, cosamuy grata sin duda, pero que los agobios de la vida enuna enorme ciudad ya no permiten.El hecho de no indicar la procedencia de cada aportacin no se debe, es obvio, a la ignorancia de dichasfuentes, ya que se recurri, como es lgico, a ellas, s inoal propsito de dedicar los pocos miles de lneas asignadas a la poesa en s.Como ya lo indiqu en la nota prel iminar de la pr i mera edicin, la generacin del 27 ha sido para muchos una sorpresa en lo que respecta a la inquietudreligiosa. Sin embargo, me interesa aclarar que no hahabido tensin alguna por mi parte en la bsquedade esa nota peculiar. No fue preciso repasar, hoja porhoja, volmenes de Poesas completas; mis lecturasde s iempre y la amis tad y contact personal con susautores bas taron para l levarme al camino que buscaba.No es preciso tensin alguna para percibir el acentoprofundamente ms t ico de Emil io Prados , y ms ancuando se ha tenido el privilegio de verlo vivir su largoexilio y escucharle en sus ltimos das, a ms de casi

28 Nota a la segunda edicin


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acompaar le en su muer te cr is t iana. Lo mismo puededecirse de los otros representantes de esta famosa generacin. Ocupan su lugar en mi Antologa por derechopropio y nada ms .Si fal tan grandes poetas que todos admiramos , ycuyos nombres es tn en nues tras bocas , es porque lesfalt o no supe encon trar entre su obra ese inefableno s qu qu e pid e el ttu lo de e ste florilegio.El lector encontrar tambin algunos poetas quefueron omit idos , pero no adrede, en la pr imera edicin. El P. Emilio del Ro, al enviarme su densa e inte resan te Antolog a de la poesa catlica del siglo XX,ambiciosa por su internacionalidad, pues incluye a 42autores d e 21 pases , me hizo recordar a Francisco LuisBernrdez, el magnfico poeta argentino, con su acentoun poco claudeliano a veces y su religiosidad de hombre que vive en el mundo y desde l s iente a Dios .El nicaragense Ernes to Cardenal , personal idad l lenade complejidades, aparece aqu con sus Salmos deresonancia antigua en lengua moderna y sus vivenciasde cuando, en el noviciado del monas ter io t rapense deGetseman , tuvo por maes tro a Thomas Merton. En laactualidad se dedica a la contemplacin y a la esculturaen la comunidad fundada por l en la is la de Solen-t iname.De los espaoles conocidos por m y admirados hacet iempo, Rafael Morales ocupa el lugar eminente quele corresponde. Y ruego a aquel los que no hayan recibido mi car ta pidindoles autor izacin para incluir losen la Antologa, que no se sorprendan: en unos casosno les debe de haber l legado; en otros , como en el deesta segunda edicin, me faltaron direcciones y tiempo . La BAC, ante la aceptacin de este libro por el pblico, no ha querido retrasar la segunda edicin, y,por lo tanto , yo no he podido preparar la con la calmaque quis iera hab erm e exigido. Esperem os que , con elfavor de los lectores, podamos llegar un da a la Antologa ideal, en la que no falte nad ie y en la q uehas ta los cr t icos encuentren todo lo que buscan.

EL MODERNISMO


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JOAN MARAGALLNaci en Barcelona en 1860 y muri en la misma ciudaden 1911. Obra s: Uoda infinita(1888), La vacacega yPaterna l (1891), Claror (1894), El pas de l'any, Comte, Arnauy Visions i cants (1897), Le smuntanyes (.1901),Le s disperses(1904), Intermezzo, Oda nova a Barcelona (1910)ySeqn-cies ( 1 9 1 1 ) .

G O I G S A L A V E R G E D E N U R I AVerge de la val de Nuria,voltada de soletats ,que immbil en la foscr iai en vostres vestits daurats ,o' iu l 'eterna canturadel vent i les tempestis .Verge de la val d Nuriaa Vos venen les ciutats .Vers Vos avancen incer tesper les al tes quietudsi e ls camins desconegutsde les grans serres desertes.T roben r ius que na ixen t van en els regnes deis pastofs,i ramats esquellejaritl en tam ent pas tu rador s .Van pels cims celestialssobre les muntanyes nes . . .Les congestres brillen cruesam b b lancures im m or ta l s .Van per augus tes careneson del buit amb els afanystroben, abocant-s 'h i a penes ,al fons de les valls serenesles mirades blavoses deis estanys.

Joan Aaragall Cant espiritual


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I del vent sota la furia,menyspreuador deis sent i ts ,amb els sentits desmaiats ,se'n baixen a la foscriade la nostra val de Nuriavoltada de soletis .Aqu ens teniu, Verge tosca,vagament cercant redsen el clos misteriosde vostra capella fosca.Cau la ni t per to t ar reu. . .nostre cor torna's psalteripressentint el sant misterit remlos de vos tra veu.Per qu ens mireu Verge santa ,amb aques ts ul ls tan ober ts?Doneu-nos l ' esgarr i fancadeis vells miracles complertsCas t igueu nos tre sent i tamb tant d 'obl idades febresDeu nima a les tenebresDe u-no s la fe de la Nit . . .Que dem, quan surti el sol,tonarem a pendre el volper les serres encantades,i els camins de les cascadesseguirem de sol a sol. . .Les cascades que s 'estanall lluny canta que canta,to t t renant i des trenantl lur b lancura ressonantasobre el negre mur gegant.Cospsats per negres alcr ies ,eixordats de la remor,anirem avall com l 'aiguaper les goles solitriesplenes d'abims i frescor.

Quan a 1'ltima portellatot el cel s 'eixamplar,amb alegra novellaveurem la plana mes bellai la verdor que s 'hi fa.A l 'hivern quan neva i ploui la ciutar se remoubrillant d ' insomnis i furia,nostres ulls enlluernatsveuran, all en la foscria,la immbil Verge de Nuriavoltada de soletats .

C A N T E S P I R I T U A LSi el mn ja s tan forms, Senyor, s i es miraamb la pau vostra a dintre de l 'ull nostre,qu mes ens podeu d en una al t ra vida?Perx estic tan gels deis ulls , i el rostre,i el eos que m'heu donat, Senyor, i el corque s 'h i mou sempre. . . i temo tant la mortAmb quins altres sentits me'l fareu veureaques t cel b lau damunt de les muntanyes ,i el mar immens, i el sol que pertot brilla?Deu-me en aques ts sent i ts l ' e terna paui no voldr mes cel que aquest cel blau.Aquel l que a cap moment l i d igu Atura ' tsino al mateix que li dugu la mort,jo no l 'entenc, Senyor; jo, que voldriaaturar tants moments de cada diaper f' ls eterns a dintre del meu cor . . .O s que aquest f etern s ja la mort?Mes llavores, la vida, qu seria?Fra l 'ombra noms del temps que passa,la il-lusi del lluny i de l'a prop,i el compte de lo molt, i el poc, i el massa,enganyador , perqu ja to t ho s to t?


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36 Joan MaragallR o d e n l e s e s t a c i o n s ,

Hermosura 37


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r e v e n e n e l s p l a n c o n s :c a d a a n y , c a d a a n y v e C o r p u s .C a d a a n y t o r n a a p a s s a r ;c a d a a n y t o r n a a m i r a r ,c a d a a n y , l a m i s s a a u g u s t a .C a d a a n y e l s c a p e l l a n st e e n m e s c a b e l l s b l a n c si a i x e q u e n m e s e l s b r a c o s .C a d a a n y l ' H s t i a e s v a a l c a n t ,e l t e m p l e e s v a a i x a f a n ti l ' H s t i a p u j a , p u j a . . .P a s s e n m e s a n y s i m e s ,e l c a p e l l n o h i s :l ' H s t i a v a s o l a e n T a i r e .A m u n t . . . a m u n t . . . a m u n t . . .L a v o l t a p e r d e l j u n t ,la l l um d el cel s 'h i f il tra.L ' H s t i a s ' h i v a a c o s t a n t . . .E l t e m p l e e s v a e s q u e r d a n t . . .E l c a c a d o r n o p a r a .V e u n a n y , la v o l t a c a ui s ' ob re e l g r an ce l b laud a m u n t d e l ' H s t i a b l a n c a ,q u e s'alca l e n t a m e n t . . .A l s e r l ' e s t i u v i n e n tf lo re ix e l t e m p l e en ru e s .S e ' n v a p u j a n t a l c e l . . .E l c a c a d o a m b a n h e l ,c a d a a n y , c a d a a n y l a m i r a .L ' H s t i a p e r ' n a l z e n i t ,t l ' e spa i in f in i t ,i e l l , pe r caca , enc isa t ,t e l t e m p s , l ' e t e r n i t a t .

MIGUEL DE UNAMUNONaci en Bilbao (1864) y muri en Salamanca en 1936.O b r a s : Poesa(1907),Rosario de sonetos lricos(1911), El Cristode Velzquez (1920), Teresa, poema; Romances del destierro( i 9 3 7 ) . De Fuerteventura a Pars (1925), Rimas de dentro. Cancionero (1953).

H E R M O S U R AAguas dormidas,verdura densa,piedras de oro,cielo de plata

D e l a g u a s u r g e l a v e r d u r a d e n s a ;d e l a v e r d u r a ,c o m o e s p i g a s g i g a n t e s , l a s t o r r e sq u e e n e l c i e l o b u r i l a nen p la ta su o ro .S o n c u a t r o f a j a s :la de l r o , sob re e l la la a lameda ,l a c i u d a d a n a t o r r ey e l c ie lo en que r eposa .Y t o d o d e s c a n s a n d o s o b r e e l a g u a ,f lu ido c imien to ,agua de s ig lo s ,e s p e j o d e h e r m o s u r a .L a c i u d a d e n e l c i e l o p i n t a d ac o n l u z i n m o b l e ;i n m o b l e s e h a l l a t o d o ,e l a g u a i n m o b l e ,i n m v i l e s l o s l a m o s ,q u i e t a s l a s t o r r e s e n e l c i e l o q u i e t o .Y e s t o d o e l m u n d o ;d e t r s n o h a y n a d a .C o n l a c i u d a d e n f r e n t e m e h a l l o s o l o ,y D i o s e n t e r oresp i r a en t r e e l la y yo toda su g lo r ia .

38 Miguel de UncvmunoA la gloria de Dios se alzan las torres, Salmo 1


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a su gloria los lamos,a su gloria los cielosy las aguas descansan a su gloria.E l t iempo se recoge;desarrolla lo eterno sus entraas;se lavan los cuidados y congojasen las aguas inmobles,en los inmobles lamos,en las torres pintadas en el cielo,mar de al tos mundos .El reposo reposa en la hermosuradel corazn de Dios que as nos abretesoros de su gloria.Nada deseo,mi voluntad descansa,mi voluntad recl inade Dios en el regazo su cabezay duerme y suea. . .Suea en descansotoda aquesta visin de alta hermosura.Herm osura Herm osuraDescanso de las almas doloridas,enfermas de querer sin esperanza.Santa hermosura,solucin del enigmaT matars la Esfinge,T reposas en ti s in ms cimiento.Gloria de Dios, te bastas.Qu quieren esas torres?Ese cielo, qu quiere?,qu la verdura?,y qu las aguas?Nada, no quieren;su voluntad murise;descansan en el senode la hermosura eterna;son palabras de Dios limpias de todoquere r hum ano .

Son la oracin de Dios que se regalacantndose a s mismo,y as mata las penas.La noche cae; despier to ,me vuelve la congoja,la esplndida visin se ha derretido,vuelvo a ser hombre.Y ahora dime, Seor , d ime al o do:tanta hermosura,matar nues tra muer te?

S A L M O I(Ex 33,20)

Seor, Seor, por qu consientesque te nieguen ateos?Por qu, Seor, no te nos muestrassin velos, s in engaos?Por qu, Seor, nos dejas en la duda,duda de m uer te?Por qu te escondes?Por qu encendiste en nuestro pecho el ansiade conocer te ,el ansia de que existas,para velarte as a nuestras miradas?Dnde ests, mi Seor; acaso existes?Eres t creacin de mi congoja,o lo soy tuya?Por qu, Seor, nos dejasvagar s in rumbobuscando nues tro objeto?Por qu hiciste la vida?Qu significa todo, qu sentidotienen los seres?Cmo del poso eterno de las lgrimas,del mar de las angustias,de la herencia de penas y tormentosno has desper tado?

40 Miguel de Vnamuno Salmo 1P e r o . . . es que existe?


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Seor, por qu no existes?Dnde te escondes?Te buscamos, y te hur tas ;te llamamos, y callas;te queremos, y T, Seor, no quieresdecir: vedme, mis hijosUna seal, Seor, una tan slo,una que acabecon todos los ateos de la tierra;una que d sent idoa esta sombra vida que arrastramos.Qu hay ms all, Seor, de nuestra vida?Si T, Seor, existes,di por qu y para qu, di tu sentidoDi por qu todoNo pudo bien no haber habido nada,n i T , n i m undo?Di el porqu del porqu, Dios de silencioEst en el aire todo,no hay cimiento ningunoy todo vanidad de vanidades .Coge el da, nos dicecon mundano saber aquel romanoque busc la virtud fuera de extremos,mediana doradae ir viviendo. . . qu vida?Coge el da, y nos cogeese da a nosotros,y as, esclavos del tiempo, nos rendimos.T, Seor, nos hicistepara que a ti te hagamos,o es que te hacemospara que T nos hagas?Dnde est el suelo firme, dnde?Dnde la roca de la vida, dnde?Dnde est lo absoluto?Lo absoluto, lo suelto, lo sin trabano ha de entrabarseni al corazn ni a la cabeza nuestra

Dnde hallar sosiego?Dnde descanso?Fantasma de mi pecho dolor ido;proyeccin de mi espritu al remotoms all de las ltimas estrellas;mi yo infinito;sustanciacin del eternal anhelo;sueo de la congoja;Padre, Hijo del alma;oh T, a quien negamos af i rmandoy negando afirmamos,dinos si eresQuiero verte, Seor, y morir luego,morir del todo;pero verte, Seor, verte la cara,saber que eresSaber que vivesMrame con tus ojos,ojos que abrasan;mrame y que te veaQue te vea, Seor, y morir luegoSi hay un Dios de los hombres,el ms all, qu nos importa, hermanos?Morir para que El viva,para que El seaPero , Seor, yo soy dinos tan slo,dinos yo soy para que en paz muramos,no en soledad terrible,s ino en tus brazosPero dinos que eres,scanos de la dudaque mata al a lma

Del Sinai desgarra las tinieblasy enciende nues tros ros troscomo a Moiss el ros tro le encendis te;baja, Seor, a nuestro tabernculo,rompe la nube,desparrama tu glor ia por el mundo

42 Miguel de Unamunoy en ella nos anega; Librtale, Seor 43


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que muramos, Seor, de ver tu cara,de haber te v is toQuien a Dios ve se muere,d icen que has d icho T, Dios de s i lencio ;que muramos de ver tey luego haz de nosotros lo que quierasMira, Seor, que va a rayar el albay estoy cansado de luchar contigocomo Jacob lo es tuvo D i m e t u n o m b r eTu nombre , que es tu esenciaDame consueloDime que e r e sDame, Seor, tu espr itu divino,para que al f in te veaEl espr itu todo lo escudriaaun de Dios lo profundo.T solo te conoces,T solo sabes que eres .Decir yo soy Q uin p ued e a boca llenasino T solo?Dinos yo soy, Seor, que te lo oigamos,s in velo de misterio,s in en igma n ingunoRazn del Universo , dnde habi tas?Por qu sufrimos?Por qu nacemos?Ya de tan to buscar teperdimos el camino de la vida,el que a ti llevasi es , oh mi Dios , que vives.Erramos s in ventura ,s in sosiego y s in norte,perd idos en un nudo de t in ieb las ,con los pies destrozados,manando sangre ,desfallecido el pecho,y en l e l corazn p id iendo muer te

Ve, ya no puedo ms, de aqu no paspde aqu no s igo,aqu me quedo ;yo ya no puedo ms , oh Dios s in nombreYa no te busco ,ya no puedo moverme, es toy rendido;aqu, Seor, te espero,aqu te aguardo ,en e l umbral tendido de la puer tacerrada con tu l lave.Yo te llam, grit, llor afligido, fte di mil voces;llam y no abris te,no abris te a mi agona;aqu , Seor , me quedo,sentado en e l umbral como un mendigoque aguarda una l imosna;aqu te aguardo .T me abr i rs la puer ta cuando muera ,la puer ta de la muer te ,y entonces la verdad ver de l leno,sabr s i T ereso dormir en tu tumba.

L I B R T A T E , S E O RDime t lo que quiero ,que no lo s . . .Despoja a mis ansiones de su velo.. .Des cb reme mi mar ,Mar de lo e terno . . .Dime quin soy . . . , d ime quin soy . . . , que v ivo . . .Revlame e l mis ter io . . .Des cb reme mi mar . . .b reme mi t e s o ro ,mi tesoro, SeorCirrame los odos,cirramelos con tu palabra inmensa,que no oiga los quejidosde los po bre s esclavos de la tierra... _ > .. ;. . :;

ii Miguel de Unamun Librtate, Seor


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Que al llegar sus murmullos a mi pecho,al entrar en mi selva,m e rom pen la qu ie tud

Tu palabra no muere, nunca muere. . .porque no vive. . .No muere tu palabra omnipotente ,porque es la vida misma,y la vida no vive. . .no vive . . . , vivifica.. .T u pa lab ra no m uere . . . , nunca m uere . . . ,nunca puede morirFollaje de la vida,races de la muer te . . . ,eso son sus palabras nada msMe llegan sus canciones al odo. . .es t r ib i l los de moda. . .cantan la libertadNo canta libertad ms que el esclavo,el pob re esclavo;el libre canta amor,te canta a ti , SeorQue en m cante tu selva,selva de inmensidadQue en m cante tu selva,la virgen selva libre en que colgasteal aire libremi nido del follaje. . .Que en m cante tu selva,selva de inmensidadAll en sus jaulas de oro,fuera del nido,la cantinela en mo da . :repiten los esclavos. . . pobrecillosLibr ta- losLibrta-los, SeorMira, Seor, que mi almajams ha de ser libre

mientras quede algo esclavoen el mundo que hicis te ,y mira que si al alma no libertas,al alma en que T vives,sers en ella esclavo.T, T mismo, SeorL ibr ta - teLibr ta- te , SeorLibrta-les,tales con tu amorLibr ta- te .Libr ta- te en tu amorL ibr ta -m e.Libr ta-me, Seor

*No me mues tres sendero,no me mues tres camino;no me lo mues tres ,que no lo sigo. . .Djame descansar en tu reposo,en el reposo vivo,y en su dulce regazo,en tu seno dormidogurda-me, SeorGurdam e t r anqu i lo ,gurdame en tu mar ,mar del o lvido. . . ,mar de lo eterno. . . ,gurda-me, SeorNo me mues tres camino,no me mues tres sendero,que no lo sigo. . .No puedo andarA las dems renunciosi s igo una vereda. . . ;qu ie ro perderm e,perderme sin senderos en la selva,selva de vida;

4" Aligue de Unamunoquiero tener la abier ta . . . , , \E l Cristo d Velzqiiez 47regocijo de vida que se escurre;


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las sendas me la cier ran. . . ,gurda-m e,gurda-me, Seor. ,

Callaron los esclavos. . .Est n du rm ie nd o. . . . ., ,, ..Callaron los esclavos. . .E n silencio te rez an sin sab erl o.. . . ,. ,M ientra s due rme n te rezan, , , . . .; , -es oracin su sueo. . .No los despier tes . . .L ibr ta- los .Libr ta- los , SeorAta-es con el sueo. : .L ibr ta- los .Libr ta- los , SeorMientras quede algo esclavono ser mi alma libre,ni T, Seor,ni T que en ella vive s. . . iSers t mismo esclavo. . .L ibr ta -m e,librta-me, SeorLibr ta- te , .lib rt a-t e, Seor ' -L ibr ta - te : :

E L C R I S T O D E V E L A Z Q U E Z ....> ,z(F ragm entos ) : ' l( E C C E H O M O ) >;.-Tu cuerpo de hombre con blancura de hos t iapara los hombres es el evangelio.Dieron sus cuerpos los helenos diosesde la rosada niebla del Olimpopara la vis ta en pas to de hermosura,

mas slo T, la carne que padece,a carne de dolor que se desangra,i las entraas nos la diste en pbulo,Dan de inmortalidad a los mortales.T e res e l Hom bre-Dios , H i jo de l hom breLa humanidad en doloroso par to(de ltima muerte que salv a la vidajte dio a luz como Luz de nuestra noche,que es todo un hombre el Dios de nues tra noche,y hombra es su humanidad divina.T eres el Hombre, la Razn, la Norma,tu cruz es nuestra vara, la medidadel dolor que sublima, y es la escuadrade nues tra derechura: e l la endereza,cuando cado, a l corazn del hombre.T has humanado al Universo, Cr is to ,que por ti es obra huma na Vedlo tod oHe aqu al Hombre por quien Dios es algo.No tengo hombre , decimos en los t rancesde la vida mortal ; mas T contes tas :Yo soy el Hombre, la Verdad, la Vida Tal es el Hombre, Rey de las nacionesde desterrados, de la Iglesia santa,del pueblo s in hogar que va cruzandoel desierto mortal tras de la enseay cifra de lo eterno, que es la cruz . . . ,

(LA VIDA ES SUEO)Ests muer to , Maes tro , o bien t ranqui lodurm iend o es ts el sueo de los jus tos?Tu muer te de t res das fue un desmayo,sueo m s largo que los otros tuyos;pues t dormas , Cr is to , sueos de Hombre,mientras velaba el corazn. Posbase,ngel sobre tu sien, esa primiciadel descanso mortal , ese pregus todel sosiego final de aqueste trfago;cual pabelln las blandas alas negras

4 8 Miguel de Unamtinodel ngel del silencio y del olvidosobre tus prpados ; lecho de sbanaAuthadeiay a tu soplo las almas van rodandoen una misma ola . Pues moris te ,


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pardo, la t ier ra nues tra madre; a l borde,con los brazos cruzados , meditandosobre s mismo, el Verbo. Y di, soabas?Soas te , Hermano, el re ino de tu Padre?Tu vida acaso fue, como la nuestra,sueo? De tu alma fue en el alma quietafiel trasunto del sueo de la vidade nues tro Padre? Di , de qu vivimoss ino del sueo de tu vida, Hermano?No es la sustancia de lo que espe ram os, )nues tra fe, nada ms que de tus obras Iel sueo , Cr isto Nos pusis te el cielo,ramil letes de es trel las de venturas ;hicstenos la noche para el almacual manto regio de i lus in eternaPor Ti los brazos del Seor nos brizan ,al vaiv n de los cielos y al arru llo ,,del s ilencio qu e tu pe por las noch es ,la bveda de luces tachonada.Y tu sueo es la paz que da la guerra,y es tu vida la guerra que da paz

(SOLEDAD)Abandonado de tu D ios y Padre ,que con sus manos recogi tu espritu,te alzas en ese tronco congojosode soledad, sobre la escueta cumbredel teso de la calavera, encimadel bosque de almas muer tas que esperabantu muer te , que es su vida. Duro t ronode soledad T , solo, abandonad ode Dios y de los hombres y los ngeles,eslabn entre cielo y tierra, mueres,oh Len de Jud, Rey del desiertoy de la soleda d Las soledadeshinches del a lma, y haces de los hombressol i tar ios un hombre; T nos juntas ,

Cr is to Jess , para juntar en unoa los hijos de Dios que andan dispersos,slo un rebao bajo de un pastor.

L A O R A C I N D E L A T E O '^"Oye mi ruego T, Dios que no exis tes ,y en tu nada recoge es tas mis quejas ;T que a los pobres hombres nunca dejassin consuelo de engao. No resistesa nues tro ruego y nues tro anhelo vis tes ,cuando T de mi mente ms te alejas ;ms recuerdo las plcidas consejascon que mi alma endulzme noches t r is tes .Qu grande eres , mi Di os Eres tan grande,que no eres s ino Idea; es muy angos tala real idad por mucho que se expandepara abarcarte. Sufro yo a tu costa,Dios no existente; pues si T existieras,existira yo tambin de veras.

A U T H A D E I ADejadme solo , que no quiero bandas ;menos si de ellas me queris caudillo,pues s muy bien que empaaris mi br i l locon vues tra sombra. Un potro son las andasque me ofrecis, aun cuando lleven randasde oro y laurel . No quiero de argandi l loservir para el devane del ovillode vuestras viles pasioncillas blandas.Solo y seero, que ste es mi castigo,y en mi cas t igo busco mi consuelo;solo y seero, y pongo.por tes t igo

50 Miguel de llnamunoa Dios , que mientras pese aqu en el suelo \Ctmtigas 51
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a El, que me aisla, quiero por amigoy os emplazo a vosotros para el cielo.A U N A P A J A R I T A D E P A P E L

Habla, que lo quiere el nioYa es t hablandoEl Hijo del Hombre, e l Verboencarnadose hizo Dios en una cunacon el cantode la niez campesina,canto alado. . .Habla, que lo quiere el n ioHable tu papel, mi pjaroHabale al nio que sabevoz del alto,la voz que se hace silenciosobre el fango. . .Habale al nio que viveen su pecho a Dios cr iando. . .T eres la paloma mstica,t el SantoEspr i tu que hizo el hombrecon sus manos . . .Habla a los nios, que el reinotan soadode los cielos es del niosoberano ;del nio, rey de los sueos,corazn de lo creadoHabla, que lo quiere el nioYa es t hablando . . .

RAMN DEL VALLE-INCLANI Naci en Villagarca de Arosa (Pontevedra) (1866-1936).Los temas religiosos aparecen especialmente en Aromas deLeyenda y enEl Pasajero, recogidos en el volumen de Claves

Lricas.La nica poesa religiosa de tema gallego est distribuida al pie de los poemas del primero de los referidosvolmenes, formando lo que se han llamado las jarchas deValle-Incln.C A N T I G A S

Cam pana , cam pan iado Pico Sagro,toca por que florezaa rosa do milagro.Es taba una poniba blancasobre un rosal florecido,pra un ermitao do monteo pan levaba no vico.Por sobre o rosalvoa un paxar ioque leva unha rosaa Jess Menino.Ruiseol CotovaPaxar io l indoCntame no pei toque o teo ferido.Anque sea ben baixo,canta paxar io,Cntame no pei to ,paxar io l indo,que con Jess falasno teu asoyo.Pola man cedo,lindo ruiseol,hai na tua cantigaorballo de frol.j Orbal l io f resco . . .

Ramn del Vallelncln\as pallas do da,

La trae un cuervo 53-San Serenn, padre maestro,


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orballio, graciade San ta Mar aP R O S A S D E D O S E R M I T A O S j

En la aus tera quietu d del mon te iy en la sombra de un peascal, inido de bu itres y de cuervos ' que el cielo cubren al volar,r azonaban dos e rm i taos :San Serenn y San Gundin.San Serenn, padre maes tro ,tu grande saber doctoral,que aconseja a papas y reyes,puede mi alma aconsejary un cirio de candida ceraencender en su oscur idad.San Gundin, padre maes tro ,y definidor teologal,confesor de papas y reyesen toda la cristiandad,el c i r io que enciende mi manoninguna luz dar te podr.San Serenn, padre maes tro ,mis ojos quieren penetraren el abismo de la muerte,el abismo del bien o el maladonde vuelan nues tras nimascuando el cuerpo al polvo se da.San Gundin , padre m aes t ro ,quin el tr igo cont al granar,y del ave que va volandodice en dnde se posar,y de la piedra de la honday de la flecha, adonde van?

como los ros a la mar,todas las cosas en el mundohacen camino sin final.Y el ave y la flecha y la piedrason en el a i re E ternidad.San Gundin, padre maes tro ,todo el saber en eso da:Cuanto es misterio, en el misterioha de ser por s iempre jams ,hasta que el cirio de la muertenos alumbre en la E ternidad.San Serenn, padre maes tro ,esa luz que no apagarntodas las borrascas del mundo,mi aliento quisiera apagar.El dolor de sentir la vidaen otra vida seguirSan Gundin, padre maes tro ,mientras seas cuerpo mortaly al cielo mires, en el dala luz del sol te cegar,y en la noche, las negras alasdel murcilago Satans.Cal laron los dos ermitaosy se pusieron a rezar.San Serenn, como ms viejo,tena abierto su misal,y en el misal la calaveraabra su hueco mirar.

L A T R A E U N C U E R V OTengo rota la vida En el combatede tantos aos ya mi aliento cede,y el orgul loso pensamien to abatela idea de la muerte, que lo obsede.

Ramn del Valle-lnclnQuisiera entrar en m, vivir conmigo,

Canto de esperanza 55


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poder hacer la cruz sobre mi frente,y sin saber de amigo ni enemigo,apar tado, v ivir devotamente.Dnde la verde quiebra de la al turacon rebaos y msicos pas tores?Dnde gozar de la visin tan puraque hace hermanas las almas y las flores?Dnde cavar en paz la sepulturay hacer mstico pan con mis dolores?

L A T R A E U N A P A L O M ACorazn, melifica en ti el cimofruto del mundo, y de dolor llagado,aprende a ser humilde en el racimoque es de los pies en el lagar pisado.Por tu gracia de lgrimas el limode mi forma ser vaso sagrado,verbo de luz la crcel donde gimocon la s ierpe del t iempo encadenado.Alma lisiada, negra, arrepentida,arde como el zarzal ardi en la cumbreEspina del dolor, rasga mi vidaen una her ida de encend ida lum breDolor, eres la clara amanecida,y pan sacramental es tu acedumbre

RUBN DARONaci en Metapa (Nicaragua) en 1867 y muri en Len(Nicaragua) en 1916. Puede decirse que fue el introductor delmovimiento potico modernista en Amrica y en la mismaEuropa. Obras:E pstolas ypoemas(1885),Abrojos(1887),Prosas profanas (1896),Cantos de vida y esperanza (1905),O da aMitre (1906),Elcanto errante (1907),Poema de lotooyotrospoemas (1910),Cantoa laArgentinayotros poemas (1914), Solde domingo (1917),Lirapostuma(1919). Por no prolongar estanota omitimos la larga serie de selecciones, antologas, obrascompletas y reediciones de este poeta.

C A N T O D E E S P E R A N Z AUn gran vuelo de cuervos mancha el azul celeste.Un soplo milenario trae amagos de peste.Se asesinan los hombres en el extremo Este.Ha nacido el apocalptico Anticristo?Se han sabido presagios, y prodigios se han visto,y parece inminente el re torno del Cr is to .La tierra est preada de dolor tan profundoque el soador , imper ial meditabundo,sufre con las angustias del corazn del mundo.Verdugos de ideales afligieron la tierra,en un pozo de somb ras la hum anida d se encierracon los rudos colosos del odio y de la guerra.Oh, Seor Jesuc risto , por qu tard as, qu esp eraspara tender tu mano de luz sobre las fierasy hacer brillar al sol tus divinas banderas?Surge de pronto y vierte la esencia de la vidasobre tanta alma loca, t r is te o empedernidaque , amante de tinieblas, tu dulce aurora olvida.Ven, Seor, para hacer la gloria de ti mismo;ven con temblor de estrella y horror de cataclismo;ven a traer amor y paz sobre el abismo.Y tu caballo blanco, que mir el visionario,pase . Y suene el divino clarn extraordinario.Mi corazn ser brasa de tu incensario.

Rubn Daro La Cartujael misterioso profesor de l lanto,


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A F R A N C I S C AAjena al dolo y al sentir ar tero,l lena de la i lusin que da la fe,lazaril lo de Dios en mi sendero,Francisca Snchez, acompame. . .En mi pesar de duelo y de martir io,casi inconsciente me pusis te miel,multiplicaste ptalos de l ir ioy refrescaste la hoja de laurel.Ser cuidadosa del dolor supis tey e levar te a l amor s in comprender ;enciendes luz en las horas del tr is te,pones pas in donde no puede haber .Seguramente Dios te ha conducidopara regar el rbol de mi fe;hacia la fuente de noche y de olvido,Francisca Snchez, acompame. . .Y huelle tu taln de rosala arena de oro per fumadopor los ungentos de la Esposaen los jard ines del Amado.

/ / .

K / ' L A C A R T U J A VEste vetusto monasterio ha vis to,secos de orar y plidos de ayuno,con el breviario y con el Santo Cris to,a los callados hijos de San Bruno.A los que en su exis tencia solitariacon la locura de la cruz y al vuelomsticamente azul de la plegaria,fueron a Dios en busca de consuelo.Mortif icaron con las disciplinasy los cilicios la carne mortaly opusieron, orando, las divinasansias celestes al furor sexual.La so ledad que amaba Jeremas ,

y el s i lencio, en que encuentran armonasel soador, el mstico y el santo,fueron para ellos minas de diamantesque cavan los mineros serafinesa la luz de los cir ios parpadeantesy al son de las campanas de maitines .Gustaron las harinas celestialesen el maravilloso s imulacro,herido el cuerpo bajo los sayales ,el espr itu ardiente en amor sacro.Vieron la nada amarga de es te mundo,pozos de hor ror y dolores ex tremos ,y hallaron el concepto ms profundoen el profundo de Morir tenemos.Y como a Pablo e Hi lar in y Antonio ,a pesar de cilicios y oraciones,les present con su hechizo, el demonio,sus mil vis iones de fornicaciones.Y fueron castos por dolor y fe,y fueron pobres por la santidad,y fueron obedientes porque fuesu reina de pies blancos la humildad.Vieron los belcebes y satanesque esas almas humildes y apostlicastr iunfaban de malficos afanesy de tantas acedas melanclicas .Q u e e l Mortui estis del candente Pabloles forjaba corazas arcanglicasy que nada podra hacer el diablode halagos finos o aagazas blicas.Ah , fuera yo de esos que Dios quera,y que Dios quiere cuando as le place,dichosos ante el temeroso dade

Campourcin, Ernestina de - Dios en La Poesia Actual

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